PT761992E

PT761992E - Elemento de fixacao autoroscante

Info

Publication number: PT761992E
Application number: PT96113599T
Authority: PT
Inventors: Dicke Dipl Ing Robert
Original assignee: Az Ausruest Zubehoer Gmbh
Priority date: 1995-09-06
Filing date: 1996-08-24
Publication date: 2000-09-29
Also published as: GR3034154T3; ES2147334T3; US5827030A; EP0761992A1; EP0761992B1; CA2184768C; DK0761992T3; DE59605284D1; DE19532874A1; CA2184768A1; ATE193356T1

Description

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DESCRIÇÃO "ELEMENTO DE FIXAÇÃO AUTOROSCANTE" A presente invenção refere-se a um parafuso autoroscante compreendendo uma rosca de uma ou várias entradas, que se estende ao longo de pelo menos parte do núcleo do parafuso, um bico de parafuso que se adelgaça continuamente e que termina numa ponta, e de preferência uma cabeça de parafuso, em que a rosca se estende até à ponta do bico do parafuso e em cuja superfície periférica se estende no sentido longitudinal do parafuso pelo menos uma zona da aresta de fricção que abrange pelo menos parte do comprimento do bico do parafuso, zona essa que é formada por pelo menos uma nervura cuja secção transversal tem a forma de um triângulo cujo vértice forma a aresta de fricção.

Um elemento de fixação autoroscante, nomeadamente um parafuso com uma rosca de uma ou várias entradas, que se estende ao longo de pelo menos parte do núcleo do parafuso, com um bico de parafuso e de preferência com uma cabeça de parafuso, em que a rosca se estende até à ponta do bico do parafuso, ficou por exemplo a ser conhecido pela patente DE-A-33 35 092. Ao ser enroscado, este parafuso já conhecido requer na zona do fundo da onda da aresta da rosca, que tem uma forma ondulada, um menor binário de aperto devido às reentrâncias que se encontram conformadas na superfície do flanco do passo de rosca, reentrâncias essas que interrompem aquela superfície de flanco. Este tipo de parafuso deu provas práticas da sua elevada eficácia.

Na patente US-A-4 834 602 descreve-se um parafuso congénere que apresenta arestas de perfuração com uma secção transversal triangular, que têm principalmente um efeito roscante ou perfu-rante, uma vez que estas arestas se encontram predominantemente 1 (p Lc ^ dispostas na área do núcleo do elemento de fixação. Só uma pequena parte das arestas perfurantes penetra no troço superior do bico do parafuso. As arestas perfurantes têm um diâmetro máximo que.é maior do que o diâmetro útil do núcleo do parafuso.

Pela patente FR-A-1 008 781 ficou a ser conhecido um parafuso com uma cabeça de parafuso e um núcleo tripartido. 0 núcleo está dotado de uma secção de bico que se adelgaça continuamente e que termina numa ponta, secção essa que é formada por nervuras que começam na ponta da secção do bico e cuja altura cresce no sentido do núcleo do parafuso. À secção do bico seguem-se consecutivamente uma parte com rosca que se adelgaça continuamente no sentido da secção do bico e uma parte de núcleo sem rosca, próxima da cabeça do parafuso. A rosca começa no ponto em que as nervuras terminam e estende-se até à parte do núcleo que não tem rosca. Este parafuso já conhecido apresenta o inconveniente de toda a sua secção de bico prender mal durante a operação de enroscar. A presente invenção tem o objectivo de criar um elemento de fixação autoroscante, nomeadamente um parafuso autoperfurante do género anteriormente referido, no qual o binário de aperto tem no início da operação de enroscar uma curva de crescimento mais plana (com um valor mais baixo) , não sendo as forças de retenção no entanto menores do que as dos elementos de fixação conhecidos, tais como parafusos, por exemplo.

De acordo com a invenção este objectivo atinge-se fazendo com que a zona da aresta de fricção se inicie na ponta do bico do parafuso e tenha no máximo o comprimento desse bico do parafuso, aumentando a altura da nervura à medida que a mesma se aproxima do núcleo do parafuso, sendo o maior diâmetro da zona da aresta de fricção não maior do que o diâmetro útil do núcleo do parafuso. O parafuso de acordo com a invenção está assim dotado de uma rosca que se prolonga até à ponta do bico desse parafuso, confi- 2 r~ U, gurando assim uma ponta que enrosca facilmente no material, e de uma zona de fricção. Esta zona de fricção corta as fibras do material, fazendo com que a ponta entre logo nesse material ao ser enroscada, por forma a criar imediatamente uma força axial. 0 parafuso de acordo com a invenção é especialmente indicado para madeira macia. A zona de fricção tem um efeito de levantamento de aparas tão reduzido que não afecta as forças de retenção. Devido à conformação especial de acordo com a invenção, não se altera o diâmetro útil do núcleo do parafuso, o que assegura que as forças de retenção não sofram qualquer redução.

