PT91181A - Monofilamento para embutir em borracha - Google Patents
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Description
Ε. I. DU PONT DE NEMOURS AND OOMPANI "MONOFILAMENTO PARA EMBUTIR EM BORRACHA"
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A presente invenção diz respeito a fibras de monofilamento de polímeros orgânicos apropriadas para embeber em borracha.
Mais particularmente, a presente invenção diz respeito a mo_ nofilamentos com um denier na gama de 500 a 10 000 denier por filamento (dpf), revestido com um adesivo, a um processo para a pro dução de borracha reforçada e a artigos de borracha que contêm m_o nofilamentos alinhados isentos de fios de trama ou de filamentos.
Os fios de pneus de multifilamentos, de polímeros orgânicos tais como poliamídas e poliésteres, passam por muitas fases de tra tamento antes de estarem prontos para serem embebidos em borracha para o fabrico de pneus. As fases convencionais são a torção de fios simples, ligação (torção) dos fios simples torcidos com corda de pano cru, tecelagem da corda de pano cru, mergulho da corda de pano cru tecido em RFL (resorcinol-formaldeído-látex), adesivo, estiramento e aquecimento até à secagem para se obter a corda para pneu. A .corda está então pronta para o embebimento em borracha. As fases de torção e ligação são consideradas essenciais para se alcançar o desejado nível de resistência à fadiga nas aplicações de uso final como pneus e cintos.
Até agora, os monofilamentos de polímeros de poliamídas tiveram utilização limitada nos pneus. Essa utilização está descrita nas patentes de invenção norte-americanas n^s 4 009 551 e 4 056 652 e no índice de Licenciamento de Projectos de Abril de 2 V'"7Í 1972. A utilização de monofilamentos de nylon em pneus radiais é objecto de um pedido de patente de invenção em curso, com o nS de série 106 661, depositado em 87/10/13. Ê altamente desejável encontrar um monofilamento que nao exi_ ja nenhuma das fases de tecelagem e acabamento correntemente necessários antes do embebimento em borracha.
SUMARIO DA INVENÇÃO
De acordo com a presente invenção, prepara-se um monofilamento de polímero orgânico apropriado para embeber em borracha. 0 monofilamento tem uma superfície que define a forma da secção trans versai, um denier na gama de 500 a 10.000 dpf, uma contração" in ferior a 1,5ít um modulo maior do que 15 gpd, uma tenacidade maior do que 7,0 gpd e um revestimento de adesivo de cerca de 0,5 a cer ca de 5% em peso do referido filamento. De acordo com outro aspec_ to da presente invenção, proporciona-se um processo para a produção de uma trama de borracha reforçada na qual os monofilamentos se formam numa urdidura na qual os monofilamentos são geralmente paralelos e espaçados igualmente e se embebem em borracha sob ten são. De acordo com um outro aspecto da presente invenção, proporcionam-se artigos de borracha que contêm pelo menos uma camada de monofilamentos com uma relação de paralelismo e de espaçamento igual e isentos de fios de trama ou de filamentos.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A Figura 1 ilustra esquematicamente uma vista transversal do monofilamento da presente invenção; a Figura 2 é uma vista de um plano diagramático de um processo para a produção de uma trama de borracha reforçada de acordo com a presente invenção; a Figura 3 é uma vista em alçado do processo ilustrado na figura 2; a Figura i é um gráfico de dados, no qual se representa a a desão de duas dobras, a quente em função da percentagem de adesivo para os monofilamentos da presente invenção e as cordas de mui tifilamentos.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA FORMA DE REALIZAÇÃO PREFERIDA
No que se refere à Figura 1, ilustra-se uma vista da secção transversal de um monofilamento preferido da presente invenção,em que 1 representa o monofilamento com uma forma arredondada ( isto é, geralmente plana, em forma de fita com cantos arredondados);ten do um revestimento 2 de adesivos na sua superfície.
