BR102014009024A2 - módulo para transporte de órgãos em estado hipotérmico e método para armazenar dados essenciais - Google Patents

módulo para transporte de órgãos em estado hipotérmico e método para armazenar dados essenciais Download PDF

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BR102014009024A2
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Augusto Bemfica Mombach
Leonardo Erik Bohn
Maurício Barcelos Haag
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Augusto Bemfica Mombach
Leonardo Erik Bohn
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    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N1/00Preservation of bodies of humans or animals, or parts thereof
    • A01N1/02Preservation of living parts
    • A01N1/0236Mechanical aspects
    • A01N1/0242Apparatuses, i.e. devices used in the process of preservation of living parts, such as pumps, refrigeration devices or any other devices featuring moving parts and/or temperature controlling components

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Abstract

resumo “módulo para transporte de órgãos em estado hipotérmico e método para armazenar dados essenciais”, particularmente de um módulo eletrônico que inclui uma caixa térmica e uma série de recursos eletrônicos, através dos quais se consegue manter um órgão a ser transplantado em sua temperatura ideal durante o seu transporte até o receptor, mesmo que este esteja a uma distância considerável, ou seja, garantindo durante este transporte o estado hipotérmico do referido órgão, o que é feito mediante uso de sensores associados e um sistema de refrigeração que atuam regulando a temperatura, contendo ainda uma construção eletrônica que compreende um controlador que recebe dados de um amplificador, por vez ligados aos sensores de temperatura, bem como com a entrada de dados e exibição em lcd, sendo que, em caso alternativo, este controlador pode receber um cabo usb a ser conectado em um computador para verificação do histórico de temperatura e, com isso, possibilitar a detecção de eventuais variações ocorridas durante o transporte do órgão, oferecendo aos médicos recursos para melhor direcionamento dos procedimentos necessários. a invenção distribui, no interior da caixa isotérmica (1), pelo menos quatro sensores térmicos (7), os quais são lidos por um controlador (7b), que está ligado em série com pelo menos um amplificador (7c), dito controlador (7b) sendo processador de informações, através de um software, de modo que as informações processadas são exibidas em um display (8) que informa a temperatura no interior da caixa isotérmica (1), em função desta temperatura, ocorre a atuação junto às pastilhas termoelétricas (4), ligando-as ou desligando-as; a invenção contempla, ainda um registro de histórico de temperatura (11).

Description

“MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO E MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS BREVE APRESENTAÇÃO
[0001] Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de um “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO E MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS”, particularmente de um módulo eletrônico que inclui uma caixa térmica e uma série de recursos eletrônicos, através dos quais se consegue manter um órgão a ser transplantado em sua temperatura ideal durante o seu transporte até o receptor, mesmo que este esteja a uma distância considerável, ou seja, garantindo durante este transporte o estado hipotérmico do referido órgão, o que é feito mediante uso de sensores associados e um sistema de refrigeração que atuam regulando a temperatura, contendo ainda uma construção eletrônica que compreende um controlador que recebe dados de um amplificador, por vez ligados aos sensores de temperatura, bem como com a entrada de dados e exibição em LCD, sendo que, em caso alternativo, este controlador pode receber um cabo USB a ser conectado em um computador para verificação do histórico de temperatura e, com isso, possibilitar a detecção de eventuais variações ocorridas durante o transporte do órgão, oferecendo aos médicos recursos para melhor direcionamento dos procedimentos necessários.
CAMPO DE APLICAÇÃO
[0002] A presente invenção situa-se no campo de equipamentos para controle da temperatura de órgãos a serem transplantados.
ESTADO DA TÉCNICA
[0003] Uma das formas de transporte de órgãos a serem transplantados, no atual estado da técnica, emprega as caixas térmicas convencionais, por exemplo, compostas de isopor®, fibra de vidro, etc., as quais são preenchidas com gelo estéril, haja vista ser necessário refrigerar os órgãos a uma temperatura próxima a 4 °C para que haja diminuição da degeneração celular, prolongando o tempo de permanência do órgão fora do corpo.
[0004] A aplicação do gelo nesse tipo de processo gera consideráveis danos aos tecidos transportados, pois o gelo pode estar a uma temperatura muito baixa, o que acarreta na destruição de algumas células do tecido, haja vista que, qualquer temperatura inferior a 0 °C faz com que a célula - composta basicamente de água - cristalize e exploda. Por outro lado, com o tempo e viagens longas, o gelo derrete, fazendo com que o órgão saia do estado hipotérmico e comece a degenerar rapidamente.
