BR102014006730A2 - métodos terapêuticos e composições para tratamento de diabetes - Google Patents

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Ming-Jai Su
Shoei-Sheng Lee
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Orient Europharma Co Ltd
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Abstract

métodos terapêuticos e composições para tratamento de diabete. a presente invenção é direcionada para métodos terapêuticos e composições destinados a tratamento de diabete tipo 1 em um indivíduo compreendendo administração de uma quantidade eficaz de borapetosideo a ou c, ou um respectivo sal, metabólito, solvente ou pró-droga farmaceuticamenteaceitável, e insulina ao referido indivíduo.

Description

MÉTODOS TERAPÊUTICOS E COMPOSIÇÕES PARA TRATAMENTO DE
DIABETE
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[001] Diabete melito (DM) , ou simplesmente diabete, é um grupo de doenças metabõlicas em que uma pessoa tem nível elevado de açúcar no sangue, seja porque o pâncreas não produz insulina suficiente, seja porque as células não respondem à insulina que é produzida. Esse nível elevado de açúcar no sangue produz os sintomas clínicos de poliúria (micção frequente), polidipsia (aumento da sede) e polifagia (aumento do apetite).
[002] Há três tipos principais de diabete melito (DM). O DM do tipo 1 resulta da insuficiência do corpo em produzir insulina e frequentemente requer que a pessoa se autoadministre insulina ou use uma bomba de insulina. Essa forma foi anteriormente referida como "diabete melito dependente de insulina" (IDDM) ou "diabete juvenil". O DM tipo 2 resulta de resistência a insulina, uma condição em que as células são incapazes de usar a insulina apropriadamente, algumas vezes em combinação com deficiência absoluta de insulina. Essa forma foi anteriormente referida como diabete melito não dependente de insulina (NIDDM) ou "diabete de início no adulto". A terceira principal forma, o diabete gestacional, ocorre quando gestantes sem um diagnóstico prévio de diabete desenvolvem nível elevado de glicose no sangue. Pode preceder o desenvolvimento de DM do tipo 2.
[003] Os sintomas clássicos de diabete não tratado são perda de peso, poliúria (micção frequente) polidipsia (aumento da sede) e polifagia (aumento do apetite). Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente (semanas ou meses) no diabete tipo 1, ao passo que se desenvolvem muito mais lentamente e podem ser sutis ou estar ausentes no diabete tipo 2 . Nível elevado de glicose no sangue por período prolongado pode causar absorção de glicose no cristalino dos olhos, que resulta em alterações em sua forma, culminando em alterações na visão. Visão turva é uma queixa comum que sugere um diagnóstico de diabete. Diversas erupções cutâneas que podem ocorrer no diabete são coletivamente conhecidas como dermadromas.
[004] Diabete melito é uma doença crônica, para a qual não hã cura conhecida, exceto em situações muito específicas. O controle concentra-se em manter os níveis sanguíneos de açúcar tão próximo ao normal ("euglicemia") quanto possível, sem causar hipoglicemia. Em geral, isto pode ser efetuado com dieta, exercício e uso de medicamentos apropriados (insulina no caso de diabete tipo 1; medicamentos orais, tanto quanto possível insulina, no diabete tipo 2) . Metformina é geralmente recomendada como um tratamento de primeira linha para o tratamento de diabete tipo 2, uma vez que hã evidências efetivas de que reduz a mortalidade. O diabete tipo 2 geralmente é tratado com combinações de insulina regular e NPH ou análogos de insulina sintética. Quando insulina ê usada no diabete tipo 2, uma formulação de longa ação é em geral adicionada inicialmente, ao mesmo tempo em continuação com medicações orais. As doses de insulina são então aumentadas até o efeito desejado.
[005] Há diversos estudos mostrando que o diabete está associado à secreção anormal de insulina e sensibilidade a insulina. Como a insulina é a substância mais importante na regulação do metabolismo da glicose, a secreção comprometida de insulina resulta em um aumento na produção de glicose hepática e redução da captação de glicose no músculo. Por outro lado, resistência aumentada â insulina é uma característica importante no DMT2. Caracteriza-se por redução notável na utilização de glicose pelos tecidos em resposta a insulina.
RESUMO DA INVENÇÃO
[006] Em um aspecto fornecido nos termos descritos no presente documento, trata-se de composições para tratamento de diabete em um indivíduo compreendendo uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou um respectivo sal, metabólito, solvato ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, e uma insulina ou análogo de insulina.
[007] Em outro aspecto fornecido nos termos descritos no presente documento, trata-se de método para tratamento de diabete em um indivíduo compreendendo administração de uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou um respectivo sal, metabõlito, solvato ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, com uma insulina ou análogo de insulina ao mencionado indivíduo.
INCORPORAÇÃO POR REFERÊNCIA
[008] Todas as publicações, patentes e pedidos de patentes mencionados nesta especificação são, nos termos descritos no presente documento, incorporados por referência do mesmo modo como se cada publicação, patente ou pedido de patente individual tivesse indicação específica e individual para incorporação por referência.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[009] As novas características da invenção são demonstradas com particularidades nas reivindicações anexas. Uma melhor compreensão das características e vantagens da presente invenção será obtida por referência à descrição detalhada a seguir que demonstra modalidades ilustrativas, em que os princípios da invenção são utilizados, e aos desenhos inclusos dos quais: [010] A Figura 1 mostra estruturas químicas de borapetosídeo A e C.
[011] A Figura 2A-C mostra resultados ilustrativos eficazes de borapetosídeo A aumentando a síntese de glicogênio em células C2C12 e Hep3B. Tratamento com borapetosídeo A aumentou o conteúdo de glicogênio em C2C12 (2A) , C2C12 (2B) tratada com IL-6 e Hep3B (2C) . Todos os dados foram apresentados como média ± SEM com três experimentos independentes (*, p < 0.05, em comparação com veículo controle).
[012] A Figura 3A-C mostra efeitos hipoglicemiantes ilustrativos de borapetosídeo A em camundongos. Os camundongos foram injetados com borapetosídeo A, veículo apenas ou droga positiva por via intraperitoneal. Seis minutos após a injeção, amostras de sangue foram coletadas dos camundongos e submetidas a estudo da glicose plasmática. O experimento foi independentemente repetido por sete vezes, e os dados foram apresentados como média ± SEM nos camundongos normais (3A) , nos camundongos com DM tipo 1 (3B) e nos camundongos com DM tipo 2 (3C). Asteriscos indicam diferença significativa em comparação com veículo apenas (*, p < 0.05) .
[013] A Figura 4A-D mostra efeitos de borapetosídeo A sobre a concentração plasmát ica de glicose e a AUC em camundongos normais (4A/4B) e nos camundongos com DM tipo 2 (4C/4D) que receberam um IPGTT. As amostras de sangue foram obtidas antes (no minuto 0) e após injeção de glicose (nos minutos 30, 60, 12 0 e 15 0) nos camundongos normais e nos camundongos com DM tipo 2 (4A e 4C) . A AUC diminuiu no grupo tratado com borapetosídeo A, em comparação com o grupo tratado com veículo tanto nos camundongos normais quantos nos camundongos com DM tipo 2. Asteriscos indicam diferença significativa entre os grupos tratados com veículo e com borapetosídeo A no mesmo ponto temporal. Os dados foram expressos como média ± SEM em cada grupo (n = 6). *, p < 0.05, versus animais tratados com veículo.
[014] A Figura 5A-C mostra efeitos ilustrativos de borapetosídeo A sobre a síntese de glicogênio no músculo esquelético in vivo. Os camundongos normais (5A), os camundongos com DM tipo 1 (5B) e os camundongos com DM tipo 2 (5C) foram usados neste estudo. Valores expressos como média ± SEM de seis animais em cada grupo. O valor médio de conteúdo de glicogênio dos camundongos tratados com veículo em cada grupo foi considerado como 100. *, p < 0.05, em comparação com animais tratados com veículo controle.
[015] A Figura 6A-C mostra efeitos ilustrativos de borapetosídeo A sobre a síntese de glicogênio no fígado in vivo. Os camundongos normais (6A) , os camundongos com DM tipo 1 (6B) e os camundongos com DM tipo 2 (6C) foram usados neste estudo. Valores expressos como média ± SEM de seis animais em cada grupo. O valor médio de conteúdo de glicogênio dos camundongos tratados com veículo em cada grupo foi considerado como 100. *, p < 0.05, em comparação com animais tratados com veículo controle.
[016] A Figura 7A-F mostra níveis de expressão de várias proteínas no fígado dos camundongos com DM tipo 1 após 7 dias de tratamento. A expressão de proteína de mediadores de sinalização relacionados com IR foi analisada por immunoblot no fígado dos camundongos com DM tipo 1 após administrações intraperitoneais repetidas de borapetosídeo A ou insulina por 7 dias (7A) . Os camundongos que não receberam nenhum tratamento receberam o mesmo volume de veículo. As descobertas foram reproduzidas em 3 experimentos separados. Os níveis de quantificação de proteínas expressos são representados como média ± SEM em cada coluna, conforme mostrado em {7B) a (7F). *, p < 0.05, em comparação com aqueles tratados com veículo.
[017] A Figura 8A-C mostra efeito ilustrativo de borapetosídeo C sobre a concentração plasmãtica de glicose em camundongos não diabéticos e com DM T2 durante um teste oral de tolerância a glicose (OGTT) . O OGTT foi realizado nos grupos tratados com veículo (círculos preenchidos) e tratados com 5 mg/kg de borapetosídeo C (círculos abertos) tanto de camundongos normais (8A) quanto de camundongos com DMT2 (8B) . Os valores são expressos como média + SEM (n = 7). *p < 0.05 versus os grupos tratados com veículo. A área sob a curva (AUC) diminuiu no grupo tratado com borapetosídeo C em comparação com o grupo tratado com veículo tanto em camundongos normais quanto em camundongos com DM tipo 2.
[018] A Figura 9A-D mostra um immunoblot representativo de expressão de proteína de mediadores de sinalização relacionados com IR no figado de camundongos com DM tipo 1 após administrações intraperitoneais repetidas de borapetosídeo C (5 mg/kg por dia) ou insulina (0.5 Ul/kg duas vezes por dia) durante 7 dias. Camundongos que não receberam nenhum tratamento receberam o mesmo volume de veículo (DMSO a 2%). As descobertas foram reproduzidas em 3 experimentos separados. Quantificação dos dados é mostrada no painel inferior. Os níveis de quantificação de proteínas expressos foram representados como média ± SEM em cada coluna. *p < 0.05 representa os níveis de significância comparados com os valores dos camundongos tratados com veículo.
[019] A Figura 10A-D mostra um immunoblot representativo de expressão de proteína de mediadores de sinalização relacionados com IR no fígado de camundongos com DMT1 após administração intraperitoneal repetida de borapetosídeo C (0.1 mg/kg duas vezes por dia) ou insulina (1.0 UI/kg duas vezes por dia) durante 7 dias. Camundongos que não receberam nenhum tratamento receberam o mesmo volume de veículo (DMSO a 2%). As descobertas foram reproduzidas em 3 experimentos separados. As quantificações são mostradas no painel inferior. Níveis de proteínas quantificadas são expressos como média ± SEM em cada coluna. *p < 0.05 representa os níveis de significância comparados com os valores dos camundongos tratados com veículo. #p < 0.05 representa o nível de significância comparado com os valores dos camundongos tratados com insulina.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[020] De acordo com a prática desta invenção, borapetosídeo A ou C é fornecido nos termos descritos no presente documento como um agente farmacológico em combinação com insulina para tratamento de diabete do tipo 1.
[021] Prescrições à base de ervas têm sido consideradas como remédio em potencial de acordo com avaliações médicas científicas. A ação hipoglicemiante e outros empregos medicinais do extrato de T. crispa foram relatados em diversos estudos prévios. Entretanto, os ingredientes ativos no extrato não estão bem pesquisados.
[022] De acordo com a prática desta invenção, a administração em dose única de borapetosídeo A reduz os níveis séricos de glicose e aumenta a secreção de insulina em camundongos normais e em camundongos com DM tipo 2. Além disso, o borapetosídeo A atenuou a elevação de glicose no plasma induzida por administração intraperitoneal nos camundongos normais e nos c amundongo s com diabete. O tratamento contínuo com borapetosídeo A por 7 dias induziu a fosforilação de IR, Akt, AS16 0 e GLUT2 e reduziu a expressão de fosfoenolpiruvato-carboxicinase (PEPCK) no fígado dos camundongos portadores de DM tipo 1.
