PT823468E

PT823468E - Material para a detencao do fogo e processo para a producao de um material desta natureza

Info

Publication number: PT823468E
Application number: PT97108439T
Authority: PT
Inventors: Heinz Peter Wunram
Original assignee: B & F Formulier Und Abfull Gmb
Priority date: 1996-08-07
Filing date: 1997-05-26
Publication date: 2000-10-31
Also published as: DE59701996D1; DK0823468T3; ES2150170T3; ATE194643T1; US6001285A; DE19631813B4; GR3033868T3; EP0823468B1; DE19631813A1; EP0823468A1

Description

DESCRIÇÃO "MATERIAL PARA A DETENÇÃO DO FOGO E PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE UM MATERIAL DESTA NATUREZA" A presente invenção refere-se a um material para a inibição do fogo, o qual se expande a uma temperatura ambiente elevada, assim como a um processo para a produção de um material para a inibição do fogo, deste tipo. É já conhecida a utilização, em canais de cabos, como uma camada de protecção contra o fogo, apta para ser aplicada por pintura e/ou pulverização, de materiais intumescentes que, a uma temperatura que excede consideravelmente a temperatura ambiente, se expandem na forma de um material espumado, de forma estável, que inibe o fogo e que isola termicamente o interior do canal. Encontra-se disponível um material desta natureza, por exemplo, com a designação comercial "Pyro-Safe"; não levanta problemas na aplicação e não liberta gases tóxicos, nem, em particular, na sua manipulação, nem na presença de fogo. Para uma determinada alta temperatura, alcançada rapidamente no caso de um incêndio, forma-se por todo o lado um corpo esponjoso cuja espessura excede várias vezes a espessura inicial da camada aplicada e, deste modo, devido ao aumento de volume originado pela expansão no caso de um acidente associado a uma elevação de temperatura, por exemplo, um incêndio, produz temporariamente uma acção de bloqueio no trajecto das correntes, na proximidade do ponto de vedação. 0 material expansível é, como regra geral, embalado em cartuchos e é manipulado e aplicado nesta forma. Nestas condições, provou-se que um material desta natureza, constituído por fungicidas, dispersantes e humectantes, plastificantes, meios de protecção contra a geada, cargas, corantes, os propulsantes que provocam a expansão, o material 1 v

U de bloqueio que promove a acção de bloqueio do material expansível, e aglutinantes, só está apto a ser aplicado durante um período de tempo limitado, e que, depois disso, se consolida numa forma de tipo borracha, por segregação de água. Na maior parte dos casos já não pode, então, ser retirado dos cartuchos e também já não pode ser empregue para a função pretendida. A invenção resulta, pois, de se ter colocado o problema de se ultrapassar esta dificuldade e de se produzir um material do tipo citado anteriormente, de tal modo que o mesmo seja aplicável sem limitações, mesmo que seja produzido em cartuchos, e que possua um tempo de armazenagem longo.

Este problema é solucionado, de acordo com a invenção, por um material desta natureza, com a seguinte composição em percentagem em peso: (a) 25 45 O Ό de aglutinante, 0 0,5 O, O de fungicida, 0,2 - 1 % de dispersante e humectante, 1 5 % de plastificante e 0 2 O Ό de meio de protecção contra a geada; (b) 20 40 O. *o de cargas, 0 3 O O de corante, (c) 4 6 O o de agente propulsante que promove a expansão, 16 25 g_ o de material de bloqueio que promove a acção de bloqueio do material vedante expansível, e (d) 0,2 - 1,5 % de celulose hidratada.

Descobriu-se que tem lugar uma consolidação do material numa forma de tipo borracha, por acção das substâncias de bloqueio presentes, que impede o emprego posterior, a qual tem o objectivo de, em caso de incêndio, se formar uma crosta sólida que consolida o material expandido e que o põe em condições de se manter firme, mesmo perante um forte jacto de 2

água, como é necessário no combate a incêndios; a consolidação do material, depois do seu aumento de volume, permite que a acção de vedação se mantenha, mesmo que lhe seja directamente aplicado um jacto de água. 0 polifosfato de amónio, que é correntemente utilizado como substância de bloqueio e é mesmo muito apropriado para o efeito, é responsável, em especial, por uma solidificação do material que ocorre, em função do tempo, mesmo antes de uma utilização conveniente, porque absorve a água que se encontra dispersa no aglutinante e que normalmente assegura a fácil maneabilidade do material. Devido ao polifosfato de amónio a dispersão coagula e desagrega-se, e perde-se a consistência pastosa do material.

Muito surpreendentemente provou-se que este efeito pode ser eliminado se, entretanto, for também adicionada ao material uma parte de celulose, a qual absorve a água da dispersão e preserva esta da coagulação. É ainda de destacar que, nestas condições, não tem qualquer importância a composição química da celulose. A sua proporção no material, em percentagem em peso, é relativamente reduzida; oscila entre 0,1% em peso e 0,5% em peso, tendo sido então obtidos, quase sempre, bons resultados.

As reivindicações secundárias contêm outras formas de realização vantajosas do material de acordo com a invenção. É obtido um material particularmente eficaz através da composição química apresentada no exemplo 1 a seguir.

