PT95762A - Dispositivo de disparo para um interruptor electrico - Google Patents
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Description
HOLEC SYSTEMEN & COMPONENTEN B.V. "DISPOSITIVO DE DISPARO PARA UM INTERRUPTOR ELÉCTRICO" A presente invenção diz respeito a um dispositivo de disparo para um interruptor eléctrico, que compreende uma culatra de material magnetizável, um íman permanente» posicionado de maneira fixa relativamente à culatra, e uma armadura suportada de maneira móvel, de material magnetizável, montados uns em relação aos outros de modo tal que a armadura, o íman permanente e a culatra formem um primeiro circuito magnético, sendo a armadura susceptível de tomar uma primeira posição sob a influência do campo magnético do íman permanente, compreendendo ainda pelo menos um enrolamento do íman e meios de mola para fazer com que a armadura tome uma segunda posição, em resposta ao campo magnético gerado por uma corrente eléctrica, que passa durante o funcionamento e pelo menos um enrolamento do íman, se for excedido um valor de limiar pré-estabelecido, sendo proporcionado um segundo circuito magnético para ajustar o valor do limiar sob a forma de uma derivação de material magnetizável que colabora com a culatra e o íman permanente para influenciar o campo magnético no primeiro circuito magnético pela derivação. E conhecido um dispositivo de disparo deste tipo que é apropriado para activar o mecanismo do interruptor de in- terruptores, por meios eléctricos, da patente de invenção norte-americana NQ3 693 122.
No seu estado de operação não activada, a armadura é mantida na primeira posição, contra a acção de uma força dos meios de mola, sob a influência do íman permanente, podendo por exemplo o interruptor a actuar pelo dispositivo de disparo estarno estado de condução. Excitando o ou os enrolamentos do íman com uma corrente eléctrica, o campo magnético do íman permanente que actua na armadura pode ser influenciado de modo que a armadura se move para a sua segunda posição sob a influência dos meios de mola para levar o interruptor respectivo para o estado de não condução, por exemplo. Na prática, pode ser esse o caso se se verificarem correntes de defeito para a terra ou se uma corrente que deve ser controlada numa instalação eléctrica exceder um valor máximo pré-determinado.
Rara detectar estas situações de avaria podem utilizar-se meios separados, por exemplo um circuito electrónico concebido para esse fim, podendo o ou os enrolamentos do íman ser excitados para fazer com que a armadura tome a segunda posição. Descreve-se um dispositivo de disparo equipado com um tal circuito electrónico na patente de invenção norte-americana N9 4 731 692.
Se for indesejável a utilização de um circuito electrónico separado e/ou um circuito de alimentação de energia separado para o ou os enrolamentos do íman, por exemplo de um ponto de vista dos custos ou por causa de uma maior probabilidade de avarias, pode evidentemente também fazer-se passar directamente através do ou dos enrolamentos do íman do dispositivo de disparo uma corrente que se pretende controlar ou um valor dela derivado. 0 valor de limiar acima do qual o dispositivo de disparo responde é influenciado por tolerâncias mecânicas nos meios dèmolas e pelas dimensões de, por exemplo, a culatra, os meios de suporte da armadura e similares, donde resultam entreferros indesejáveis e campos magnéticos de dispersão que podem produzir-se no primeiro circuito magnético, e pelas tolerâncias na intensidade do campo magnético do íman permanente.
Para ajustar o valor do limiar, pode utilizar-se vantajosamente o dispositivo de derivação magnética para influenciar a intensidade do campo magnético do íman parmanen-te que actua na armadura, por derivação magnética.
Porém, além de uma influência desejada do campo magnético no primeiro circuito magnético, os referidos meios de derivação provocam também campos de dispersão indesejáveis que podem influenciar de maneira inconveniente a precisão desejada do valor de limiar ajustado do próprio dispositivo de disparo. 0 ajustamento de dispositivos de disparo montados adjacentes, por exemplo numa instalação trifásica, ou outros dispositivos eléctricos sensíveis aos campos magnéticos pode também ser influenciado .
