PT2262751E - Utilização de um ácido alcano-sulfónico como agente de limpeza de cimentos, argamassas e betões - Google Patents

Utilização de um ácido alcano-sulfónico como agente de limpeza de cimentos, argamassas e betões Download PDF

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PT2262751E
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Bernard Monguillon
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Description

1
DESCRIÇÃO "UTILIZAÇÃO DE UM ÁCIDO ALCANO-SULFÓNICO COMO AGENTE DE LIMPEZA DE CIMENTOS, ARGAMASSAS E BETÕES" A presente invenção refere-se ao domínio da limpeza dos cimentos, argamassas, betões, leitanças, cales, e outros. Mais particularmente, a invenção refere-se à utilização de um ácido alcano-sulfónico para eliminar as manchas dos cimentos, argamassas, betões, cales e as suas leitanças, em todos os tipos de superfícies. A fim de eliminar os resíduos, em particular secos, de cimentos, argamassas e betões em superfícies, nomeadamente em betoneiras, cofragens, ferramentas, recipientes, condutas, e as leitanças destes produtos, por exemplo, nos pavimentos e noutras obras cimentadas ou betonadas, as soluções existentes hoje em dia são, entre as principais, as ações mecânicas (martelo, martelos pneumáticos, escovas, espátulas, raspadores, etc.) e as ações químicas, nomeadamente lavagens com ácidos. 0 ácido mais utilizado correntemente nesta aplicação é o ácido clorídrico (ou ácido muriático), que dissolve a cal, os cimentos, argamassas, betões e outras misturas que contêm cimento e/ou cal nomeadamente as leitanças da cal e dos cimentos, e desincrusta numa só operação, permitindo ao mesmo tempo, eventualmente, libertar-se de qualquer operação mecânica.
Apesar da sua eficácia, o ácido clorídrico apresenta, no entanto, numerosos inconvenientes, entre os quais se podem citar a libertação de vapores tóxicos, nauseabundos, irritantes, lacrimogéneos, assim como os problemas dos 2 efluentes, em virtude das grandes quantidades de cloretos lançadas no ambiente.
Por outro lado, em virtude da sua natureza química, a concentração de ácido clorídrico está limitada a cerca de 37%, ao passo que poderia ser interessante, ou mesmo desejável, dispor de concentrações de ácidos muito mais elevadas para eliminar, nomeadamente, os resíduos secos de betões, cimentos, argamassas, cales, leitanças e outros. São ainda utilizados outros ácidos, como por exemplo, o ácido fosfórico, cujos resíduos de fosfatos representam um grave problema para o ambiente. Com efeito, a utilização do ácido fosfórico é contestada hoje em dia, em virtude dos resíduos de fosfatos que origina.
Da mesma forma, o ácido sulfâmico, cujos resíduos são igualmente considerados nocivos para o ambiente, em particular para os organismos aquáticos, não pode ser utilizado para a eliminação das manchas das argamassas, cimentos, betões e outros.
Foi igualmente concebido utilizarem-se ácidos orgânicos, tais como, por exemplo, os ácidos acético, cítrico, oxálico, glicólico, lático, fórmico, etc. A este respeito, pode ser feita referência à patente GB 1 362 783, ou à patente US 5 451 264, que recomendam o ácido hidroxi-acético.
No entanto, sendo a sua acidez mais fraca que a dos ácidos minerais citados acima, a sua eficácia é menor e é necessária a utilização de maiores quantidades dos produtos. 3
Por outro lado, alguns ácidos apresentam-se na forma sólida, o que conduz a dificuldades de manutenção e de formulação (pós pulverulentos), e por este facto não são os ácidos preferidos para a utilização da presente invenção. Além disso, alguns destes ácidos orgânicos são considerados nocivos. É o caso, nomeadamente, do ácido oxálico e do ácido glicólico.
Subsiste, por conseguinte, uma necessidade para produtos que permitam libertar-se dos inconvenientes enumerados anteriormente, em particular de ácidos que permitam eliminar eficazmente os resíduos e leitanças, em particular os resíduos secos, as leitanças secas, cales, cimentos, argamassas e betões, e outros compostos à base de ligantes minerais, preservando ao mesmo tempo o ambiente, isto é, que sejam conformes com as normas ambientais em vigor, e que não apresentem os inconvenientes ligados, nomeadamente, à libertação de gases irritantes associados à utilização do ácido clorídrico.
Deste modo, um primeiro objetivo da presente invenção consiste em propor uma alternativa eficaz à utilização do ácido clorídrico para a limpeza das superfícies manchadas pelos betões, argamassas, cimentos, cales e leitanças, e outros, sobre todos os tipos de superfícies e, em particular, sobre as superfícies metálicas (do tipo de aço, por exemplo), de betão, cimento, cerâmica, pedra, madeira, cartões, polímeros, vernizes, pinturas, lacas, vidro, e outras.