[023] Especificamente, foi constatado que o borapetosídeo A efetivamente aumentou o conteúdo de glicogênio em células C2C12 do músculo esquelético e em linhagens celulares Hep3B de carcinoma hepatocelular humano em concentração muito baixa que varia de 10“8 a 1Q”7 mol/L. Como o conteúdo de glicogênio nas células C2C12 tratadas com IL- 6 não aumentou com tratamento à base de insulina, esse resultado indicou que a resistência a insulina em células C2C12 foi induzida após tratamento com IL-6. Ao contrário, tratamento com borapetosídeo A aumentou a síntese de glicogênio em células C2C12 tratadas com IL- 6 (ver, p.ex., Figura 2). Esse resultado revelou que o borapetosídeo A poderia ainda induzir aumento do conteúdo de glicogênio nessas células C2C12 resistentes a insulina.
[024] Interleucina 6 (XL-6) ê uma interleucina que atua tanto como citocina pró-inflamatória quanto como miocína anti-inflamatória. Em seres humanos, é codificada pelo gene de IL6. A IL- 6 é um importante mediador da febre e da resposta da fase aguda. É capaz de cruzar a barreira hematoencef ãlica e dar início à síntese de PGE2 no hipotãlamo, alterando, por conseguinte, o ponto predeterminado da temperatura do corpo. No músculo e no tecido adiposo, a IL- 6 estimula a mobilização de energia que resulta em temperatura corporal aumentada. A IL-6 pode ser secretada por macrófagos em resposta a moléculas microbianas específicas, o que é referido como padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs). Esses PAMPs ligam-se a um grupo importante de moléculas de detecção do sistema imune inato, denominadas receptores de reconhecimento de padrão (PRRs), incluindo receptores do tipo Toll (TLRs). Eles estão presentes na superfície celular e em compartimentos intracelulares e induzem cascatas de sinalização intracelular que dão origem à produção de citocinas inflamatórias.
[025] De acordo com a prática desta invenção, foi constatado que injeção intraperitoneal em dose maciça de borapetosídeo A reduz significativamente a concentração plasmática de glicose de maneira dependente da dose nos camundongos normais ou nos camundongos com diabete (Figura 3) . O efeito do borapetosídeo A de redução da glicose plasmática na dose de 10 mgkg^1 foi semelhante ao efeito da dose de 300 mgkg"1 de metformina. O nível plasmãtico aumentado de insulina pode contribuir para o efeito de redução da glicose no plasma da dose mais elevada de borapetosídeo A (3 e 10 mgkg^1) no camundongo normal; entretanto, a insulina plasmática no camundongo normal não aumentou de modo significativo quando se instituiu tratamento com borapetosídeo A na dose de 0.3 e 1 mgkg-1. Além disso, no camundongo com DM tipo 1, o borapetosídeo A não alterou o nível de insulina (Tabela 1) , mas reduziu significativamente o nível plasmático de glicose (Figura 3) . Em algumas modalidades, é estabelecido que borapetosídeo A exerce a ação hipoglicerniante através de mecanismo independente de insulina tanto em camundongos normais quanto naqueles com diabete. A dose eficaz de borapetosídeo A (0.3 a 1 mgkhí1) para exercer ação hipoglicerniante independente de insulina ê compatível com sua concentração eficaz para estimular síntese de glicogênio em células C2C12 resistentes à insulina.
[026] Teste de tolerância a glicose é um dos critérios mais essenciais para avaliação da eficácia terapêutica de drogas hipoglicemiantes. Conforme descrito neste documento, o efeito do borapetosídeo A sobre utilização de glicose foi ainda constatado pelo teste de IPGTT. O borapetosídeo A aumentou notavelmente a captação e a utilização de glicose em tecidos periféricos, que constituem o principal local de disponibilidade de glicose, nos camundongos normais e nos camundongos com DM tipo 2 (Figura 4). Mesmo na dose maciça ineficaz de teste, 0.1 mgkg'1 de borapetosídeo A reduziu significativamente a AUC.
[027] Transporte de glicose é a etapa limitante da taxa no metabolismo de carboidratos. Uma família de transportadores de glicose (GLUT) atua como mediador do transporte de glicose através da membrana celular. Tanto GLUT4 no músculo esquelético quando GLUT2 no fígado são transportadores de glicose sensíveis a insulina. Em relação à insulina de curta ação, o borapetosídeo A aumentou de modo semelhante a síntese de glicogênío no músculo sõleo nos camundongos com ou sem DM (Figura 5) . Além do músculo esquelético, o fígado é outro importante órgão metabólico para metabolismo da glicose. Resistência a insulina hepãtica é bem reconhecida como a causa principal determinante para o desenvolvimento de DM. Neste estudo, o borapetosídeo A também aumentou a síntese de glicogênío no fígado nos camundongos com ou sem DM (Figura 6). A insulina, entretanto, não aumentou a síntese de glicogênío no fígado e no músculo sóleo dos camundongos com DM tipo 2 (Figuras 5C e 6C).
[028] As vias pelas quais a insulina regula a captação de glicose e o metabolismo de carboidratos nos tecidos muscular, adiposo e hepático não estão bem estabelecidas. A via regular de sinalização de insulina é através de ativação da fosfoinositideo 3-cinase (PI3K) e Akt e vias acessórias que contribuem para ação específica da insulina. A insulina inicia a transdução de sinalização através de IR, uma proteína transmembrana. Então, a Akt desempenha um papel crucial na transdução de sinal de insulina hepãtica, em termos de síntese de glicogênío. Evidência atual sugere que a fosforilação de AS160 é um regulador fundamental de captação de glicose aumentada por insulina. Além disso, o substrato da Akt de 160 kDa, AS160, tem forte implicação na regulação do transporte de glicose no músculo, no tecido adiposo e no fígado. Conforme mostrado na Figura 6, foi constatado que um tratamento de sete dias com borapetosideo A aumentou a fosforilação de IR, Akt e AS160 bem como a expressão proteica de GLUT2 no fígado dos camundongos com DM tipo 1. Além disso, a expressão de PEPCK foi significativamente reduzida no fígado. PEPCK é uma das enzimas chaves do metabolismo hepático de carboidratos e catalisa uma etapa reguladora na gliconeogênese. A deficiência de insulina está claramente associada a alterações no metabolismo hepático, incluindo expressão aumentada de PEPCK. Os níveis de insulina dos camundongos com DM tipo 1 é limitado; entretanto, o gene de PEPCK é superexpresso no fígado. Tratamento de sete dias com borapetosídeo A no camundongo com DM tipo 1 reduziu a expressão da proteína PEPCK no fígado (Figura 7}.
[029] Sem ligação a nenhuma teoria de mecanismo em particular, esses achados sugerem que o borapetosídeo A exerce excelente efeito de redução da glicose através de um aumento na utilização de glicose do músculo esquelético e do fígado. A eficácia terapêutica do borapetosídeo A ê mediada pela estimulação da via IR/AKT/AKT160/GLUT2 e pela supressão da expressão de PEPCK que então contribui para a redução da gliconeogênese hepãtica.
[030] Na condição de resistência à insulina, determinadas vias de sinalização intracelular tornam-se mais resistentes a estimulação com insulina. A normalização de sensibilidade a insulina é importante para o corpo ingerir nutrientes, em particular carboidratos da dieta. Para caracterizar a maneira como o borapetosídeo A ou C pode regular sensibilidade a insulina, o efeito do borapetosídeo C sobre a utilização de glicose foi verificado pelo teste OGTT no presente estudo. Os resultados mostram que o borapetosídeo A ou C acelerou significativamente a captação e a utilização de glicose em tecidos periféricos tanto em c amundongo s não diabéticos quanto naqueles com DM tipo 2 (Figura 8A-C) após administração oral de glicose. Além disso, o borapetosídeo C (5 mg/kg) também aumentou o conteúdo de glicogênio no músculo esquelético (Tabela 2).
[031] Além do músculo esquelético, o fígado é outro importante órgão metabólico para metabolismo de glicose. É bem aceito que resistência a insulina hepática constitui a causa primária determinante para o desenvolvimento de DM. Entretanto, muitos dos processos celulares que incluem homeostasia da glicose, metabolismo de gorduras e crescimento celular são regulados pela via de sinalização da insulina. Defeitos em processos celulares mediados por vias de sinalização da insulina são cruciais para o desenvolvimento de obesidade e doenças relacionadas, como resistência a insulina, diabete e câncer. Embora os eventos moleculares não sejam até o momento totalmente elucidados, é provável que atividade cinãsica de Akt/PBK desempenhe um papel fundamental na ação da insulina hepática, pelo menos em termos de síntese de glicogênio (E1dar-Finkelman et al. , 1999; Lavoie et al . , 1999) . Além disso, a ação diabetogênica da STZ no pâncreas é precedida por sua rápida captação seletiva por parte de células pancreãticas β através do GLUT2 de baixa afinidade. Perifericamente, esse transportador é um componente da via de sinalização envolvida em detecção de glicose e regulação da secreção de insulina por células β pancreãticas. Conforme mostrado na Figura 9A-D, foi constatado que tratamento com borapetosídeo C aumentou a fosforilação de IR e Akt bem como os níveis de proteína de GLUT2 no fígado. Além do aumento de sensibilidade a insulina, o borapetosídeo C podería induzir fosforilação de IR e consequentemente causar fosforilação de Akt e expressão de GLUT2 em camundongos com DM tipo 2 . Em comparação com o efeito da insulina, o borapetosídeo C induziu mais fosforilação de IR, mas menos fosforilação de Akt e expressão de GLUT2 do que a insulina. Esse achado indica que o borapetosídeo C pode ligar-se a diferentes locais do receptor de insulina e resultar em menos ativação eficiente de sinalização de Akt/GLUT2.
[032] O outro método desenvolvido para avaliar sensibilidade a insulina in vivo envolveu o uso do teste de tolerância a insulina, que se baseia na alteração do nível plasmãtico de glicose após injeção em dose maciça de insulina regular, e seus resultados refletiram a sensibilidade a insulina. Foi constatado que uma injeção intraperitoneal em dose maciça de borapetosídeo C de 0.5 a 5 mg/kg reduziu significativamente as concentrações plasmãticas de glicose de modo dependente da dose em camundongos não diabéticos, com DM tipo 1 e com DM tipo 2. De acordo com a prática desta invenção, foi verificado que borapetosídeo C na dose única ineficaz (0.1 mg/kg) combinado com insulina (1.0 Ul/kg) intensifica a diminuição de glicose plasmãtica induzida por insulina (Tabela 3) e aumenta o conteúdo de glicogênio induzido por insulina no músculo esquelético de camundongos diabéticos e camundongos normais (Tabela 4) . O aumento de sensibilidade a insulina pelo borapetosideo C é mais proeminente em camundongos diabéticos do que em camundongos normais. Similarmente, borapetosídeo A na dose única ineficaz, combinado com insulina (1.0 UI/kg), podería intensificar redução da glicose plasmãtica induzida por insulina. Correspondendo à intensificação de sensibilidade a insulina, insulina coadministrada com baixa dose de borapetosídeo A ou C intensifica fosforilação de IR induzida por insulina e consequente fosforilação de Akt e expressão de GLUT2 no fígado de camundongos com DM tipo 1 (o que é evidenciado pela Figura 10A-D). Esses resultados sugerem que borapetosídeo A ou C não é apenas um agente hipoglicemiante, mas pode também agir como um adjuvante na função da insulina.
[033] Insulina é um hormônio peptídio produzido por células beta do pâncreas e é fundamental para regulação do metabolismo de carboidratos e gorduras no corpo. Ela induz células no fígado, nos músculos esqueléticos e no tecido adiposo a absorver glicose do sangue. A proteína insulina humana é composta de 51 aminoãcidos e possui um peso molecular de 5808 Da. Insulina humana biossintética (insulina humana de rDNA, INN) para uso clínico é produzida por tecnologia de DNA recombinante.
[ 034] Diversos análogos de insulina humana estão disponíveis para terapia clínica. Esses análogos de insulina são estritamente relacionados com a estrutura da insulina humana e foram desenvolvidos para aspectos específicos de controle glicêmico em termos de ação rápida (insulinas prandiais) e ação longa (insulinas basais). Insulina é usualmente administrada como injeções subcutâneas por seringas com agulhas descartáveis, por meio de uma bomba de insulina ou por canetas de insulina com agulhas.
[035] Um análogo de insulina é uma forma alterada de insulina, diferente de qualquer uma de ocorrência na natureza, mas ainda disponível para o corpo humano com o objetivo de realizar a mesma ação que a insulina humana em termos de controle glicêmico. Mediante engenharia genética do DNA básico, a sequência de aminoãcidos da insulina pode ser modificada para alterar suas características de ADME (absorção, distribuição, metabolismo e excreção). Oficialmente, a Food and Drug Administration (FDA) refere-se a esses análogos como "ligantes do receptor de insulina", embora eles sejam mais comumente referidos como análogos de insulina. Essas modificações foram usadas para criar dois tipos de análogos de insulina: aqueles que são mais prontamente absorvidos do local de injeção e, portanto, agem mais rápido que a insulina natural injetada por via subcutânea, destinados a suprir o nível da dose maciça de insulina necessária por ocasião das refeições (insulina prandial), e aqueles que são liberados lentamente durante um período entre 8 e 24 horas, destinados a suprir o nível basal de insulina durante o dia e particularmente no período da noite (insulina basal). Alguns exemplos não limitados de análogos da insulina incluem insulina NPH, Lispro, Aspart, Glulisie, insulina Glargine, insulina Detemir, insulina degludec, e o equivalente.
