PT2217246E - Utilização de oligossacáridos contendo n-acetil-lactosamina para maturação de respostas imunes em recém-nascidos - Google Patents

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Description

DESCRIÇÃO "UTILIZAÇÃO DE OLIGOSSACÁRIDOS CONTENDO N—ACETIL—LACTOSAMINA PARA MATURAÇÃO DE RESPOSTAS IMUNES EM RECÉM-NASCIDOS"
Campo da Invenção
Esta invenção refere-se à maturação de respostas imunológicas de bebés neonatos por educação do sistema imunitário para evitar respostas imunológicas inapropriadas. A invenção é definida pelas reivindicações.
Antecedentes à Invenção
Imediatamente antes do parto, pensa-se que o aparelho gastrointestinal de um bebé é estéril. Durante o processo normal de parto, ele confronta-se com bactérias do aparelho digestivo, pele e ambiente da mãe e começa a tornar-se colonizado. A microflora fecal de um bebé amamentado saudável de 2 a 4 semanas de idade, a qual pode ser considerada como a microflora óptima para esta faixa etária é dominada por espécies de
Bifidobactérias com algumas espécies de Lactobacilos e quantidades mais pequenas de Bacteróides, tal como a espécie Bacteroides fragilis, com a exclusão de agentes patogénicos potenciais, tais como Clostridios. Após a conclusão do desmame aos cerca de 2 anos de idade, estabelece-se um padrão de microflora intestinal que se assemelha ao padrão de adulto.
As fases iniciais de colonização são uma fase critica de adaptação ao novo ambiente do intestino, que proporciona a maioria dos ligandos dos receptores imunológicos inatos identificados, tais como lipopolissacáridos, a concentrações elevadas. Portanto, o reconhecimento imunológico inato do intestino tem de ser rigorosamente regulado e educado durante este período para evitar estimulação inapropriada.
Nos ratinhos, as células epiteliais intestinais respondem em poucas horas após o parto a compostos bacterianos exógenos, tais como endotoxinas, para adquirir tolerância aos receptores de tipo Toll para facilitar a colonização microbiana posterior e o desenvolvimento de uma homeostasia intestinal hospedeiro-micróbio estável (Lotz et al., 2006). É conjecturado que processos pós-natal semelhantes ocorrem também em recém-nascidos humanos. A disfunção da regulação negativa de reacções pró-inflamatórias que é necessária para permitir que ocorra colonização pode levar ao desenvolvimento de inflamação e perturbações entéricas no processo de colonização. Isto, por sua vez, pode conduzir a uma batalha duradoura entre o hospedeiro e os micróbios, com consequências negativas para a saúde no curto e, provavelmente, também no longo prazo localmente no intestino e até mesmo sistemicamente. Já foi sugerido que esta colonização retardada ou inapropriada pode ter consequências específicas em termos do desenvolvimento posterior do bebé. Por exemplo, Fantuzzi et al. propuseram que a inflamação de baixo grau sistémica e uma microflora intestinal abaixo da ideal podem estar implicadas no desenvolvimento posterior de obesidade (Fantuzzi G. "Adipose tissue, adipokines, and inflammation" J Allergy Clin Immunol. 2005; 115:911-919).
Em suma, estão a surgir cada vez mais evidências que sugerem que o estabelecimento de uma microflora intestinal apropriada no inicio da vida pode ser um factor significativo no desenvolvimento saudável subsequente. Além do mais, é provável que uma microflora intestinal inapropriada seja acompanhada de inflamação local no intestino e inflamação sistémica de baixo nivel, o que tem as suas próprias consequências desfavoráveis na saúde geral. O leite materno é recomendado para todos os bebés. Além dos macronutrientes, sabe-se que o leite humano contém muitos nutrientes bioactivos, isto é, compostos que podem ser classificados em termos gerais como proteínas, hidratos de carbono ou gorduras mas que têm uma função específica, além e acima do seu valor calórico. Uma grande classe desses nutrientes bioactivos é a dos oligossacáridos do leite humano, um grupo de mais de 100 oligossacáridos que estão presentes em quantidades variáveis no leite humano, mas não na mesma quantidade ou variedade, por exemplo, no leite bovino. O número e função destes vários oligossacáridos estão ainda a ser elucidados, embora alguns deles já foram associados, por exemplo, à redução da capacidade dos agentes patogénicos para aderir a células hospedeiras epiteliais.
