PT938417E

PT938417E - Aperfeicoamentos em e relacionados com documentos de seguranca

Info

Publication number: PT938417E
Application number: PT97941099T
Authority: PT
Inventors: Brian Chorley
Original assignee: Bank Of England
Priority date: 1996-11-07
Filing date: 1997-09-19
Publication date: 2000-11-30
Also published as: ATE193865T1; AU716017B2; US6127034A; EP0938417B1; JP2001503819A; GR3034270T3; AU4312497A; EP0938417A1; ES2149611T3; CA2270354A1; DE69702321T2; JP4008037B2; WO1998019866A1; DE69702321D1

Description

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DESCRIÇÃO "APERFEIÇOAMENTOS EM E RELACIONADOS COM DOCUMENTOS DE SEGURANÇA" Âmbito do Invento

Este invento diz respeito à produção de papel ou de outro material em forma de folha próprio para esses documentos de segurança, e em particular à produção de um filete de segurança tal como o que se acha descrito na descrição de patente UK 2227451, que é inserido no referido papel/material em forma de folha.

Antecedentes do Invento É conhecido o processo de inserção de um filete de segurança no papel de documentos de segurança, tais como os que são utilizados para a impressão de notas de banco. Os filetes desse tipo apresentam-se tipicamente sob a forma de uma tira alongada tipicamente formada a partir de uma película de plástico, uma superfície da qual é revestida com uma fina película metálica, e entre a película de metal e a película de plástico encontram-se ensanduíchadas umas zonas de material magnético que se acham espaçadas umas em relação às outras e cujo comprimento (medido na direcção do comprimento do filete) é tal que, quando se deslocam em relação a uma adequada cabeça de leitura, podem induzir sinais eléctricos dotados de características capazes de poder ser descodificadas, a fim de se determinar a matriz de material magnético no filete de segurança. -2-

Também foi proposto efectuar-se ao longo do comprimento do filete a incorporação de símbolos, letras, números, ou outros dados capazes de poder ser decifrados visualmente ou capazes de poder ser lidos por máquinas, e a tomada de providências para que este material capaz de poder ser lido visualmente e/ou por máquinas possa ser identificado pelo menos num dos lados do filete e possa ser inspeccionado (visualmente ou por leitura feita por máquinas) quando o filete for incorporado num documento de segurança ou numa nota de banco.

Em particular, os dados capazes de poder ser lidos podem compreender uma curta descrição do documento no interior do qual é incorporado o filete, e no caso de uma nota de banco isso pode ser o valor e a denominação da nota.

Na US-A-5516153 é descrito um filete de segurança em que um suporte de material plástico é revestido com uma camada de metal para formar caracteres rebaixados sobre os quais são impressas barras de tinta magnética. Em alternativa, sobre toda a camada de metal pode ser aplicada uma fina camada de um pigmento magnético. Nesse documento também é feita referência à EP-A-0330733 na qual é divulgado um filete de segurança que apresenta uma camada portadora de um substrato feita num material resistente ao rasgamento, como por exemplo poliéster.

Nas descrições das EP 0400902, 0426801, 0659587 e 0613786 também são descritos filetes de segurança.

Um dos objectivos do presente invento consiste em proporcionar um método e um aparelho próprios para a produção de uma forma preferida de um filete de segurança compósito, isto é, um filete de segurança que apresente uma película metálica para continuidade eléctrica, codificação magnética para permitir que o filete possa ser lido utilizando um leitor magnético, e portadora de dados visíveis ou de marcações que possam ser vistas a olho nu.