Um outro objetivo da presente invenção consiste em propor uma alternativa eficaz aos ácidos correntemente utilizados nesta aplicação, evitando ao mesmo tempo os resíduos e os 4 efluentes prejudiciais para o ambiente, assim como libertações gasosas tóxicas e nauseabundas.
Surgirão outros objetivos e vantagens no decurso da descrição da presente invenção, que se segue. Estes objetivos são alcançados, na totalidade ou em parte, graças à presente invenção.
Com efeito, a requerente descobriu agora que é possível limpar, decapar, de forma eficaz as superfícies manchadas pelos betões, argamassas, cimentos e leitanças, e outras, podendo as referidas superfícies ser de todos os tipos, sem apresentar os inconvenientes referidos acima, em particular os inconvenientes sobre o ambiente, os inconvenientes associados às libertações gasosas e outras, tal como será descrito a seguir.
Descobriu-se, assim, que é possível eliminar eficazmente os cimentos, argamassas, betões, cales, as suas leitanças, e outros produtos à base de ligantes minerais, utilizando uma formulação à base de pelo menos um ácido alcano-sulfónico.
As formulações à base de pelo menos um ácido alcano-sulfónico apresentam, nomeadamente, uma eficácia melhorada em relação ao ácido clorídrico, largamente utilizado habitualmente neste domínio.
Os ácidos alcano-sulfónicos apresentam a vantagem, por um lado, de serem menos corrosivos do que o ácido clorídrico, de não originarem cloretos, de serem biodegradáveis e de não libertarem produtos tóxicos ou nauseabundos, assim como de serem menos poluentes que o ácido fosfórico, em virtude dos fosfatos lançados para o ambiente. Por outro lado, os 5 ácidos alcano-sulfónicos podem ser utilizados sob uma forma mais concentrada do que o ácido clorídrico. A invenção refere-se igualmente a um processo para a eliminação dos cimentos, argamassas, betões, cales e leitanças destes diversos produtos, assim como qualquer outro produto à base de um ligante mineral, como por exemplo, os betões armados.
Deste modo, a invenção refere-se a um processo para a eliminação dos referidos cimentos, argamassas, betões e outros, quer estejam numa forma húmida ou seca, por exemplo, incrustados, ou ainda presentes em todos os tipos de superfícies, nomeadamente metálicas (ferro, alumínio, aços e outras), de madeira, de polímeros (plásticos, pinturas, lacas, vernizes), vidros, pedras, cerâmicas, porcelanas, terracota, e outras. A utilização da presente invenção tem aplicações bastante interessantes nos domínios das cimenteiras (fábricas de betão, betoneiras, misturadores rotativos, canalizações, ferramentas e outras), da construção (elementos de alvenaria, ferramentas, cofragens, ladrilhos, pavimentos, pistas e vias de trânsito, tais como passeios, estradas, pistas de aeródromos, e outras).
Com efeito, as formulações à base de um ou mais ácidos alcano-sulfónicos apresentam nomeadamente uma facilidade de utilização e de manipulação maior, em relação ao ácido clorídrico utilizado habitualmente para a eliminação de cimentos, betões, argamassas e outros. Com efeito, a utilização de formulações à base de um ou mais ácidos alcano-sulfónicos não produz libertações gasosas tóxicas, irritantes ou lacrimogéneas, ou produz poucas. 6
Assim, de acordo com um primeiro objeto, a invenção refere-se à utilização de pelo menos um ácido alcano-sulfónico como agente de limpeza do cimento, argamassas, betão, cales e de outros produtos derivados à base de um ligante mineral. Mais particularmente, a invenção refere-se à utilização de pelo menos um ácido alcano-sulfónico para a limpeza de superfícies manchadas pelos betões, argamassas, cimentos e leitanças, e outros, sobre todos os tipos de superfícies, como foram indicadas anteriormente.
Mais concretamente, a presente invenção propõe um produto para a substituição, nomeadamente do ácido clorídrico, para a limpeza dos betões, argamassas, cimentos e outros, sendo o referido produto de substituição biodegradável e pouco tóxico, não libertando, ou libertando poucos, gases irritantes ou lacrimogéneos, não produzindo efluentes nocivos para o ambiente e podendo ser utilizados sob uma forma mais concentrada do que o ácido clorídrico. 0 cimento é bem conhecido dos peritos na técnica e, depois da mistura com a água e secagem, conduz a um produto sólido, mais ou menos compacto. Um cimento é, deste modo, um ligante mineral de composição mais ou menos complexa, e, no sentido da presente invenção, o cimento pode ser qualquer ligante mineral, de tipo cimento rápido, cimento portland, cimentos artificiais, cales, pozolanas, argilas, mas também qualquer ligante suscetível de ligar corpos duros entre si. A argamassa é obtida por mistura de cimento(s) com quantidades maiores ou menores de granulados, sob a forma de areia ou outras gravilhas de baixa granulometria. Os betões correspondem a misturas de cimentos e de argamassas com quantidades maiores ou menores de granulados. 7
Durante a preparação dos cimentos, argamassas e betões observa-se por vezes, e geralmente na superfície, a formação de resíduos esbranquiçados, que se denominam leitanças, e que podem ser igualmente eliminados, graças à utilização de acordo com a presente invenção. A utilização da presente invenção permite igualmente a limpeza dos produtos derivados dos cimentos, argamassas, betões, cales e das suas leitanças. Por "produtos derivados" entendem-se todos os produtos sólidos obtidos a partir de uma mistura de água e de cimento e/ou de cal.