[0005] Situações com estas refletem diretamente na sobrevida do receptor, influenciando no tempo de sobrevida (tempo de vida do órgão após o reimplante) e, por vezes, fazem com que o órgão tenha que ser descartado por não estar em condições mínimas para a cirurgia. De acordo com o SNT (Sistema Nacional de Transplantes), os problemas relacionados ao transporte representaram a causa de 28% dos descartes de órgãos, só em 2008. Com isso, um grande número de pessoas deixa de ser beneficiada, dado o tempo na fila de espera e a quantidade de pessoas aguardando por um órgão.
[0006] Além do alto índice de descarte de órgãos, também considera-se o custo desses processos para a população, considerando que cerca de 95% dos transplantes são custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e cada processo custa em média R$ 37.000,00 para os cofres públicos.
[0007] É conhecido do estado da técnica o documento BRPI9902928-6, publicado em 06/03/2001 e concedida em 04/11/2008, referente a CAIXA DESTINADA AO TRANSPORTE DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE, que consiste de um recipiente com tampa superior curva e articulada por dobradiças, prevendo ainda uma trava de fechamento duplo localizada abaixo de um termômetro digital, tendo ainda alça de encaixe que se aloja na parte traseira do dito recipiente e se desloca em guias corrediças. A caixa possui base reentrante e recorte para respiro, em um dos lados, junto à ventoinha interna do sistema de refrigeração “Peltier”, com plug para ligação do cabo à corrente elétrica e alojamento posterior para guarda do cabo e do transformador; referida caixa provida de isolamento térmico em toda sua parte interna através de uma camada de poliuretano expandido, revestida com alumínio.
[0008] Outro documento conhecido do estado da técnica é o BRPI0600669-8, publicado em 04/12/2007, referente a EQUIPAMENTO DE REFRIGERAÇÃO PORTÁTIL A BASE DE PASTILHAS TERMOELÉTRICAS PARA CONSERVAÇÃO DE ÓRGÃOS, MEDICAMENTOS, SANGUE E AFINS, que consiste de um equipamento destinado ao transporte de vários tipos de produtos, dentre eles órgãos humanos. O equipamento inclui um corpo metálico com cavidades para acondicionar um dois ou mais recipientes a serem refrigerados, apresentando o dito corpo metálico em uma face um elemento “Peltier” ligado a uma bateria que é alojada no isolador térmico, determinando a refrigeração do corpo metálico. O documento descreve, ainda, que, está conjugado à bateria um circuito eletrônico, o qual, segundo o texto, possibilita a manutenção do corpo metálico mediante um sistema de realimentação constituído de um circuito comparador e controle de corrente; o mencionado isolador térmico possui a função de isolar o corpo metálico do ambiente externo, existindo, ainda, na outra face do “Peltier”, um dissipador. Descreve também este documento a possibilidade de o referido corpo metálico ter uma ou várias cavidades, podendo ainda utilizar mais de um elemento “Peltier”, além de poder ser ligado à rede local ou fazer uso de bateria.
[0009] O documento BRPI0804667-0, publicado em 20/07/2010, referente a um SISTEMA PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE, descreve uma caixa isotérmica em polietileno de alto impacto, a qual é subdividida em compartimentos e tem a função de utilizar a troca de calor por ventilação de ar forçada entre uma câmara de transporte e um termoacumulador alojado em compartimento isolado. A mencionada caixa é preenchida com água ou gel, no sentido longitudinal por um tubo de mesmo material, contendo em toda a sua superfície interna aletas metálicas orientadas no sentido longitudinal, de modo a realizar a troca de calor durante a passagem de ar. Por fim, o documento descreve que o compartimento de troca de calor contém alojamento para o termoacumulador, com revestimento térmico especial para possibilitar a preservação da temperatura negativa e um sistema de ventilação, composto por dutos, ventilador e sensores de temperatura.