Sumário do Invento

De acordo com um aspecto do presente invento é proporcionado um método de fabrico de um filete de segurança compósito, compreendendo as seguintes etapas: a) revestimento de uma película de poliéster com uma camada de metal, tipicamente alumínio; b) revestimento de zonas seleccionadas da película com material magnético, de maneira a produzir ao longo do comprimento da película grupos de zonas que se acham espaçadas umas em relação às outras e que são capazes de poder ser detectadas por uma cabeça de leitura magnética, para gerar leituras eléctricas para descodificação; c) em alinhamento com grupos seleccionados do material magnético, impressão de caracteres, que devem ser visíveis a olho nu, ao longo de uma zona paralela da película laminada, utilizando para esse efeito um material foto-resistente, de maneira a proteger a camada de metal nas zonas em que os caracteres se destinam a aparecer no filete final; d) aplicação de um produto químico na referida zona paralela para remover a camada de metal, com excepção dos locais onde esta se acha protegida pelo material resistente; e) revestimento da zona que contém os grupos de material magnético que se acham espaçados uns em relação aos outros, com uma camada de obscurecimento; f) revestimento de toda a superfície da película que contém as deposições -4- magnéticas e os caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, com um material transparente ou semitransparente para proporcionar uma barreira própria para impedir a contaminação química e proporcionar protecção física às zonas magnéticas e aos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, para reduzir o risco de estragos na película durante os subsequentes processos de fabrico de papel e de impressão a que a película é submetida.

Numa disposição alternativa, o alumínio é revestido com material resistente, com excepção dos locais onde se destinam a ser formados os caracteres, e a camada de alumínio não protegida é removida por tratamento químico, de maneira a que as letras sejam vistas como zonas transparentes na superfície reflectiva e opaca da camada de alumínio. A camada de plástico pode ser uma película de poliéster, tipicamente a que é comercializada sob a marca de produto MYLAR. O material resistente é de preferência aplicado através de um processo de impressão, como por exemplo impressão flexográfica, rotogravura ou serigrafia. O alinhamento entre linhas de zonas capazes de poder ser lidas magneticamente e de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente é importante por duas razões. Por um lado, a largura do filete de segurança resultante é tipicamente da ordem de 3 mm e é importante que as zonas magnéticas que se acham espaçadas umas em relação às outras ocupem apenas essa parte da largura do filete atribuída ao material magnético capaz de poder ser lido, e que os caracteres capazes de poder ser lidos visualmente apenas ocupem a restante parte da largura do filete. No entanto, além disso é desejável que pelo menos um conjunto completo de zonas magnéticas que se acham espaçadas umas -5- em relação às outras vá ficar contido ao longo do comprimento de cada zona do filete que se irá estender através de um documento de segurança, como por exemplo uma nota de banco, depois desta última ter sido obtida a partir de uma folha mais larga por meio de uma operação de corte com guilhotina, e também pode ser desejável que pelo menos um conjunto completo de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, que formam uma mensagem ou uma notificação, também vão aparecer em cada um dos referidos comprimentos do filete de segurança que se estende através do documento guilhotinado.

Se esta última característica se destina a ser alcançada, é importante que as zonas capazes de poder ser lidas magneticamente vão ficar alinhadas no sentido do comprimento, com os caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, e que o comprimento e a frequência de repetição de ambos, ao longo do comprimento do filete, sejam de molde a que vá ficar garantida a existência de pelo menos um conjunto completo de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente e de pelo menos um conjunto completo de zonas magnéticas capazes de poder ser lidas magneticamente dentro dos limites da dimensão do documento através do qual o filete se estende depois da operação de corte com guilhotina.