[036] Desse modo, um análogo de insulina descrito neste documento refere-se a qualquer análogo de insulina com forma da insulina alterada ou modificada, diferente de qualquer uma de ocorrência na natureza, mas ainda disponível para o corpo humano com o objetivo de realizar a mesma ação que a da insulina humana em termos de controle glicêmico.
[037] Em algumas modalidades, é fornecida uma composição para tratamento de diabete em um indivíduo compreendendo uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou um respectivo sal, metabõlito, solvato ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, e uma insulina ou análogo de insulina. Em algumas modalidades, o diabete mencionado é diabete tipo 1. Em algumas modalidades, o diabete mencionado é diabete tipo 2. Em algumas modalidades, a composição compreende borapetosídeo A. Em algumas modalidades, a composição compreende borapetosídeo C. Em algumas modalidades, a composição compreende insulina. Em algumas modalidades, a composição compreende análogo de insulina. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C diminui os níveis séricos de glicose do referido indivíduo. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C induz aumento de glicogênío. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C aumenta a secreção de insulina no referido indivíduo.
[038] Em algumas modalidades, são fornecidos métodos para tratamento de diabete em um indivíduo compreendendo administração de uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou utn respectivo sal, metabólito, solvato ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, com uma insulina ou análogo de insulina ao indivíduo mencionado. Em algumas modalidades, o referido diabete é diabete tipo 1. Em algumas modalidades, o diabete mencionado ê diabete tipo 2. Em algumas modalidades, o referido método compreende administração de borapetosídeo A. Em algumas modalidades, o referido método compreende administração de borapetosídeo C. Em algumas modalidades, o referido método compreende administração de insulina. Em algumas modalidades, o referido método compreende administração de análogo de insulina. Em algumas modalidades, o referido borapetosídeo A ou Cea insulina ou o análogo de insulina mencionados são administrados separadamente, simultaneamente ou sequencialmente. Em algumas modalidades, o referido borapetosídeo A ou Cea insulina ou o análogo de insulina mencionados são administrados por via oral ou por injeção parenteral ou intravenosa. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C reduz os níveis sêricos de glicose do indivíduo mencionado. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C induz aumento de glicogênio. Em algumas modalidades, o borapetosídeo A ou C aumenta a secreção de insulina no indivíduo mencionado.
[039] Em outras modalidades, o borapetosídeo A ou C é isolado dos extratos de Tinospora crispa.
Algumas Terminologias Farmacêuticas e Médicas [040] A menos que estabelecido de outro modo, os seguintes termos usados neste pedido, incluindo a especificação e as reivindicações, têm as definições fornecidas aqui. Deve ser observado que, conforme se usa na especificação e nas reivindicações anexas, as formas singulares "um(a)" e "o(a)" incluem referentes plurais a menos que o contexto determine claramente de outro modo. A menos que de outro modo indicado, métodos convencionais de espectroscopia de massa, NMR, HPLC, química de proteína, bioquímica, técnicas de DNA recombinante e farmacologia são empregados. Neste pedido, o uso de "ou" ou "e" significa "e/ou" a menos que estabelecido de outro modo. Além disso, o uso do termo "incluindo" bem como outras formas, tais como "incluem", "inclui" e "incluído", não é limitante. Os títulos de seção usados no presente documento têm fins organizacionais apenas e não devem ser interpretados como limitantes do conteúdo propriamente dito descrito.
[041] O termo "transportador", conforme se usa no presente documento, refere-se a compostos ou agentes químicos relativamente não tóxicos que facilitam a incorporação de um composto a células ou tecidos.
[042] Os termos "coadministração" ou o equivalente, conforme se usa no presente documento, têm por objetivo abranger administração dos agentes terapêuticos selecionados a um único paciente e devem incluir regimes de tratamento em que os agentes são administrados pela mesma via de administração ou por via diferente ou ao mesmo período ou em período diferente.
[043] O termo "diluente" refere-se a compostos químicos que são usados para diluir o composto de interesse antes de administração. Diluentes podem também ser usados para estabilizar compostos porque eles podem proporcionar um ambiente mais estável. Sais dissolvidos em soluções tampões (que também podem proporcionar controle ou manutenção do pH) são utilizados como diluentes no assunto, incluindo, mas não se limitando a, solução salina tamponada com fosfato.
[044] Os termos "quantidade eficaz" ou "quantidade terapeuticamente eficaz", conforme se usa no presente documento, referem-se a uma quantidade suficiente de um agente ou um composto administrado que aliviará em algum grau um ou mais dos sintomas da doença ou condição que está sendo tratada. O resultado pode ser redução e/ou alívio dos sinais, dos sintomas ou da causa de uma doença ou qualquer outra alteração desejada de um sistema biológico. Por exemplo, uma "quantidade eficaz" para usos terapêuticos é a quantidade da composição compreendendo um composto conforme descrito no presente documento necessária para proporcionar uma redução clinicamente significativa nos sintomas da doença. Uma quantidade "eficaz" apropriada em qualquer caso individual pode ser determinada usando-se técnicas tais como um estudo de elevação da dose.
[045] Os termos "intensificar" ou "intensificação", conforme se usa no presente documento, significam aumentar ou prolongar em potência ou em duração um efeito desejado. Assim, no que diz respeito ao efeito de agentes terapêuticos, o termo "intensificação" refere-se â capacidade de aumentar ou prolongar, seja em potência, seja em duração, o efeito de outros agentes terapêuticos sobre um sistema. Uma "quantidade eficaz de intensificação", conforme se usa no presente documento, refere-se a uma quantidade adequada para intensificar o efeito de outro agente terapêutico em um sistema desejado.
[046] Um "metabólito" de um composto descrito no presente documento é um derivado desse composto que é formado quando o composto é metabolizado. O termo "metabólito ativo" refere-se a um derivado biologicamente ativo de um composto que é formado quando o composto é metabolizado. O termo "metabolizado", conforme se usa no presente documento, refere-se à soma dos processos (incluindo, mas não se limitando a, reações de hidrólise e reações catalisadas por enzimas) pelos quais determinada substância é alterada por um organismo. Assim, enzimas podem produzir alterações estruturais específicas em um composto. Por exemplo, citocromo P450 catalisa uma variedade de reações oxidativas e redutivas enquanto uridina-difosfato-glicuroniltransferases catalisam a transferência de uma molécula de ácido glicurônico ativada para álcoois aromáticos, ãlcoois alifãticos, ácidos carboxílicos, aminas e grupos sulfidrila livres. Metabólitos dos compostos descritos no presente documento são opcionalmente identificados ou por administração de compostos a um hospedeiro e análise de amostras de tecido do hospedeiro ou por incubação de compostos com células hepáticas in vitro e análise dos compostos resultantes.
[047] O termo "combinação farmacêutica", conforme se usa no presente documento, significa um produto que resulta da mistura ou combinação de mais de um ingrediente ativo e inclui tanto combinações fixas quanto não fixas dos ingredientes ativos. O termo "combinação fixa" significa que os ingredientes ativos - por exemplo, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) e um coagente - são ambos administrados a um paciente simultaneamente na forma de uma única entidade ou dose. O termo "combinação não fixa" significa que os ingredientes ativos - por exemplo, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) e um coagente - são administrados a um paciente simultaneamente, em conjunto ou sequencialmente sem nenhum limite de tempo interposto específico, em que tal administração proporciona níveis eficazes dos dois compostos no corpo do paciente. O último também se aplica a terapia do tipo coquetel, tal como a administração de três ou mais ingredientes ativos.
[048] O termo "composição farmacêutica" refere-se a uma mistura de um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) com outros componentes químicos, tais como transportadores, estabilizadores, diluentes, agentes dispersantes, agentes de suspensão, agentes espessantes e/ou excipientes. A composição farmacêutica facilita a administração do composto a um organismo. Existem múltiplas técnicas de administração de um composto no assunto, incluindo, mas não se limitando a, administração intravenosa, oral, por aerossol, parenteral, oftãlmica, pulmonar ou tópica.
[049] O termo "indivíduo" ou "paciente" abrange mamíferos. Exemplos de mamíferos incluem, mas não se limitam a, qualquer membro da classe Mammalian: seres humanos, primatas não humanos tais como chimpanzés e outras espécies de símios e macacos; animais de fazenda tais como bovinos, ovinos, caprinos, suínos; animais domésticos tais como coelhos, cães e gatos; animais de laboratório incluindo roedores tais como ratos, camundongos e cobaias; e o equivalente. Em uma modalidade, o mamífero ê um humano.
[050] Os termos "tratar", "tratando" ou "tratamento", conforme se usa no presente documento, incluem alívio, diminuição ou melhora de pelo menos um sintoma de uma doença ou condição, prevenindo sintomas adicionais, inibindo a doença ou condição - por exemplo, impedindo o desenvolvimento da doença ou condição -, aliviando a doença ou condição, causando regressão da doença ou condição, aliviando uma condição causada pela doença ou condição ou cessando os sintomas da doença ou condição profilaticamente e/ou terapeuticamente.
Vias de Administração e Doses [051] Vias adequadas de administração incluem, mas não se limitam a, administração oral, intravenosa, retal, por aerossol, parenteral, oftálmica, pulmonar, transmucosa, vaginal, ótica, nasal e tópica. Além disso, a título de exemplo apenas, administração parenteral inclui injeções intramusculares, subcutâneas, intravenosas, intramedulares, bem como injeções intratecais, intraventriculares diretas, intraperitoneais, intralinfãticas e intranasais.
[052] Em algumas modalidades, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descrito no presente documento) é administrado em um local que não o de modo sistêmico - por exemplo, por injeção do composto diretamente em um órgão, em geral em uma preparação de depósito ou formulação de liberação contínua. Em modalidades específicas, formulações de longa ação são administradas por implantação (por exemplo, subcutaneamente ou intramuscularmente) ou por injeção intramuscular. Além disso, em outras modalidades, a droga ê administrada em um sistema de administração da droga escolhido como alvo, como em um lipossomo revestido com um anticorpo específico de um órgão. Em tais modalidades, os lipossomos são escolhidos como alvo e seletivamente apreendidos pelo órgão. Em ainda outras modalidades, o composto, conforme descrito no presente documento, ê fornecido na forma de uma formulação de liberação rápida, na forma de uma formulação de liberação prolongada ou na forma de uma formulação de liberação intermediária. Em ainda outras modalidades, o composto descrito neste documento é administrado topicamente .
[053] Em algumas modalidades, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) é administrado por via parenteral ou intravenosa. Em outras modalidades, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) é administrado por injeção. Em algumas modalidades, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) é administrado por via oral.
[054] No caso em que a condição do paciente não melhora, a administração dos compostos pode ser conduzida de modo crônico a critério do médico, isto é, por um período estendido, incluindo administração durante toda a vida do paciente para melhorar ou de outro modo controlar ou limitar os sintomas da doença ou condição do paciente. No caso em que o estado do paciente não melhora, a administração dos compostos pode ser conduzida, a critério do médico, de modo contínuo ou suspensa temporariamente por determinado período de tempo (isto é, umas "férias da droga").
[055] Os limites precedentes são meramente sugestivos, uma vez que o número de variáveis no que diz respeito a um regime de tratamento individual é grande, e digressões consideráveis desses valores recomendados não são incomuns. Essas dosagens podem ser alteradas dependendo de diversas variáveis, não limitadas à atividade do composto usado, à doença ou condição a ser tratada, ao modo de administração, às exigências do paciente em termos individuais, à gravidade da doença ou condição que está em tratamento e ao julgamento do médico.
[056] Toxicidade e eficácia terapêutica de tais regimes terapêuticos podem ser determinadas por procedimentos farmacêuticos padrões em culturas celulares ou animais experimentais, incluindo, mas não se limitando a, determinação da LD50 (a dose letal para 50% da população) e da ED50 (a dose terapeuticamente eficaz em 50% da população). A proporção da dose entre os efeitos tóxicos e terapêuticos é o índice terapêutico que pode ser expresso como a proporção entre LD50 e ED50. Compostos que exibem índices terapêuticos elevados são preferidas. Os dados obtidos de ensaios de cultura celular e estudos animais podem ser usados na formulação de uma faixa da dose para uso em humanos. A dose de tais compostos situa-se preferivelmente dentro de uma faixa de concentrações circulantes que inclui a ED50 com toxicidade mínima. A dose pode variar dentro dessa faixa dependendo da forma de apresentação empregada e da via de administração utilizada.
