PT820488E - Processo para ligar material lenhocelulosico - Google Patents

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PT820488E
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Description

DESCRIÇÃO "PROCESSO PARA LIGAR MATERIAL LENHOCELULÓSICO"
Esta invenção refere-se a um processo para ligar material lenhocelulósico utilizando poliisocianatos e a composições para utilização no referido processo. 0 molde de material lenhocelulósico contendo fibras, partículas ou camadas para formar corpos compósitos é bem conhecido. Os ligantes que eram normalmente utilizados são as colas de resina sintética tais como as suspensões de resina de ureia-formaldeído ou fenol-formaldeído em água. Os corpos compósitos contendo lenhocelulósicos produzidos desta forma não apresentam durabilidade e são susceptíveis a condições de humidade e deterioração em certas aplicações de construção a que devem ser sujeitas.
Foram propostos di- e poliisocianatos orgânicos como ligantes para materiais lenhocelulósicos sendo conhecidos por produzir produtos de estabilidade e resistência mecânica elevadas. No entanto, mesmo a níveis reduzidos de utilização de ligantes, o custo de poliisocianatos quando comparado com o dos ligantes de resina ureia-formaldeído ou fenol-formaldeído é desfavorável. GB2096626 descreve composições adesivas de poliisocianato-óxido de alquileno para preparar produtos compósitos lenhocelulósicos. US 3519581 refere-se a lenhina-poliisocianato sintética produzida fazendo reagir um poliisocianato orgânico com lenhina dissolvida num solvente. É um objectivo da presente invenção proporcionar corpos lenhocelulósicos ligados a poliisocianato contendo níveis reduzidos de poliisocianato, mantendo contudo propriedades de cartão equivalentes. É outro objectivo da presente invenção proporcionar corpos lenhocelulósicos ligados a poliisocianato contendo níveis reduzidos de poliisocianato, possuindo propriedades melhoradas com cargas equivalentes do ligante poliisocianato. 1
Deste modo, a presente invenção proporciona um processo para ligar material lenhocelulósico compreendendo os passos de a) colocar o referido material lenhocelulósico em contacto com uma composição de poliisocianato orgânico e b) subsequentemente, deixar que o referido material se ligue, caracterizado por o referido material lenhocelulósico ser também posto em contacto com uma ureia cíclica solvente da lenhina simultaneamente com ou separadamente da composição de poliisocianato orgânico, variando a quantidade de solventes de ureia cíclica da lenhina entre 0,1 a 6% em peso baseada no poliisocianato. A vantagem da presente invenção é que os níveis de poliisocianato necessários para produzir um corpo lenhocelulósico compósito tratado e prensado podem ser substancialmente reduzidos mantendo equivalentes ou melhorando as propriedades físicas da placa.
Adicionalmente, a níveis equivalentes de poliisocianato são obtidos corpos compósitos possuindo propriedades físicas melhoradas tais como a resistência e o inchamento. Também é observado desempenho melhorado a partir da libertação dos rolos da prensa em algumas circunstâncias, especialmente na produção de Fibra de Cartão de Densidade Média.
Os solventes de lenhina de ureia cíclica como aqui utilizados são substâncias capazes de dissolver proto-lenhina ou lenhina que ocorrem naturalmente como modificadas pelo processo utilizado para as recuperar do material lenhocelulósico. É dada preferência a solventes de lenhina de ureia cíclica não reactivos com o isocianato.
Os solventes de lenhina de ureia cíclica para utilização no processo da presente invenção incluem N,Ν'-dimetileno ureia e 2 (1 L-Cj 1 ^ N, Ν'-dimetilpropileno ureia, acetol, dioxano, ésteres tais como sulfato de dietilo, oxalato de dietilo e fosfato de trietilo, poliésteres, cetonas tais como acetona isoforona, óxido de mesitilo, metiletilacetona, e pentanodiona, 1,4-dioxano, dioxolano, metilmorfolina, morfolina, óxido de propileno, álcool tetrahidrofurfurilo, tetrahidrofrano, tialdina, acrilonitrilo, 2-nitro-2-etil-l,3-propanodiol (fundido), 2-nitro-2-metil-l-propanol (fundido) , sulfolano de dimetilo, sulfóxido de dimetilo, formamida, álcool butilico e nitroetanol (e misturas destes). Destes, são preferidos N,N'-dimetiletileno ureia e ΝΙΝΙ' -dimetilpropileno ureia. A utilização destes dois compostos como solventes de lenhina não foi nunca descrita.