Na sequência da presente exposição, será utilizado mais simplesmente a palavra "cimentos" para designar todos os produtos suscetíveis de serem obtidos a partir de misturas de água e de cimentos e/ou de cales e, em particular, os cimentos, argamassas, betões, cales, as leitanças dos referidos produtos, assim como os seus produtos derivados.
No sentido da presente invenção, entende-se por "limpeza" a limpeza, a decapagem de todos os tipos de superfícies, tais como as indicadas anteriormente, manchadas, untadas, recobertas, no todo ou em parte, por resíduos, crostas, depósitos, secos ou ainda húmidos, produzidos no decurso da utilização, da preparação dos produtos à base de cimento ou cimentos, e nomeadamente os cimentos, argamassas, betões, mas também as leitanças de cimentos, argamassas, betões, a cal, as leitanças de cal, e produtos derivados, por eliminação, ou dissolução, dos referidos resíduos, crostas ou depósitos. 0 termo "limpeza" engloba igualmente a eliminação parcial ou total dos cimentos e produtos derivados, que podem ter ficado incrustados, de forma não prevista ou não desejável, 8 em diversos contentores, tais como betoneiras, cofragens e outros, e que são habitualmente retirados/-eliminados por meios mecânicos, tais como martelos, martelos pneumáticos e outros.
Na presente invenção, entendem-se por ácido alcano-sulfónico, de preferência, os ácidos alcano-sulfónicos de fórmula R-S03H, em que R representa uma cadeia de hidrocarboneto saturada, linear ou ramificada, que compreende 1 a 4 átomos de carbono.
Os ácidos alcano-sulfónicos utilizáveis no âmbito da presente invenção são escolhidos, em particular, entre o ácido metano-sulfónico, o ácido etano-sulfónico, o ácido n-propano-sulfónico, o ácido isopropano-sulfónico, o ácido n-butano-sulfónico, o ácido isobutano-sulfónico, o ácido s-butano-sulfónico, o ácido t-butano-sulfónico, e as misturas de dois ou vários de entre aqueles, em todas as proporções.
De acordo com um modo de realização preferido, o ácido alcano-sulfónico utilizado no âmbito a presente invenção é o ácido metano-sulfónico ou o ácido etano-sulfónico, e de forma absolutamente preferida o ácido utilizado é o ácido metano-sulfónico.
Assim, a utilização de acordo com a invenção recorre a pelo menos um ácido alcano-sulfónico escolhido entre os ácidos alcano-sulfónicos de cadeia linear ou ramificada, que contêm de 1 a 4 átomos de carbono, e de preferência pelo menos ao ácido metano-sulfónico (AMS).
Pode ser conveniente qualquer tipo de formulação que contenha pelo menos um ácido alcano-sulfónico. Como regra geral, a formulação compreende de 0,01 a 100% em peso de 9 ácido alcano-sulfónico, mais geralmente de 0,05% a 90% em peso, em particular de 0,5% a 75% em peso de ácido ou ácidos alcano-sulfónicos. A concentração de ácido ou ácidos alcano-sulfónicos na formulação depende de numerosos fatores, entre os quais se podem citar a quantidade de cimentos a limpar, a natureza e a forma da superfície a limpar, a temperatura à qual é aplicada a formulação, e outras. Os peritos na técnica saberão adaptar a concentração de ácido na formulação sem esforços excessivos. São de preferir as soluções concentradas, por exemplo, de 60% a 100% em peso, de preferência de cerca de 70% a 100% em peso de ácido alcano-sulfónico, em relação ao peso total da referida formulação, quando se pretendem remover quantidades elevadas de cimentos, ou à superfície de materiais pouco sensíveis aos ataques ácidos. São preferidas soluções menos concentradas, de 0,01% a 60%, de preferência de 0,05% a 50% para quantidades mais pequenas de cimentos a eliminar, ou para a limpeza das leitanças sobre superfícies, nomeadamente sobre superfícies sensíveis aos ataques ácidos. A formulação é, por exemplo, uma formulação aquosa, orgânica, ou ainda hidro-orgânica. A formulação pode ser preparada sob a forma de mistura concentrada, concentrado que pode ser diluído pelo utilizador final. Como variante, a formulação pode ser também uma formulação pronta a usar, isto é, não necessita de ser diluída. Por fim, no sentido da presente invenção, a formulação pode ser um ácido alcano-sulfónico puro, ou ainda uma mistura de ácidos alcano-sulfónicos puros, ou seja, a formulação não contém 10 senão um ou vários ácidos sulfónicos, sem outro aditivo de formulação ou outro solvente ou diluente.