Formulação Farmacêutica [057] Em algumas modalidades, são fornecidas composições farmacêuticas compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) e um excipiente farmaceuticamente aceitável.
[058] Em algumas modalidades, compostos (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) são formulados em composições farmacêuticas. Em modalidades específicas, composições farmacêuticas são formuladas de modo convencional usando-se um ou mais transportadores fisiologicamente aceitáveis compreendendo excipientes e auxiliares que facilitam processamento dos compostos ativos que podem ser usado farmaceuticamente. A formulação apropriada é dependente da via de administração escolhida. Quaisquer técnicas, transportadores e excipientes farmaceuticamente aceitáveis são usados como adequados para formular as composições farmacêuticas descritas no presente documento: Remington: The Science Practice of Pharmacy, Nineteenth Ed. (Easton, Pa.: Mack Publishing Company, 1995) ; Hoover, John E. , Remington's Pharmaceutical Sciences, Mack Publishing Co., Easton, Pennsylvania 197 5; Liberman, H. A. e Lachman, L. Eds . , Pharmaceutical Dosage Forms, Marcei Decker, New York, N.Y., 1980; e Pharmaceutical Dosage Forms e Drug Delivery Systems, Seventh Ed. (Lippincott Williams & Wilkins, 1999}.
[059] São fornecidas no presente documento composições compreendendo um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) e diluente(s), excipiente(s) ou transportador(es) farmaceuticamente aceitãvel(eis), Em algumas modalidades, os compostos descritos são administrados como composições farmacêuticas em que um composto (isto é, borapetosídeo A descrito no presente documento) é misturado com outros ingredientes ativos, como em terapia de combinação. São abrangidas aqui todas as combinações de ativos mostrados na seção de terapias de combinação adiante e em toda esta descrição. Em modalidades específicas, as composições farmacêuticas incluem um ou mais compostos (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento).
[060] Uma composição farmacêutica, conforme se usa no presente documento, refere-se a uma mistura de um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) com outros componentes químicos tais como transportadores, estabilizantes, diluentes, agentes dispersantes, agentes de suspensão, agentes espessantes e/ou excipientes. Em algumas modalidades, a composição farmacêutica facilita a administração do composto a um organismo. Em algumas modalidades, colocando-se em prática os métodos de tratamento ou uso fornecidos no presente documento, quantidades terapeuticamente eficazes de um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) são administradas em uma composição farmacêutica a um mamífero com uma doença ou condição a ser tratada. Em modalidades específicas, o mamífero é um humano. Em algumas modalidades, as quantidades terapeuticamente eficazes variam dependendo da gravidade da doença, da idade e da saúde relativa do indivíduo, da potência do composto usado e de outros fatores. Os compostos descritos no presente documento são usados isoladamente ou em combinação com um ou mais agentes terapêuticos como componentes de misturas.
[061] Em uma modalidade, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) é formulado em uma solução aquosa. Em modalidades específicas, a solução aquosa é selecionada de, a título de exemplo apenas, um tampão fisiologicamente compatível, como solução de Hank, solução de Ringer ou tampão de salina fisiológica. Em outras modalidades, um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento) é formulado para administração transmucosa. Em modalidades específicas, formulações transmucosas incluem penetrantes que são apropriados para a barreira a ser permeada. Em ainda outras modalidades em que os compostos fornecidos no presente documento são formulados para outras injeções parenterais, formulações apropriadas incluem soluções aquosas ou não aquosas. Em modalidades específicas, essas soluções incluem tampões e/ou excipientes fisiologicamente compatíveis.
[062] Em outra modalidade, compostos descritos neste documento são formulados para administração oral. Compostos descritos neste documento, incluindo compostos tais como borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos no presente documento, são formulados por combinação dos compostos ativos com, por exemplo, transportadores ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis. Em várias modalidades, os compostos descritos neste documento são formulados nas formas de apresentação orais que incluem, a título de exemplo apenas, comprimidos, pós, pílulas, drãgeas, cápsulas, líquidos, géis, xaropes, elixires, pastas, suspensões e o equivalente.
[063] Em algumas modalidades, preparações farmacêuticas para uso oral são obtidas por mistura de um ou mais dos compostos descritos neste documento, opcionalmente triturando-se a mistura resultante e processando-se a mistura de grânulos, após adição de auxiliares adequados, se desejado, para se obter comprimidos ou drágeas. Excipientes adequados são, em particular, agentes de preenchimento como açúcares, incluindo lactose, sacarose, manitol ou sorbitol; preparações de celulose tais como: por exemplo, amido de milho, amido de trigo, amido de arroz, amido de batata, gelatina, goma tragacanto, metilcelulose, celulose microcristalina, celulose hidroxipropilmetílica, carboximetilcelulose de sódio; ou outras como: polivinilpirrolidona (PVP ou povidona) ou fosfato de cálcio. Em modalidades específicas, agentes desintegrantes são opcionalmente adicionados. Agentes desintegrantes incluem, a título de exemplo apenas, croscarmelose sódica de ligação cruzada, polivinilpirrolidona, ágar ou ácido algínico ou um de seus sais como alginato de sódio.
[064] Em uma modalidade, formas de apresentação, tais como drágeas e comprimidos, são fornecidas com um ou mais revestimentos adequados. Em modalidades específicas, soluções concentradas de açúcar são usadas para revestimento da forma de apresentação. As soluções de açúcar opcionalmente contêm componentes adicionais, tais como, a título de exemplo apenas, goma-arãbica, talco, polivinilpirrolidona, gel de carbopol, polietilenoglicol e/ou dióxido de titânio, soluções laqueadoras e solventes orgânicos adequados ou misturas de solventes. Corantes e/ou pigmentos são também opcionalmente adicionados aos revestimentos para fins de identificação. Além disso, os corantes e/ou pigmentos são opcionalmente utilizados para caracterizar diferentes combinações de doses do composto ativo.
[065] Em algumas modalidades, quantidades terapeuticamente eficazes de pelo menos um dos compostos descritos neste documento são formuladas em outras formas de apresentação oral. Formas de apresentação oral incluem cápsulas de encaixe feitas de gelatina, bem como cápsulas moles vedadas feitas de gelatina e um plastificante, como glicerol ou sorbitol. Em modalidades específicas, as cápsulas de encaixe contêm os ingredientes ativos em mistura com um ou mais agentes de preenchimento. Agentes de preenchimento incluem, a título de exemplo apenas, lactose, agentes de ligação como amidos e/ou lubrificantes tais como talco ou estearato de magnésio e, opcionalmente, estabilizadores. Em outras modalidades, cápsulas moles contêm um ou mais compostos ativos que são dissolvidos ou suspensos em um líquido apropriado. Líquidos apropriados incluem, a título de exemplo apenas, um ou mais de óleo graxo, parafina líquida ou polietilenoglicol líquido. Além disso, estabilizadores são opcionalmente adicionados.
[066] Em outras modalidades, quantidades terapeuticamente eficazes de pelo menos um dos componentes descritos neste documento são formuladas para administração oral ou sublingual. Formulações apropriadas para administração oral ou sublingual incluem, a título de exemplo apenas, comprimidos, pastilhas ou géis. Em ainda outras modalidades, os compostos descritos neste documento são formulados para injeção parenteral, incluindo formulações apropriadas para injeção em dose maciça ou infusão contínua. Em modalidades específicas, formulações para injeção são apresentadas em forma de apresentação unitária (p. ex., em ampolas) ou em recipientes com múltiplas doses. Conservantes são, opcionalmente, adicionados âs formulações para injeção. Em ainda outras modalidades, as composições farmacêuticas de um composto (isto é, borapetosídeo A descrito no presente documento) são formuladas em um padrão apropriado para injeção parenteral como suspensões, soluções ou emulsões estéreis em veículos oleosos ou aquosos. Formulações para injeção parenteral opcionalmente contêm agentes formuladores tais como agentes de suspensão, estabilização e/ou dispersão. Em modalidades específicas, formulações farmacêuticas para administração parenteral incluem soluções aquosas dos compostos ativos na forma hidrossolúvel. Em modalidades adicionais, suspensões dos compostos ativos são preparadas como suspensões para injeções oleosas apropriadas. Solventes ou veículos lipofílicos adequados para uso nas composições farmacêuticas descritas neste documento incluem, a título de exemplo apenas, óleos graxos tais como óleo de sésamo ou ésteres de ácidos graxos sintéticos, tais como etiloleato ou triglicerídios, ou lipossomos. Em algumas modalidades específicas, suspensões para injeção aquosa contêm substâncias que aumentam a viscosidade da suspensão, como carboximetilcelulose sõdica, sorbitol ou dextrana. Opcionalmente, a suspensão contém estabilizadores ou agentes que aumentam a solubilidade dos compostos para permitir a preparação de soluções altamente concentradas. Alternativamente, em outras modalidades, o ingrediente ativo está na forma de pó para reconstituição com um veículo apropriado - por exemplo, água estéril livre de pirógenos - antes do uso.
[067] Em um aspecto, borapetosídeo A ou C, insulina ou análogos de insulina, conforme descrito neste documento, são preparados como soluções para injeção parenteral conforme descrito neste documento ou conhecido no assunto e administrados com um injetor automático. Injetores automáticos, como aqueles descritos em U.S. Patent Nos. 4,031,893, 5,538,489, 5,540,664, 5,665,071, 5,695,472 e WO/2005/087297 (cada um dos quais é incorporado aqui por referência para esta apresentação)são conhecidos. Em geral, todos os injetores automáticos contêm um volume de solução que inclui um composto (isto é, borapetosídeo A ou C, insulina, análogos de insulina, descritos neste documento) a ser injetado. Em geral, injetores automáticos incluem um reservatório para manutenção da solução, que está em comunicação líquida com uma agulha para liberar a droga, bem como um mecanismo para posicionar automaticamente a agulha, inserindo a agulha no paciente e liberando a dose no paciente. Cada injetor ê capaz de liberar somente uma dose do composto.
[068] Em ainda outras modalidades, borapetosídeo A é administrado topicamente. Os compostos descritos neste documento são formulados em uma variedade de composições administrãveis topicamente, tais como soluções, suspensões, loções, géis, pastas, adesivos medicamentosos, pomadas, cremes ou unguentos. Tais composições farmacêuticas opcionalmente contêm agentes solubilizantes, estabilizadores, agentes de realce de tonicidade, tampões e conservantes.
[069] Em ainda outras modalidades, qualquer composto descrito neste documento é formulado para administração transdérmica. Em modalidades especificas, formulações transdérmicas empregam dispositivos de liberação transdérmica e emplastros de liberação transdérmica e podem ser emulsões lipofílicas ou tamponadas, soluções aquosas, dissolvidas e/ou dispersas em um polímero ou um adesivo. Em várias modalidades, esses emplastros são desenvolvidos para liberação contínua, pulsátil ou sob demanda dos agentes farmacêuticos. Em modalidades adicionais, a liberação transdérmica de qualquer composto descrito neste documento é realizada por meio de emplastros iontoforéticos e o equivalente. Em modalidades específicas, a taxa de absorção é reduzida pelo uso de membranas de controle da taxa ou por aprisionamento do composto dentro da matriz de um polímero ou em gel. Em modalidades alternativas, intensificadores de absorção são usados para aumentar a absorção. Intensificadores de absorção ou transportadores incluem solventes absorvíveis farmaceuticamente aceitáveis que facilitam a passagem através da pele. Por exemplo, em uma modalidade, dispositivos transdérmicos estão na forma de uma bandagem compreendendo uma membrana de suporte, um reservatório contendo o composto opcionalmente com transportadores, opcionalmente uma barreira de controle da taxa de liberação do composto para a pele do hospedeiro a uma velocidade controlada e predeterminada durante um período de tempo prolongado, e meios para assegurar aderência do dispositivo à pele.
[070] As formulações transdêrmicas descritas neste documento podem ser administradas usando-se uma variedade de dispositivos que foram descritos no assunto. Por exemplo, tais dispositivos incluem, mas não se limitam a, U.S. Pat. Nos. 3,598,122, 3,598,123, 3,710,795, 3,731,683, 3,742,951, 3,814,097, 3,921,636, 3,972,995, 3,993,072, 3,993,073, 3,996,934, 4,031,894, 4,060,084, 4,069,307, 4,077,407, 4,201,211, 4,230,105, 4,292,299, 4,292,303, 5,336,168, 5,665,378, 5,837,280, 5,869,090, 6,923,893, 63,929,801 e 6,946,144.
