PT2629765T - Métodos e composições para tratar infeções por vírus pox com um 1,4-naftoquinona como agente ativo - Google Patents

Métodos e composições para tratar infeções por vírus pox com um 1,4-naftoquinona como agente ativo Download PDF

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Description

DESCRIÇÃO
MÉTODOS E COMPOSIÇÕES PARA TRATAR INFEÇÕES POR VÍRUS POX COM UMA 1,4-NAFTOQUINONA COMO AGENTE ATIVO
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um método para tratar um indivíduo possuindo lesões induzidas por vírus da pele e/ou membranas mucosas com compostos farmacêuticos contendo Naftoquinona.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
As infeções virais humanas de famílias de vírus tais como Poxviridae, Papillomaviridae, e Herpesviridae podem causar lesões da pele e/ou membranas mucosas
Os vírus Pox são membros da família Poxviridae. 0 vírus pox Molluscum contagiosum (MCV) é um membro da Subfamília Chordopoxvirinae, que também inclui o vírus Vaccinia. 0 MCV é conhecido por só infetar humanos. Embora não existam modelos de infeção in vitro, os modelos in vivo utilizam pele humana transplantada em murganhos imunodeficientes e são de utilização limitada para o estudo da infecção por MCV.
Molluscum contagiosum (MC) é uma infecção benigna da pele e membranas mucosas causada por MCV. A maioria das pessoas com MC tem lesões múltiplas, que se iniciam como pequenas pápulas que depois se alargam até cerca de 2-6 mm, mas raramente excedem 1 cm de diâmetro. A maioria das lesões resolvem-se sem deixar cicatriz, mas podem causar desconforto e/ou comichão. 0 MCV é comum em todo o mundo e é responsável por cerca de 1% dos distúrbios de pele nos EUA, e esta taxa de infeção pode subir de 2-8% em crianças. No entanto, quando localizado à volta do olho, pode incitar uma queratoconjuntivite tóxica.
Existem quatro tipos de MCV com relação próxima, denominados MCV-1, MCV-2, MCV-3 e MCV-4. (Nakamura et ai., 1995). A MVC-1 é mais comum em crianças, enquanto o MCV-2 é mais frequentemente observado em adultos e é associado com transmissão sexual. Existe também uma maior incidência de infeção com MCV em doentes imunocomprometidos, tais como no caso de SIDA e doentes que sofrem quimioterapia.
As lesões de MCV individuais podem desaparecer por si e geralmente nas últimas 6-8 semanas até aos 2-3 meses. No entanto, a autoinoculação ocorre frequentemente através do ato de coçar, e a doença pode propagar-se estendendo a duração da infeção desde os 8 meses até aos 18 meses (Tyring, 2003) . A utilização de menadiona num método para inibir a replicação de um virus de RNA, nomeadamente HCV, é conhecido de US 2009/123447. O HCV, em contraste com MCV, é um vírus de RNA de cadeia simples que causa uma infeção sistémica com manifestações extra-hepáticas, e necessita de uma terapia sistémica.
Nenhuma opção de tratamento único mostrou ser convictamente eficaz até à data (van der Wouden et al., 2009). Deve também ser notado que algumas opções de tratamento que podem causar rotura na pele próximo das lesões podem também espalhar ainda mais a infeção. No entanto, o tratamento pode ser pesquisado pelas seguintes razões: i) Razões médicas: hemorragia, infeções secundárias, comichão e desconforto, cicatriz potencial, queratoconjuntivite crónica ou para ii) Razões sociais: Cosmética, dificuldade, medo de transmissão a outros, e exclusão social. Os médicos recomendam o tratamento de lesões na área genital para evitar que se espalhem (Tyring 2003).
Os tratamentos atuais de MC incluem as opções cirúrgicas e médicas como se segue:
Opções Cirúrgicos incluem Criocirurgia, Evisceração, Curetagem, Esfoliação com tira e laser pulsado de contraste. As opções médicas incluem: Podofilina e podofilox, Cantaridina, solução de Iodo e massa de ácido salicilico, Tretinoina, Cimetidina, hidróxido de potássio, Imiquimod Cidofovir, Adapeleno, Ácido tricloroacético, uma combinação ácido Salicilico e ácido láctico, Alfa interferão intralesão, injecções tópicas de antigénio estreptocóccico OK-432. A familia Papillomaviridae contém o membro do Virus do Papiloma Humano (HPV). Como todos os virus papiloma, os HPVs estabelecem infeções produtivas apenas em queratinócitos da pele ou membranas mucosas. Enquanto a maioria dos quase 200 tipos de HPV conhecidos não causa sintomas na maioria das pessoas, alguns tipos podem causar verrugas ou sinais, enquanto outros podem, numa minoria de casos, leva a cancros. As verrugas são infecciosas e podem ser autoinoculadas e espalhar-se a outros indivíduos por contacto direto.
Em casos muito raros, o HPV pode causar epidermodisplasia verruciforme em indivíduos imunocomprometidos. Não existe presentemente tratamento específico para infeção com HPV.
