BR102014028886A2 - dispositivo para atração ou de repulsão de insetos e método para liberação gradual de uma substância volátil utilizando um dispositivo para atração ou repulsão de insetos - Google Patents

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Luiz Grossmann
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Garden City Ind De Óleos Essenciais Eireli Me
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dispositivo para atração ou de repulsão de insetos e método para liberação gradual de uma substância volátil utilizando um dispositivo para atração ou repulsão de insetos. descreve-se um dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) compreendendo: um reservatório (2) dotado de uma porção interna (4) apta a receber uma substância volátil, o reservatório (2) compreende ainda uma cavidade não passante (5) projetando-se a partir de um dos lados do reservatório (2), a cavidade não passante (5) é configurada de modo a receber um elemento difusor tubular (6). o elemento difusor tubular (6) fabricado a partir de um processo de mistura entre uma cera e compostos voláteis e aptos a receber um duto de evaporação (9).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITIVO PARA ATRAÇÃO OU DE REPULSÃO DE INSETOS E MÉTODO PARA LIBERAÇÃO GRADUAL DE UMA SUBSTÂNCIA VOLÁTIL UTILIZANDO UM DISPOSITIVO PARA ATRAÇÃO OU REPULSÃO DE INSETOS".
[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo para atração ou repulsão de insetos e apto a estimular a produção de compostos de autodefesa das plantas, para ser usado em sistemas de agricultura ou jardinagem orgânica ou sustentável. Mais especificamente, a presente invenção refere-se a um dispositivo que age como uma flor artificial.
Descrição do Estado da Técnica [002] As sociedades modernas têm se empenhado continuamente para proporcionar meios de vida mais saudáveis que estimulam a adoção de sistemas orgânicos e práticas sustentáveis na agricultura convencional e jardinagem doméstica. Práticas orgânicas também significam desafios crescentes para os produtores, de modo que eles não podem contar com o uso de pesticidas ou outros recursos químicos sintéticos usualmente adotados na agricultura. Para serem capazes de promover a produtividade dos seus cultivos e alcançar rendimentos desejáveis, os produtores devem contar com a ajuda de predadores naturais para controle de pragas, atraindo insetos benéficos para aumentar a polinização, ou que possam induzir mecanismos de autodefesa nas plantas para com isso aumentar a sua competitividade. Também é necessário manter os custos num patamar baixo e administrá-vel.
[003] A presente invenção emula uma flor artificial de baixo custo que pode ser utilizada tanto em ambientes interiores como ao ar livre, que visa maximizar a atração de insetos benéficos ou repelir insetos indesejáveis e, simultaneamente, contribuir para estimular os meca- nismos de autodefesa das plantas. A invenção refere-se genericamente ao campo de difusores de aroma.
[004] O fenômeno das plantas serem influenciadas por outras plantas vizinhas por meio de sinais químicos transmitidos pelo ar já é um paradigma científico aceito (1). Heil e sua equipe mostraram que plantas de feijão sob o ataque de insetos liberam uma mistura de compostos voláteis para a atmosfera, que estimulam outras folhas das mesmas plantas para produzir compostos naturais, genericamente denominados fitoalexinas. Estes compostos aumentam a resistência das plantas ao ataque de insetos e outros patógenos, e também induzem suas flores (embora estas não sejam diretamente atacadas pelos insetos) a produzir mais néctar de modo a atrair outros insetos (que atuam como predadores), que por sua vez também podem ajudar a diminuir a incidência daqueles que são responsáveis por danificar a planta em primeiro lugar.
[005] Além disso, os compostos voláteis emitidos pelas plantas podem ativar enzimas, tais como β 1-3 glucanases, quitinases e pero-xidases, muito importantes no processo de defesa natural contra os patógenos vegetais.
[006] Vários artigos publicados na literatura científica, também mostram que muitos compostos naturais tais como salicilato de metila (1), levedura (2), ácido salicílico (3), quitosana, e muitos outros podem ser responsáveis pela indução da produção de fitoalexinas e β 1- 3 glucanases, quitinases e peroxidases. Todos os métodos conhecidos para promover a indução dos mecanismos de autodefesa publicados até agora implicam na aplicação externa desses compostos, através de contato, sobre as folhas de plantas adultas ou cotilédones. Essas ações são localizadas e, portanto, restritas às áreas que estiveram sujeitas ao contato com esses compostos.
[007] A literatura científica também é extensa em demonstrar que a maioria dos insetos são atraídos por estimulantes químicos como feromônios, e muitas plantas costumam atrair insetos benéficos, liberando compostos voláteis para esta finalidade. As abelhas, por exemplo, são geralmente atraídas por compostos terpenoides especialmente ocimeno, mirceno, linalol, limoneno, cariofileno e farneseno. As vespas são atraídas por terpenoides em geral, e besouros, notadamente por terpenoides e ésteres.
[008] No entanto, nem todas as plantas podem produzir sinais químicos capazes de induzir a produção de outras substâncias químicas responsáveis pela sua autodefesa, ou mesmo estimular a produção de néctar nas suas flores, especialmente se a planta não estiver na época de floração.
[009] Denomina-se de plantas aromáticas, aquelas plantas capazes de produzir substâncias voláteis em quantidade significativa. E são estas plantas, as que têm maior potencial de transmitir sinalizadores químicos voláteis pelo ar através das suas folhas e alcançar com isso maior área de abrangência.
