BR102013022570A2

BR102013022570A2 - processo de obtenção de recipiente para líquidos com bojo do coco e recipiente para líquidos com o bojo do coco

Info

Publication number: BR102013022570A2
Application number: BR102013022570A
Authority: BR
Inventors: Celio Felix
Original assignee: Celio Felix
Priority date: 2013-09-04
Filing date: 2013-09-04
Publication date: 2015-11-17
Also published as: WO2015031962A1

Abstract

resumo “processo de obtenção de recipiente para líquidos com bojo do coco e recipiente para líquidos com o bojo do coco”, trata de um processo que por meio de simples etapas de execução prepara o bojo (1) do coco maduro acrescido de outros componentes como base (2), vedação (3) e gargalo (4), servir de recipiente de bebidas alcoólicas, e outros produtos líquidos como, por exemplo, óleos essenciais e cosméticos.

Description

"PROCESSO DE OBTENÇÃO DE RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM BOJO DO COCO E RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO" Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de um inédito “PROCESSO DE OBTENÇÃO DE RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM BOJO DO COCO E RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO”, especialmente de um processo que cumpre simples etapas para o beneficiamento e aproveitamento do bojo do coco maduro, deixando-o apto para tornar um recipiente para o acondicionamento de líquidos em geral, com destaque para a aguardente e outras bebidas alcoólicas. O processo e o produto, além da indústria de bebidas, são passíveis de aplicação na indústria alimentícia, de cosméticos e no setor de suvenir e brindes, porém podendo ser estendidos para outros segmentos que não os acima citados.

Atualmente, salvo raras exceções, as bebidas alcoólicas, óleos essenciais e cosméticos são acondicionados em garrafas / embalagens de vidro, de plástico, de alumínio ou então em latas, todas estas opções sem maiores atrativos e / ou apelos.

Neste sentido, as garrafas/ embalagens estão por demais popularizadas, o que torna primordial o desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias que agreguem valor aos produtos nela acondicionados, e que as destaquem em relação às demais. De outra forma, perde-se market share, uma vez que o mercado está cada dia mais exigente.

Um exemplo de quão bem-vinda são as novidades em garrafas e embalagens, pode ser atribuída aos apreciadores de bebidas alcoólicas que valorizam tanto as particularidades organolépticas do líquido, assim como o recipiente no qual é armazenado, já que é comum expor as garrafas em locais como barzinhos, prateleiras e mobiliário em geral. Portanto, o apelo visual do recipiente armazenador da bebida, ou seja, da garrafa agrega valor ao produto. O contexto supracitado também é válido para os outros produtos inseridos no campo de aplicação que motivam este pedido de patente, sendo uma maneira de extrapolar a forma de apresentação comum. O atual estado da técnica antecipa alguns documentos de patentes que se referem a garrafas, alguns de ordem funcional outros de caráter estético, como, por exemplo, o PI 0304359-2 - que se refere a uma garrafa preferentemente contendo bebida alcoólica, em cujo fundo é alocada uma fonte luminosa, que acionada acende um LED refletindo sua luz no líquido. No documento em tela, a fonte também pode ser proveniente de cápsulas químicas igualmente posicionadas no fundo da garrafa.

Apesar de tornar bem atrativo o aspecto visual da garrafa e do líquido nela contido, a solução acima tem construção complexa o que aumenta o seu custo, além do que o manuseio e a assepsia potencializam o risco de danos ao sistema de iluminação. Outrossim, não apresenta nenhum mote voltado para a sustentabilidade. O M U 7901138-1 - antecipa uma embalagem para bebidas, a qual é obtida com tijolo reutilizável na construção civil. Basicamente, o contorno externo da embalagem assume a forma e dimensões de um tijolo, ao passo que internamente configura espaço físico para envasilhar. Assim, as propriedades da argila conservam e auxiliam no processo de envelhecimento da bebida. A embalagem acima pelo seu próprio delineamento tem o envase dificultado, e que devido a fragilidade da argila apresenta alto índice de quebra, igualmente alto no processo de fabricação e manuseio por parte do usuário. O M U 8502953-0 - propõe um frasco para cosméticos no formato de uma lâmpada. O frasco em forma de lâmpada não apresenta nenhum atrativo mercadológico, uma vez que este delineamento é utilizado de longa data no segmento de cosméticos. Da mesma forma que o primeiro documento de anterioridade citado também não apresenta nenhum mote voltado para a sustentabilidade.