Existem várias terapias para o tratamento de verrugas, mas nenhum é considerado verdadeiramente eficaz uma vez que falham tipicamente a cura total das lesões e não evitam a recorrência. Uma discussão das terapias presentemente aceites pode ser encontrada em Gibbs (Gibbs et al. 2002; Gibbs et al. 2006) . Recentemente, o Imiquimod foi testado em verrugas com algum efeito terapêutico limitado (Baker et al. 2011) .
Infeção Genital com HPV - CDC Fact Sheet". Centers for Disease Control and Prevention (CDC). 10 de Abril de 2008. http://www.cdc.gov/std/HPV/STDFact-HPV.htm. Retirado a 13 de Novembro de 2009 (verificado em 17 de Outubro de 2011).
Mayo Clinic.com, Verrugas comuns, http:// www.mayoclinic.com/print/commonwarts/ DS00370/DSECTION= all&METHOD=print (verificado a 17 de Outubro de 2011) .
Informação de Vacina para HPV para Raparigas Jovens". Centers for Disease Control and Prevention (CDC). 26 de Junho de 2008. http://www.cdc.gov/std/hpv/STDFact-HPVvaccine- young-women.htm. Retirado a 13 de Novembro de 2009 (verificado em 17 de Outubro de 2011) .
American Cancer Society. "What Are the Risk Factors for Cervical Cancer?". Arquivado do original em 19 de Fevereiro de 2008. http://web . archive .org/web/20 080219151934/http ://www.c ancer.org/docroot/CRI/content/CRI_2_4_2 X_What_are_the_risk _factors_for_cervical_cancer_8. asp. Retirado a 21 de Fevereiro de 2008 (verificado a 17 de Outubro de 2011) . A família Herpesviridae é outra família de vírus bem conhecida que causa lesões da pele e/ou membranas mucosas. Herpes simplex da família Herpesviridae é uma doença virai causada pelo vírus Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). A infeção com o vírus do herpes é categorizada num dos vários distúrbios distintos com base no sítio da infeção. A infeção comum da pele ou mucosa pode afetar a face e boca (herpes orofacial), genitália (herpes genital), ou mãos (panarício herpético). Os distúrbios mais sérios ocorrem quando o vírus infeta e danifica o olho (herpes queratite), ou invade o sistema nervoso central, danificando o cérebro (herpes encefalite). No herpes oral, os sintomas visíveis que são coloquialmente denominados aftas ou bolhas de febre, infeta a face e a boca. O herpes oral é a forma mais comum de infeção. O herpes genital, conhecido como herpes, é a segunda forma mais comum de herpes . O herpes simplex é mais facilmente transmitido por contacto direto com uma lesão ou o fluido corporal de um indivíduo infetado. A transmissão pode também ocorrer através de contacto pele com pele durante os períodos de disseminação assintomática.
Muitas infeções virais cutâneas são causadas pelo vírus Herpes Simplex e, até à data, não existiram curas ou tratamentos adequados desenvolvidos para infeções virais, especialmente pele infeções devidas a Herpes Simplex I e II (Wilhelmus 2010) . Uma vez infetados, o vírus permanece no corpo toda a vida. As infeções recorrentes (surtos) podem ocorrer de vez em quando, especialmente em alturas de dificuldade imunitária, tal como HIV e supressão imunitária relacionada com cancro.
Por agora não está disponível um tratamento tópico eficiente das lesões da pele e/ou membranas mucosas após infeção virai com o vírus Molluscum contagiosum, vírus do papiloma Humano ou vírus herpes simplex.
Deste modo, permanecem necessidades médicas significativas não satisfeitas para o tratamento tópico eficiente da pele e/ou membranas mucosas após estas infeções virais.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção proporciona uma composição farmacêutica compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma família de compostos de 1,4-naftoquinona para tratar um indivíduo possuindo uma lesão virai induzida da pele e/ou membrana mucosa causada pelo vírus Molluscum contagiosum, em que o referido composto da família de 1,4-naftoquinona é selecionado a partir do grupo compreendendo i) Menadiona ou um seu sal, selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de menadiona, bissulfito de menadiona de dimetilpirimidol, bissulfito de menadiona de sódio, bissulfito de menadiona nicotinamida, sal de difosfato de Menadiona tetrassódio, fosfato de Menadiona e sódio, bissulfito de menadiona e piridinol, epóxido de menadiona, e bissulfito de menadiona de sódio tri-hidrato, ii) Naftoquinona ou um seu sal, selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Naftoquinona, bissulfito de Naftoquinona e dimetilpiridol, bissulfito de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona nicotinamida, sal de difosfato de Naftoquinona tetrassódio, fosfato de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona piridinol, epóxido de Naftoquinona, e bissulfito de Naftoquinona de sódio tri-hidrato, iii) Lawsona ou um seu sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Lawsona, bissulfito de Lawsona dimetilpirimidol, bissulfito de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona nicotinamida, sal de difosfato de