"FORNO A GÁS INDUSTRIAL COM MÚLTIPLAS UNIDADES DE CÂMARAS CALORÍFICAS SOBREPOSTAS E INDEPENDENTES".
Campo da Invenção A presente invenção trata-se de forno a gás industrial com múltiplas unidades de câmaras caloríficas sobrepostas e independentes, mais precisamente trata-se de forno a gás industrial para a preparação de alimentos, particularmente, alimentos a base de massa, tal como pizza, onde, notadamente, ditas unidades de câmaras caloríficas são instaladas num pedestal vertical compondo um novo arranjo de forno por meio da justaposição das unidades de câmaras, cada qual dotada de cúpula para distribuição rotativa e continua de ar aquecido, além de apresentar painel de comando individual permitindo o controle e monitoramento distinto para a preparação de alimentos variados em cada unidade de câmara.
Antecedentes da Invenção É sabido que, atualmente, existem inúmeros modelos de fornos industriais a gás para a preparação de alimentos em geral onde em, especial, os fornos a gás industriais para a preparação de pizzas, esfihas, crepes, entre outros alimentos a base de massa apresentam configurações desenvolvidas para atribuições específicas, ou seja, versatilidade para a regulagem da chama, facilidade de deslocamento e manipulação, dimensional, etc.
Um modelo convencional de forno a gás para a preparação de pizza existente no mercado é produzido pela empresa "Venâncio", o qual é configurado por um cavalete estrutural onde é instalado o gabinete do forno, o qual, por sua vez, é compreendido por caixa de aquecimento de seção transversal retangular dotada de abertura frontal onde é instalada tampa basculante, sendo que na base da dita caixa são previstos os queimadores, os quais são justapostos por placas de pedra refratária.
Verifica-se que dito modelo de forno para a preparação de pizza não apresenta facilidade de deslocamento, principalmente, por apresentar cavalete estrutural do gabinete do forno dificultando, também, a organização espacial de uma cozinha comerciai para as operações durante o preparo do alimento.
Outro inconveniente do referido modelo reside no fato do forno disponibilizar uma única câmara de aquecimento restringindo a alta produtividade de alimentos para a comercialização.
Outros modelos de fornos a gás para a preparação de pizza são desenvolvidos para a justaposição em balcões ou bancadas dos estabelecimentos comerciais, tal como, o forno produzido pela "Mont Car Indústria e Comércio de Máquinas", o qual é configurado por um gabinete de aquecimento de formato paralelepipedal com abertura frontal provida de porta basculante e painel de controle, sendo que a porção interna do gabinete prevê queimadores justapostos por uma pedra refratária. A grande maioria dos fornos industriais a gás compreende cavalete estrutural ou são desenvolvidos para a instalação em bancadas. Geralmente são compostos por câmaras caloríficas ou de aquecimento desprovidas de meios de circulação de ar aquecido onde a cocção do alimento é desenvolvida somente pela irradiação de calor desenvolvida pela pedra refratária e queimadores, promovendo a lentidão no preparo do alimento, bem como, a cocção pardal.
Alguns exemplos de documentos de patentes relativos a fornos a gás industrial são encontrados nos bancos de dados especializados, tais como os documentos MU 7500700-2, PI 9400533-8 e PI 9905037-4, porém, cada qual apresenta soluções distintas das previstas na presente solicitação, principalmente considerando a produção e circulação de ar quente para assar pizzas e massas. O requerente da presente solicitação é um tradicional desenvolvedor e fabricante de fornos a gás cujo principio básico de funcionamento prioriza o principio da "dupla ação", ou seja, a parte interior do alimento em preparo é assada por irradiação calórica (contato) da base ou lastro com o alimento, enquanto que a superior do alimento é assada pela propulsão convergente da caloria que circula do ambiente interno do forno, cuja campânula ou tampa apresenta características tais, que promovem tal circulação.
