WO2023097380A1 - Processo de fabricação de estojo de munição e estojo de munição - Google Patents

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André Viegas Wentz
André WEIJH
Claudio Wietky JÚNIOR
Frederico Eggers
Gláucio De Almeida CARVALHO
Marcelo MORENO
Vinicius CABREIRA
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Abstract

A presente invenção se insere no campo da indústria armamentista e metalúrgica, bem como nos campos da engenharia de materiais e engenharia química. Mais especificamente, a presente invenção se refere a um novo estojo de munição compreendendo polímero reforçado e seu processo de fabricação. O estojo de munição serve para receber a pólvora para que possa ocorrer a explosão dentro do cano da arma. A tecnologia proposta reduz a quantidade de componentes a serem pré-fabricados e processos de montagem no produto, produzindo um estojo completo, direto no ato da injeção do termoplástico, podendo-se utilizar, também, uma injeção bi-componente. Com isso, a porção do aro da gola pode ser feita totalmente em material polimérico reforçado por fibras, o que reduz o peso do item e tem benefícios à vida útil do armamento na região do ferrolho.

Description

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE ESTOJO DE MUNIÇÃO E ESTOJO DE MUNIÇÃO
SETOR TECNOLÓGICO DA INVENÇÃO
[001 ] A presente invenção se insere no campo da indústria armamentista e metalúrgica, bem como nos campos da engenharia de materiais e engenharia química.
[002] Mais especificamente, a presente invenção se refere a um novo estojo de munição compreendendo polímero reforçado e seu processo de fabricação. O estojo de munição serve para receber a pólvora para que possa ocorrer a explosão dentro do cano da arma. O estojo de munição é fabricado a partir de dois polímeros, compreendendo reforços metálicos.
ESTADO DA TÉCNICA CONHECIDO
[003] A pólvora é datada de 700 a.C. e seu primeiro uso foi realizado na China. Assim, cientistas e pesquisadores chineses criaram diferentes tipos de armas de fogo incluindo lanças de fogo de alma lisa de um único tiro, armas de canos múltiplos, foguetes de artilharia de lançamento múltiplo e o primeiro canhão no mundo feito de bronze modelado. As primeiras armas de fogo são datadas do século XII, na China, onde foi utilizada pela primeira vez a pólvora para combate. Assim, as primeiras armas de fogo são conhecidas como canhões. A partir disso, muito foi pesquisado para que as armas de fogo chegassem portáteis e, especialmente, nos modelos atuais.
[004] Quando a arma de fogo surgiu na Europa, no século XIV, o estilo se espalhou pelo resto do continente asiático e no oriente médio. Logo foi adaptada para poder ser utilizada em combates individuais, as conhecidas armas de fogo portáteis de hoje. As primeiras, foram caracterizadas por serem curtas, com grande dificuldade de manuseio, se assemelhando com os canhões de mão.
[005] A arma de mão portátil se desenvolveu ao longo dos anos, e começou a ser separada em diferentes classes, geralmente divididas por seu tamanho e precisão. Ainda por volta do século XIV, surgiu a arcabuz no sacro império germânico, na região da hoje Alemanha. A arcabuz ficou conhecida como sendo uma das primeiras armas de fogo portátil a ser utilizada pela infantaria. Era caracterizada por ser longa, pesando em torno de cinco quilogramas e um alcance de até 800 metros, mas com baixa precisão, sendo mais utilizadas contra alvos a no máximo 150 metros de distância.
[006] No século XIX foi quando se deu um dos maiores picos de desenvolvimento armamentista da história. Como foi uma época de muitas guerras, alguns países viram uma grande oportunidade no desenvolvimento de novas tecnologias. Segundo o livro Brothers in Arms, a Guerra da Sucessão (1861 -1865) notou-se que, as batalhas eram decididas pela tecnologia de cada batalhão, notou-se que o exército da união obteve vantagens sobre o inimigo, uma vez que dispunha de mais rifles, com carregamento mais rápido por serem carregados pela culatra, e o exército dos confederados dispunha de mosquetes, que eram carregados pela frente, apresentando um carregamento mais demorado.
[007] No início do século XX, as armas de fogo portáteis já contavam com carregadores descartáveis, sendo utilizadas, pela primeira vez, na Primeira Guerra Mundial. Onde os exércitos já contavam com rifles e metralhadoras. Na Segunda Guerra, houve mais um pico de desenvolvimento armamentista, e surgiu a submetralhadora. No final da Segunda Guerra Mundial, ainda surgiram os rifles de assaltos. Ditos rifles de assalto nasceram na Alemanha Nazista, e foi inspirada na necessidade de que, diferente da Primeira Guerra Mundial, onde foi muito utilizada as trincheiras, na Segunda Guerra Mundial, devido a movimentação de tanques e carros blindados, as tropas não poderiam ficar estabelecidas em um só local, exigindo uma arma mais leve e precisa para a movimentação dos combatentes. A Sturmgewehr 44, o primeiro rifle de assalto, foi utilizada pelos alemães e se resume em uma mistura da precisão e poder de fogo dos rifles tradicionais, com o fogo automático das metralhadoras.
[008] A evolução na indústria armamentista trouxe consigo significativos esforços no desenvolvimento de tecnologias focadas para a otimização de processos de fabricação de estojos de munição, bem como para a otimização de seu material constituinte. Além de servir como um contentor para a pólvora, o estojo de munição também serve para vedar a câmara da arma no momento do disparo, focando a expansão dos gases para impulsionar o projétil. Adicionalmente, o estojo de munição também serve de suporte para montagem da espoleta e projétil. O estojo juntamente com o projétil e propelente formam a munição que é usada na parte interna do cano da arma.
[009] O estojo de munição é convencionalmente fabricado em latão, por conta de sua ductilidade, resistência mecânica e à oxidação. Nesses casos, o estojo de munição é fabricado a partir de conformação que produz a forma do produto e encrua o material, aumentando sua resistência e criando um gradiente de durezas em regiões onde o trabalho a frio foi maior. Para que exista uma região com capacidade de alongamento no extremo de fixação do projétil, é feito um tratamento térmico de recozimento desta região. [010] Pelas razões citadas acima, pesquisadores foram motivados a buscar processos e geometrias que viabilizassem a fabricação de um estojo de munição tipo cartucho, em um único componente, e que tenha uma porção polimérica com diferentes propriedades mecânicas ao longo de seu comprimento. Para isso, a indústria armamentista vem estudando a fabricação de estojos em material polimérico, possibilitando ser produzido por injeção, em um único componente, se utilizando de insertos metálicos para aumentar sua resistência estrutural na região da cabeça.