Os monofilamentos apropriados para a presente invenção preparam-se a partir de polímeros ou copolímeros orgânicos tais como poliamidas, poliésteres, poliolefinas, álcoois polivinílicos,etc., que são apropriados para as fibras para o reforço da borracha.Nor malmente, utilizam-se polímeros de elevada viscosidade (por exemplo, viscosidade intrínseca maior do que 0,6 para os poliésteres e viscosidade relativa com base no ácido formico maior do que 50 para as poliamidas) para produzir filamentos industriais de eleva da resistência (maior do que 7 gpd) e de alta durabilidade. As po_ liamidas apropriadas incluem poli-(hexametileno-adipamida), poli--(caproamida), poli-(tetrametileno-adipamida), etc., e os seus c£ polímeros. Os poliésteres apropriados incluem poli-(etileno-teref talato), poli-(propileno-tereftalato), poli-(butileno-tereftalato), poli-(etileno-2f6-naftoato), poli-(1,4-ciclo-hexanodimetanol-teref talato) e os seus copolímeros. As poliolefinas apropriadas incluem polietileno, polipropileno, polibutileno, etc., e os seus copolímeros. Ê preferível um processo semelhante ao da patente de invenção norte-americana n2 1 009 511 para a produção dos monofilamen-tos de poliamida da presente invenção, porque a fase de tratamento com vapor (,T steaming") causa a formação de uma camada altamente p£ rosa sobre a superfície do filamento de cerca de 3 a 15 micra de espessura. Pode-se ver facilmente esta superfície porosa na secção transversal do filamento ao microscópio e pode-se 'delimitar facil mente corando-a em condições suaves de coloração, em que a camada da superfície se torna fortemente corada em relação à parte interna do filamento. A camada superficial pode ainda caracterizar-se pelo seu índice de refracção (n//) ser inferior a 1,57. Supõe-se que a superfície porosa é responsável pela forte ligação à borracha dos monofilamentos de poliamida que contêm essa superfície,quan do esses monofilamentos estão revestidos com um adesivo do tipo RFL, mesmo para níveis baixos de adesivo, tal como se descreve a seguir.
Os deniers dos monofilamentos da presente invenção estão na gama de 500 a 10 000. Os monofilamentos apropriados para pneus têm deniers na gama de 750 a 10 000. A secção transversal dos monofilamentos pode ter qualquer for ma. Contudo, tanto para os pneus como para outras aplicações, prefere-se uma secção transversal não redonda, tal como arredondada.A secção transversal arredondada é geralmente plana, do tipo de uma fita com os cantos arredondados. A secção transversal em forma de fita é geralmente mais fácil de manipular durante a formação de ar tigos finais tais como os pneus.
Os monofilamentos da presente invenção têm uma contracção in ferior a 4-»5$> caso contrário o rendimento, dimensão e uniformidade dos produtos finais são fortemente afectados. Isto é especialmente verdade para pneus, cintos e outros produtos finais semelhan tes. Além disso, o módulo do monofilamento é maior do que 4-5 gpd, de preferência maior do que 50 gpd e a sua tenacidade é maior do que 7,0 gpd, de preferência maior do que 8,0 gpd. Tanto no caso da tenacidade como no do módulo, os monofilamentos da presente invenção sao superiores aos multifilamentos concorrentes preparados pela sequência de torção, ligação, tecelagem, mergulho, estiramento e fixação. Por exemplo, os monofilamentos de poli-(hexametileno--adipamida) da presente invenção têm geralmente tenacidades compr£ endidas entre 8,5 e 9>0 gpd e módulos compreendidos entre 55 e 60 gpd; as cordas de multifilamentos de poli-(hexametileno-adipamida) análogas- têm tenacidades de cerca de 8,0 até cerca de 8,5 gpd e módulos de 35 a 4-0 gpd. A resistência e módulo- maiores resultam nu ma estabilidade e força melhoradas no produto final. Nos pneus,por exemplo, estas melhorias das propriedades reflectem-se numa energia de afundamento superior, numa rodagem mais fria e numa melhor uniformidade quando se utilizam os monofilamentos para reforçar a camada ou camadas da carcaça.