Lawsona tetrassódio, fosfato de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona piridinol, epóxido de Lawsona, e bissulfito de Lawsona e sódio tri-hidrato iv) Juglona ou um seu sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Juglona, bissulfito de Juglona dimetilpirimidol, bissulfito de Juglona de sódio, bissulfito de Juglona nicotinamida, sal de difosfato de Juglona tetrassódio, fosfato de Juglona e sódio, bissulfito de Juglona e pirimidol, epóxido de Juglona, e bissulfito de Juglona de sódio tri-hidrato v) Plumbagina ou um seu sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Plumbagina, bissulfito de Plumbagina e dimetilpirimidol, bissulfito de Plumbagina e sódio, bissulfito de Plumbagina nicotinamida, sal difosfato de Plumbagina tetrassódio, fosfato de Plumbagina de sódio, bissulfito de Plumbagina e piridinol, epóxido de Plumbagina, e bissulfito de Plumbagina e sódio tri-hidrato. É ainda revelada uma composição farmacêutica que é administrada antes e/ou concomitantemente e/ou após sofrer um segundo tratamento mecânico ou quimico.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS FIG. 1 mostra o efeito inibidor de Menadiona e bissulfito de Menadiona na replicação do virus Vaccinia. Os valores indicam a média de 2 amostras. FIG. 2 mostra o efeito inibidor de vários compostos da família da Naftoquinona e outros agentes seleccionados no vírus Vaccinia. Abreviaturas utilizadas: Kl:
Vitamina Kl, K2: Vitamina K2, M: Menadiona, MBS: Bissulfito de menadiona, BP: Peróxido de benzoílo, CHP: Hidroperóxido de Cumeno, HP: Peróxido de hidrogénio, t-BHP: hidroperóxido de Terc-butilo, DEM:
Dietilmaleato, DNCB: Dinitroclorobenzeno, DNFB:
Dinitrofluorobenzeno, MSA: Ácido mercaptosuccínico, D: Dicoumarol, e HQ: Hidroquinona. FIG. 3 representa o teste de vários agentes (BP: Peróxido de benzilo), às concentrações indicadas em triplicados de células HaCaT em placas de 96 poços. FIGs. 4 A, B e C mostram o efeito inibidor de várias concentrações de Menadiona no virus Vaccinia replicação em células HeLa (Fig. 4A) e HaCaT (Fig. 4B). 0 efeito inibidor de várias concentrações de Dicoumarol na replicação do vírus Vaccinia em HeLa (Fig. 4C) FIG. 5 mostra o efeito virocida direto de vários compostos da família da Naftoquinona e outros agentes vários no vírus Vaccinia (24 h de exposição): Peróxido de benzoílo, Dicoumarol, Dinitroclorobenzeno, Dinitrofluorobenzeno, Vitamina Kl, Vitamina K2, Menadiona (M é fresco, M* é Menadiona mantida à TA durante 2 meses), Bissulfito de menadiona, e Controlo.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Na presente invenção, verificou-se inesperadamente pela primeira vez que uma composição farmacêutica compreendendo um composto da família da 1,4-naftoquinona, um seu sal, ou um metabolito ativo do referido composto pode bloquear o crescimento de vírus pox quando aplicados a lesões induzidas por vírus.
Os compostos da família da 1,4-naftoquinona são selecionados a partir do grupo compreendendo Menadiona (2-metil-1,4-naftoquinona) , Naftoquinona (4a,8a-Di-hidronaftaleno-1.4-diona), Lawsona (2-hidroxi-l,4- naftoquinona), Juglona (5-hidroxi-l,4-naftalenodiona) e Plumbagina (5-hidroxi-2-metil-naftoquinona) , ou urn seu sal.
Um "metabolito ativo", como aqui utilizado, é um produto produzido através do metabolismo no corpo de um composto especificado, ou um seu sal, e que exibe a mesma actividade biológica do composto especificado.
Os metabolitos ativos da 1,4-naftoquinona composto da família da invenção podem ser identificados utilizando técnicas de rotina conhecidas na técnicas e as suas actividades determinadas utilizando testes. Estes metabolitos podem resultar por exemplo da oxidação, redução, hidrólise, amidação, desamidação, esterificação, desesterificação, clivagem enzimática, e afins, do composto administrado da invenção. Do mesmo modo, a invenção inclui metabolitos ativos de um composto da invenção, incluindo compostos produzidos por um processo compreendendo o contacto de um composto desta invenção com um mamífero durante um período de tempo suficiente para produzir um seu produto metabólico. Este metabolito pode também ser produzido in vitro por oxidação, redução, hidrólise, amidação, desamidação, esterificação, desesterificação, ou clivagem enzimática do composto correspondente, sendo estes compostos selecionados a partir do grupo compreendendo Menadiona (2-metil-l,4-naftoquinona) , Naftoquinona (4a,8a-Di-hidronaftaleno-1.4-diona), Lawsona (2-hidroxi-l,4-naftoquinona), Juglona (5-hidroxi-l,4-naftalenodiona) e Plumbagina (5-hidroxi-2-metil-naftoquinona), ou um seu sal.
Ao longo da especificação, o termo Menadiona aplica-se a, e inclui também, os seus sais. 0 termo sais de Menadiona inclui todas as formas deste composto, incluindo mas não se limitando a bissulfito de Menadiona, bissulfito de Menadiona de dimetilpirimidol, bissulfito de Menadiona de sódio, e bissulfito de Menadiona de sódio tri-hidrato.