[01 1] Entretanto, para que seja possível produzir um estojo de munição em material polimérico, é necessário contornar as limitações dos processos de fabricação existentes. No processo de moldagem por injeção, peças com partes ocas inevitavelmente precisam de uma parte do molde, chamada de macho, para fazer a porção interna da cavidade da peça. Após a injeção, esse macho precisa ser removido da peça, e para tal, é usado um ângulo de extração no componente moldado, como um cone dentro de outro, para que o macho possa sair pela maior abertura da peça. No caso de munições, a geometria do estojo de munição pode ser tal que, a entrada deste cone é onde é montado o projétil. O formato deste tipo de munição é chamado de cônico ou de “garrafa”. Na parte posterior, chamada de cabeça, é montada a espoleta e é a região por onde o armamento manipula o estojo para inserir e remover o mesmo da câmara. Em razão destas limitações geométricas, uma das formas atualmente usadas no estado da arte para moldar um estojo de munição por injeção é fazê-lo sem a cabeça, com o macho do molde de injeção entrando por esta abertura. A posteriori é montado um componente avulso para atuar como a cabeça do corpo injetado, isto é, o estojo de munição compreende duas partes (uma descontinuidade), sendo uma a porção do corpo com o pescoço e o ombro, e a outra, a cabeça (material avulso).
[012] Para que a munição possa ser manipulada pelo armamento, uma porção do estojo de munição fica para fora do cano, expondo o aro da gola que é usado pelo ferrolho do armamento como um engate. Em razão dessa porção da cabeça da munição não estar suportada pelo cano, esta deve ter resistência mecânica para suportar sozinha a pressão da expansão dos gases. Desta forma, preferencialmente, um estojo de munição em material polimérico deve ter a cabeça em material de maior resistência que o usado na porção do corpo.
[013] No outro extremo, para que a munição vede a câmara de combustão, a porção que segura o projétil deve ser dúctil, para se alongar e se apoiar na câmara da arma, impedindo o fluxo de gases quentes provenientes da queima do propelente no sentido da cabeça do estojo.
[014] As tecnologias atualmente existentes no estado da técnica apresentam uma gama de problemas, que são atualmente resolvidos pela presente invenção. Dentre elas, são conhecidos processos de fabricação de munição em que o estojo é obtido como uma peça de duas partes (corpo e cabeça), aumentando o número de etapas processuais pelo fato de demandar duas ou mais etapas de injeção de material polimérico (ou metálico), etapas de colagem e outras demandas por consequência da construtividade do estojo de munição em duas partes - aumenta-se a complexidade do processo. Esse problema se deve, em grande parte, devido à dificuldade de extração do molde macho através da abertura menor do estojo de munição e, como alternativa, é extraído pela abertura maior. Consequentemente, a construção do estojo de munição em duas partes (corpo e cabeça) é necessária, resultando, ainda, em um estojo de munição pouco resistente mecanicamente por apresentar duas partes coladas. Para solucionar o problema de construtividade do estojo de munição em duas partes, alguns processos fazem uso da técnica do macho colapsável, em que o molde macho é formado por uma pluralidade de peças menores que são manualmente desmontadas para facilitar sua remoção através da abertura menor do estojo de munição. No entanto, esse tipo de processo causa como problema a baixa produtividade, pois envolve etapas manuais. Ademais, nos processos atualmente conhecidos existe a utilização de insertos (para reforço mecânico da cabeça do estojo de munição) pouco eficientes em receber a pressão da expansão do propelente em seu interior, transferindo de maneira heterogênea as forças para o ferrolho. Ainda, significativos processos de fabricação fazem uso de materiais metálicos como constituintes da cabeça do estojo de munição, contribuindo para o desgaste o armamento e, consequentemente, reduzindo sua vida útil. Para melhor compreensão dos problemas técnicos, são descritas, a seguir, as tecnologias do estado da tecnicamente atualmente existentes.
[015] O documento W02020028187A1 , por exemplo, revela que uma maneira de se produzir o estojo de munição polimérico seria dividir o corpo da munição em duas partes e fazer a seção da cabeça em material metálico. Esta abordagem resolve o problema de resistência mecânica para suportar a expansão dos gases e resistência mecânica do aro da gola, porém, além de não ser a opção de menor peso, cria um ponto de descontinuidade na rigidez do estojo.
[016] O documento US10704876B2, por sua vez, ensina que outra forma de fabricação possível seria a injeção realizada com o reforço de cabeça sobre injetado, onde a porção do ombro e pescoço é conformada a quente. Entretanto, o produto deste processo é uma pré-forma da munição, que posteriormente é conformada na região do ombro e pescoço.
[017] Uma forma de resolver a dificuldade de extração do macho do molde por uma abertura menor que a porção interna da munição, é divulgada no documento US10072916B2, em que é descrita a utilização da técnica de Macho Colapsável, ou Retractable Core Mandrel. Nesta, o macho é formado por múltiplas peças com tamanho menor que a entrada pelo pescoço, e que se desmontam no momento de extrair as mesmas de dentro do estojo. Esse documento do estado da técnica não demonstra o mecanismo para que o macho opere automaticamente. Da forma como é ilustrada a montagem do macho, este é desmontado de dentro da peça injetada e as partes são removidas, uma a uma, e remontada manualmente. Essa abordagem possibilita a formação da geometria do estojo, porém em uma escala de fabricação muito baixa, que não viabiliza a comercialização do item. Esta tecnologia também cita um inserto metálico para formar a região da cabeça, sendo que dito inserto cobre a porção não suportada da cabeça, a região do aro da gola e o bolso da espoleta.
[018] Considerando os problemas técnicos ora descritos nas tecnologias do estado da técnica, notou-se que apesar de serem conhecidas soluções para os mesmos, os processos de fabricação de estojo de munição polimérico são falhos em apresentar uma solução onde se aplica a injeção juntamente com reforços metálicos nos pontos ideais do estojo. Ademais, as soluções conhecidas no estado da técnica propõem processos que dividem o estojo ou somente solucionam a retirada do macho. Com isso, as soluções encontradas causam uma diminuição na resistência e um aumento no custo de fabricação dos estojos. Assim sendo, se entende que seja necessário o desenvolvimento de uma solução que tenha como características principais a simplificação do processo e a utilização de material com maior resistência estrutural, gerando maior facilidade de fabricação.
Novidade e objetivos da invenção
[019] O presente invento apresenta uma solução para sanar os problemas de produção de estojo de munição polimérico. A tecnologia proposta reduz a quantidade de componentes a serem pré-fabricados e processos de montagem no produto, produzindo um estojo completo, direto no ato da injeção do termoplástico, podendo-se utilizar, também, uma injeção bi-componente. Com isso, a porção do aro da gola pode ser feita totalmente em material polimérico reforçado por fibras, o que reduz o peso do item e tem benefícios à vida útil do armamento na região do ferrolho. Esta região em armas automáticas recebe o esforço de impacto do estojo metálico e sofre desgaste com o tempo. Quanto menor a dureza nesta interface da munição, menor os danos causados à face de apoio do ferrolho.