[0010] Os dispositivos para atração ou repulsão de insetos conhecidos no estado da técnica basicamente compreendem três componentes essenciais: [0011] Um reservatório que contém uma composição aquosa de uma substância volátil, usualmente odorizante, [0012] Um difusor a partir do qual a substância volátil pode evaporar-se para o ambiente circundante, [0013] Um pavio que proporciona ação capilar do reservatório para o difusor. Em alguns dos dispensadores de pavio, o pavio e o difusor podem ser combinados em uma única unidade proporcionando a mesma funcionalidade que as unidades de pavio e difusor separadas.
[0014] Os dispositivos conhecidos no estado da técnica relacionados à atração ou repulsão de insetos, agindo ainda como uma flor arti- ficial, foram projetados para se parecerem com a forma de flores ou consistem em objetos a serem inseridos em flores, para fornecer mecanismos ou composições químicas para difundir de forma eficiente perfumes (fragrâncias) em ambientes fechados e imitar as formas das flores reais, tanto quanto possível.
[0015] A presente invenção trata-se de um dispositivo para atração ou repulsão de insetos, baseada em mecanismos de estímulo olfativo e visual, concebidos para atrair agentes polinizadores, principalmente insetos como abelhas, atrair insetos nocivos para mecanismo de armadilha, ou repelir insetos nocivos ou ainda, simplesmente emular flores naturais, difundindo gradualmente compostos aromáticos que são capazes de provocar respostas específicas nas plantas de interesse, por um longo prazo, geralmente para acomodar todo o período de florescimento, ou um período vegetativo de interesse.
[0016] A presente invenção não reivindica emular as formas ou aparência das flores naturais, mas, sobretudo, a sua função.
[0017] Alguns dispositivos combinam as funções de formato de flor e dispensador artificial de fragrância. Por exemplo, a patente US 5,353,546 descreve uma combinação vaso e de dispensador de fragrância compreendendo dois reservatórios, um para segurar flores naturais ou artificiais, e outro para comportar um mecanismo que emite fragrância. A construção do dispositivo assegura a separação completa entre flor e material odorizante, evitando a contaminação das flores. O vaso de flor é capaz de receber água necessária para manter as flores naturais vivas por um tempo. Assim, este dispositivo está relacionado com a apresentação e suporte para flores naturais de corte.
[0018] O estado da técnica revela também uma patente US 6,830,733, referente a um método para a produção de uma flor artificial, que compreende: uma haste oca, parte de uma flor, uma fonte de fragrância disposta no interior da haste oca e um ventilador disposto no interior de pelo menos uma parte da cavidade da haste. O ventilador é configurado para movimentar o ar que atravessa a fonte de fra-grância para dirigir uma fragrância emitida pela fonte de perfume através de pelo menos uma porção da haste oca. Assim, a invenção revelada neste documento envolve o bombeamento de ar para proporcionar a evaporação.
[0019] Ainda, a patente US 5,477,640 propõe um sistema de rega para plantas usando fragrâncias, em que uma planta com flores naturais em vasos está posicionada sobre um material sólido emissor de fragrância. Um pavio transporta água de um reservatório de água para o vaso contendo plantas. Um cartucho de odorizante de ar é fornecido num reservatório separado do dispositivo. O dispositivo está relacionado, portanto, com plantas em vaso.
[0020] A patente US 6,153,274 revela um suporte para um dispositivo emissor de aromas para utilização em uma flor, que compreende um invólucro perfurado, incluindo uma tampa destacável, e estando o suporte ligado a um tubo de transporte de perfume, disposto na haste da flor. Esta invenção está relacionada com flores em vasos, dentro de casa, e possui objetivos distintos da presente invenção.
[0021] No passado, foram apresentados meios de emissão de uma fragrância para adicionar às flores, tanto em flores naturais ou artificiais, para facilitar a propagação de aromas desejáveis. Assim, vários tipos de recipientes com substâncias voláteis foram associados com flores. Um exemplo é uma cápsula de gelatina ou de tipo bolha em que a substância que emite aroma líquido é encapsulada, de forma que, após a liberação da substância, um perfume ou fragrância é emitido. Tal exemplo é revelado na patente US 3,556,916 compreendendo uma "Flor artificial incluindo invólucro que contém uma substância odorizante". Este documento revela uma substância odorizante contida numa cápsula de gelatina em forma de esfera que possui uma parede fina, que pode ser perfurada para liberar a substância. A cápsula des-tina-se a ser montada no interior de um soquete do tipo copo formado no interior da porção central de uma flor artificial.
[0022] O estado da técnica revela ainda dispositivos configurados para um único uso, ou ainda que sejam recarregados (refilados) caso uma operação por um longo período de tempo se faça necessária.
[0023] O tipo de uso único, uma vez que todo odorizante foi liberado, não será mais útil. O tipo recarregável pode ter um refil de recarga e terá que ser periodicamente reabastecido. Sempre que o mecanismo de dispensação é de uso único, terá uma vida útil restrita. Por outro lado, quando o mecanismo de difusão de odor incluir recarga de um perfume líquido ou sólido produzindo substância, deve ser dada atenção para o dispositivo de tempos a tempos para encher o recipiente que contém a substância.
