PT96908A - Processo para a preparacao de produtos imunoprofilaticos que contem anticorpos contra o virus da raiva e de antigenes desse virus - Google Patents

Processo para a preparacao de produtos imunoprofilaticos que contem anticorpos contra o virus da raiva e de antigenes desse virus Download PDF

Info

Publication number
PT96908A
PT96908A PT96908A PT9690891A PT96908A PT 96908 A PT96908 A PT 96908A PT 96908 A PT96908 A PT 96908A PT 9690891 A PT9690891 A PT 9690891A PT 96908 A PT96908 A PT 96908A
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
antibody
virus
rabies
viruses
antibodies
Prior art date
Application number
PT96908A
Other languages
English (en)
Inventor
Roland Kurrle
Karlheinz Enssle
Joachim Hilfenhaus
Roland Kohler
Friedrich-Rober Seilar
Original Assignee
Behringwerke Ag
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Behringwerke Ag filed Critical Behringwerke Ag
Publication of PT96908A publication Critical patent/PT96908A/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K39/12Viral antigens
    • A61K39/205Rhabdoviridae, e.g. rabies virus
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07KPEPTIDES
    • C07K14/00Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof
    • C07K14/005Peptides having more than 20 amino acids; Gastrins; Somatostatins; Melanotropins; Derivatives thereof from viruses
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07KPEPTIDES
    • C07K16/00Immunoglobulins [IGs], e.g. monoclonal or polyclonal antibodies
    • C07K16/08Immunoglobulins [IGs], e.g. monoclonal or polyclonal antibodies against material from viruses
    • C07K16/10Immunoglobulins [IGs], e.g. monoclonal or polyclonal antibodies against material from viruses from RNA viruses
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K38/00Medicinal preparations containing peptides
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C12BIOCHEMISTRY; BEER; SPIRITS; WINE; VINEGAR; MICROBIOLOGY; ENZYMOLOGY; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING
    • C12NMICROORGANISMS OR ENZYMES; COMPOSITIONS THEREOF; PROPAGATING, PRESERVING, OR MAINTAINING MICROORGANISMS; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING; CULTURE MEDIA
    • C12N2760/00MICROORGANISMS OR ENZYMES; COMPOSITIONS THEREOF; PROPAGATING, PRESERVING, OR MAINTAINING MICROORGANISMS; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING; CULTURE MEDIA ssRNA viruses negative-sense
    • C12N2760/00011Details
    • C12N2760/20011Rhabdoviridae
    • C12N2760/20111Lyssavirus, e.g. rabies virus
    • C12N2760/20122New viral proteins or individual genes, new structural or functional aspects of known viral proteins or genes

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Virology (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Biophysics (AREA)
  • Immunology (AREA)
  • Biochemistry (AREA)
  • Molecular Biology (AREA)
  • Proteomics, Peptides & Aminoacids (AREA)
  • Genetics & Genomics (AREA)
  • Mycology (AREA)
  • Tropical Medicine & Parasitology (AREA)
  • Microbiology (AREA)
  • Gastroenterology & Hepatology (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Peptides Or Proteins (AREA)
  • Medicines Containing Antibodies Or Antigens For Use As Internal Diagnostic Agents (AREA)
  • Preparation Of Compounds By Using Micro-Organisms (AREA)
  • Micro-Organisms Or Cultivation Processes Thereof (AREA)

