Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "LACRE PA- RA UM INDICADOR DE ROTAÇÕES".
A presente invenção refere-se a um lacre para um indicador de rotações, com um alojamento protetor, essencialmente em formato cilíndri- co, no qual, para montar o indicador de rotações no alojamento do câmbio de um veículo automotor, são configurados uma superfície de flange e mei- os de conexão roscada, sendo que a superfície de flange subdivide o aloja- mento protetor em um segmento de sensor e em um segmento de soquete e o referido segmento de soquete possui uma peça sextavada para receber uma ferramenta de rosqueamento, sendo esta peça sextavada recuada em relação à superfície de flange.
Com um indicador de rotações desta espécie que pode ser preso no local da medição através de rosqueamento, geralmente está uni- do de forma inseparável com o alojamento protetor um engaste de encai- xe. Nesta hipótese, a transferência dos valores medidos, por exemplo, até um tacógrafo, verifica-se por meio de um cabo com várias fios, que tam- bém abrange linhas para o suprimento de energia do indicador de rotações e que através de uma porca de sobrepor é preso de modo separável no engaste de encaixe.
Como em conexão com tacógrafos sempre existe o perigo da manipulação dos valores medidos, a fim de apresentar, por exemplo de for- ma enganosa a observância dos tempos de parada legalmente estipulados ou para simular uma velocidade abaixo da velocidade com que realmente o veículo está se deslocando, tendo em vista que as manipulações basica- mente não podem ser evitadas, no conjunto de meios de transferência de valores medidos acima mencionados são comuns várias medidas, com as quais alterações nos meios de transferência dos valores medidos podem ser comprovadas e as ações neste sentido podem ser dificultadas. Isto quer dizer, que ao cabo está alocado uma cobertura protetora blindada; a porca de sobrepor e o indicador de rotações são protegidos através de uma arame de lacrar, que pode ser preso por meio de um lacre de chumbo.
Pelo emprego de processos de transferência mais novos, por exemplo, um processo no qual pelas transferências dos valores medidos na forma convencional e com a transferência adicional de um conjunto de da- dos codificados, formado a partir dos valores medidos, sendo que no tacó- grafo é realizado um teste quanto à autenticidade dos impulsos dos valores medidos, transferidos dentro de um espaço de tempo definido, o uso de prá- ticas de manipulação convencionais pode ser comprovado com alto grau de probabilidade, de maneira que com relação ao trabalho de fabricação e de montagem uma redução considerável é proporcionada pelo fato de que se pode dispensar a previsão de um lacre para a porca de sobrepor e o uso da cobertura protetora blindada.
Com o processo de transferência mencionado, todavia, não se pode comprovar que no caso da bateria do veículo ser removida, o indicador de rotações tenha sido parcialmente girado para fora ou tenha sido afastado do local de sua montagem, sendo que o circuito de transferência do valor medido permanece fechado ou é em seguida novamente fechado e através de um simulador de deslocamento, que pode ser unido com o indicador de rotações, tenha sido simulado uma função correta bem como a observação de normas legais. Isto quer dizer que o indicador de rotações, ou seja, o seu alojamento protetor precisam continuar a ter o lacre, sendo que na aplicação convencional do lacre através de um arame e lacre de chumbo, além dos cuidados necessários ao passar o arame pelos ilhoses previstos no aloja- mento do câmbio e no alojamento protetor do indicador de rotações e a ma- nipulação com um alicate de lacrar, em muitas situações de montagem exis- tem consideráveis obstáculos e dificuldades, devendo assim ser levado em conta um grande esforço para a montagem.
Constitui, portanto, uma tarefa da presente invenção de lacrar um indicador de rotações desta espécie, no seu local de montagem, com um menor esforço e com uma função confiável do lacre.
A solução desta tarefa é obtida por um lacre que é configurado como luva sextavada de plástico de tal modo, que pode ser unido essenci- almente por união positiva com a peça sextavada do alojamento protetor e onde ao menos em um elemento de parede do lacre está configurado um elemento de encaixe, alocado a face frontal da peça sextavada, projetada na direção do segmento do sensor do alojamento protetor.
