BR102013019602A2 - prolongador articulado para topo de risers flexíveis - Google Patents

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Abstract

prolongador articulado para topo de risers flexíveis. refere-se a presente invenção a um acessório provido à terminação de topo do riser, capaz de permitir uma determinada rotação em torno do eixo axial do riser e consequentemente alteração do ângulo horizontal de projeção do referido riser, reduzindo os esforços nas estruturas de afixação e nos seus suportes na plataforma. consequentemente permite reduções de custos em cadeia, desde a concepção até o fornecimento, de todos os componentes envolvidos na afixação da extremidade do riser à plataforma. alternativamente é capaz de dar flexibilidade na angulação de entrada dos risers em relação à plataforma, com a obtenção de arranjos com comprimentos menores de dutos no fundo do mar, evitando interferências ou impedimentos geográficos no leito do mar.

Description

PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um acessório provido à terminação de topo do riser, capaz de permitir uma determinada rotação em torno do eixo axial do riser, e consequentemente, alteração do ângulo horizontal de projeção do riser, bem como reduzir os esforços, o efeito da fadiga e o desgaste nesta região de conexão. O prolongador articulado assegura uma maior flexibilidade na definição da angulação de entrada do riser na plataforma em relação ao plano horizontal, sempre obedecendo a uma faixa de flexão limitada aos valores possíveis de mínimo raio de curvatura MBR (Minimum Bending Radius) de operação do riser.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
Em sistemas marítimos de produção, o petróleo produzido nos poços localizados no fundo do oceano é transportado até uma unidade estacionária de produção (UEP) por meio de tubulações. Este conjunto de tubulações de linhas, umbilicais eletro-hidráulicos, injeção de água e bombeamento de óleo e gás é convencionalmente denominado: linha de coleta e produção.
Este conjunto de tubulações, que constituem as linhas de coleta de produção, se subdivide basicamente em duas porções distintas: - A primeira porção, preponderantemente horizontal denominada "trecho horizontal", estática e conhecida especificamente no jargão técnico por “flowline”. - A segunda porção, é constituída por uma tubulação preponderantemente vertical, conectada à extremidade do trecho horizontal e que ascende do leito do mar até ao casco da plataforma onde se acopla, denominada "trecho vertical", conhecida e doravante denominada pelo seu jargão técnico: “riser”. O termo vertical aqui empregado não deve ter uma interpretação rigorosa, uma vez que a distância entre a plataforma e o ponto de conexão ao “flowline”, aliada ao peso do próprio riser obriga que este trecho assuma uma configuração substancial mente curva conhecida como catenária. O ângulo desta catenária é definido em projeto e depende de diversos fatores.
Os risers podem ser do tipo rígido ou flexível, e são afixados a plataforma por meio de estruturas de suportação especialmente projetadas para sustentar e resistir aos esforços de tração, resultantes do seu peso próprio e da dinâmica dos movimentos. As forças horizontais e momento fletor que completam o equilíbrio de forças atuantes no riser são normalmente absorvidas junto a estruturas específicas providas à UEP, mas não necessariamente, abaixo da linha d’água. Estas estruturas específicas de suportação dos risers são conhecidas como suportes fixos, cônicos, ou conjunto de “l-tubes” e “bocas de sino”.
Verificou-se que existem movimentos relativos dos risers em relação às suas suportações, e estes são resultantes de diversos movimentos impostos aos próprios risers ou às plataformas independentemente. Os movimentos são gerados pela atuação das correntes marinhas, das diferenças de marés, das ondas e a diversos outros fatores, que atuam simultaneamente nas estruturas. Desse modo o ângulo da catenária projetado no ponto de acoplagem altera-se constantemente, mas sempre dentro de uma faixa determinada e esperada.
Neste contexto, especificamente nos risers do tipo flexível, foi previsto um componente conhecido como enrijecedor de curvatura ou restritor de curvatura, que protege os risers dos esforços no sentido horizontal e momentos fletores, sendo que normalmente são travados nas suportações. Basicamente tal componente tem a função de assegurar a manutenção da variação de ângulo do riser em relação ao elemento de acoplamento, dentro de uma faixa segura. Em outras palavras, impede mecanicamente que o riser seja fletido além do seu mínimo raio de curvatura MBR (Minimum Bending Radius). Mas também tem outras funções, dentre elas a de diminuir o efeito da fadiga nesta região de conexão.