[071] As formas de apresentação transdêrmicas descritas neste documento podem incorporar alguns excipientes farmaceuticamente aceitáveis que são convencionais no assunto. Em uma modalidade, as formulações transdêrmicas descritas neste documento incluem pelo menos três componentes: (1) uma formulação de um composto descrito neste documento; (2) um intensificador de penetração; e (3) um adjuvante aquoso. Além disso, formulações transdêrmicas podem incluir componentes adicionais tais como, não limitados a, agentes de gelificação, cremes e unguentos e o equivalente. Em algumas modalidades, as formulações transdêrmicas ainda incluem um material de suporte trançado ou não trançado para intensificar absorção e impedir a remoção da formulação transdêrmica da pele. Em outras modalidades, as formulações transdêrmicas descritas neste documento mantêm um estado saturado ou supersaturado com a finalidade de promover difusão para a pele.
[072] Em outras modalidades, os compostos são formulados para administração por inalação. Várias formas apropriadas para administração por inalação incluem, mas não se limitam a, aerossóis, vapores e pós. As composições farmacêuticas de um composto descrito neste documento são convenientemente liberadas em uma forma apresentação do tipo aerossol de embalagens pressurizadas ou nebulizador, com o uso de um propulsor apropriado (p. ex. , diclorodifluorometano, triclorofluorometano, diclorotetrafluoroetano, dióxido de carbono ou outro gás adequado). Em modalidades específicas, a unidade de dosagem de um aerossol pressurizado é determinada pelo fornecimento de uma válvula para liberar uma quantidade controlada. Em algumas modalidades, cápsulas e cartuchos, tal como, a título de exemplo apenas, de gelatinas, para uso em um inalador ou insuflador são formuladas contendo uma mistura do pó do composto e uma base na forma de pó adequada tal como lactose ou amido.
[073] Formulações intranasais são conhecidas no assunto e são descritas em, por exemplo, U.S. Pat. Nos. 4,476,116, 5,116,817 e 6,391,452, cada uma das quais ê especificamente incorporada neste documento por referência. As formulações, que incluem um composto descrito neste documento, são preparadas de acordo com estas e outras técnicas bem conhecidas no assunto como soluções em salina, que empregam álcool benzílico ou outros conservantes apropriados, fluorocarbonos e/ou outros agentes solubilizantes ou dispersantes conhecidos no assunto. Ver, por exemplo, Ansel, H. C. et al. , Pharmaceutical Dosage Forms and Drug Delivery Systems, Sixth Ed. (1995) . Preferivelmente, essas composições e formulações são preparadas com ingredientes não tóxicos farmaceuticamente aceitáveis. Tais ingredientes são encontrados em fontes como "REMINGTON.- THE SCIENCE AND PRACTICE OF PHARMACY", 21.a edição, 2005, uma referência padrão no campo. A escolha de transportadores adequados é altamente dependente da natureza exata da forma de apresentação nasal desejada, como soluções, suspensões, unguentos ou géis. Formas de apresentação nasal geralmente contêm grandes quantidades de água além do ingrediente ativo. Quantidades menores de outros ingredientes tais como ajustadores do pH, agentes emulsificantes ou dispersantes, conservantes, surfactantes, agentes de gelificação ou agentes de t amponamento e outros agentes estabilizantes e solubilizantes podem também estar presentes. Preferivelmente, a forma de apresentação nasal deve ser isotônica em relação a secreções nasais.
[074] Para administração por inalação, os compostos descritos neste documento podem estar na forma de um aerossol, um vapor ou um pó. As composições farmacêuticas descritas neste documento são convenientemente liberadas na forma de uma apresentação em aerossol de embalagens pressurizadas ou nebulizador, com o uso de um propulsor apropriado, como diclorodifluorometano, triclorofluorometano, diclorotetrafluoroetano, dióxido de carbono ou outro gãs adequado. No caso de um aerossol pressurizado, a unidade de dosagem pode ser determinada fornecendo-se uma válvula para liberar uma quantidade controlada. Cápsulas e cartuchos, tal como, a título de exemplo apenas, de gelatinas, para uso em um inalador ou insuflador podem ser formuladas contendo uma mistura do pó do composto descrito neste documento e uma base na forma de pó adequada tal como lactose ou amido.
[075] Em outras modalidades, qualquer composto descrito neste documento ê formulado em composições retais como enemas, géis retais, espumas retais, aerossóis retais, supositórios, supositórios gelatinosos ou enemas de retenção, contendo bases de supositórios convencionais como gordura de cacau ou outros glicerídios, bem como polímeros sintéticos tais como polivinilpirrolidona, PEG e o equivalente. Em formas de supositório das composições, uma cera de baixo ponto de fusão como, mas não se limitando a, uma mistura de glicerídios de ácido graxo, opcionalmente em combinação com gordura de cacau, é primeiramente fundida.
[076] Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas são formuladas de qualquer maneira convencional usando-se um ou mais transportadores fisiologicamente aceitáveis compreendendo excipientes e auxiliares que facilitam processamento dos compostos ativos em preparações que podem ser usadas farmaceuticamente. A formulação apropriada é dependente da via de administração escolhida. Quaisquer técnicas, transportadores e excipientes farmaceuticamente aceitáveis são opcionalmente empregados como adequados e como compreendidos no assunto. As composições farmacêuticas compreendendo um composto descrito neste documento podem ser preparadas de maneira convencional, tal como, a titulo de exemplo apenas, por meio de processos convencionais de mistura, dissolução, granulação, fabricação de drãgeas, pulverização, emulsificação, encapsulação, aprisionamento ou compressão.
[077] As composições farmacêuticas incluem pelo menos um transportador, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável e pelo menos um composto descrito neste documento como um ingrediente ativo. O ingrediente ativo está na forma de ácido livre ou base livre ou em na forma de um sal farmaceuticamente aceitável. Além disso, os métodos e as composições farmacêuticas descritos neste documento incluem o uso de formas cristalinas (também conhecidas como polimorfas) bem como metabólitos ativos desses compostos que têm o mesmo tipo de atividade. Todos os tautômeros dos compostos descritos neste documento são incluídos dentro do campo dos compostos apresentados neste documento. Além disso, os compostos descritos neste documento abrangem formas não solvatadas bem como solvatadas com solventes farmaceuticamente aceitáveis como água, etanol e o equivalente. As formas solvatadas dos compostos apresentados neste documento são também consideradas descritas neste documento. Ademais, as composições farmacêuticas opcionalmente incluem outros agentes, transportadores, adjuvantes medicinais ou farmacêuticos, tais como agentes conservantes, estabilizantes, umidificantes ou emulsificantes, promotores de solução, sais para regulação da pressão osmõtica, tampões e/ou outras substâncias terapeuticamente úteis.
[078] Métodos para preparação de composições compreendendo os compostos descritos neste documento incluem formulação dos compostos com um ou mais excipientes inertes farmaceuticamente aceitáveis para formar um sólido, semissólido ou liquido. Composições sólidas incluem, mas não se limitam a, pós, comprimidos, grânulos dispersíveis, cápsulas, saches e supositórios. Composições líquidas incluem soluções em que um composto é dissolvido, emulsões compreendendo um composto ou uma solução contendo lipossomos, micelas ou nanopartículas compreendendo um composto conforme descrito neste documento. Composições semi s sói idas incluem, mas não se limitam a, géis, suspensões ou cremes. A forma das composições farmacêuticas descritas neste documento inclui soluções líquidas ou suspensões, formas sólidas para solução ou suspensão em um líquido antes do uso ou emulsões. Essas composições também opcionalmente contêm quantidades menores de substâncias auxiliares não tóxicas tais como agentes umidificantes ou emulsificantes, agentes de tamponamento do pH e assim por diante.
[079] Em algumas modalidades, a composição farmacêutica compreendendo pelo menos compostos (isto ê, borapetosídeo A ou C e insulina ou análogo de insulina descritos neste documento) ilustrativamente toma a forma de um líquido em que os agentes estão presentes em solução e/ou em suspensão. Em geral, quando a composição é administrada como uma solução ou suspensão, uma primeira porção do agente está presente em solução e uma segunda porção do agente está presente na forma particulada, em suspensão numa matriz líquida. Em algumas modalidades, uma composição líquida inclui uma formulação em gel. Em outras modalidades, a composição líquida é aquosa.
[080] Em algumas modalidades, suspensões aquosas farmacêuticas incluem um ou mais polímeros como agentes de suspensão. Polímeros incluem polímeros solúveis em água a exemplo de polímeros de celulose, como hidroxipropilmetilcelulose, e polímeros insolúveis em água, como polímeros contendo carboxila de ligação cruzada. Algumas composições farmacêuticas descritas neste documento incluem um polímero mucoadesivo, selecionado de, por exemplo, carboximetilcelulose, carbômero (polímero de ácido acrílico), poli(metilmetacrilato), poliacrilamida, policarbofil, copolímero de ácido acrílico/acrilato butílico, alginato de sódio e dextrana.
[081] As composições farmacêuticas também, opcionalmente, incluem agentes solubilizantes para auxiliar na solubilidade dos compostos descritos neste documento. O termo "agente solubilizante" geralmente inclui agentes que resultam na formação de uma solução micelar ou uma solução verdadeira do agente. Alguns surfactantes não iônicos aceitáveis - por exemplo, polissorbato 80 - são úteis como agentes solubilizantes, tais como glicóis oftalmicamente aceitáveis - por exemplo, polietilenoglicol 400 - e outros glicóis.
[082] Além disso, as composições farmacêuticas opcionalmente incluem um ou mais agentes de ajuste do pH ou agentes de tamponamento, abrangendo ácidos como ácidos acético, bórico, cítrico, fosfórico e clorídrico; bases como hidróxido de sódio, fosfato de sódio, borato de sódio, citrato de sódio, acetato de sódio, lactato de sódio e tris-hidroximetilaminometano; e tampões como citrato/dextrose, bicarbonato de sódio e cloreto de amônio. Esses ácidos, bases e tampões são incluídos em uma quantidade necessária para manter o pH da composição em uma faixa aceitável.
[083] Além disso, as composições farmacêuticas opcionalmente incluem um ou mais sais numa quantidade necessária para conduzir a osmolalidade da composição para uma faixa aceitável. Esses sais incluem aqueles contendo cátions sódio, potássio ou amônio e ânions cloreto, citrato, ascorbato, borato, fosfato, bicarbonato, sulfato, tiossulfato ou bissulfito; sais adequados incluem cloreto de sódio, cloreto de potássio, tiossulfato de sódio, bissulfito de sódio e sulfato de amônio.
[084] Outras composições farmacêuticas opcionalmente incluem um ou mais conservantes para inibir atividade microbiana. Conservantes apropriados incluem substâncias contendo mercúrio tais como merfeno ou tiomersal; dióxido de cloro estabilizado; e compostos de amônio quaternário como cloreto de benzalcônio, brometo de cetiltrimetilamônio e cloreto de cetilpiridínio.
[085] Ainda outras composições farmacêuticas incluem um ou mais surfactantes para intensificar a estabilidade física ou para outros fins. Surfactantes não iônicos apropriados incluem gliceridios de ácido graxo de polioxietileno e óleos vegetais, como óleo de rícino hidrogenado polioxietilênico (60); e alquil-éteres polioxietilênico, como octoxinol 40.
[086] Ainda outras composições farmacêuticas podem incluir um ou mais antioxidantes para intensificar a estabilidade química onde exigida. Antioxidantes apropriados incluem, a título de exemplo apenas, ácido ascórbico e metabissulfito de sódio.
[087] Em algumas modalidades, as composições do tipo suspensão aquosa farmacêutica são acondicionadas em recipientes para apenas uma utilização em dose única. Alternativamente, recipientes para mais de uma utilização em múltiplas doses são usados, caso em que ê típico incluir um conservante na composição.
[088] Em modalidades alternativas, outros sistemas de liberação para compostos farmacêuticos hidrofóbicos são empregados. Lipossomos e emulsões são exemplos de veículos de liberação ou transportadores aqui. Em algumas modalidades, solventes orgânicos como W-metilpirrolidona são também empregados. Em modalidades adicionais, os compostos descritos neste documento são liberados usando-se um sistema de liberação contínua, como matrizes semipermeãveis de polímeros hidrofóbicos contendo o agente terapêutico. Vários materiais de liberação contínua são úteis nos termos do presente documento. Em algumas modalidades, cápsulas de liberação contínua liberam os compostos por poucas horas até mais de 24 horas. Dependendo da natureza química e da estabilidade biológica do agente terapêutico, estratégias adicionais para estabilização de proteínas podem ser empregadas.