Por conseguinte, foi sugerida a suplementação com oligossacáridos. No documento WO 98/43495 é demonstrado que um sacárido que contém galactose, i. e. lacto-N-neotetraose, estimula a actividade metabólica de Bifidobacterium lactis. As composições nutritivas entéricas contendo lacto-N-neotetraose são assim sugeridas para a alimentação de bebés para inibir as infecções por Bacteroides, Clostridium e E. coli. Ao inibir o crescimento destas bactérias, julga-se que os bebés são dotados de resistência contra a gastroenterite. A fim de melhorar o sistema imunitário de bebés, no documento W02007/105945 é sugerida a administração de sacáridos contendo galactose não digerível, solúvel em água às suas mães durante a gravidez. É relatado que a suplementação com tais sacáridos aumenta a percentagem de bifidobactérias e lactobacilos na microflora intestinal de mulheres grávidas. Consequentemente, a inoculação do intestino do bebé durante o parto e a colonização após o parto com lactobacilos e bifidobactérias é melhorada.
Sumário da Invenção A invenção é definida pelas reivindicações. A presente requerente constatou surpreendentemente que a administração de oligossacáridos com estruturas de N-acetil-lactosamina mono-, di- e/ou poli-valentes ligadas a lactose ao bebé neonato é particularmente eficaz na educação do sistema imunitário, promovendo a regulação negativa de respostas pró-inflamatórias inapropriadas durante o estabelecimento da microflora intestinal no período neonatal com o resultado de que respostas imunológicas inapropriadas podem ser de igual forma reguladas negativamente.
Consequentemente, é divulgada a utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose no fabrico de um medicamento para bebés ou de uma composição nutritiva terapêutica para bebés para maturação de respostas imunológicas num bebé neonato.
Num aspecto, a invenção proporciona a utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose no fabrico de um medicamento para bebés ou de uma composição nutritiva terapêutica para bebés para modular o sistema imunitário de um bebé neonato para promover o desenvolvimento nas primeiras poucas semanas da vida do bebé de um microflora intestinal benéfica comparável àquela encontrada em bebés amamentados, em que o medicamento ou composição nutritiva terapêutica é administrado ao bebé imediatamente após o parto e subsequentemente durante, pelo menos, 2 meses.
Num outro aspecto, a invenção proporciona a utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose no fabrico de um medicamento ou composição nutritiva terapêutica para administração a um bebé neonato para reduzir o risco de desenvolvimento subsequente de alergia no bebé, em que o medicamento ou composição nutritiva terapêutica é administrado ao bebé imediatamente após o parto e subsequentemente durante, pelo menos, 2 meses. É também divulgado um método de promoção da maturação de respostas imunológicas num bebé neonato administrando, a um bebé neonato necessitado do mesmo, uma quantidade terapêutica de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose. É ainda divulgado um método de promoção do desenvolvimento nas primeiras poucas semanas da vida de um bebé de uma microflora intestinal benéfica comparável àquela encontrada em bebés amamentados administrando, a um bebé neonato necessitado do mesmo, uma quantidade terapêutica de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose .
Finalmente, é divulgado um método de redução do risco de desenvolvimento subsequente de alergia num bebé administrando, a um bebé neonato necessitado do mesmo, uma quantidade terapêutica de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto- N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose.