Os monofilamentos da presente invenção têm um revestimento adesivo sobre os filamentos que facilita a ligação do filamento à borracha. Os revestimentos mais vulgares contêm uma combinação de resorcinol, formaldeído e látex e são vulgarmente designados por RFL. POdem usar-se outros revestimentos adesivos na medida em que eles promovam a ligação entre o monofilamento e a borracha. Surpr£ endentemente, baixos níveis de RFL nos monofilamentos, entre 0,5 e 5%t resultam numa boa adesão à borracha. Em contrapartida, cordas de multifilamentos de poli-(hexametileno-adipamida)análogos reque rem níveis muito mais elevados de revestimento adesivo de RFL, en tre k e 1%, para alcançar uma adesão aceitável.
Pode aplicar-se o revestimento adesivo ao monofilamento por qualquer processo convencional para revestir um filamento, tal co mo mergulho num banho que contém uma dispersão ou solução de mate riais adesivos, aspersão de uma dispersão ou solução de materiais adesivos sobre o filamento, aplicação de adesivo fundido ou líqui do puro sobre o filamento, etc. Num processo preferido, mergulha--se o monofilamento não torcido nem dobrado, numa dispersão aquosa de adesivo, tal como RFL, de modo que seja captado 0,5 a 5,0% em peso de adesivo (peso de adesivo seco sobre peso seco de base do filamento). Leva-se ao forno, à temperatura de 119° a 260°C (300°-500°F) o monofilamento ainda molhado para secar e trata-se o monofilamento em uma ou mais fases. Normalmente, faz-se o estiramento do monofilamento durante as fases de aquecimento, mas podem ser relaxados de acordo com as propriedades da corda final deseja das. As condições de mergulho, estiramento e fixação do monofilamento ajustam-se de acordo com a natureza do polímero do monofila mento e com a utilização final que se pretende. Para certos mono-filamentos, tal como poliéster, é aconselhável revestir o filamen to com um activador da adesão, antes do revestimento com o adesivo. -Um pré-revestimento convencional para o poliéster contém uma mistura de isocianato de LBVI, goma tragacanto e resina epoxídica (N.E.R. - 10A) sob a forma de uma dispersão aquosa. Podem utilizar-se outros pré-revestimentos epoxídicos, de aziridina, isocianato ou uretana ou uma combinação desses revestimentos. 0 monofilamento da presente invenção, preparado com as propriedades específicas e com o revestimento adesivo anteriormente - 7
descrito, está pronto para ser directamente embebido em borracha. 0 produto nao requer nenhuma das fases seguintes: torções simples ou de pregas, ligações, tecelagem, mergulho no adesivo, estiramen to ou fixação. Foi surpreendente verificar que o monofilamento não requeria torção adicional, dado que é bem conhecido que fios de multifilamentos análogos requerem torções simples ou de pregas, para alcançar o nível desejado de resistência à fadiga, por exemplo para aplicações em pneus.
De acordo com a presente invenção, os monofilamentos que e£ tão prontos para serem embutidos em borracha num pacote ou feixe, são formados por uma corda com filamentos geralmente paralelos e geralmente com espaçamento uniforme. Embebe-se a urdidura em borracha sob tensão, por exemplo, calendrada em urdidura com uma ou mais folhas de um stock de borracha verde para produzir uma borra cha reforçada com monofilamento apropriada para o fabrico de pneus ou outras aplicações. As Figuras 2 e 3 ilustram um processo convencional. Os monofilamentos 10 da presente invenção, prontos para serem embutidos em borracha, retiram-se dos pacotes 12 e são dispostos numa urdidura indicada pelo número 13. Carregam-se as cordas de monofilamentos através de um pente de tear 11 que forma os monofilamentos numa urdidura 16 de cordas paralelas e de espaçamento uniforme. Carrega-se a urdidura 16, sob tensão, entre os rolos da calandra 18, nos quais se carrega simultaneamente duas camadas de stock de borracha verde 20, de modo que se calandre ou prense uma camada de borracha contra a folha da urdidura de mono-filamentos da base e do topo. 0 resultado é um produto de borracha reforçada de monofilamentos 22 apropriada para fazer artigos de borracha reforçada tais como pneus.
