PT783429E - Prancha para desportos nauticos aperfeicoada - Google Patents

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James Richardson
Michael Anthony Zeh
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James Richardson
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Description

Γ\
DESCRIÇÃO «PRANCHA PARA DESPORTOS NÁUTICOS APERFEIÇOADA»
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campe da invenção A presente invenção refere-se a pranchas para desportos náuticos, incluindo pranchas de " surf", "body boards" e pranchas à vela. Mais particularmente, a presente invenção descreve pranchas para desportos náuticos, tendo uma construção aperfeiçoada que as torna leves, fortes e duráveis, embora sejam, ao mesmo tempo, mais versáteis e mais seguras do que as pranchas para desportos náuticos actualmente disponíveis. 2. Descrição da técnica anterior
Desde há muito tempo que têm constituído uma parte da recreação aquática dispositivos com a forma do prancha, destinados a suportar uma pessoa sobre o mesmo, inicialmente como pranchas de " surf", e mais tarde como pranchas à vela (por vezes designadas por pranchas para "windsurf") e "body-boards" (também conhecidas como "boogie boards") . As pranchas de " surf", tradicionalmente, eram rígidas e pesadas, com superfícies exteriores duras. Nos anos mais recentes os fabricantes das pranchas de "surf" e à vela têm utilizado materiais sintéticos para produzir pranchas mais leves. As "body boards” são normalmente construídas com materiais espumados leves. 1 "V'·.
Embora a técnica da utilização de materiais sintéticos para produzir pranchas leves sei a actualmente bem conhecida e compreendida, as pranchas leves actualmente disponíveis têm tendência para serem rígidas, frágeis e onerosas. 0 invólucro exterior duro que normalmente se encontra nas pranchas de "surf" e "windsurf” convencionais resiste à flexão, originando que as pranchas leves se quebrem rapidamente sob a acção das forças de flexão e de torção repetidas que se encontram nos desportos náuticos. Um objectivo principal da presente invenção é providenciar uma prancha para desportos náuticos que seja muito leve e, ao mesmo tempo, forte e durável.
As "body boards" que se encontram na maior parte dos casos têm uma estrutura contínua formada a partir de um produto espumado macio. A característica macia das "body boards" torna-as seguras e confortáveis para utilização, mas falta-lhes a rigidez necessária para permitir que as pranchas suportem as forças intensas a que se tem que fazer face na prática do "surf" e do "windsurf". Um outro objectivo da presente invenção consiste em proporcionar uma prancha para desportos náuticos que possua a resistência e a rigidez necessárias para suportar as forças intensas que se encontram na prática do "surf" e do "windsurf" e possua, ao mesmo tempo, um exterior macio que torne as pranchas confortáveis na utilização, mais seguras na utilização, e mais duráveis.
As pranchas para "surf" e "windsurf" actualmente existentes têm geralmente núcleos de baixa densidade cobertos por um revestimento duro e quebradiço. As pranchas resultantes são leves, mas substancialmente rígidas. As pranchas substancialmente rígidas são frágeis, têm uma capacidade de manobra limitada e são menos versáteis, em comparação com as pranchas para desportos náuticos flexíveis. 2
Λ l; ;
As pranchas essencialmente flexíveis, tais como as "boogie boards”, não têm um bom desempenho sob a accâo das forças mais significativas que se encontram na prática de muitos desportos náuticos. Um terceiro objectivo da presente invenção consiste em proporcionar uma prancha para desportos náuticos que permita uma flexibilidade controlada ou limitada. A flexibilidade promove a capacidade de manobra, mas come a flexibilidade é controlada, a prancha mantém a sua forma inicial sob pressões fortes e após múltiplas utilizações.