Ciente do estado da técnica, suas lacunas e limitantes, o inventor buscando uma forma original de oferecer ao mercado um produto diferenciado criou o "PROCESSO DE OBTENÇÃO DE RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM BOJO DO COCO E RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO" em questão, que utiliza o bojo do coco maduro processado em poucas e simples etapas, que visam deixá-lo pronto para se tornar um recipiente para o acondicionamento de bebidas alcoólicas, óleos essenciais e cosméticos em geral. Basicamente, as etapas compreendem a furação da casca, limpeza e/ ou raspagem da polpa dependendo do uso, aplicação de película interna, igualmente dependente do uso, e acabamento da parte externa com a retirada dos pêlos para então polir, encerar ou mesmo deixá-la na forma natural. O bojo recebe uma base, um gargalo diferenciado unido ao fruto por fixação química ou outro meio já conhecido, além de uma faixa decorativa com identificação que garante a procedência.

Nos diversos usos possíveis, no acondicionamento de aguardente o bojo pode ser utilizado com a polpa ou mesmo sem, colocando a bebida para curtir pelo contato direto com a parte interna do fruto ou da casca. Por outro lado, nos acondicionamentos em que não seja apropriado o contato do líquido com a casca é aplicada uma película isolante, que evita a interação e a possível descaracterização do produto, quer seja de outro tipo de bebida, como, por exemplo, vodka, ou então óleos essenciais e cosméticos.

Assim, além do aspecto visual positivo e do apelo ecológico e sustentável, no caso da aguardente é possível curtir a bebida pelo contato direto com polpa ou com a casca do coco. A transferência do sabor se dá com rapidez mediante o controle temporal do consumidor. Outro ponto positivo é que a garrafa é reutilizável.

Em suma, a invenção apresenta como vantagens mais preponderantes: V Com a utilização da casca do coco combinada com o gargalo, em vidro ou porcelana, evoca e combina natureza, tecnologia e modernidade; V Com simples variações nas etapas processuais, o bojo pode ter diferentes usos/ aplicações - sem película para a aguardente ou com película para outras bebidas, óleos essenciais e cosméticos; V A faixa decorativa na linha de vedação entre a casca e o gargalo também se presta a inserção de selos holográficos, ou não, de garantia de origem ou mesmo merchandising-, V Solução ecologicamente correta e sustentável uma vez que dá destinação à casca do coco maduro; s Pelo alto grau de diferenciação agrega valor ao produto acondicionado. A seguir, a invenção será melhor explicada com referência aos desenhos anexos, nos quais estão representadas, a título ilustrativo e não limitativo: Figura 1: Fluxograma do processo de obtenção do recipiente para líquidos com bojo de coco;

Figura 2: Vista em corte do recipiente para líquidos com bojo de coco, com a polpa;

Figura 3: Vista em corte do recipiente para líquidos com bojo de coco, sem a polpa;

Figura 4: Vista em corte do recipiente para líquidos com bojo de coco, sem a polpa e com película;

Figura 5: Vista em perspectiva explodida do recipiente para líquidos com bojo de coco;

Figura 6: Vista em perspectiva do recipiente para líquidos com bojo de coco em uma versão construtiva para bebida alcoólica;

Figura 7: Vista em perspectiva do recipiente para líquidos com bojo de coco em uma segunda versão construtiva para bebida alcoólica;

Figura 8: Vista em perspectiva do recipiente para líquidos com bojo de coco em uma terceira versão construtiva para óleo essencial. O “PROCESSO DE OBTENÇÃO DE RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM BOJO DO COCO E RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO”, objeto desta solicitação de Patente de Invenção, trata de um processo que por meio de simples etapas de execução prepara o bojo (1) do coco maduro que acrescido de outros componentes como base (2), vedação (3) e gargalo (4), serve de recipiente (R) para bebidas alcoólicas, e outros produtos líquidos como, por exemplo, óleos essenciais e cosméticos.

