BR102013022366A2 - Prancha aquática com motorização elétrica - Google Patents

Abstract

Prancha aquática com motorização elétrica consiste de uma (1) prancha preferivelmente fabricada em isopor com reforço (2) central em madeira, a qual apresenta um compartimento (3) para o motor elétrico de posicionamento (4) que por meio de polias (5 e 6) e correia (7) direciona o motor elétrico de deslocamento (8) alimentado por um conjunto de baterias (9) recarregáveis de longa duração posicionadas em um segundo compartimento (10), além de um terceiro compartimento (11) para os componentes eletroeletrônicos para atuação do motor de deslocamento (8) e do sistema de direcionamento do equipamento na versão que usa acionamento remoto (12)

Description

“PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” Trata a presente solicitação de patente de Invenção de uma inédita “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA”, que consiste de uma prancha tal qual a utilizada no exercício do SUP - Stand Up Paddle - que originalmente mistura surfe e remo combinando a prática de esporte e lazer, com o diferencial de substituir o remo por um motor elétrico associado a um motor de direção devidamente acionado pelo usuário via telecomando ou comando a cabo. A partir do surfe derivaram várias modalidades esportivas e de lazer as quais utilizam a prancha como meio viabilizador, em alguns casos com determinadas alterações e / ou adaptações aos modelos de pranchas já conhecidos. Neste contexto, a prancha utilizada para a prática do SUP é um pouco maior que a prancha de surfe, o que atribui maior estabilidade no sentido de facilitar que o usuário permaneça de pé ou se preferir sentado ou deitado.

Apesar da divulgação midiática recente, a prancha utilizada com remo já vem de longa data, sendo a forma encontrada pelos surfistas e instrutores para acompanhar seus alunos ou então para fotografar campeonatos e performances.

Portanto, a prancha tal qual a apresentação acima é passível de ser aplicada tanto no esporte como no lazer, guardadas as devidas proporções quanto à experiência do praticante no uso do remo, e o equilíbrio para se manter de pé sobre a prancha propriamente dita. Há quem use a prancha com remo inclusive para surfar, no entanto, pela velocidade de deslocamento ser reduzida inviabiliza algumas aplicações potenciais, como, por exemplo, a inspeção náutica/ salvamento, ou o simples passeio em águas tranquilas sem os esforços demandados pelos remos. O atual estado da técnica antecipa alguns documentos de patentes que versam sobre a matéria em tela como o MU 7201387-7-4 - que propõe alterações nas pranchas aquáticas, que pela motorização a combustão estabelece uma alternativa às motos aquáticas que são de alto custo. Esta prancha tem o tamanho reduzido e a construção adequada para levar o ocupante na posição deitada com os cotovelos apoiados em rebaixos laterais e o corpo amarrado por uma cinta. A prancha supra referida apesar da motorização não tem condições de ser utilizada em outra posição que não a deitada, e tampouco servir para realizar salvamentos. OMU 7500535-2 - alia a versatilidade de uma prancha de surfe com a de um motor elétrico, na qual o usuário toma uma posição deitada sobre o produto, que é controlado por manetes para ajustes de velocidade e torque estrategicamente localizadas na parte da frente da lancha.

Tal como no primeiro documento comentado, essa prancha não permite o uso em pé, assim como não dá condições de realizar salvamento devido à reduzida área útil.

Ciente do estado da técnica, suas lacunas e limitantes, o inventor, após estudos e observações criou a “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” em questão, preferivelmente fabricada em isopor com um reforço central de madeira, conformando assim uma prancha de dimensão superior a um produto similar utilizado para surfar, sendo que no corpo do produto se destacam um compartimento para o motor elétrico de posicionamento/ componentes eletroeletrônicos/ polias e correias, que em conjunto direcionam o motor de deslocamento, além de um segundo compartimento para os relés responsáveis pela aceleração, desaceleração do motor de deslocamento e das chaves fins de curso do controle de direção, e por fim um terceiro compartimento que abriga baterias recarregáveis de longa duração. Assim, a navegação pode ser feita com o usuário de pé, sentado ou mesmo deitado, que por meio de controle remoto comanda a velocidade, o sentido e direção do deslocamento, podendo os controles também ser efetivados por cabos devidamente ligados ao conjunto motriz.