Formas de realização vantajosas da invenção encontram-se expostas nas reivindicações secundárias. A invenção é a seguir explanada mais em pormenor mediante os exemplos de realização representados nos desenhos anexos. As figuras mostram:

Fig. 1 uma vista em alçado lateral de uma primeira forma de realização do parafuso de acordo com a invenção,

Fig. 2 uma vista parcial e em alçado lateral de um segundo exemplo de realização de um parafuso de acordo com a invenção,

Fig. 3 um corte ao longo da linha III-III da fig. 2.

Como se depreende da fig. 1 o parafuso de acordo com a invenção é composto por um núcleo 1 do parafuso, uma cabeça 2 do parafuso, com uma fenda simples ou fenda em cruz ou outra configuração similar, e ainda um bico 3 do parafuso. 0 núcleo 1 do parafuso apresenta um diâmetro sempre igual ao longo de todo o seu comprimento e o bico 3 do parafuso adelgaça-se continuamente desde a extremidade do núcleo 1 do parafuso até à ponta 5. Sobre o núcleo 1 do parafuso e sobre o bico 3 do mesmo encontra-se conformada uma rosca 4 que se estende até à ponta 5 do bico 3 do parafuso. No exemplo de realização que a figura mostra a aresta 8 da cristã da rosca que forma os passos da rosca 4 tem um desen- 3

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t volvimento em forma de onda, isto é, existe uma sucessão contínua de elevações (cristãs de onda 6) e de depressões (fundos de onda 7), em que o diâmetro exterior da rosca é definido pelo afastamento da aresta 8 da rosca em relação ao eixo central do parafuso na zona das cristãs de onda 6. No exemplo de realização vantajoso da invenção representado na figura encontram-se além disso conformadas nos flancos do passo de rosca reentrâncias 9 abertas na zona dos fundos de onda 7. Nesta configuração a aresta 8 da rosca forma na zona do respectivo fundo de onda 7 a delimitação superior das reentrâncias 9. As reentrâncias 9 encontram-se conformadas na zona do bico 3 do parafuso, bem como na zona contígua do núcleo 1 do parafuso, até uma altura correspondente a dois passos de rosca. Além disso prevê-se de acordo com a invenção que na área do bico 3 do parafuso se encontre conformada na sua superfície periférica pelo menos uma zona 11 de arestas de fricção que se estende, como a fig. 2 mostra, ao longo de parte do comprimento do bico 3 do parafuso, numa direcção que no essencial é axial. Como se depreende da fig. 1, poderá ser conveniente conformar múltiplas zonas de arestas de fricção 11 distribuídas pela periferia do bico 3 do parafuso e estendendo-se umas ao lado das outras, com afastamentos uniformes entre si. Na fig. 1 vê-se uma série de zonas de arestas de fricção 11 que se sucedem directa-mente umas às outras no sentido periférico. 0 âmbito da invenção abrange igualmente configurações em que a ou as zona(s) de aresta (s) de fricção 11 se estendem também, pelo menos parcialmente, no sentido periférico. De maneira vantajosa a zona da aresta de fricção 11 ou as zonas de fricção 11 estão configuradas de tal maneira que o maior diâmetro do bico 3 do parafuso na zona das arestas de fricção 11 é menor do que o diâmetro útil do núcleo 1 do parafuso ou igual ao mesmo. A extensão axial da zona de arestas de fricção 11 ou das zonas de arestas fricção 11 é no mínimo de um passo da rosca do parafuso ou no máximo o comprimento do bico 3 do parafuso, a contar da ponta 5. No exemplo de realização representado na figura a extensão axial da zona de arestas de fricção 11 ou das zonas de arestas de fricção 11 corresponde 4 |w ί—^ ^^ aproximadamente a dois passos de rosca. Como se reconhece nomeadamente na fig. 3, a zona da aresta de fricção 11 tem a forma de um triângulo, visto em corte transversal. Podem aqui prever-se formas de secção transversal simétricas ou assimétricas. Além disso reconhece-se que nos exemplos de realização representados nas figuras a zona de aresta de fricção 11 tem a configuração de uma nervura, sendo a aresta de fricção formada pelo gume 12 da nervura. Além disso será vantajoso que a altura da nervura aumente continuamente no sentido da cabeça 2 do parafuso, logo a partir da ponta 5. Nesta configuração o valor da altura da nervura na zona da ponta 5 será zero, crescendo a partir daí até ter uma altura de nervura tal, que na extremidade da nervura que forma a zona da aresta de fricção 11 o maior diâmetro do bico 3 do parafuso na zona da aresta de fricção 11 é menor do que o diâmetro útil do núcleo 1 do parafuso ou igual ao mesmo.