Pode-se utilizar, por exemplo, ácido metano-sulfónico em solução aquosa, comercializado pela sociedade Arkema sob a denominação Scaleva®, ou ainda sob a denominação Lutropur®, comercializado pela sociedade B.A.S.F., pronto a usar ou diluído em água nas proporções indicadas acima.
Para além do ácido ou dos ácidos alcano-sulfónicos, a formulação utilizada na presente invenção pode compreender eventualmente um ou vários aditivos, tais como os escolhidos entre: • solventes, agentes hidrótropos ou solubilizantes (por exemplo, álcoois, ésteres, cetonas, amidas, e outros), • biocidas, desinfetantes (ácido bromo-acético, ácido peracético, água oxigenada, e outros), • agentes reológicos, ou de textura, ou espessantes, ou gelificantes (açúcares, polissacarídeos, alginatos, sílica, sílica amorfa, gomas e outros), • ácidos orgânicos ou minerais (por exemplo, sulfúrico, fosfórico, azótico, sulfâmico, acético, cítrico, fórmico, lático, glicólico, oxálico e outros), • sais de metais alcalinos, de metais alcalinoterrosos, de metais, em particular os fluoretos, cloretos, iodetos, brometos de metais alcalinos e/ou de metais alcalinoterrosos, de preferência os cloretos e os fluoretos, com maior preferência ainda os fluoretos, nomeadamente os fluoretos de sódio ou de cálcio, • retardadores de chama, • conservantes, • meios tensioativos aniónicos, catiónicos, não iónicos ou anfóteros (tais como álcoois e/ou aminas etoxilados, 11 alquil- e/ou aril-sulfonatos), emulsionantes, detergentes, sabões, e outros; • agentes de espumação, anti-espumantes , • anti-geles (por exemplo, etilenoglicol, propilenoglicol, e outros); • corantes, • perfumes, agentes odoríferos, e outros aditivos conhecidos dos peritos na técnica.
De acordo com uma variante, a formulação é uma formulação sob a forma de gel. Observou-se, com efeito, que as formulações sob a forma de gel de ácido ou ácidos alcano-sulfónicos são muito eficazes para a eliminação das manchas à base de cimentos, tais como as descritas anteriormente, não apenas em virtude do gel em si mesmo, que permite uma ação mais prolongada do princípio ativo ácido (o gel "adere" mais longamente sobre as superfícies, em relação a uma formulação aquosa), mas também apresenta um poder de limpeza melhorado, em relação a outras formulações de geles.
Deste modo, de acordo com um outro aspeto, a presente invenção refere-se à utilização de uma formulação sob a forma de gel, compreendendo: • de 0,01% a 97% em peso, de preferência de 0,05% a 75% em peso e mais particularmente de 0,5% a 70% em peso, de pelo menos um ácido alcano-sulfónico, de preferência o ácido metano-sulfónico; • de 0,1% a 30% em peso, de preferência de 0,5% a 15% em peso e mais particularmente de 1% a 10% em peso, de pelo menos um agente gelificante; 12 • de 0,1% a 30% em peso, de preferência de 0,5% a 15% em peso, de pelo menos um aditivo escolhido entre os citados acima; e • o complemento para 100% de água e/ou de um solvente orgânico.
Os agentes gelificantes e os meios tensioativos utilizáveis nas formulações sob a forma de um gel podem ser de qualquer tipo. Os peritos na técnica saberão, sem dificuldades particulares, e inspirando-se nos exemplos que se seguem, escolher a adaptar a natureza dos agentes gelificantes e dos meios tensioativos apropriados.
De acordo com um outro aspeto, a presente invenção refere-se à utilização de uma formulação sob a forma de um gel em espuma. Os geles em espuma são, com efeito, muito particularmente interessantes, em virtude do facto de produzirem uma espuma colante, ou por outras palavras, uma espuma que adere às superfícies manchadas, exigindo ao mesmo tempo um menor consumo de matéria ativa do ácido de limpeza, e apresentam a vantagem de uma melhor aptidão à lavagem, isto é, uma eliminação mais simples e mais eficaz, necessitando ao mesmo tempo de uma menor quantidade de água.