[0024] Assim, seria desejável dispor de um recipiente do tipo floral que pode ser utilizado ao longo de todo o ciclo de vida de uma cultura, podendo ser do tipo refil ou não, mas considerando a realidade agrícola, seria recomendável uma aromatização por longo período sem reabastecimento. Este aparelho deveria fornecer os compostos odorizan-tes durante uma temporada inteira ou durante o florescimento ou período vegetativo dentro de um longo prazo predeterminado. A presente invenção refere-se a um aparelho, sob a forma de um recipiente disponível em vários tamanhos e capacidades, que pode ser utilizado ao longo de um período de tempo considerável para fornecer os compostos aromáticos.
[0025] Nesse sentido, a patente US 5,081,104 demonstra um difusor de aroma pelo ar, incluindo um reservatório de uma solução aro-matizante volátil, numa superfície a partir da qual a fragrância é dispersa no ar, um pavio para o transporte do perfume a partir do reservatório para o difusor por ação capilar, e uma composição química par- ticular para a regulação da taxa de evaporação do odorizante de modo a regular a dispensação do odorizante, e estendê-lo por períodos mais longos.
[0026] Outro documento revelado no estado da técnica é a patente US 5,077,102, que demonstra uma flor artificial perfumada com uma haste que se estende a partir do ovário da flor em um reservatório de perfume. Um pavio na haste liga o reservatório de perfume para os elementos de ovário e estames da flor, que são ambos constituídos por um material que permite capilaridade. O perfume pode ser fornecido para o ovário e estames por capilaridade ou por ação da pressão fornecida por uma bomba. Alternativamente, a haste pode ser um tubo oco que abastece o perfume para o ovário e estames por gravidade a partir de um contentor elevado.
[0027] A patente US 4,958,768 revela um vaso de flores artificiais, em que o desodorizante e/ou perfume é encapsulado em gel feito de resina sintética absorvente de água e liberado de acordo com o material da resina, no caso de um desodorizante, ou pela sublimação inerente no caso de um perfume.
[0028] Adicionalmente, o documento US 4,928,881 revela um purificador de ar convencional, moldado para se parecer com uma flor. O purificador de ar compreende um pavio em comunicação com um reservatório de líquido. O pavio é formado por um feixe de fios de poliés-ter ou de outro material apropriado, capaz de transportar o líquido por ação capilar a partir do reservatório para o local de difusão. O pavio dispersa diretamente o odorizante para a atmosfera no local de difusão.
[0029] Já a patente US 4,919,981 revela um aparelho odorizante na forma de um vaso decorativo que contém uma ou mais flores artificiais. Cada qual possui uma haste, que conecta um reservatório contendo odorizante líquido a um difusor de vapor. O difusor de vapor po- de assumir a forma de sachê semelhante a uma folha ou esponja colorida que se assemelhe a uma flor artificial ou uma parte da mesma. O reservatório pode ser dividido em um certo número de seções, cada uma capaz de conter um líquido com um aroma diferente.
[0030] Uma flor artificial perfumada tendo um reservatório de perfume suportado pelas sépalas da flor é revelado na patente US 3,861,991. Os estames e pistilo da flor artificial atuam como pavios para capilarização do perfume e também para sua liberação para a atmosfera.
[0031] Por fim, na patente US 3,400,890 foi revelada uma flor artificial ou vaso de plantas com um componente formado a partir de um gel absorvente capaz de absorver e armazenar os sólidos numa solução de essência perfumada. O gel em questão libera o perfume para o ar, quando ele é exposto a um solvente apropriado. O gel pode estar presente numa parte da flor, com o solvente fornecido a esta parte da flor por meio de um pavio em comunicação com um reservatório de solvente.
[0032] Conforme revelado nos documentos do estado da técnica, não se tem conhecimento de simples dispositivo floral artificial que dispense lentamente e por longo prazo compostos voláteis e néctar, sendo capaz de atrair ou repelir com sucesso insetos benéficos, ou nocivos, usando apenas materiais amplamente disponíveis que atendam às normas e especificações orgânicas e que sejam de baixo custo.
[0033] A presente invenção revela um dispositivo, que fornece a liberação gradual de compostos voláteis, podendo estimular a produção de compostos de autodefesa vegetal e conforme o interesse, atrair ou repelir insetos. Por exemplo, atrair insetos predadores de pragas e agentes polinizadores ou repelir insetos herbívoros ou vetores de doenças. O aparelho também pode ser pigmentado para ajudar na atra- ção de uma classe particular de insetos.
Objetivos da invenção [0034] A presente invenção tem por objetivo a provisão de um dispositivo para atração ou repulsão de insetos apto a difundir compostos voláteis em uma taxa constante e através de um elemento facilmente recarregável.
[0035] Um segundo objetivo da presente invenção é prover um dispositivo para atração ou repulsão de insetos capaz ainda de estimular os mecanismos de autodefesa de uma planta.
[0036] Um terceiro objetivo da presente invenção consiste na provisão de um dispositivo para atração ou repulsão de insetos apto a difundir néctar através de uma solução aquosa de açúcar.
[0037] Ainda, é um objetivo adicional da presente invenção prover um dispositivo para atração ou repulsão de insetos de baixo custo e fácil uso.