Mais particularmente, o processo para beneficiamento do bojo (1) do coco maduro para utilização como recipiente para acondicionamento de aguardente e outras bebidas alcoólicas, óleos essenciais e cosméticos, tem início (I) com a seleção dimensional prévia do coco, sendo que numa primeira etapa (E1) o coco é furado configurando uma abertura (A) com encaixe (5) que serve como espera para o posterior assentamento de um gargalo (4) de vidro ou porcelana. Daí o processo segue para uma segunda etapa (E2) em que é questionada a finalidade e/ ou uso daquele bojo (1). Caso seja para o acondicionamento de aguardente (S), a polpa (6) é preservada com o objetivo de auxiliar o curtimento da bebida. Também no acondicionamento da aguardente (S1), a polpa (6) pode ser retirada por raspagem mecânica em uma terceira etapa (E3), o que deixa a parte interna da casca (C) em contato direto com a bebida, que também favorece o curtimento. A raspagem da polpa (6) é complementada em uma quarta etapa (E4) por uma abrasão fina, na qual são retirados eventuais resíduos de polpa (6) deixando a parte interna da casca (C) tolamente lisa. Ainda na segunda etapa (E2), se a finalidade de uso do bojo for bebida alcoólica que não a aguardente ou então óleos essenciais e cosméticos (S3), o fluxo passa pelas etapas (E3 e E4) e deriva para uma quinta etapa (E5) em que é aplicada uma película (7) isolante, preferencial mente de PVC, que impede o contato e / ou interação indesejada do produto líquido com a casca. Na sexta etapa (E6) é realizado um encaixe (5) pra receber um elemento de vedação (3) sobreposto na sétima etapa (E7) por um gargalo (4) de vidro ou em porcelana, que pode ser fixado quimicamente ou por outro meio já conhecido. Numa oitava etapa (E8) o bojo (1) é apoiado e fixado a uma base (2) cujo formato e dimensão propiciam a estabilidade e equilíbrio do recipiente (R). Na nona etapa (E9) o coco sofre um acabamento que pode ser a simples remoção dos pêlos para sua utilização na forma natural, ou então aplicação de cera / polimento / pintura. Na décima etapa (E10) é colocada uma faixa (8) decorativa com identificação de garantia de procedência.

Assim, o recipiente (R) obtido é constituído por um bojo (1) de coco maduro devidamente processado para acondicionamento de aguardente e outras bebidas alcoólicas, além de óleos essenciais e cosméticos em geral. O referido bojo (1) é apoiado em uma base (2) e recebe na borda da abertura (A) superior um elemento de vedação (3) sobreposto por um gargalo (4) em vidro ou porcelana com rosca para tampa (9), Na linha de vedação, é colocada uma faixa (8) decorativa com identificação de garantia de procedência. A base (2) e o gargalo (4) podem assumir inúmeros designs em diferentes materiais.

Para o acondicionamento de aguardente, o bojo (1) pode ser acompanhado da polpa (7) ou sem a mesma, ou seja, apenas com a casca (C). Por sua vez, para o acondicionamento de outras bebidas que não a aguardente é aplicada uma película (7), preferentemente em PVC, isolante na parte interna da casca (C) que evita contato direto com o líquido e possíveis contaminações. Tal película (7) também é utilizada quando do acondicionamento de óleos essenciais e cosméticos.

Claims

1) “PROCESSO DE OBTENÇÃO DE RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM BOJO DO COCO E RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO”, caracterizado por ter início (I) com uma seleção prévia dimensional do coco maduro para bojo (1), sendo que numa primeira etapa (E1) o coco é furado para numa segunda etapa (E2) ser questionada a finalidade e/ ou uso daquele bojo (1); caso para o acondicionamento de uma aguardente (S), a polpa (6) é preservada; também no acondicionamento da aguardente (S1), a polpa (6) pode ser retirada por raspagem mecânica em uma terceira etapa (E3); a raspagem da polpa (6) é complementada em uma quarta etapa (E4) por uma abrasão fina; na segunda etapa (E2), se a finalidade de uso do bojo (1) for bebida alcoólica que não a aguardente ou então óleos essenciais e cosméticos (S3), o fluxo passa pelas etapas (E3 e E4) e deriva para uma quinta etapa (E5) em que é aplicada uma película (7) isolante, preferencialmente de PVC; na sexta etapa (E6) é realizado um encaixe (5) para receber um elemento de vedação (3) sobreposto na sétima etapa (E7) por um gargalo (4). de vidro ou em porcelana, que pode ser fixado quimicamente ou por outro meio já conhecido; na oitava etapa (E8) o bojo (1) é apoiado e fixado a uma base (2); na nona etapa (E9) o coco sofre um acabamento que pode ser a simples remoção dos pêlos, aplicação de cera / polimento / pintura; na décima etapa (E10) é colocada uma faixa (8) decorativa com identificação de garantia de procedência.

2) “RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO”, de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por ser constituído por um bojo (1) de coco maduro devidamente processado que é apoiado em uma base (2) e recebe na borda da abertura (A) superior um elemento de vedação (3) sobreposto por um gargalo (4) em vidro ou porcelana com rosca para tampa (9); na linha de vedação é colocada uma faixa (8) decorativa com identificação de garantia de procedência.

3) “RECIPIENTE PARA LÍQUIDOS COM O BOJO DO COCO”, de acordo com a reivindicação 2 caracterizado pela base (2) e o gargalo (4) poderem assumir inúmeros designs em diferentes materiais.