Deste modo, a presente invenção refere-se igualmente à utilização de uma formulação sob a forma de um gel em espuma, compreendendo: • de 0,01% a 97% em peso, de preferência de 0,05% a 75% em peso e mais particularmente de 0,5% a 70% em peso, de pelo menos um ácido alcano-sulfónico, de preferência o ácido metano-sulfónico; 13 • de 0,1% a 30% em peso, de preferência de 0,5% a 15% em peso e mais particularmente de 1% a 10% em peso, de pelo menos um agente espumante; • de 0% a 30% em peso, de preferência de 0,5% a 15% em peso e mais particularmente de 1% a 10% em peso, de pelo menos um agente gelificante; • de 0% a 30% em peso, de preferência de 0,5% a 15% em peso, de pelo menos um aditivo escolhido entre os citados acima, dos quais, de preferência, de 0 a 10% em peso, de preferência de 0,1 a 5% em peso, de um agente solubilizante ou hidrótropo, e de 0 a 20% em peso, de preferência de 0,5% a 10% em peso, de pelo menos um meio tensioativo; e • o complemento para 100% de água e/ou de um solvente orgânico.
De acordo com o domínio e o modo de aplicação, a formulação pode ser preparada sob a forma de um concentrado, e com uma fraca viscosidade apropriada, e em seguida diluída antes da utilização, até se obter a eficácia esperada, quanto à viscosidade e ao poder de espumação.
Na formulação do gel em espuma acima, o agente de espumação pode ser escolhido entre os agentes de espumação correntemente utilizados pelos peritos na técnica, e de preferência entre os óxidos de aminas, como por exemplo: • os óxidos de dimetilalquilamina, sendo a cadeia de alquilo uma cadeia "gorda", que contém, por exemplo, de 10 a 30 átomos de carbono, de preferência, de 12 a 22 átomos de carbono; • os óxidos de aminas etoxiladas; e • as misturas de dois ou mais de entre estes. 14 A utilização de pelo menos um óxido de amina etoxilado, tal como, a titulo não limitativo, o Cecajel® OX 100, da sociedade CECA, ou o Aromox® T12 da sociedade Akzo, isolado ou em associação com pelo menos um óxido de dimetilalquil-amina, permite conferir estabilidade ao gel em espuma.
Os agentes de espumação e, em particular, os que foram descritos acima, formam geralmente geles quando são misturados com a água, isto é, aumentam a viscosidade da formulação, sem que seja necessário adicionar um agente gelificante. No entanto, não está excluída da presente invenção a adição de um agente gelificante como o referido.
Entre os agentes solubilizantes ou hidrótropos utilizáveis nas formulações de acordo com a invenção, podem citar-se, a título de exemplo e de forma não limitativa, os xileno- ou cumeno-sulfonatos de sódio. Os referidos agentes não são, no entanto, indispensáveis nas formulações ácidas de acordo com a invenção.
Uma formulação aquosa, orgânica ou hidro-orgânica, sob a forma de solução, de gel, ou ainda sob a forma de gel em espuma, particularmente preferida, é uma formulação que compreende de 0,01% a 95% em peso, de preferência de 0,05% a 75%, com maior preferência ainda de 0,5 a 50% em peso de ácido metano-sulfónico.
As formulações utilizadas de acordo com a presente invenção, quer estejam na forma de líquidos, de geles ou de geles em espuma, concentradas ou diluídas, podem ser aplicadas de acordo com qualquer método conhecido dos peritos na técnica, e em particular sob pressão, ou ainda com o auxílio de uma pistola pulverizadora. 15 A concentração do ácido ou dos ácidos alacano-sulfónicos pode assim variar em grandes proporções, de acordo com a natureza e a quantidade dos cimentos a eliminar, mas também em função da natureza das superfícies a limpar.
De acordo com um outro aspeto, a presente invenção refere-se a um processo para a eliminação de cimentos, argamassas, betões, cales, leitanças e produtos derivados, tal como foram definidos anteriormente, presentes, por exemplo, sob a forma de resíduos, crostas, depósitos, secos ou ainda húmidos, produzidos no decurso da utilização da preparação de produtos à base de um ou mais cimentos, compreendendo pelo menos um passo de se pôr uma quantidade eficaz de pelo menos um ácido alcano-sulfónico, como já foi definido anteriormente, de preferência o ácido metano-sulfónico, sob a forma de uma formulação aquosa, orgânica ou hidro-orgânica, sob a forma de solução, de gel ou de gel em espuma, tal como acabam de ser descritas, em contacto com os cimentos, argamassas, betões, cales, leitanças e produtos derivados, a eliminar, por contacto, imersão, aspersão, pulverização, aplicação de uma camada mais ou menos espessa, eventualmente com o auxilio de ferramentas apropriadas conhecidas dos peritos na técnica (pincéis, broxas, espátulas, e outras), sendo o referido passo de colocação em contacto eventualmente seguido de um ou vários passos de enxaguamento e/ou de secagem. A temperatura à qual o processo é realizado pode variar em grandes proporções e está geralmente compreendida entre -20°C e +150°C, de preferência entre 0°C e 80°C, com maior preferência ainda entre 10°C e 80°C. De acordo com um modo de realização preferido, a temperatura de utilização é a temperatura ambiente ou ainda uma temperatura compreendida entre a temperatura ambiente e cerca de 80°C. 16
Pode assim ser concebido aquecer o ácido alcano-sulfónico e a superfície a tratar, podendo estas temperaturas ser iguais ou diferente, ou ainda aquecer ou o ácido alcano-sulfónico, ou a superfície a tratar.