[0038] É também um objetivo da presente invenção prover um dispositivo para atração ou repulsão de insetos que possa ser utilizado tanto em ambientes internos quanto em ambientes externos.
[0039] É também um objetivo da presente invenção prover um dispositivo para atração ou repulsão de insetos que atue como uma armadilha, no caso de atração de insetos que são nocivos, capturando os mesmos e eliminando-os por afogamento.
[0040] A presente invenção também tem como objetivo prover um método para a liberação gradual de uma substância volátil a partir de um dispositivo para atração ou repulsão de insetos.
Breve descrição da invenção [0041] Descreve-se um dispositivo para atração ou repulsão de insetos compreendendo: um reservatório dotado de uma porção interna apta a receber uma substância volátil, o reservatório compreende ainda uma cavidade não passante projetando-se a partir de um dos lados do reservatório, a cavidade não passante é configurada de modo a receber um elemento difusor tubular. O elemento difusor tubular fabricado a partir de um processo de mistura entre uma cera e compostos voláteis e apto a receber um duto de evaporação.
Breve Descrição dos Desenhos [0042] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram: [0043] Figura 1 - é uma vista em perspectiva do dispositivo para atração ou repulsão de insetos proposto na presente invenção;
[0044] Figura 2 - é uma vista em perspectiva do duto de evaporação que integra o dispositivo para atração ou repulsão de insetos proposto na presente invenção; e [0045] Figura 3 - é uma vista em corte do duto de evaporação utilizado no dispositivo para atração ou repulsão de insetos proposto na presente invenção;
[0046] Figura 4 - é uma vista adicional em perspectiva do dispositivo para atração ou repulsão de insetos proposto na presente invenção;
[0047] Figura 5 - é uma vista em perspectiva de um componente adicional do dispositivo para atração ou repulsão de insetos proposto na presente invenção; e [0048] Figura 6 - é uma vista em corte do componente exibido na figura 5.
Descrição Detalhada das Figuras [0049] Uma configuração preferencial do dispositivo para atração ou repulsão de insetos 1 conforme proposto na presente invenção é ilustrada na figura 1.
[0050] Tal como pode ser observado, o dispositivo 1 compreende um reservatório 2, um elemento difusor tubular 6, uma tampa protetora 8 e um duto de evaporação 9.
[0051] O reservatório 2 consiste em qualquer tipo e forma de recipiente que suporte líquidos, preferencialmente, mas não obrigatoriamente, feito de plástico como poliéster e polipropileno ou polietileno, que seja também capaz de armazenar substâncias voláteis e/ou soluções açucaradas no estado líquido.
[0052] O reservatório 2 revelado e ilustrado na figura 1 foi construído em poliéster com revestimento interno de polipropileno, no formato de sachê ("stand-up pouch").
[0053] Obviamente, o formato proposto e revelado na figura 1 representa apenas um formato preferencial para o reservatório 2, não devendo ser considerado como uma limitação da invenção.
[0054] Ainda de maneira preferencial, a capacidade volumétrica do reservatório 2 deve estar situada entre 30 mililitros (ml) e 2 litros.
[0055] Dependendo do objetivo da utilização do dispositivo 1 proposto na presente Invenção, o reservatório 2 pode ser pigmentado em violeta (cor de comprimento de onda com pico em 436 nanômetros no espectro eletromagnético), azul (com pico de 450 nm), ou amarelo-verde (pico em 544 nm) para aumentar a atração de insetos benéficos como abelhas e mamangavas ou outros insetos que pertencem à família dos himenópteros.
[0056] Se o objetivo for atrair insetos das famílias de coleópteros, os pigmentos devem, de preferência emitir cor principalmente nos picos de comprimentos de onda em torno de 420 nm ou 520 nm no espectro eletromagnético. Em qualquer caso, o recipiente 2 deve ser tingido em tons escuros (azul-escuro, verde-escuro, amareloescuro) para aumentar a temperatura no interior e, assim, facilitar a evaporação do seu conteúdo.
[0057] Ainda em referência à figura 1 do presente pedido, uma porção interna 4 do reservatório 2 deve receber uma substância volátil.
Nesse sentido, além do estímulo visual (devido à pigmentação do reservatório 2) e sinalização olfativa, o dispositivo 1 proposto deve atrair o inseto com uma solução de açúcar que emula o néctar produzido por flores naturais.
[0058] A solução de açúcar pode preferencialmente conter açúcares invertidos, tais como glicose e frutose ou mel. A sacarose também pode ser aplicada alternativamente.
[0059] O açúcar deve ser dissolvido em água, em proporções entre 1-10 a 1-4 p/p. Hidrolatos, que são matérias-primas resultantes do processo de destilação de óleos essenciais de plantas, e consistindo na fração solúvel em água, podem ser adicionados à solução de açúcar, de preferência em proporções de 0,1- 20% p/p para aumentar a atratividade da solução.
[0060] Hidrolatos de espécies do gênero Eugenia (1-20% p/p) trarão benefícios adicionais para a solução de açúcar, aumentando a a~ tratividade de insetos, quando comparado com a solução de açúcar sozinho e potencializando o efeito de estímulo na produção de fitoale-xinas pela planta.
[0061] Caso o interesse seja de não atrair insetos, mas apenas prover sinalização química para as plantas, o reservatório 2 deve ser preenchido com água pura ou apenas hidrolato em qualquer proporção entre ambos os itens.