[020] Para isso, a invenção pode ser dividida em três características inovadoras que viabilizam, juntas ou separadas, uma munição de alta performance. A primeira, a fabricação por injeção usando um núcleo fundível, ou consumível. O uso da injeção bicomponente com placa de intervalo para obtenção de gradiente de transição entre dois polímeros na própria peça. E por fim, a adição de inserto sobreinjetado na região não suportada da cabeça da munição.
[021] Preferencialmente, o núcleo fundível é produzido por conformação. Dessa forma é possível fundir uma grande quantidade de liga metálica, resfriá-la de uma só vez, cortar o material e envia-lo para linha de prensas conformadoras que irão fabricar os núcleos numa escala muito superior a injeção de metais. O processo também tem a vantagem de reaproveitar equipamentos e expertise tradicionais da linha de fabricação de munições de latão, facilitando a entrada deste novo produto no portfolio dos fabricantes.
[022] A injeção bicomponente possibilita alcançar uma redução de peso inédita na arte atual. Usando um dos canhões da injetora carregado com polímero dúctil, adequado à região posterior da munição, onde o projétil é fixado, e o outro carregado com polímero reforçado por fibras, ideal para a região onde a resistência a tração é a propriedade necessária para viabilizar a operação da munição. Uma forma de utilização desta tecnologia é a injeção usando uma placa de intervalo para fazer a mistura entre os polímeros durante a troca dos canhões. Desta forma é possível produzir uma transição contínua, sem emendas, entre os materiais.
[023] Ademais, a injeção de maneira bicomponente com placa de intervalo permite que ocorra uma mistura entre os polímeros durante a transição entre os canhões. Essa mistura forma um gradiente onde a variação de propriedade ao longo da peça varia de forma contínua.
[024] Por último, a invenção propõe um novo inserto metálico para a região da cabeça. O invento propõe um componente metálico que tem apenas a função de reforçar o estojo na região da cabeça, região onde a munição não tem suporte radial da câmara do armamento. Este inserto tem uma geometria tal que recebe a pressão da expansão do propelente em uma porção cilíndrica côncava, para transferir homogeneamente as forças para o ferrolho, através de uma porção cilíndrica reta, localizada apenas ao redor do bolso da espoleta. No conhecimento dos inventores, não existem insectos metálicos com esta geometria que sejam usados em estojos de munição, muito menos fabricados pelos métodos de núcleo perdido e sobre injetados com o método de bicomponente.
[025] Ademais, ainda é apresentado uma munição do tipo cartucho de baixo peso compreendendo o estojo fabricado pelo processo anterior, projéteis, uma espoleta iniciadora e uma carga de propelente contidos por este estojo. A munição usada em armamentos de diversos calibres, de forma automática, semiautomática ou manual. É mais comumente usada em armamentos militares, mais especificamente em metralhadoras e rifles. O produto é um estojo leve que reduz substancialmente o uso de materiais metálicos a fim de obter a máxima redução de peso possível. Essa redução de peso tem como objetivo principal ganhos logísticos no transporte de grandes quantidades de munição.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[026] Em um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um processo de fabricação de um estojo de munição compreendendo as seguintes etapas: produção de um núcleo, dita etapa compreendendo as seguintes subetapas: pré fabricação do núcleo; produção de um inserto metálico, dita etapa compreendendo as seguintes subetapas: usinagem do inserto metálico;
Preparação do estojo de munição, dita etapa compreendendo as seguintes subetapas: adição do núcleo, produzido conforme etapa anterior, e do inserto metálico, produzido conforme etapa anterior, em um molde; injeção de um fluido de injeção no molde, dito molde compreendendo o núcleo e o inserto metálico; esfriamento e solidificação do fluido de injeção; remoção da cavidade, e obtenção de um conjunto, dito conjunto compreendendo o estojo de munição e o núcleo inserido neste; remoção do núcleo do estojo de munição através de meios que alteram sua integridade estrutural ou o estado físico do dito núcleo de sólido para líquido, obtendo-se um núcleo no estado líquido; reciclagem do núcleo no estado líquido, dita etapa compreendendo as seguintes subetapas; escorrimento do núcleo no estado líquido em um recipiente; e solidificação do núcleo no estado líquido, obtendo-se o núcleo, e retomo do núcleo para a primeira etapa do processo, sendo que as etapas de produção núcleo e do inserto metálico ocorrem paralelamente, e sendo que o núcleo é fundível, ou consumível.
[027] Em um segundo aspecto, a presente invenção se refere a um estojo de munição obtido por meio do processo ora descrito, dito estojo de munição compreendendo uma porção de cabeça e uma porção de corpo, dita porção de cabeça tendo uma extremidade formada por um aro, sendo que dito estojo de munição compreende a porção de corpo e a porção de cabeça confeccionadas em peça única (contínua), e sendo que dito estojo de munição compreende um inserto metálico (2) na porção de cabeça.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[028] A fim de que a presente invenção seja plenamente compreendida e levada à prática por qualquer técnico deste setor tecnológico, a mesma será descrita de forma clara, concisa e suficiente, tendo como base os desenhos anexos, que a ilustram e subsidiam abaixo listados.
[029] Figura 1 Fluxograma do processo de fabricação do estojo;
[030] Figura 2 representa uma vista em perspectiva do inserto metálico;
[031] Figura 3 representa uma vista em corte da base da munição;
[032] Figura 4 representa uma vista em corte lateral da munição.
[033] Figura 5 representa possíveis disposições do gradiente de mistura do polímero A e B.
[034] Figura 6 representa uma imagem do núcleo fundível, preso ao estojo recém injetado, imediatamente antes do passo S36 onde o material metálico é derretido e retirado do estojo.
[035] Figura 7 representa uma imagem de uma possível configuração do molde de injeção com duas cavidades onde é visto o núcleo, o inserto metálico montados nas cavidades, suas gavetas e canais de injeção. [036] Figura 8 fluxograma de uma variação do processo de fabricação do estojo.