Sem se pretender ficar limitado pela teoria, a presente requerente acredita que os oligossacáridos com estruturas de N-acetil-lactosamina mono-, di- e/ou poli-valentes ligadas a lactose no lúmen intestinal podem actuar como uma "armadilha" para os factores pró-inflamatórios impedindo-os de se ligarem aos seus ligandos naturais, aliviando, desse modo, as respostas pró-inflamatórias. Especificamente, a galectina-3 é uma proteína de ligação de β-galactosídeo solúvel envolvida em várias reacções pró-inflamatórias, tais como activação de neutrófilos (e. g., IL8) . Os neutrófilos participam na resposta imunológica inata como um leucócito fagocitário principal recrutado para os sítios de infecção. A galectina-3 pode ser libertada a partir de epitélios do intestino para activar o sistema imunitário.
Estudos com ratinhos com galectina-3 anulada (gal-/-) mostraram o papel regulador da galectina-3 na modulação das respostas imunológicas inatas e adaptativas aos agentes patogénicos (Bernardes et al., 2006). Com uma carga patogénica semelhante, os ratinhos gal-/- apresentaram uma resposta inflamatória muito menor, menor infiltração de leucócitos na lâmina própria do intestino e nenhuma necrose do intestino em comparação com os controlos de tipo selvagem. Assim, pode concluir-se que a ausência de galectina-3 conduz a respostas inflamatórias mais suaves.
Os glicanos que terminam com galactose β-1,4 N-acetilglucosamina, tal como lacto-N-neotetraose, ligam a galectina-3. Como anteriormente demonstrado para a galectina-9, os glicanos de ligação de galectina livre podem interferir com a ligação da galectina a ligandos alvo alterando, desse modo, ο comportamento do ligando alvo (Ohtsubo et al., 2005) . Quantas mais unidades de N-acetil-lactosamina são polimerizadas maior a afinidade para a galectina-3 e maior a função de captura.
Além disso, os ratinhos gal3-/- apresentaram uma resposta Thl mais alta manifestada por uma maior produção de IL12 e IFN-γ pelas células dendríticas (Bernardes et al., 2006). As células T auxiliares desempenham um papel central na imunidade adaptativa. As células Thl são vitais para respostas imunológicas mediadas por células e as células Th2 promovem imunidade humoral. As respostas Thl e Th2 são contra-reguladoras, isto é, as citocinas produzidas pelas células Thl inibem a função das Th2 e vice-versa. Foi demonstrado que a resposta imunológica enviesada para Th2 é crucial para a manutenção de uma gravidez bem-sucedida e prevalece também no parto e durante os primeiros meses de vida. A exposição pós-natal a antigénios microbianos desencadeia, de um modo preferido, respostas Thl, o que foi sugerido que contrabalança a produção de citocinas polarizada para Th2 em recém-nascidos. No caso de respostas Thl iniciais insuficientes, a produção de citocinas de tipo Th2 (IL-4, IL-5 e IL-13) é adicionalmente propagada conduzindo à produção de IgE e, consequentemente, a doença alérgica. Conclui-se que a actividade de captura descrita acima ajuda também a desviar o sistema imunitário para uma resposta Thl, educando assim o sistema imunitário e reduzindo o risco de desenvolvimento de alergia no início da vida.
Descrição Detalhada da Invenção
Nesta descrição, os seguintes termos têm os significados seguintes:- "microflora intestinal benéfica comparável com aquela encontrada em bebés amamentados" significa uma microflora intestinal dominada por populações apreciáveis de espécies de Bifidobactérias e Lactobacilos com a exclusão de populações apreciáveis de espécies tais como Bacteróides, Clostridios e Estreptococos; "bebé neonato" significa um bebé nos primeiros dois meses de vida.