A referida patente de invenção norte-americana N9 3 693 122, por exemplo, descreve uma forma de realização de um dispositivo de disparo no qual os meios de derivação têm essencialmente a.forma de uma placa plana, estando essa placa de derivação situada com uma das suas faces parcialmente oposta a uma face polar do íman permanente e com a sua outra face parcialmente oposta à armadura, enquanto uma outra parte da placa de derivação está colocada a uma certa distân cia de, e forma um certo ângulo com, uma parte da culatra. A forma rectangular, essencialmente usada, da placa de derivação conhecida é indesejável no que respeita à ocorrência de campos magnéticos de dispersão no ambiente do dispositivo de disparo, em particular quando se usam imanes permanentes relativamente planos e achatados, devido a pro-duzirem-se então campos de dispersão magnéticos relativamente grandes entre a placa de derivação e a parte da culatra na qual está montado o íman permanente, devido à área relativamente grande da referida placa de derivação. A utilização de meios de blindagem contra tais campos de dispersão indesejáveis, por exemplo sob a forma de . uma caixa metálica ou de blindagens metálicas, conduzirão na prática muitas vezeS:ao aumento dos custos totais do dispositivo de disparo ou de um interruptor provido de um tal dispositivo de disparo. Na prática, não é além disso sempre possível utilizar tais meios de blindagem, por exemplo devido à construção do dispositivo de disparo, mas também em si- 5- \ ./ tuações nas quais, por razões de segurança, não são permitidas quaisquer caixas metálicas. A presente invenção tem por objecto proporcionar um dispositivo de disparo aperfeiçoado que usa meios de derivação magnéticos para o ajustamento do valor do limiar.
Os campos magnéticos de dispersão indesejáveis, no dispositivo de disparo do tipo mencionado no preâmbulo pelos meios de derivação são, segundo a presente invenção, reduzidos pelo facto de a área da superfície eficaz magneticamente ser feita, na vizinhança da sua secção de modo que inte-ractua com a culatra, menor que na vizinhança da secção que interactua com o íman permanente.
Verificou-se de facto que a secção dos meios de derivação que se estende para fora da face polar do íman permanente dá a maior contribuição para os campos magnéticos de dispersão indesejáveis. Reduzindo a área da superfície eficaz magneticamente da referida secção dos meios de derivação, por um lado, consegue-se uma maior distância física entre as partes da culatra e o ambiente com o qual não se pretende qualquer interacção magnética e, em consequência da maior resistência magnética assim obtida, um fluxo magnético de dispersão menor entre as referidas partes e os meios de derivação e, por outro lado, pode conseguir-se um certo grau de controlo do campo magnético entre os meios de derivação e as partes da culatra que pertencem ao segundo circuito magnético.
Numa forma de realização da presente invenção, a culatra compreende pelo menos duas pernas fazendo um certo ângulo entre si, estando a íman permanente situado na vizinhança da extremidade livre de uma das suas pernas, tendo os meios de derivação essencialmente a forma de uma placa de derivação plana e achatada, estando a secção da placa de.derivação que interactua com o íman permanente situada com uma das suas faces parcialmente oposta a uma face polar do íman permanente e com a sua outra face parcialmente oposta à armadura, estando a secção da placa de derivação que interactua com a culatra colocada a uma certa distância da, e fazendo um certo ângulo com uma outra perna da culatra, sendo o campo de dispersão indesejado reduzido pelo facto de a placa de derivação ser dimensionada de modo tal que a secção situada oposta à face do polo do íman permanente se estende o mais possível para o interior do limite periférico da res-pectiva face polar, enquanto a secção da placa de derivação que interactua com a culatra se estende na diracção da referida outra perna que tem uma forma cuja área da superfície diminui no sentido da perna respectiva.
Nesta forma de realização da presente invenção, a secção da placa de derivação situada oposta à face do polo do íman permanente não dará substancialmente qualquer contribuição para o fluxo de dispersão, enquanto a secção da placa de derivação que se estende para fora da face do polo do íman permanente dá uma menor contribuição para o fluxo de dispersão, devido à sua área da superfície decrescente, do -7- -7-
/ / que a secção correspondente da placa de derivação rectan-gular conhecida. A forma com a área da superfície decrescente no sentido da perna respectiva da culatra também efectua um certo grau de controlo do campo magnético no sentido da referida perna.
Na forma de realização preferida do dispositivo de disparo segundo a presente invenção, o íman permanente tem a forma cilíndrica, com faces polares em forma de disco, tendo a secção da placa de derivação situada oposta â respectiva face polar do íman permanente, uma superfície em forma de disco, cujo diâmetro é igual ou menor que o diâmetro da face polar respectiva, sendo a outra secção da placa de derivação que se estende no sentido da referida outra perna da culatra inclinada simetricamente e convergente .