Deste modo, podem tratar-se no exterior superfícies manchadas por cimentos, à temperatura ambiente (por exemplo, 10°C), com o auxílio de uma formulação de um ou mais ácidos alcano-sulfónicos aquecidos a 70°C, ou então tratar superfícies manchadas por resíduos de cimentos, a uma temperatura elevada (por exemplo, a cerca de 100°C), com o auxílio de uma formulação de um ou mais ácidos alcano-sulfónicos à temperatura ambiente (por exemplo, a 20°C) . Pode ser igualmente concebido imergir totalmente as superfícies a tratar numa formulação de um ou mais ácidos alcano-sulfónicos aquecida, por exemplo, a uma temperatura de cerca de 60°C, por exemplo, para eliminar resíduos de cimentos presentes em têxteis, enduzidos ou não, filmes plásticos, e outros.
Finalmente, depois do passo dos tratamentos e dos enxaguamentos eventuais, a superfície limpa pode, se for o caso e se necessário, ser seca, de acordo com qualquer processo conhecido dos peritos na técnica, por exemplo, com ar, com uma corrente de ar mais ou menos quente, em estufa, por aquecimento (elétrico, lâmpadas de aquecimento), enxugamento (papéis ou têxteis absorventes), e outros.
Como foi indicado anteriormente, o ácido alcano-sulfónico é utilizado vantajosamente sob a forma de uma formulação, por exemplo, formulação aquosa, orgânica ou hidro-orgânica, sob a forma líquida, de gel ou de gel em espuma, como foi definido anteriormente. 17
No processo da invenção, tal como acaba de ser descrito, entende-se por quantidade eficaz uma quantidade que permite a dissolução dos resíduos, crostas, depósitos de cimentos e a eliminação de todos os vestígios de cimentos.
Esta quantidade pode variar em grandes proporções, consoante as superfícies a tratar e a quantidade de cimentos, a temperatura e a pressão da formulação utilizada, a duração pretendida do processo de eliminação, e outros.
Desta forma, a quantidade de ácido será estabelecida vantajosamente para permitir uma eliminação total dos cimentos, empregando-se uma quantidade mínima do ácido ou ácidos, essencialmente por razões económicas.
Esta operação de eliminação dos cimentos pode ser repetida uma ou várias vezes, consoante a quantidade de cimento, betão, argamassa e outras a eliminar, e o seu grau de incrustação sobre as superfícies a tratar. A colocação em contacto de uma quantidade eficaz de pelo menos um ácido alcano-sulfónico é seguida por um tempo de reação, necessário à dissolução dos cimentos que se pretendem eliminar, podendo este tempo de reação variar desde alguns segundos até algumas horas, ou mesmo alguns dias, consoante a temperatura à qual é realizada a limpeza, a pressão de aplicação do ou dos ácidos alcano-sulfónicos, a quantidade dos cimentos a eliminar, os seus graus de incrustação, assim como da natureza das superfícies a tratar. 0 tratamento com pelo menos um ácido alcano-sulfónico, tal como acaba de ser definido, pode ser igualmente acompanhado 18 e/ou seguido por uma ou várias operações mecânicas (agitação, raspagem, escovagem, e outras), a fim de melhorar a ação química do ácido, se necessário.
Finalmente, o tratamento pode ser seguido por uma ou várias operações de enxaguamento, por exemplo, com água limpa, solventes ou misturas de água/solventes.
No processo de acordo com a invenção, tal como acaba de ser descrito, entende-se por quantidade eficaz uma quantidade que permite a dissolução e a eliminação de toda ou parte das manchas, resíduos, crostas, secas ou não, dos cimentos.
Esta quantidade pode variar dentro de grandes proporções, consoante as superfícies a tratar e a quantidade de cimentos, a temperatura e a pressão da formulação utilizada, a duração pretendida do processo de eliminação, e outras.
Deste modo, a quantidade de ácido será ajustada, com vantagem, para permitir uma eliminação total dos resíduos, crostas, secas ou não, de cimentos, betões, argamassas, leitanças e outras, empregando-se uma quantidade mínima do ácido ou ácidos, essencialmente por razões económicas.
Os ácidos alcano-sulfónicos, nomeadamente o ácido metano-sulfónico, mostraram-se eficazes na dissolução dos cimentos e, nomeadamente, dos componentes principais destes produtos, sem dar origem a libertações gasosas irritantes e lacrimogéneas.
Por outro lado, a utilização de pelo menos um ácido alcano-sulfónico de acordo com a presente invenção apresenta a vantagem de não originar senão pouca ou mesmo nenhuma 19 corrosão, nomeadamente durante a limpeza de superfícies metálicas (centrais de betão, betoneiras, cofragens metálicas), corrosão que é frequentemente observada sobre as referidas superfícies metálicas aquando da utilização de soluções mais ou menos concentradas de ácido clorídrico.