Todas as referências em percentagens são percentagens em peso, salvo indicação em contrário. A invenção refere-se à utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N- neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose. Os oligossacáridos preferidos são lacto-N-tetraose (LNT) e lacto-N-neotetraose (LNnT) . 0 LNT e o LNnT podem ser sintetizados quimicamente por transferência enzimática de unidades de sacáridos de porções dadoras para porções aceitadoras utilizando glicosil-transferases como descrito, por exemplo, na Patente US N2 5288637. Alternativamente, o LNT e o LNnT podem ser preparados por conversão química de ceto-hexoses (e. g., frutose) livres ou ligadas a um oligossacárido (e. g., lactulose) em N-acetil-hexosamina ou um oligossacárido contendo N-acetil-hexosamina como descrito em Wrodnigg, T. M.; Stutz, A. E. (1999) Angew. Chem. Int. Ed. 38:827-828. A N-acetil-lactosamina produzida deste modo pode ser depois transferida para a lactose como porção aceitadora. A composição nutritiva terapêutica é, de um modo preferido, uma fórmula para lactentes que contém um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose numa quantidade entre 0,1 e 3 g/100 g de composição numa base de peso seco.
Uma fórmula para lactentes para ser utilizada de acordo com a presente invenção pode conter uma fonte de proteína numa quantidade de não mais do que 2,0 g/100 kcal, de um modo preferido 1,8 a 2,0 g/100 kcal. Julga-se que o tipo de proteína não é crítica para a presente invenção na condição de que sejam satisfeitos os requisitos mínimos para o teor de aminoácidos essenciais e seja garantido um crescimento satisfatório, embora seja preferido que mais do que 50% em peso da fonte de proteína seja soro de leite. Assim, podem ser utilizadas fontes de proteína baseadas em soro de leite, caseína e suas misturas, bem como fontes de proteína baseadas em soja. No que se refere às proteínas do soro de leite, a fonte de proteínas pode basear-se em soro de leite ácido ou soro de leite doce ou suas misturas e pode incluir alfa-lactalbumina e beta-lactoglobulina em quaisquer proporções desejadas.
As proteínas podem ser intactas ou hidrolisadas ou uma mistura de proteínas intactas e hidrolisadas. Pode ser desejável fornecer proteínas parcialmente hidrolisadas (grau de hidrólise entre 2 e 20%) , por exemplo, para bebés que se acredita que estejam em risco de desenvolver alergia ao leite de vaca. Se forem necessárias proteínas hidrolisadas, o processo de hidrólise pode ser realizado conforme desejado e como é conhecido na técnica. Por exemplo, um hidrolisado de proteína de soro de leite pode ser preparado hidrolisando enzimaticamente a fracção de soro de leite em um ou mais passos. Se a fracção de soro de leite utilizada como material de partida for substancialmente isenta de lactose, constata-se que a proteína sofre muito menos bloqueio de lisina durante o processo de hidrólise. Isto permite que o grau de bloqueio de lisina seja reduzido de cerca de 15% em peso da lisina total para menos de cerca de 10% em peso de lisina; por exemplo, cerca de 7% em peso de lisina, o que melhora muito a qualidade nutritiva da fonte de proteína. A fórmula para lactentes pode conter uma fonte de hidratos de carbono. Pode utilizar-se qualquer fonte de hidratos de carbono convencionalmente encontrada em fórmulas para lactentes tais como lactose, sacarose, maltodextrina, amido e suas misturas, embora a fonte de hidratos de carbono preferida seja lactose. De um modo preferido as fontes de hidratos de carbono contribuem com entre 35 e 65% da energia total da fórmula. A fórmula para lactentes pode conter uma fonte de lípidos. A fonte de lípidos pode ser qualquer lípido ou gordura que seja adequado para ser utilizado em fórmulas para lactentes. As fontes de gordura