RESUMO DA INVENÇÃO
De acordo com a presente invenção reveia-se uma prancha para desportos náuticos, que compreende: (a) um núcleo alongado, essencialmente rectangular na sua forma em planta e em secção transversal, estreitando para diante a para a ré, e que compreende um material de enchimento de baixa densidade encerrado no interior de um invólucro compósito de alta resistência; e (b) uma camada exterior contornada, formada por um material de baixa densidade, não permeável, elástico, macio, que está aderente e envolve o referido invólucro compósito de alta resistência, e que encerra o referido núcleo alongado; (c) tendo o referido núcleo uma forma, uma espessura relativa e uma composição que se combinam por forma a permitir um grau desejável de flexibilidade longitudinal c de torção suficientes para variar a curvatura da prancha sob a acção de esforços e promover a capacidade de manobra da prancha; e 3
(d) tendo a referida camada exterior uma forma e uma composição que se combinam de forma a promover a flutuação da prancha, o seu desempenho e o controle da flexão. 0 núcleo de baixa densidade e de alta resistência torna a prancha leve, forte e durável. 0 material de enchimento de baixa densidade pode ser feito de espuma de poliestireno extrudida, esfcruias de espuma de poliestireno expandido, espuma de poliuretano ou espuma rígida de policloreto de vinilo.
De acorde com uma forma de realização, o material de enchimento de baixa densidade possui uma estrutura em favo de mel com as caracterí sticas combinadas de leveza e resistência. De acordo com uma outra forma de realização, o material de enchimento de baixa densidade é um gás de baixa densidade, sob pressão, encerrado em bolsas. Os gases de baixa densidade, tal como o hélio, deslocam parcialmente o peso da prancha e do seu utilizador. A manutenção do gás sob pressão ajuda a manter a integridade estrutural da prancha, suportando as pressões que se enfrentam na prática do "surf" e do "windsurf" . Pode conseguir-se que a pressão do gás no núcleo seja ajustável, permitindo ao utilizador fazer variar a rigidez da prancha antes e durante a sua utilização. 0 invólucro compósito de alta resistência, que envolve o material de enchimento de baixa densidade, confere à prancha a sua resistência e durabilidade. 0 invólucro pode ser fabricado com fibras de carbono, fibras de vidro ou com fibras poliméricas, ligadas com epoxi ou outra resina. 0 invólucro compósito pode ser reforçado, em forma dc esqueleto, utilizando-se materiais de elevada resistência, tais como tiras de fitas compósitas colocadas ao longo das superfícies superior e inferior e dos lados do núcleo. As 4 tiras de reforço são colocadas em configurações especificas, que conferem à prancha uma resistência adicional e que promovem uma flexibilidade selectiva. 0 material de enchimento de baixa densidade combina-se com c invólucro compósito de elevada resistência numa configuração rectangular para formar uma prancha que tem uma estrutura de caixa de torção. Tal como um ski para a neve, a estrutura de caixa de torção permite à prancha uma flexão longitudinal e de torção limitadas, obrigando a prancha a dobrar-se e a torcer em resposta às forças da água e às forças aplicadas pelo utilizador. A construção do núcleo permite igualmente que a prancha recupere e mantenha a sua forma projectada depois de cessarem as forças, mesmo sob condições severas e após utilizações repetidas. A resistência e a flexibilidade da prancha são alteradas fazendo-se variar a espessura relativa do material de enchimento de baixa densidade e do invólucro compósito de alta resistência. Para pranchas de resistência muito elevada o núcleo compreende camadas de material de baixa densidade e de invólucro compósito de alta resistência, numa configuração em " sandwich", ou é reforçado através da utilização de longarinas (nervuras orientadas verticalmente que correm no sentido do comprimento da prancha). A camada exterior macia pode ser de espuma de polietileno ou de outro material apropriado, não absorvente, macio e elástico. Enquanto o núcleo alongado, em forma de caixa, é projectado para promover a resistência e urna flexão controlada, o exterior de espuma macia é distribuído em torno do núcleo de modo a promover a flutuabilidade e o desempenho da prancha. A camada exterior macia também proporciona o 5 conforto, a segurança e a durabilidade ao impacto, da prancha.