Description

Ϋ
Descrição referente à patente de invenção de BEHRINGWERKE AKTIENGESELLSCHAFT, alemã, industrial e comercial, com sede em D-3550 Marburg, República Federal Alemã, ( inventores: Dr. Karlheinz Enssle, Dr. Joa-chim Hilfenhaus, Roland Kõhler, Dr. Roland Kurrle e Dr. Frie-drich-Rober Seilar, residentes na República Federal Alemã), para "PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE PRODUTOS IMUNOPROFILÃ-TICOS QUE CONTEM ANTICORPOS CONTRA 0 VlRUS DA RAIVA E DE ANTIGENES DESSE VlRUS". D E S C R I Ç Ã 0 0 presente pedido de patente refere-se a anticorpos monoclonais humanos contra o vírus da raiva e ao seu emprego em agentes de diagnóstico, profilaxia e terapia. Os anticorpos contra o epítopo definido através do anticorpo monoclo-nal humano TW-1 da glicoproteína de 67 kD do invólucro do vírus protegem melhor depois de várias infecções contra a eclosão de raiva do que os preparados de imunoglobulinas humanas correntes no comércio.
Na raiva estamos perante uma encefalomielite com evolução fatal que é causada pelo vírus da raiva da família * dos Rhabdoviridas. Poucos são os países desenvolvidos onde esta • doença constitui um grande problema, mas a Índia, após uma cui- N. 1
dadosa avaliação são atribuidas à raiva mais de 20000 mortes por ano. O contágio resulta normalmente através da dentada de um animal infectado (Canidae, Chiroptera). As primeiras células atacadas parecem ser as células musculares em volta do ponto de entrada. Apôs a entrada nos nervos periféricos o virus viaja do local da infecção através de transporte axoplasmático retrógra do até ao sistema nervoso central e à medula espinal. Feita a replicação virai no sistema nervoso central o vírus viaja dos nervos até diversos tecidos do corpo sensíveis, p. ex. até ãs glândulas salivares.
Condicionada pelo longo tempo de incubação, re lativamente a outras infecções virais, até ao aparecimento de sintomas específicos da raiva, cerca de 30 a 90 dias, é possível uma vacinação pôs-exposição. Até à reacção de uma imunização activa para se obter uma protecção rápida é recomendada pelo WHO juntamente com a imunização activa uma imunização passiva imediata com preparados de soro homólogos ou heterólogos.Nos paises subdesenvolvidos são utilizados principalmente preparados de soro de cavalo, o que coloca o sério problema de reac-ções anafilãticas.
Ao contrário de preparados policlonais, os anticorpos monoclonais oferecem a vantagem da especificidade está vel. Os anticorpos monoclonais humanos (ACMHU) evitam reacções imunológicas indesejadas do receptor contra anticorpos monoclonais heterólogos de origem merina e parecem ter um período de circulação no corpo mais prolongado. 0 vírus da raiva é encapsulado e de morfologia em forma de bala. O ARN de cadeia simples do vírus encontra-se associado com uma proteína nuclear de 55 kD ã molécula "large transcriptase" de 190 kD e ã proteína não estrutural de 38 kD. 0 invólucro do vírus contém uma proteína matriz de 26 kD e uma glicoproteína 67 kD. Esta glicoproteína constitui um importante ponto de ligação para os anticorpos que neutralizam o vírus (D. • L. Lodmell, J. Virol·., 61, 10: 3314-3318, 1987). Para o mecanis 2
mo de neutralização supõe-se uma inibição intraendossomai, i.e., impede-se um "uncoating" do virus. Dietzschold et al. (Virolo-gy, 161: 29-36, (1987)) descrevem a neutralização de vírus da raiva através de ACMs de murinos contra a proteína de 67 kD. Enquanto que uma técnica estabelecida desde há longo tempo (B. Kohler e C. Milstein, Nature, 256, 495-497, 1975) permite de uma forma relativamente simples lançar anticorpos monoclonais de murinos contra determinados antigenes como a glicoproteína do vírus da raiva (D.L. Lodmell, a.a.O.), é muito difícil obterem-se anticorpos monoclonais humanos para emprego terapêutico. Até agora não se sabia se tais anticorpos monoclonais humanos não se ligavam apenas à glicoproteína, mas se neutralizavam vírus da raiva infecciosos e se poderiam proporcionar protecção in vivo antes do aparecimento da doença.