DA INVENÇÃO
[0010] Considerando que o estado da técnica atual, quer através das caixas térmicas simples, ou mesmo aqueles usando sistema “Peltier”, não são garantia da manutenção de um estado hipotérmico ideal durante o transporte de um órgão humano a ser transplantado, a presente invenção surge como uma solução através de um módulo que, mediante controle eletrônico, mantém o órgão transportado em temperatura ideal e garante o estado hipotérmico através do uso de sensores associados e um sistema de refrigeração que atua regulando a temperatura, pela interação eletrônica dos componentes do referido módulo. Junto a isso, a invenção compreende meios para auxiliar o diagnóstico médico, mediante elaboração de um histórico da temperatura em função do tempo, com o objetivo de, caso o órgão deixe seu estado ideal - estado de hipotermia - o responsável pelo processo possa ser devidamente avisado.
[0011] Em relação ao documento BRPI9902928-6, a presente invenção se destaca por ir muito além do uso do sistema “Peltier”. Para que se possa entender melhor essas diferenças, no documento anterior é descrita uma caixa térmica composta de um recipiente em polipropileno, com tampa, dobradiças e fechamento duplo, características essas inerentes a uma caixa comum. Descreve ainda este documento do estado da técnica o uso de termômetro digital com tela de cristal líquido e alça de encaixe que é deslocável. O documento relata ainda um respiro junto a ventoinha interna do sistema de refrigeração tipo “Peltier”, sendo que a caixa é ainda dividida em um compartimento inferior e outro superior.
[0012] Na presente invenção, o módulo tem por função manter as condições hipotérmicas ideais, mormente na faixa de 4 °C, evitando que a temperatura se eleve ou seja reduzida a valores negativos, situações essas indesejadas. Para tanto, os sensores dispostos no interior do módulo estão ligados a amplificador e este a um controlador que se comunica com o sistema de refrigeração, sendo o responsável pela ativação e desativação do mesmo; o referido controlador, que pode ser um microcontrolador ou uma lauchpad, por exemplo, que processa as informações por meio de um software e as exibe através de um display (LCD) informando a temperatura no interior da caixa e atuando sobre as pastilhas termoelétricas, quando necessário, ligando-as ou desligando-as. A presente invenção se diferencia, ainda, em relação ao estado da técnica, por empregar um dissipador em alumínio, ou outros materiais condutores, sendo ainda possível o uso de serpentinas com gases, ou demais fluídos. O sistema dissipador potencializa o fluxo de calor pelo dispositivo, garantindo uma refrigeração mais eficiente mediante aumento da área de contato com a pastilha termoelétrica (através dos princípios de transferência de calor por contato), sendo que, ventoinhas são utilizadas para promover a ventilação forçada das pastilhas termoelétricas, promovendo a troca de calor por convecção. Portanto, em relação ao documento do estado da técnica, a presente invenção se destaca por garantir a manutenção de uma condição hipotérmica ideal, mediante uso dos meios eletrônicos representados no diagrama anexo, bem como por possibilitar a criação de um histórico de temperatura durante o processo de transporte, histórico esse gravado em uma memória para posterior acesso ou consulta por parte da equipe de reimplante. Essa consulta pode ser feita através no próprio dispositivo, ou descarregando-se os valores para um computador através de um cabo USB, por exemplo, porém não restrito a esse tipo de comunicação com o referido computador, podendo ser via Bluetooth, cabo serial, etc.
[0013] Quanto ao documento BRPI0600669-8, este se refere a um equipamento para uma série de produtos a serem transportados, sendo que a característica comum com a presente invenção consiste apenas no uso do elemento “Peltier”. Este documento anterior não revela uma tecnologia própria e específica para manter uma condição hipotérmica específica para o transplante de órgãos a serem transplantados, bem como não possui histórico de temperatura. Ademais, a caixa mostrada nesse equipamento anterior mostra um corpo metálico de pequenas dimensões e ainda com divisões, inserido no isolador térmico. Fica claro a partir da descrição e das imagens que se presta mais a servir para medicamentos e sangue, até porque não descreve uma tecnologia voltada a resolver especificamente o problema do transporte de órgãos, que é a manutenção da temperatura em condições hipotérmicas, o que ocorre de forma perfeita na presente invenção mediante controlador, que pode ser um microcontrolador ou uma lauchpad, por exemplo, o qual processa as informações por meio de um software e as exibe através de um display (LCD) informando a temperatura no interior da caixa e atua sobre as pastilhas termoelétricas, quando necessário, ligando-as ou desligando-as.