[0062] Hidrolatos preferidos são os produzidos como subprodutos da destilação de óleo de cravo (Eugenia spp), óleo de pitanga (Eugenia spp), óleo de manjericão (Ocimum basilicum), óleo de capim-limão (Cymbopogon citratus), óleo de eucalipto (Eucalyptus spp), óleo cítrico (Citrus spp), óleo de lavanda (Lavandula spp), óleo de gerânio (Pelar-gonium graveolens), óleo de canela (Cinnamomum spp), óleo de cássia (Cinnamomum spp), óleo de gengibre (Zingiber officinale), óleo de Tea Tree (Melaleuca alternifolia), louro (Laurus nobilis), óleo de guaça- tonga (Casearia sylvestris), óleo de goiaba (Psidium guajava) ou óleos obtidos a partir da destilação de flores.
[0063] Em sequência, a configuração estrutural do dispositivo 1 aqui proposto, observa-se a partir da figura 1 que o reservatório 2 compreende ainda uma cavidade não passante 5 projetando-se a partir de um dos seus lados. Tal cavidade 5, ou orifício, deve receber um elemento difusor tubular 6, elemento este representado na figura em análise.
[0064] O elemento difusor tubular 6 deve permanecer disposto na cavidade não passante 5, não devendo ser deslocado para o interior do reservatório 2, ou seja, para a porção interna 4 deste. Alternativamente, o elemento tubular também poderá ser inserido na base de um duto de evaporação 9, assim, o duto de evaporação 9 (com elemento difusor tubular 6) pode ser encaixado diretamente na cavidade não passante 5.
[0065] Adicionalmente, o elemento difusor tubular 6 deve ser fabricado a partir da mistura entre uma cera, preferencial mente cera de abelha, e compostos voláteis.
[0066] Mais especificamente, o elemento difusor tubular 6 é fabricado através da mistura da cera em estado líquido, após fusão pelo aquecimento em temperatura moderada (por volta de 65-70 Ό) e adicionando os óleos essenciais voláteis em estado liquido, em concentrações de 0,1 a 5% p/p. Os óleos essenciais escolhidos podem ser distintos dos hidrolatos, bem como não há inconveniente na incorporação de diversos óleos essenciais distintos aos inseridos no reservatório 2 do difusor tubular 6.
[0067] Como alternativa à cera de abelha, a cera de carnaúba também pode ser utilizada, com os mesmos resultados, no entanto, a mesma deverá ser aquecida a uma temperatura um pouco mais elevada (80-85 °C).
[0068] Depois da incorporação dos óleos essenciais à cera, é feita uniformização e a mistura é rapidamente despejada em moldes de tamanho e formatos adequados para encaixe no reservatório 2. A mistura solidifica à temperatura ambiente (no entanto, o tempo do processo pode ser acelerado sob refrigeração). Um furo central 12 (orifício de controle) é obtido por perfuração com agulhas aquecidas, para proporcionar o canal central, estabelecendo assim o elemento difusor tubular 6 proposto.
[0069] A forma tubular é necessária para inserir adequadamente o difusor na cavidade não passante 5, ou na base do duto evaporador 9 e obviamente, para harmonizar com a forma destes.
[0070] Em relação à fabricação do elemento difusor tubular 6, deve ser dada atenção especial ao composto de óleos voláteis ou mistura de composto que será adicionado à cera.
[0071] Se a intenção é atrair insetos benéficos, como insetos poli-nizadores da família Hymenoptera, a combinação de óleos voláteis deve incluir principalmente óleos essenciais de manjericão, óleo de lavanda, óleo de gerânio, óleo cítrico, óleo de cravo, óleo de pitanga, óleo de eucalipto, óleo de capim limão, ou qualquer outro óleo essencial destilado das flores naturais.
[0072] Se o dispositivo 1 tem a intenção de estimular a produção de fitoalexinas, a combinação de óleos voláteis deve constituir de ó-leos essenciais ricos em sesquiterpenos, fenil-propanoides e aldeídos, tais como o óleo de cravo ou óleo de pitanga (Eugenia spp), óleo de goiaba, óleo de canela, óleo de cássia, óleo de gengibre ou óleo gua-çatonga deverão ser adicionados à mistura.
[0073] Da mesma forma, se a intenção é repelir insetos nocivos, óleos essenciais tais como o óleo de Tea Tree (Melaleuca), óleo de eucalipto citriodora, óleo de citronela, óleo de goiaba ou óleo de alho são preferencialmente escolhidos.
[0074] Existem relações de atração entre alguns óleos essenciais e insetos específicos, por exemplo, psilidios responsáveis pela doença chamada "Greening" em plantas cítricas, são especificamente atraídos pelos óleos essenciais de folhas de plantas cítricas jovens tais como preferencialmente de laranja pera ou de laranja valência, ou ainda de mirtáceas como murta (Myrtus sp.) e ou pitanga (Eugenia spp). Se o objetivo for atrair esses insetos com o dispositivo 1 atuando com armadilha, seria apropriado utilizar uma combinação de óleos essenciais obtidos a partir da destilação destas plantas.
[0075] Não existe uma preferência ou melhor proporção entre os óleos essenciais para elaboração do difusor tubular 6. Os preços de mercado e disponibilidade local podem ditar a melhor composição da mistura.