Figure imgf000011_0001
[037] Em um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE UM ESTOJO DE MUNIÇÃO (1 ) compreendendo as seguintes etapas:
(51 ) produção de um núcleo (6), dita etapa (S1 ) compreendendo as seguintes subetapas:
(S11 ) pré fabricação do núcleo (6);
(52) produção de um inserto metálico (2), dita etapa (S2) compreendendo as seguintes subetapas:
(S21 ) obtenção do inserto metálico (2) por usinagem, injeção, sinterização ou conformação;
(53) preparação do estojo de munição (1 ), dita etapa (S3) compreendendo as seguintes subetapas:
(531 ) adição do núcleo (6), produzido conforme etapa (S1 ), e do inserto metálico (2), produzido conforme etapa (S2), em um molde (7) ;
(532) injeção de um material de moldagem do estojo (1 ) no molde (7), dito molde (7) compreendendo o núcleo (6) e o inserto metálico (2);
(533) esfriamento e solidificação do material injetado da etapa (S32);
(534) remoção do molde (7), e obtenção de um conjunto (8), dito conjunto (8) compreendendo o estojo de munição (1 ) e o núcleo (6) inserido neste;
(S36) remoção do núcleo (6) do estojo de munição (1 ) através de meios que alteram sua integridade estrutural ou o estado físico do dito núcleo (6) de sólido para líquido ou para um gás, obtendo-se um núcleo (6) no estado líquido ou gasoso; e obtenção do estojo de munição (1 ).
(54) reciclagem do núcleo (6) no estado líquido, dita etapa (S4) compreendendo as seguintes subetapas;
(S41 ) escorrimento do núcleo (6) no estado líquido em um recipiente; e
(S44) solidificação, obtendo-se o núcleo (6), e retorno deste para a etapa (S11 ), sendo que as etapas (S1 ) e (S2) ocorrem paralelamente, e sendo que o núcleo (6) é fundível ou consumível.
[038] Para fins de melhor compreensão da presente invenção, bem como seu escopo, o termo “fundível” se refere a uma modalidade da presente invenção em que o núcleo (6) é um núcleo (6) fundível, isto é, pode ser fundido por meio de aquecimento em temperaturas que sejam equivalentes ou superiores à sua temperatura de fusão.
[039] Para fins de melhor compreensão da presente invenção, bem como seu escopo, o termo “consumível” se refere a uma modalidade da presente invenção em que o núcleo (6) é um núcleo (6) consumível, isto é, pode ser solubilizado por meio da utilização de solventes ou sublimado.
[040] Conforme a figura 1 , o processo compreende a etapa (S1 ) de produzir o núcleo (6), em paralelo com a etapa (S2) de produzir o inserto metálico (2), seguido da etapa (S3) de produzir o estojo de munição (1 ).
[041] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a pré-fabricação do núcleo (6) compreendida na subetapa (S11 ) compreende as técnicas de fundição, injeção de metais, fundição centrífuga, manufatura aditiva, sinterização, conformação mecânica ou qualquer método que produza o componente em material metálico, sendo preferencialmente a técnica de conformação mecânica ou a injeção de metais.
[042] Em uma forma preferencial e não restritiva da invenção, o núcleo (6) é feito através do método de conformação mecânica (S11 ), onde uma pré-forma semiacabada feita de um material com temperatura de fusão inferior à temperatura de amolecimento do material de moldagem na subetapa (S32) é enviada para uma linha de prensas de conformação. Com isso, a pré-forma será prensada, deformada e moldada por matrizes até criar a geometria do núcleo (6).
[043] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a etapa (S1 ) opcionalmente compreende uma subetapa (S12) subsequente à subetapa (S11 ), dita subetapa (S2) compreendendo a usinagem do núcleo (6) oriundo da subetapa (S11 ). A usinagem do núcleo (6) consiste em obter a matéria prima do núcleo em uma pré-forma adequada para o torneamento. Tornear usando equipamento manual ou controlado por computador removendo material até obter a geometria final do núcleo (6). Ajustar o dimensional até a tolerância desejada por métodos de retifica ou polimento, conforme necessário. Após ser obtido na subetapa (S11 ) ou pela subetapa (S12), o núcleo (6) é enviado ao molde (7) que receberá o material de moldagem na etapa (S3) de preparação do estojo de munição (1 ).
[044] Em paralelo, na etapa (S2) de produção do inserto metálico (2) é realizada a subetapas (S21 ) de usinagem do inserto metálico (2), seguida da subetapa (S22), adicional e opcional, de inspeção e refino.
[045] Com relação à subetapa (S21 ), a usinagem do inserto metálico (2) é realizada através de métodos de torneamento e fresamento, conforme necessário, podendo ser realizado em equipamento de operação manual ou por controle numérico. Esta etapa busca obter a peça no limite superior da tolerância para posterior refino até a cota nominal.
[046] Com relação à subetapa (S22), a inspeção e refino do inserto metálico (2) é realizada através de métodos manuais ou automáticos de verificação de cotas críticas de montagem e posterior polimento e/ou retificação. Após finalizado, o inserto metálico (2) é enviado ao molde (7), que receberá o material de moldagem na etapa (S3) de preparação do estojo de munição (1 ).
[047] A etapa (S3) de preparação do estojo (1 ) começa na subetapa (S31 ), quando o inserto metálico (2) e o núcleo (6) finalizados são inseridos no molde (7).
[048] Ainda com relação à subetapa (S31 ), a cavidade do molde (7), após o recebimento do núcleo (6) e do inserto metálico (2), compreende um volume interno Vp, uma vez e meia menor que o volume do núcleo Vn, ou menor, quando fabricado em liga metálica e se utilizado um material de moldagem com temperatura de injeção superior a temperatura de fusão de uma liga metálica que constitui o inserto metálico (2). Preferencialmente a relação VnA/p está entre 1 e 4, e mais preferencialmente é de 2,6.
[049] Em uma concretização da invenção, utilizando a liga metálica como sendo uma liga eutética estanho-chumbo e um material de moldagem com temperatura de injeção de até 420°C, o volume da cavidade Vp deve ser, pelo ao menos, a metade do volume do núcleo (6) Vn, preferencialmente a relação VnA/p está entre 2 e 3, e mais preferencialmente é de 2,6.
[050] Em outra concretização da invenção, utilizando a liga metálica como sendo um liga metálica eutética bismuto-chumbo e um material de moldagem com temperatura de injeção de até 420°C, o volume da cavidade Vp deve ser ao menos cinco vezes menor que o volume do núcleo (6) Vn, preferencialmente a relação Vn/Vp está entre 5 e 6, e mais preferencialmente é de 5,5.
[051] Em outra concretização da invenção, utilizando a liga metálica como sendo uma liga metálica eutética bismuto-chumbo e um material de moldagem com temperatura de injeção de até 300°C, o volume da cavidade Vp deve ser de pelo menos a metade do volume do núcleo (6) Vn, preferencialmente a relação Vn/Vp está entre 2 e 3, e mais preferencialmente é de 2,5.
[052] Do ponto de vista geométrico, o molde (7) compreende uma partição longitudinal em relação ao estojo, canais de injeção (9) e gavetas (10) para fixação no núcleo (6) de forma que o macho da cavidade fique em uma posição bi-apoiada. Esta fixação bi- apoiada é vital para garantir a concentricidade entre o diâmetro interno e externo da cavidade.