Verificou-se que, se a superfície da secção da placa de derivação segundo a presente invenção que se estende no sentido da referida outra perna da culatra for menor do que metade da área da superfície da secção da placa de derivação situada oposta â face polar respectiva do íman permanente, poderá obter-se a melhor acção de derivação possível, com campos magnéticos de dispersão baixos aceitáveis. A redução da área da superfície magneticamente efec-tiva da placa de derivação tem a vantagem adicional de, por exemplo, nos dispositivos de disparo nos quais a corrente a controlar ou uma parte da mesma flui directamente através de pelo menos um enrolamento de íman, se eliminar substancial- 8-
mente a desmagnetização do íman permanente, como consequência de uma elevada corrente de pico ou similar. Mais especi-ficamente, a quantidade relativamente pequena de material magnetizável da placa de derivação ficará nesse caso rapidamente saturada, em consequência do que se produz o curto-circuito através de um resistência magnética baixa. A placa de derivação pode ser de concepção fixa ou ajustável, mas pode também fazer parte da culatra.
Para ajustar cuidadosamente o valor do limiar do campo magnético no primeiro circuito magnético, isto é, o valor da corrente através do ou dos enrolamentos do íman para os quais se verifica o disparo, por exemplo com uma placa de derivação colocada imóvel, é além disso importante que não se adicione qualquer resistência magnética aos circuitos sob a forma de entraferros e similares. Além de influenciar o campo magnético total no respectivo circuito magnético e, por conseguinte, a força que é exercida na armadura, os campos de dispersão que podem influenciar de maneira indesejável o funcionamento e a precisão do dispositivo de disparo e quaisquer outros dispositivos colocados adjacentes podem ser produzidos em posições com resistência:magnética aumentada.
No dispositivo de disparo conhecido da patente de invenção norte-americana N93 693 122 surge o problema de ser necessário que a armadura ou o seu corpo tubular de suporte, e a abertura de passagem numa perna da culatra estejam cuidadosa- mente adaptados entre si no que respeita às duas dimensões e tenham de ficar alinhados cuidadosamente uns com os outros depois da montagem a fim de impedir a existência de entrefer-ros indesejáveis e similares que influenciam um ajustamento correcto do referido valor do limiar desvantajosamente.
Uma solução deste problema de procurar uma optimiza-ção do ajustamento preciso do valor de limiar, de acordo com um objecto da presente invenção, é proporcionada numa outra forma de realização da presente invenção, na qual a armadura tem uma forma alongada e a culatra compreende pelo menos duas pernas situadas o mais paralelas possível e a uma distância mútua, estendendo-se entre as pernas um corpo de suporte tubular para suportar de maneira móvel a armadura, e sendo pelo menos uma das pernas provida de uma abertura de passagem através da qual pode mover-se a armadura, sendo um casquilho de material magnetizável montado entre a perna res-pectiva na posição da abertura de passagem e a extremidade do corpo de suporte a ela ligado. 0 casquilho forma uma peça de extensão da abertura do corpo de suporte tubular, sendo as dimensões interiores do casquilho cuidadosamente adaptadas à espessura da armadura, sendo uma das suas extremidades susceptível de se estender para fora da culatra através do referido casquilho e da abertura de passagem. 0 casquilho liga-se directamente à perna respectiva da culatra em torno da abertura de passagem.
Devido ao facto de o casquilho se ligar cuidadosamen- / -10- .¾) te quer à armadura quer à perna respectiva da culatra, o trajecto do primeiro circuito magnético passará pelo referido casquilho e pela referida perna da culatra.
Isso significa que a abertura de passagem na culatra pode ser dimensionada mais amplamente do que a espessura da ar -madura, o que é vantajoso quer do ponto de vista da engenharia de produção, quer do ponto de vista dos custos, em especial quando se utiliza uma culatra laminada. Porém, a ligação directa do casquilho à perna respectiva da culatra exige um dimensionamento e uma montagem precisos da culatra e do corpo de suporte, em particular no caso das culatras construídas numa só peça. A fim de reduzir efectivamente a ocorrência de um entreferro entre o casquilho e a perna respectiva da armadura na eventualidade de, por exemplo, haver desvios dimensionais indesejáveis, numa outra forma de realização da presente invenção o casquilho estende-se para o interior da abertura de passagem.