[0014] Quanto ao documento BRPI0804667-0, este se refere a uma caixa isotérmica subdividida em dois compartimentos, e que utiliza a troca de calor por ventilação de ar forçada entre uma câmara de transporte e um termoacumulador alojado em compartimento isolado, sendo a referida caixa construída em alumínio e preenchida com água ou gel, transpassado no sentido longitudinal por um tubo de mesmo material, contendo internamente a esse tubo aletas metálicas para a troca de calor.Por outro lado, o compartimento de troca de calor recebe o mencionado termoacumulador com isolamento para manter a temperatura negativa, incluindo um sistema de ventilação e sensores de temperatura. A presente invenção é totalmente diferente deste documento anterior, haja vista que o controle da temperatura em 4 °C é claramente demonstrado a partir do uso dos componentes inseridos no diagrama anexo; além disso, a presente invenção não usa dois compartimentos, diferentemente de todos os documentos anteriores aqui demonstrados, o que gera uma área de alojamento do órgão completamente limpa e segura para o seu transporte não só com a adequada hipotermia, como também com o espaço útil adequado, fatores esses que contribuem para a manutenção do órgão nas condições ideais. Neste documento anterior, a exemplo dos demais citados aqui, existe uma restrição de área útil, ou seja, são mostradas construções que visam prover troca de calor, porém os dispositivos não encontram o equilíbrio entre controle de temperatura, área útil configuração da caixa em um formato adequado à operação. O presente documento anterior também não permite fornecer histórico de temperatura, não sendo possível identificar se e quando ocorreu alguma eventual variação de temperatura.
VANTAGENS DA INVENÇÃO
[0015] Dentre outras, relacionamos algumas vantagens da invenção: - promove o controle da temperatura do órgão/tecido transportado, com eficiência plena; - evita o descarte de órgãos por fatores ligados a temperatura, aumentando também a sobrevida do receptor, através de um transporte com mais qualidade; - diminui os gastos públicos com processos mal sucedidos, em função da diminuição de descartes; - traz mais confiabilidade ao processo de transporte, através do acesso ao histórico de temperatura, assim como a exibição da mesma durante o transporte; - facilita o transporte, haja vista ser o módulo utilizado nesta invenção em média três vezes mais leve que as caixas utilizadas atualmente, além de dispensar o uso muito comum de gelo ou gel, elementos que agregam peso e requerem caixas maiores; - pode ser construído em vários tamanhos, podendo a tecnologia ser adaptada, mantendo suas características, a diferentes dimensões de caixas aplicadas ao transporte de diferentes órgãos.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0016] A invenção será, a seguir, explicada em todos os seus detalhes, sendo que, para melhor entendimento, referências são feitas aos desenhos anexos, nos quais estão representadas: FIG. 1: representa o diagrama eletrônico de blocos que compõe o módulo e o método de armazenamento. FIG. 2: representa uma visão tridimensional do módulo fechado. FIG. 3: representa uma visão tridimensional do módulo aberto. FIG. 4: apresenta o acoplamento da pastilha termoelétrica ao sistema dissipador. FIG. 5: representa uma vista lateral do módulo. FIG. 6: representa uma vista superior do módulo. FIG. 7: mostra o arquivo em Excel gerado pelo programa construído em linguagem “C” para o a operação do módulo e respectivo método.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0017] O “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO E MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS” compreende uma caixa isotérmica 1, preferencialmente em poliestireno expandido (EPS), ou em outros materiais isolantes térmicos, como, por exemplo, fibra de vidro ou espuma expansiva, dita caixa isotérmica passível, pela tecnologia empregada, de ser construída em diferentes dimensões, sem prejuízo de sua eficiência funcional. A caixa isotérmica 1 revela uma tampa 2 com correspondente formato, estando dispostas entre a caixa 1 e sua tampa 2, travas de pressão 3 que evitam abertura acidental.
[0018] A caixa isotérmica 1 contempla um sistema de refrigeração SF que inclui pelo menos uma pastilha termoelétrica 4 (pastilhas de efeito Peltier) acoplada a pelo menos um sistema dissipador 5 previsto(s) na parede da caixa isotérmica 1. No sistema dissipador 5, a face quente da pastilha termoelétrica 4A é direcionada para o lado externa da referida caixa isotérmica 1, ao passo que o lado frio 4B é direcionado para o interior da mesma caixa 1.