[053] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção o material de moldagem é um material polimérico (i). Nessa situação, o material polimérico (i) é adicionado no molde (7) (compreendendo o núcleo (6) e o inserto metálico (2)) em temperaturas entre 280 °C e 420°C, preferencialmente 390°C.
[054] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o material polimérico (i) é um fluido de um (i-1 ) polímero único ou uma (i-2) mistura de dois polímeros A e B;
[055] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a proporção volumétrica de polímero A em relação ao polímero B na (i-2) mistura de dois polímeros A e B é selecionada da faixa entre 95:5 (v:v): e 20:80 (v:v), preferencialmente 40:60 (v:v).
[056] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o polímero A é selecionado do grupo compreendendo pré-polímero de poliuretano, celulose, fluoropolímero, elastômero de liga interpolímero de etileno, etileno vinil acetato, náilon, poliéterimida, elastômero de poliéster, poliéster sulfona, polifenilamida, polipropileno, fluoreto de polivinilideno ou elastômero de poliureia termoendurecível, acrílicos, homopolímeros, acetatos, copolímeros, acrilonitrila-butadineno-estireno, fluoro polímeros termoplásticos, inômeros, poliamidas, poliamida-imidas, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos policarbonatos, polibutileno, tereftalatos, imidas de poliéter, sulfonas polier, poliimidas termoplásticas, poliuretanos termoplásticos, sulfuretos de polifenileno, polietileno, polipropileno, polisulfonas, polyvinylchlorides, acrilonitrilos estireno, poliestirenos, polifenileno, misturas de éter, estireno anidridos maleico, policarbonatos, alilos, aminos, cianatos , epóxis, fenólicos, poliésteres insaturados, bismaleimidas, poliuretanos, silicones, vinilésteres, híbridos de uretano, polifenilsulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas com polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas de polifenilsulfonas com copolímeros de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas, polissiloxanos, ou misturas de poliéterimidas e copolimeros de poli (eterimida-siloxano).
[057] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o polímero B é uma mistura de polímero B com um reforço estrutural, dito reforço estrutural sendo selecionado do grupo compreendendo fibras de vidro, carbono ou aramida, e dito polímero B sendo selecionado do grupo compreendendo em pré-polímero de poliuretano, celulose, fluoropolímero, elastômero de liga interpolímero de etileno, etileno vinil acetato, náilon, poliéter imida, elastômero de poliéster, poliéster sulfona, polifenil amida, polipropileno, fluoreto de polivinilideno ou elastômero de poliureia termoendurecível, acrílicos, homopolímeros, acetatos, copolimeros, acrilonitrila- butadineno-estireno, polímeros termoplásticos de flúor, inômeros, poliamidas, poliamida- imidas, poliacrilatos, polibatercetonas, polifaril-sulfonas, polibaterilatos , poliéter imidas, poliéter sulfonas, poliimidas termoplásticas, poliuretanos termoplásticos, sulfetos de polifenileno, polietileno, polipropileno, polissulfonas, cloreto de polivinil, acrilonitrila estireno, poliestirenos, polifenileno, misturas de éter, anidridos de estireno maleico, policarbonatos, alilos, aminolatos, e poliéster insaturado, bismaleimidas, poliuretanos, silicones, vinilésteres, híbridos de uretano, polifenilsulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas (polifenilsulfonas com polissiloxanos) e misturas de poliéterimidas e copolimeros de poli (eterimida-siloxano).
[058] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, na mistura de polímero B com reforço estrutural a proporção volumétrica de polímero B em relação ao reforço estrutural é selecionada da faixa entre 95:5 (v/v) e 40:60 (v/v), preferencialmente 60:40 (v/v).
[059] Ainda com relação à subetapa (S32) e nas modalidades da invenção referentes à utilização da mistura dos polímeros A e B, a injeção do material de moldagem é realizada por meio de uma injetora bicomponente, onde a cavidade se fecha e um dos canhões de injeção começa a injetar o polímero A, para compor uma porção do corpo do estojo de munição (1 ). Durante este processo, a placa de intervalo, que acopla os canhões de injeção antes do material de moldagem entrar no molde, gradualmente fecha a passagem o polímero A e libera a passagem para o polímero B que está em outro canhão da injetora. O polímero B compõe a porção da cabeça do estojo de munição (1 ), de forma que no final da injeção do material de moldagem, o estojo de munição (1 ) compreende a porção de corpo e a porção de cabeça como peça única, resultante de uma injeção única do material de moldagem.
[060] Ao fim da injeção do material de moldagem pela injetora bicomponente na etapa (S32), a injetora bicomponente cessa a pressão, dando início à subetapa (S33), referente à espera do esfriamento e solidificação do material de moldagem. Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o tempo de espera para solidificação do material de moldagem é selecionado de uma faixa entre 10 e 120 segundos, preferencialmente até 30 segundos.
[061] Após a etapa (S34) de remoção do molde (7), tem-se o conjunto (8) compreendendo o estojo de munição (1 ) com o inserto metálico (2) e núcleo (6) preso no interior de dito estojo de munição (1 ). Nesse contexto, o conjunto (8) é removido através de dispositivos de captura robóticos que posicionam o conjunto (8) em uma fila de um transportador para a próxima etapa do processamento. A remoção manual do conjunto (8) do molde (7) é possível, mas não recomendada, pois o conjunto (8) deixa o molde em alta temperatura e deve ser manuseado com EPIs que prejudicam a destreza do operador.
[062] Para remoção do núcleo (6) conforme subetapa (S36), o conjunto (8) formado é transportado, sendo uma subetapa (S35), para o local onde é realizada dita remoção do núcleo (6).
[063] Com relação à subetapa (S36), em uma modalidade não restritiva da presente invenção, os meios que alteram a integridade estrutural ou o estado físico do núcleo (6) são técnicas selecionadas do grupo compreendendo aquecimento por indução, banho de aquecimento ou solubilização.
[064] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o aquecimento por indução ocorre em uma estação de aquecimento por indução, sendo uma técnica preferida, porém não limitante do ponto de vista de escopo da presente invenção. Essa técnica preferida e não limitante é ilustrada na figura 8 por meio de subetapas (S361 ) e (S362). Nesta técnica, o conjunto (8) é submetido à subetapa (S361 ) de direcionamento, isto é, dito conjunto (8) é colocado em fila e com a maior abertura direcionada para baixo no sentido da gravidade. Nesta posição o conjunto (8) passa por uma sequência de bobinas de indução (subetapa (S362)) que aquecem o núcleo (6) em uma temperatura máxima de até 95% da temperatura de deflexão térmica do material quando medido pela norma ASTM D648B, iniciando na porção inferior, fazendo com que o núcleo (6) atinja a temperatura de fusão e se desprenda do estojo de munição (1 ). [065] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a técnica de banho de aquecimento para remoção do núcleo (6) consiste em mergulhar o conjunto (8) em um banho aquecido na temperatura de fusão do núcleo (6) e aguardar que o núcleo (6) escorra de dentro do estojo de munição (1 ).