Um método próprio para se atingir este objectivo é o que consiste em assegurar que a extensão longitudinal dos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente é de preferência semelhante à extensão longitudinal de cada grupo de zonas magnéticas codificadas que se acham espaçadas umas em relação às outras e fica lateralmente alinhada com esta última, e que o espaçamento e a repetição das zonas depositadas magneticamente são escolhidos de maneira a que a dimensão de cada um dos documentos de segurança guilhotinados, como por exemplo uma nota de banco, seja de molde a conter pelo menos dois comprimentos completos de zonas capazes de poder ser lidas magneticamente. Desta maneira, apesar das zonas irem ficar alinhadas com os cortes feitos com guilhotina, ao longo do comprimento do filete que se estende através de cada um dos documentos guilhotinados irá sempre haver pelo menos um conjunto completo de zonas magnéticas que se acham espaçadas umas em relação às outras, e por conseguinte, de modo semelhante, um conjunto completo de caracteres capazes de poder ser lidas visualmente. O revestimento de protecção pode ser um poliéster transparente ou semitransparente ou uma laca. A cobertura de protecção pode ser aplicada através de um simples processo de revestimento ou de impressão ou pode ser aplicada sob a forma de uma película de poliéster, ou de material semelhante, que é laminada sobre a película referida em primeiro lugar, indo a superfície revestida e impressa da primeira película ficar ensanduíchada entre esta última e a película de protecção.

De acordo com outro aspecto do invento é proporcionado um método de fabrico de um filete de segurança, compreendendo as seguintes etapas: a) revestimento de uma fina camada de metal sobre uma fina película de plástico, tipicamente alumínio sobre uma película de poliéster; b) revestimento da superfície metalizada com um material resistente, com excepção das zonas que correspondem a zonas destinadas à formação de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente; c) desmetalização da película expondo-a à acção de um adequado produto químico, de maneira a remover a camada de metal das zonas destinadas à formação dos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente; d) remoção das sobras de produto químico por meio de lavagem; e) secagem da película para remover quaisquer vestígios de produto químico e de produto lavagem; f) impressão na superfície da camada de metal, segundo uma direcção paralela às -7- linhas de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, de zonas distintas e separadas de material magnético, sendo as referidas zonas dispostas em grupos para ajudar a efectuar a descodificação, e sendo as posições dos referidos grupos seleccionadas de maneira a ficarem em alinhamento correcto com os grupos de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, de maneira a que, depois de ser guilhotinado, um documento de segurança contendo um comprimento de filete vá sempre incluir ao longo do comprimento guilhotinado do filete pelo menos um grupo completo de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente e pelo menos um grupo completo de zonas capazes de poder ser lidas magneticamente; g) revestimento da película por impressão, de maneira a obscurecer o material magnético; e h) revestimento por impressão ou laminagem de uma película de protecção sobre a película de plástico original, de maneira a que sobre esta última se vá formar um revestimento de protecção transparente.

Qualquer que seja o método utilizado, a película de plástico original ou primária é tipicamente de MYLAR, com uma espessura dentro da gama de 6-15 micra. O revestimento constituído por uma fina camada de metal tem tipicamente uma espessura de umas escassas centenas de Angstroms e o material magnético é aplicado sob a forma de blocos rectangulares com uma espessura de aproximadamente 12 micra e tipicamente com um comprimento de 2 mm (isto é, paralelo à direcção do comprimento do filete) e tendo uma largura (perpendicularmente à direcção do comprimento do filete) dentro da gama de valores compreendidos entre 0,75 e 1,5 mm.

Um filete acabado tem uma largura tipicamente da ordem de 3 mm e uma vez que as zonas magnéticas podem ocupar uma faixa cuja largura pode ir até 1,5 mm a partir de um dos bordos do filete acabado, na outra metade do filete -8- acabado fica disponível uma zona com uma largura de aproximadamente 1,5 mm para conter os caracteres capazes de poder ser lidos visualmente.

No caso dos filetes serem formados por impressão e revestimento em rolos de película de poliéster com uma largura nominal de 300 mm, é fácil de constatar que podem ser formados aproximadamente 100 filetes através de um processo de corte da película em tiras com uma largura de 300 mm em tiras adjacentes com uma largura de 3 mm.