[089] Em algumas modalidades, as formulações descritas no presente documento incluem um ou mais antioxidantes, agentes quelantes de metal, compostos contendo tiol e/ou outros agentes estabilizantes em geral. Exemplos de tais agentes estabilizantes incluem, mas não se limitam a: (a) cerca de 0,5% a cerca de 2% em p/v de glicerol, (b) cerca de 0,1% a cerca de 1% em p/v de metionina, (c) cerca de 0,1% a cerca de 2% em p/v de monot ioglicerol, (d) cerca de 1 mM a cerca de 10 mM de EDTA, (e) cerca de 0,01% a cerca de 2% em p/v de ácido ascõrbico, (f) cerca de 0,003% a cerca de 0,02% em p/v de polissorbato 80, (g) cerca de 0,001% a cerca de 0,05% em p/v de polissorbato 20, (h) arginina, (i) heparina, (j) sulfato de dextrana, (k) ciclodextrinas, (1) polissulfato de pentosano e outros heparinoides, (m) cátions divalentes como magnésio e zinco ou (n) combinações deles.
Considerações Gerais para Tratamentos de Combinação [090] Em geral, as composições descritas no presente documento (em modalidades nas quais terapia de combinação é empregada com base no modo de ação descrito aqui, outros agentes não devem ser administrados na mesma composição farmacêutica e, em algumas modalidades, por causa de diferentes características físicas e químicas) são administradas por diferentes vias. Em algumas modalidades, a administração inicial é feita de acordo com protocolos estabelecidos e então, com base nos efeitos observados, a dosagem, os modos de administração e os períodos de administração são modificados pelo médico assistente.
[091] Em algumas modalidades, as dosagens terapeuticamente eficazes variam quando a droga é usada em combinações de tratamento. Tratamento de combinação ainda inclui tratamentos periódicos que são iniciados e interrompidos diversas vezes para ajudar no controle clínico do paciente. No caso das terapias de combinação descritas neste documento, as dosagens dos compostos coadministrados variam dependendo do tipo da droga concomitante empregada, da droga específica empregada, da doença, do distúrbio ou da condição que está sendo tratada, e assim por diante.
[092] É compreensível que, em algumas modalidades, o regime de doses para tratar, prevenir ou melhorar a(s) condição(ões) para a {s) qual(ais) alívio constitui o objetivo é modificado de acordo com uma variedade de fatores. Esses fatores incluem o distúrbio do qual o indivíduo é portador, bem como a idade, o peso, o sexo, a dieta e a condição clínica do indivíduo. Assim, em outras modalidades, o regime de doses efetivamente empregado varia amplamente e, portanto, desvia-se dos regimes de doses estabelecidos neste documento.
Exemplos Exemplo 1. Material de origem vegetal e preparação de extratos de plantas [093] As trepadeiras de Tinospora crispa Miers (Menispermaceae) foram coletadas e trituradas.
Borapetosídeo A (ver Figura 1) foi extraído pelo método conhecido (Lam et al., 2012). Métodos alternativos podem ser usados para preparar borapetosídeo A.
Exemplo 2 . Linhagens celulares e preparação de cultura celular [094] As células C2C12 do músculo esquelético foram cultivadas em meio de Eagle modificado por Dulbecco (DMEM; Gibco/Invitrogen, Carlsbad, CA) e as linhagens celulares do carcinoma hepatocelular humano, Hep3B, foram cultivadas em meio 1640 do Roswell Park Memorial Institute (RPMI 1640 médium; Gibco/Invitrogen, Carlsbad, CA) . As células foram cultivadas a 37 °C na incubadora modificada umidifiçada suprida com 5% de C02. Os meios de cultura foram suplementados com 4.5 irtgmL”1 de glicose, 100 UlmL"1 de penicilina, 100 pgmLf1 de estreptomicina e soro fetal bovino a 10% (Gibco/Invitrogen, Carlsbad, CA) . Somente células C2C12 foram então alteradas para soro equino a 2% por 3 dias após alcançarem confluência de 70%. Formação de miotubos foi conseguida após 4 dias de incubação, e as células foram usadas para experimentos subsequentes. Os meios de cultura foram por DMEN ou RPMI isento de soro durante 24 horas antes dos experimentos (ver, p. ex. , procedimento descrito em Sultan et al. , 2006) .
Exemplo 3 . Análise de conteúdo de glicogênio em células cultivadas [095] Células C2C12 e Hep3B foram tratadas com 1 nM de insulina, 100 μΜ de metformina e a concentração determinada de borapetosídeo A por 30 minutos. Para desenvolver o estado de resistência a insulina das células, células C2C12 foram incubadas com IL-6 a 20 ngmLf1 por 1 hora.
Posteriormente, as células foram tratadas com 1 nM de insulina, 100 μΜ de metformina e a concentração determinada de borapetosídeo A por 30 minutos. Após o tratamento designado, as células foram lavadas em salina tamponada com fosfato (PBS). O conteúdo de glicogênio foi determinado conforme previamente descrito, com algumas modificações (ver, p. ex. , Savage et al . , 2008) . As concentrações de proteína dos lisados de células foram determinadas usando-se Pierce BCA Protein Assay Kit (Thermo-Scientific, Rockford, IL). O conteúdo de glicogênio de cada amostra foi normalizado por proteína total.
Exemplo 4. Estudo em modelo animai do tratamento com borapetosídeo A em relação ao nível plasmático de glicose e insulina [096] Os camundongos ICR do sexo masculino de 4 semanas de idade foram adquiridos do Animal Center of the College of Medicine, National Taiwan Universíty (Taipei, Taiwan) com cuidados humanos especiais. Esse estudo em modelo animal foi conduzido segundo as diretrizes éticas da Universidade e o 'Guide for the Care and Use of Laboratory Animais' publicado pelos US National Institutes of Health (publicação do NIH no. 85-23, revisada em 1996). Os experimentos animais foram aprovados pelo Institutional Animal Care and Use Commíttee (IACUC) da National Taiwan University (IACUC No. 2 0110073) . Os animais foram abrigados numa sala em temperatura constante, 22±1°C, com ciclos de luz e escuro de 12 horas.
[097] Após três dias de aclimatização, os camundongos tiveram livre acesso a uma alimentação padrão de roedores (camundongos normais), uma alimentação padrão de roedores após uma única injeção intraper itoneal de 250 mgkg"1 de estreptozotocina (STZ) (camundongos com DMT1) e uma dieta alimentar rica em gordura e água adoçada com frutose (camundongos com DMT2) por 4 semanas. A indução de DM tipo 1 foi avaliada e confirmada quando os camundongos exibiram níveis plasmãticos de glicose h 350 mgdlt1, acompanhados de poliúria, hiperfagia e diminuição no peso corporal. A indução de DM tipo 2 nos camundongos foi avaliada por determinação dos níveis plasmãticos de glicose em jejum e confirmada quando os níveis plasmãticos de glicose foram h 150 mgdLf1 após a indução de 4 semanas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos, com sete animais em cada gruo. No grupo I, os camundongos foram tratados com veículo, DMSO a 2% em salina normal, como o controle negativo. No grupo II, os camundongos foram tratados por via intraperitoneal com borapetosídeo A (0. Ι-ΙΟ mgkg'1) . No grupo III, o controle positivo, os camundongos receberam metformina por via intraperitoneal (300 mgkg-1; Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA) ou insulina (0.5 Ulkg^1; Insulin Actrapid® HM; Novo Norkisk, Dinamarca). No estudo de fase aguda, os camundongos sob anestesia receberam uma única administração intraperitoneal de borapetosídeo A, controle negativo e controle positivo. No estudo subagudo, os camundongos receberam administrações intraperitoneais de borapetosídeo A, veículo ou insulina duas vezes ao dia durante sete dias.
[098] Amostras sanguíneas foram coletadas do plexo vascular orbital dos camundongos sob anestesia. As amostras de sangue foram então centrifugadas a 13000 rpm por 5 minutos, e as amostras de plasma foram coletadas e mantidas em gelo antes de análise. A concentração plasmática de glicose foi determinada por Glucose Kit Reagent (Biosystems S.A., Barcelona, Espanha) de acordo com as instruções do fabricante e os níveis de insulina foram estimados usando-se kit ELISA para insulina de camundongo (Mercodia AB, Uppsala, Suécia).
[099] Os camundongos foram mantidos sob anestesia durante todo o procedimento. Glicose (2.0 gkg”1) foi administrada por via intraperitoneal. Amostras de sangue foram coletadas do plexo vascular orbital em 0, 30, 60, 12 0 minutos. As concentrações plasmáticas de glicose foram determinadas, e os valore da AUC foram calculados correspondentemente.
[0100] Os camundongos foram inoculados com borapetosídeo A (10 mgkg"1, por via intraperi toneal) por 6 0 minutos ou insulina (0.5 Ulkg'1, por via intraperitoneal) por 30 minutos. Após o tratamento, os camundongos anestesiados foram sacrificados por deslocamento cervical para coleta do músculo sôleo e do fígado. Cerca de 40 mg de cada amostra foram dissolvidos em 1 mol/L de KOH a 75 °C por 30 minutos. O homogeneizado dissolvido foi neutralizado por ácido acético glacial e então incubado por uma noite em tampão de acetato (0.3 mol/L de acetato de sódio, pH de 4.8) contendo amiloglicosidase (Sigma, St. Louis, MO) . A mistura foi então neutralizada com 1 mol/L de NaOH para interromper a reação. Os conteúdos de glicogênio nas amostras de tecido foram determinados como pg de glicose por mg de tecido (peso úmido).
Estudo e análise por Western blot [0101] Análise por Western blot foi realizada por métodos conhecidos com uma ligeira modificação. Resumidamente, tecidos foram homogeneizados em T-PER® Tissue Protein Extraction Reagent (Pierce Biotechnology, Rockford, IL) com Halt™ Protease Inhibitor Single-Use Cocktail (Pierce Biotechnology, Rockford, IL) .
Homogeneizados de fígado foram preparados por homogeneização mecânica (Polytron PT3100, Luzernerstrasse, Suíça). Após centrifugação do homogeneizado a 10,000 g por 30 minutos, as concentrações de proteína foram determinadas usando-se um BCA Protein Assasy Kit (Pierce Biotechnology, Rockford, IL) . Posteriormente, 60 pg de preparações de proteínas foram aplicados em dodecilsulfato de sódio a 10%-gel de poliacrilamida para eletroforese e então transferidos para membranas de difluoreto polivinilidênico (Millipore, Billerica, MA) . As membranas foram analisadas usando-se os anticorpos contra o fosfo-receptor β de insulina (ΙΚβ) (Tyr1345 ) , fosfo-Akt (Ser473 ) » fosfor-AS16 0 (Thr642), AS160 (Cell Biotechnology, Beverly, MA), IRB, Akt, β-Actin (Santa Cruz Biotechnology, Santa Cruz, Califórnia), GLUT2 (Abcam, Cambridge, UK) e PEPCK (uma doação do Professor DK Granner), respectivamente. Detecção de quimioluminescência e análise de imagem foram realizadas com software UVP-Biochimie Bioimager and Lab Works (UVP, Upland, CA) . A intensidade de cada banda foi quantificada com ImageQuant.
Análise estatística dos dados [0102] Os resultados são apresentados como média ± erro padrão da média (SEM). Diferença estatística entre as médias dos vários grupos foi analisada usando-se análise de variância unidirecional (ANOVA), seguindo-se teste múltiplo de Turkey com software Prism 5.0 demo (GraphPad Saftware Inc. , CA) . Os resultados foram considerados de sígnificâncía estatística no intervalo de confiança de 95% (isto é, p < 0.05).
Resultados e análise [0103] Para investigar a influência do tratamento com borapetosídeo A sobre a captação de glicose em órgãos e tecidos metabólicos, como o fígado e músculos esqueléticos, os hepatõcitos do miotubo C2C12 e Hep3B foram expostos a borapetosídeo A nas concentrações determinadas. Conforme mostrado na Figura 2A, quando miotubos de C2C12 foram estimulados com 1Q”8, 1CT7 e 10~6 mol/L de borapetosldeo A, houve aumento no glicogênio em 1,53 ± 0,10, 1,28 ± 0,04, 1,49 ± 0,15 vezes, respectivamente. No modelo de resistência a insulina induzida por IL-6, o conteúdo de glicogênio não foi aumentado por tratamento com insulina. Contudo, os conteúdos de glicogênio das células tratadas com IL-6 foram aumentados em 1,35 ± 0,08, 1,38 ± 0,06, 1,64 ± 0.05 vezes enquanto estavam recebendo o tratamento com 10~8, 10~7 e 10~6 mol/L de borapetosldeo A, respectivamente (Figura 2B) . Hepatócitos Hep3B estimulados com 10~7, 1G~6 e 10~5 mol/L de borapetosldeo A exibiram um aumento no conteúdo de glicogênio de 1,46 ± 0,05, 1,39 ± 0,12, 1,54 ± 0,11 vez (Figura 2C) .