Os enrijecedores de curvatura podem ser simploriamente entendidos como um segmento de luva polimérico que, através de componentes intertravados, envolve os risers tipo flexíveis na região de acoplamento à boca de sino / l-tube, aumentando-lhes a rigidez à flexão, garantindo, portanto, que os risers não venham a ser fletidos em raios menores do que os mínimos admissíveis em projeto.
Os enrijecedores de curvatura são dimensionados para que o riser possa sofrer uma deflexão lateral de topo, facilmente visualizado como um desalinhamento em relação ao seu plano da catenária, de no máximo 3 graus, a fim de permitir certa liberdade no arranjo submarino.
Ao executar um projeto de riser flexível a ser instalado em uma determinada plataforma, faz-se necessário o uso de um conjunto de acessórios para aplicar um enrijecedor de curvatura na extremidade superior do riser e acoplá-lo à estrutura de suportação. Estes acessórios costumam ser muito onerosos para o projeto e de difícil manuseio durante a instalação dos risers flexíveis.
Destacam-se em especial os próprios enrijecedores de curvatura, que são bastante onerosos, pois além de ter um projeto complexo, requerem a moldagem de um corpo polimérico específico para cada caso ou cenário. O corpo de um enrijecedor de curvatura pode atingir grandes dimensões, em especial quando há a necessidade do mesmo ter que resistir a esforços esperados em condições de mar rigorosas, representando alto custo de manufatura e dificuldades operacionais de instalação.
Outro problema refere-se à disponibilidade. Normalmente o prazo de fornecimento de um enrijecedor de curvatura é superior aos dos demais acessórios, podendo trazer riscos de não cumprimento dos prazos para atendimento ao projeto, fato que não é incomum ocorrer, pois quanto mais complexo o projeto maior o tempo de entrega.
Para que esses segmentos de luva atuem adequadamente conforme o esperado em projeto, eles também têm que estar travados em uma estrutura mais enrijecida. Esta condição é alcançada, travando um trecho do dito segmento de luva contra a estrutura de suportação no momento do acoplamento do riser.
Diante deste cenário, é fácil também perceber as consequências referentes ao esforço gerado sobre os acoplamentos quando um riser sofre uma deflexão angular no plano horizontal, e esta é limitada pelo enrijecedor de curvatura a até 3 graus. A porção dos esforços não absorvida pela deflexão do enrijecedor de curvatura é transferida totalmente para as estruturas dos acoplamentos, o que demanda projetos para estruturas de acoplamento mais resistentes e pesadas.
Aplicando-se enrijecedores de curvatura na extremidade superior de uma linha de produção, esta passa a atuar como uma extremidade em condição engastada. Assim, a combinação de uma estreita faixa angular de operação dos enrijecedores de curvatura, diante da ação de qualquer intensidade de esforços gerados por ondas e/ou correntezas padrões sobre os risers, faz com que o arrastamento lateral do riser constantemente tente vencer a limitação de até 3 graus de movimento imposto pelo enrijecedor de curvatura, estabelecendo a geração periódica e constante de esforços fletores na linha engastada, e atingindo constantemente valores com picos elevados de momento fletor.
Esta elevada frequência de esforços fletores, combinada com picos com grande magnitude representa um decréscimo da vida útil do riser por fadiga nesta região.
Outra problemática encontrada cada vez mais na indústria do petróleo em campos marítimos é em relação ao congestionamento de linhas de produção, gerando interferências. Os motivos podem ser devido à quantidade de linhas que chegam à plataforma em uma mesma vertente, ou por motivo da geografia do fundo do mar, que limita o espaço disponível para chegada de linhas à plataforma.
Estas problemáticas poderíam ser mais bem equacionadas se houvesse uma maior liberdade em relação à direção de chegada dos risers à plataforma. Atualmente a abertura angular livre para o direcionamento de descida do riser é restrita em função da configuração das estruturas de acoplamento/suporte, e da restrição angular imposta pelos enrijecedores de curvatura.
Utilizando-se a tecnologia atual, o ângulo projetado de chegada de um riser pode variar de zero a no máximo 3 graus, para qualquer dos lados. Mas, qualquer variação angular já impõe tensões na extremidade do riser, que se encontra engastada por meio do enrijecedor de curvatura.