Ao longo da especificação, o termo Naftoquinona aplica-se a, e inclui também, os seus sais. 0 termo sais de Naftoquinona inclui todas as formas deste composto, incluindo mas não se limitando a bissulfito de Naftoquinona, bissulfito de Naftoquinona e dimetilpiridol, bissulfito de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona nicotinamida, sal de difosfato de Naftoquinona tetrassódio, fosfato de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona piridinol, epóxido de Naftoquinona, e bissulfito de Naftoquinona de sódio tri-hidrato.
Ao longo da especificação, o termo Lawsona aplica-se a, e inclui também, os seus sais. 0 termo sais de Lawsona inclui todas as formas deste composto, incluindo mas não se limitando a bissulfito de Lawsona, bissulfito de Lawsona e dimetilpirimidol, bissulfito de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona nicotinamida, sal de difosfato de Lawsona tetrassódio, fosfato de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona piridinol, epóxido de Lawsona, e bissulfito de Lawsona e sódio tri-hidrato.
Ao longo da especificação, o termo Juglona aplica-se a e inclui também sais. 0 termo sais de Juglona inclui todas as formas deste composto, incluindo mas não se limitando a bissulfito de Juglona, bissulfito de Juglona dimetilpirimidol, bissulfito de Juglona de sódio, bissulfito de Juglona nicotinamida, sal de difosfato de Juglona tetrassódio, fosfato de Juglona e sódio, bissulfito de Juglona pirimidol, epóxido de Juglona, e bissulfito de Juglona de sódio tri-hidrato.
Ao longo da especificação, o termo Plumbagina aplica-se a, e inclui também, os seus sais. 0 termo sais de Plumbagina inclui todas as formas deste composto, incluindo mas não se limitando a bissulfito de Plumbagina, bissulfito de Plumbagina e dimetilpirimidol, bissulfito de Plumbagina e sódio, bissulfito de Plumbagina nicotinamida, sal difosfato de Plumbagina tetrassódio, fosfato de Plumbagina de sódio, bissulfito de Plumbagina e piridinol, epóxido de Plumbagina, e bissulfito de Plumbagina e sódio tri-hidrato.
Por exemplo, verificou-se pela primeira vez que Menadiona ou um seu sal pode bloquear o crescimento de virus pox quando aplicado a lesões induzidas por vírus. A técnica anterior revela os vários papéis primários e secundários da Menadiona como um agente quimioterapêutico experimental, e revela ainda a sua utilização como um micronutriente não dispendioso para o gado em muitos países. As formas de Menadiona são também adicionadas a alguns alimentos para animais como uma fonte de vitamina K. a Menadiona foi empregue para a prevenção e tratamento de erupção cutânea, secundária à terapia anti EGFR, como revelado nas WO2006113479 e WO2009114745. A utilização de um composto da família das 1,4-naftoquinonas e em particular Menadiona como um tratamento para MCV nunca foi sugerida nem posta em prática.
Como aqui utilizado, a frase "quantidade terapeuticamente eficaz" denota uma quantidade de um composto da família da 1,4-naftoquinona suficiente para reduzir e eventualmente eliminar as lesões induzidas por vírus, e é inferior à quantidade que pode causar sérios efeitos colaterais através de toxicidade, por exemplo. A quantidade terapeuticamente eficaz é a necessária para proporcionar uma razão benefício para risco no âmbito do julgamento sólido de alguém especialista na técnica.
Como aqui utilizado, a frase "indivíduo possuindo uma lesão induzida por vírus da pele e/ou membranas mucosas" denota um doente que tem lesões induzidas por MCV ou lesões induzidas por HPV ou lesões induzidas por HSV na pele e/ou mucosa. Em particular, lesões de pele induzidas por MCV têm o carácter de pápulas em forma de cúpula que mostram uma umbilicação central, têm 2-6 mm de diâmetro e raramente excedem 1 cm de diâmetro. Estas podem estar presentes em grupos, ou estar amplamente disseminados. As lesões podem ser localizadas em qualquer parte do corpo, com uma predilecção pela face, tronco e extremidades em crianças, e pelas virilhas e genitália nos adultos. Preferencialmente, o indivíduo é animal. Mais preferencialmente, o indivíduo é um humano.
Como aqui utilizada, a frase "veículo farmaceuticamente aceitável" denota qualquer género de composto ou formulação não ativos (e. g. cremes, loção ou óleos), que facilitam o processamento do ingrediente ativo (aqui composto da família da 1,4-naftoquinona tal como mas não se limitando à Menadiona) em formulações que podem ser utilizadas farmaceuticamente. Para aplicações tópicas podem ser utilizados penetrantes adequados na formulação. Estes penetrantes são geralmente conhecidos na técnica.