Os artigos de borracha, de acordo com a presente invenção, 8 .¾ têm pelo menos uma camada de monofilamentos que são geralmente pa ralelos e uniformemente espaçados, e são isentos de fios soltos e de filamentos que formam pontes entre outros filamentos, como se vê em artigos de borracha produzidos a partir de reforços de corda levados ao forno. 0 monofilamento e os artigos de borracha reforçada produzidos de acordo com a presente invenção, podem ser utilizados numa vasta gama de artigos tais como pneus, tubos flexíveis de borracha, cintos para transmissão de energia, telas transportadoras, etc. Nos pneus, é útil em "chafers11, telas e como reforço de carcaças. Em resumo, os monofilamentos e os produtos evitam fases do processo na produção de artigos de borracha reforçada e oferecem economias significativas na comercialização.
MÉTODOS DE ENSAIO
Denier: Relaxa-se de uma forma condicionada o monofilamento (sob a forma de novelo) por um período mínimo de 4-8 horas a 55 -2% RH e a 75° - 2o F (24·° - 1°C). Corta-se uma amostra de 9 metros do monofilamento a partir do novelo relaxado e pesa-se. Calcula-se o peso de uma amostra de 9000 metros, em gramas, a partir deste peso; isto é o denier. Uma correcção do denier, em virtude de qualquer adesivo presente, faz-se com base na quantidade de ad^e sivo medida sobre o filamento, tal como se determina a seguir.
Propriedades de elasticidade: Antes da análise da elasticidade, enrola-se o monofilamento (sob a forma de um novelo) por um período mínimo de 4-8 horas a 55 - 2% RH e 75° - 2°F (24-° - 1°C).
Utiliza-se uma unidade de registo Instron para caracterizar o com portamento à tracção/eompressão do monofilamento relaxado/condicic) nado. Fixam-se as amostras era ganchos Instron do tipo 4--D, activa dos por ar e mantêm-se pelo menos a 4-0 psi (2,8 Kg/cm ) de pressão. Alongam-se as amostras até à rotura, enquanto se regista a tensão - 9 - / '-Tf do monofilamento em função da deformação. 0 comprimento do calibre inicial é de 10 polegadas (25,k cm) e a velocidade da cabeça trans versai mantém-se a um valor constante de 12 polegadas/minuto (30,5 cm/minuto). A Resistência à Rotura é a carga máxima alcançada antes da rotura da amostra. A tenacidade calcula-se dividindo a resistência à rotura pelo denier (depois de se corrigir para o adesivo sobre o filamento). A elongação é a deformação da amostra quando atinge a rotura. 0 módulo é o coeficiente angular da linha tangente à porção de linha recta inicial da curva de tensão-deformação, multiplicada por 100 e dividida pelo denier corrigido. Normalmente o módulo éin ferior a 2% da deformação.
Contracção: Após o relaxamento condicionado do monofilamento durante 4-8 horas a 55- 2% RH e a 75° - 2°F(24.° - 1°C), forma-se um laço com 1 metro de comprimento do monofilamento e carrega-se 0,01 gramas por denier. Mede-se o comprimento inicial do laço, depois coloca-se a amostra carregada numa câmara de ar quente mantendo a temperatura igual a 160° - 2o C durante 15 minutos. Mede-se então o comprimento final do laço enquanto se mantém ainda uma temperatu ra de 160° - 2o C permitindo o cálculo da variação do comprimento e a percentagem de contracção.