Qualquer campo magnético de dispersão entre a armadura e a abertura de passagem na culatra é desse modo efectivamente reduzido. Além disso, esta forma de realização da presente invenção também oferece a possibilidade de maiores tolerâncias no dimensionamento da culatra e do corpo de suporte sem efeitos desvantajosos na precisão pretendida do valor do limiar. Será evidente que isto é vantajoso do ponto de vista da engenharia de produção. / -11-
1¾
Numa forma de realização, que é vantajosa do ponto de vista da montagem, da presente invenção, com a qual pode evitar-se efectivamente a ocorrência de um entreferro entre o casquilho e a perna respectiva da culatra, a perna respectiva com a abertura de passagem é construída sob a forma de um elemento separado que deve ser fixado na culatra.
Esta forma de realização é apropriada, em particular, em combinação com um casquilho que pode estender-se para o interior da passagem. Além de impedir a resistência magnética não desejada no circuito magnético, o casquilho pode também ser usado para adicionar uma resistência magnética de uma maneira controlada ao circuito magnético para influenciar o valor de limiar. Para isso, numa forma de realização do dispositivo de disparo segundo a presente invenção, o casquilho é feito de um material magnetizável com propriedades de magnetização diferentes das do material da armadura e da culatra.
Além das·medidas atrás mencionadas, numa forma de realização da presente invenção na qual a armadura tem a forma alongada e está situada com uma extremidade oposta à outra referida superfície da secção da placa de derivação situada oposta àrespectiva face polar do íman permanente, a tolerância do valor de limiar ajustado é reduzida ainda mais, proporcionando-se #ma elevação convexa com um raio maior do que o diâmetro da armadura, na referida outra superfície da placa de derivação na posição em que a armadura encontra a placa de derivação. _^ss***
Esta medida reduz efectivamente a influência de qualquer desalinhamento da armadura, relativamente à placa de derivação, por exemplo em consequência de tolerâncias mecânicas e/ou de um alinhamento incorrecto, visto que, mesmo com um desalinhamento ligeiro, se consegue apesar disso uma superfície de contacto magnético relativamente grande entre a armadura e a placa de derivação, sendo possível que a armadura tenha a forma plana e achatada na referida extremidade. Em contraste com a prática de arredondar a armadura na extremidade respectiva, é mais simples e mais económico, do ponto de vista da engenharia de produção, proporcionar, segundo a presente invenção, a placa de derivação com uma elevação, por exemplo por prensagem. A presente invenção também se refere a um interruptor eléctrico que possui um alojamento e pelo menos um par de contactos, um sistema de molas e meios de actuação para levar o referido par de contactos para uma ou para a outra posição sob a influência da acção do sistema de molas, compreendendo o referido meio de actuação um dispositivo de disparo segundo uma ou várias das formas de realização anteriores.
Descrevem-se a seguir formas de realização do dispositivo de disparo segundo a presente invenção, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam: A fig. 1, esquematicamente, e parcialmente em corte, uma forma de realização de um dispositivo de disparo pa- -13-
ra ser usado num interruptor eléctrico tal como se descreve no pedido de patente de invenção europeia não publicado P 0 377 479, em nome da Requerente; A fig. 2 esquematicamente, em alçado, uma forma de realização da placa de derivação usada no dispositivo de disparo da fig. 1; A fig. 3, esquematicamente , em alçado, uma forma de realização da placa de derivação segundo a fig. 2, aperfeiçoada de acordo com a presente invenção; A fig. 4, esquematicamente, em alçado, a forma de realização preferida da placa de derivação segundo a presente invenção; A fig. 5, esquematicamente, parcialmente em corte, uma parte de uma forma de realização do dispositivo de disparo segundo a presente invenção; A fig. 6, esquematicamente, parcialmente em corte transversal, uma parte de ainda uma outra forma de realização do dispositivo de disparo segundo a presente invenção.