Para a obtenção dos anticorpos monoclonais humanos TW-1 contra o vírus da raiva aqui descritos foram incubados linfõcitos de sangue periféricos humanos de um dador seropo sitivo saudável com vírus de Epstein-Barr (EBV). Os linfõcitos B tranzformados pelo EBV que suportam o crescimento foram experimentados por ELISA sobre anticorpos específicos de raiva. As linhas produtoras específicas de cálulas B foram fundidas para estabilização da produção de anticorpos com uma linha de células de mieloma de rato SP2/0. Os hibridomas obtidos formam clo-nados por várias vezes e ensaiados para a verificação da produção específica de anticorpos da classe IgG. 0 processo foi modificado a partir de um método conhecido (D. Kozbor & J.C. Ro-der, Immunol. Today, 4:72-79, 1983) e foi levada a cabo tal como se descreveu noutro lugar (J. Hilfenhaus et al., Behring Inst. Mitt., 80:31-41, 1986). A selecção de células produtoras de anticorpos realizou-se através de ensaios do sobrenadante da cultura por ELISA em material de revestimento contendo vírus da raiva. O método de ELISA utilizado é melhor explicado no Exemplo 1.
Verificou-se que os anticorpos monoclonais hu-
* manos contra vírus da raiva TW-1 aqui descritos no ensaio ELISA • só reagiram especificamente contra material de revestimento con 3 r
tendo vírus da raiva (realizado com as estirpes Pitman-Moore, Fluri-LEP e CVS), mas não contra material de controlo sem vírus da raiva. Da mesma forma não se verificou qualquer ligação de TW-1 em material de revestimento em camadas contendo vírus de controlo como VZV, CMV, Rubéola, HSV ou sarampo. 0 TW-1 liga-se a fibroblastos de frango fixados infectados e não aos não infectados, uma vez que após a incubação do TW-1 com essas células e subsequente incubação com anti-soro contra a imunoglobulina humana acoplada a FITC somente nas células infectadas se pode determinar a fluorescência típica da raiva. Além disso verificou-se que o TW-1 pertence â classe de imunoglobulina IgGl (Lam bda). Após electroforese em gel de SDS de antigenes de raiva re duzidos com ditiotreitol (DTT) (levado a cabo com as estirpes Pitman-Moore e Fluri-LEP) pode-se encontrar por análise de mancha de Western uma reacção de TW-1 com uma banda de 67 kD. Comparando os dados encontrados com os dados recolhidos da literatura (W.H. Wunner et al., Reviews of Infectious Diseases, 10, 4:771-784, 1988) pode-se concluir que a proteína reconhecida pe lo TW-1 é a glicoproteína do vírus da raiva. Isto foi confirmado pela observação de que após digestão do antigene da raiva com endoglicosidade F antes do antigene se desfazer em gel de SDS por análise de mancha de Western pode-se observar uma redução do peso molecular da proteína marcada com TW-1. Uma vez que o radical açúcar N-glicosídico combinado por endoglicosida-se-F se separa da proteína, pode-se concluir dos dados obtidos que as bandas marcadas com TW-1 na mancha de Western são provenientes da glicoproteína do vírus da raiva. A reacção cruzada de TW-1 com as estirpes de vírus da raiva Pitman-Moore, Fluri--LEP e CVS ensaiadas indica uma ligação num epítopo relativamen te conservado no interior da glicoproteína. A verificação da capacidade do TW-1 para a neu tralização do vírus da raiva foi levada a cabo por dois métodos diferentes conhecidos em si. No primeiro tipo de verificação foi realizado um ensaio de neutralização-fluorescência "in vitro". Misturaram-se diluições de anticorpos com vírus da raiva acti-• vos. Após adição de células susceptíveis ã raiva incubou-se du- 4
ir rante 24 horas, em seguida incubou-se com anti-soro acoplado a FITC específico da raiva e observou-se num invertoscópio de fluorescência. As culturas que apresentavam a fluorescência específica da raiva foram consideradas positivas. Como as culturas negativas só intervim quando os vírus da raiva são neutrali zados completamente através da adição de anticorpos, pode-se com este ensaio, por meio de diluições apropriadas e comparação com soro padrão específico da raiva de actividade conhecida, in vestigar a actividade neutralizador específica da raiva de um anticorpo. Como segundo ensaio de neutralização foi levada a ca bo uma experiência, durante a qual, após a mistura de diluições de anticorpos com vírus da raiva infecciosos, após uma incubação "in vitro" a mistura foi aplicada por via intracerebral em ratos NMRI (P. Atanasiu, Laboratory Techn. in Rabies, 3rd Edi-tion, Editores M.M. Kaplan e H. Koprowski, WHO (1973) 314-318). Se os vírus da raiva activos forem completamente neutralizados através dos anticorpos adicionados, então a porção de animais doentes neste grupo é inferior do que no de aplicação de vírus puros sem anterior mistura de anticorpos. Verificou-se que tanto no ensaio de aplicação em ratos (estirpes CVS) o vírus da rai va foi neutralizado pelo TW-1.