Existem no mercado juntas articuladas para risers flexíveis, mas a aplicação é específica para risers de perfuração. Além disso, são acessórios que requerem a seção do riser, dividindo-o em dois segmentos e interrompendo a continuidade estrutural do riser.
Também devido a estas características construtivas e aplicações, o corpo interno destes acessórios acabam mantendo contato direto com o fluido transportado, que transpassa pelo seu interior.
Neste sentido podem ser citados os seguintes documentos: US 4,784,410; US 8,038,177; US 4,593,941; US 5,951,061; US 7,717,473; US 8,128,129; US 4,068,868; US 2012/0292037 e US 6,746,182. É comum encontrar nestas soluções elementos elastoméricos, que além de agir como um componente de vedação, também atuam para manter as tendências dos dois segmentos de riser, a jusante e a montante, alinhados.
Dos exemplos citados da técnica, o documento US 6,746,182 é o único que revela uma alternativa técnica em que o riser transpassa a junta, com a finalidade de reduzir o estresse do riser na região de chegada à quilha, mantendo um amortecimento aos movimentos relativos do riser e um afastamento constante deste da janela de acesso da quilha.
Apesar da variedade de juntas existentes no mercado, nenhuma alternativa foi encontrada para solucionar a problemática aqui exposta.
Diante desses desafios técnicos, surgiu a preocupação com o desenvolvimento de um acessório que pudesse atuar também junto à boca de sino / l-tube, de modo a permitir redução dos esforços que são direcionados aos suportes e ao próprio enrijecedor de curvatura dos risers flexíveis e umbilicais. A atual invenção foi desenvolvida a partir da filosofia de utilização de uma articulação capaz de liberar os movimentos ordinários dos risers, quando sujeitos a cenários cotidianos de condição de mar, com ondas e correntezas usuais, só deixando o restritor de curvatura passar a atuar em condições severas de mar. A invenção descrita a seguir decorre da contínua pesquisa neste segmento, cujo enfoque objetiva também a simplificação das estruturas e acessórios da região de acoplamento do riser, de modo que todos os componentes possam ser redimensionados com mais economia de material e custo, porém com a mesma eficiência.
Outros objetivos que o prolongador articulado para topo de risers flexíveis, objeto da presente invenção, se propõem alcançar são a seguir elencados: a) eliminar o estresse constante do riser na região do acoplamento; b) garantir valores menores de pico de tensão de momento; c) garantir a redução de tempo para a disponibilidade dos acessórios de acoplamento; d) reduzir custos; e) reduzir peso das estruturas de acoplamento; f) permitir melhores arranjos dos risers que chegam a plataforma em uma mesma vertente, devido a maior flexibilidade de deflexão lateral dos risers, podendo-se obter comprimentos menores de dutos no fundo do mar e assim obter-se ganhos de produção e redução de CAPEX (Capital Expenditure) nos projetos; g) permitir desvios dos riser por motivo da geografia do fundo; h) permitir definir estruturas de suportação nas plataformas com tolerâncias maiores em relação ao ângulo de entrada dos risers nas mesmas; i) permitir uma padronização de estruturas de suportação para diferentes ângulos de entrada de risers nas mesmas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Refere-se a presente invenção a um acessório que tem o objetivo reduzir os esforços nas estruturas dos risers e nos seus suportes para acoplamento na plataforma. O prolongador articulado para topo de risers flexíveis, objeto da presente invenção, é composto por três pares de componentes dispostos em espelho, a saber: - um par de batentes, onde os referidos batentes são conformados por flanges simples providos em uma das faces por uma seção semi-esférica, a qual exerce a função de uma rótula. O diâmetro interno da seção semi-esférica equivalente ao diâmetro externo do riser flexível; - um par de elementos prolongadores pivotáveis, onde os referidos prolongadores pivotáveis são seções de tubo com uma das extremidades expandida de modo a poder articular sobre a seção semi-esférica dos respectivos batentes. O diâmetro interno dos prolongadores pivotáveis é equivalente ao diâmetro externo do riser flexível; - uma união de corpo bipartido, que envolve as extremidades expandidas dos prolongadores pivotáveis de modo a mantê-los contrapostos às respectivas seções semi-esféricas dos batentes.