[066] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a técnica de solubilização para remoção do núcleo (6) consiste em expor o núcleo (6) ao solvente, preferencialmente aquecido, com fluxo do solvente sobre o núcleo (6), preferencialmente com agitação, preferencialmente com agitação ultrassónica.
[067] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a técnica de sublimação para remoção do núcleo (6) consiste em aquecê-lo até sua temperatura de sublimação, de modo que o núcleo (6) é removido por meio de sua transformação do estado sólido para o gasoso. Após a remoção do núcleo (6) na subetapa (S36), o estojo de munição (1 ) está pronto para avançar no processo de montagem da munição e o núcleo (6) removido inicia seu ciclo de retomo à geometria de macho fundível. Este retorno inicia no momento que ele é fundido e escorre para um recipiente descrito na subetapa (S41 ) - melhor descrita adiante - onde solidifica e é transportado para uma estação de corte para voltar a ser uma pré-forma.
[068] Com relação à etapa (S4), esta ocorre logo após o núcleo (6) no estado líquido ter escorrido do estojo de munição (1 ) na subetapa (S36).
[069] Na subetapa (S41 ), o núcleo (6) no estado líquido escorre para dentro do um recipiente.
[070] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o processo ora descrito, objeto da presente invenção, opcionalmente compreende uma subetapa (S42), subsequente à subetapa (S41 ), compreendendo uma remoção de impurezas do material sobrenadante do núcleo (6) no estado líquido.
[071] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o processo ora descrito, objeto da presente invenção, opcionalmente compreende uma subetapa (S43), subsequente à subetapa (S42), que compreende a adição de matéria prima nova conforme a necessidade, no núcleo (6) no estado líquido. As matérias-primas consistem em ligas metálicas com baixo ponto de fusão tais como bismuto-estanho-cádmio (53,5Bi- 26Sn-20,5Cd), bismuto-chumbo (56,5Bi-43,5Pb), bismuto-estanho (57Bi-43Sn), estanho-chumbo-prata (62,5Sn-36Pb-1 ,5Ag), estanho-chumbo-bismuto (63Sn-34Pb- 3Bi), estanho-bumbo (61 ,9Sn-38,1 Pb) e estanho-zinco (89,1 Sn-8,9Zn). [072] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o recipiente descrito na subetapa (S41 ) pode ter a forma de um lingote ou já ser uma pré-forma que posteriormente será transformada em um novo núcleo (6) (ou novo macho) para moldagem por injeção, por conformação mecânica e/ou por usinagem.
[073] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o núcleo (6) é uma liga metálica selecionada do grupo compreendendo ligas eutéticas de estanho e chumbo ou estanho e zinco, e o inserto metálico (2) é um metal selecionado do grupo compreendendo alumínio, latão ou aço.
[074] Em um segundo aspecto, a presente invenção se refere a um ESTOJO DE MUNIÇÃO (1 ) obtido por meio do processo ora descrito, dito estojo de munição (1 ) também ilustrado conforme figuras 2 a 6, dito estojo de munição (1 ) compreendendo uma porção de cabeça e uma porção de corpo, dita porção de cabeça tendo uma extremidade formada por um aro (3), sendo que dito estojo de munição (1 ) compreende a porção de corpo e a porção de cabeça confeccionadas em peça única (contínua), e sendo que dito estojo de munição (1 ) compreende um inserto metálico (2) na porção de cabeça, dito inserto metálico (2) compreendendo uma geometria que permite reforçar o estojo de munição (1 ). Conforme a figura 2, o inserto metálico (2) compreende uma porção cilíndrica côncava (21 ) que recebe a pressão da expansão do propelente e transfere homogeneamente as forças para o ferrolho, através de uma porção cilíndrica reta (22), localizada apenas ao redor do bolso de uma espoleta (4). Por fim, o inserto metálico (2) ainda compreende uma porção plana (23) alinhada com um furo do evento (5) e paralela a face do ferrolho do armamento.
[075] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, a peça única que constitui o estojo de munição (1 ) é constituída do (i-1 ) polímero único ou da (i-2) mistura de dois polímeros A e B, sendo que quando dito estojo de munição (1 ) é constituído da (i-2) mistura de dois polímeros A e B, dito estojo de munição (1 ) compreende a porção inferior constituída do polímero B seguida de uma região de mesclagem dos polímeros (AB) para o restante do corpo do estojo de munição (1 ) ser constituído do polímero A.
[076] Em uma modalidade não restritiva da presente invenção, o inserto metálico (2) é constituído de um material com alta tensão de escoamento, preferencialmente maior que 300Mpa.
EXEMPLO
[077] Os exemplos que se seguem são preferenciais. No entanto, não devem ser entendidos como limitantes do escopo de proteção, sendo apenas exemplos para demonstrar concretizações preferidas, no intuído de melhor compreender a presente invenção.
[078] Na etapa (S1 ) do processo de fabricação de estojo de munição (1 ), a subetapa (S11 ) é melhor executada através da técnica de conformação mecânica ou pela técnica de injeção de metais, na presença ou ausência da subetapa (S12).
[079] Na etapa (S2), o inserto metálico (2) de reforço da cabeça pode ser feito de qualquer metal com resistência ao escoamento superior a 500 MPa, como por exemplo, o alumínio 7075-t6, latão UNS C36000 % duro, aço SAE 4340 e SAE 4130 dentre outros.
[080] Na subetapa (S32), o material de moldagem utilizado é a mistura de dois polímeros A e B, na proporção volumétrica A:B (v/v) de 40:60. Nesse contexto, o polímero A é o PPSU e o polímero B é mistura de 60% (v/v) de PPSU reforçado com 40% (v/v) de fibra de vidro, de modo que o material de moldagem é injetado no molde (7), conforme descrito para a etapa (S32), na temperatura de 390°C, até completar o volume interno do molde (7), que apresenta volume interno duas vezes e meia menor que o volume do núcleo.
[081] Especificamente, em uma execução da invenção, é possível realizar a combinação do polímero polifenilsulfona ou polieterimida, PPSU ou PEI, respectivamente, como polímero A, com outro grade da mesma resina reforçada com fibras de vidro ou carbono como polímero B. Materiais comerciais com essas características tais como o Basf Ultrason® P, Solvay Radel® 5800 e Sabic Ultem® 1000 podem ser usados como polímero A. Para alimentar o segundo canhão, os materiais Basf Ultrason® E 2010 G6, Solvay Radel® RG-5030 ou Sabic Ultem® 2400 podem ser usados como polímero B.