[0076] Ainda em referência à figura 1, observa-se que uma extremidade livre 7 do elemento difusor tubular 6 é conectada a uma tampa protetora 8 apenas para efeito de conveniência, sendo tal tampa 8 dispensável, uma vez que o duto de evaporação 9 (a ser descrito adiante) pode ser conectado à tampa protetora 8, ou diretamente ao elemento difusor tubular 6.
[0077] O duto de evaporação 9, ou apenas duto 9, tem a função de facilitar a evaporação da solução aquosa e a difusão dos aromas do elemento difusor tubular 6.
[0078] O duto 9 proposto é configurado como um tubo de Venturi, com uma porção de estrangulamento 18 em um ponto central 17, tal como revelado na figura 1.
[0079] No entanto, diferentemente dos tubos de Venturi comumen-te conhecidos que funcionam através de fluxo contínuo de fluidos, o duto de evaporação 9 proposto foi adaptado para maximizar a entrada descontínua de ar provocando um pequeno vácuo internamente ao reservatório 2 que auxilia a volatilização dos compostos voláteis reti- dos no elemento difusor tubular 6, contribuindo portanto para difusão do aroma.
[0080] Tubos de Venturi também trabalham com seus canais desobstruídos, mas no caso desta invenção, um pavio 14 é disposto desde o duto de evaporação 9 até o interior do recipiente 2, conforme pode ser observado a partir da figura 1.
[0081] O duto de evaporação 9 pode ter um canal radial 16 único, conforme figura 1, que conecta ao duto central, ou mais de um canal radial 16, tal como revelado na figura 2, conectados radialmente, nesse caso, todos os canais compartilham a mesma porção de estrangulamento 18.
[0082] Independente da configuração proposta para o duto de e-vaporação 9 exibida na figura 1 ou 2, este deve compreender aletas de posicionamento 19 para assim sempre alinhá-lo na posição do vento predominante e consequentemente potencializar seu funcionamento.
[0083] Com a disposição do duto de evaporação 9, um canal de comunicação 11 é configurado entre a porção interna 4 e o meio ambiente externo ao dispositivo 1 proposto. Para tal, e conforme já mencionado, é importante destacar que o elemento difusor tubular 6 compreende ainda o orifício de controle 12, conectando assim a extremidade livre 7 a extremidade oposta e permitindo a evaporação da substância volátil presente no reservatório 2 e também no elemento difusor tubular 6. O pavio 14 é disposto ao longo do orifício de controle 12.
[0084] A figura 4 é uma representação, por meio de linhas tracejadas, do canal de comunicação 11 estabelecido entre o reservatório 2 e o meio ambiente.
[0085] Ainda, e tal como já mencionado, verifica-se a partir da figura 1 o pavio 14 disposto desde o duto de evaporação 9 até a porção interna 4 do recipiente 2.
[0086] Mais especificamente, o pavio 14 passa por dentro do duto 9, saindo pela base 22 deste e passando ainda pela tampa 8 (quando houver) e elemento difusor tubular 6 para então ingressar na porção interna 4 do recipiente 2. Verifica-se ainda a partir da figura 1 que o pavio 14 deve sair pelo orifício superior (não mostrado) do duto de e-vaporação 9, estabelecendo assim contato com o meio ambiente.
[0087] A função primária do pavio 14 é de facilitar a ação capilar da solução aquosa (substância volátil), para fora do reservatório 2. O pavio 14 é preferivelmente feito de fibras naturais como algodão, configurando assim uma espécie de barbante. Este também é a fonte primária de contato para os insetos com a solução açucarada fornecida.
[0088] Para uma melhor descrição da invenção, e sem representar qualquer caráter limitativo, a figura 3 e a tabela abaixo indicam valores, em milímetros, apenas preferenciais para o dimensionamento do duto de evaporação 9. Neste caso, e tal como pode ser observado, o duto de evaporação 9 não compreende as aletas de posicionamento 19.
[0089] Para uma melhor acomodação do dispositivo 1 em ambientes externos, como por exemplo, nas copas das árvores, um suporte 15, do tipo gancho, pode ser fixado à projeção do reservatório 2 que estabelece a cavidade não passante 5.
[0090] Uma configuração preferencial do suporte 15 pode ser observada na figura 1 do presente pedido. A fabricação deste elemento em material plástico também é uma característica preferencial da presente invenção.
[0091] Com a combinação de óleos essenciais fixos em cera, solução açucarada contendo hidrolatos no reservatório 2, com o suporte da pigmentação escura, pavio 14 e o duto de evaporação 9, será possível difundir os aromas e movimentar a solução para cima e para fora, em ambientes externos.
[0092] O duto de evaporação 9 é particularmente relevante em ambientes externos e onde existe presença de vento. Alternativamente, se o dispositivo 1 for colocado em ambiente interno, por exemplo, dentro de estufas e onde exista uma fonte de energia elétrica, o reservatório 2 poderá ser conectado um difusor de inseticida doméstico à base de aquecimento por resistência elétrica, disponível comercialmente sob várias marcas, e nesse caso, substituindo o duto de evaporação 9.