Os elementos com uma função e/ou construção correspondentes são indicados adiante com os mesmos números de referência. A fig. 1 representa um alçado lateral, reproduzido parcialmente em corte transversal, de uma forma de realização de um dispositivo de disparo para· ser usado em interruptores eléctricos que foram propostos antes pela Requerente, no seu pedido de 'patente de invenção europeia Ns 0 377 479 não publicado. 0 dispositivo de disparo representado na fig. 1 compreende uma culatra (1), afDroximadamente em forma de S, de material magnetizável, tal como ferro macio, aço e similares, com pernas (2), (3) e (4) paralelas. Colocado entre as pernas (3) e (4) está um íman permanente (5) feito, por exemplo de "ferroxdure". Os pó 1 os norte e sul do íman permanente (5) estão indicados respectivamente pelas letras N e S. Disposta alinhada com o eixo magnético do íman permanente (5), está uma armadura (6) alongada, em forma de barra, feita de material magnetizável, tal como, por exemplo, ferro macio ou aço e suportada de maneira móvel por meio de um corpo de suporte (7) tubular. As pernas (2) e (3) da culatra (1) adja centes uma à outra estão providas de aberturas de passagem (8) e (9), respectivamente, através das quais pode deslocar--se a armadura (6). 0 corpo de suporte (7) pode ser feito de plástico, sendo as pernas (3) e (4) da culatra (1) também abraçadas de maneia parcial de modo que o corpo de suporte (7) toma uma posição fixa relativamente à culatra (1). Para maior cia reza, a secção do corpo de suporte (7) situada entre as pernas (3) e (4) da culatra (1) está ilustrada em corte transversal.
Fixada na extremidade da armadura (6) afastada do íman permanente (5), há uma cabeça (10) com um batente (11), estando montada entre o referido batente (11) e a perna (2) -15, da culatra uma mola de compressão (12) que exerce uma força na armadura (6) ou na sua cabeça (10), no sentido em que se afasta do íman permanente (5).
Entre as pernas (3) e (4) da culatra (1), está montado um primeiro enrolamento do íman (13) em torno da armadura (6). Para maior clareza, o referido enrolamento magnético (13) está representado esquematicamente a traço e ponto. Disposto entre as pernas (2) e (3) da culatra (1) encontra-se um outro enrolamento magnético (14) em torno da armadura (6), estando o referido enrolamento magnético (14) representado parei alment e em corte transversal. Para maior clareza não estão representados os terminais dos dois enrolamentos magnéticos (13) e (14). A armadura (6), o íman permanente (5) e as pernas (3) e (4) da culatra (1) formam um primeiro circuito magnético, tomando a armadura (6) uma primeira posição como está representado nas figuras, sob a influência do campo magnético do íman permanente (5).
Neste dispositivo de disparo, que se baseia no chamado princípio activo, a armadura pode ser deslocada para a sua segunda posição, na qual a cabeça (10), se projecta mais para a frente excitando um ou os dois enrolamentos (13) e (14) com uma corrente eléctrica. 0 campo magnético do íman permanente (5) na armadura (6) pode ser atenuado com o enrolamento (13), enquanto pode estabelecer-se uma força magnética entre a armadura (6) e a- perna (2) da culatra (1) pelo enrolamento magnético (14).
Se as correntes respectivas nos enrolamentos magnéticos (13) e (14) atingirem um. nível tal que a força que actua na armadura, entre outras coisas sob a influência da mola de compressão (12), for maior no sentido em que se afasta do íman permanente (5) do que a força exercida na armadura pelo próprio íman permanente (5), a armadura tomará a referida segunda posição .
Este movimento da armadura pode ser usado para actuar o mecanismo de comutação de um interruptor eléctrico de que o dispositivo de disparo faz parte.
Na forma de realização representada na fig. 1, está ainda indicado um elemento bimetálico (15) que actua na armadura (6), ou no batente (11).
Por meio do referido elemento bimetálico (15) pode exercer--se uma força adicional na cabeça (10) para fazer com que a aramdura (6) se desloque para a segunda posição.
Uma placa de derivação (16) está colocada entre o íman permanente (5) e a armadura (6) na forma de realização representada. A placa de derivação (16), que é suportada pelo corpo de suporte (7), estende-se paralelamente à perna (4) da culatra (1) e transversalmente em relação ao lado de base ou perna (17) da culatra (1). 0 íman permanente (5), a placa de derivação (16), o lado de base (17) e a perna (4) da culatra (1) formam um segundo circuito magnético, que está em derivação com o primeiro circuito magnético do qual faz parte a armadura (6). Variando a distância da
-17 placa de derivação (16) ao lado de base (I7)da culatra (1), é possível influenciar a intensidade do campo magnético.do íman permanente na armadura (6). Se se derivar uma parte importante do campo magnético do íman permanente (5), uma menor corrente através de um ou dos dois enrolamentos magnéticos (13) e (14) será capaz de provocar o movimento da armadura para a segunda posição, e vice-versa. Por conseguinte, o valor do limiar, acima do qual a armadura (6) pode deslocar-se para a segunda posição, pode ser ajustado por meio da placa de derivação (16).