[0019] O mencionado sistema dissipador 5 é confeccionado preferencialmente em alumínio, podendo, contudo, se utilizar de outros materiais condutores térmicos, como o cobre e demais ligas metálicas, ou, ainda, um conjunto de serpentinas com gases ou fluidos. Tecnicamente, a função do sistema dissipador 5 é potencializar o fluxo de calor lançado para fora do dispositivo, de maneira a garantir uma refrigeração mais eficiente através do aumento da área de contato com a pastilha termoelétrica 4 (através dos princípios de transferência de calor por contato), sendo que o referido sistema dissipador 5 inclui pelo menos uma ventoinha 6 utilizada(s) para promover(em) a ventilação forçada da(s) pastilha(s) termoelétrica(s) 4, de modo a gerar o troca de calor por convecção.
[0020] No interior da caixa isotérmica 1 estão distribuídos pelos menos quatro sensores térmicos 7, os quais são lidos por um controlador 7B, que está ligado em série com pelo menos um amplificador 7C, dito controlador 7B tendo a função de processar as informações, através de um software, podendo ser um microcontrolador ou uma lauchpad, por exemplo. As informações processadas são exibidas em um display 8 que informa a temperatura no interior da caixa isotérmica 1, de modo que, em função desta temperatura, ocorre a atuação junto às pastilhas termoelétricas 4, ligando-as ou desligando-as, sendo desejável que a temperatura interna, quando em transporte, esteja em cerca de 4 °C. Os botões 9, junto ao display 8, podem ser acionados para enviar dados 10 ao controlador 7B, de modo a acionar um contador de tempo que é exibido no referido display 8.
[0021] A invenção contempla, ainda, a geração de um histórico de temperatura 11 durante o processo de transporte, histórico esse gravado em uma memória para posterior acesso ou consulta por parte da equipe de reimplante. Essa consulta pode ser feita no próprio dispositivo, haja vista ficar registrado na memória utilizada, ou, opcionalmente, através de um meio de comunicação, serem os valores descarregados em um computador 12. Para esse processo de transferência de dados, pode ser utilizado, por exemplo, um cabo USB, ou ainda via Bluetooth, cabo serial, etc.
[0022] Para o controle do sistema eletrônico fez-se uso, a título de fabricação, do microcontrolador da ©Microchip, modelo 16F690, levando-se em conta que o mesmo atende aos critérios do projeto - memória, quantidade de pinos disponíveis para conexões etc. A leitura dos botões, a escrita no display LCD e o envio de dados é feito através das entradas e saídas do microcontrolador, as quais são configuradas de acordo com o programa desenvolvido para o projeto. Tal programa, desenvolvido em linguagem “C”, foi gravado no microcontrolador mediante a programação do mesmo através do software disponibilizado pela própria ©Microchip.
[0023] Para a criação do histórico de temperatura elaborou-se um programa executável para computador (Sistema Operacional Windows, podendo ser adaptado a outros sistemas) desenvolvido em linguagem “C” no ambiente Dev C++. O software desenvolvido recebe o histórico de temperatura do módulo de transporte - através do microcontrolador - por meio de um protocolo de comunicação - RS 232 -podendo esse ser adaptado a outros protocolos. O software recebe os valores da temperatura através de uma entrada USB, porta seriai ou Bluethoot do computador, gerando um arquivo independente em formato Excel (13) - .xis, dada a grande utilização dessa ferramenta - e gravando os valores recebidos através de funções predefinidas na linhas e colunas do Excel (14). Além da gravação do histórico de temperatura há a opção da escolha do nome do arquivo.
[0024] Dessa forma, a equipe de reimplante tem acesso ao histórico, podendo consultá-lo e a qualquer momento, assim como utilizá-lo de arquivo.Automaticamente são gerados campos (15) para que seja inserido o órgão transplantado, o receptor, o hospital de origem, a data do processo, a equipe responsável, o tempo de isquemia entre outros fatores relevantes ao registro. Com a tabulação dos valores de temperatura e tempo pode-se gerar gráficos, de diferentes tipos, para melhor visualização dos dados (16).