Cada prolongador pivotável é capaz de pivotar em relação aos respectivos batentes independentemente, e a combinação angular de pivotamento dos dois prolongadores pivotáveis não pode ultrapassar valores de mínimo raio de curvatura MBR (Minimum Bending Radius) possíveis de operação do riser flexível.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A invenção será descrita a seguir mais detalhadamente, em conjunto com os desenhos abaixo relacionados, apresentados meramente a título de exemplo, os quais acompanham o presente relatório e do qual é parte integrante. A Figura 1 retrata uma vista de um suporte com um enrijecedor de curvatura do estado da técnica. A Figura 2 retrata um gráfico comparativo entre os esforços atuantes em um riser operando com e sem a aplicação do prolongador articulado para topo de risers flexíveis (PATRIS), objeto da atual invenção. A Figura 3 retrata uma vista em perspectiva e em corte parcial do objeto da invenção. A Figura 4 retrata o objeto da invenção em visão explodida. A Figura 5 retrata uma projeção de arraste de um riser flexível a partir da adoção da atual invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO O prolongador articulado para topo de risers flexíveis, objeto da invenção, foi desenvolvido a partir de pesquisas que visavam permitir a variação do ângulo de entrada do riser na plataforma e concomitantemente a restrição desta variação aos valores limites de mínimo raio de curvatura MBR (Minimum Bending Radius) possíveis de operação do riser. A Figura 1 mostra um conjunto de suportação, comum ao estado da técnica, na qual é possível visualizar uma boca de sino (1) / l-tube (2) conectados a um enrijecedor de curvatura (3), e um riser flexível (4) transpassando através dos referidos acessórios.
Nesta imagem é possível perceber uma seção (4’) do riser flexível (4) imediatamente a jusante à extremidade do enrijecedor de curvatura (3). Na referida seção (4’) nota-se a inexistência de qualquer limitador de flexão, podendo-se comparar esta seção a um cenário equivalente ao de engastamento, no caso, entre o próprio enrijecedor de curvatura (3) e o riser flexível (4). É fácil perceber que esta seção (4’) é constantemente afetada por tensões de momento, de baixa ou alta intensidade, conforme as condições ambientais a que o riser flexível (4) esteja sujeito: Em situações em que o arraste lateral do riser flexível (4) não é suficiente para que o mesmo vença a restrição imposta pelo enrijecedor de curvatura (3), detectam-se tensões de valores baixos na seção (4’). Por outro lado, em situações em que o arraste lateral do riser flexível (4) é suficiente para que o mesmo vença a restrição imposta pelo enrijecedor de curvatura (3), mas limitando-o a deflexões angulares Φ de até 3 graus, detectam-se tensões de valores elevados na mesma seção (4’).
Esta situação é melhor representada pela Figura 2, em que podemos ver um gráfico cujas leituras de tensões do riser flexível (4), na seção (4’), demonstram a existência constante de tensões na referida seção. A Figura 2 compara a mesma seção (4’), quando da aplicação do prolongador articulado (100) para topo de risers flexíveis (PATRIS), objeto da presente invenção. Pode-se perceber que existem apenas alguns períodos ao longo do tempo em que a seção (4’) sofre a influência de esforços de momento, e que em períodos equivalentes aos de pico no estado da técnica, os valores apresentam-se bem menores. A Figura 3 revela a atual invenção, em uma vista de perspectiva e em corte pardal, já montada no seu cenário de aplicação. É fácil perceber que uma das extremidades do prolongador articulado (100) é diretamente afixada em uma boca de sino (1) / l-tube (2), e a outra extremidade serve de base de afixação para enrijecedor de curvatura (3), passando o prolongador articulado (100) a atuar entre estes dois componentes. A descrição dos componentes do prolongador articulado (100) será mais bem compreendida acompanhando-se, em paralelo à Figura 3, a sua imagem explodida apresentada na Figura 4. O prolongador articulado (100) para topo de risers flexíveis é composto por três pares de componentes dispostos em espelho, a saber: Um par de batentes (10) e (10’), que basicamente são conformados por flanges (11) simples providos em uma das faces por uma seção semi-esférica (12) que atua como a base de uma rótula. O diâmetro interno da seção semi-esférica (12) é equivalente ao diâmetro externo do riser flexível (4).
