BR102015012826A2 - calha defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar em uma máquina distribuidora - Google Patents

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    • A01CPLANTING; SOWING; FERTILISING
    • A01C11/00Transplanting machines
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Abstract

calha defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar em uma máquina distribuidora. a presente invenção tem por objeto uma calha (10) defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar em uma máquina distribuidora (100), onde as mudas são distribuídas no interior de um sulco de plantio provido no solo, a calha (10) compreendendo um defletor (30) e uma tampa (20) de fechamento ao menos parcial do defletor (30), o defletor (30) e a tampa (20) definindo uma trajetória substancialmente curva para uma muda que se desloca no interior da calha (10), o defletor (30) compreendendo um conjunto de dobras (30a, 30b, 30c, 30d) de alinhamento da trajetória da muda, tal que a muda é distribuída em posição ideal para plantio após deixar a calha (10).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CALHA DEFLETORA PARA DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM UMA MÁQUINA DISTRIBUIDORA”.
[0001] A presente invenção refere-se a uma calha defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar com aplicação em uma máquina distribuidora, mais especificamente uma calha defletora que apresenta um trajeto de distribuição das mudas em uma posição ideal para deposição das mesmas em relação ao solo.
Descrição do Estado da Técnica [0002] As técnicas comumente empregadas para o plantio de cana-de-açúcar fazem uso de um implemento agrícola rebocado por trator denominado "distribuidora de mudas". Estas distribuidoras depositam pequenas porções cortadas de colmo de cana-de-açúcar, ou cana picada, em fileiras de sulcos previamente abertos no solo de uma plantação. Estes colmos depositados agem como mudas para o crescimento de novas lavouras de cana-de-açúcar.
[0003] Grosso modo, o plantio de cana-de-açúcar se dá da seguinte forma: os sulcos para plantio são abertos e simultaneamente adubados por uma máquina adequada. A seguir, as mudas (ou colmos) são depositadas no interior destes sulcos por meio de uma distribuidora, e posteriormente os sulcos são fechados por outra máquina de forma a cobrir totalmente as mudas.
[0004] A distância entre os sulcos de plantio da cana é definida de acordo com o tipo de solo e variedade ou cultivar indicada para cada região. Existem diversos tipos de plantio com diferentes espaçamentos, podendo citar como exemplo o espaçamento simples, que apresenta distância uniforme entre linhas, e o espaçamento duplo ou combinado que utiliza distância não uniforme entre os sulcos. Evidentemente as distâncias podem variar conforme necessidades específicas de plantio.
[0005] A forma como são distribuídas estas mudas é de grande importância para o crescimento da plantação de cana-de-açúcar, pois há um posicionamento ideal das mudas em relação aos sulcos. Estas mudas, ou colmos, são pequenos bastões de cana-de-açúcar picada, possuindo formato essencialmente cilíndrico, e desta forma devem ser dispostos longitudinalmente aos sulcos para que sejam totalmente cobertos por terra quando da cobertura dos sulcos. Caso contrário, as partes da muda que permanecerem expostas ao ar livre podem apodrecer, desenvolvendo uma série de doenças que podem prejudicar a plantação.
[0006] Idealmente, as mudas devem ser distribuídas pela distribuidora de forma a se alojarem longitudinalmente ao sulco, paralelamente às paredes do mesmo, e paralelamente ao seu fundo. Caso as mudas não estejam paralelas às paredes laterais do sulco, há a possibilidade do implemento que realiza a cobertura destes sulcos colidir com estas mudas e deixa-las levantadas. Ainda, caso as mudas não estejam paralelas ao fundo do sulco, há a possibilidade da terra retornada não ser suficiente para cobri-las. Entretanto, ainda que estes problemas a solucionar sejam conhecidos, a tecnologia para distribuição de mudas compreendida no estado da técnica não apresenta meios que promovam esta distribuição longitudinal ideal.