Como se mostra na fig. 2, a placa de derivação (16) é feita sob a forma de uma placa rectangular de material magnetizável, no dispositivo de disparo segundo a fig. 1. Verificou-se, no entanto, que esta forma reactangular provoca campos de dispersão indesejáveis, em particular no que respeita às secções da placa de derivação (16)que se estende para fora da face polar do íman permanente (5). Na fig. 1 está indicada pelas setas (18) uma parte do campo de dispersão que se verifica devido à placa de derivação (16). Por sua vez, o referido campo de dispersão tem, por si, um efeito inconveniente sobre a precisão do valor do limiar ajustado, entre outras coisas pelo facto de ser difícil calcular a intensidade dos campos do tipo de dispersão, donde resulta ser impossível também uma correcção precisa. A fig. 3 mostra uma forma de realização da placa de derivação (16) segundo a presente invenção, na qual a área da superfície magneticamente eficaz da placa de derivação, na vizinhança da secção (19) da mesma que interactua com a culatra, é menor do que a secção (20) situada em frente de uma face polar do íman permanente (5). A área da superfície da secção (20) está neste caso adaptada à área da superfície da face polar respectiva do íman permanente de uma maneira tal que a secção (20) se estende o mais possível para o interior dos limites da periferia da face polar respectiva. A contribuição da secção (20) para o fluxo de dispersão é suficientemente pequeno para se desprezar devido a esta medida, enquanto a contribuição da secção (19), devido à sua área da superfície reduzida, será também menor se se usar uma placa de derivação rectangular segundo a fig. 2.
Como já se descreveu na introdução, a redução das propriedades activas magneticamente da placa de derivação : tem, entre oustras coisas, a vantagem de se evitar de maneira efectiva a desmagnetização do íman permanente. E evidente que, como está representado, por exemplo na fig. 1, a culatra pode também ser convenientemente dimensionada para esse fim. A intensidade do campo magnético, como consequência, de um enrolamento magnético (14), será limitada ao circuito magnético formado pelas pernas (2) e (3) e armadura (6). 0 íman permanente (5) não é por isso influenciado ou é influenciado numa medida desprezável. A forma de realização representada baseia-se num íman permanente cilíndrico com uma face polar em forma de disco. São evidentemente possíveis outras formas geométricas.
Verificou-se que se podem obter, por um lado, uma acção de derivação e, por outra lado, um campo magnético de dispersão o menor possível, com uma forma de realização da placa de derivação como se representa na fig. 4. As dimensões da sua secção (20) estão adaptadas à face polar do íman permanente (5), enquanto a secção (19), que interactua com a culatra £1), tem uma forma inclinada simetricamente e convergente que começa a partir da referida secção (20). Para utilização, por exemplo, no dispositivo de disparo segundo a referida patente de invenção norte-americana N9 3693122, a placa de derivação pode também estar provida de duas partes (19) que se estendem uma em oposição à outra a partir da secção (20). Com uma área da superfície efectiva magneticamente da secção (19) de aproximadamente 20 a 50% da superfície eficaz magneticamente da secção (20) da placa de derivação (16), pode obter-se uma situação óptima relativamente à acção de derivação e a um fluxo de dispersão baixo. A circunferência a tracejado (21) na fig. 4 mostra uma elevação ou abaulamento convexo na superfície da placa de derivção situada em oposição à armadura. 0 raio da elevação ou abaulamento convexo (21) na placa de derivação (16) é maior do que o diâmetro da armadura (6). Com esta medida consegue-se o resultado de , mesmo qualquer desali-nhamento da armadura (6), ter um efeito desvantajoso despre- zável no valor do limiar para fazer com que a armadura (6) se desloque para a segunda posição. A prõpria armadura pode ser plana e achatada na sua extremidade (22). A fig. 5 representa, parcialmente em corte, uma outra forma de realização de um dispositivo de disparo segundo a presente invenção no qual a armadura e o enrolamento magnético foram omitidos, para maior clareza.
