PT776746E - Dispositivo de corte - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE CORTE" A presente invenção diz respeito a um dispositivo de corte à saída das fieiras de um sistema de cozedura-extrusão, compreendendo um veio que sustenta várias lâminas de corte. Já é conhecido o colocar à saída de um dispositivo de cozedura-extrusão, um dispositivo de corte, especialmente em alimentação animal, para obter alimentos secos tendo a forma dada pela fieira de extrusão. A patente Japonesa 61 280 260 em nome de KK Ooyama Foods Machinery diz respeito a um dispositivo para fabricar alimentos para animais domésticos e que comporta à saída da fieira de extrusão duas facas rotativas sustentadas por um veio, cujo eixo é paralelo ao eixo da extrusora, uma das facas permitindo fazer um entalhe no produto e a segunda permitindo o corte total do dito produto. 0 inconveniente deste dispositivo é que o eixo da lâmina está deslocado lateralmente relativamente ao eixo da extrusora, o que implica que as lâminas rodam sem resistência numa grande parte da sua circunferência de rotação, o que pode criar problemas de segurança protecção e de afinação das lâminas pois é grande a força centrífuga. Por outro lado, este dispositivo de corte só é utilizável com uma única fieira de saída do produto. 0 objectivo da presente invenção é de encontrar um dispositivo de corte que não ponha nenhum problema de segurança, não apresente nenhum risco de desafinação e permita uma utilização a partir de uma extrusora podendo comportar várias fieiras de saída. A invenção refere-se a um dispositivo de corte à saída das fieiras de um sistema de cozedura-extrusão segundo a reivindicação 1. 1 Οι

Ο dispositivo segundo a invenção permite fabricar croquetes para a alimentação animal ou cereais para o pequeno-almoço comportando discretos efeitos de superfície (guelras) . 0 dispositivo é utilizável para a fabricação de todos os produtos extrudidos por um sem-fim ou duplo sem-fim ou todas as máquinas que permitam impelir a pasta através de uma ou várias fieiras: coloca 3c o dispooitivo oegundo a invenção directamente à saída das ditas fieiras e regula-se a rotação dos meios de corte à velocidade adequada permitindo obter o produto desejado, isto é a espessura do croquete ou do cereal desejado. A pasta inicial pode ser colorida ou não.

Procede-se da maneira seguinte: faz-se no primeiro compartimento da extrusora a mistura de todos os ingredientes, a saber farinha, água, açúcar, aromas e corantes e a pasta assim obtida é aquecida progressivamente para ser cozida e é impelida através de um número variável de fieiras tendo a forma de croquete ou de cereal desejado, tais como gato, rato, peixe ou cenoura, outras formas animais ou vegetais assim como formas geométricas. À saída da fieira, o bastão é cortado com o dispositivo segundo a invenção, que comporta várias arestas de corte cuja disposição permite obter os diferentes efeitos de superfície e finalmente com as lâminas de corte não lineares, fala-se de corte em estrias.

Por lâminas de corte não contínuas, entende-se na presente descrição, que se dispõe de arestas de corte que contêm pelo menos uma faca tendo duas lâminas desniveladas, tendo as ditas lâminas sensivelmente o mesmo comprimento e estando colocadas a distâncias diferentes do eixo de rotação do veio. O princípio geral repousa no facto que a faca corta assim o bastão de extrusão à saída, em dois tempos. A primeira parte da faca corta uma parte do croquete enquanto o bastão continua a sair até que a segunda parte da faca o corte. Provoca-se assim o aparecimento de um efeito discreto de superfície (guelras de 2

peixe, orelhas de rato). A segunda parte da faca destaca na totalidade o croquete assim cortado.

Como dito anteriormente, o efeito de superfície está ligado à expansão natural do produto na saída da fieira mas também a um ângulo de corte apropriado. Com efeito, o ângulo da lâmina situada mais próxima do eixo de rotação do veio (ângulo de incisão) provocará o afastamento da primeira parte que foi incisada (guelra, orelha) .

Esta técnica de corte é utilizada para dois produtos diferentes, a saber os croquetes de rato com orelha e os croquetes de peixe com guelra. Pode-se utilizar também o dispositivo segundo a invenção para os cereais para o pequeno-almoço ou os produtos de confeitaria.