De acordo com outro aspecto do invento é proporcionado um aparelho para a formação de filetes de segurança, compreendendo: a) uns meios para suportar um rolo de película de poliéster, uma superfície da qual se acha revestida com metal, como por exemplo alumínio; b) um aparelho de impressão próprio para a imprimir caracteres em negativo em linhas igualmente espaçadas através da largura da película, sobre a superfície metalizada da película, mediante revestimento da superfície com um material resistente, com excepção das zonas em que os caracteres se destinam a aparecer no produto final; c) um banho de ataque químico contendo um produto químico líquido, através do qual a película é obrigada a passar, de maneira a remover por meio de ataque químico a metalização exposta; d) um posto de lavagem através do qual a película submetida ao ataque químico é obrigada a passar para remover as sobras de material de ataque químico e, caso se deseje, também o material resistente; e) um posto de secagem para a secagem por evaporação de qualquer líquido que tenha permanecido sobre a película; f) um aparelho de impressão próprio para a deposição dos chamados blocos de código de material magnético em linhas paralelas às linhas de caracteres gravados por ataque químico e espaçadas em relação àquelas, sendo -9- proporcionada uma linha de blocos de código entre cada linha de caracteres; g) uns meios de impressão próprios para aplicar um revestimento de material opaco e não magnético nas linhas de blocos de código magnéticos para obscurecer visualmente os blocos; h) um aparelho de laminagem próprio para laminar uma segunda película de poliéster sobre a primeira película, indo os caracteres gravados por ataque químico e os blocos de código ficar ensanduíchados entre as duas películas de poliéster, ou um aparelho de revestimento próprio para revestir uma laca, ou outro material plástico, sobre a superfície da película original que contém os caracteres e os blocos de código, de modo a formar uma película de protecção sobre estes; i) uns meios de corte em tiras próprios para cortar a película num grande número de tiras paralelas de igual largura, cada uma das quais contendo uma linha de caracteres e uma linha paralela de blocos de código magnéticos; e j) uns meios de enrolamento próprios para receber separadamente e enrolar cada um dos filetes formados pelos meios de corte em tiras. O material utilizado para laminar ou revestir a película de poliéster original para formar a camada de protecção sobre esta é de preferência transparente, de maneira a que as zonas da película metalizada que foram submetidas a um processo de ataque químico e que definem os caracteres possam ser vistas através da referida camada de protecção. A fim de melhor acomodar a espessura do material magnético, na película básica de poliéster podem ser formadas depressões através da utilização de um rolo próprio para imprimir depressões antes de se proceder à aplicação do material magnético, e a aplicação do referido material magnético é controlada de modo a ficar em estrito alinhamento com as depressões, de maneira a que o material magnético vá ser aplicado nas depressões e não na superfície do material - 10- situada na proximidade das depressões. Se for utilizada uma película de 12 micra e se nela forem formadas depressões com 6 micra de profundidade, e se sobre as depressões for impresso um material magnético de maneira a que a sua espessura medida a partir da base da depressão vá ficar com um valor da ordem dos 12 micra, cada uma das zonas magnéticas irá estender-se aproximadamente 6 mm acima da superfície da película. Se for aplicada uma película de laca de protecção e se a película compósita for comprimida de maneira a que a espessura máxima da película formada pela laca e pela película básica vá ficar com um valor nominal de 24 micra, irão ficar aproximadamente 6 micra de laca acima da superfície de cada zona magnética e 6 micra de poliéster abaixo de cada zona magnética aplicada.

Se de uma maneira preferencial forem laminadas duas camadas de película de poliéster, de maneira a formar um filete compósito, na segunda película devem ser de preferência formadas depressões, através da utilização de um rolo próprio para imprimir depressões, em estrito alinhamento com as depressões formadas na película inferior, e durante a laminagem as depressões formadas na segunda película devem ficar alinhadas com as zonas magnéticas existentes na película de poliéster inferior, de maneira a que o filete compósito vá apresentar duas superfícies lisas e paralelas de poliéster na parte de cima e na parte de baixo e que acima e abaixo de cada zona magnética vão existir aproximadamente 6 micra de película de poliéster.