Apenas um dos solventes de lenhina pode ser utilizado no processo da presente invenção ou podem ser utilizados misturas de dois ou mais destes solventes de lenhina.
Os solventes de lenhina de ureia cíclica são utilizados no processo da presente invenção numa quantidade variando de 0,1 a 6,0%, preferencialmente de 0,3 a 3% e mais preferencialmente de O, 5 a 2% em peso baseado no poliisocianato. O solvente de lenhina de ureia cíclica a ser preferencialmente utilizado e a quantidade preferida deste dependem das espécies de madeira e podem ser rapidamente determinadas pelo especialista da técnica.
Utilizando um solvente de lenhina de ureia cíclica em combinação com um poliisocianato nas quantidades acima, são obtidas placas de propriedades físicas equivalentes com uma redução de 15 a 20% na carga de poliisocianato. O solvente de lenhina de ureia cíclica pode ou ser adicionado à composição de poliisocianato antes da composição ser colocada em contacto com o material lenhocelulósico ou o solvente da lenhina 3 ί
t pode ser adicionado ao material lenhocelulósico antes ou depois (preferencialmente antes) de ser adicionado o poliísocianato.
As composições de poliisocianato contendo os solventes de lenhina acima na quantidade acima são estáveis. Um diluente inerte tal como óleo de linhaça, metiloleato, 2,3-dibenziltolueno, pode ser adicionado a tal composição de poliisocianato. São possíveis reduções adicionais nas cargas de poliisocianato, embora mantendo as propriedades da placa, quando se adicionar lenhina e solvente de lenhina ao material lenhocelulósico.
Podem ser utilizadas lenhinas derivadas de uma grande variedade de fontes. Exemplificativas são lenhinas resultantes de processos de "kraft" ou cáusticos de pasta de madeira para papel tais como lenhinas alcalinas (também denominadas kraft e sulfato de lenhina), lenhinas resultantes de processos de polpagem de madeira com sulfito tais como sulfonatos de lenhina, lenhinas resultantes da hidrólise da madeira. As lenhinas preferidas são lenhinas "organosolv" e lenhinas alcalinas. Podem ser utilizadas as lenhinas de fontes de madeira dura e madeira macia.
Em vez da própria lenhina, podem ser utilizados modelos de lenhina baseados nas unidades monoméricas da lenhina natural (nomeadamente fenilpropano).
Exemplos de modelos de lenhina incluem os compostos descritos por W.E. Collier et al.r em Holzforschung, 46(6), páginas 523-528 (1992), especialmente materiais baseados em CeH5-R e C6H4-(OCH3) R em que R é CH(OH)CH2 ou CH2CH (OH) C6H5, os compostos descritos por L. Eggling em Trends in Biotechnology, _1(4), páginas 123-127 (1983) tais como dilinhois (duas unidades de fenilpropano), éter de arilglicerol-ft-arilo, 1,2-diarilpropano dilinhois e fenilcoumarano dilinhol, os compostos descritos por 4 G.E. Hawkes et al., em Holzforschung, 4_7, páginas 302-312 (1993) tal como vanilina, ácido vanilico, acetovanilona, siringaldeído, ácido 4-hidroxi-3,5-dimetoxibenzóico, 4-hidroxibenzaldeido, ácido 4-hidroxibenzóico, 4-hidroxi-3,5-dimetoxiacetofenona, ácido 4-hidroxicinâmico, ácido 3,4-dihidroxicinâmico (ácido caféico) ácido 4-hidroxi-3-metoxicinâmico (ácido ferúlico) e ácido 4-hidroxi-3,4-dimetoxicinâmico, e os compostos descritos por D.K. Johnson et al. em "Molecular weight distribution studies using lignin model compounds", Capitulo 8, páginas 109-123, editado por W.G. Glasser e S. Sarkanen, ACS Symp. Ser. 397 (1989), ISBN 0-8412-1631-2. A lenhina ou modelo de lenhina são adicionados numa quantidade variando de 0,1 a 50%, preferencialmente 1 a 5% em peso com base no poliisocianato. A lenhina ou modelo de lenhina podem ser adicionados ao material lenhocelulósico separadamente do poliisocianato e solvente da lenhina (preferencialmente depois do poliisocianato ter sido adicionado) ou podem ser adicionados simultaneamente com o poliisocianato e/ou solvente de lenhina. Se adicionados simultaneamente, o método preferido envolve primeiro a mistura da lenhina (modelo) e do solvente da lenhina e depois a adição do poliisocianato à mistura. Outro método envolve primeiro a adição de lenhina (modelo) ao poliisocianato e depois do solvente da lenhina. A combinação do solvente da lenhina e lenhina (modelo) pode levar a uma redução na carga de poliisocianato de 20 a 40%.