Resumidamente, a tecnologia de calor introduzida pela patente concedida MU 7800843-3 de 27/04/1998 do mesmo requerente e encontrada nas demais patentes do mesmo titular consistia no seguinte: trata-se de uma tecnologia de calor diferenciada em que o queimador circulante ao lastro, ou seja, periférico e não colocado abaixo deste como comumente acontece, era complementado por uma campânula circular que devido à ondulação do teto conduzia o calor para o lastro formando uma circulação calórica convergente, a qual, após circulação, sai obrigatoriamente por um orifício central, promovendo ação calórica de passagem.
Tais características estão presentes em todos os documentos patenteados e depositados pelo requerente. Completando a tecnologia da ação calórica promovida pelos modelos de forno mencionados, a tampa é articulada em relação à base, articulação esta promovida angularmente entre duas posições, uma em que recobre e outra em que não recobre o bico queimador de gás. É previsto, ainda, um circuito alimentador de gás para o queimador, provido de registro de controle de gás e outros, sendo dita estrutura, em função de suas dimensões, passíveis de ser disposta sobre bancadas ou mesas, com apoio sobre estrutura de pés. Não obstante aos fornos já patenteados o requerente é depositante, também, dos documentos de ns. PI 0902201-5 e PI 0901354-7 cujos aperfeiçoamentos referem-se à otimização da distribuição de ar quente e intensidade de chama.
Tendo em vista a confluência de aperfeiçoamentos para a composição de novos modelos de fornos industriais a gás, dotados do mesmo princípio da mencionada "dupla ação ou convergência da caloria" desenvolvida pelo requerente para a praticidade na cocção dos alimentos, segurança na manipulação, melhoria na produtividade, etc., verificou-se que a configuração dos fornos convencionais desenvolvidos para assentamento em bancada ou qualquer outra superfície plana são impossibilitados de sobreposição vertical para a obtenção de variadas unidades de aquecimento de forma a agilizar a produtividade. Tal dificuldade de empilhamento do modelo provido de cúpula com meios de promover a convecção de ar quente na superfície do alimento deve-se, principalmente pelo fato da saída do ar quente ser canalizada para o centro rebaixado da campânula, dificultando sua dispersão quando do empilhamento.
Além do mais, mencionada sobreposição vertical requerería nova concepção de distribuição e regulação do gás, bem como meios de segurança, entre outros elementos técnicos que não permitiría o simples empilhamento dos fornos a gás já desenvolvidos pelo requerente. Sumário da Invenção Assim, pensando em proporcionar melhorias ao mercado consumidor o requerente desenvolveu forno a gás industrial com múltiplas unidades de câmaras caloríficas independentes.
Devido ao fato de que o orifício de saída do ar quente previstos nos fornos objeto das patentes do mesmo requerente, necessariamente tem que estar centralizado na campânula para que a ação calórica seja homogênea e equilibrada em toda superfície do lastro, a principal inovação ora apresenta se dá ao criar-se um duto que envolve todo o orifício central e se desloca para uma lateral livre da caixa do forno, possibilitando a saída do calor de passagem, o que permite que uma câmara calórica possa ser sobreposta a outra com isolamento térmico, sem alterar a eficácia da propulsão calórica convergente.
Assim sendo, o inovado forno a gás industrial passa a compreender um pedestal idealizado para receber de forma sobreposta e verticalizada duas ou mais unidades de câmaras caloríficas, cada qual compreendida por queimador, base de preparo do alimento ou lastro de formato periférico idêntico ao formato da respectiva câmara, tais como, discoide, quadrangular ou retangular e campânula, por sua vez, dotada de região superior côncava, com pelo menos um orifício de vazão aplicado na porção central rebaixada central, configurando formato idealizado para a propulsão convergente da caloria circulante do ambiente interno da câmara de cozimento, enquanto que a base de aquecimento de cada unidade calorífica promove a irradiação calórica obtida pelos queimadores, compondo a circulação e distribuição continua de ar aquecido para a cocção integral do alimento.