[0007] As distribuidoras de mudas do estado da técnica compreendem, em geral, um reservatório para as mudas, uma esteira de transporte e uma ou mais calhas de saída. A esteira transporta as mudas do reservatório para as calhas, estas últimas direcionando as mudas para cada sulco de plantio. Entretanto, usualmente, a esteira transporta as mudas para uma posição elevada em relação às calhas, para que desenvolvam certa velocidade na queda e se evite que as mudas se acumulem na região das calhas. A esse trajeto de queda (doravante denominado de "região de derrame") se mostra perpendi- cular ao solo nas máquinas do estado da técnica, característica esta que se contrapõe à posição ideal da mudas em relação ao solo, que deve ser longitudinal. Mantendo a região de derrame perpendicular ao solo, as mudas tendem a cair e se fincar em pé, causando os problemas que já foram citados.
[0008] Este problema é agravado, ainda, pelo formato retilíneo da calha de saída das mudas. Este formato é recorrente nas máquinas distribuidoras do estado da técnica pela sua facilidade de aplicação e fabricação, porém não permite o direcionamento do despejo das mudas nos sulcos de plantio, o que implica numa taxa muito alta de mudas que são depositadas em posição imprópria, prejudicando o plantio.
[0009] Outro problema apresentado pelas distribuidoras conhecidas que se utilizam do tipo de calha retilínea é o fato deste tipo de calha não permitir a adaptabilidade da distribuidora a diferentes tipos de plantio. Mais especificamente, uma distribuidora de mudas projetada para trabalhar em plantios de espaçamento simples de 150cm entre linhas, atualmente não pode ser utilizada para trabalhar em espaçamento duplo ou combinado de 90cm + 150cm entre linhas, por exemplo, pois a calha retilínea comumente utilizada não possui meios de adaptar essa diferença de distância, e o estado da técnica não compreende dispositivos que adaptem a sua utilização.
[0010] Um exemplo de estado da técnica que apresenta os problemas apontados é a Distribuidora de Cana Picada DCP 5000, equipamento produzido pela DMB Máquinas de Implementos Agrícolas Ltda. A calha do dito equipamento é formada por duas partes e configura uma trajetória de saída praticamente retilínea para a cana picada (mudas). Esse tipo de saída não permite um bom ajuste do despejo da cana, sendo que o único mecanismo de correção da posição das mudas seria a ponta da parte inferior, que em teoria afunila a saída das mudas e as força a tomar uma posição paralela à trajetória da calha.
Entretanto, visto que a queda das mudas é promovida apenas pela força da gravidade, esta única solução de correção do despejo não é eficaz, e ainda apresenta o risco de uma das mudas bloquear a saída da calha, obrigando uma parada de funcionamento para desbloqueio. Esse tipo de configuração de calha é amplamente utilizado em planta-doras e distribuidoras de mudas de cana-de-açúcar compreendidas pelo estado da técnica.
[0011] Outro exemplo de equipamento compreendido pelo estado da técnica é o discriminado na patente US 5469797. Grosso modo, o equipamento apresentado compreende um reservatório conectado a uma esteira que leva as mudas de cana-de-açúcar a um tambor dosa-dor, este último despejando as mudas através de uma saída composta por duas rampas opostas. Percebe-se que a saída configurada pelas rampas impõe uma trajetória vertical às mudas, o que traz os mesmos problemas apresentados pelas calhas do estado da técnica, sendo esta solução de derrame discutivelmente pior do que a utilização das próprias calhas, visto que a probabilidade das mudas caírem em pé é ligeiramente maior.
[0012] Adicionalmente, o documento C1 1001507-8 (certificado de adição relativo ao documento de patente PI 1001507-8) se esforça no sentido de resolver o problema específico de deposição das mudas nos sulcos de plantio, descrevendo um dispositivo de distribuição de toletes formado por um par de calhas dosadoras possuindo cada qual uma estrutura em formato retangular longitudinal em sua região inferior. Embora a premissa do documento seja a resolução do problema de deposição das mudas, não se observa na descrição do "dispositivo de distribuição de toletes aperfeiçoado" uma solução que impeça as mudas de serem depositadas verticalmente ou transversalmente nos sulcos, sendo descrito apenas uma "parte inferior com estrutura retangular longitudinal" que, pelas ilustrações, pouco difere das calhas utiliza- das pela técnica anterior, persistindo assim o problema já evidenciado.