Deste modo a espessura total do filete pode ser reduzida para aproximadamente 25 micra sem que se verifique qualquer redução na sua resistência. O invento também diz respeito ao material do filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por - 11 - um material semitransparente e de acordo com qualquer um dos métodos anteriormente referidos. O invento também diz respeito a um papel de segurança contendo um filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por um material semitransparente e construído de acordo com qualquer um dos métodos anteriormente referidos. O invento também diz respeito a notas de banco contendo um filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por um material semitransparente e construído de acordo com qualquer um dos métodos anteriormente referidos. A fim de proporcionar uma protecção adequada e uma boa resistência de suporte, a película básica de plástico precisa de ter uma espessura dentro da gama de valores compreendidos entre 6 e 15 micra e a camada de protecção, ou segunda película laminada, precisa de ter uma espessura de valor semelhante. A fim de ser eficaz, descobriu-se que o material magnético depositado deveria ter uma espessura de cerca de 12 a 13 micra. Qualquer valor mais baixo da espessura desse material significa que as suas propriedades magnéticas são insuficientes para uma leitura magnética fiável.

Isto quer dizer que a espessura total do filete tem tendência a ser determinada, mais de que por qualquer outra coisa, pela espessura do material magnético, uma vez que este é responsável por 50% da espessura total da sanduíche se por cima e por baixo do material magnético for utilizada uma película com uma espessura de 6 micra. - 12-

Breve Descrição dos Desenhos O invento irá em seguida ser descrito, a título de exemplo, com referência aos desenhos anexos, em que: a Figura 1 é um desenho esquemático de uma linha de impressão e de processamento para a produção de filetes de acordo com um aspecto do invento; as Figuras IA e 1B ilustram duas maneiras alternativas de imprimir os blocos magnéticos; as Figuras 2 a 6 ilustram as diferentes etapas do método de impressão e de processamento da Figura 1; a Figura 7 mostra, numa vista em corte, o produto final se os blocos forem impressos de maneira a ficarem situados acima da superfície do substrato; e a Figura 8 mostra, numa vista em corte, o produto final se os blocos forem embutidos no substrato.

Descrição Pormenorizada

Na Figura 1 vemos que um rolo 10 de Mylar (marca de produto) aluminizado fornece uma película 11 com uma espessura dentro da gama de 6-15 micra (tipicamente 8 micra) a uma prensa de impressão 12 própria para a impressão por gravura de letras em negativo ao longo do comprimento da película, conforme indicado na Figura IA pelos números de referência 14, 16, 18. -13- O filete acabado tem uma largura de apenas 3 mm, e para facilitar a manipulação e o aumento do ritmo de produção, ao longo do comprimento da película de Nylon com uma largura de 300 mm são formados 100 desse filetes. O rolo 10 tem portanto uma largura de 300 mm e o seu comprimento será tipicamente de algumas centenas de metros. Por motivos de simplificação, todas as 100 linhas de letras que se acham espaçadas umas em relação às outras, tais como as indicadas pelos números de referência 14, 16, 18, são impressas simultaneamente, através da largura da película 11, durante a etapa de impressão 12.

Na etapa de impressão 12 é utilizada uma tinta resistente, de maneira que depois de passar por um banho de ataque químico 20, o alumínio é removido para dar origem à formação de letras "stencil", como por exemplo as letras A, B, C indicadas na Figura IA. Após lavagem em 22 e secagem em 24, a película aluminizada é novamente impressa durante a etapa de impressão 26, de maneira a depositar, em paralelo às linhas de caracteres 14, 16, 18, umas linhas de "blocos" de tinta magnética, tais como os indicados pelos números de referência 28, 30, 32 (ver Figura 1 A).