Em suma, a prancha inovada apresenta como vantagens mais preponderantes: V Simplicidade construtiva; V Ótima relação custo x benefício; V Versatilidade - o usuário pode utilizá-la em pé, sentado ou deitado, quer seja para a prática de esporte, lazer ou mesmo salvamentos; V Ecologicamente correta - não causa poluição ambiental e/ ou sonora; V Peso reduzido, portanto de fácil transporte e manuseio; S Baixo custo operacional/ manutenção; V Autonomia - baterias de longa duração - preferivelmente 12 volts / corrente contínua;

Segurança - dispositivo magnético para desligamento imediato do motor mediante a queda do usuário;

Baixa potência instalada. A invenção será melhor explicada pelos desenhos abaixo relacionados, de forma ilustrativa e não limitativa: Figura 1: Vista em perspectiva da prancha aquática com motorização elétrica;

Figura 2: Vista em perspectiva explodida da prancha aquática com motorização elétrica;

Figura 3: Vista superior da prancha aquática com motorização elétrica;

Figura 4: Vista em corte lateral da prancha aquática com motorização elétrica;

Figura 5: Detalhe ampliado do sistema de direcionamento e da motorização da prancha aquática;

Figura 6: Detalhe ampliado do sistema de direcionamento e da motorização da prancha aquática, sem a polia;

Figura 7: Detalhe ampliado dos componentes do compartimento central;

Figura 8: Vista em perspectiva inferior da prancha aquática com motorização elétrica, mostrando mudança de direção à esquerda;

Figura 9: Vista em perspectiva inferior da prancha aquática com motorização elétrica, mostrando mudança de direção à direita;

Figura 10: Vista em perspectiva da disposição aplicada em prancha aquática com motorização elétrica, mostrando uso com detalhe do controle remoto e do sistema de segurança. A “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” consiste de uma (1) prancha preferivelmente fabricada em isopor com reforço (2) central em madeira, a qual apresenta um compartimento (3) para o motor elétrico de posicionamento (4) que por meio de polias (5 e 6) e correia (7) direciona o motor elétrico de deslocamento (8) alimentado por um conjunto de baterias (9) recarregáveis de longa duração posicionadas em um segundo compartimento (10), além de um terceiro compartimento (11) para os componentes eletroeletrônicos para atuação do motor de deslocamento (8) e do sistema de direcionamento do equipamento, na versão que usa acionamento remoto (12).