[0013] Nota-se, ainda, que a configuração construtiva dos dispositivos de distribuição (calhas) descritos nos documentos acima citados obriga a distribuidora a trabalhar na configuração de plantio natural a ela, ou seja, apenas àquela para a qual a distribuidora é projetada, devido a trajetória retilínea promovida pelo dispositivo de distribuição.
[0014] Visto isso, entende-se que o estado da técnica não apresenta nenhuma solução de calha de distribuição que permita uma deposição eficaz das mudas de cana-de-açúcar nos sulcos de plantio, e/ou a adaptabilidade da distribuidora na qual é aplicada para utilização em diferentes tipos de configuração de plantio.
Objetivos da invenção [0015] Tendo em vista o exposto acima, a presente invenção tem como objetivo apresentar uma calha de distribuição de mudas de cana-de-açúcar aplicável a uma distribuidora que defina um trajeto de distribuição das mudas que permita deposita-las nos sulcos de plantio na posição ideal, ou seja, paralelamente às paredes laterais do sulco e ao fundo do sulco, longitudinalmente ao sentido de plantio.
[0016] É também objetivo da presente invenção apresentar uma calha de distribuição que permita a adaptação da distância entre as saídas das calhas de uma distribuidora para que seja utilizada em diferentes tipos de configuração de plantio.
Breve Descrição da Invenção [0017] A presente invenção apresenta uma calha defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar em uma máquina distribuidora, onde as mudas são distribuídas no interior de um sulco de plantio provido no solo, a calha compreendendo um defletor e uma tampa de fechamento ao menos parcial do defletor, ambos definindo uma trajetória substancialmente curva para uma muda que se desloca no interior da calha.
[0018] O defletor compreende ainda um conjunto de dobras de alinhamento da trajetória da muda, tal que a muda é distribuída em posição substancialmente longitudinal no interior do sulco de plantio. A tampa de fechamento possui geometria essencialmente retangular e é dotada de dois lados adjacentes e dobrados. O conjunto de dobras define uma região central, e o próprio defletor é dotado de duas dobras de fixação.
[0019] O primeiro lado da tampa de fechamento é associado a uma primeira dobra de fixação do defletor, o segundo lado da tampa de fechamento é associado à distribuidora, a segunda dobra de fixação do defletor é associada à distribuidora, e a calha é associada a uma tira provida em uma extremidade da região central do defletor. Alternativamente, o defletor e a tampa definem uma trajetória substancialmente em forma de "S" para uma muda que se desloca no interior da calha.
Descrição Resumida dos Desenhos [0020] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram: Figura 1 - é uma vista em perspectiva de uma distribuidora de mudas com a calha da presente invenção aplicada a ela;
Figura 2 - é uma vista lateral de uma distribuidora de mudas com a calha da presente invenção aplicada a ela;
Figura 3 - é uma vista traseira de uma distribuidora de mudas com a calha da presente invenção aplicada a ela;
Figura 4 - é uma vista superior da tampa de fechamento da calha da presente invenção antes do dobramento;
Figura 5 - é uma vista em perspectiva da tampa de fechamento da calha da presente invenção após o dobramento;
Figura 6 - é uma vista superior do defletor da calha da pre- sente invenção antes do dobramento;
Figura 7 - é uma vista em perspectiva do defletor da calha da presente invenção após o dobramento;
Figura 8 - é um detalhe da região de aplicação da calha da presente invenção na distribuidora de mudas ilustrando o trajeto realizado pelas mudas dentro da calha;
Figura 9 - é uma vista traseira de uma distribuidora de mudas com a calha do estado da técnica aplicada a ela;
Figura 10 - é um detalhe da região de aplicação da calha do estado da técnica em uma distribuidora de mudas ilustrando o trajeto realizado pelas mudas dentro da calha; e Figura 11 - é uma vista em perspectiva do defletor central de uma distribuidora e da calha da presente invenção.
Descrição Detalhada das Figuras [0021] As figuras 1, 2 e 3 apresentam a calha 10 defletora de distribuição, objeto da presente invenção, aplicada a uma distribuidora de mudas de cana-de-açúcar 100. Nesta configuração preferencial, são utilizadas duas calhas 10 em cada extremidade traseira da distribuidora 100.