Um par de elementos prolongadores pivotáveis (20) e (20’). Os referidos prolongadores pivotáveis são seções de tubo (21) com uma das extremidades (22) expandida de modo a poder articular sobre a seção semi-esférica (12) dos respectivos batentes (10) e (10’). O diâmetro interno dos prolongadores pivotáveis (20) e (20’) é equivalente ao diâmetro externo do riser flexível (4).
Por último uma união (30) de corpo bipartido envolve as extremidades (22) expandidas dos prolongadores pivotáveis (20) e (20’) de modo a mantê-los contrapostos às respectivas seções semi-esféricas (12) dos batentes (10) e (10’). O prolongador pivotável (20’) voltado para o enrijecedor de curvatura (3) apresenta comprimento suficiente para ser afixado na porção mais espessa de ancoragem do referido enrijecedor de curvatura. Já o prolongador pivotável (20) voltado para a suportação, preferencial mente apresenta comprimento suficiente para ser acoplado em um capacete (5) adaptador de boca de sino (1). É importante definir que cada prolongador pivotável (20) e (20’) é capaz de pivotar em relação aos respectivos batentes (10) e (10’) em até 15 graus independentemente. Sendo assim, os dois condutores pivotáveis (20) e (20’) podem atingir, em um mesmo plano, um ângulo máximo de pivotamento de até 30 graus em relação ao eixo axial de um dos dois condutores pivotáveis.
Alternativamente cada prolongador pivotável (20) e (20’) pode ter um limite máximo de pivotamento, determinado em projeto, igual ou diferenciado do seu oposto. A combinação angular de pivotamento dos dois prolongadores pivotáveis (20) e (20’) não pode ultrapassar valores de mínimo raio de curvatura MBR (Minimum Bending Radius) possíveis de operação do riser flexível (4). É fácil perceber que em seu cenário de operação, o prolongador articulado (100) tem uma de suas extremidades engastada a uma suportação na plataforma e a outra extremidade serve de ponto de afixação do enrijecedor de curvatura (3). Assim o riser flexível (4) atravessa o interior do enrijecedor de curvatura (3) transpassando também toda a extensão do prolongador articulado (100) sendo na sequência ancorado normalmente na suportação da plataforma. O prolongador articulado (100) atua como uma articulação que permite a livre movimentação do riser flexível (4) quando o mesmo é arrastado por correntes marinhas, no entanto limita a movimentação do riser aos seus valores de mínimo raio de curvatura.
Enquanto o riser flexível (4) estiver se deslocando na faixa angular permitida pelo prolongador articulado (100), o enrijecedor de curvatura (3) não atua, poupando a seção (4’) dos esforços de momento, e consequentemente de fadiga. O enrijecedor de curvatura (3) só começa a atuar em condições mais severas de mar, quando o riser flexível (4) já tiver atingido seu limite máximo de liberdade angular de arraste permitido pelo prolongador articulado (100), e as ações das correntezas continuem atuando com intensidade. Mesmo assim os esforços sobre o enrijecedor de curvatura (3) serão menores do que os esforços existentes em um mesmo cenário de condições de mar, conforme a técnica anterior, em que o enrijecedor de curvatura (3) é afixado diretamente na boca de sino (1) / l-tube (2).
Esta diferenciação de valores de esforços atuantes após a adoção do prolongador articulado (100) é melhor evidenciada a partir do gráfico já revelado na Figura 2.
Dessa forma tanto os enrijecedores de curvatura (3) como os suportes podem ser redimensionados quanto aos seus limites de resistência, gerando economia de material, custo e também de tempo, visto que o fornecimento de enrijecedor de curvatura de menor porte costuma se dar em prazos bem menores.
Uma padronização das estruturas de suportação, a partir da adoção do prolongador articulado (100), também pode ser alcançada para diferentes ângulos de entrada de risers. A Figura 5 revela uma exemplificação do grau de liberdade possível para o arraste do riser flexível (4) em condições normais de mar em função da lâmina de água (LDA). Diante desta liberdade, o prolongador articulado (100) permite outras aplicações além da redução de esforços na suportação ou de fadiga do riser. Uma delas pode ser no que se refere à disposição do arranjo submarino da rede de catenárias. A liberdade angular de posicionamento de um riser, permitida pela atual proposta, facilita o arranjo da rede submarina de risers, evitando-se congestionamento de linhas de produção ou até mesmo interferências. Pode-se também, a partir da capacidade de uma maior variação angular de chegada das linhas que chegam à plataforma em uma mesma vertente, fazer novos arranjos, antes impossíveis, como as que por ventura eram impedidas devido à geografia do fundo do mar ou das restrições angulares dos suportes nas plataformas.