Mais particularmente, a prancha (1) pleiteada é preferivelmente fabricada em isopor resinado com reforço (2) central em madeira, conformada numa dimensão superior a de uma prancha de surfe comum, configurando uma área útil com tapetes (13) antiderrapantes que permite o usuário ficar de pé, em que o comando do equipamento pode ser efetuado por meio de controle remoto (12) com no mínimo três botões (A, B, C) ou então por cabos (não representados). A prancha (1) é autopropelida por um motor elétrico de deslocamento (8) localizado na popa, que é rotacionado, à direita ou à esquerda, através de um motor elétrico de posicionamento (4) inserido em um compartimento (3) anterior. Neste, chapas (14 e 15) sobrepostas solidárias ao corpo da prancha (1) atribuem a robustez necessária para suportar as exigências e os esforços mecânicos resultantes da operação do conjunto motriz e de posicionamento, bem como dos seus complementos. Assim, o motor de deslocamento (8) tem um tubo (16), com um retentor (17) que evita a entrada de água no compartimento (3), tubo esse que transpassa as chapas (14 e 15) que delimitam o compartimento (3) propriamente dito. Ao final do tubo / eixo do motor de deslocamento (8) se projeta uma polia (5) com cames (5C e 5D) apropriados para tocar e acionar a chaves de fim de curso (18, 19, 18A e 19A), que mediante pressionamento dos devidos botões do controle remoto (12) viram o motor de deslocamento (8) para a direita e para a esquerda, bem como o mantém na posição central quando do desacionamento dos botões acima, obrigando a prancha seguir em linha reta. Os motores (4 e 8) são supridos de energia provenientes de baterias (9) recarregáveis de longa duração inseridas em um compartimento (10) frontal. Por sua vez, no compartimento central (11) estão os componentes relés (R1, R2, R3 e R4) atuantes no motor de deslocamento (8) e no sistema de direcionamento. Nesta forma de viabilização da invenção, dois relés duplos “DNI” de 250 (R1 e R2), perfazendo um total de 1000 W, atuam no motor de deslocamento (8). Assim, quando do acionamento do primeiro (A) dos três botões (A, B, C) do controle remoto (12), o motor de deslocamento (8) é mantido ligado movimentando a prancha (1) para frente até que o mesmo botão (A) seja acionado novamente, ocasião em que o motor é desligado, freando e/ ou parando a prancha. Ainda no compartimento central (11) denotam-se outros dois reles (R3 e R4) duplos relacionados ao sistema de direcionamento do motor de deslocamento (8), haja vista estarem relacionados às chaves de fim de curso (18, 19, 18 A e 19 A), estrategicamente posicionadas no compartimento anterior (3). Neste contexto, o sistema de direcionamento é comandado pelos outros dois botões do controle remoto (12) que atuam os relés duplos (R3 e R4), sendo que, nesta forma de viabilização da invenção, o segundo botão (B) obriga o giro da prancha (1) para a esquerda e o terceiro botão (C) o giro para a direita. Desse modo, antes do acionamento dos referidos botões, o sistema está na seguinte condição. Os relés (R3 e R4) estão com as duas saídas normalmente fechadas e duas saídas normalmente abertas, ao passo que as chaves fins de curso (18 A e 19 A) se encontram posição aberta. Dessa maneira, quando do acionamento do segundo botão (B) do controle remoto (12) é atuado o relé (R3), que inverte sua posição e liga o motor de posicionamento (4) no sentido horário virando o motor de deslocamento (8) por meio das polias (5 e 6) e correia (7), fazendo assim que a prancha (1) mude sua direção para a esquerda. Ao girar o motor, a chave fim de curso (18 A) é fechada e a chave fim de curso (19 A) é mantida aberta pelo contato com o came (5D). Ao atingir o máximo giro, o came (5C) abre a chave fim de curso (19) interrompendo o movimento, e mantendo o motor de deslocamento (8) nesta posição. Ao desligar ou acionar novamente o segundo botão (B) do controle remoto, o relé (R1) inverte sua posição alterando o sentido do motor de posicionamento (4) girando o motor de deslocamento (8) no sentido anti-horário até que o came (5D) desligue a chave de fim de curso (19 A) parando o motor de deslocamento (8) na posição central, possibilitando que a prancha (10) siga uma trajetória retilínea. Com o acionamento do terceiro botão (C) do controle remoto (12) é atuado o relé (R2) que inverte sua posição e repete a sequência no sentido contrário levando a prancha para direita. Portanto, os relés (R2 e R3) com as respectivas chaves (18 e 19) movimentam o motor de deslocamento (8) no sentido horário e no sentido anti- horário, sendo que as chaves (18 A e 19 A) garante que ao retornar, o motor de deslocamento (8) se posicione centralmente. Sobre os compartimentos (3, 10 e 11) flanges (20) recepcionam as borrachas (21) de vedação e das tampas (22) preferencialmente em acrílico. As baterias (9) são recarregadas através de um dois pólos localizados na tampa do compartimento (11). Outrossim, a prancha (1) apresenta um sistema magnético de segurança (23) ligado por elemento unifilar (24) à perna do usuário, que se porventura sofrer uma queda desconecta um imã (25) interrompendo a alimentação do motor de deslocamento (8) e de posicionamento (4).

Claims (5)

1) “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” fabricada em isopor resinado com reforço (2) central em madeira, conformado numa dimensão superior a de uma prancha de surfe comum configurando uma área útil com tapetes (13) antiderrapantes caracterizada por ser autopropelida por um motor elétrico de deslocamento (8) de popa rotacionado, à direita ou à esquerda, através de um motor elétrico de posicionamento (4) inserido em um compartimento (3) anterior reforçado por umas chapas (14 e 15); o motor de deslocamento (8) tem um tubo (16), com retentor (17) que transpassa as chapas (14 e 15) ao finai do qual se projeta uma polia (5) que formata um came (5C) e outro came (5D) projetados para tocar e acionar as chaves de fim de curso direita (18) e as chave de fim de curo de reposicionamento central (18 A e 19 A); o eixo do motor de deslocamento (8) está ligado a uma polia (5), com cames (5C e 5D), que por uma correia (7) ligada a outra polia (6) do motor de posicionamento (4) dão direção ao equipamento; os motores (4 e 8) são supridos de energia provenientes de baterias (9) recarregáveis de longa duração inseridas em um compartimento (10) frontal; no compartimento central (11) estão os relés (R1, R2, R3 e R4) e o receptor do controle remoto (12).

2) “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo mecanismo de deslocamento e posicionamento serem estruturados às chapas (14 e 15) que delimitam o compartimento (3).

3) “PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por sobre os compartimentos (3, 10 e 11) flanges (20) recepcionarem as borrachas (21) de vedação e tampas (22).

4) PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por apresentar um sistema magnético de segurança (23).

5) PRANCHA AQUÁTICA COM MOTORIZAÇÃO ELÉTRICA” de acordo com areivindicação 1 caracterizado por pelo controle de direção ser realizado por cabos.