A vantagem decisiva da invenção reside no fato de que o lacre é configurado como luva sextavada e pode ser encaixada sobre o alojamento protetor do indicador de rotações em direção axial, ficando presa na peça sextavada. Isto quer dizer que é apenas necessário um único componente que pode ser montado sem ferramenta, sendo que a montagem correta rela- tivamente ao posicionamento correto do lacre no alojamento protetor, verifi- ca-se pelo tato, ou eventualmente também por sinal acústico. No caso, o lacre é configurado de tal modo que forma uma união positiva amplamente isenta de folga, ou com uma certa tensão básica, com a peça sextavada, estando, portanto, excluída uma remoção isenta de danos por meio de ex- pansão do lacre.
Por outro lado, o lacre produzido de plástico, por exemplo, de uma polieterimida resistente a elevadas temperaturas, na tentativa de soltar o indicador de rotações através de uma ferramenta comum, uma chave de soquete ou uma chave de boca, em virtude do momento de aperto extre- mamente elevado com o qual o indicador de rotações normalmente é preso, é inevitável o aparecimento de danos neste lacre. O exemplo de execução a seguir descrito mostra como o lacre pode ser adicionalmente configurado de modo que na aplicação de uma ferramenta comum é certamente danificado, não oferecendo êxito a produção de uma ferramenta especial, por exemplo em formato de alicate.
A seguir a invenção será explanada mais detalhadamente com base em desenhos. As figuras mostram:
Figura 1 - Vistas dos componentes do indicador de rotações na sua seqüência de montagem, a serem interligados no local da montagem, Figura 2 - vista superior do lacre da invenção, em direção axial, Figura 3 - corte ao longo da linha de intersecção A-A na figura 2, Figura 4 - vista em perspectiva do lacre com uma vista para a face frontal, afastada da superfície de flange do alojamento protetor,
Figura 5 - vista em perspectiva do lacre com uma vista para a face frontal, montada na direção da superfície de flange do alojamento pro- tetor.
A representação geral da figura 1 apresenta um indicador de rotações 2, rosqueado no elemento da parede 1 de um alojamento de câm- bio, sendo que o alojamento protetor 3 do indicador de rotações 2 é configu- rado de forma escalonada. Isto quer dizer, que uma superfície de flange 4 subdivide o alojamento protetor 3 em um segmento de sensor 5 que no es- tado montado do indicador de rotações 2, penetra no interior do alojamento do câmbio, e um segmento de soquete 6, existente fora do alojamento do câmbio. Neste soquete está configurada uma peça sextavada 7 e está preso um engaste de encaixe 8, por exemplo, através de rebordamento, sendo que vários ressaltos, um dos quais designados pelo número 9, servem de proteção contra giro. O número 10 designa um filete de rosca por meio do qual o indicador de rotações 2 está preso no elemento de parede 1 normal- mente com utilização com uma arruela intercalada 11.0 número de referên- cia 12 designa uma tampa não magnética, alocada no lado frontal do seg- mento do sensor 5, que encobre os meios de medição, por exemplo, um conjunto de gerador Hall/ímã permanente. As estruturas de conexão tipo Renk, configuradas no engaste do encaixe 8, servem, de modo conhecido, para fixar uma porca de sobrepor 14, com a qual um encaixe 16 que fecha um cabo 15 de vários fios é retido no engaste de encaixe 8 do indicador de rotações 2. O exemplo de execução mostrado na figura 1 apresenta, além disso, uma peça de aperto 17, que serve para o alívio da tração que, por exemplo, está configurada em forma de duas conchas e que após reter as duas conchas, prende, por um lado, o cabo 15, e por outro lado ultrapassa um colar, configurado no encaixe 16. Isto significa, que com o indicador de rotações 2 pode ser unido um conjunto 18, previamente montado, consistin- do no cabo 15 unido com o encaixe 16, da