Como prova de que a adição do anticorpo TW-1 in vivo numa infecção com vírus da raiva pode inibir ou reduzir o surgimento da doença foram realizadas investigações de prote-cção em ratos NMRI. Verificou-se que o anticorpo TW-1 em ratos NMRI pode proteger até duas horas depois da infecção com vírus da raiva antes do aparecimento da doença. Em comparação com uma preparação de soro humano com anticorpos contra a raiva (dispo-níveis no mercado sob a marca Berirab , Behringwerke AG), o ensaio com a adição de TW-1 necessitou de nitidamente menos proteínas para a mesma acção neutralizadora e protectora. Esta cir cunstância representa uma clara vantagem do TW-1.
Juntamente com o seu emprego como imunoprofilá tico, o anticorpo pode ser empregue para purificação de vírus • da raiva ou de glicoproteínas de vírus da raiva, ligado a um ma 5
terial de suporte apropriado, num processo de cromatografia de afinidade. Além disso o anticorpo é apropriado para a validação da porção de glicoproteína em preparados de vacinação, uma vez que a glicoproteína do vírus da raiva, tal como se demonstra nos exemplos, pode ser detectada de modo específico. A presente invenção refere-se também a um epí-topo da glicoproteína de 67 kD do vírus da raiva, o qual é defi nido por meio do anticorpo monoclonal TW-1, bem como a anticorpos policlonais ou de preferência monoclonais humanos contra o epítopo mencionado, de modo especialmente preferido ao anticorpo TW-1.
Igualmente é também abrangido pelo âmbito da presente invenção o emprego do anticorpo mencionado anteriormen te para a preparação de vacinas passivas, para diagnóstico, para purificação de vírus da raiva ou glicoproteína de vírus da raiva e para validação de preparações de vacinação. A presente invenção é ainda ilustrada através dos exemplos e definida pelas reivindicações. 0 hibridoma que segrega o anticorpo monoclonal humano TW-1 foi depositado sob o número 90022604 de acordo com tratado de Budapeste na European Collection of Animal Cell Cul-tures (ECACC), Porton Down, Salisbury, UK em 26.02.1990.
EXEMPLOS
Os exemplos que se seguem têm por objectivo um melhor esclarecimento da presente invenção, sem contudo a limitar. Para as experiências descritas nos exemplos foram empregues anticorpos purificados por cromatografia de afinidade.
Exemplo 1: Especificidade dos anticorpos TW-1 em ELISA
Placas de ELISA de 96 alvéolos foram revesti-* das durante 24 horas à temperatura ambiente com células MRC-5 6
(estirpe Pitman-Moore) ou fibroblastos de frango (estirpe Flu-ri-LEP) infectados por meio de concentrado do sobrenadante de culturas inactivado com $-propioactona e purificados por meio de centrifugação de gradiente de sucrose ou com as células correspondentes não infectadas como controlo. Diluições de amostras de anticorpos foram incubadas durante 1 hora na placa e os anticorpos não ligados foram removidos através de lavagem. Os anticorpos ligados foram marcados por incubação durante uma hora com um anticorpo conjugado por peroxidase (IgG de coelho an-ti-humano, Behringwerke). Por meio de uma reaccção corada catalisada por peroxidase podem-se detectar os anticorpos humanos
com especificidade para vírus da raiva. Na Fig. 1 é apresentada ~ R a titulaçao de TW-1 e Berirab nos antigenes de raiva mencionados e nos antigenes de controlo correspondentes. Se foram aplicados vírus de varicela-zoster, citomegalo-vírus, vírus da ru-béola, vírus de herpes simples 1 ou vírus do sarampo para o revestimento, não se dá qualquer reacção. Pode-se assim admitir que o TW-1 se liga de modo altamente específico ao vírus da rai va.Uma vez que as curvas de ligação de TW-1 contra as estirpes de raiva utilizadas se desenvolvem de forma bastante semelhante, pode-se admitir uma afinidade de ligação semelhante do TW-1 con tra Fluri-LEP e Pitman-Moore.
Exemplo 2: Caracterização dos epítopos de ligação do anticorpo TW-1 em mancha de Western
Desfizeram-se vírus da raiva purificados em gel de poliacrilamida a 10% segundo Laemmli com 1% de SDS/DTT 50 mM. Apôs depósito dò antigene desfeito sobre nitrocelulose incubou-se com anticorpo TW-1, soro humano positivo à raiva e negativo à raiva. A detecção foi efectuada com imunoglobulina de ovelha-anti-humana acoplada a biotina (Amersham), incubação subsequente com estreptavidina-peroxidade (Amersham) e revelação com cloronaftol (Marck). O anticorpo TW-1 reage na análise de mancha de Western com uma banda de 67 kD (Fig. 2). Das indicações na literatura (W. Wunner et al., a;a.o.) pode-se con-• cluir que se trata de glicoproteína do vírus da raiva. Foi con- 7