[0022] A distribuidora 100 é dotada de um reservatório 110 onde as mudas são depositadas por meio de um equipamento de transbordo ou semelhante e de uma aba traseira 140 possuindo rasgos para fixação de calhas de distribuição, tanto da presente invenção quanto as compreendidas pelo estado da técnica.
[0023] O reservatório 110 possui conexão com uma esteira transportadora 120 que transporta as mudas de um ponto inferior do reservatório 100 até uma determinada altura, para em seguida despejá-las em uma região de derrame 130 conectada diretamente à calha 10. Após deixarem a esteira 120, as mudas caem pela região de derrame 130 e desenvolvem uma velocidade de queda suficiente para que, ao chegar à calha 10 para distribuição nos sulcos, não parem na própria calha 10 e eventualmente obstruam o fluxo de deposição.
[0024] Pelas figuras 1 e 2, percebe-se que a região de derrame 130 apresenta um ângulo inclinado em relação ao solo em todo o seu comprimento, de forma que as mudas derramadas colidam levemente com suas paredes, comumente denominadas defletores centrais 700, durante a queda à calha 10. A figura 11 ilustra mais detalhadamente a ligação entre um defletor central 700 e uma calha 10. A presença do ângulo na região de derrame 130 impede que as mudas caiam em posição totalmente vertical em direção à calha 10, o que poderia fazer com que as mesmas fossem depositadas nos sulcos em pé, causando os problemas já explicados. Além disso, a mudança de posição das mudas na região de derrame 130 evita que a queda às calhas seja brusca, impedindo que as mudas sejam danificadas.
[0025] Pela figura 3, e mais detalhadamente pela figura 8, vê-se que a calha 10 compreende uma tampa 20 de fechamento e um defletor 30 lateral, ambos preferencialmente fabricados a partir de chapas de metal dobradas por meio de estampagem ou dobra sequenciada. A figura 4 mostra a chapa de metal utilizada para fabricação da tampa 20 antes da dobra. Tal chapa possui formato essencialmente triangular, dotada de dois lados adjacentes 20a, 20B que são dobrados para formar a tampa 20. Um primeiro lado 20a permite a associação da tampa 20 com o defletor lateral 30, enquanto um segundo lado 20B é associado à distribuidora 100 por meio da aba traseira 140. A tampa 20 fecha pelo menos parcialmente o defletor 30 de forma a impedir que as mudas caiam em direção diretamente vertical quando vindas do defletor central 700. A tampa 20 dobrada pode ser vista na figura 5.
[0026] A geometria da chapa do defletor lateral 30 antes da dobra é tal como a mostrada na figura 6, e sua geometria após a dobra é mostrada na figura7. O defletor lateral 30 possui um conjunto de quatro dobras de ajuste 30a, 30B, 30C, 30D e duas dobras de fixação 31a, 31B. Uma primeira dobra de fixação 31a é associada ao lado 20a da tampa 20 na montagem da calha 10. A segunda dobra de fixação 31B é associada à distribuidora 100 através da aba traseira 140. As dobras de ajuste 30a, 30B, 30C, 30D delimitam uma região central 30E. O conjunto montado da calha 10 pode ser mais bem visualizado na figura 11.
[0027] Os lados 20a, 20B e a primeira e segunda dobras de fixação 31a, 31B são dotadas de rasgos 600 equivalentes aos rasgos da aba traseira 140 para suas respectivas fixações, tanto na distribuidora 100 quanto entre si. Os rasgos 600 podem ser similares entre si ou variar conforme o local de fixação. As fixações são feitas preferencialmente através de conjuntos de parafuso e porca. Como a inclusão da aba traseira 140 é uma praxe técnica na fabricação de distribuidoras de mudas, entende-se que uma calha 10 possuindo uma configuração de fixação tal como a descrita acima é adaptável a uma grande variedade de distribuidoras.