Percentagem em peso de adesivo sobre o monofilamento: Determina-se o adesivo sobre o monofilamento pesando uma amostra de ade sivo tratada que tenha sido cortada em pequenos pedaços (uma polegada ou menos). Dissolve-se então a porção de polímero da amostra cortada num dissolvente apropriado (ácido fórmico quente para po-liamidas e uma mistura de ácido tricloroacético e cloreto de me-tileno para poliéster). Após lavagem e secagem, determina-se o adesivo não dissolvido e determina-se a % de adesivo sobre o monofilamento nao dissolvida dividindo o peso do adesivo não dissol- vido pelo peso do monofilamento sem adesivo e multiplicando por 100.
Ensaio a quente de adesão da tira com duas dobras: Utilizou--se o ensaio ASTM D-4-393-85; "Strip Peei Adhesion of Reinforcing Cords or Fabrics to Rubber Compounds", 198$, Annual Book of ASTM Standards, secção 7, volume 7.01, p. 1133-114-2, com algumas modificações. A versão particular utilizada foi o ensaio de cordas de pneu de monofilamentos individuais que tinham sido mergulhadas in dividualmente em RFL. A borracha utilizada foi uma combinação de borracha natural (80 partes em peso), borracha de estireno-butadie no (20 partes), Negro de N351 (35 partes), mais quantidades mais pequenas de outros ingredientes convencionais. Urdiram-se as cordas de pneu mergulhadas de modo que as cordas adjacentes encostajs sem directamente umas às outras. Por exemplo, uma corda mergulhada com um denier de 2.000 requer cerca de 28 terminais por polegada. Depois de se embutir a corda na borracha, cura-se a amostra a 160° - 2°C durante 20 minutos a 134-0 kPa de pressão. Se se desejar uma adesão a quente, aquecem-se as amostras num forno Instron à temperatura de 120°C durante 25-5 minutos antes do ensaio.A for ça de separação baseia-se na Opção 1 (a linha média entre os picos mais elevado e mais baixo da força de separação).Ensaiaram-se oito amostras por urdidura e registaram-se os resultados como for ça média em libras por polegada. EXEMPLOS Exemplos 1-3
Estes exemplos descrevem formas de realização da presente in venção baseadas no polímero de poli-(hexametileno-adipamida).
Prepararam-se três monofilamentos de poli-(hexametilenò-a-dipamida) pelo processo descrito na patente de invenção norte-ame_ ricana n9 4.QO9.5H com os deniers nominais de 2.000, 3.000 e 4-·0.00. Cada um foi preparado a partir do polímero 70 Rv (à base de ácido fórmico) e com uma secção transversal arredondada.
Sem se torcer ou dobrar, mergulhou-se cada monofilamento, à temperatura ambiente(18° - 27°C; 65° - 80°F)numa dispersão aquosa de RFL (D-5A) contendo 20$ de sólidos. Esticou-se cada um 1,5$ e aqueceu-se à temperatura de 215,6°C (420°F) durante 60 segundos.No Quadro 1, indicam-se as propriedades dos três monofilamentos assim preparados (exemplos 1, 2 e 3), assim como a quantidade de adesivo sob a forma de percentagem em peso de adesivo anidro em relação ao peso do monofilamento anidro.
Embutiram-se os monofilamentos dos exemplos 1, 2 e 3 em bor racha e ensaiaram-se para uma adesão com duas dobras a quente (120°C). Os resultados estão indicados no Quadro 1. Pode-se verificar que cada um dos monofilamentos dos exemplos da presente in-vengão deu uma adesão superior à borracha em relação à corda de multifilamentos de poli-(hexametileno-adipamida) análoga, Controlo 1, mesmo considerando que 0 adesivo sobre o monofilamento era notavelmente menos (36-48$) do que no Controlo.