Os blocos são impressos na superfície 34 da película 11 revestida com alumínio. O substrato de Mylar é identificado pelo número de referência 36. Tipicamente, a fina camada de alumínio tem uma espessura de umas escassas centenas de Angstroms e, a fim de proporcionar uma quantidade suficiente de material magnético em cada bloco, estes últimos têm tipicamente uma espessura de 12-13 micra e tipicamente um comprimento de 2 mm por aproximadamente 1 mm de largura.

Da mesma maneira que as linhas de letras, as 100 linhas de blocos que se acham espaçadas umas em relação às outras também se destinam a ser - 14- impressas simultaneamente através da largura da película 11.

Os blocos negros 28, 30, 32, etc., são obscurecidos através da impressão de uma faixa contínua de tinta de prata ou de cor de prata sobre cada uma das linhas de blocos, na etapa de impressão 42.

Um revestimento de protecção constituído por material plástico é aplicado por um dispositivo de revestimento (ou laminador) 44, de maneira a que a impressão vá ficar totalmente encapsulada entre o substrato de Mylar 36 e uma película aplicada pelo dispositivo de revestimento 44. A folha de 300 mm de largura é depois cortada em tiras ao longo do comprimento por um dispositivo 46 de corte em tiras, em 100 filetes paralelos que podem ser enrolados em bobinas separadas, em 48. A fim de se reduzir a espessura total, e também para se produzir uma superfície superior lisa, a impressão dos blocos 28, etc., pode ser feita de maneira a que a tinta magnética vá ficar embutida na espessura do substrato de Mylar 36 (ou então a impressão pode ser antecedida por um dispositivo de estampar ou de formar depressões (não representado) que pode ser incorporado na impressora 26), e a tinta magnética pode ser aplicada de maneira a encher as depressões. Isto encontra-se representado na Figura 1B - na qual, por razões de clareza, as zonas em depressão que se destinam a ser cheias com tinta magnética se acham representadas vazias, conforme indicado pelos números de referência 50, 52 e 54. A Figura 2 mostra uma tira de Mylar 56, com 3 mm de largura, que apresenta uma fina camada de revestimento de alumínio na superfície superior. Na prática esta tira com 3 mm de largura irá ser parte integrante de uma folha mais larga (tipicamente com 300 mm de largura), e só depois de concluídas todas as operações de impressão e de processamento é que essa folha mais larga irá ser cortada em tiras estreitas com 3 mm de largura que se acham representadas na Figura 2.

Após as operações de impressão de letras em negativo com material resistente, ataque químico, lavagem e secagem, ao longo de cada tira de 3 mm vai aparecer uma linha de letras tais como A, B, C, etc., em 58, 60, indo as letras ser formadas pela remoção do alumínio por meio de ataque químico. A Figura 4 mostra a etapa seguinte, designadamente de adição de linhas paralelas de blocos de tinta magnética preta que se acham espaçados uns em relação aos outros, uma das quais é representada pelos números de referência 62, 64, 66, etc., espaçada em relação a uma linha adjacente de letras 58, 60; e também em relação àquilo que irá ser o bordo 68 do filete depois da folha ter sido cortada em tiras. A Figura 5 mostra a maneira como os blocos negros são obscurecidos através da impressão de uma linha 70 de tinta de prata ou de cor de prata ao longo da linha de blocos. A Figura 6 mostra a aplicação de um revestimento de protecção final constituído por material plástico transparente. Este material pode ser aplicado na forma líquida ou sob a forma de uma película que depois é laminada sob a acção de calor e de pressão. Este revestimento é representado na Figura 6 pelo tracejado 72 inclinado da esquerda para a direita no sentido descendente. A Figura 7 mostra o produto final em secção transversal, em que os blocos de tinta magnética foram aplicados numa superfície plana de Mylar aluminizado sem que a pressão fosse suficiente para fazer com que os blocos fossem ficar embebidos na espessura do substrato de Mylar. -16- A Figura 8 mostra o resultado mais vantajoso que se obtém se a tinta magnética for preencher umas depressões formadas no substrato de Mylar através de um processo de estampagem do substrato de Mylar, ou de formação de depressões no substrato de Mylar, antes, durante ou depois da impressão representada na Figura 1 pelo número de referência 26. Neste caso, a superfície superior do revestimento 72 é igualmente tão plana como o lado de baixo 74 do substrato 36.