mado através da digestão da proteína da raiva com endoglicosi-dase F (Boehringer Mannheim) antes de depositar em gel de SDS. A digestão foi levada a cabo segundo as indicações do fornecedor. Através da cisão do radical açúcar da glicoproteína dever--se-ia observar uma redução do peso molecular. Tal redução pode-se claramente reconhecer na banda dos 67 kD após reacção do anticorpo TW-1 na análise de mancha de Western em comparação com os antigenes originais e aponta assim para uma glicolisaçãò das proteínas reconhecidas pelo anticorpo TW-1. Não se deu qual quer reacção do anticorpo TW-1 com os antigenes de controlo, co mo o CMV, com albumina de soro de bovino ou albumina de soro hu mano.
Exemplo 3: Ensaio de neutralização de fluorescência in vitro (RFFIT)
Este ensaio foi levado a cabo in vitro de acor do com o método de Smith et al., (J.S. Smith et al. Laboratory Techn. in Rabies, 3rd Edition, Editores M.M. Kaplan e H. Kopro-wsky, WHO (1973), 354-357) como microanãlise em placas de micro titulação (E. Zalan, J. of Biol. Stand., 7:213-220, 1979). Misturaram-se diluições de amostras (anticorpos ou PBS para o controlo do vírus para o controlo do vírus) com vírus da raiva in-fecciosos. A partir dos ensaios levados a cabo (Fig. 2) pode-se concluir que o anticorpo TW-1 neste ensaio apresenta ainda, em concentrações de cerca de 0,14 ^pg/ml, um efeito neutralizador nas quantidades de vírus empregues. Do soro de referência (cavalo) utilizado foram necessários para o mesmo efeito acerca de 13,88 jig/ml. Um anticorpo monoclonal humano contra varicela zos ter (VZV-6) utilizando para controlo com o mesmo isotipo não te ve qualquer efeito sobre a infecciosidade do vírus em concentra ções comparáveis.
Exemplo 4: Ensaio de neutralização com inoculação da mistura de anticorpo/antigene em ratos NMRI susceptíveis
Este ensaio foi levado a cabo de acordo com 8
Atanasiu (a.a.o.)· Para a experiência foram utilizados ratos NMRI de 20 g de peso. Para a quantidade de vírus foram empregues 60 LD50 por rato. Tal como no Exemplo 3 em qualquer lugar foram misturadas in vitro e incubadas diluições de amostras (an ticorpo ou controle) com vírus de raiva activo. Para controle da neutralização a mistura foi aplicada em seguida por via in-tracerebral em ratos NMRI. Os ratos foram controlados diariamen te durante 14 dias e o número dos animais sobreviventes foi com parado para o anticorpo TW-1, soro de controlo específico da raiva, de um ACMHu específico de VZV e aplicação de vírus puro. Os dados correspondentes a 14 dias de incubação são apresentados na Fig. 3. Tornou-se evidente que o anticorpo TW-1 mostra uma clara neutralização do vírus da raiva mesmo nas concentrações aplicadas fracas de 0,08 jug/ml, enquanto que o VZV-6 em concentrações iguais não mostra nenhum efeito neutralizador.
Exemplo jj: Experiência de protecção 0 ensaio de protecção foi levado a cabo com ra tos NMRI susceptíveis a vírus da raiva (peso: 20 g). A carga de vírus aplicada foi de 150 i.m. (estirpe CVS). Foram minis tradas por via intravenosa diluições do anticorpo TW-1, de Be-rirab comercial ou de VZV-6 2 horas antes ou 2 horas depois da aplicação de vírus da raiva activos. Na experiência apresentada na Fif. 4 obteve-se com 2,5 jxg/ml de anticorpo TW-1 IgG a mesma protecção que com 1,5 mg/ml de BerirabR policlonal. Como controlo foi aplicado VZV-6 em concentração dupla do anticorpo TW-1. O efeito do VZV-6 situou-se no âmbito do controlo de vírus sem aplicação de anticorpos.
Legenda da Fig. 1 (Exemplo 1):
Especificidade do anticorpo TW-1 em ELISA
Como concentração inicial aplicou-se 1 ^g/ml , de anticorpo TW-1 e 100 ^ig/ml de IgG Berirab (Behringwerke). A • medição da extinção realizou-se a 492 nm. - 9 -
0 revestimento das placas ELISA foi levado a cabo com 0,4 iU/ml A significa extinção, Cone, a concentração dos anticorpos aplicados . + TW-1 sobre antigene de raiva * TW-1 sobre antigene de controlo
R
O Berirab sobre antigene de raiva R - Berirab sobre antigene de controlo Legenda da Fig. 2 (Exemplo 3);
Ensaio de neutralização com avaliação de fluorescência in vivo
Como concentração inicial aplicaram-se 4,4 jig/ml (= 1:100) do anticorpo TW-1.
Cl. significa culturas infectadas
Em abeissas representa-se a diluição do anticorpo (Dil.) + TW-1 O padrão de raiva * VZV-6
Legenda para a Fig. 3 (Exemplo 5);
Ensaio de neutralização in vitro, avaliação in vivo
Como concentração inicial foram aplicados 0,7 ^ig/ml do anticorpo TW-1 (= 1:600), 18,5 jxg/ml de Berirab** (Be-hringwerke AG) e 0,6 Jig/ml de VZV-6 (= 1:600). A.S. significa: animais sobreviventes
Em abeissas representa-se a diluição do anticorpo (Dil.) + TW-1 O padrão de raiva * VZV-6
Legenda da Fig. 4:
Experiência de protecção in vivo 10