[0104] Isto mostra claramente que borapetosldeo A induziu acúmulo de glicogênio em C2C12 e Hep3B e, portanto, intensificou a síntese de glicogênio.
[0105] Os efeitos do borapetosldeo A sobre os níveis sanguíneos de glicose e insulina foram determinados e analisados. Na Figura 3, os efeitos anti-hiperglicemiantes do borapetosldeo A e da droga de referência, metformina, foram analisados aos 60 minutos após administração de uma dose única nos modelos animais normais, com DM tipo 1 e com DM tipo 2, respectivamente. Borapetosldeo A foi administrado aos camundongos normais, aos camundongos com DM tipo 1 e aos camundongos com DM tipo 2 nas doses de 0,1, 0,3, 1,0, 3,0 e 10,0 mgkg"1. O nível plasmãtico de glicose dos camundongos tratados foi examinado nos minutos 0 e 60 após o tratamento com borapetosldeo ter reduzido o nível plasmático de glicose nos camundongos normais, com DM tipo 1 e com DM tipo 2 de modo dependente da dose. Uma redução significativa do nível plasmãtico de glicose nos c amundongo s com DM tipo 2 foi observada quando a dose de borapetosídeo A foi superior a 0,3 mgkg”1. Nos c amundongo s normais, o efeito não foi observado antes do tratamento com 1 mgkg'1 de borapetosídeo A. Desse modo, é mostrado claramente que o borapetosídeo A pode estimular liberação de insulina nos c amundongo s normais e nos camundongos com DM tipo 2 mas não naqueles com DM tipo 1 (Tabela 1) . O nível plasmãtico de insulina foi aumentado de modo dependente da dose numa variação da dose de borapetosídeo A entre 0,3 e 10 mgkg'1 nos camundongos normais. Ao contrário, no grupo de camundongos com DM tipo 2, a concentração de insulina no plasma foi aumentada apenas por 0,3 e 10 mgkg'1 de borapetosídeo A. Todavia, nos camundongos com DM tipo 1, os modelos animais com secreção de insulina deficiente, nem o borapetosídeo A nem a metformina reforçaram o nível de insulina no plasma.
Tabela 1 Níveis plasmáticos de insulina em camundongos normais e diabéticos antes de tratamento e após tratamento Os valores foram expressos como média ± SEM de seis animais em cada grupo. *p < 0.05 do grupo veículo vs. tratado com droga.
[0106] A influência do borapetosídeo A sobre o teste de tolerância a glicose foi determinada e analisada. A influência do borapetosídeo A sobre os níveis de glicose no plasma nos camundongos normais e nos camundongos com DM tipo 2 foi primeiramente investigada. Conforme mostrado na Figura 4A, as concentrações de glicose no plasma aumentaram em 30 minutos após a administração de dextrose em todos os grupos e diminuiu depois disso nos camundongos normais e nos camundongos com DM tipo 2 . O aumento no nível de glicose no plasma em 30 minutos foi significativamente suprimido no grupo tratado com borapetosídeo A (0,1, 1 e 10 mgkg"'1) e no grupo tratado com merformina, em comparação com o grupo do veículo. A área sob a curva (AUC) do borapetosídeo A (0,1, 1 e 10 mgkg-1) também diminuiu de modo dependente da dose para 78,8 ± 3.0%, 69,9 ± 7,1% e 68,9 ± 3,5% do controle com veículo em camundongos normais e 74,9 ± 4,5, 71,1 ± 3,2 e 68,9 ± 1,9% do controle com veículo em camundongos com DM tipo 2 respectivamente (Figura 4B e D) . Esses dados indicam que a tolerância a glicose foi melhorada no grupo tratado com borapetosídeo A.
[0107] A influência do borapetosídeo A sobre a síntese de glicogênio no músculo sóleo e no fígado isolados foi analisada. Para caracterizar ainda mais os efeitos do tratamento com borapetosídeo A sobre o metabolismo do glicogênio, o conteúdo de glicogênio de cada grupo tratado foi avaliado. Todos os três grupos, o de camundongos normais, o de camundongos com DM tipo 1 e o de camundongos com DM tipo 2, receberam borapetosídeo A, Actrapid ou metformina por injeção intraperitoneal. Seus conteúdos de glicogênio no fígado e no músculo sóleo foram determinados 60 minutos após as injeções. Conforme mostrado na Figura 5A-C, no músculo sóleo o conteúdo de glicogênio foi significativamente aumentado para 116,5 ± 4,2%, 155,6 ± 8,6% e 171,8 ± 12,0% do controle com veículo nos camundongos normais, nos camundongos com DM tipo 1 e nos camundongos com DM tipo 2 tratados com borapetosídeo A, respectivamente. Além disso, com relação ao principal órgão metabólíco, o fígado, o tratamento com borapetosídeo A significativamente resultou em um aumento do conteúdo de glicogênio para 257,8 ± 15,8%, 196,9 ± 15,6% e 146,1 ± 12,0% do controle com veículo nos camundongos normais, nos eamundongos com DM tipo 1 e nos camundongos com DM tipo 2 (Figura 6A-C).
[0108] A influência do borapetosídeo A sobre a via de sinalização da insulina no fígado dos camundongos com DM tipo 1 foi avaliada. Para caracterizar os efeitos moleculares do borapetosídeo A sobre a utilização de glicose no fígado, o estado de fosforilação de IR, Akt/PKB e AS160 e o perfil de expressão de GLUT2 e PEPCK nos tecidos hepãticos foram ainda examinados por análise de Western blot. Os tecidos hepãticos foram coletados dos camundongos com DM tipo 1 que estavam recebendo tratamento com borapetosídeo A na dose de 10 mgkg^1 ou recebendo tratamento com insulina duas vezes ao dia por 7 dias. Os resultados mostraram que o tratamento com borapetosídeo A aumentou IR fosforilados, Akt e AS160 e também aumentou a expressão de GLUT2 nos tecidos hepãticos dos camundongos com DM tipo 1 (Figura 7A) . Além disso, redução significativa da expressão de PEPCK foi observada no tecido hepãtico. As proporções de densidade de fosfor-Tyr1345- IR para IR, fosfor-Ser473 - Akt para Akt, fosfor-Thr642-AS16 0 Para AS 16 0, GLUT2 para β-actina e PEPCK para β-actina foram calculadas e representadas em gráfico na Figura 7A-7F. Exemplo 5 . Estudo da sensibilidade a insulina com borapetosídeo C
Animais e protocolo de tratamento [0109] Esse estudo foi conduzido segundo as diretrizes éticas da Universidade sobre experimentação animal e compilado com o Guide for the Care and Use of Laboratory Animais publicado pelos US National Institutes of Health (publicação do NIH no. 85-23, revisada em 1996). As instalações para os animais foram bem controladas quanto a temperatura (22+1°C) e umidade (60±5%) e um ciclo de luz-escuro de 12h/12h foi mantido com acesso a alimentação e água ad líbítum. Camundongos ICR do sexo masculino com quatro semanas de idade foram adquiridos de BioLasco Taiwan Co. e mantidos no College of Medicine Experimental Animal Center, National Taiwan University. O estudo foi conduzido em camundongos ICR do sexo masculino com 8-10 semanas de idade.
[0110] Os camundongos com DMT1 foram induzidos por um método conhecido. Em resumo, uma injeção intraperitoneal de estreptozotocina (STZ; Sigma Chemical Co., St. Louis, MO) na dose de 150 mg/kg foi realizada nos camundongos que estavam em jejum de 48 horas. A indução de DM tipo 1 foi avaliada e confirmada quando os camundongos tiveram níveis plasmáticos de glicose k 350 mg/dl, acompanhados de poliúria, hiperfagia e diminuição do peso corporal. O grupo de camundongos controle recebeu uma injeção de veículo que foi conduzida por 4 semanas. Os camundongos com DMT2 foram induzidos por manutenção de uma dieta alimentar rica em gordura e água adoçada com frutose por 4 semanas a partir da idade de 4-5 semanas de acordo com métodos prévios. A indução de DMT2 nos camundongos foi avaliada por determinação dos níveis plasmáticos de glicose em jejum e confirmada quando o nivel de glicose no plasma foi 1 150 mg/dl após uma indução de 4 semanas.
[0111] Amostras de sangue foram coletadas do plexo vascular orbital dos caraundongos sob anestesia com pentobarbital sõdico (80 mg/kg, intraperitoneal, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA) . As amostras de sangue foram então centrifugadas a 13000 rpm por 5 minutos, e o plasma foi mantido em gelo antes de análise. A concentração de glicose no plasma foi determinada usando-se kits comerciais de acordo com as instruções do fabricante (BioSystems S.A., Barcelona, Espanha).
[0112] Para realizar OGTT, os caraundongos foram submetidos a jejum por uma noite, divididos em 2 grupos e então inoculados com veículo controle e 5 mg/kg de borapetosídeo C. Isto foi seguido pela administração de uma solução de glicose na dose de 2 g/kg através de sonda de alimentação. Amostras de sangue foram coletadas do plexo vascular orbital a intervalos de 30, 60, 120 e 150 minutos após a administração de glicose. Para o ITT, os camundongos foram submetidos a jejum por 3 horas. Insulina humana (Insulin Actrapid® HM; Novo Norkisk, Dinamarca) foi inoculada por via intraperitoneal após uma administração intraperitoneal de 0,1 mg/kg de borapetosídeo C por 3 0 minutos. Amostras de sangue foram coletadas do plexo vascular orbital nos intervalos sincronizados mencionados acima.
Análise do conteúdo de glicogênio [0113] O conteúdo de glicogênio de músculos esqueléticos foi determinado por um método conhecido. Em resumo, os camundongos forma inoculados com borapetosídeo C (5,0 mg/kg, por via intraperitoneal) por 60 minutos ou insulina (0,5 UI/kg, por via intraperitoneal) por 30 minutos e o músculo sôleo foi isolado do camundongo anestesiado. Cerca de 40 mg de amostra de músculo foram dissolvidos em ΚΟΚ 1 N a 75 °C por 3 0 minutos. O homogeneizado dissolvido foi neutralizado por ácido acético glacial e então incubado por uma noite em tampão de acetato (acetato de sódio 0,3 M, pH de 4,8) contendo amiloglicosidase (Sigma, St. Louis, MO) . A mistura foi então neutralizada com NaOH 1 N para interromper a reação. Os conteúdos de glicogênio nas amostras de tecido foram determinados como pg de glicose por mg de tecido (peso úmido).
Coleta de tecido hepático [0114] Após o tratamento, os camundongos foram sacrificados por deslocamento cervical sob anestesia. O fígado foi imediatamente congelado em nitrogênio líquido. O tecido hepático foi conservado a -80°C antes de ser usado para análises adicionais.
Análise por Western blot [0115] Os tecidos foram homogeneizados em T-PER® Tissue Protein Extraction Reagent (Pierce Biotechnology, Rockford, IL) com Halt™ Protease Inhibitor Single-Use Cocktail (Pierce Biotechnology, Rockford, IL) .
Homogeneizados de fígado foram preparados por homogeneização mecânica (Polytron PT3100, Luzernerstrasse, Suíça). Após centrifugação do homogeneizado a 10.000 g por 30 minutos, os sobrenadantes foram coletados e congelados a - 8 0 ° C para uso posterior. As concentrações de proteína foram determinadas usando-se um BCA Protein Assay Kit (Pierce Biotechnology, Rockford, IL). Para análise de Western blot, cerca de 60 pg de preparações de proteína foram aplicados em dodecilsulfato de sódio a 10%-gel de poliacrilamida para eletroforese e então transferidos para membranas de difluoreto polivinilidênico (Millipore, Billerica, MA). As membranas foram bloqueadas com leite em pó desnatado a 5% (p/v) em salina tamponada com fosfato (PBS) contendo Tween 20 a 0,1% (PBS-T) . Após bloqueio, a membrana com as preparações foi incubada com anticorpos anti-fosfo-receptor β de insulina (ΙΗβ) (Tyr1345 ) , fosfo-Akt (Ser473) (Cell Signaling Technology, Beverly, MA), ant i - IR-β , Akt, β-Actin (Santa Cruz Biotechnology, Santa Cruz, Califórnia) e anti-GLUT2 (Abcam, Cambridge, UK) na presença de albumina sérica bovina (BSA) a 3% em tampão de PBS-T. Após a incubação, as membranas foram lavadas 3 vezes com PBS-T por 15 minutos cada e então incubadas com os anticorpos secundários conjugados com peroxidase apropriados (Santa Cruz Biotechnology, EUA) em PBS-T. Após remoção dos anticorpos secundários, os complexos foram lavados e desenvolvidos usando-se o sistema Western blotting de quimioluminescência intensificada (ECL) (Millipore, Billerica, MA). A densidade das faixas de proteínas foi quantificada usando-se ImageQuant.