Lisboa, 21 de Agosto de 2000

JORGE CRUZ

Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA V1CTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Método de fabrico de um filete de segurança compósito, compreendendo as seguintes etapas: a) revestimento de uma película de poliéster com uma camada de metal, tipicamente alumínio; b) revestimento de zonas seleccionadas da película com material magnético, de maneira a produzir ao longo do comprimento da película grupos de zonas que se acham espaçadas umas em relação às outras e que são capazes de poder ser detectadas por uma cabeça de leitura magnética, para de gerar leituras eléctricas para descodificação; c) em alinhamento com grupos seleccionados do material magnético, impressão de caracteres, que devem ser visíveis a olho nu, ao longo de uma zona paralela da película laminada, utilizando para esse efeito um material foto-resistente, de maneira a proteger a camada de metal nas zonas em que os caracteres se destinam a aparecer no filete final; d) aplicação de um produto químico na referida zona paralela para remover a camada de metal, com excepção dos locais onde esta se acha protegida pelo material resistente; e) revestimento da zona que contém os grupos de material magnético que se acham espaçados uns em relação aos outros, com uma camada de obscurecimento; e f) revestimento de toda a superfície da película que contém as deposições magnéticas e os caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, com um material transparente ou semitransparente para proporcionar uma barreira própria para impedir a contaminação química e proporcionar protecção física às zonas magnéticas e aos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, para reduzir o risco de estragos na película -2- durante os subsequentes processos de fabrico de papel e de impressão a que a película é submetida.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, em que, em substituição da etapa c), a camada de metal é revestida com material resistente, com excepção dos locais onde se destinam a ser formados os caracteres, e em que a camada de metal não protegida é removida por tratamento químico, de maneira a que as letras sejam vistas como zonas transparentes na superfície reflectiva e opaca da camada de metal.
3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que a película de plástico é uma película de poliéster, tipicamente a que é comercializada sob a marca de produto MYLAR.
4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o material resistente é aplicado através de um processo de impressão, como por exemplo impressão flexográfica, rotogravura ou serigrafia.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a extensão longitudinal dos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente é semelhante à extensão longitudinal de cada grupo de zonas magnéticas codificadas que se acham espaçadas umas em relação às outras e fica lateralmente alinhada com esta última, e em que o espaçamento e a repetição das zonas depositadas magneticamente são escolhidos de maneira a que a dimensão de cada um dos documentos de segurança guilhotinados, como por exemplo uma nota de banco, seja de molde a conter pelo menos dois comprimentos completos de zonas capazes de poder ser lidas magneticamente.
6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o revestimento de protecção final é um poliéster transparente ou semitransparente ou uma laca.
7. Método de acordo com a reivindicação 6, em que o revestimento de protecção é aplicado através de um simples processo de revestimento ou de impressão ou é aplicado sob a forma de uma película de poliéster, ou de material semelhante, que é laminada sobre a película referida em primeiro lugar, indo a superfície revestida e impressa da primeira película ficar ensanduíchada entre esta última e a película de protecção.
8. Método de fabrico de um filete de segurança, compreendendo as seguintes etapas: a) revestimento de uma fina camada de metal sobre uma fina película de plástico, tipicamente alumínio sobre uma película de poliéster; b) revestimento da superfície metalizada com um material resistente, com excepção das zonas que correspondem a zonas destinadas à formação de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente; c) desmetalização da película expondo-a à acção de um adequado produto químico, de maneira a remover a camada de metal das zonas destinadas à formação dos caracteres capazes de poder ser lidos visualmente; d) remoção das sobras de produto químico por meio de lavagem; e) secagem da película para remover quaisquer vestígios de produto químico e de produto lavagem; f) impressão