Os poliisocianatos para utilização no processo da presente invenção podem ser qualquer composto de poliisocianato orgânico ou mistura de compostos de poliisocianatos orgânicos, desde que os referidos compostos possuam pelo menos 2 grupos isocianato. 5
r
Poliisocianatos orgânicos incluem diisocianatos, particularmente diisocianatos aromáticos, e isocianatos de maior funcionalidade. Exemplos de poliisocianatos orgânicos que podem ser utilizados na presente invenção incluem isocianatos alifáticos tais como diisocianato de hexametileno; e isocianatos aromáticos tais como m- e p-fenileno diisocianato, tolileno-2,4- e 2,6-diisocianato, difenilmetano-4,4'-diisocianato, clorofenileno-2,4-diisocianato, naftileno-1,5-diisocianato, difenileno-4,4'-diisocianato, 4,4'- diisocianato-3,3'-dimetildifenilo, 3-metildifenilmetano-4, 4' - diisocianato e éter difenilo de diisocianato; e diisocianatos cicloalifáticos tais como ciclohexano-2,4- e -2,3-diisocianato, 1-metilciclohexil-2,4- e -2,6-diisocianato e misturas destes e bis-(isocianatociclohexil)metano, e triisocianatos tais como 2,4,β-triisocianatotolueno e 2,4,4-triisocianatodifeniléter. Poliisocianatos modificados contendo grupos isocianurato, carbodiimida ou uretonimina podem também ser empregues. Adicionalmente, podem ser utilizados poliisocianatos bloqueados, como o produto de reacção de um fenol ou de uma oxima e um poliisocianato, possuindo uma temperatura de desbloqueamento abaixo da temperatura aplicada quando se utiliza a composição de poliisocianatos. 0 poliisocianato orgânico pode também ser também um pré-polimero terminado em isocianato produzido fazendo reagir um excesso de um isocianato ou um poliisocianato de funcionalidade superior com um poliol.
Podem também ser utilizados poliisocianatos orgânicos que formam emulsões em água, como os descritos na Patente UK n° 14444933, na publicação da patente europeia n° 516361 e na publicação de patente PCT n° 91/03082.
Podem ser utilizadas misturas de isocianatos, por exemplo, uma mistura de isómeros de diisocianato de tolileno, tais como as misturas de isómeros 2,4- e 2,6- comercialmente disponíveis e também a mistura de di- e poliisocianatos superiores produzidos por fosgenação de condensados de anilina/formaldeído. Tais 6
Lr Γ misturas são bem conhecidas na arte e incluem produtos brutos de fosgenação contendo metileno ligado por pontes a poliisocianatos de polifenilo, incluindo diisocianato, triisocianato e poliisocianatos superiores conjuntamente com quaisquer produtos co-laterais da fosgenação.
Os poliisocianatos preferidos para serem utilizados na presente invenção são aqueles em que o isocianato é um diisocianato ou poliisocianato aromático de funcionalidade superior tal como um diisocianato de difenilmetano ou mistura de poliisocianatos de polifenilo com metileno em ponte contendo diisocianatos, triisocianatos e poliisocianatos de funcionalidade superior, com Poliisocianatos de polifenilo com metileno em ponte são bem conhecidos na arte. São preparados por fosgenação de misturas correspondentes de poliaminas obtidas por condensação de anilina e formaldeido. Para conveniência, misturas poliméricas de poliisocianatos de polifenilo com metileno em ponte contendo diisocianato, triisocianato e poliisocianatos de funcionalidade superior são a partir daqui referidos como MDI polimérico. Preferencialmente o poliisocianato é liquido à temperatura ambiente. A composição de poliisocianato pode ainda compreender aditivos convencionais como retardadores de chama, agentes de conservação de lenhocelulósicos, fungicidas, ceras, agentes de dimensionamento, enchimentos e outros ligantes tais como resinas adesivas de condensado de formaldeido.