[0093] Todos os demais componentes permanecem os mesmos. Com aquecimento constante e na presença obrigatória do pavio 14, as taxas de evaporação são relativamente constantes, de modo que na ordem de 2g de solução aquosa evaporam por dia. O tamanho do reservatório 2, nesse caso, deve ser dimensionado para atender todo o período requerido de difusão, considerando tal taxa de evaporação.
[0094] Em ambientes externos, porém, com ausência de vento, o duto de evaporação 9 pode ser suprimido, deixando-se o pavio 14 diretamente em contato com o meio ambiente.
[0095] Onde a função principal do dispositivo 1 seja de atrair e e-liminar os insetos nocivos, um dispositivo tubular ranhurado 13 deverá ser inserido na cavidade não passante 5 e conter (envolver) o elemen- to difusor tubular 6. Dito dispositivo ranhurado 13 age como uma armadilha, atraindo o inseto indesejado para dentro do reservatório 2 e dificultando ou impedindo seu retorno ao ambiente externo. Uma configuração preferencial deste elemento é exibida nas figuras 5 e 6.
[0096] Em tais casos, não são usados o duto evaporador 9, nem evaporadores elétricos, de modo a não oferecer maior resistência à entrada de insetos dentro do recipiente 2, já o pavio 14 é mantido. Tal dispositivo tubular ranhurado 13 permite a passagem do inseto pelas ranhuras radiais 20, mas dificulta o seu retorno ao ambiente externo devido a um tubo circundante sem ranhuras 21, com abertura para a parte inferior.
[0097] O inseto indesejado invariavelmente morre afogado na solução aquosa contendo hidrolatos e açúcar (substância volátil). As ranhuras 20 (orifícios) do dispositivo tubular 13 tem altura proporcional ao tamanho do inseto que se deseja capturar, ou seja, ranhuras 20 apenas um pouco maiores do que o inseto-alvo impedem a passagem de insetos de porte maior do que o inseto-alvo, desta forma, aumentando a seletividade sobre o inseto que se deseja eliminar e não interferindo com outros de porte maior.
[0098] Descritos os componentes que integram o dispositivo para atração ou repulsão de insetos 1 proposto na presente invenção, um exemplo preferencial de sua utilização será descrito.
[0099] Considera-se que o objetivo da utilização do dispositivo 1 seja atrair abelhas para auxiliar no processo de polinização em ambiente externo.
[00100] Neste caso, um reservatório 2, com volume de 100 ml e formato de um sachê (stand-up pouch), recebeu 100 ml da mistura de açúcar (10%), hidrolato de pitanga (10%) e água (80%), todas proporções baseadas em peso. Um elemento difusor tubular 6 de cera de 2g com orifício de controle 12 foi inserido na cavidade não passante 5 do reservatório 2.
[00101] O elemento difusor tubular 6 consiste em uma mistura de óleo essencial de manjericão (2%) e cera de abelha (98%), proporções com base em peso. Um pavio 14 de algodão de 2mm de diâmetro foi imerso no reservatório 2, em contato com a solução aquosa. A outra ponta do pavio 14 foi exposta ao ar, do lado de fora do reservatório 2, passando pelo elemento difusor tubular 6 e duto de evaporação 9.
[00102] O reservatório 2 foi finalmente colocado sob o dossel de uma planta cujas flores já estavam sendo visitadas por abelhas. Em pouco tempo, as abelhas também descobriram a flor artificial 1, dentre outras flores naturais, que aprenderam a associar o cheiro à recompensa (néctar artificial).
[00103] Outras abelhas começaram a visitar a flor artificial (dispositivo 1) após o primeiro contato. O dispositivo 1 (flor artificial) pôde então ser removido e recolocado no local definitivo, ou seja, junto às plantas que deseja-se aumentar a polinização com ajuda extra de maior número de agentes polinizadores, no caso do exemplo, o dispositivo 1 foi colocado junto a flores de laranjeira. A flor artificial conseguiu difundir aroma por aproximadamente 2 meses, mas a mistura de açúcar teve que ser completada algumas vezes.
[00104] Alternativamente, caso o objetivo na utilização do dispositivo 1 seja estimular os mecanismos de autodefesa, por exemplo, em plantas cítricas na prevenção da doença denominada "Greening", foram utilizados reservatórios 2 de 250 ml, que receberam uma combinação de hidrolatos de cravo (25%), goiaba (50%), e pitanga (25%), proporção baseada em peso totalizando 250 ml.
[00105] Ainda, 2g de um tubo sólido de cera, ou seja, do elemento difusor tubular 6, com orifício de controle 12 foram inseridos diretamente na base do duto de evaporação. O elemento difusor tubular 6 continha uma mistura de óleo essencial de goiaba (2%), óleo essencial de cravo (2%), e cera de abelha (96%), todas as proporções com base em peso.
[00106] Um duto de evaporação 9 foi colocado sobre a tampa 8 para facilitar a evaporação da solução e difusão do aroma. A flor artificial (dispositivo para atração ou repulsão de insetos 1) foi posicionada sob a copa de plantas cítricas jovens, que são mais suscetíveis à doença. A flor artificial conseguiu difundir o cheiro e diminuir a presença de psi-lidios (vetor da doença) por semanas. A solução aquosa foi reposta periodicamente. A taxa de evaporação da solução aquosa no dispositivo foi em média de 1-2 g por dia por dispositivo, bem acima do esperado para um dispositivo sem a presença de um duto evaporador.