Os ácidos alcano-sulfónicos podem ser também utilizados em concentrações elevadas, a fim de aumentar a sua eficácia, concentrações que podem ser de 50%, 70% ou mesmo de 100% em peso, ao passo que a concentração máxima de ácido clorídrico não pode ser senão, no máximo, de 37%, em virtude da natureza química intrínseca deste ácido.
Por outro lado, os ácidos alcano-sulfónicos utilizados na presente invenção apresentam a vantagem, em relação aos ácidos aril-sulfónicos, de terem uma exigência de oxigénio menor ao nivel das estações de tratamentos dos efluentes (exigência química de oxigénio, DCO) e permitirem, por consequência, uma concentração mais alta de resíduos orgânicos nas referidas estações. A presente invenção descrita acima mostra que é possível eliminar os cimentos em todos os tipos de superfícies, tais como, e de forma não limitativa, as superfícies metálicas (ferro, aços, cobre, ligas e outras), betões, cimentos, ladrilhos, porcelanas, madeira, papéis, cartões, têxteis, polímeros (plásticos, vernizes, pinturas, lacas), vidros e outras. A presente invenção mostra igualmente que é possível limpar as referidas superfícies dos resíduos indesejáveis, secos ou não, mas também eliminar os cimentos, argamassas, betões, cales, que podem estar incrustados em diversos recipientes, tais como betoneiras, cofragens, e outras, e 20 que sao habitualmente retiradas por meios mecânicos, tais como, martelos, martelos pneumáticos, e outros.
Deste modo, os ácidos alcano-sulfónicos podem ser utilizados vantajosamente em substituição dos ácidos utilizados correntemente para a eliminação dos cimentos num grande número de domínios de aplicação, entre os quais se podem citar, de forma não limitativa, os domínios da construção (cimenteiras, betoneiras, misturadores rotativos de betão, cofragens, ladrilhos, mosaicos, pedras, ferramentas e outras), dos transportes de fluidos (tubos, condutas e outras), tais como de água, águas residuais, águas pluviais, esgotos, petróleo, ou de gás, gás natural, entre outros, para não mencionar senão um certo número entre aqueles.
Deverá ser compreendido que a utilização de acordo com a presente invenção permite, não somente a limpeza dos cimentos, mas também, de forma simultânea, a limpeza de outro ou outros tipos de manchas que pode ou podem estar presentes nas superfícies a tratar, em virtude do caráter ácido dos ácidos alcano-sulfónicos utilizados.
Por exemplo, os ácidos alcano-sulfónicos utilizados no âmbito da presente invenção podem revelar-se eficazes para limpar qualquer tipo de manchas, tais como a ferrugem, o tártaro, mas também todos os tipos de manchas orgânicas (dejetos e excrementos de animais), e outras. A presente invenção vai ser agora ilustrada por meio dos exemplos que se seguem, sem apresentar qualquer caráter limitativo, e que não podem, por consequência, ser compreendidos como suscetíveis de restringir o âmbito da invenção, tal como é reivindicada. 21
Exemplo 1
Para se apreciar a eficácia dos ácidos alcano-sulfónicos na eliminação de cimentos, argamassas, betões, cales e leitanças destes produtos, realizam-se ensaios de dissolução, de acordo com o protocolo seguinte:
Prepara-se, numa garrafa de vidro de fundo chato, um bloco de cimento, a partir de 6 g de cimento em pó (cimento Technocern comercializado pela sociedade SOCLI) e de 3 g de água. Deixa-se secar à temperatura ambiente durante 24 horas.
Vertem-se na garrafa 100 g de solução aquosa ácida (concentração 5% de ácido em peso em água) . A garrafa é fechada com uma rolha, em seguida é colocada num banho agitado durante 24 horas à temperatura ambiente.
Em seguida a solução é filtrada através de um filtro de membrana (Acrodisc®, de 25 mm de diâmetro e 0,2 pm de porosidade) e o resíduo é seco (em estufa a 80°C durante uma noite) , e em seguida é pesado, para se avaliar a percentagem de cimento residual não dissolvido. Quanto menor for a quantidade residual de cimento, melhor é a eficácia do ácido ensaiado. O ensaio foi realizado com três soluções aquosas a 5% em peso: • ácido metano-sulfónico (Scaleva® comercializado por Arkema; • ácido fosfórico (Normapur, comercializado por VWR); e • ácido glicólico (Aldrich).
Os resultados são apresentados no quadro 1, a seguir: 22 - Quadro 1 -
Solução aquosa a 5% em peso resíduo de cimento (% em peso em relação ao peso inicial) Scaleva® 59 ácido fosfórico 63 ácido glicólico 82
Note-se que os ácidos alcano-sulfónicos, nomeadamente o ácido metano-sulfónico, apresentam uma eficácia comparável à do ácido fosfórico, mas, bem entendido, sem dar origem a fosfatos, nocivos para o ambiente.