Num segundo conjunto de experiências, mergulhou-se os três monofilamentos descritos no segundo parágrafo deste Exemplo, num adesivo de RFL (20$ de sólidos, D5A), esticaram-se e aqueceram-se em condições muito diversas. Embutiu-se cada uma destas cordas em borracha e analisaram-se para uma adesão com duas dobras, a quente, e registaram-se os resultados na Figura 4» em função da percentagem em peso de adesivo seco sobre 0 monofilamento seco. Para comparação, também se mergulhou em RFL fio de nylon de multifilamentos T-728, convertido em corda de "greige", como se descreveu no Controlo 1, esticou-se e aqueceu-se sob várias condições. Embu tiram-se então as cordas de T-728 em borracha e analisaram-se quan to à adesão com duas dobras a quente. Os resultados com a corda T-728 estão também desenhados na figura 4.
Pode facilmente verificar-se da figura 4 que, a adesão com duas dobras, a quente é superior para 0 monofilamento de nylon do que para a corda de multifilamentos para todos os níveis de adesi vo de RFL analisados; isto é, acima da gama de cerca de 0,5$acer ca de 5% de adesivo sobre 0 filamento.
Exemplo 4 0 Exemplo descreve uma realização da presente invenção basea da no polímero de poliéster.
Preparou-se um monofilamento com um denier de 2749 a partir de poli-(etileno-tereftalato) pelo método descrito na patente de invenção norte-americana n2 3.963*678. Revestiu-se previamente, usando um aplicador de ranhura, com poli-isocianato de poliarilo, que é um activador da adesão. Mergulhou-se depois 0 monofilamento em adesivo de RFL (D5A; 20% de sólidos) e depois aqueceu-se e esticou-se (ou relaxou-se) em três fases, para se obter uma corda de monofilamento pronta para se embutir em borracha (Exemplo 4).
As condições nestes três casos foram: temperatura, 2320/232°/218°C (450°/450°/425°F) esticamento (ou relaxamento), 15/0/(-4$)5 tempo, 6O/6O/6O segundos.
Embutiu-se em borracha a corda assim preparada e ensaiou-se para uma adesão com duas dobras a quente. A corda mergulhada e os resultados da adesão estão indicados no Quadro 1.
Quando comparado com uma corda de multifilamento de poli--(etileno-tereftalato) análoga, como 0 Controlo 2, o Exemplo 4mo£ tra uma vantagem significativa no módulo e um nível aceitável de adesão à borracha em apenas 1,6% do adesivo de RFL, que era 33% me nos adesivo do que no Controlo 2. f - 13 ,*=» * .¾
Controlo 1
Preparou-se uma corda apropriada para se embeber em borracha a partir de um fio de multifilamentos de poli-(hexametileno-adipa-mida) com um denier de 1260, contendo 210 filamentos. 0 fio foi produzido e vendido pela E.I. du Pont de Nemours Co. como tipo 728. Torceu-se o fio a 10 voltas por polegada. Ligaram-se as duas extre_ midades dos fios simples torcidos até 10 voltas por polegada numa direcgao oposta à da torção dos fios simples, para se obter uma corda de rayon. Mergulhou-se a corda em adesivo D-5A RFL (20# de sólidos) e aqueceu-se e esticou-se (ou relaxou-se) em três fases nas seguintes condiçoes: temperatura 135°/2l6O/210°C, (275/120/ /110°F);esticamentc, l/l2/(-2#); tempo, 81/18/77 segundos.
Embutiu-se a corda preparada antes em borracha e ensaiou-se a quente (120°C) em relação à adesão de tiras com duas dobras. Os dados sobre a corda mergulhada e as propriedades de adesão estão indicados no Quadro 1.