Análise estatística [0116] Os resultados foram apresentados como média ±SEM para o número (n) de animais no grupo conforme indicado nas tabelas e figuras. A diferença estatística entre as médias dos vários grupos foi analisada usando-se análise de variância unidirecíonal (ANOVA) seguida por teste múltiplo de Turkey com software Prism 5.0 demo (GraphPad Software Inc., La Jolla, CA) . Os dados foram considerados estatisticamente significativos em *p < 0,05.
[0117] Para determinar o efeito do borapetosídeo C
sobre a tolerância a glicose, OGTTs foram realizados em camundongos não diabéticos e com DMT2. Em camundongos não diabéticos, as concentrações plasmãticas basais de glicose nos grupos tratados com borapetosídeo C e tratados com veículo foram 115 ± 3,5 mg/dL e 121,8 ± 1,5 mg/dL respectivamente conforme mostrado na Figura 8A. Em 60 minutos após administração oral de glicose, a concentração de glicose no plasma foi elevada para 406,8 ± 28,0 mg/dL nos camundongos tratados com veículo e para 312,8 ± 21,3 mg/dL nos camundongos tratados com borapetosídeo C. O nível de glicose no plasma de camundongos tratados com borapetosídeo C foi significativamente mais baixo que o de camundongos tratados com veículo após administração oral de glicose. Os níveis de glicose no plasma de camundongos tratados com borapetosídeo C foram mantidos significativamente mais baixos do que os de camundongos tratados com veículo aos 120 minutos e 150 minutos após tratamento. Em camundongos com DMT2 (Figura 8B), as concentrações plasmãticas basais de glicose dos grupos tratados com veículo e borapetosídeo C foram 200,0 ± 6,8 mg/dL e 206,8 ± 19,0 mg/dL respectivamente. Seis minutos após administração oral de glicose, a concentração plasmática de glicose elevou-se para 411,1 ± 11,7 mg/dL nos camundongos tratados com veículo e para 338,2 ± 24,5 mg/dL nos camundongos tratados com borapetosídeo C. Os níveis de glicose no plasma de camundongos tratados com borapetosídeo C em 60, 120 e 150 minutos após administração oral de glicose foram significativamente mais baixos do que os de camundongos tratados com veículo no mesmo ponto temporal. Esses resultados indicam que o borapetosídeo C intensificou significativamente a utilização de glicose em camundongos com DMT2. O borapetosídeo C também reduziu a área sob a curva (AUC) em 22% e 16% em relação àquela do grupo tratado com veículo em camundongos normais e com DMT2, respectivamente (Figura 8C) . Esses dados indicam que a tolerância a glicose melhorou no grupo tratado com borapetosídeo C.
[0118] O conteúdo de glicogênio no músculo esquelético dos camundongos normais, com DMT1 e com DMT2 foi determinado aos 30 minutos após injeção intraperitoneal de borapetosídeo C (5 mg/kg) e Actrapid (0,5 UI/kg; uma insulina de curta ação fornecida por Novo Nordisk). Conforme mostrado na Tabela 2, o borapetosídeo C aumentou significativamente a síntese de glicogênio tanto em camundongos normais quanto em diabéticos. Em relação ao efeito da insulina, o borapetosídeo C causou um aumento mais dramático no conteúdo de glicogênio em camundongos com DMT2, mas uma alteração menos dramática em camundongos com DMT1 .
[0119] Tabela 2 . Síntese de glicogênio no músculo esquelético em camundongos normais e diabéticos.
Valores expressos corno média ± SEM de seis animais em cada grupo. Camun-dongos com DMT1, camundongos com DMT2 e camundongos normais tratados com veículo no mesmo volume. *p<0.Q5, **p<G.Gl vs. ***p<0.005 representa o nível de significância em comparação com o valor de camundongos tratados com veículo.
[0120] Para caracterizar o mecanismo do efeito do borapetosídeo C sobre a utilização de glicose do fígado, foram realizadas análises de Western blot quanto aos níveis do estado de fosforilação de IR e Akt/PKB e expressão de GLUT2 no fígado de camundongos com DMT1 após tratamento de 7 dias com borapetosídeo na dose de 5.0 mg/kg ou insulina na dose de 0,5 Ul/kg duas vezes ao dia. Os resultados mostraram que o tratamento com borapetosídeo C aumentou os níveis de IR fosforilado, Akt fosforilada e a expressão de GLUT2 no fígado de camundongos com DMT1 (Figura 9) . Em comparação com o efeito da insulina, o borapetosídeo induziu mais fosforilação do IR, porém menos fosforilação de Akt e expressão de GLUT2 do que a insulina. As proporções de densidade entre fosfor-Tyr1345-IR e IR, fosfor-Ser473- Akt e Akt e GLUT2 e β-actina foram calculadas e representadas em gráfico no painel inferior da Figura 9.
[0121] Em um estudo prévio, o borapetosídeo C mostrou um efeito hipoglicemiante com dose superior a 0,1 mg/kg em camundongos normais, naqueles com DMT1 e naqueles com DMT2. Por conseguinte, os efeitos do borapetosídeo C foram estados neste estudo. Os camundongos não diabéticos, aqueles com DMT1 e aqueles com DMT2 foram inoculados com insulina em várias doses (isto é, 0,1 UI/kg, 0,5 UI/kg e 1,0 Ul/kg) em conjunto com borapetosídeo C (0,1 mg/kg) e um veículo controle (Tabela 3) , e seus níveis de glicose no plasma foram examinados antes de 30 minutos após inoculação. A atividade dos níveis plasmãticos de glicose em declínio (AL) foi calculada pela fórmula: (Gi - Gt) /GiXl0 0%, onde G± foi a concentração inicial de glicose e Gt foi a concentração plasmática de glicose após 30 minutos de tratamento com insulina. A insulina reduziu os níveis plasmãticos de glicose tanto em camundongos normais quanto em diabéticos, e os níveis de glicose foram ainda mais reduzidos quando insulina foi administrada concomitantemente com borapetosídeo C aos camundongos. Como a dose de borapetosídeo C de 0,1 mg/kg não altera os níveis plasmãticos de glicose, tais resultados indicam que o borapetosídeo C aumenta significativamente a sensibilidade do camundongo diabético a insulina exógena.
[0122] Tabela 4. Redução da glicose plasmãtica em camundongos tratados com insulina e borapetosídeo C.
[0123] Tanto camundongos não diabéticos quanto diabéticos foram submetidos a várias doses de injeções de insulina aos 30 minutos após injeções intraperitoneais com borapetosídeo C (0,1 mg/kg) ou com o veículo. Os conteúdos de glicogênio no músculo esquelético foram então determinados aos 30 minutos após injeções de insulina (Tabela 4) . As proporções de conteúdo aumentado de glicogênio nos outros grupos foram normalizadas em relação àquelas do grupo de veículo. A proporção foi de 119,8%, 125,3% e 108,5% em camundongos normais, com DMT1 e com DMT2 do grupo tratado com insulina. No grupo tratado com borapetosídeo C combinado com insulina, foi de 130,2%, 162,8% e 122,6% em camundongos normais, com DMT1 e com DMT2. A administração de borapetosídeo C seguida por injeção de insulina aumentou de modo significativo a síntese de glicogênio em camundongos normais, com DMT1 e com DMT2 em 52.2%, 148.2% e 165.9% em comparação com aquela em camundongos inoculados apenas com insulina. O aumento da sensibilidade a insulina por borapetosídeo C ê mais proeminente em camundongos diabéticos do que em camundongos normais. Similarmente, redução na glicose plasmãtica em camundongos tratados com insulina e borapetosídeo A foi testada e determinada.
[0124] Tabela 4 . Conteúdo de glicogênio no músculo esquelético em camundongos tratados com insulina e borapetosídeo C.
[0125] Efeito da combinação de borapetosídeo C com insulina sobre o nível de proteína no fígado de camundongos com DMT1, Após um tratamento contínuo de 7 dias, o grau de fosforilação de tirosina do IR, de fosforilação de serina de Akt e de GLUT2 no fígado não aumentou de modo significativo no grupo tratado com borapetosídeo C (0,1 mg/kg duas vezes ao dia) . Entretanto, sob a combinação de estimulação com insulina (1,0 Ul/kg duas vezes ao dia) , o nível de fosforilação de tirosina do IR, de fosforilação de serina de Akt e de GLUT2 foi elevado para 1,4, 3,0 e 1,3 vezes em relação aos correlatívos tratados com veículo (Figura 10) . Similarmente, o conteúdo de glicogênio no músculo esquelético em camundongos tratados com insulina e borapetosídeo A foi testado e determinado.
[0126] Conforme demonstrado nos Exemplos 1-3, borapetosídeo A pode ser usado em combinação com insulina para tratar diabete tipo 1.
Exemplo 5. Formulação Oral [0127] Para preparar uma composição farmacêutica destinada a administração oral, 100 mg de um borapetosídeo A ou C modelo foram misturados com 100 mg de óleo de milho. A mistura foi incorporada a uma unidade de dose oral em uma cápsula, que é apropriada para administração oral.
[0128] Ετη alguns casos, 100 mg de borapetosídeo A ou C são misturados com 750 mg de amido. A mistura é incorporada a uma unidade de dose oral, como uma cápsula de gelatina dura, de modo que seja apropriada para administração oral.
Exemplo 6. Formulação Sublingual (Pastilha Dura) [0129] Para preparar uma composição farmacêutica destinada a administração bucal, tal como essa pastilha dura, misturar 100 mg de um composto descrito no presente relatório com 420 mg de açúcar de confeiteiro, 1,6 mL de xarope de milho light, 2,4 mL de água destilada e 0,4 2 mL de extrato de hortelã. A mistura é suavemente homogeneizada e introduzida em um molde para formar uma pastilha adequada para administração bucal.
Exemplo 7. Composição para Inalação [0130] Para preparar uma composição farmacêutica destinada a inalação, 20 mg de um composto descrito neste relatório são misturados com 50 mg de ácido cítrico anidro e 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%. A mistura é incorporada a uma unidade de administração por inalação, tal como um nebulizador, que é apropriada para administração por inalação.
[0131] Embora modalidades preferidas da presente invenção tenham sido mostradas e descritas neste documento, será óbvio para especialistas no assunto que tais modalidades são fornecidas por meio de exemplos apenas. Numerosas variações, alterações e substituições irão ocorrer para especialistas no assunto sem se desviar da invenção. Deve ser compreensível que várias alternativas para as modalidades da invenção descrita aqui podem ser empregadas na prática da invenção. Pretende-se que as reivindicações a seguir definam o campo de ação da invenção e que métodos e estruturas dentro do alcance dessas reivindicações e seus equivalentes sejam, por conseguinte, abrangidos.
REIVINDICAÇÕES

Claims (20)

1. Composição para tratamento de diabete em um indivíduo, caracterizada pelo fato de que compreende uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou um respectivo sal, metabólito, solvato ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, e uma insulina ou análogo de insulina,
2. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o diabete é diabete tipo 1.
3. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o diabete é diabete tipo 2.
4. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende borapetosídeo A.
5. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende borapetosídeo C.
6. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende insulina.
7. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o borapetosídeo A ou C diminui os níveis séricos de glicose do mencionado indivíduo.
8. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o borapetosídeo A ou C induz aumento do glicogênio.
9. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o borapetosídeo A ou C aumenta a secreção de insulina no mencionado indivíduo.
10. Método para tratamento de diabete em um indivíduo, caracterizado pelo fato de que compreende a administração de uma quantidade eficaz de borapetosídeo A ou C, ou um respectivo sal, metabólito, solvente ou pró-droga farmaceuticamente aceitável, com uma insulina ou análogo de insulina ao mencionado indivíduo.
11. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diabete é diabete tipo 1.
12. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diabete é diabete tipo 2.
13. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o método compreende administração de borapetosídeo A.
14. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o método compreende administração de borapetosídeo C.
15. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido método compreende administração de insulina.
16. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os referidos borapetosídeo A ou C e insulina ou análogo de insulina são administrados separadamente, simultaneamente ou sequencialmente.
17. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os referidos borapetosídeo A ou C e insulina ou análogo de insulina são administrados oralmente, parenteralmente, intravenosamente ou por inj eção.
18. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que borapetosídeo A ou C diminui os níveis séricos de glicose do referido indivíduo.
19. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que borapetosídeo A ou C induz aumento do glicogênio.
20. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que borapetosídeo A ou C aumenta a secreção de insulina no referido indivíduo.
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* Cited by examiner, † Cited by third party
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CN106822166A (zh) * 2017-01-24 2017-06-13 中国科学院昆明植物研究所 一种防治糖尿病和高脂血症的药物及其在制药中的应用

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