[0025] O módulo, como um todo, necessita de uma fonte de alimentação elétrica, que deve sempre estar em operação; a título de exemplo, pode esta alimentação ocorrer a partir de uma rede comercial (220 V/60 Hz, 110 V/60 Hz), ou ainda mediante uso de uma tomada de um veículo de transporte, seja automóvel, ambulância, avião, helicóptero ou qualquer ou meio utilizado no processo de transporte e, por derradeiro, mediante uma batería acoplada ao conjunto, podendo ser recarregável ou não.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, compreendendo uma caixa isotérmica 1, preferencialmente em material isolante térmico dita caixa isotérmica (1) revela uma tampa (2) com correspondente formato, estando dispostas entre a caixa (1) e sua tampa (2), travas de pressão (3); a caixa isotérmica (1) contempla um sistema de refrigeração (SF) que inclui pelo menos uma pastilha termoelétrica (4) - pastilhas de efeito Peltier -acoplada a pelo menos um sistema dissipador (5) previsto(s) na parede da caixa isotérmica (1); no sistema dissipador (5), feito em material condutor térmico, a face quente da pastilha termoelétrica (4A) é direcionada para o lado externa da referida caixa isotérmica (1), ao passo que o lado frio (4B) é direcionado para o interior da mesma caixa (1); caracterizado por no interior da caixa isotérmica (1) estarem distribuídos pelo menos quatro sensores térmicos (7), os quais são lidos por um controlador (7B), que está ligado em série com pelo menos um amplificador (7C), dito controlador (7B) sendo processador de informações, através de um software associado a um hardware, de modo que as informações processadas são exibidas em um display (8) que informa a temperatura no interior da caixa isotérmica (1), em função desta temperatura, ocorre a atuação junto às pastilhas termoelétricas (4), ligando-as ou desligando-as; a invenção contempla, ainda um registro de histórico de temperatura (11).
2) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por controlador (7B) ser um microcontrolador ou uma lauchpad.
3) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por botões (9), junto ao display (8), para enviar dados (10) ao controlador (7B), de modo a acionar um contador de tempo que é exibido no referido display (8).
4) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o histórico de temperatura (11), durante o processo de transporte, ser gravado em memória.
5) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com as reivindicações 1 e 4, caracterizado por o histórico de temperatura (11) ser consultado no próprio dispositivo.
6) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com as reivindicações 1 e 4, caracterizado por o historio com temperatura (11) opcionalmente, através de um meio de comunicação, ter os valores descarregados em um computador (12), sendo que, para esse processo de transferência de dados, pode ser utilizado um cabo USB, ou ainda via Bluetooth e cabo serial.
7) “MÓDULO PARA TRANSPORTE DE ÓRGÃOS EM ESTADO HIPOTÉRMICO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado poro módulo com a caixa isotérmica (1) contendo sistema de refrigeração (SF) que inclui pelo menos uma pastilha termoelétrica (4) - pastilhas de efeito Peltier sistema dissipador (5), pelos menos quatro sensores térmicos (7), os quais são lidos por um controlador (7B), pelo menos um amplificador (7C), display (8), botões (9) e registro de histórico de temperatura (11), estar ligado a uma fonte de alimentação elétrica, como uma rede comercial (220 V/60 Hz, 110 V/60 Hz), ou ainda mediante uso de uma tomada de um veículo de transporte, ou mediante uma bateria acoplada ao conjunto, podendo ser recarregável ou não.
8) “MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS”, que opera o software citado na reivindicação 1 e respectivo hardware, caracterizado por a criação do histórico de temperatura se realizar mediante um programa executável para computador desenvolvido em linguagem “C” no ambiente Dev C++, ao passo que o software desenvolvido recebe o histórico de temperatura do módulo de transporte - através do microcontrolador - por meio de um protocolo de comunicação.
9) “MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS”, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o software receber os valores da temperatura, gerando um arquivo independente em formato Excel (13) - .xis, e gravando os valores recebidos através de funções predefinidas na linhas e colunas do Excel (14).
10) “MÉTODO PARA ARMAZENAR DADOS ESSENCIAIS”, de acordo com as reivindicações 8 e 9, caracterizado por a equipe de reimplante ter acesso ao histórico; automaticamente são gerados campos (15) para que seja inserido o órgão transplantado, o receptor, o hospital de origem, a data do processo, a equipe responsável, o tempo de isquemia entre outros fatores relevantes ao registro; com a tabulação dos valores de temperatura e tempo pode-se gerar gráficos, de diferentes tipos, para melhor visualização dos dados (16).
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Cited By (1)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
RU200610U1 (ru) * 2019-07-02 2020-11-02 Федеральное Государственное Казенное Образовательное Учреждение Высшего Образования "Санкт-Петербургская Академия Следственного Комитета Российской Федерации" Устройство для заморозки и холодовой транспортировки биологических объектов

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