Deve-se deixar salientado que as vantagens do prolongador articulado (100) não se resume à economia de material, ou só à redução de exposição do riser aos esforços de momento, mas a um leque de combinações de possibilidades que poderão ser adotadas desde o projeto da suportação, dos enrijecedores de curvatura, dos arranjo de fundo do mar, que combinados geram representativo ganhos de produção e redução de CAPEX (Capital Expenditure) nos projetos como um todo. A invenção foi aqui descrita com referência sendo feita à suas concretizações preferidas. Deve, entretanto, ficar claro, que a invenção não está limitada a essas concretizações, e aqueles com habilidades na técnica irão imediatamente perceber que alterações e substituições podem ser feitas dentro deste conceito inventivo aqui descrito.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, caracterizado por ser composto por três pares de componentes dispostos em espelho, a saber: - um par de batentes (10) e (10’), conformados por flanges (11) simples providos em uma das faces por uma seção semi-esférica (12) exercendo função de uma rótula; sendo o diâmetro interno da seção semi-esférica (12) equivalente ao diâmetro externo do riser flexível (4); - um par de elementos prolongadores pivotáveis (20) e (20’); sendo que os referidos prolongadores pivotáveis são seções de tubo (21) com uma das extremidades (22) expandida de modo a poder articular sobre a seção semi-esférica (12) dos respectivos batentes (10) e (10’); e sendo o diâmetro interno dos prolongadores pivotáveis (20) e (20’) equivalente ao diâmetro externo do riser flexível (4); - uma união (30) de corpo bipartido que envolve as extremidades (22) expandidas dos prolongadores pivotáveis (20) e (20’) de modo a mantê-los contrapostos às respectivas seções semi-esféricas (12) dos batentes (10) e (10’); sendo que cada prolongador pivotável (20) e (20’) é capaz de pivotar em relação aos respectivos batentes (10) e (10’) independentemente e a combinação angular de pivotamento dos dois prolongadores pivotáveis (20) e (20’) não pode ultrapassar valores de mínimo raio de curvatura possíveis de operação do riser flexível (4).
2- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o prolongador pivotável (20’) voltado para o enrijecedor de curvatura (3) apresentar comprimento suficiente para ser afixado na porção mais espessa de ancoragem do referido enrijecedor de curvatura.
3- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o prolongador pivotável (20) voltado para a suportação, preferencialmente apresentar comprimento suficiente para ser acoplado em um capacete (5) adaptador de boca de sino (1).
4- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada prolongador pivotável (20) e (20’) ser capaz de pivotar em relação aos respectivos batentes (10) e (10’) em até 15 graus independentemente.
5- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os dois condutores pivotáveis (20) e (20’) poderem atingir, em um mesmo plano, um ângulo máximo de pivotamento de até 30 graus em relação ao eixo axial de um dos dois condutores pivotáveis.
6- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alternativamente cada prolongador pivotável (20) e (20’) poder ter um limite máximo de pivotamento, determinado em projeto, igual ou diferenciado do seu oposto.
7- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ter uma das extremidades diretamente afixada em uma boca de sino (1) / l-tube (2), e a outra extremidade servir de base de afixação para enrijecedor de curvatura (3), e o riser flexível (4) atravessar o interior do enrijecedor de curvatura (3) transpassando também toda a extensão do prolongador articulado (100) sendo posteriormente ancorado normalmente na suportação da plataforma.
8- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por atuar como uma articulação que permite a livre movimentação do riser flexível (4) quando o mesmo é arrastado por correntes marinhas, mas que limita a movimentação do riser aos seus valores de mínimo raio de curvatura.
9- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por eliminar a atuação do enrijecedor de curvatura (3), enquanto o riser flexível (4) estiver se deslocando na faixa angular permitida pelo referido prolongador articulado (100).
10- PROLONGADOR ARTICULADO PARA TOPO DE RISERS r v FLEXÍVEIS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por alternativamente permitir uma liberdade angular de posicionamento de um riser ou de um conjunto de risers, de modo a se evitar congestionamento de linhas de produção ou interferências.
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