[00107] Uma alternativa para ajudar no combate à mesma doença, foi feita através de uma flor artificial com a mesma estrutura, porém sem uso do duto evaporador 9 com a finalidade de atrair o inseto-alvo, ou seja atuar como armadilha, utilizando o dispositivo tubular ranhurado 13 e tubo circundante sem ranhuras, tal como revelado nas figuras 5 e 6.
[00108] Nesse caso, foram utilizados no elemento difusor tubular 6, óleos essenciais de folhas de plantas cítricas jovens de laranja valên-cia ou de laranja-pera e óleo de pitanga e óleo essencial de folha de murta em proporção de 2,5%, cada um e o restante de cera.
[00109] A solução aquosa açucarada conteve 10% de hidrolato de folhas de plantas cítricas jovens, hidrolato de murta e hidrolato de pitanga e 90% água, proporções com base em peso. A armadilha funcionou para atrair e matar psilidios por afogamento na solução aquosa.
[00110] É válido mencionar que a doença denominada de "Gree-ning" é uma das mais sérias doenças acometendo plantas cítricas no mundo. Ela também é conhecida como Huanglongbing (HLB). Não há cura conhecida, e a doença provoca a morte das plantas infestadas. No entanto, a flor artificial pode ajudar a mitigar o problema, diminuindo a infestação do inseto vetor, seja por atração e morte, seja por sim- pies repelência, e também auxiliar as plantas pelo aumento de fitoale-xinas, estimuladas pela sinalização química proporcionada pelos óleos essenciais contidos na flor artificial.
[00111] Ainda, a presente invenção refere-se a um método para a liberação gradual de uma substância volátil utilizando um dispositivo para atração ou repulsão de insetos. Tal dispositivo sendo, de maneira preferencial o dispositivo 1 descrito anteriormente.
[00112] O método proposto compreende as etapas de fabricar um elemento difusor tubular 6 a partir da mistura entre uma cera e compostos voláteis, inserir o elemento difusor tubular 6 em uma cavidade não passante 5 do reservatório 2, e associar o elemento difusor tubular 6 a um duto de evaporação 9.
[00113] Ainda, a etapa de associar o elemento difusor tubular 6 a um duto de evaporação 9 ocorre por inserção do primeiro no segundo, e também através do contato com o pavio 14, facilitando assim a liberação gradual da substância.
[00114] Tendo sido descrito um exemplo de concretização estrutural preferido ao dispositivo de atração ou repulsão de insetos 1 e do método para liberação gradual de uma substância volátil, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.
[00115] Ainda, tal como observado ao longo da descrição da invenção, a utilização do dispositivo 1 aqui proposto não deve ser limitado a atração ou repulsão de insetos, podendo este ser utilizado também visando o estimulo dos mecanismos de auto defesa de uma determinada planta. O dispositivo 1 aqui proposto também pode operar como uma armadilha, capturando insetos indesejados.
[00116] Por fim, nota-se pela descrição realizada que o dispositivo para atração ou repulsão de insetos 1 atua como uma flor artificial.

Claims (14)

1. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) caracterizado pelo fato de compreender: um reservatório (2) dotado de uma porção interna (4) apta a receber uma substância volátil, o reservatório (2) compreende ainda uma cavidade não passante (5) projetando-se a partir de um dos lados do reservatório (2),e a cavidade não passante (5) é configurada de modo a receber um elemento difusor tubular (6).
2. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender um duto de evaporação (9) dotado de um ponto central (17), o duto de e-vaporação (9) associado ao elemento difusor tubular (6) e configurando assim um canal de comunicação (11) entre a porção interna (4) e o meio ambiente.
3. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o duto de evaporação (9) compreende ao menos um canal radial (16) configurado a partir do ponto central (17).
4. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que o ponto central (17) configura um canal de estrangulamento (18) apto a receber um pavio (14).
5. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o duto de evaporação (9) compreende ao menos uma aleta de posicionamento (19).
6. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o canal de comunicação (11) entre a porção interna (4) e o meio ambiente é configurado através de um orifício de controle (12) do elemento difusor tubular (6).
7. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o reservatório (2) é pigmentado em comprimentos de onda entre 420 e 550 nanômetros.
8. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento difusor tubular (6) é fabricado a partir de um processo de mistura entre uma cera e compostos voláteis.
9. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de compreender um dispositivo tubular ranhurado (13) envolvendo o elemento difusor tubular (6) e o pavio (14).
10. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que um tubo circundante sem ranhuras (21) envolve o dispositivo tubular ranhurado (13).
11. Dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1) de acordo com as reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o pavio (14) é disposto desde o duto de evaporação (9) até a porção interna (4) do reservatório (2).
12. Método para liberação gradual de uma substância volátil utilizando um dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1), o método caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: a. fabricar um elemento difusor tubular (6) a partir da mistura entre uma cera e compostos voláteis; b. inserir o elemento difusor tubular (6) em uma cavidade não passante (5) de um reservatório (2); c. associar o elemento difusor tubular (6) a um duto de evaporação (9).
13.
Método para liberação gradual de uma substância volátil utilizando um dispositivo para atração ou repulsão de insetos (1), de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de compreender a etapa de dispor um pavio (14) desde o duto de evaporação (9), passando por uma base (22) deste, até uma porção interna (4) do reservatório (2).
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