Controlo 2
Preparou-se uma corda de multifilamentos de poliéster, apr£ priada para embutir em borracha, a partir de fio (de 192 filamentos) de poli-(etileno-tereftalato) com um denier de 1000, do Tipo 68 da. E.I. du Pont Co.. Torceram-se os fios individuais (9 voltas por polegada) e dobraram-se e torceram-se três extremidades de fios individuais (9 voltas por polegada), na direcção oposta àdos fios simples, para se obter uma corda de "greige". Revestiu-se pr£ viamente esta corda com um activador de adesão de isocianato (D117B) e depois mergulhou-se em adesivo de RFL (D5A, 20# de sólidos), esticou-se e aqueceu-se em duas fases nas seguintes condições: temperatura, 213°/216°C (170/120°F); esticamento, 3/0#; tempo, 50/80 segundos. As propriedades da corda assim preparada estão indicadas no Quadro 1. / ( Η * .%
Exemplo 5
Colocou-se num casal de urdideira ("creel") 14· pacotes de m£ nofilamento de poliamida prontos para borracha, tal como se produziu no Exemplo 2. Carregou-se cada extremidade através de uma série de guias e dirigiram-se depois para uma chicana com 14 orifícios com uma polegada de largura, preparada para manter um espaçamento uniforme da corda. Fez-se uma extrusão de uma borracha natu-ral/borracha de estireno-butadieno 80/20 apropriada para ser utilizada em carcaças de pneus para automóveis ( a cerca de 155°C) so bre as cordas de monofilamentos e puxou-se através de um cunho, pa ra formar uma fita de borracha com uma largura de uma polegada.En-rolou-se a fita de borracha num tambor, juntando-se as extremidades da fita para formar um produto contínuo mais largo.
Dobrou-se então as duas dobras deste tecido em borracha de 8x9 polegadas (20,3x22,9cm) em conjunto com as cordas de monofila-mento alinhadas de forma paralela em duas dobras. Curou-se então o tecido dobrado a 160°C durante 20 minutos a 1340 kPa de pressão. A adesão a quente da fita de duas dobras foi de 42 libras. 15 (_ QUADRO 1 ( >Propriedades das cordas mergulhadas
Sn Φ .§« -st 1 ^s® sO CJS 00 CV OS CA rH o O sO •k -t «k * rH Γ * CA O · -H t—1 c- CA r- CV • C! iH i—1 X O iH 0 m s <h & CV -st G Φ -P CV 1 Φ 01 •H OVD -st O CV cv -St ΟΗ CV Os Os 00 Η -P ·*H «k ia «k «k rH sO «k CA G rH r-l rH CV rH O Γ sO •P 3 -Η O O S <H P. CA ia sO Φ sQ (Λ 1 10 s CA CA CA ιο O Γ CV O O IA O · 0 •k Γ- «k •k rH ιο «k IA * firlrl rH co co CA X O -H >- Η IS «h C •vi- Γ \0 «k fl) vO N I^S H sO ΟΟ c- O sO -st o o Os «k O «k «k rH ia •k IA O · O rH crs co -st • fí Η H X O -H >i W 2 <H G CA ia sO «k OvO Η 1 ^ 0 O O O c- O co vt o o sO «k -st •k •k rH IA IA O · O -t rH rH co CA • G rH rH CV -St X 0 -H >s W S Ή G sO . 1 Φ'Ό Η·Η^ G -t O CV ®s C— m O o o rH rH -P · O 4k c- «k «k i—1 CA « i—1 rH IA fiHrlrH sO sO sO r— co -P G ·Η >s O g <H G CV Vt G'— Grs ο Φ 0 cd m ftnG ATd Π2 G G rH cd Í5XJ ca &o •k -P Φ G Φ ca G rH i—1 -P H G G O O rH O G 0 G > ft O ft ,Ο •OJ. -P — !> O Φ O -— p^-s Or g Ό ca O Ph φ O cao H· '<ϋ M rH ,Ο G O 0) íA Ά G G CV G •k T3 •k e O Ό rH Q\0 •H Φ •k o. o •H —1 •---- O Ό 0 ω * aJ ca 0 Or-H 0 G G «G Ol Ό Ό rH G O <o Ό Ol «k o ca O Φ > G -P •H G O «J Φ 0 o a, S •H Φ ca o 00 rH G IO «G iGN Ή ca •H H G G G -P Oi Oi ca ca rH φ G ca G o T3 G G G Φ rO O T3 Φ φ Φ rH SO O O O T) rH Oh <d O ctí ε-t H s o E-· Eh «*—'
Claims (15)
- -16-REIVINDICAÇÕES 1. - Monofilamento de um polímero orgânico apropriado para embutir em borracha, caracterizado pelo facto de possuir uma superfície que define a forma da sua secção transversal, um denier na gama de 500 a 10 000 dpf, uma retracção inferior a 4,5%, um módulo maior do que 45 gpd, uma tenacidade superior a 7,0 gpd e um revestimento adesivo compreendido entre cerca de 0,5 e cerca de 5% em .peso na superfície do referido filamento.