[0028] As quatro dobras de ajuste 30a, 30B, 30C, 30D, em conjunto com a tampa 20 definem um trajeto que as mudas de cana-de-açúcar são obrigadas a atravessar antes de serem depositadas nos sulcos de plantio. Este trajeto é substancialmente curva, em forma de "S", tal como o ilustrado na figura 8, e representado por uma seta. As mudas inicialmente caem da região de derrame 130, mais especificamente do defletor central 700, para a calha 10 (vide figura 11) e se espalham por direções diversas. As mudas que caem em direção imediatamente vertical encontram e são bloqueadas pela tampa 20 e jogadas em direção ao defletor 30. Já no defletor 30, as mudas tendem a se manter na região central 30E, visto que aquelas lançadas para a lateral encontram e são bloqueadas pela primeira e segunda dobras de ajuste 30a, 30B, enquanto as mudas lançadas no sentido da distribuidora 100 encontram e são bloqueadas pela quarta dobra de ajuste 30D. Dessa forma, as mudas percorrem o trajeto ilustrado na figura 8 e encontram a extremidade de saída 400 já na posição ideal para plantio, sendo dita saída situada na extremidade livre da região 30E.
[0029] Esta configuração construtiva da calha 10 impede que as mudas de cana-de-açúcar que caem da região de derrame 130 sejam depositadas verticalmente nos sulcos de plantio, evitando assim que fiquem com partes expostas ao ambiente após a cobertura da terra. Ainda, a geometria definida pelo conjunto dedobras de ajuste 30a, 30B, 30C,30D impede que as mudas se depositem em qualquer direção que não a paralela às paredes dos sulcos, permitindo assim o posicionamento ideal (horizontal e longitudinal) das mudas em relação aos ditos sulcos.
[0030] Ademais, o trajeto definido pela calha 10 faz com que as mudas permaneçam na calha por um tempo relativamente maior do que o fariam se a calha fosse retilínea tal como as utilizadas no estado da técnica. Ao gastar mais tempo para percorrer a calha 10, as mudas dispõem de mais tempo para se ajustarem à direção ideal para plantio, direção esta que, como já explicado, é forçada às mudas pelas dobras de ajuste 30a, 30B, 30C, 30D.
[0031] Para melhor ilustrar a diferença entre o trajeto feito pelas mudas quando da aplicação da calha 10 da presente invenção e a aplicação de uma calha compreendida pelo estado da técnica, faz-se uma comparação entre a figura 8 e a figura 10. A figura 8 mostra, por meio de uma seta, o caminho comumente traçado pelas mudas dentro da calha 10 da presente invenção, após deixar a região de derrame 130. Já a figura 10 mostra o caminho comumente traçado pelas mudas em uma calha conhecida pela técnica anterior. Após a comparação, se torna evidente que o trajeto feito pela muda dentro da nova calha 10 é maior que o trajeto feito dentro da calha conhecida, e apresenta ainda diversas dobras como obstáculos à movimentação das mudas, com o intuito de ajustá-las para a posição ideal de plantio, enquanto a calha compreendida pela técnica anterior possui apenas suas paredes laterais como obstáculos de ajuste para as mudas, apresentando assim pouca eficácia em relação à nova calha 10.
[0032] É importante notar que as geometrias da chapa do defletor lateral 30 e da chapa da tampa 20 antes da dobra não são imperativamente aquelas ilustradas nas figuras 4, 5, 6 e 7. Embora as geometrias ali mostradas sejam as preferidas para a obtenção das configurações desejadas, é possível também a utilização de outras geometrias iniciais de chapa, tal como a essencialmente retangular, desde que a obtenção de um trajeto tal como o descrito através da utilização das dobras discriminadas seja possível.
[0033] A figura 9 ilustra uma distribuidora de mudas que se utiliza de calhas do estado da técnica possuindo extremidades de saída 400a. Comparando agora as figuras 3 e 9, pode-se perceber que a distância entre as extremidades de saída 400 das calhas 10 da presente invenção é maior que a distância entre as extremidades de saída 400a das calhas do estado da técnica. Visto isso, fica evidente que a calha 10 da presente invenção mostra-se adequada para utilização em distribuidoras de mudas adequadas para plantios com distâncias entre sulcos relativamente grandes, tal como plantios duplos ou combinados de 90cm x 150cm entre linhas. A configuração construtiva da calha 10 pode ainda ser aplicada a uma distribuidora de mudas dotada de ajustes para adequação a diferentes espaçamentos entre sulcos, permitindo o direcionamento e o despejo satisfatório das mudas de cana nestes diferentes modos de plantio, de forma que o usuário não necessite adquirir duas ou mais distribuidoras para efetuar cada diferente modo de plantio.