Claims (1)

  1. h \a Fig. 4 A: Aplicação do anticorpo 2 horas antes da administração do vírus. Fig. 4 B: aplicação do anticorpo 2 horas depois da administração do vírus. Foram aplicados 2,5 jag/ml do anticorpo TW-1, 1,5 mg/ml de IgG Berirab^ e 5 yag/ml de VZV-6. A.S. ver acima d.p.a. significa: dias após a aplicação. REIVINDICAÇÕES - lâ - Processo para a preparação de produtos imuno-profiláticos, caracterizado por se utilizarem anticorpos que reagem com um epítopo da glicoproteína de 67 kD do vírus da raiva, reagindo o referido epítopo com o anticorpo que é segre gado pelo hibridoma depositado na European Collection of Animal Cell Cultures (ECACC) sob o número de depósito NQ 90022604. - 2ã - Processo para a detecção de uma infecção pelo vírus da raiva, caracterizado por serem usados os anticorpos utilizados no processo de acordo com a reivindicação 1 ou ser empregue o anticorpo do hibridoma NQ 90022604 depositado na ECACC. 11 - 3& - * Processo para a validação de um produto imuno-profilático, caracterizado por serem usados os anticorpos utili zados no processo de acordo com a reivindicação 1 ou ser empregue o anticorpo do hibridoma NQ 90022604. - 4ã - Processo para a purificação de um antigene do vírus da raiva, caracterizado por serem usados os anticorpos utilizados no processo de acordo com a reivindicação 1 ou ser empregue o anticorpo do hibridoma Ne 90022604. A requerente reivindica a prioridade do pedido de patente alemão apresentado em 3 de Março de 1990, sob o NQ P 40 06 630.4 Lisboa, 28 de Fevereiro de 1991
    12
PT96908A 1990-03-03 1991-02-28 Processo para a preparacao de produtos imunoprofilaticos que contem anticorpos contra o virus da raiva e de antigenes desse virus PT96908A (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
DE4006630A DE4006630A1 (de) 1990-03-03 1990-03-03 Humane monoklonale antikoerper gegen tollwutviren, ihre herstellung und verwendung