- 2. - Monofilamento de acordo com a reivindicação 1, caracteri zado pelo facto de a forma da respectiva secção transversal ser arredondada.
- 3.- Monofilamento de acordo com a reivindicação 1, caracte-:t£ss* rizaâo pelo facto de se escolher o referido polímero orgânico na classe dos homopolímeros e copolímeros de poliéster.
- 4.- Monofilamento de acordo com a reivindicação 1, caracteri zado pelo facto de se escolher o referido polímero orgânico na classe dos homopolímeros e copolímeros de poliamida.
- 5. - Monofilamento de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado pelo facto de ser essencialmente isento de torsão.
- 6. - Monofilamento de acordo com a reivindicação 1, caracte-rizado pelo facto de a referida poliamida orgânica ser poli-(hexa-metileno-adipamida), o referido monofilamento possuir uma camada superficial altamente porosa com uma espessura de cerca de 3-15 micra e um índice de refracção paralela inferior a 1,57, uma tenacidade superior a cerca de 8,0 gpd e um módulo superior a 50 gpd.
- 7. - Processo para a preparação de uma borracha reforçada, caracterizado pelo facto de se aesenrolar monofilamentos de um polímero orgânico escolhido entre una variedade de monofilamentos e de se formar uma trama com os referidos filamentos, geralmente paralelos e geralmente espaçados de forma regular, sendo os referidos monofilamentos essencialmente isentos de torsão e possuindo uma superfície definindo a forma da secção transversal, um denier gama de 500 a 10 000 dpf, uma retracção inferior a 4,5%, um módulomaior do que 45 gpd, uma tenacidade superior a 7,0 gpd e um revestimento adesivo de cerca de 0,5 a cerca de 5% em peso na superfície dos referidos monofilamentos; e de se embutir a referida trama de monofilainentos em uma borracha para se produzir uma borracha reforçada, mantendo a tensão nos referidos monofilamentos para os manter geralmente paralelos e numa relação de espaçamento constante.
- 8. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de a embutidura da referida trama de monof ilamentos na borracha se realizar mediante alimentação da referida trama entre um par de rolos de calandragem, sendo cada rolo alimentado com uma camada de borracha.
- 9. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de a forma da secção transversal do filamento ser arredondada .
- 10. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o polímero orgânico dos referidos filamentos ser um poliister.
- 11. - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o polímero orgânico dos referidos filamentos ser uma poliamida. -19
- 12. - Artigo de borracha reforçada, caracterizado pelo facto de compreender uma matriz de borracha contendo pelo menos uma cama da de monofilamentos de polímero orgânico geralmente paralelos e geralmente espaçados de uma forma uniforme, sendo os referidos mo-nofilamantos isentos de torsio e possuindo uma superfície que defi ne a forma da secção transversal dos monofilamentos, um denier na gama de 500 a 10 000 dpf, uma retracção inferior a 4,5%, um módulo maior do que 45 gpd/ uma tenacidade superior a 7,0 gpd e um revestimento adesivo de cerca de 0,5 a cerca de 5% em peso na superfície do referido monofilamento.
- 13. - Artigo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de a forma da secção transversal dos referidos filamentos ser arredondada.
- 14. - Artigo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de o polímero orgânico dos referidos filamentos ser um poliéster.
- 15. - Artigo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de o polímero orgânico dos referidos filamentos ser uma poliamida, Lisboa, 14 de Julho de 1989 Ο Λ, a*.* ; ·;
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