Além disso reconhece-se que no exemplo de realização vantajoso da invenção representado no desenho o bico 3 do parafuso é um bico com uma ponta escalonada, configurada de tal maneira que no seu troço, que começa na ponta 5 e que tem uma extensão axial correspondente a cerca de um passo de rosca, o ângulo de inclinação é maior do que no troço que se segue ao anterior e que se estende até ao fim do bico 3 do parafuso. A conformação específica do parafuso de acordo com a invenção, que é autoperfurante e autoroscante, que comporta uma rosca que se estende continuamente até à ponta 5 e que integra uma zona de aresta de fricção 11 na região do bico 3 do parafuso, faz com que se obtenha um binário de aperto com uma curva de crescimento mais plana (com um valor mais baixo), sem aumentar o diâmetro útil do núcleo do parafuso. Consegue-se evitar deste modo um estilhaçar do material ao enroscar o parafuso, uma vez que o cone de fricção corta as fibras do material. 5

Enquadra-se no âmbito da invenção uma aresta de rosca 8 lisa, isto é, configurada sem uma sucessão de cristãs de onda 6 e de fundos de onda 7. É igualmente possível prever uma forma de realização na qual existe unicamente uma sucessão de cristãs de onda 6 e de fundos de onda 7, sem haver contudo reentrâncias 9 na região do flanco do passo de rosca. A rosca do parafuso pode também ter a configuração de uma rosca de várias entradas.

Lisboa, 31 de Maio de 2000

O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL V — 6

Claims

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REIVINDICAÇÕES 1. Parafuso autoroscante com uma rosca de uma ou várias entradas, que se estende ao longo de pelo menos parte do núcleo (1) do parafuso, com um bico (3) de parafuso que se adelgaça continuamente e que termina numa ponta (5), e de preferência com uma cabeça (2) de parafuso, em que a rosca se estende até à ponta (5) do bico (3) do parafuso e em cuja superfície periférica se estende no sentido longitudinal do parafuso pelo menos uma zona de aresta de fricção (11) que abrange pelo menos parte do comprimento do bico (3) do parafuso, zona essa que é formada por pelo menos uma nervura cuja secção transversal tem a forma de um triângulo cujo vértice (12) define a aresta de fricção, caracterizado por a zona de aresta de fricção (11) ter o seu ponto de partida na ponta (5) do bico (3) e Ter um comprimento que no máximo corresponde ao comprimento do bico (3) do parafuso, crescendo a altura da nervura no sentido do núcleo (1) do parafuso e não sendo o diâmetro máximo na zona de aresta de fricção (11) maior do que o diâmetro útil do núcleo (1) do parafuso. 2o Elemento de fixação de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a zona de aresta de fricção (11) se estender pelo menos parcialmente em torno da periferia do bico (3) do parafuso .
3. Elemento de fixação de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a zona de aresta de fricção (11) se estender ao longo de pelo menos um passo de rosca (4) da zona do bico (3) do parafuso.
4. Elemento de fixação de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado por em torno da periferia do bico (3) do parafuso se encontrarem dispostas múltiplas nervuras orienta- 1 das no mesmo sentido e distribuídas uniformemente por aquela periferia.
5. Elemento de fixação de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por as nervuras que formam as zonas de aresta de fricção (11) terem o seu ponto de 'partida na ponta (5) do bico (3) do parafuso, onde a sua altura é zero, crescendo essa altura de nervura continuamente a partir daí.
6. Elemento de fixação de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por o bico (3) do parafuso ter a configuração de um bico com duas secções cujos ângulos de inclinação diferem entre si.
7. Elemento de fixação de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a aresta (8) da rosca (4) do parafuso ter pelo menos na zona do bico (3) do parafuso e na zona do passo de rosca que se segue à do bico (3) do parafuso uma configuração de forma ondulada que se estende por cerca de um a dois passos de rosca, ou melhor, existe uma sucessão de cristãs de onda (6) e de fundos de onda (7) , encontrando-se ainda conformadas reentrâncias nos flancos da rosca situados na zona dos fundos de onda (7) Lisboa, 31 de Maio de 2000 0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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