preferidas incluem oleína de palma, óleo de girassol com alto teor oleico e óleo de açafrão-bastardo com alto teor oleico. Os ácidos gordos essenciais ácido linoleico e a-linolénico podem ser também adicionados, assim como o podem quantidades pequenas de óleos contendo quantidades elevadas de ácido araquidónico e ácido docosa-hexenóico pré-formados, tais como óleos de peixe ou óleos microbianos. No total, de um modo preferido, o teor de gordura é tal como para contribuir entre 30 e 55% da energia total da fórmula. De um modo preferido, a fonte de gordura tem uma proporção de n-6 a n-3 ácidos gordos de cerca de 5:1 até cerca de 15:1; por exemplo, cerca de 8:1 a cerca de 10:1. A fórmula para lactentes pode conter também todas as vitaminas e minerais entendidos como sendo essenciais na dieta diária e em quantidades nutricionalmente significativas. Os requisitos mínimos foram estabelecidos para certas vitaminas e minerais. Os exemplos de minerais, vitaminas e outros nutrientes opcionalmente presentes na fórmula para lactentes incluem vitamina A, vitamina Bl, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina E, vitamina K, vitamina C, vitamina D, ácido fólico, inositol, niacina, biotina, ácido pantoténico, colina, cálcio, fósforo, iodo, ferro, magnésio, cobre, zinco, manganês, cloreto, potássio, sódio, selénio, crómio, molibdénio, taurina e L-carnitina. Os minerais são geralmente adicionados na forma de sal. A presença e quantidades de minerais específicos e outras vitaminas variarão dependendo da população infantil destinatária.
Se for necessário, a fórmula para lactentes pode conter emulsionantes e estabilizantes, tais como lecitina de soja, ésteres de ácido cítrico de mono- e diglicéridos.
De um modo preferido, a fórmula para lactentes contém ainda, pelo menos, um prebiótico numa quantidade de 0,3 a 10%. Um prebiótico é um ingrediente alimentar não digerível que afecta beneficamente o hospedeiro, estimulando selectivamente o crescimento e/ou actividade de um ou um número limitado de bactérias no cólon, melhorando, desse modo, a saúde do hospedeiro. Tais ingredientes são não digeríveis no sentido de que não são destruídos e absorvidos no estômago ou intestino delgado e passam, assim, intactos para o cólon, onde são selectivamente fermentados pelas bactérias benéficas. Os exemplos de prebióticos incluem certos oligossacáridos, tais como fructo-oligossacáridos (FOS) e galato-oligossacáridos (GOS) . Pode utilizar-se uma combinação de prebióticos, tal como 90% de GOS com 10% de f ructo-oligossacáridos de cadeia curta, tal como o produto vendido sob a marca comercial Raftilose® ou 10% de inulina, tal como o produto vendido sob a marca comercial Raftiline®. Uma combinação particularmente preferida de prebióticos é 70% de fructo-oligossacáridos de cadeia curta e 30% de inulina. A fórmula para lactentes pode compreender também, pelo menos, uma estirpe bacteriana probiótica. Um probiótico é uma preparação de células microbianas ou componentes de células microbianas com um efeito benéfico na saúde ou bem-estar do hospedeiro. As estirpes bacterianas probióticas adequadas incluem Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 que pode ser obtida de Valio Oy da Finlândia sob a marca comercial LGG, Lactobacillus rhamnosus CGMCC 1.3724, Lactobacillus paracasei CNCM 1-2116, a estirpe de Lactobacillus reuteri vendida pela BioGaia A.B sob a marca comercial Reuteri, Streptococcus salivarius DSM 13084 vendido pela BLIS Technologies Limited da Nova Zelândia sob a designação K12, Bifidobacterium lactis CNCM 1-3446 vendido inter alia pela Christian Hansen Company da Dinamarca sob a marca comercial Bbl2, Bifidobacterium longum ATCC BAA-999 vendido por Morinaga Milk Industry Co. Ltd. do Japão sob a marca comercial BB536, a estirpe de Bifidobacterium