Em formas de realização que envolvem o tratamento de MC, não se coloca limitação às variantes genéticas do MCV associado com as lesões. 0 MCV, um membro da família dos poxvirus, é um dos maiores vírus, apenas um pouco mais pequeno do que a bactéria mais pequena. Tem um complexo genoma de DNA que se replica no citoplasma de células infetadas. Não pode ser cultivado em cultura de tecidos ou ovos, e por esta razão, o vírus Vaccinia foi empregue como um modelo de vírus comparável nos presentes estudos in vitro. 0 MCV tem sido cultivado em enxertos de pele humana em murganhos atímicos mas não em outros animais de laboratório. Os humanos são hospedeiros para vários tipos de vírus pox: Ortopoxvírus; que se parece com o da varíola (smallpox) e vaccinia, e que são ovoides, parapoxvírus; que são vírus de nódulos orf e mikers, que são cilíndricos na forma, e um vírus não classificado, com características que são intermediárias entre os dois anteriores. Estes são intermediários na estrutura. Estes incluem MCV e Tanapox. Em 1996, a estrutura primária e capacidade codificante do MCV foi determinada (Senkevich et al., 1996), e inclui uma região codificante para uma proteína, que pode afetar o estado oxidativo das células infetadas (Shisler, 1998). A análise do genoma de MCV revelou que codifica aproximadamente 182 proteínas, muitas das quais têm equivalentes diretos em ortopoxvírus. A análise por endonucleases de restrição dos genomas por Nakamura et al. identificou 4 tipos (Nakamura et al., 1995). MCV 1 e MCV 11 têm genomas de 185 kilobases e 195 kilobases respetivamente. MCV III e IV são muito raros. Não é conhecida nenhuma relação entre o tipo de vírus e a morfologia das lesões ou distribuição anatómica. A expressão "farmaceuticamente aceitável" é aqui empregue em referência a compostos, materiais, composições em formas de dosagem que estão no âmbito do sólido julgamento médico, e são adequadas para utilização em contacto com a pele humana, sem causar irritação excessiva, toxicidade, resposta alérgica ou outro problema ou complicação, que é comensurável como uma razão aceitável beneficio/risco. Farmaceuticamente aceitável inclui todos os compostos que são dermatologicamente aceitáveis, tais como cremes, óleos, géis loções e afins contendo um composto da família da 1,4-naftoquinona e/ou quaisquer dos seus análogos.
Geralmente, o composto da família da 1,4-naftoquinona ingrediente ativo, por exemplo Menadiona, ou um seu sal, é formulado com um ou mais veículos farmaceuticamente aceitáveis. Alguns exemplos não limitantes destes veículos farmaceuticamente aceitáveis incluem: açúcares e amidos, gelatina, excipientes tais como manteiga de cacau, óleos, glicóis, e glicerol.
Geralmente, o composto da família da 1,4-naftoquinona (por exemplo Menadiona, ou um seu sal) em composições aqui descritas podem ser formuladas para aplicações tópicas utilizando veículos farmacêuticos aceitáveis bem conhecidos nas técnicas de cosmética e farmacêutica.
Em aspetos preferidos, as formulações da invenção compreendendo um ou mais dos ingredientes ativos acima, os ingredientes não ativos, emulsificantes e aditivos biológicos, devem estar numa forma e consistência de modo que os ingredientes ativos do composto da família da 1,4-naftoquinona (por exemplo Menadiona, ou um seu sal) ou qualquer dos seus análogos são bem conservados e estáveis ao longo do tempo, i.e. os ingredientes ativos permanecem estáveis do ponto de vista da preparação (ou mistura pelo utilizador) do ponto de vista da utilização. Em outros aspectos preferidos, é desejável que os ingredientes ativos do composto da família da 1,4-naftoquinona (por exemplo Menadiona, ou um seu sal) ou qualquer dos seus análogos permaneçam substancialmente homogeneamente dispersos, ou dissolvido na formulação particular utilizada de modo que é possível distribuir ou aplicar quantidades consistentes de ingredientes ativos como uma função da quantidade ou do volume da formulação aplicada.
Em uma forma de realização desta invenção, o composto da família da 1,4-naftoquinona é formulada como um formato dermatologicamente aceitável tal como, mas não limitado a, Unguentos, Linimentos, Pastas, Filmes, Hidrogéis e outros Géis, Lipossomas, Transfersomas vesiculares, Cremes, Loções, bálsamos, champôs Medicados, pensos Dérmicos, pensos Transdérmicos, sprays Transdérmicos, injetor de Jato ou afins, adequados para aplicação tópica. Vários cremes de pele podem ser empregues nesta invenção. Um creme é uma preparação tópica, normalmente utilizada para aplicação na pele. Os cremes podem ser considerados produtos farmacêuticos como são os cremes cosméticos baseados em técnicas desenvolvidas pela farmácia e cremes não medicados são amplamente utilizados numa variedade de estados de pele (dermatomas). A utilização do conceito de unidade de Dedo indicador pode ser útil na direcção de quanto creme tópico é necessário para cobrir as diferentes áreas. Os cremes são emulsões semi-sólidas, e são misturas de óleo e água. Estes são divididos em dois tipos: cremes óleo em água (0/W) que são compostos por pequenas gotas de óleo dispersas numa fase contínua aquosa, e cremes água-em-óleo (W/0) que são compostos por pequenas gotas de água dispersa numa fase oleosa contínua. Os cremes óleo-em-água são mais confortáveis e cosmeticamente aceitáveis uma vez que são menos gordurentos e mais facilmente retirados por lavagem utilizando água. Os cremes água-em-óleo são mais difíceis de manipular mas muitos fármacos, que são incorporados nos cremes, são hidrofóbicos e serão libertados mais prontamente a partir de um creme água-em-óleo do que um creme óleo-em-água. Os cremes água em óleo são também mais húmidos uma vez que proporcionam uma barreira oleosa que reduz a perda de água a partir do estrato córneo, a camada mais externa da pele.