Pode ser adicionada uma película de plástico ou um revestimento liso flexível ao exterior da camada exterior macia da prancha, a fim de aumentar a resistência ao desgaste e diminuir o atrito entre a prancha e a água. or ancha pode incluir quilhas, caixas de quilha e estritos : .. calhas de mastro para facilitar o uso da prancha nos d*sp,- rtos náuticos. As quilhas, caixas de quilha e estribos ou calhas de mastro são fixados, através da camada exterior flexível macia, sobre ou no interior do invólucro compósi to. A fahricacão da prancha aperfeiçoada para desportos náuticos é levada a cabo mediante o emprego de técnicas de construção conhecidas em novas combinações e sequências. Para uma produção de baixo volume a prancha aperfeiçoada pode ser fabricada manualmente: o núcleo de baixa densidade é moldado à mão, o invólucro compósito pode ser curado utilizando técnicas de sobreposição conhecidas, o exterior de espuma macia é laminado sobre o núcleo e moldado à mão, e é pintada por cima a camada de acabamento.
Para um alto volume de produção de pranchas o material de enchimento e o invólucro podem ser moldados por compressão ou formados utilizando técnicas de enrolamento de filamentos, e a camada exterior de espuma macia é moldada por compressão em torno do núcleo ou é expandida de modo a encher um molde cm torno do núcleo. A conformação final do exterior de espuma pode ser realizada através da utilização de máquinas de desbaste digitais controladas por computador. 6
OVA*·''
Podem ser empregues combinações e sequências de alternativa das técnicas de fabricação acima, e as técnicas anteriores podem ser combinadas com outros métodos conhecidos para a fabricação de pranchas de " surf", de pranchas à vela e de "boogíe boards", a fim de implementar a presente invenção.
Outros objectivos e vantagens da presente invenção tornar-se-ão evidentes a partir da observação dos desenhos anexos e da descrição que se segue.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
Serão descritos os pormenores de formas típicas, mas não limitativas, de realização da presente invenção, em ligação com os desenhos anexos. Nos desenhos, as figuras estreitamente relacionadas têm o mesmo número, mas sufixos alfabéticos diferentes. A fig. 1 é uma vista em perspectiva da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, com partes removidas. A fig. 2 é uma vista em secção transversal lateral da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, tomada segundo a linha 2-2 da fig. 1. A fig. 3 é uma vista de cima do revestimento compósito que cobre o núcleo da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, ilustrando a colocação das tiras compósitas de reforço. AS figs. 4A e 4B sáo vistas em perspectiva parciais da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, com partes removidas, mostrando núcleos de alternativa de alta resistência. 7
As figs. 5A e 5B são vistas em secção transversal lateral da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, tomadas segundo a linha 5-5 da fig. 1, com núcleos em favo de mel e com enchimento de gás, respectivamente.
As figs. 6A e 6B são vistas de cima em secção transversal longitudinal da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, tomadas segundo a linha 6-6 da fig. 2, mostrando variantes construtivas com enchimento de gás, de alternativa. A fig. 7 é uma vista em perspectiva parcial da parte do fundo, à ré, de uma prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, na forma de uma prancha de " surfn equipada com quilhas e caixa de quilha. A fig. 8 é uma vista em perspectiva da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, na forma de uraa prancha à vela, equipada com uma calha de mastro e mastro.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DAS FORMAS DE REALIZAÇÃO PREFERIDAS A prancha para desportos náuticos aperfeiçoada é ilustrada na fig. 1, segundo uma forma com partes removidas, compreendendo um casco 10 com a forma de uma prancha alongada, de contornos suaves, tendo uma superfície superior 12, uma superfície inferior 14, e bordos, conhecidos na indústria como corrimãos, 16.