Cada câmara calorífica do forno a gás verticalizado inclui uma tubulação de exaustão de ar independente e idealizada para direcionar o escape do ar aquecido de passagem e convergente, auxiliando a ação calórica contínua. A base de aquecimento ou lastro discoide de cada câmara calorífica é formada por queimador(es) interligado(s) em tubulação de entrada de gás onde são instalados registros e válvula de segurança, sendo que os queimadores contornam o lastro, preferencialmente confeccionado em ferro, enquanto que a campânula é disposta no interior de uma caixa revestida internamente com isolante térmico. A parte frontal da campânula é dotada de abertura frontal onde é instalada uma porta pivotante, comandada por pelo menos um manipulo.
Cada unidade de câmara calorífica do forno a gás inovado possui painel de comando independente instalado no pedestal vertical, painel este que inclui botão de ignição, ajuste fino, 'display' de temperatura e tempo, manômetro e outros componentes controladores. A principal vantagem do inovado forno industrial reside no fato de prever pelo menos duas unidades de câmaras caloríficas instaladas num pedestal verticalizado permitindo a sobreposição de câmaras independentes viabilizando, assim, a produtividade, além de colaborar com a redução do dimensional do forno para a montagem em bancadas ou superfícies planas.
Outra vantagem reside no fato de cada unidade de câmara calorífica prever painel de comando individual, promovendo a independência do controle da cada unidade para a preparação de alimentos com características diferenciadas.
Outra vantagem reside no fato de cada unidade calorífica prever tubulação de exaustão independente de forma a promover o total controle do aquecimento interno de cada câmara.
Breve Descrição das Figuras A estrutura e operação da invenção, juntamente com vantagens adicionais da mesma podem ser mais bem entendidas mediante referência aos desenhos em anexo e à seguinte descrição: A Figura 1 ilustra uma vista em perspectiva do forno ora inovado ilustrando uma opção de arranjo das unidades de câmaras caloríficas; A Figura 2 mostra uma vista em corte longitudinal do forno ilustrando as unidades de câmaras caloríficas independentes; A Figura 3 representa uma vista em corte transversal do forno industrial; A Figura 4 mostra o esquema de funcionamento do inovado forno industrial indicando os componentes elétricos, bem como, os componentes eletrônicos; e As Figuras 5A e 5B revelam vistas frontais de dois arranjos de forno a gás, de acordo com a presente invenção, onde são ilustradas opções de novos arranjos, sem contudo, restringir ou limitar às versões que são meramente ilustrativas.
Descricão Detalhada da Invenção Com referência aos desenhos ilustrados, a presente patente de invenção se refere a "FORNO A GÁS INDUSTRIAL COM MÚLTIPLAS UNIDADES DE CÂMARAS CALORÍFICAS SOBREPOSTAS E INDEPENDENTES", mais precisamente trata-se de forno a gás (1) do tipo para a preparação de alimentos a base de massa, tais como, pizzas, esfirras, etc., e que utiliza, como base de preparo dos alimentos, o arranjo de componentes desenvolvidos pelo próprio requerente, qual seja, a câmara calorífica (CL) formada por queimador periférico (3), base de preparo do alimento ou lastro (4) e campânula (5), cuja configuração compõe a ação calórica continua (Acc) (ver figura 3) compreendida pela somatização da convergência e direcionamento do ar aquecido desenvolvido pela irradiação calórica (Rr) obtida pelos queimadores (3) e propulsão convergente da caloria circulante (Cc).
Segundo a presente invenção, dito forno a gás (1) compreende pedestal verticalizado (PV) idealizado para receber, de forma sobreposta e verticalizada, pelo menos um par de unidades de câmaras caloríficas (CL), as quais são alojadas em estrutura de chapa metálica (6) revestida internamente por material isolante (7), sendo que a cada câmara calorífica (CL) corresponde, na face frontal da estrutura (6), correspondente janela (6a) equipada com porta pivotante (6b) acionada por pelo menos dois manípulos (6c).