Os cremes são formas de dosagem semi-sólida contendo uma ou mais substâncias fármaco dissolvidas ou dispersas numa base adequada. Este termo tem tradicionalmente sido aplicado a semi-sólidos que possuem uma consistência relativamente fluida formulada como emulsões água-em-óleo (e. g., Creme Frio) ou óleo-em-água (e. g., Creme de Acetonida de Fluocinolona). No entanto, mais recentemente o termo foi restrito a produtos consistindo em emulsões óleo-em-água ou dispersões microcristalinas aquosas de ácidos gordos de cadeia longa ou álcoois que são laváveis com água e mais cosmeticamente e esteticamente aceitáveis.
Em formas de realização desta invenção, são empregues as concentrações gerais entre 0,01 e 5% em peso do produto farmacêutico, e são suficientes para o tratamento de lesões de pele induzidas por vírus.
Em particular, o tratamento consiste na pintura de lesões com um cilindro de algodão, aplicação de uma solução de 50 mM do composto da família da 1,4-naftoquinona (tal como Menadiona) dissolvido em DMSO na ponta da lesão. Após 4 semanas, a pele fica normal e sem cicatriz ou descoloração.
No caso de co-tratamentos, por exemplo com Dicoumarol, concentrações de 0,1% a 10% em peso devem ser consideradas adequadas. No caso de co-tratamentos, por exemplo com Vitamina C, são consideradas as concentrações de 0,1 - 5% em peso, preferencialmente em concentrações de 0,5 - 3% em peso, mais preferencialmente de 1 a 2%. A presente invenção também contempla a realização do método de administração de um composto da família da 1,4-naftoquinona da invenção (tal como Menadiona) com uma segunda terapia que pretende tratar a lesão induzida pelo vírus. Em alguns aspetos da invenção, a segunda terapia pode ser administrada ao mesmo tempo do tratamento com o composto da família da 1,4-naftoquinona (tal como
Menadiona); em outros aspetos pode ser administrada antes ou após o tratamento co o composto da família da 1,4-naftoquinona (tal como Menadiona).
Ainda noutro aspeto desta invenção, o segundo tratamento podem ser mecânico na origem, tal como curetagem, excisão, cirurgia, crioterapia, tratamento laser, esfoliação com tira etc. Em outros aspetos, o segundo tratamento pode ser de natureza química, tal como ácido tricloroacético, ácido salicílico.
Numa outra forma de realização desta invenção, uma combinação do composto da família da 1,4-naftoquinona da invenção (tal como Menadiona), Dicoumarol e vitamina C podem ser vantajosamente empregues nesta invenção. Os compostos adicionais que podem ser vantajosamente empregues nesta invenção incluem, mas não são limitadas aos compostos que pode interferir directamente ou indirectamente com mecanismos de proteção celular contra o stresse oxidativo. Estes compostos incluem, mas não são limitados aos agentes tal como dimetilmaleato, forona, e sulfoxamina butionina em concentrações de 0,1 - 5% em peso, preferencialmente em concentrações de 0,5 - 3% em peso, mais preferencialmente de 1 a 2%.
EXEMPLOS
Exemplo 1 Dados Clínicos
Tratamento de um doente:
Uma doente feminina de 11 anos de idade, previamente tratada para infeção com Molluscum contagiosum com curetagem, tinha duas recorrências de Molluscum contagiosum. Em cada caso, várias lesões precoces, que estavam na região do cotovelo ou na região do maxilar inferior respetivamente, foram tratadas uma ou duas vezes por dia durante 5 dias consecutivos. O tratamento consistiu na pintura das lesões com um cilindro de algodão, aplicando uma solução de 50 mM de Menadiona dissolvida em DMSO na ponta da lesão. Após 4 semanas, a pele ficou normal e sem cicatriz ou descoloração. As concentrações de Menadiona, seus análogos e compostos adicionais utilizados nesta invenção são como indicado a seguir.
Em formas de realização desta invenção, são empregues em concentrações gerais entre 0,01 e 5% em peso do produto farmacêutico, e são suficientes para o tratamento de lesões de pele induzidas por virus. No caso de co-tratamentos, por exemplo com Dicoumarol, as concentrações de 0,1% a 10% em peso devem ser consideradas adeguadas. No caso de co-tratamentos, por exemplo com Vitamina C, em concentrações em peso de 0,1 - 5%. Numa outra forma de realização desta invenção, uma combinação de Menadiona, Dicoumarol e vitamina C pode ser vantajosamente empregue nesta invenção. Os compostos adicionais que podem ser vantajosamente empregues nesta invenção incluem, mas não estão limitados aos compostos que podem diretamente ou indiretamente interferir com mecanismos de proteção celular contra stresse oxidativo. Estes compostos incluem, mas não estão limitados aos agentes tais como dimetilmaleato, forona, e sulfoxamina butionina em concentrações em peso de 0,1 - 5%.
Modelo in vitro
Protocolos experimentais
Uma vez que não foi mostrado que o MCV se replica em cultura de tecido, o vírus Vaccinia relacionado tem sido utilizado num modelo in vitro.
As experiências testaram o efeito de vários compostos na infetividade do vírus Vaccinia.
Os compostos foram pré-incubadas com vírus antes da infeção das monocamadas de células, ou adicionados a monocamadas infetadas como descrito a seguir. A formação de placas de vírus foi a leitura destas experiências.
Preparação da estirpe do vírus Vaccinia WR, e descrição de um ensaio em placa para quantificar o vírus é descrita em Earl et al., 2007. A toxicidade dos compostos de teste em monocamadas de células não infetadas foi medida utilizando o corante padrão tetrazólio MTT.
Exemplo 2
Protocolo Experimental 0 efeito inibidor da Menadiona e Bissulfito de menadiona na replicação do vírus Vaccinia. As monocamadas de células HaCat e Hela em 96 poços foram infetadas com 1000 PFU (Unidades Formadoras de Placas) do vírus Vaccinia WR.
Após 1 h, Menadiona ou Bissulfito de menadiona foi adicionado nas concentrações indicadas.
Após 1 dia, as placas foram submetidas a 3 ciclos de congelação descongelamento, o sobrenadante recolhido e processado para titulação do vírus Vaccinia.
Os valores indicam a média de 2 amostras.
Resultados
Fig.l quando testado em 2 linhas de células de queratinócitos humanos, Menadiona e Bissulfito de menadiona reduziram a progenia do vírus numa maneira dependente da dose em ambas as linhas de células. A uma concentração de 28 mm/mL, o rendimento do virus Vaccinia foi sempre reduzido por um fator > 10, em comparação com os controlos.
Exemplo 3
Protocolo Experimental
Duplicados de 100 mL de virus Vaccinia em poços de uma placa de 96 poços foram pré-incubados com 100 mL de 1 mM (concentração final de incubação é 500 μΜ) de compostos selecionados.
Após uma incubação de 4 h nos referidos agentes, o vírus Vaccinia foi diluída 1000 vezes e adicionado a culturas em monocamada de BS-C-1 em placas de 24 poços para quantificar a formação de placas de vírus como uma medida das restantes partículas de vírus infecciosas.
Compostos utilizados: Kl: Vitamina Kl, K2: Vitamina K2, M: Menadiona, MBS : Bissulfito de menadiona, BP: Peróxido de benzoílo, CHP: Hidroperóxido de Cumeno, HP: Peróxido de hidrogénio, t-BHP: hidroperóxido de terc-butilo, DEM: Dietilmaleato, DNCB: Dinitroclorobenzeno, DNFB:
Dinitrofluorobenzeno, MSA: Ácido Mercaptosuccínico, D: Dicoumarol, HQ: Hidroquinona.
Resultados FIG. 2 A pré-incubação do virus Vaccinia com uma série de compostos como indicado, reduziu de modo variado a infetividade do vírus, quando quantificado em monocamadas subsequentemente infetadas da linha de células indicadoras BS-C-1 .
Exemplo 4
Protocolo Experimental
Teste de vários agentes (BP: Peróxido de benzoílo apresentação da Figura 3) , nas concentrações indicadas em triplicados de células HaCaT em placas de 96 poços (Fig.3). - Toxicidade em células (lado esquerdo do painel): as monocamadas de células foram expostas aos agentes como indicado, e 1 dia depois, a viabilidade celular foi analisada por um ensaio convencional MTT (controlo da DO foi entre 1,15 e 1,3) . - Inibição da replicação do vírus Vaccinia (lado direito do painel): as monocamadas HaCaT foram infetadas com 1000 PFU de virus Vaccinia. Após 2 h, os agentes foram adicionados como indicado. No dia a seguir, as placas foram submetidas a 3 ciclos de congelação-descongelamento e os poços recolhidos individualmente. O vírus foi então titulado de acordo com procedimentos convencionais de titulação de vírus.
Resultados FIG 3. Esta Figura apresenta o efeito dependente da dose dos compostos indicados, utilizados em concentrações específicas em dois parâmetros relevantes: i) inibição do vírus (painel esquerdo) e ii) toxicidade celular (painel da direita). Enquanto a hidroquinona nas concentrações apresentadas não teve efeito na toxicidade celular ou replicação do virus, a toxicidade celular dependente da dose e a inibição da replicação do vírus é mostrada por BP, Dicoumarol e Bissulfito de menadiona.
Exemplo 5
Protocolo Experimental
Foram semeadas 2xl04 Hela ou lxlO4 de células HaCaT em placas de 96 poços e as placas foram incubadas durante 2 dias. Para estudos de toxicidade, as células foram incubadas na presença de um agente na concentração indicada. Após 1 dia, um ensaio MTT convencional foi efetuado e a densidade ótica foi medida. Para estudos de infeção por vírus, triplicados de células em monocamada foram infetados com 1000 PFU de vírus Vaccinia na presença do agente nas concentrações indicadas, e adicionados 2 h depois do vírus ter sido adicionado às células. Os poços individuais foram recolhidos depois de 1 dia. O vírus foi quantificado num ensaio convencional em placa em células BS-C-1.
Resultados FIGs 4 A. B e C Aqui, a Menadiona é testada em 2 linhas de células de queranócitos humanos em várias concentrações para i) inibição da replicação do vírus Vaccinia (painel esquerdo) e ii) toxicidade celular (painel da direita). Do mesmo modo, o Dicoumarol é testado em células Hela. Um efeito dependente da dose é manifestado em ambos os sistemas. Um efeito desejável seria i) uma forte inibição da replicação do vírus e ii) um efeito limitado na viabilidade da célula. De facto, em todas as três situações e a uma concentração de 25 μΜ, os compostos de teste mostram uma forte inibição da replicação do vírus (> 20x), e um efeito apenas limitado na viabilidade celular (< 30%).
Exemplo 6
Protocolo Experimental
Efeito virocida direto de vários agentes no vírus
Vaccinia (24 h de exposição)
Triplicados de vírus Vaccinia numa placa de 96 poços foram incubados com agentes a uma concentração final de 50 μΜ durante 24 h a 37 °C. Após incubação, o vírus foi diluído 1000 vezes e quantificado num ensaio convencional em placa de 24 poços com BS-C-1.
Os vários agentes utilizados foram como se segue: BP: Peróxido de benzoílo, D: Dicoumarol, DNCB:
Dinitroclorobenzeno, DNFB: Dinitrofluorobenzeno, Kl:
Vitamina Kl, K2:Vitamina K2, Menadiona (M é fresco, M* é Menadiona mantida à TA durante 2 meses), MBS: Bissulfito de menadiona e Controlo.
Resultados FIG 5 Aqui, o efeito virocida direto de agentes seleccionados a uma concentração de 50 μΜ no vírus Vaccinia é quantificado num ensaio de infetividade. Enquanto a maioria dos compostos testados tem efeitos marginais na infetividade do vírus, o Peróxido de Benzoílo reduziu a infetividade para quase metade (43% de redução), e o MBS inativou 95% do virus infeccioso.
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Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Composição farmacêutica compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto da família da 1,4-naftoquinona para utilização no tratamento de uma lesão da pele e/ou membrana mucosa induzida por vírus causada pelo vírus Molluscum contagiosum num indivíduo, em que o referido composto da família da 1,4-naftoquinona é selecionado a partir do grupo compreendendo i) Menadiona ou um sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de menadiona, bissulfito de menadiona de dimetilpirimidol, bissulfito de menadiona de sódio, Bissulfito de menadiona nicotinamida, sal de difosfato de menadiona tetrassódio, fosfato de Menadiona e sódio, bissulfito de Menadiona piridinol, epóxido de Menadiona, e bissulfito de Menadiona de sódio tri-hidrato, ii) Naftoquinona ou um sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Naftoquinona, bissulfito de Naftoquinona e dimetilpiridol, bissulfito de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona nicotinamida, sal de difosfato de Naftoquinona tetrassódio, fosfato de Naftoquinona de sódio, bissulfito de Naftoquinona piridinol, epóxido de Naftoquinona, e bissulfito de Naftoquinona de sódio tri-hidrato, iii) Lawsona ou um sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Lawsona, bissulfito de Lawsona e dimetilpirimidol, bissulfito de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona nicotinamida, sal de difosfato de Lawsona tetrassódio, fosfato de Lawsona e sódio, bissulfito de Lawsona piridinol, epóxido de Lawsona, e bissulfito de Lawsona e sódio tri-hidrato iv) Juglona ou um sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Juglona, bissulfito de Juglona dimetilpirimidol, bissulfito de Juglona de sódio, bissulfito de Juglona nicotinamida, sal de difosfato de Juglona tetrassódio, fosfato de Juglona e sódio, bissulfito de Juglona pirimidol, epóxido de Juglona, e bissulfito de Juglona de sódio tri-hidrato v) Plumbagina ou um sal selecionado a partir do grupo compreendendo bissulfito de Plumbagina, bissulfito de Plumbagina e dimetilpirimidol, bissulfito de Plumbagina e sódio, bissulfito de Plumbagina nicotinamida, sal difosfato de Plumbagina tetrassódio, fosfato de Plumbagina de sódio, bissulfito de Plumbagina e piridinol, epóxido de Plumbagina, e bissulfito de Plumbagina e sódio tri-hidrato.
  2. 2. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1, em que o referido composto da família da 1,4-naftoquinona, ou o referido sal é administrado topicamente.
  3. 3. Composição farmacêutica para utilização de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que o indivíduo é um humano.
  4. 4. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1, em que a referida composição farmacêutica está na forma de Unguentos, Linimentos, Pastas, Filmes, Hidrogéis, Lipossomas, Transfersomas vesicais, Cremes, Loções, bálsamos, champôs Medicados, pensos Dérmicos, pensos Transdérmicos, sprays Transdérmicos, injetor de Jato ou afins, adequados para aplicação tópica.
  5. 5. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1, compreendendo pelo menos um composto farmaceuticamente aceitável adicional selecionado a partir do grupo compreendendo Dicoumarol, dimetilmaleato, forona, sulfoxamina butionina, ou Vitamina C.
  6. 6. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1 em que a referida composição farmacêutica é administrada, antes e/ou concomitantemente e/ou após sofrer um segundo tratamento mecânico ou químico.
  7. 7. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 6, em que o segundo tratamento mecânico é selecionado a partir do grupo de curetagem, evisceração, excisão, crioterapia, tratamento laser, ou tira de esfoliação.
  8. 8. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 6, em que o segundo tratamento químico é selecionado a partir do grupo de ácido tricloroacético ou ácido salicílico.
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