Note-se, igualmente, que o ácido metano-sulfónico é muito mais eficaz nesta aplicação do que o ácido glicólico, utilizado aqui como exemplo de ácido orgânico, isto é, de ácido fraco.
Lisboa, 28 de Dezembro de 2011

Claims (10)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de pelo menos um ácido alcano-sulfónico de fórmula R-SO3H, em que R representa uma cadeia de hidrocarboneto saturada, linear ou ramificada, que compreende 1 a 4 átomos de carbono, como agente de limpeza do cimento, argamassa, betão, cales, e outros produtos derivados.
2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, na qual o ácido alcano-sulfónico é escolhido entre o ácido metano-sulfónico, o ácido etano-sulfónico, o ácido n-propano-sulfónico, o ácido isopropano-sulfónico, o ácido n-butano-sulfónico, o ácido isobutano-sulfónico, o ácido s-butano-sulfónico, o ácido t-butano-sulfónico, e as misturas de dois ou vários de entre estes, em todas as proporções.
3. Utilização de acordo com a reivindicação 1 ou com a reivindicação 2, na qual o ácido alcano-sulfónico é o ácido metano-sulfónico ou o ácido etano-sulfónico, de preferência o ácido metano-sulfónico.
4. reivindicações ácido alcano-de formulação, ácidos alcano-100% em peso, em peso, em relação ao peso reivindicações ácido alcano- Utilização de acordo com qualquer das anteriores, na qual pelo menos um sulfónico é utilizado sob a forma estando a concentração do ácido ou dos sulfónicos compreendida entre 0,01% e mais geralmente entre 0,05% e 90% particular entre 0,5% e 75% em peso, em total da referida formulação.
5. Utilização de acordo com qualquer das anteriores, na qual pelo menos um 2 sulfónico está presente numa formulação aquosa, orgânica, ou hidro-orgânica, concentrada, pronta para ser utilizada ou para ser diluída antes da utilização.
6. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, na qual pelo menos um ácido alcano-sulfónico é utilizado em associação com um ou vários aditivos, escolhidos entre: • solventes, agentes hidrótropos ou solubilizantes (por exemplo, álcoois, ésteres, cetonas, amidas, e outros), • biocidas, desinfetantes (ácido bromo-acético, ácido peracético, água oxigenada, e outros), • agentes reológicos, ou de textura, ou espessantes (açúcares, polissacarídeos, alginatos, sílica, sílica amorfa, gomas e outros), • ácidos orgânicos ou minerais (por exemplo, sulfúrico, fosfórico, azótico, sulfâmico, acético, cítrico, fórmico, lático, glicólico, oxálico e outros), • retardadores de chama, • conservantes, • meios tensioativos aniónicos, catiónicos, não iónicos ou anfóteros (tais como álcoois e/ou aminas etoxilados, alquil- e/ou aril-sulfonatos), emulsionantes, detergentes, sabões, e outros; • agentes de espumação, anti-espumantes , • anti-geles (por exemplo, etilenoglicol, propileno-glicol, e outros); • corantes, • perfumes, agentes odoríferos, e outros aditivos conhecidos dos peritos na técnica. 3
7. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, na qual pelo menos um ácido alcano-sulfónico é utilizado em formulação liquida, como gel ou como gel em espuma.
8. Processo para a eliminação dos cimentos, argamassas, betões, cales, leitanças e produtos derivados, compreendendo pelo menos um passo de se pôr em contacto uma quantidade eficaz de pelo menos um ácido alcano-sulfónico, de preferência o ácido metano-sulfónico, com os cimentos, argamassas, betões, cales, leitanças e produtos derivados, a eliminar, por contacto, imersão, aspersão, pulverização, aplicação de uma camada mais ou menos espessa, eventualmente com o auxilio de ferramentas apropriadas conhecidas dos peritos na técnica (pincéis, broxas, espátulas, e outras), sendo o referido passo de colocação em contacto eventualmente seguido de um ou vários passos de enxaguamento e/ou de secagem.
9. Processo de acordo com a reivindicação 8, caraterizado por ser realizado a uma temperatura compreendida entre -20 °C e +150 °C, de preferência entre 0o O (D 00 o o O > com maior preferência ainda entre 10 °C (D 00 o o O de preferência à temperatura ambiente ou ainda a uma temperatura compreendida entre a temperatura ambiente e cerca de 80°C.
10. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7 para a limpeza de cimentos, argamassas, betões, cales, leitanças e produtos derivados, em todos os tipos de superfícies, em particular em superfícies metálicas (ferro, aços, cobre, ligas e outras), betões, 4 cimentos, ladrilhos, mosaicos, pedra, porcelana, madeira, papéis, cartões, têxteis, polímeros (plásticos, outras. vernizes, pinturas, lacas), vidros e Lisboa, 28 de Dezembro de 2011
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