Dita estrutura metálica (6) é ladeada por uma segunda estrutura (8), também em chapa metálica, onde são distribuídos os painéis (Pn), sendo um painel para cada câmara calorífica (CL) que inclui, único liga/desliga, para todos os painéis (Pn) e de forma independente controle manual de entrada de gás para a correspondente tubulação (El) que, alojada em interstício espacial (Tl) previsto entre uma câmara calorífica (CL) e outra, devidamente camuflado por tela de proteção ou correlato (T2), alimenta o queimador periférico (3), manômetro, entre outros melhor explicado adiante. O queimador periférico (3), imediatamente associado à tubulação de gás (El) é disposto abaixo da base de aquecimento ou lastro (4), por sua vez, envolvida pela campânula (5) formada por parede vertical (5a) seguida por região superior côncava circundante (5b) que se desenvolve em teto horizontal (5c), a qual prevê na porção central parede angular (5d), direcionada a uma base (5e), por sua vez, provida de orifício (5f) para vazão do ar aquecido convergente (Acc); dita campânula (5) possui, na região frontal, uma abertura (5g) dimensionada para alojar a tampa articulada (6b), a qual, por sua vez, pode ser dotada de visor em vidro temperado (V) (figura 3). A vazão do ar aquecido convergente (Acc) é direcionada para fora (dl) da câmara calorífica (CL) através do orifício (5f) que é plenamente comunicante com a extremidade (9a) de uma tubulação de exaustão (9), a qual é montada acima da campânula (5) e abaixo do revestimento interno superior (7), tendo a extremidade distai livre (9b) direcionada para a porção posterior da estrutura (6), ultrapassando os limites desta através de orifício (6d).
Numa opção construtiva preferencial, os painéis de comando (Pn) instalados na estrutura (8) estão associados a um único botão liga/desliga (2F), sendo que cada painel (Pn) e possui um botão de ignição (2A), um botão de ajuste fino (2B) da entrada de gás na tubulação (El) por meio de registro (Rl), um ‘display' de temperatura (2C), um "display' de tempo (2D), um manômetro (2E) e um botão e indicador da válvula de segurança (2G). O circuito do gás previsto para o forno idealizado com duas câmaras caloríficas (CL) é demonstrado na figura 4 e pode ser definido como apresentando uma única alimentação de gás (AG), cuja tubulação deriva para as válvulas de entrada de gás (El) de cada câmara calorífica (CL), de onde se direcionada para os registros (Rl) e (R2). A partir do registro (R2) o gás é direcionado para um "by pass 2" (Bps2), enquanto que a partir do registro (Rl) o gás é direcionado para a válvula de segurança (VI) antes de adentar ao circuito de alimentação propriamente dito, na sequencia passa pelo registro (R3) de onde direciona o gás para o comando de ajuste fino (Fl), que controla manualmente a vazão de gás que entra na válvula de máx/min (V2). Esta válvula (V2) é de acionamento mecânico e libera o mínimo de gás "by pass 1" (Bpsl) na câmara calorífica (CL) quando a porta (6b) apresentar posição aberta, e libera o máximo de gás quando a mesma estiver em posição fechada. O gás do circuito é liberado e segue monitorado por um manômetro (Ml) e seguindo para o queimador (3), sendo que o circuito é monitorado pelo termopar (T3). O termopar (T3) é interligado a válvula de segurança (VI) que libera o gás, quando existir chama. O termopar (TJ) é interligado a placa eletrônica (10a) que, por sua vez, interconecta-se ao transformador (10) e ao temporizador (10c), bem como a um termômetro (lOd). A ignição de cada unidade de câmara de calorífica (CL) é definida pelo acionamento de um “microswith" ou de dispositivo eletroeletrônico ou mecânico (11) equivalente somente quando ocorre a abertura da porta basculante (6b).
Devido ao fato de que o orifício de saída do ar quente previstos nos fornos objeto das patentes do mesmo requerente, necessariamente tem que estar centralizado na campânula para que a ação calórica seja homogênea e equilibrada em toda superfície do lastro.
Assim sendo, a solução técnica prevê que a tubulação de exaustão (9) envolve todo o orifício central (5f) e se desloca para uma lateral livre da câmara calórica (CL), possibilitando a saída do calor de passagem, o que permite que uma câmara calórica (CL) possa ser sobreposta a outra com isolamento térmico, sem alterar a eficácia da propulsão calórica convergente. É certo que quando o presente invento for colocado em pratica, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada não teve a finalidade de limitação.
REIVINDICAÇÕES