Exemplo 1, composição de um material de acordo com a invenção (em % em peso): (aglutinante e adesivo) 34,3 % de dispersão de acrilato, formada por 65% de acrilato e 35% de água 4,1 % de resina alquídica, 0,3 % de fungicida, 0,1 % de aditivo dispersante, 3 Γ 0,3 % de agente humectante, 2.0 % de polibuteno (plastificante), 1,2 % de monoetilenoglicol (agente de protecção contra a geada), 20 % de carbonato de cálcio, (cargas) 8 % de talco, 5.1 % de grafite expandida (agente propulsante), 11,7 % de borato de zinco, (material de bloqueio) 1.2 % de fibras de vidro, 7,8 % de polifosfato de amónio, 0,3 % de celulose, a que foram adicionados 4% de água.

Um material desta natureza permanece nos cartuchos, apto a ser empregue, durante um longo periodo de tempo, e pode, em conformidade, ser retirado e ser aplicado sem problemas.

Para a produção de um material de acordo com a invenção destacou-se como sendo essencial que, neste caso, primeiro a celulose fosse misturada com água e em seguida, depois da subsequente expansão da celulose, fosse adicionado o polifosfato de amónio. Esta sequência, por si só, é decisiva para a eficácia da preparação, mas não o facto de a celulose ser incorporada no material isoladamente ou em combinação com o polifosfato de amónio. É, por conseguinte, possível, por um lado, que a celulose seja primeiro misturada com a água por agitação, depois da expansão subsequente seja misturada com o poli-fosfato de amónio e seja adicionada nesta forma aos restantes componentes do material, já misturados, mas, por outro lado, é igualmente possível que primeiro a celulose e, depois da sua expansão, o polifosfato de amónio, sejam adicionados ao material, já misturado, formado pelos restantes componentes.

Além disso é conveniente que, na produção do material de acordo com a invenção, sejam misturados inicialmente os componentes na forma de pó e em seguida sejam adicionados os 4 constituintes líquidos; estes, muito preferivelmente, são previamente misturados em separado.

Lisboa, 14 de Julho de 2000 O AGENTE OFICIAI. DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. 5

Claims

ν'

REIVINDICAÇÕE S 1. Material para a inibição do fogo, que se expande a uma temperatura ambiente elevada, caracterizado pela seguinte composição em percentagem em peso: (a) 25 - 45 % de aglutinante, 0 0,5 % de fungicidas, 0,2 1 % de dispersante e humectante, 1 5 % de plastificante e 0 - 2 % de meio de protecção contra a geada; (b) 20 - 40 % de cargas, 0 3 % de corantes, (c) 4 - 6 % de agente propulsante que promove a expansão, 16 - 25 % de material de bloqueio que promove a acção de bloqueio do material vedante expansível, e (d) 0,2 - 1,5%, de preferência 0,1 a 0,5%, de celulose hidratada. Material para a inibição do fogo, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pela seguinte composição em percentagem em peso: 38 o. o de aglutinantes e adesivos, 0,3 o o de fungicidas, 0,4 % de dispersante e humectante, 2,0 o o de plastificante, 0,4· % de agente de protecção contra a geada 28 o, Ό de cargas, 1,3 % de corante, 5,1 % de propulsante, 20,7 O Ό de material de bloqueio e 0,3 O ‘5 de celulose contendo água. 1 Γ U, t
3. Material para a inibição do fogo, de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado pela seguinte composição em percentagem em peso: 34,3 % de dispersão de acrilato e 4,1% de resina alquidica como aglutinante e adesivo 0,3 % de fungicida, 0,1 % de aditivo dispersante, 0,3 % de humectante, 2.0 % de polibuteno como plastificante, 1,2 % de monoetilenoglicol como agente de protecção contra a geada, 28 % de cargas, 5.1 % de grafite expandida como agente propulsante, 11,7 % de borato de zinco, 1,2% de fibras de vidro e 7,8% de polifosfato de amónio como material de bloqueio, 0,3 % de celulose contendo água.
4. Material para a inibição do fogo, de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por ser utilizada como carga uma mistura de 15 a 25%, de preferência 20% de carbonato de cálcio e 5 a 10% , de preferência 8% de talco. 5. Material para a inibição do fogo, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por ser utilizado óxido de ferro como corante. 6. Material para a inibição do fogo, de acordo com uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado por a dispersão de acrilato consistir em 65% de acrilato e 35% de água • 7. Material para a inibição do fogo, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por serem adicionados à celulose 3 a 5% de água, de preferência 4% de água. Processo para a preparação de um material para a inibição do fogo, de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 2 8. 7, caracterizado por primeiro a celulose ser misturada com água e, depois da subsequente expansão da celulose, ser adicionado o polifosfato de amónio.
9. Processo para a preparação de um material para a inibição do fogo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a celulose ser primeiro misturada com a água por agitação, depois da expansão subsequente ser misturada com o polifosfato de amónio e ser adicionada, nesta forma, aos restantes componentes, já misturados, do material de bloqueio.
10. Processo para a preparação de um material para a inibição do fogo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por serem adicionados ao material formado pelos restantes componentes já misturados, primeiro a celulose e, depois da sua expansão, o polifosfato de amónio.
11. Processo de acordo com uma ou mais das reivindicações 1 a 10, caracterizado por serem misturados inicialmente os componentes na forma de pó e em seguida serem adicionados os constituintes líquidos.
12. Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por os constituintes líquidos serem misturados separadamente . Lisboa, 14 de Julho de 2 000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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