[0034] Outra vantagem decorrente da utilização da calha 10 da presente invenção é relativa aos defletores centrais das distribuidoras. Vê-se, a partir da figura 9, que os defletores centrais 700a utilizados em distribuidoras com calhas do estado da técnica possuem perfil tra-pezoidal, de forma a direcionar o fluxo de mudas que vem da esteira 120 para a entrada da calha retilínea e se evitar obstruções. Visualizando-se a figura 3, percebe-se que os defletores centrais 700 utilizados na distribuidora com as calhas 10 da presente invenção possuem perfil retangular. Isso se dá pelo fato de que a nova calha 10 possui uma entrada mais ampla, e também direciona as mudas dentro de si próprias, não necessitando assim de auxílio do defletor central 700a. Dessa forma, é possível utilizar-se de um defletor central retangular, que é significativamente mais simples de se fabricar e instalar que o defletor central trapezoidal utilizado anteriormente.
[0035] Voltando à figura 8, nesta construção preferencial da calha 10 são utilizadas tiras 500 de um material maleável, tal como a borracha, para estender a extremidade de saída 400 da calha, tal como visto nas figuras 1, 2, 3 e 8. Assim, se aumenta ainda mais o trajeto que deve ser percorrido pelas mudas, fazendo com que elas passem ainda mais tempo tendo suas direções ajustadas dentro das tiras 500. Além disso, as tiras ainda impedem que as mudas sofram uma queda muito longa da extremidade de saída 400 até os sulcos de plantio caso a distribuidora 100 tenha uma altura muito grande, evitando assim que as mudas sejam depositadas em pé. A utilização das tiras é inteiramente opcional e não invalida o efeito técnico alcançado pela presente invenção. A fixação das tiras 500 à extremidade de saída 400 pode ser feita através de fixação por cola, rebites ou ainda parafusos e porcas com o auxílio de furos.
[0036] Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.
REIVINDICAÇÕES

Claims (8)

1. Calha (10) defletora para distribuição de mudas de cana-de-açúcar em uma máquina distribuidora (100), onde as mudas são distribuídas no interior de um sulco de plantio provido no solo, caracterizada pelo fato de que compreende um defletor (30) e uma tampa (20) de fechamento ao menos parcial do defletor (30), o defletor (30) e a tampa (20) definindo uma trajetória substancialmente curva para uma muda que se desloca no interior da calha (10), o defletor (30) compreendendo um conjunto de dobras (30A, 30B, 30C, 30D) de alinhamento da trajetória da muda, tal que a muda é distribuída em posição substancialmente longitudinal no interior do sulco de plantio.
2. Calha (10) de acordo com a reivindicação 1 caracterizada pelo fato de que a tampa (20) possui geometria essencialmente retangular e é dotada de dois lados (20A, 20B) adjacentes e dobrados, o conjunto de dobras (30A, 30B, 30C, 30D) definindo uma região central (30E).
3. Calha (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o defletor (30) é dotado de duas dobras de fixação (31 A, 31B).
4. Calha (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que um primeiro lado (20A) da tampa (20) é associado a uma primeira dobra de fixação (31 A) do defletor (30).
5. Calha (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que um segundo lado (20B) da tampa (20) é associado à distribuidora (100).
6. Calha (10) de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que uma segunda dobra de fixação (31B) do defletor (30) é associada à distribuidora (100).
7. Calha (10) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que é associada a uma tira (500) provida em uma ex- tremidade da região central (30E) do defletor (30).
8. Calha de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o defletor (30) e a tampa (20) definem uma trajetória substancialmente em forma de "S" para uma muda que se desloca no interior da calha (10).
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