Os corpos lenhocelulósicos são preparados colocando as partes lenhocelulósicas em contacto com a composição de poliisocianato e o solvente de lenhina por meio de mistura, aspersão e/ou espalhamento da composição de poliisocianato e o solvente de lenhina com/em as partes lenhocelulósicas e por pressão da combinação da composição de poliisocianato, solvente de lenhina e partes lenhocelulósicas, prefererencialmente por pressão a 7
t quente, normalmente de 150°C a 220°C e 2 e 6 MPa de pressão especifica. Tais processos de ligação são vulgarmente conhecidos na arte. 0 material lenhocelulósico após tratamento com a composição de poliisocianato e solvente de lenhina, é colocado em placas de rede feitas de alumínio ou aço, que servem para transportar a matéria-prima para a prensa, onde é comprimida até à extensão desejada normalmente a uma temperatura entre 150°C e 220°C. No início de um processo de fabrico pode ser útil, mas não essencial, condicionar as placas da prensa aspergindo as suas superfícies com um agente de libertação externo. A prensa condicionada pode então ser utilizada muitas vezes no processo da invenção sem tratamento adicional. 0 processo da presente invenção pode ser utilizado no fabrico de placas finas, placas de fibra de densidade média e placas de partículas (também conhecidas como aglomerado).
Assim, o material lenhocelulósico utilizado pode incluir aparas de madeira, fibras de madeira, farpas, lenha de madeira, cordel, cortiça, casca, serradura, e produtos afins de desperdício da indústria que trabalha a madeira assim como outros materiais possuindo uma base lenhocelulósica como o papel, bagaço, palha, linho, sisal, canabis, cânhamo, canas, vagem de arroz, erva e casca de noz. Adicionalmente, podem ser misturados com os materiais lenhocelulósicos outros materiais particulados ou fibrosos tais como enchimentos minerais, fibra de vidro, mica, borracha, desperdícios têxteis tais como fibras plásticas e tecidos. A proporção em peso de material lenhocelulósico/poliisocianato variará dependendo da densidade de carga do material lenhocelulósico empregue e propriedades requeridas. Assim, as 8 · Li, —-ç* composições de poliisocianato podem ser aplicadas em quantidades tais que se produz uma proporção em peso de material poliisocianato/lenhocelulósico no intervalo entre 0,1:99,9 e 25:75, e preferencialmente no intervalo entre 0,3:99,7 e 16:84.
Se desejado, outros agentes de ligação convencionais, tais como resinas adesivas de condensado de formaldeido, podem ser utilizados em conjunção com a composição de poliisocianato.
Descrições mais detalhadas de métodos de fabrico de produtos baseados em material lenhocelulósico estão disponíveis em trabalhos anteriores. As técnicas e o equipamento convencionalmente utilizados podem ser adaptados para utilização no processo da presente invenção. A invenção é ilustrada, mas não limitada, pelos exemplos seguintes. SUPRASEC é uma marca registada de Imperial Chemical Industries. EXEMPLO 1 O solvente de lenhina de ureia cíclica foi adicionado ao poliisocianato (SUPRASEC 2185 disponível de Imperial Chemical Industries) e agitado suavemente durante cerca de 2 minutos à temperatura ambiente. O tipo e quantidade (baseados no poliisocianato) de solvente de lenhina são indicados abaixo na Tabela 1. A resina foi então aspergida sobre o fornecimento de madeira a 3% de carga (poliisocianato + solvente de lenhina) num tambor de mistura com um tubo de descarga de ar atomizado de 0,7 mm.
Com as aparas de madeira aspergidas, foram feitas Placas de Aparas Orientadas de 30 x 30 x 1,1 cm numa prensa Siempelkamp. Os rolos da prensa estavam a uma temperatura de 200°C. Perfil de prensa utilizado: fechar em 45 segundos até 130 bar, fechada 9
V durante 17 6 segundos a 130 bar, decréscimo da pressão em 15 segundos de 130 bar para 0 bar.
As propriedades físicas da placa são dadas na Tabela 1. 0 aumento de volume após 24 horas é determinado de acordo com a norma DIN 52364, a Ligação Interna (IB) é determinada de acordo com as normas DIN 52365 para V20 e DIN 68763 e DIN 52365 para V100.
Dimetiletileno ureia (DMEU) disponível de Acros Chimica. Dimetilpropileno ureia (DMPU)disponível de Acros Chimica. Aparas Aspen obtidas de Weyerhaeuser, Drayton Valley. Aparas de Pinheiro do Sul obtidas de Weyerhaeuser, Elkin
Tabela 1
Aumento de volume (%) IB - V20 (kPa) IB - V100 (kPa) Pinho do Sul SUPRASEC 2185 33,07 752 / SUPRASEC 2185 + DMEU a 0,5% 28,39 844 / SUPRASEC 2185 + DMEU a 1,0% 27,19 1001 / Aspen SUPRASEC 2185 34,28 768 113 SUPRASEC 2185 + DMPU a 1,0% 27,98 887 219
Os resultados acima mostram que mesmo a níveis reduzidos de polisocianato as placas feitas de acordo com a invenção apresentam um aumento de volume e uma força de ligação interna melhorados. EXEMPLO 2
Lenhina organosolv (disponível de Repap Technologies Inc. sob o nome de ALCELL Lignin Powder) (2 "pbw" por 100 "pbw" de polisocianato) foi adicionada lentamente ao poliisocianato 10
V r~' \ u
t (SUPRASEC 2185 disponível de Imperial Chemical Industries) com agitação à temperatura ambiente. Subsequentemente, o solvente de lenhina dimetiletileno ureia (1 "pbw" por 100 "pbw" de poliisocianato) foi ali agitado. A resina foi então aspergida em aparas de madeira Aspen a uma carga de 2% (poliisocianato + solvente da lenhina + lenhina) num tambor de mistura com um difusor de ar atomizado de 0,7 mm.
Com as aparas de madeira aspergidas, foram feitas Placas de Aparas Orientadas de 30 x 30 x 1, 1 cm numa prensa Siempelkamp. Os rolos da prensa estavam a uma temperatura de 200°C. Perfil de prensa utilizado: fecho em 45 segundos até 130 bar, fechada durante 176 segundos a 130 bar, decréscimo da pressão em 15 segundos de 130 bar para 0 bar.
As propriedades físicas da placa são dadas na Tabela 1.
As propriedades físicas da placa de uma placa de referência feita com apenas SUPRASEC 2185 a 2% são também dadas na Tabela 2.
Tabela 2
Aumento de volume IB REFERÊNCIA 42,5 655 AMOSTRA 32,5 977 EXEMPLO 3
Foram feitas dispersões por mistura de 5 "pbw" de dimetiletileno ureia (disponível de Aldrich) em 93 "pbw" de poliisocianato (SUPRASEC 2185 disponível de Imperial Chemical Industries). Enquanto se agitava, foi adicionado lentamente 2 "pbw" de lenhina a esta mistura e agitou-se durante 15 minutos. Justaposições simples de Aspen foram preparadas a partir das composições de poliisocianato e tratadas num forno durante 30 minutos a 180°C, presas com gancho em forma de L. As 11 V.
t justaposições foram construídas utilizando madeiras cortadas de 10-12 cm x 25 mm x 3 mm com uma distância de sobreposição de 25 mm. Foi aplicado adesivo a ambas as faces da sobreposição (30 mm de espessura) com uma carga de 12-18 g/m2.
Foram medidas as resistências à tracção das justaposições; foram utilizados espaçadores de 3 mm para conseguir uma deformação paralela e minimizar as forças de descamação. Os resultados estão apresentados na Tabela 3. A referência utilizada é poliisocianato (SUPRASEC 2185). As diferentes lenhinas utilizadas são lenhina organosolv (disponível de Repap Technologies), lenhina alcalina (disponível de Aldrich), lenhina hidrolítica (disponível de Aldrich) e lenhosulfonato de sódio (disponível de Aldrich).
Tabela 3
Resistência à Tracção (kPa) Referência 2821 Lenhina organosolv 3172 Lenhina alcalina 3135 Lenhina hidrolítica 3013 Lenhosulfonato de sódio 2988 EXEMPLO 4
Foi preparada uma composição de poliisocianato SUPRASEC 1042 (disponível de Imperial Chemical Industries) emulsificado em água numa proporção 50:50 e foi adicionado a isto DMEU a 2% em peso.
As placas de fibra da madeira "Bestwood" de 18 x 18 x 0,6 cm foram preparadas utilizando esta composição de poliisocianato a 6% de carga (desnsidade da placa 800 kg/m3) . Conteúdo em humidade do "premat": 12%. Temperatura das placas da prensa: 200°C. A capacidade de libertação das placas dos rolos da prensa foi classificada de 1 a 5; sendo 1 a aderência completa da placa aos 12 rolos da prensa e 5 a libertação perfeita dos rolos da prensa. Falhas na madeira foram também medidas como a percentagem de área do rolo da prensa coberto com fibras de madeira após ter sido retirada a placa.
Os resultados são apresentados na Tabela 4. A referência é SUPRASEC 1042 emulsifiçado em água numa proporção 50:50.
Tabela 4
Capacidade de libertação Falhas da madeira REFERÊNCIA 4,5 0,5-1 REFERÊNCIA + DMEU a 2% 4,5-5 0
Estes resultados mostram que o desempenho da libertação é melhorada pela adição de um solvente de lenhina ao poliisocianato.
Lisboa, 8 de Junho de 2001
O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 13

Claims (12)

  1. V
    L-Ci REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a ligação de material lenhocelulósico compreendendo os passos de a) colocar em contacto o referido material lenhocelulósico com uma composição de poliisocianato orgânico e b) permitir subsequentemente que o referido material se ligue, caracterizado por o referido material lenhocelulósico ser também colocado em contacto com um solvente de lenhina de ureia cíclica ou simultaneamente ou separadamente da composição de poliisocianato orgânico; estando a quantidade de solvente de lenhina de ureia cíclica no intervalo de 0,1 a 6% em peso, com base no poliisocianato.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1 em que o solvente de lenhina de ureia cíclica é N,Ν'-dimetiletileno ureia ou N,N'-dimetilpropileno ureia.
  3. 3. Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2 em que o solvente de lenhina de ureia cíclica é utilizado numa quantidade variando entre 0,5 a 2% em peso, com base no poliisocianato.
  4. 4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores em que o referido material lenhocelulósico é também colocado em contacto com lenhina ou um modelo de lenhina baseado nas unidades monoméricas da lenhina natural, ou simultaneamente ou separadamente da composição de poliisocianato e/ou do solvente de lenhina de ureia cíclica. 1 (j~ Li ^^
  5. 5. Processo de acordo cora a reivindicação 4 em que a lenhina é lenhina organosolv ou lenhina alcalina.
  6. 6. Processo de acordo com as reivindicações 4 ou 5 em que a lenhina ou modelo de lenhina baseado nas unidades monoméricas da lenhina natural é utilizado numa quantidade variando de 1 a 5 % em peso com base no poliisocianato.
  7. 7. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores em que o poliisocianato orgânico é um poliisocianato aromático.
  8. 8. Processo de acordo com a reivindicação 7 em que o poliisocianato orgânico é poliisocianato de polifenilo com metileno em ponte.
  9. 9. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores em que o passo b) envolve pressão a quente da combinação do material lenhocelulósico, composição de poliisocianato, solvente de lenhina e opcionalmente a lenhina de ureia cíclica ou modelo de lenhina.
  10. 10. Composição de poliisocianato compreendendo N,N'-dimetilpropileno ureia.
  11. 11. Composição de poliisocianato em que a N,Ν'-dimetiletileno ureia ou a N,N'-dimetilpropileno ureia é utilizada numa quantidade variando entre 0,1 e 6% em peso. 2
  12. 12. Composição de poliisocianato de acordo com a reivindicação 11 em que a N,N'-dimetiletileno ureia ou a N,N'-dimetilpropileno ureia é utilizada numa quantidade variando entre 0,5 e 2% em peso. Lisboa, 8 de Junho de 2001 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
    3
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