No centro do casco 10 existe um núcleo 18 alongado, essencialmenle cuill a forma de caixa, cheio cora um material dc núcleo 20 leve, de baixa densidade. O material de núcleo 20 é envolvido por um invólucro 22, fabricado a partir de um material compósito de alta resistência. O invólucro compósito 8
22 é reforçado, à maneira de um esqueleto, com tiras 24 de um material de fibra unidireccional, de alta resistência. Envolvendo o invólucro 22 existe um camada exterior contornada 2 6, feita de uma espuma macia, elástica e não absorvente. Finalmente, a camada exterior 26 é coberta por um revestimento plástico liso 28, destinado a reduzir a resistência entre a superfície exterior da prancha e a água. O material de núcleo 20 pode ser composto por espuma de poliestireno extrudida, esférulas de espuma de poliestireno expandido, espuma de poliuretano, espuma rígida de policloreto de vinilo, ou materiais semelhantes que tenham as caracteristicas necessárias de peso leve e baixa densidade. O invólucro compósito 22 é fabricado a partir de uma matriz resina/fibra. As resinas apropriadas incluem resinas epoxi, poliésteres, ésteres de vinilo, ou outros plásticos semi-rígidos. As fibras para completar o compósito podem incluir fibras de vidro, carbono, carbureto de boro, berílio, fibras poliméricas, ou qualquer outro material de alta resistência que tenha uma forma de fio ou unidireccional. O invólucro compósito 22 pode ser moldado em torno do material de núcleo 20 depois de o material de núcleo 20 ter sido previamente moldado na forma de caixa. Em alternativa, o invólucro 22 pode ser construído primeiro numa configuração em forma de caixa, cheio com os materiais de núcleo 20 e depois fechado. A camada exterior macia 26 é composta por espuma de polietileno ou de polipropileno, ou por qualquer outro material adequado, não permeável, de baixa densidade, macio e elástico. A camada 26 é fixada ao invólucro 22 utilizando-se calor ou colas à prova de água. 9 \ \
'· 'V/· Ο núcleo 18, com a sua configuração essencialmente em forma de caixa e a sua construção de compósito, confere ao casco 10 as características importantes de flexibilidade longitudinal e em torção controladas. A flexibilidade limitada permite ao casco 10 dobrar-se e torcer em resposta às forças aplicadas pelo utilizador e pela água, e peio vento no caso das pranchas à vela. A construção do núcleo 18 também permite ao casco 10 recuperar rapidamente a sua forma original logo que a força seja removida, e a suportar dobragens e flexões significativas e repetidas sem comprometer ou degradar a integridade do casco 10.
Embora o núcleo 18 tenha essencialmente uma forma de caixa na sua seccào transversal, as dimensões do núcleo 18 e a espessura relativa do invólucro compósito 22 podem variar, a fim de fazer variar a qualidade e a intensidade da flexibilidade no casco 10. Tal como está ilustrado na fig. 2, uma secção transversal longitudinal tomada segundo a linha 2-2 da fig. 1, o núcleo 18 exibe uma forma que estreita para diante e para a ré, e o invólucro 22 é conformado mais espesso em torno da secção média da prancha. Esta construção promove a flexibilidade nas secções anterior e posterior da prancha. A secção frontal flexível amortece os efeitos da prancha a bater em mar encapelado ou do mar agitado. A secção posterior flexível promove a capacidade de manobra através de uma combinação de torção e de flexão do casco 10. A secção média menos flexível conserva uma curvatura suave para a manutenção do momento frontal e para facilitar as actividades de planagem. A forma de reforçar o invólucro compósito 22, utilizando as tiras de alta resistência 24, é elucidada na fig. 3. As tiras 24 são enroladas, à maneira de um esqueleto, em torno das superfícies superior e inferior e dos lados do núcleo 18. 10
As tiras 2 4 podem ser compostas por fibras unidireccionais de carbono ou fibras de carbono/vidro e podem, convenientemente, tomar a forma de tiras de fita de carbono/vidro. De acordo com a forma de realização preferida ilustrada na fig. 3, as tiras 24 são colocadas em diagonal, numa configuração em forma de X, sobre as superfícies superior e inferior do núcleo 18. Esta configuração permite que o casco 10 tenha um comportamento eíectivo na forma de uma caixa de torção, promovendo flexibilidade de torção controlada, particularmente útil para a capacidade de manobra durante os desportos náuticos. As tiras 24 são colocadas segundo um ângulo 30 urras em relação às outras, podendo o referido ângulo 30 variar desce 0 a 90° para se conseguirem diferentes grandezas da flexibilidade de torção. Quando o ângulo 30 é de 0o, as tiras 24 são paralelas umas às outras e o casco 10 exibe o máximo de flexibilidade de torção e o mínimo de flexibilidade longitudinal. À medida que o ângulo 30 se aproxima de 90° o casco 10 exibe relativamente menos flexibilidade de torção e mais flexibilidade longitudinal.
Embora a variante construtiva representada na fig. 3 apresente quatro tiras 24 enroladas diagonalmente numa configuração em forma de X em torno do núcleo 18, estão dentro do âmbito da presente invenção outras configurações de esqueleto para a colocação das tiras de reforço 24 e a utilização de qualquer número de tiras 24. A espessura do núcleo 18, e a extensão e a forma do seu reforço com o invólucro compósito 22 e com as tiras 24, podem ser alteradas por forma a se adaptarem ao tamanho do utilizador o à utilização prevista para a prancha. Por exemplo, a combinação de um núcleo 18 mais espesso e de um invólucro compósito 22 mais espesso com inúmeras tiras de reforço 24 tem como resultado um casco 10 menos flexível, 11
permitindo que um praticante mais pesado alcance o mesmo desempenho que um praticante mais leve numa prancha mais flexível. Um casco 10 menos flexível é também apropriado para os desportos náuticos que envolvam maiores forças, tais como a navegação à vela em prancha e a prática de " surf" em grandes ondas. Um casco 10 mais leve, obtido através de um núcleo 18 mais delgado e tendo um reforço relativamente menor, é apropriado para os desportos náuticos em que se pretenda uma boa capacidade de manobra com um esforço mínimo, tais como a prática de "body board" e a prática de "surf" em ondas peauenas. •
Para uma resistência e uma rigidez ainda maiores o núcleo 18 é composto por material de núcleo 20 e invólucro compósito 22 dispostos em camadas, numa configuração tipo "sandwich" f tal como está representada na fig. 4A. Em alternativa, o núcleo 18 pode ser reforçado usando-se longarinas 32, como está representado na fig. 4B.
Embora o uso de tiras de reforço 24, da configuração tipo "sandwich" e das longarinas 32 sejam representadas em separado nas figuras 3, 4A e 4B, respectivamente, deverá notar-se que estas técnicas de aumento da resistência e da rigidez podem ser usadas em conjunto e em qualquer combinação. A distribuição da camada exterior 2 6 em torno do invólucro compósito 22 é variada, de modo a conseguir-se flutuabilidade, bom desempenho e segurança. Uma vez que a camada 26 é composta por espuma de baixa densidade, uma camada exterior 26 mais espessa origina que o casco 10 tenha maior flutuabilidade. A forma global da camada 26 origina a forma exterior do casco 10, o que afecta o desempenho e a capacidade de manobra. A prancha ilustrada na fig. 2, por 12
exemplo, mostra uma camada 26 que é relativamente mais espessa na parte dianteira 34 e relativamente mais delgada ao longo da superfície inferior 14 da ré do casco 10. A espuma adicional na parte dianteira 34 torna a prancha mais segura e mais durável. A camada de espuma mais delgada ao longo da secção posterior da superfície inferior 14 promove o bom desempenho da prancha. Secções espessas da camada 26 favorecem á:nca o carácter flexível e elástico do casco 10.
Por conseguinte, enquanto as dimensões relativas e a construcác do núcleo 18 são variáveis, para se conseguirem diferentes graus e direcções de flexibilidade no casco 10, a forma e a espessura da camada exterior 26 são variadas de modo a promover o bom desempenho da prancha, a sua capacidade de manobra e a segurança.
As figs. 5A e 5B, secções transversais laterais tomadas segundo a linha 5-5 da fig. 1, mostram outras formas construtivas preferidas, as quais exibem núcleos 18' e 18'' especializados. A fig. 5A mostra um núcleo 18' cheio com um material de baixa densidade e elevada resistência 36, exibindo uma arquitectura tipo favo de mel. A fig. 5B mostra o núcleo 18'', o qual compreende uma câmara 38 formada por uma bolsa 4 0 coberta pelo invólucro 22, cheia com um gás de baixa densidade 42 sob pressão. A bolsa 40 pode ser construída de borracha ou de plástico leves, e pode ser equipada com válvulas 44 que atravessam o invólucro 22, através das quais o gás 42 é bombeado e depois fechado. 0 gás 42 pode ser o hélio ou qualquer outro gás não inflamável, de baixa densidade.
De acordo com a forma de construção representada na fig. 5B, o gás de baixa densidade 42 desloca parcialmente o peso do casco 10 e do seu utilizador. Quando comprimido e sob 13
pressão, o gás 42 ajuda a manter a integridade estrutural e a forma do casco 10 durante as actividades dos desportos náuticos e ao longo de múltiplas utilizações.
Nas figs. 6A e 6B, vistas de cima em secção transversal longitudinal, tomadas segundo a linha 6-6 da fig. 2, são apresentadas variantes de alternativa de realização da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, possuindo câmaras cheias de gás. De acordo com a variante construtiva que se mostra na fig. 6A, o núcleo 18'' compreende três câmaras cheias de gás, 38a, 38b e 38c, dispostas segundo o comprimento do casco 10 e cobertas pelo invólucro 22. Cada câmara 38 é formada por uma bolsa 40 e cada bolsa 40 está equipada com uma combinação de válvula/bomba actuada manualmente 46, que atravessa o invólucro 22. Um utilizador, enquanto opera com a prancha durante as actividades de desportos náuticos, pode aumentar ou diminuir a pressão do gás 42 selectivamente, entre as câmaras 38a, 38b e 38c, a fim de conseguir uma rigidez e flexibilidade selectivas em diferentes secções do casco 10. As pranchas que exibem rigidez e flexibilidade assimétricas são altamente desejáveis, por exemplo, para se adaptarem às condições existentes de vento ou de ondulação, e porque as voltas para diante para a face da onda tendem a ter raios de giração mais longos do que as voltas de retrocesso (voltas em afastamento da face da onda). A forma de realização preferida ilustrada na fig. 6B tem câmaras cheias de gás exteriormente, em relação ao invólucro compósito 22. De acordo com esta variante construtiva, duas câmaras 38, na forma de tubos alongados, formam os corrimãos direito e esquerdo 16 do casco 10. As câmaras 38 estão aderentes ao invólucro 22 e estão embutidas no interior da camada exterior 26. Tal como as câmaras descritas nas formas 14
construtivas anteriores, as câmaras 38 são formadas por bolsas 40 cheias com gás comprimido 42. As câmaras 38 podem ser equipadas, de forma análoga, com válvulas 44 ou com válvulas/bombas actuadas à mão 46, permitindo que a pressão do gés 42 nas câmaras 3 8 seja variada selectivamente. Em conformidade com esta forma construtiva, o núcleo 18 pode ser constituído por qualquer dos materiais de núcleo 20 descritos anteriormente. A forma e a configuração das câmaras 38 pode ser variada, tal como o pode o seu número, para se conseguirem diferentes configurações de rigidez e flexibilidades selectivas no casco 10. Embora não tenham sido aqui ilustradas concretamente, estas formas de construção de alternativa estão dentro do âmbito da presente invenção.
Na fig. 7 está representada uma forma de realização típica da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, na forma de prancha de "surf". Estendendo-se desde a superfície de fundo 14 do casco 10 existem quilhas 48 e 48’. As bases das quilhas 48 estão fixadas ao invólucro 22. A base da quilha 48’ está montada, de forma deslizante, numa caixa de quilha 50. A caixa de quilha 50 é construída dentro do invólucro 22, ou é formada como uma parte do mesmo. De acordo com esta forma de construção, a camada exterior 26 é formada de maneira continua com a base das quilhas 48 e cobre o invólucro 22 até à abertura da caixa de quilha 50, mas não sobre esta. Embora não esteja representado, é fácil de compreender que o casco 10 pode ser equipado com qualquer número e disposições de quilhas e de caixas de quilha.
Na fig. 8 está representada uma forma de realização típica da prancha para desportos náuticos aperfeiçoada, na forma de uma prancha à vela. Construída dentro da superfície 15 superior 12 do invólucro 22 existe uma calha de mastro 52, dentro da qual está montado, de forma deslizante, o mastro 54. A camada exterior 26 é formada de modo a deixar a calha de mastro 52 exposta para receber o mastro 54. Embora não esteja representado, um estribo de mastro ou outros meios para ligarem de forma flexível o mastro 54 ao casco 10 podem substituir a calha de mastro 52 que se mostra na fig. 8.
Deste modo, como prontamente se depreende, o núcleo compósito 18, de alta resistência e de baixa densidade, alongado, essencialmente com a forma de caixa, proporciona uma prancha para desportos náuticos de alto desempenho, que é leve e durável e que exibe uma flexibilidade e elasticidade controladas. A combinação da baixa densidade e da flexão controlada proporciona ao utilizador a máxima capacidade de manobra. As tiras de reforço 24, colocadas sobre o invólucro 22 de acordo com configurações específicas, reforçam ainda mais a prancha e limitam a flexão controlada da prancha a direcções particularmente apropriadas para determinados desportos náuticos. A camada exterior macia 26, que cobre o invólucro 22, torna a prancha confortável na utilização e mais segura no manuseio, e a forma de contorno da camada 2 6 favorece o bom desempenho da prancha. As câmaras cheias de gás 38, equipadas com as válvulas 44 ou válvuias/bombas 46, permitem ao utilizador variar selectivamente a rigidez e a flexibilidade da prancha antes ou durante a sua utilização.
Lisboa, 8 de Fevereiro de 2001.
16

Claims (20)

  1. Γ\ t~-—-
    REIVINDICAÇÕES 1. Prancha para desportos náuticos, compreendendo: (a) um núcleo alongado (18), essencialmente rectangular na sua forma em planta e em secção transversal, estreitando para diante a para a ré, e que compreende um material de enchimento de baixa densidade (20) cr.corrado no interior de um invólucro compósito de a.La resistência (22); e (b) uma camada exterior de contorno (26), formada por um material de baixa densidade, não permeável, elástico, macio, que está aderente e envolve o referido invólucro compósito de alta resistência (22) , e que encerra o referido núcleo alongado (18);
    tendo o referido núcleo (18) uma forma, uma espessura relativa e uma composição que se combinam por forma a permitir um grau desejável de flexibilidade longitudinal e de torção suficientes para variar a curvatura da prancha sob a acção de esforços e promover a capacidade de manobra da prancha; e (d) tendo a referida camada exterior (26) uma forma e uma composição que se combinam de forma a promover a flutuação da prancha, o seu desempenho e o controle da flexão.
  2. 2. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que a referida camada exterior de contorno (26) é revestida com uma película lisa (28) . 1 3
    . Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação i, em que o referido material macio, elástico, não permeável que forma a referida camada exterior de contorno (26) é escolhido de um grupo que consiste em espuma de polietileno e espuma de polipropi1 ene.
  3. 4. Prar.cha : ara desportos náuticos, de acordo com a rei v: ..-j ^ 1, em que o referido material de enchimento de baixe: nuns idade (20) é escolhido de um grupo que consiste err escuma de poliestireno extrudida, esférulas de espi;-’.-: de poliestireno expandido, espuma de poliurouar.o e espuma rígida de policloreto de vinilo.
  4. 5. Prancha para despertos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido invólucro compósito de alta resistência (22) compreende uma matriz de resina/libra.
  5. 6. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicacãc 5, em que a resina na referida matriz de resina/fibra é escolhida de um grupo que consiste em resinas de epoxi, de poliéster e de ésteres de vinilo, e a fibra na referida matriz de resina/fibra é escolhida de um grupo que consiste em fibras de vidro, carbono, carbureto de boro, berílio e fibras poliméricas.
  6. 7. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, que compreende ainda tiras (24) de fita compósita colocadas em configurações especificas sobre as superfícies superior e inferior do referido núcleo alongado (18) para reforçar o referido núcleo e para restringir a flexão do referido núcleo ao longo de eixos particulares. 2
  7. 8. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 7, em que as referidas tiras de reforço (24) são colocadas em diagonal, numa configuração em forma de X, ao longo das superfícies superior e inferior e dos lados do referido do núcleo (18), para promover uma flexibilidade de torção e flexão controlada no referido núcleo. 9. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 7, em que as referidas tiras de reforço (24) são fitas escolhidas do grupo que consiste em fita de carbono e fita de carbono/vidro.
  8. 10. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido materiai de enchimento de baixa densidade (20) é configurado numa rede em favo de mel para aumentar a resistência.
  9. 11. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido material de enchimento de baixa densidade (20) é disposto em camadas com a matriz compósita de resina/fibra (22) de alta resistência numa configuração em "sandwich", para aumentar a resistência.
  10. 12. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido núcleo alongado (]8) é reforçado utilizando-se longarinas (32) .
  11. 13. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido material de enchimento de baixa densidade (20) compreende uma bolsa (40) cheia com um gás não inflamável, de baixa densidade (42), sob pressão. 3 acordo com a
  12. 14. Prancha para desportos náuticos, de reivindicação 13, em que o referido gás sob pressão (42) é o 1: é i 2 o .
  13. 15. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 13, em que a referida bolsa (40) está equip-ndci com um meio (44) para fazer variar a pressão do ca.- 421 antes de a referida prancha estar em uso e c .icir.Lo a s_,a utilização.
  14. 16. Prar.cr.n para desportos náuticos, de acordo com a reiv: r.a-caçác 1, em que o referido material de enchimento ce caixa densidade (20) compreende uma série de bolsas (42) or.i encaaas longitudinalrnente, cheias com um gás não inflamável, de baixa densidade, sob pressão.
  15. 17. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 16, em que as referidas bolsas (40) são equi padas com un meio (46) para se fazer variar selectivamente a pressão do gás em cada bolsa, antes de a referida prancha estar em uso e durante a sua utilização.
  16. 18. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, que compreende ainda bolsas (40) orientadas longitudinalmente, cheias com um gás leve, não inflamável, sob pressão, fixadas ao longo de cada bordo do referido núcleo alongado (18) e embutidas dentro da referida camada exterior (26) formada por material impermeável, elástico, macio.
  17. 19. Prancha para desportos náuticos, dc acordo com a reivindicação 18, em que as referidas bolsas (40) estão equipadas com meios (44, 46) para se fazer variar 4 selectivamente a pressão do gás em cada bolsa antes de a referida prancha estar em uso e durante a sua utilização.
  18. 20. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, que compreende ainda quilhas (48) fixadas sobre o referido núcleo alongado (18) e que se estendem para fora a partir do mesmo através da referida camada exterior de contorno (26) .
  19. 21. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, que compreende ainda uma caixa de quilha (50), construída no interior do referido núcleo alongado (18), na qual a referida camada exterior de contorno (26) é formada de modo a deixar a caixa de quilha exposta para receber uma quilha (48').
  20. 22. Prancha para desportos náuticos, de acordo com a reivindicação 1, que compreende ainda uma calha de mastro (52), construída no interior do referido núcleo alongado (18), na qual a referida camada exterior de contorno (26) é formada de modo a deixar a calha de mastro exposta para receber um mastro (54). Lisboa, 8 de Fevereiro de 2001.
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