Neste caso, a culatra (1) é constituída por duas pernas (23) e (24) em forma de L, unidas para formar uma culatra (1) em forma de U, com a inserção do íman permanente (5). Nesta forma de realização, a placa de derivação (16) é formada pela extremidade (25) da perna (24), que se estende em oposição a uma face polar do íman permanente (5) e transversalmente em relação à perna (23). A forma da extremidade (25) da perna (24) corresponde à placa de derivação (16), como se mostra na fig. 4.
Devido ao facto de a placa de derivação formar um componente rígido da culatra, é importante nesta forma de realização do dispositivo de disparo que não se introduza qualquer resistência magnética adicional no circuito magnético como consequência de tolerâncias ou defeitos de montagem, por exemplo sob a forma de entreferros, pois desse modo influencia-se, não intencionalmente, o valor do limiar ajustado. Em particular, é necessário um dimensionamento preciso da abertura de passagem (9) para a armadura (6) na perna (23) da culatra, estando essa abertura de passagem .-.v / adaptada à espessura da armadura (6). Como se compreenderá, isso aplica-se também à forma de realização representada na fig. 1.
Por conseguinte, a presente invenção proporciona além disso um casquilho (26) de material magnetizável que é montado entre a perna (23) na posição da abertura de passagem (9) e a extremidade do corpo de suporte (7) que a ele a liga. 0 casquilho (26) tem uma abertura de passagem (27) cuidadosamente adaptada à espessura da armadura. 0 casquilho além disso encosta-se à perna (23). 0 casquilho (26) consegue proporcionar uma boa junção magnética entre a armadura e a perna (23) na posição da abertura de passagem (9). Como consequência, a referida abertura de passagem pode ser dimensionada maior do que a espessurada armadura, o que tem vantagens tanto do ponto de vista da produção como de economia, em particular em culatras de estrutura laminada.
Para ter em conta tolerâncias no espaçamento mútuo das pernas (23) e (24) e as dimensões do corpo de suporte (7) que pode dar origem a entreferros indesejáveis entre o casquilho (26) e a perna (23), na fig. 6 está representada uma outra forma de realização de um dispositivo de disparo segundo a presente invenção, parcialmente em corte, tendo mais uma vez sido omitidos para maior clareza a armadura e o enrolamento magnético.
Nesta forma de realização, a culatra (1) é consti- tuída por uma perna direita (28) e uma perna em forma de L (29), estendendo-se o casquilho (26) para o interior da aberturade passagem (9) para a armadura (6) na perna (28) e, se necessário, para o exterior da mesma.
Além de uma melhoria do ponto de vista da engenharia de produção, esta forma de realização tem a vantagem de se reduzirem eficazmente quaisquer campos de dispersão magnéticos entre a armadura e a perna (28) na abertura de passagem (9). E também possível construir a perna (28), como se mostra na fig. 6, como elemento separado para ser ligado à culatra, o que facilita a montagem do dispositivo de disparo e com o que também se suprime um entreferro entre o casquilho (26) e a perna respectiva da culatra. A perna (23) . na fig. 5 pode, evidentemente, também ser construída para ser separada com a mesma vantagem.
Construindo o casquilho com material magnetizável com propriedades escolhidas apropriadamente, pode influenciar-se o campo magnético no primeiro campo magnético de uma maneira controlada, de modo que se torna possível também um ajustamento muito rigoroso do valor do limiar com o casquilho (26).
Será evidente que as medidas descritas atrás e baseadas na ideia da invenção não se limitam â aplicação nos dispositivos de disparo como está representado.
Claims (12)
1,- Dispositivo de disparo para um interruptor eléctrico que compreende uma culatra de material magnetizãvel, uma íman permanente colocado imõvel relativamente â culatra e uma armadu ra suportada de maneira mõvel, de material magnetizãvel, dispo£ tos mutuamente de modo tal que a armadura, o íman permanente e a culatra formam um primeiro circuito magnético, sendo a armadu ra susceptível de assumir uma primeira posição sob a influência do campo magnético do íman permanente, compreendendo além disso pelo menos um enrolamento magnético e meios de molas para fazer com que a armadura assuma uma segunda posição, em resposta ao campo magnético gerado por uma corrente eléctrica que passa du-durante a operação' no ou nos enrolamentos magnéticos, se for ex cedido um limiar pré-determinado, sendo proporcionado um segundo circuito magnético para ajustar o valor do limiar, sob a for ma de um meio de derivação, de material magnetizãvel, que interage com a culatra e com o Iman permanente para influenciar o campo magnético no primeiro circuito magnético pelo meio de derivação, caracterizado por a área da superfície efectiva magneticamente do meio de derivação ser menor na vizinhança da sua acção que interage com a culatra que na vizinhança da secção que interage com o Iman permanente.