Numa forma de realização particular, utilizam-se as arestas de corte não contínuas que comportam duas facas com duas lâminas desalinhadas (décalées) , estando as ditas facas dispostas simetricamente em relação ao eixo de rotação do veio. O grande interesse do dispositivo segundo a invenção é que as arestas de corte estão montadas num veio rotativo e formam uma só peça (monobloco com uma ou várias facas) enquanto que na patente japonesa acima citada o sistema de corte contém duas peças. A continuação da descrição é feita em relação aos desenhos nos quais:

Fig. 1 representa esquematicamente a extrusora com o sistema de corte,

Fig. 2 representa esquematicamente o dispositivo segundo a invenção para o corte desnivelado,

Fig. 3 representa o produto obtido com o dispositivo da Fig.2. 3

“7 J

Em conformidade com a Fig. 1, o dispositivo de cozedurs-extmsão (1) do tipo duplo sem-fim (2, 3) impele a pasta até a cabeça de extrusão (31) pelas tubos (32) que terminam nas fieiras de extrusão (4) . A pasta é obtida por uma mistura a montante de todos os ingredientes necessários, a saber farinha, água, açúcar, aromas e corantes. A extrusora tem uma curva de temperaturas que permite chegar a 130 eC para uma duração de passagem da ordem dos 30 segundos. À saída das fieiras, coloca-se o dispositivo segundo a invenção (5) compreendendo um veio (6) que contém os meios de corte (7) o dito veio é impulsionado em rotação no sentido da flecha por um motor (8) . A velocidade de rotação do veio é adaptada ao débito de saída do bastão de extrusão, tendo em conta a espessura que se quer dar ao produto final. Para um débito da ordem dos 300 kg/h faz-se rodar o veio a uma velocidade de aproximadamente 2.000 rotações/min. 0 eixo (33) de rotação do veio é alinhado com o eixo (34) de rotação do sistema de cozedura-extrusão. A figura 2 representa esquematicamente o dispositivo de corte desnivelado colocado à saída da extrusora (1) . Neste caso também só se representou uma fieira (17) em forma de peixe, mas podem-se ter várias. 0 veio (6) suporta os meios de corte (18) que são formados duma só peça e que contêm duas facas, cada uma dessas facas sendo constituída por duas lâminas desalinhadas, respectivamente (19, 20) et (21, 22) . Opera-se da maneira seguinte: o bastão de extrusão sai da fieira (17) e as facas impulsionadas pelo motor (8) rodam no sentido dos ponteiros de um relógio. A lâmina (20) entalha o corpo do peixe até à guelra e a lâmina (19) termina o corte da cabeça: em consequência da expansão do produto é o canto da lâmina (20) que permite a formação da guelra. As facas continuam a rodar e as lâminas (21) e (22) voltam a cortar um novo peixe e assim sucessivamente. A figura 3 mostra bem o peixe (23) com a sua guelra (24) .

Pode-se trabalhar com o dispositivo segundo a invenção tanto no campo da alimentação animal (alimentos secos), mas 4 também encarar aplicações nos campos dos cereais pequeno-almoço e produtos de confeitaria. para

Lisboa, 13 de Dezembro de 2001 ^/agente oficial da propriedade industrial

5

Claims (2)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de corte à saída das fieiras de um sistema de cozedura-extrusão, compreendendo um veio rotativo suportando várias arestas de corte não contínuas (7, 18), earaeterizado por o eixo de rotação do veio ser alinhado com o do sistema de cozedura-extrusão (1) e as arestas de corte conterem pelo menos uma faca tendo duas lâminas desalinhadas (19, 20, 21 e 22) , tendo sensivelmente o mesmo comprimento e dispostas a distâncias diferentes do eixo de rotação do veio.
2. 2. Dispositivo segundo a reivindicação 1, earaeterizado por as arestas de corte são não contínuas e contêm duas facas com lâminas desalinhadas, as quais facas estão dispostas simetricamente em relação ao eixo de rotação do veio. Lisboa, 13 de Dezembro de 2001

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