na superfície da camada de metal, segundo uma direcção paralela às linhas de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente, de zonas distintas e separadas de material magnético, sendo as referidas zonas dispostas em grupos para ajudar a efectuar a descodificação, e sendo as posições dos referidos grupos seleccionadas de maneira a ficarem em alinhamento correcto com os grupos de caracteres capazes -4- de poder ser lidos visualmente, de maneira a que, depois de ser guilhotinado, um documento de segurança contendo um comprimento de filete vá sempre incluir ao longo do comprimento guilhotinado do filete pelo menos um grupo completo de caracteres capazes de poder ser lidos visualmente e pelo menos um grupo completo de zonas capazes de poder ser lidas magneticamente; g) revestimento da película por impressão, de maneira a obscurecer o material magnético; e h) revestimento por impressão ou laminagem de uma película de protecção sobre a película de plástico original, de maneira a que sobre esta última se vá formar um revestimento de protecção transparente.
9. Aparelho para a formação de filetes de segurança, compreendendo: a) uns meios para suportar um rolo de película de poliéster, uma superfície da qual se acha revestida com metal, como por exemplo alumínio; b) um aparelho de impressão próprio para a imprimir caracteres em negativo em linhas igualmente espaçadas através da largura da película, sobre a superfície metalizada da película, mediante revestimento da superfície com um material resistente, com excepção das zonas em que os caracteres se destinam a aparecer no produto final; c) um banho de ataque químico contendo um produto químico líquido, através do qual a película é obrigada a passar, de maneira a remover por meio de ataque químico a metalização exposta; d) um posto de lavagem através do qual a película submetida ao ataque químico é obrigada a passar para remover as sobras de material de ataque químico e, caso se deseje, também o material resistente; e) um posto de secagem para a secagem por evaporação de qualquer líquido que tenha permanecido sobre a película; f) um aparelho de impressão próprio para a deposição dos chamados blocos de código de material magnético em linhas paralelas às linhas de caracteres gravados por ataque químico e espaçadas em relação àquelas, sendo proporcionada uma linha de blocos de código entre cada linha de caracteres; g) uns meios de impressão próprios para aplicar um revestimento de material opaco e não magnético nas linhas de blocos de código magnéticos para obscurecer visualmente os blocos; h) um aparelho de laminagem próprio para laminar uma segunda película de poliéster sobre a primeira película, indo os caracteres gravados por ataque químico e os blocos de código ficar ensanduíchados entre as duas películas de poliéster, ou um aparelho de revestimento próprio para revestir uma laca, ou outro material plástico, sobre a superfície da película original que contém os caracteres e os blocos de código, de modo a formar uma película de protecção sobre estes; i) uns meios de corte em tiras próprios para cortar a película num grande número de tiras paralelas de igual largura, cada uma das quais contendo uma linha de caracteres e uma linha paralela de blocos de código magnéticos; e j) uns meios de enrolamento próprios para receber separadamente e enrolar cada um dos filetes formados pelos meios de corte em tiras.
10. Aparelho de acordo com a reivindicação 9, compreendendo ainda uns meios próprios para formar depressões na primeira película de poliéster através da utilização de um rolo próprio para imprimir depressões antes de se proceder à aplicação do material magnético, e uns meios próprios para controlar a aplicação do referido material magnético em estrito alinhamento com as depressões, de maneira a que o material magnético vá ser aplicado nas depressões e não na superfície do material situada na proximidade das depressões. -6-
11. Material de filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por um material semitransparente e construído de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8.
12. Papel de segurança contendo um filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por um material semitransparente e construído de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8.
13. Notas de banco contendo um filete de segurança que tem revestida sobre si uma camada de protecção constituída pelo menos por um material semitransparente e construído de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8. Lisboa, 21 de Agosto de 2000

JORGE CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA