PT2468658E - Tampa contra asfixia para recipientes - Google Patents

Description

1

DESCRIÇÃO "TAMPA CONTRA ASFIXIA PARA RECIPIENTES" A presente invenção refere-se a uma tampa para recipientes de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. É conhecido guardar bebidas em recipientes com tampas de rosca. Ao consumir, ou também depois, pode acontecer uma tampa retirada ser pousada, por descuido, na proximidade de uma criança e, sob certas circunstâncias, ser esquecida. Existe então o perigo de uma criança colocar a tampa na boca. As crianças são também vistas como público-alvo de consumo de recipientes deste género, pelo que estas entram, obrigatoriamente, em contacto com as tampas. Como as medidas das tampas convencionais, por regra, são apenas ligeiramente maiores do que o diâmetro da abertura dos respetivos recipientes, as crianças podem engolir as tampas. Isto causa um risco significativo para a saúde.

Além disso, há que eventualmente respeitar regulamentações para o perigo de asfixia com tampas na distribuição de produtos alimentares. 0 documento US 2004/0238564 AI descreve uma tampa contra asfixia com duas asas 15 sobressaídas lateralmente que estão aplicadas num elemento de fecho central 6. Antes de utilizar, a tampa está colocada em posição invertida com uma zona de alojamento 3 em cima do recipiente a fechar. Para abrir o recipiente, separa-se o elemento de fecho central 6 da zona de alojamento 3 numa zona de rutura 10. O elemento de fecho 6 fica, então, pendurado por uma fita 24 flexível, de modo que, após a rotação de 180°, possa ser 2 empurrado para dentro da zona 3 de alojamento, para fechar deste modo o recipiente. 0 documento EP 2033906 AI descreve uma tampa contra asfixia para um recipiente. A tampa é realizada em duas partes constituídas por um elemento de fecho central e uma segurança contra asfixia sobressaída horizontalmente em forma de estrela que pode ser colocada por cima no elemento de fecho central.

Como tal, é objetivo da presente invenção minimizar o risco para a saúde de crianças proveniente da tampa.

Este objetivo é solucionado por uma tampa ser construída como tampa com asas, que não possa ser engolida por crianças. Tampas com asas podem ser fabricadas com diferentes formas, praticamente independentemente do diâmetro da abertura do recipiente e, como tal, adaptadas idealmente à anatomia de uma criança de modo que um perigo para a saúde através de asfixia possa ser excluído.

De acordo com a invenção, a tampa tem um corpo de base, o qual pode ser colocado em encaixe com o recipiente, e pelo menos, uma aba que se projeta lateralmente sobre a superfície exterior do corpo de base em relação ao bloqueio de segurança para o acionamento da tampa. Como resultado, a tampa é particularmente adequada para fechos de rosca.

De acordo com a invenção, a espessura da aba numa secção circunferencial próxima do rebordo é maior do que numa secção central, que forma a região de transição para o corpo de base. Desta forma, é possível economizar material e melhorar a ergonomia. Em particular, é dificultado o 3 resvalamento dos dedos ao pressionas o fecho. É também evitado antes do engarrafamento, que tampas existentes a granel possam ficar entaladas umas nas outras, visto que a secção da aba próxima do rebordo não pode resvalar para dentro do espaço entre o corpo de base e o bloqueio de segurança.

De acordo com a invenção, a largura e a altura da tampa importa entre 3 a 6 m. Com estas medidas, a tampa é particularmente segura contra asfixia.

Vantajosamente, a asa compreende duas secções laterais, basicamente alinhadas entre si. Esta forma é particularmente ergonómica em sacos-recipiente planos e permite uma alta densidade de empacotamento. É ainda vantajoso que a asa compreenda uma secção arqueada que liga as secções laterais, de modo a que seja construida uma cavidade entre a asa e o corpo de base. Isto poupa material. Além disso a cavidade pode ser utilizada como argola de fixação.

Vantajosamente, a cavidade está disposta por cima do corpo de base. Um recipiente correspondente pode, deste modo, ser montado em posição vertical.

Num aperfeiçoamento favorável da invenção, a cavidade está disposta, basicamente, simetricamente a um eixo principal do corpo de base. Isto facilita a suspensão do recipiente num alinhamento vertical.

De um modo preferido, a largura da asa diminui de baixo para cima. Deste modo, pode ser economizado material e a 4 tampa pode ser adaptada a uma dada forma de recipiente de uma forma particularmente ergonómica e oticamente apelativa.

Numa configuração particularmente favorável, a asa tem, basicamente, a forma de um arco de parábola com vértice em cima, ou a forma de um triângulo equilátero em pé com cantos arredondados, ou corresponde a uma combinação destas formas. Deste modo, a segurança contra asfixia da tampa retirada é independente da orientação espacial na boca de uma criança.

De um modo preferido, a asa tem, basicamente, a forma de um triângulo com um comprimento de lado de 2,5 a 6 cm. Esta configuração é particularmente segura contra asfixia.

Numa configuração preferida, a tampa é roscável. Isto possibilita um fecho seguro e estanque, em particular em recipientes para produtos alimentares liquidos ou viscosos.

De um modo vantajoso, a tampa é constituída por um material maciço elástico, em particular por PE, PP, um copolímero de PP, um copolímero de PP-PE ou uma mistura de PP-PE. Isto possibilita um assentamento estanque da tampa mesmo sem vedantes adicionais.

De um modo vantajoso, a tampa consiste num material biodegradável. Isto protege o meio ambiente.

Além disso é vantajoso se a tampa compreender um bloqueio de segurança. Deste modo, pode-se reconhecer se um recipiente já foi aberto. 5 A invenção refere-se, além disso, a um recipiente para o armazenamento de materiais liquidos de acordo com a reivindicação 13, com uma tampa de acordo com a invenção.

De um modo vantajoso, a proporção de uma maior medida do recipiente, em particular a sua altura ou largura, para a largura e/ou altura da tampa com asa é entre 2 e 7.

Uma forma de realização de acordo com a presente invenção está representada na imagem. Mostram:

Fig. la a lc: as vistas principais (frente, lado e planta) da tampa de acordo com a invenção;

Fig. 2: uma vista em perspetiva da tampa a partir de baixo; e

Fig. 3: um corte transversal da tampa da Fig. 1, visto pelo plano de corte A - A da Fig. 1.

Fig. 4: um corte transversal da tampa da Fig. 1, visto pelo plano de corte B - B da Fig. 1.

Como se pode reconhecer nas Figs. la a lc, a tampa 1 contra asfixia compreende um corpo de base 3, basicamente cilíndrico e uma asa 5 para operar a tampa 1, sobressaída lateralmente da superfície 3b do corpo de base, simétrica ao seu eixo principal 3a, em que a direção de fecho é simbolizada pela seta C. A asa 5 compreende secções 5a, b laterais alinhadas entre si e uma secção 5c arqueada, em que as secções 5a-c, juntamente com o corpo de base 3, circundam uma cavidade 7.

Além disso a Fig. 2 torna claro que no corpo de base 3 está prevista uma rosca interior 9, com a qual a tampa 1 pode ser enroscada na rosca exterior de uma abertura de 6 recipiente (não representada). Além disso está prevista uma segurança de fecho 11 convencional na tampa 1. Esta garante em primeiro lugar que um recipiente fechado não foi ainda aberto anteriormente, ou que se possa reconhecer se um recipiente já esteve alguma vez aberto. A Fig. 3 clarifica o corte transversal da asa 5 abaixo da cavidade 7, em que a espessura D da asa 5 aumenta, de dentro para fora, de uma espessura minima Di numa zona central de transição 5d para o corpo de base 3 até uma espessura máxima D2 na secção de rebordo circunferencial 5e da asa 5. Deste modo, obtém-se uma forma particularmente favorável a ser pegada de modo que os dedos, principalmente os de uma criança, ao operar a tampa possam escorregar com menor facilidade. Além disso a secção de rebordo 5e de maior espessura impede que as tampas 1, que antes do engarrafamento se encontram em primeiro lugar a granel e, posteriormente, são separadas unitariamente, engatem umas nas outras por a espessura D2 ser superior ao tamanho da fenda formada entre o corpo de base 3 e a segurança de fecho 11. Deste modo, a asa 5 não pode engatar nesta fenda, apesar de uma modelagem que economiza material. A Fig. 4 clarifica o corte transversal da asa 5 à altura da cavidade 7. Também aqui é atingida a espessura máxima D2 na secção exterior 5e em forma de friso, em que a espessura D da secção arqueada 5c diminui na direção da cavidade 7. Este perfil permite uma economia de material com a rigidez suficiente da asa 5. A cavidade 7 possibilita, por um lado, também uma economia de material, por outro a cavidade 7 adequa-se como lingueta de suspensão para a tampa 1 ou um recipiente com tampa 1 7 enroscada. Isto facilita tanto a disposição em prateleiras de venda, como também o armazenamento ou o transporte pelo consumidor. A cavidade 7 é ainda vantajosamente disposta centralmente por cima do corpo de base 3, para facilitar um suporte de suspensão equilibrado. Isto é particularmente válido para a secção superior 7a da cavidade que, eventualmente, no armazenamento, repousa num gancho de fixação.

Apesar das vantagens descritas é concebível construir a asa 5 sem cavidade 7, com uma cavidade 7 assimétrica ou com várias cavidades 7. Também o perfil do corte transversal da asa 5 descrito não é obrigatoriamente necessário.

Conforme se pode verificar na vista de frente da Fig. 1, a forma da tampa 1, e particularmente a da asa 5, corresponde basicamente a uma combinação de um triângulo equilátero com vértices arredondados (na parte de baixo do lado do recipiente da asa 5) e de um arco de uma parábola com vértice em cima. Esta forma, basicamente triangular, da asa 5 tem a vantagem de a segurança contra asfixia da tampa 1 ser independente da sua orientação espacial. Isto é atingido com a utilização de relativamente pouco material. As arestas e cantos arredondados da asa 5 não são obrigatoriamente necessários, no entanto diminuem adicionalmente o perigo de eventuais lesões. 0 comprimento dos lados da forma, basicamente, triangular é, de um modo vantajoso, de 2,5 a 6 cm. A largura E e a altura F da asa 5 encontram-se, cada uma, num intervalo de 3 a 6 cm. A modelagem descrita não é, no entanto, obrigatória. É, p. ex., possivel adaptar a forma da tampa 1 a uma dada forma de recipiente, p. ex. para atingir uma ergonomia especialmente vantajosa. Particularmente a asa não tem obrigatoriamente de ser simétrica em relação ao eixo principal 3' do corpo de base 3; ela poderia por exemplo ser sobressaída de um lado ou de ambos os lados de um respetivo recipiente. Também a modelagem e a relação de tamanho das secções laterais da asa 5a, b e da secção arqueada 5c pode divergir do exemplo de realização. Por exemplo, a cavidade 7 poderia ser menor, a secção arqueada, mais espessa. É fundamental que a forma e tamanho da tampa 1 sejam adaptados à anatomia de uma criança de tal forma, que uma asfixia seja evitada de um modo fiável.

Enquanto grandes recipientes são, eventualmente, dotados de aberturas igualmente amplas e tampas grandes, é nos recipientes menores com conteúdo repartido que é particularmente importante construir a tampa 1 suficientemente grande em comparação com o recipiente para um aumento da segurança contra asfixia. A tampa 1 contra asfixia é, por isso, particularmente vantajosa para recipientes de conteúdo até 1 L, em particular para recipientes de conteúdo até 500 mL e muito especialmente para recipientes de conteúdo até 330 mL. A relação entre o volume do recipiente e o volume da tampa 1, definido pelos seus contornos exteriores, é, de um modo vantajoso, 1 a 50, particularmente 2 a 10. A relação entre uma maior medida de um respetivo recipiente, como p. ex. a sua altura, e a largura E e/ou a altura F da asa 5 é, de um modo preferido, 1 a 10, particularmente 2 a 7; uma relação de 2 a 4 é particularmente vantajosa em termos ergonómicos e particularmente apelativa em termos óticos. 9

No exemplo a asa 5 tem, basicamente, a forma de uma placa, de modo que as secções laterais 5a, b estão, basicamente, alinhadas entre si ou estão num plano comum. Isto é vantajoso de um ponto devista ergonómico e da técnica das embalagens, principalmente em embalagens de bebida planas. Dependendo da forma do recipiente é, no entanto, também concebível as secções de asa laterais 5a, b não estejam alinhadas umas com as outras e/ou serem além disso combinadas várias asas 5 p. ex. perpendiculares entre si numa tampa 1. É fundamental que a forma e o dimensionamento evitem que crianças e, particularmente, crianças pequenas asfixiem ao engolir a tampa 1.

Relativamente à orientação da tampa 1, parte-se do princípio que seja para um recipiente em pé ou pendurado dotado de uma abertura na sua parte superior. Não será preciso dizer que a tampa 1, também se adequa a aberturas de recipientes laterais ou situadas em baixo. A invenção é particularmente vantajosa para fechos de rosca. No entanto, poderia também ser utilizada para outro tipo de fechos como p. ex. fechos de baioneta, fechos de mola ou fechos push-pull. A tampa 1 de acordo com a presente invenção também seria vantajosa se estivesse efetivamente fixa a um recipiente e, após uso inadequado, se se tivesse soltado deste. A tampa 1 é, de um modo vantajoso feita, de um material elástico, vedante, como por exemplo polietileno (PE), polipropileno (PP), um copolímero de PP, um copolímero de PP-PE ou uma mistura de PP-PE. Dependendo do tipo de uso, também se adequam como material para a tampa 1 poliamida, acrilonitrila butadieno estireno e polioximetileno. 10

Na utilização com recipientes de produtos alimentares, a tampa 1 tem de cumprir as regulamentações aplicáveis e, neste caso, é feita de um material seguro para produtos alimentares.

No entanto, a utilização da tampa 1 não se limita à área dos produtos alimentares. Ela pode, por exemplo, ser também utilizada para recipientes de armazenamento de produtos higiénicos, limpeza doméstica ou aplicação técnica, como p. ex. sabões, detergentes e colas.

Devido à proteção ambiental, existe uma necessidade particular de uma tampa 1 contra asfixia, que seja feita de um material biodegradável. A tampa 1 adequa-se particularmente a recipientes nos quais sejam armazenadas e transportadas substâncias liquidas ou viscosas e impede de modo fiável que possa ser engolida por crianças.

Lisboa, 18 de Julho de 2013

Claims (13)

1 REIVINDICAÇÕES Tampa (1) para recipientes, em particular para recipientes para o armazenamento de produtos alimentares e, em particular, para recipientes de bebidas, em que a tampa (1) é construída como tampa com asas, que não pode ser engolida por crianças, compreendendo um corpo de base (3) , o qual pode ser engatado com um recipiente e, pelo menos, uma asa (5) sobressaída da superfície (3b) do corpo de base (3) lateralmente em relação à direção de fecho (C) para operar a tampa (1), caracterizada por a largura (E) e a altura (F) , em relação ao sentido de fecho, da tampa (1) ser de 3 a 6 cm; e a espessura (D) da asa (5) ser maior numa secção próxima do rebordo (5e) do que numa área de transição central (5d) para o corpo de base (3).

2. Tampa de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a asa (5) compreender duas secções laterais (5a,b) que estão basicamente alinhadas entre si.

3. Tampa de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por a cavidade (7) estar disposta por cima do corpo de base (3).

4. Tampa de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a cavidade (7) estar disposta, basicamente, de modo simétrico a um eixo principal (3a) do corpo de base (3) .

5. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações 1 2 4, caracterizada por a largura (E) da asa (5) diminuir de baixo para cima.

6. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações 1 5, caracterizada por a asa (5) ter, basicamente, a forma de um arco de parábola com o vértice em cima, ou a forma de um triângulo equilátero em pé com cantos arredondados, ou uma combinação destas formas.

7. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações 2 a 6, caracterizada por a asa (5) ter uma forma, basicamente, triangular com um comprimento de lado de 2,5 a 6 cm.

8. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a tampa (1) ser roscável.

9. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a tampa (1) ser constituída por um material maciço elástico, em particular por PE, PP, um copolímero de PP, um copolimero de PP-PE ou uma mistura de PP-PE.

10. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a tampa (1) ser constituída por um material biodegradável.

11. Tampa de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a tampa (1) compreender uma segurança de fecho (11).

12. Recipiente para o armazenamento de produtos liquidos, com uma tampa de acordo com uma das reivindicações 3 anteriores .

13. Recipiente de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por a relação entre uma maior medida do recipiente, em particular a sua altura ou largura, e a largura (E) e/ou a altura (F) da tampa com asas (1) ser entre 2 e 7. Lisboa, 18 de Julho de 2013