porca de sobrepor 14 posiciona- da de modo frouxo sobre o encaixe 16 e com a peça de aperto 17 que não é obrigatoriamente necessária. Antes disso, todavia, o lacre 19 deverá ser a- xialmente colocado sobre o segmento do soquete 6, sendo que o lacre 19 encaixa com o segmento de soquete 6 mencionado. Dessa forma elementos de encaixe 22, 23, 24 e 25 perfilados no lacre 19, configurado como uma luva sextavada, engatam em elementos de parede 20, 21 opostos do lacre 19, por trás da face frontal 26 da peça sextavada 7, projetada na direção do segmento de sensor 5. A fim de possibilitar esta ação com relação ao lacre 19, configurado em união positiva em relação à peça sextavada 7, o lacre 19 é configurado de modo elástico. No caso, como pode ser de preferência ve- rificado na figura 2, os elementos de parede 27, 28, 29, e 30, contíguos aos elementos de parede 20, 21, estão em contacto recíproco através de regi- ões de passagem 31, 32, 33 e 34 arqueados para o exterior. As regiões de passagem 31, 32, 33, 34 estão encobertas frontalmente por meio de lóbulos 35, 36, 37, 38 que formam uma proteção contra engate, ou seja comparti- mentos ocos, não designados mais detalhadamente, formados com relação a uma comprovação de engate relativamente as regiões de passagem 31, 32 33, 34 arqueadas. Da mesma maneira, caso não deva ser danificado, um colar parcialmente circunferencial no lacre 19, ou seja um colar 39, 40 de duas seções, evita o emprego de uma chave de soquete que possui recortes para as regiões de transferência 31, 32, 33, 34, visando soltar a conexão rosqueada do indicador de rotações 2.
Obstáculos com relação à aplicação de uma ferramenta ou difi- culdades tendo em vista a produção de uma ferramenta especial, por exem- plo, em formato de alicate, são constituídos por saliências 41, 42, 43, 44, 45, 46 em formato de linguetas, projetadas para fora e configuradas nos ele- mentos de parede 27, 28, 29, 30, bem como nervuras 47, 48, configuradas nas arestas de intersecção dos elementos de parede 27, 29 bem como 28, 30 que estão interligadas sem elasticidade. Naturalmente, nos elementos de parede 20, 21, 27, 28, 29, 30 podem ser configuradas várias saliências e eventualmente em formato diferente, a fim de dificultar a produção de uma ferramenta prevista para fins de manipulação, ou seja, para reduzir a super- fície de apoio de uma ferramenta deste tipo em tal extensão que a compres- são superficial, que surge em virtude do elevado momento necessário para a soltura de um indicador de rotações 2, é tão grande que se verifica uma deformação na superfície de apoio da ferramenta correspondente e desta maneira pode ser comprovado uma tentativa de manipulação. Elementos de encaixe 49, 50, 51, 52 secundários, axialmente defasados em relação aos elementos de encaixe 22, 23, 24, 25, e que não exercem função no posicio- namento correto do lacre 19 no indicador de rotações 2, representam uma medida adicional para impedir a remoção axial do lacre 19 isento de danos. Estes componentes passam a funcionar quando mediante aproveitamento de folga e uma determinada deformabilidade elástica tivesse sido possível desengatar os chamados elementos de encaixe primários 22, 23, 24, 25 sem danificar o lacre 19.
Deve-se ainda mencionar, que o lacre 19 encobre amplamente o segmento do soquete 6 do indicador de rotações 2, podendo ser montado de modo autotravante apenas por encaixe. No caso, o processo de encaixe sobre a peça sextavada 7 e facilitado pela conicidade necessária de des- moldagem bem como pelos recortes livres 53, 54, 55, 56. Os recortes livres53, 54, 55, 56, além disso, estão também previstos para que o lacre 19 tam- bém possa ser empregado quando o indicador de rotações 2 estiver monta- do em ângulos ou em recessos estreitos do alojamento do câmbio. Uma lingueta designada pelo número 57 está prevista para a colocação de uma marcação.