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT96908A true PT96908A (pt) 1991-10-31

Family

ID=6401309

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT96908A PT96908A (pt) 1990-03-03 1991-02-28 Processo para a preparacao de produtos imunoprofilaticos que contem anticorpos contra o virus da raiva e de antigenes desse virus

Country Status (8)

Country Link
EP (1) EP0445625A1 (pt)
JP (1) JPH05301894A (pt)
KR (1) KR910016346A (pt)
AU (1) AU634030B2 (pt)
CA (1) CA2037446A1 (pt)
DE (1) DE4006630A1 (pt)
IE (1) IE910697A1 (pt)
PT (1) PT96908A (pt)

Families Citing this family (20)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
CA2344208A1 (en) 2001-04-30 2002-10-30 Oxford Biomedica (Uk) Limited Method
US8101189B2 (en) 2002-07-05 2012-01-24 Folia Biotech Inc. Vaccines and immunopotentiating compositions and methods for making and using them
JP4953570B2 (ja) 2002-07-05 2012-06-13 フォリア バイオテック インコーポレイテッド アジュバントウィルス粒子
USRE47770E1 (en) 2002-07-18 2019-12-17 Merus N.V. Recombinant production of mixtures of antibodies
ES2368733T3 (es) 2002-07-18 2011-11-21 Merus B.V. Producción recombinante de mezclas de anticuerpos.
US20100069614A1 (en) 2008-06-27 2010-03-18 Merus B.V. Antibody producing non-human mammals
CA2527694C (en) 2003-05-30 2015-07-14 Hendricus Renerus Jacobus Mattheus Hoogenboom Fab library for the preparation of anti vegf and anti rabies virus fabs
CA2554054C (en) 2004-01-20 2013-06-04 Merus B.V. Mixtures of binding proteins
NZ580607A (en) 2004-05-27 2011-05-27 Crucell Holland Bv Binding molecules capable of neutralizing rabies virus and uses thereof
GB0526210D0 (en) 2005-12-22 2006-02-01 Oxford Biomedica Ltd Vectors
HUE027099T2 (hu) 2006-06-06 2016-08-29 Crucell Holland Bv Humán kötõmolekulák staphylococcus elleni ölõaktivitással és alkalmazásuk
WO2008068246A1 (en) 2006-12-05 2008-06-12 Crucell Holland B.V. Liquid anti-rabies antibody formulations
EP3192874B1 (en) 2008-06-18 2019-10-16 Oxford BioMedica (UK) Limited Virus purification
JP2010085126A (ja) * 2008-09-29 2010-04-15 Adtec Kk 狂犬病ウイルス中和抗体価判定具および狂犬病ウイルス中和抗体価の測定方法
JP5965392B2 (ja) 2010-05-28 2016-08-03 オックスフォード バイオメディカ (ユーケー) リミテッド 脳へのレンチウイルスベクターの送達
GB201118636D0 (en) 2011-10-28 2011-12-07 Oxford Biomedica Ltd Nucleotide sequence
KR102382304B1 (ko) 2012-04-20 2022-04-04 메뤼스 엔.페. Ig-유사 분자의 제조방법 및 제조수단
CN103954777A (zh) * 2014-05-20 2014-07-30 北京凯思百奥科技发展有限公司 一种狂犬病病毒单克隆抗体及其应用
WO2019227039A1 (en) * 2018-05-24 2019-11-28 Lankenau Institute For Medical Research Compositions comprising antibodies to rabies virus and the uses thereof
WO2020183374A1 (en) 2019-03-10 2020-09-17 Axovant Sciences Gmbh Gene therapy compositions and methods for treating parkinson's disease