[082] Na subetapa (S36), as técnicas preferidas para remoção do núcleo (6) é o aquecimento por bobinas, de modo que o aquecimento para remoção do núcleo (S36) é realizado até a temperatura de fusão de qualquer dos exemplos de núcleo (6) ora descritos acima. Assim, a temperatura de fusão do núcleo (6) é menor do que a temperatura de fusão dos polímeros A e B já solidificados.
[083] A etapa (S4) é melhor executada na presença das subetapas (S42) e (S43).
[084] O estojo de munição (1 ) ora obtido pelo processo é constituído pelo polímero PPSU (polímero A) e mistura de 60% (v/v) de polímero PPSU (polímero B) reforçado com 40% (v/v) de fibra de vidro. Os polímeros A e B se misturam durante a injeção produzindo um gradiente de transição, tal como ilustrado na figura 5. Por fim, a geometria preferencial do estojo de munição (1 ) como um todo é aquela, tal como detalhadamente ilustrada nas figuras 2 a 5 e tal como ora detalhadamente descrito anteriormente.
[085] É importante salientar que as figuras e descrição realizadas não possuem o condão de limitar as formas de execução do conceito inventivo ora proposto, mas sim de ilustrar e tornar compreensíveis as inovações conceituais reveladas nesta solução. Desse modo, as descrições e imagens devem ser interpretadas de forma ilustrativa e não limitativa, podendo existir outras formas equivalentes ou análogas de implementação do conceito inventivo ora revelado e que não fujam do espectro de proteção delineado na solução proposta.
[086] Tratou-se no apresente relatório descritivo de um processo de fabricação e um estojo polimérico, dotado de novidade, atividade inventiva, suficiência descritiva, aplicação industrial e, consequentemente, revestido de todos os requisitos essenciais para a concessão do privilégio pleiteado.

Claims

REIVINDICAÇÕES
1. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE ESTOJO DE MUNIÇÃO caracterizado por compreender as seguintes etapas:
- (S1 ) produção de um núcleo (6), dita etapa (S1 ) compreendendo as seguintes subetapas:
(S11 ) pré fabricação do núcleo (6);
(52) produção de um inserto metálico (2), dita etapa (S2) compreendendo as seguintes subetapas:
(S21 ) obtenção do inserto metálico (2) por usinagem, injeção, sinterização ou conformação;
(53) preparação do estojo de munição (1 ), dita etapa (S3) compreendendo as seguintes subetapas:
(531 ) adição do núcleo (6), produzido conforme etapa (S1 ), e do inserto metálico (2), produzido conforme etapa (S2), em um molde (7);
(532) injeção de um material de moldagem no molde (7), dito molde (7) compreendendo o núcleo (6) e o inserto metálico (2);
(533) esfriamento e solidificação do material de moldagem da etapa (S32);
(534) remoção do molde (7), e obtenção de um conjunto (8), dito conjunto (8) compreendendo o estojo de munição (1 ) e o núcleo (6) inserido dentro de dito estojo de munição (1 ); e
(S36) remoção do núcleo (6) do estojo de munição (1 ) através de meios que alteram sua integridade estrutural ou o estado físico do dito núcleo (6) de sólido para líquido ou para um gás, obtendo-se um núcleo (6) no estado líquido ou gasoso; e obtenção do estojo de munição (1 );
(54) reciclagem do núcleo (6) no estado líquido, dita etapa (S4) compreendendo as seguintes subetapas;
(S41 ) escorrimento do núcleo (6) no estado líquido em um recipiente; e
(S44) solidificação do núcleo (6) no estado líquido, obtendo-se o núcleo (6), e retorno do núcleo (6) para a etapa (S11 ), sendo que as etapas (S1 ) e (S2) ocorrem paralelamente, e sendo que o núcleo (6) é fundível ou consumível.
2. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a pré fabricação do núcleo (6) compreendida na subetapa (S11 ) compreender as técnicas de fundição, injeção de metais, fundição centrífuga, manufatura aditiva, sinterização ou conformação mecânica.
3. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a pré fabricação do núcleo (6) compreender a técnica de conformação mecânica, dita conformação mecânica compreendendo o envio de uma pré-forma semiacabada para uma linha de prensas de conformação, dita pré-forma sendo deformada e moldada pelas prensas de conformação até criar a geometria do núcleo (6), e dita pré-forma sendo feita de um metal do núcleo (6) com temperatura de fusão inferior à temperatura de deflexão térmica do material de moldagem no estado sólido obtido conforme etapa (S33).
4. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a etapa (S1 ) opcionalmente compreender uma subetapa (S12) subsequente à subetapa (S11 ), dita subetapa (S2) compreendendo uma usinagem do núcleo (6) oriundo da subetapa (S11 ), dita usinagem consistindo em tornear usando equipamento manual ou controlado por computador removendo material até obter a geometria final do núcleo (6); e ajustar o dimensional até a tolerância desejada por métodos de retifica ou polimento.
5. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por.
- na subetepa (S21 ), a usinagem do inserto metálico (2) ser realizada através de métodos de torneamento e fresamento, e ser realizado em equipamento de operação manual ou por controle numérico;
- na subetapa (S22), a inspeção e refino do inserto metálico (2) ser realizada através de métodos manuais ou automáticos de verificação de cotas críticas de montagem e posterior polimento ou retificação;
- na subetapa (S31 ) o núcleo (6) ser um metal de liga metálica, o material de moldagem compreender uma temperatura de injeção superior à temperatura de fusão de dita liga metálica, sendo que dito núcleo (6) compreende um volume Vn, e sendo que após recebimento do núcleo (6) e do inserto metálico (2), o molde (7) compreende uma cavidade, dita cavidade compreendendo um volume interno Vp de até uma vez e meia menor que o volume Vn do núcleo (6);
- na subetapa (S33), o material de moldagem ser esfriado e solidificado em um tempo de espera selecionado da faixa entre 10 e 120 segundos; e
- na subetapa (S36), os meios que alteram a integridade estrutural ou o estado físico do núcleo (6) são técnicas selecionadas do grupo compreendendo aquecimento por indução, banho de aquecimento ou solubilização, sendo que o material de moldagem é: um (i) material polimérico de um (i-1) polímero único ou de uma (i-2) mistura de dois polímeros A e B; sendo que dito (i) material polimérico é adicionado no molde (7) em temperaturas entre 280°C e 420°C; e sendo que a proporção volumétrica de polímero A em relação ao polímero B na mistura de dois polímeros A e B é selecionada da faixa entre 95:5 (v:v): e 20:80 (v:v).
6. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o processo compreender as seguintes características:
- o polímero único ser selecionado do grupo compreendendo pré-polímero de poliuretano, celulose, fluoropolímero, elastômero de liga interpolímero de etileno, etileno vinil acetato, náilon, poliéterimida, elastômero de poliéster, poliéster sulfona, polifenilamida, polipropileno, fluoreto de polivinilideno ou elastômero de poliureia termoendurecível, acrílicos, homopolímeros, acetatos, copolímeros, acrilonitrila- butadineno-estireno, fluoro polímeros termoplásticos, inômeros, poliamidas, poliamida- imidas, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos policarbonatos, polibutileno, tereftalatos, imidas de poliéter, sulfonas polier, poliimidas termoplásticas, poliuretanos termoplásticos, sulfuretos de polifenileno, polietileno, polipropileno, polisulfonas, polyvinylchlorides, acrilonitrilos estireno, poliestirenos, polifenileno, misturas de éter, estireno anidridos maleico, policarbonatos, alilos, aminos, cianatos , epóxis, fenólicos, poliésteres insaturados, bismaleimidas, poliuretanos, silicones, vinilésteres, híbridos de uretano, polifenilsulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas com polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas de polifenilsulfonas com copolímeros de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas, polissiloxanos, ou misturas de poliéterimidas e copolimeros de poli (eterimida-siloxano);
- o polímero A ser selecionado do grupo compreendendo pré-polímero de poliuretano, celulose, fluoropolímero, elastômero de liga interpolímero de etileno, etileno vinil acetato, náilon, poliéterimida, elastômero de poliéster, poliéster sulfona, polifenilamida, polipropileno, fluoreto de polivinilideno ou elastômero de poliureia termoendurecível, acrílicos, homopolímeros, acetatos, copolimeros, acrilonitrila-butadineno-estireno, fluoro polímeros termoplásticos, inômeros, poliamidas, poliamida-imidas, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos, poliacrilatos policarbonatos, polibutileno, tereftalatos, imidas de poliéter, sulfonas polier, poliimidas termoplásticas, poliuretanos termoplásticos, sulfuretos de polifenileno, polietileno, polipropileno, polisulfonas, polyvinylchlorides, acrilonitrilos estireno, poliestirenos, polifenileno, misturas de éter, estireno anidridos maleico, policarbonatos, alilos, aminos, cianatos , epóxis, fenólicos, poliésteres insaturados, bismaleimidas, poliuretanos, silicones, vinilésteres, híbridos de uretano, polifenilsulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas com polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas de polifenilsulfonas com copolimeros de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas e copolimidas de polifenilsulfonas, polissiloxanos, ou misturas de poliéterimidas e copolimeros de poli (eterimida-siloxano); e
- o polímero B ser uma mistura de polímero B com um reforço estrutural, dito reforço estrutural sendo selecionado do grupo compreendendo fibras de vidro, carbono ou aramida, e dito polímero B sendo selecionado do grupo compreendendo fibras de vidro, carbono ou aramida, e dito polímero B sendo selecionado do grupo compreendendo em pré-polímero de poliuretano, celulose, fluoropolímero, elastômero de liga interpolímero de etileno, etileno vinil acetato, náilon, poliéter imida, elastômero de poliéster, poliéster sulfona, polifenil amida, polipropileno, fluoreto de polivinilideno ou elastômero de poliureia termoendurecível, acrílicos, homopolímeros, acetatos, copolimeros, acrilonitrila-butadineno-estireno, polímeros termoplásticos de flúor, inômeros, poliamidas, poliamida-imidas, poliacrilatos, polibatercetonas, polifaril-sulfonas, polibaterilatos , poliéter imidas, poliéter sulfonas, poliimidas termoplásticas, poliuretanos termoplásticos, sulfetos de polifenileno, polietileno, polipropileno, polissulfonas, cloreto de polivinil, acrilonitrila estireno, poliestirenos, polifenileno, misturas de éter, anidridos de estireno maleico, policarbonatos, alilos, aminolatos, e poliéster insaturado, bismaleimidas, poliuretanos, silicones, vinilésteres, híbridos de uretano, polifenilsulfonas, copolímeros de polifenilsulfonas com polietersulfonas ou polissulfonas, copolimeros de polifenilsulfonas com siloxanos, misturas de polifenilsulfonas (polifenilsulfonas com polissiloxanos) e misturas de poliéterimidas e copolímeros de poli (eterimida-siloxano), sendo que na mistura de polímero B com reforço estrutural, a proporção volumétrica de polímero B em relação ao reforço estrutural é selecionada da faixa entre 95:5 (v/v) e 40:60 (v/v).
7. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por opcionalmente compreender as seguintes etapas:
- uma subetapa (S42), subsequente à subetapa (S41 ), dita subetapa (S42) compreendendo uma remoção de impurezas do material sobrenadante do núcleo (6) no estado líquido; e
- uma subetapa (S43), subsequente à subetapa (S42), dita subetapa (S43) compreendendo uma adição de matéria-prima no núcleo (6) no estado líquido, dita matéria-prima selecionada do grupo que compreende bismuto-estanho-cádmio (53,5Bi- 26Sn-20,5Cd), bismuto-chumbo (56,5Bi-43,5Pb), bismuto-estanho (57Bi-43Sn), estanho-chumbo-prata (62,5Sn-36Pb-1 ,5Ag), estanho-chumbo-bismuto (63Sn-34Pb- 3Bi), estanho-bumbo (61 ,9Sn-38,1 Pb) e estanho-zinco (89,1 Sn-8,9Zn).
8. PROCESSO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por o núcleo (6) ser uma liga metálica selecionada do grupo compreendendo ligas eutéticas de estanho e chumbo ou estanho e zinco, e o inserto metálico (2) ser um metal selecionado do grupo compreendendo alumínio, latão, titânio, inconel ou aço.
9. ESTOJO DE MUNIÇÃO obtido através do processo de fabricação conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, dito estojo de munição (1 ) compreendendo uma porção de cabeça e uma porção de corpo, dita porção de cabeça tendo uma extremidade conformada por um aro (3), dito estojo de munição (1 ) sendo caracterizado por compreender a porção de corpo e a porção de cabeça confeccionadas em peça única e compreender um inserto metálico (2) na porção da cabeça.
10. ESTOJO, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a peça única que constitui dito estojo de munição (1 ) é feita de um material que compreende o (i-1 ) polímero único ou a (i-2) mistura de dois polímeros A e B, sendo que: quando dito estojo de munição (1 ) compreende a (i-2) mistura de dois polímeros A e B, dito estojo de munição (1 ) compreende a porção da cabeça compreendida do polímero B, seguida de uma região de mesclagem de polímeros (AB) para o restante do corpo do estojo de munição (1 ) compreender o polímero A.
11. ESTOJO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 ou 10, caracterizado poro inserto metálico (2) compreender uma porção cilíndrica côncava (21 ), uma porção cilíndrica reta (22) localizada ao redor do bolso de uma espoleta (4), e uma porção plana (23) alinhada com o furo do evento (5).
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