2.- Dispositivo de disparo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a culatra compreender pelo menos duas pernas fazendo um certo ângulo entre si, estando o Iman permanente situado na vizinhança da extremidade livre de uma das suas pernas, tendo o meio de derivação substancialmente a forma de uma placa de derivação achatada, estando a secção da placa de derivação que interage com o Iman permanente posicionada ccm uma sua su perflcie parcialmente oposta a uma face polar do Iman permanente e com a sua outra superfície parcialmente oposta ã armadura, estando a secção da placa de derivação que interage com a culatra disposta a uma certa distância de, e formando um certo ângu lo com, uma outra perna da culatra, sendo a placa de derivação dimensionada de modo tal que a secção situada oposta â face polar do Iman permanente se estende o mais para dentro possível do limite periférico da respectiva face polar, enquanto que a sec-
ção da placa de derivação que interage com a culatra se estende no sentido da referida outra perna que tem uma forma na qual a área da superfície diminui no sentido da perna respectiva.
3,- Dispositivo de disparo de acordo com a reivindicação 2/ caracterizado por a secção da placa de derivação que se estende no sentido da referida outra perna da culatra ter uma for ma cõnica simetricamente e convergente a partir da referida se£ ção limitada pela face polar do íman permanente.
4.- Dispositivo de disparo de acordo com as reivindica-.ções 2 ou 3, caracterizado por a referida face polar do íman permanente ter a forma de um disco, tendo a secção da placa de derivação situada em oposição a face polar respectiva uma super fície em forma de disco, cujo diâmetro é igual a, ou menor do que, o diâmetro da peça polar respectiva.
5.- Dispositivo de disparo de acordo com as reivindicações 2, 3 ou 4, caracterizado por a ãrea da superfície da secção da placa de derivação que.se. estende no sentido da referida outra perna da culatra ser menor que metade da área da superfície da secção, da placa de derivação situada em oposição â face polar respectiva do íman permanente.
6.- Dispositivo de disparo de acordo com uma ou várias -26- das reivindicações anteriores, carac-terizado por a placa de derivação fazer parte de uma perna da culatra.
7. - Dispositivo de disparo de acordo com uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizado por a armadura ter uma forma alongada e estar situada com uma extremidade em oposi çio à referida outra superfície da secção'da placa de derivação, proporcionando-se uma elevação convexa com um raio maior em comparação com o diâmetro da armadura na referida outra superfície da placa de derivação, na posição em que a armadura en contra a placa de derivação.
8. - Dispositivo de disparo de acordo com uma ou várias das reivindicações anteriores, caracterizado por a armadura ter uma forma alongada e a culatra compreender pelo menos duas pernas situadas, o mais possível paralelas e .a uma certa distância uma da outra, entre as quais se estende um corpo de suporte para suportar de maneira móvel a armadura, sendo pelo menos uma das pernas provida com uma abertura de passagem através da qual a armadura pode deslocar-se, estando uma manga de material magne tizãvel montada entre a perna respectiva na posição da abertura de passagem e a extremidade do corpo de suporte a ela ligada.
9. - Dispositivo de disparo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a referida manga se estender para o in terior da abertura de passagem.
10. - Disparo de disparo de acordo com as reivindicações 8 ou 9, caracterizado por a referida perna com a abertura de passa gem ser construída como um elemento separado que pode ser fixado na culatra.
11. - Dispositivo de disparo de acordo com as reivindicações 8, 9 ou 10, caracterizado por a referida manga ser feita de um material magnetizãvel· com propriedades magnéticas diferentes das do material da armadura e da culatra.
12. - Interruptor eléctrico que possui uma caixa, pelo me nos um par de contactos, um sistema de molas e meios de actua-ção para levar o ou os pares de contactos para uma ou para outra posição sob a acção do sistema de molas, caracterizado por os meios de actuação compreenderem.um dispositivo de disparo de acordo com uma ou várias das reivindicações anteriores. Lisboa, 31 de Outubro de 1990
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