Family Cites Families (3)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
JPS6054687A (ja) * 1983-07-19 1985-03-29 スロ−ン−ケツタリング インステイテユ−ト フオ− キヤンサ− リサ−チ ヒト モノクロ−ン抗体の製法
EP0404836A1 (en) * 1988-04-07 1991-01-02 FARMITALIA CARLO ERBA S.r.l. Human monoclonal antibodies against rabies virus
DE69005908T2 (de) * 1989-06-08 1994-04-28 Wistar Inst Philadelphia Monoklonale Antikörper zur Behandlung nach einem Kontakt mit Tollwutvirus.

Also Published As

Publication number Publication date
AU7198291A (en) 1991-09-05
KR910016346A (ko) 1991-11-05
AU634030B2 (en) 1993-02-11
IE910697A1 (en) 1991-09-11
DE4006630A1 (de) 1991-09-12
CA2037446A1 (en) 1991-09-04
JPH05301894A (ja) 1993-11-16
EP0445625A1 (de) 1991-09-11

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT96908A (pt) Processo para a preparacao de produtos imunoprofilaticos que contem anticorpos contra o virus da raiva e de antigenes desse virus
US11129891B2 (en) Cytomegalovirus surface protein complex for use in vaccines and as a drug target
Walsh et al. Monoclonal antibodies to respiratory syncytial virus proteins: identification of the fusion protein
Schlesinger et al. Monoclonal antibodies distinguish between wild and vaccine strains of yellow fever virus by neutralization, hemagglutination inhibition, and immune precipitation of the virus envelope protein
Holland et al. Antigenic variants of herpes simplex virus selected with glycoprotein-specific monoclonal antibodies
Ohlin et al. Fine specificity of the human immune response to the major neutralization epitopes expressed on cytomegalovirus gp58/116 (gB), as determined with human monoclonal antibodies
Hunt et al. Biochemical and biological characteristics of epitopes on the E1 glycoprotein of western equine encephalitis virus
JPH03504556A (ja) Hiv‐1を中和するモノクローナル抗体
US5854400A (en) Monoclonal antibodies which neutralize HIV-1 infection
Ikuta et al. Identification with monoclonal antibodies of glycoproteins of Marek's disease virus and herpesvirus of turkeys related to virus neutralization
DK162605B (da) Anti-virus, anti-idiotype-antistof til induktion af immunologisk respons
US5043281A (en) Human monoclonal antibodies against cytomegalovirus and process for producing same
Fujinami et al. Monoclonal antibody defines determinant between Theiler's virus and lipid-like structures
Bishop et al. Human natural killer cell recognition of herpes simplex virus type 1 glycoproteins: specificity analysis with the use of monoclonal antibodies and antigenic variants.
EP0402029B1 (en) Monoclonal antibodies for post exposure treatment of rabies
Foung et al. Human monoclonal antibodies neutralizing varicella-zoster virus
Enssle et al. A rabies-specific human monoclonal antibody that protects mice against lethal rabies
Zaripov et al. Glycoprotein B of Aujeszky's disease virus: topographical epitope mapping and epitope-specific antibody response
Umino et al. Monoclonal antibodies directed to E1 glycoprotein of rubella virus
Bause-Niedrig et al. Borna disease virus-specific antigens: two different proteins identified by monoclonal antibodies
Kennedy et al. Characteristics of a shared idiotype by two IgM anti-herpes simplex virus monoclonal antibodies that recognize different determinants.
Morenkov et al. Immunological characterisation of glycoprotein E of Aujeszky's disease virus
AU674314B2 (en) Natural human igm antibodies
Garwes et al. Identification of epitopes of immunological importance on the peplomer of porcine transmissible gastroenteritis virus
WO1991002004A1 (en) IMMUNOGENIC GLYCOPROTEINS OF HUMAN CYTOMEGALOVIRUS gCII

Legal Events

Date Code Title Description
BB1A Laying open of patent application

Effective date: 19910704

FC3A Refusal

Effective date: 19970722