breve vendida pela Danisco sob a marca comercial Bb-03, a estirpe de Bifidobacterium breve vendida pela Morinaga sob a marca comercial M-16V, a estirpe de Bifidobacterium infantis vendida pela Procter & Gamble Co. sob a marca comercial Bifantis e a estirpe de Bifidobacterium breve vendida pelo Institut Roseli (Lallemand) sob a marca comercial R0070 numa quantidade entre 10e3 e 10el2 cfu/g de pó, de um modo mais preferido, entre 10e7 e 10el2 cfu/g de pó. A fórmula para lactentes pode conter opcionalmente outras substâncias que podem ter um efeito benéfico, tais como lactoferrina, nucleótidos ou nucleósidos. A fórmula para lactentes pode ser preparada de qualquer modo adequado. Por exemplo, elas podem ser preparadas misturando em conjunto a proteína, a fonte de hidratos de carbono e a fonte de gordura em proporções apropriadas. Se forem utilizados, os emulsionantes podem ser incluídos nesta altura. As vitaminas e os minerais podem ser adicionados nesta altura, mas são geralmente adicionados mais tarde para evitar a degradação térmica. Quaisquer vitaminas lipófilas, emulsionantes e semelhantes podem ser dissolvidos na fonte de gordura antes da mistura. A água, de um modo preferido, água que foi submetida a osmose inversa, pode ser depois misturada para formar uma mistura líquida. A temperatura da água é convenientemente de cerca de 50 2C até cerca de 80 2C, para ajudar à dispersão dos ingredientes. Podem ser utilizados fluidificantes comercialmente disponíveis para preparar a mistura líquida. A N-acetil-lactosamina e/ou um oligossacárido contendo N-acetil-lactosamina será adicionado nesta fase se o produto final estiver na forma líquida. Se o produto final for um pó, os oligossacáridos podem ser igualmente adicionados nesta fase, se desejado. A mistura líquida é depois homogeneizada; por exemplo em duas fases. A mistura líquida pode ser depois termicamente tratada para reduzir as cargas bacterianas, aquecendo rapidamente a mistura líquida, por exemplo, a uma temperatura na gama de cerca de 80 2C a cerca de 150 2C durante cerca de 5 segundos a cerca de 5 minutos. Isto pode ser realizado por injecção de vapor, autoclave ou por permutador de calor; por exemplo uma placa permutadora de calor.
Em seguida, a mistura líquida pode ser arrefecida até cerca de 60 2C a cerca de 85 2C; por exemplo, por arrefecimento instantâneo. A mistura líquida pode ser depois novamente homogeneizada; por exemplo, em duas fases a cerca de 10 MPa a cerca de 30 MPa na primeira fase e cerca de 2 MPa a cerca de 10 MPa na segunda fase. A mistura homogeneizada pode ser depois adicionalmente arrefecida para adicionar quaisquer componentes termicamente sensíveis; tais como vitaminas e minerais. O pH e o teor de sólidos da mistura homogeneizada são convenientemente ajustados nesta altura. A mistura homogeneizada é transferida para um aparelho de secagem adequado, tal como um secador por pulverização ou secador por congelação e convertida em pó. O pó deve ter um teor de humidade inferior a cerca de 5% em peso. 0 oligossacárido pode ser adicionado nesta fase por mistura a seco, juntamente com a(s) estirpe (s) bacteriana(s) probiótica(s), se utilizada(s)
Se é preferido um produto liquido, a mistura homogeneizada pode ser esterilizada, em seguida, introduzida assepticamente em recipientes adequados ou pode ser primeiro introduzida nos recipientes e em seguida tratada termicamente.
Noutra forma de realização, a composição pode ser um suplemento incluindo um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose numa quantidade suficiente para conseguir o efeito desejado. De um modo preferido, a dose diária do oligossacárido é entre 0,1 e 3 g. A quantidade de oligossacárido a ser incluída no suplemento será seleccionada em conformidade, dependendo de como o suplemento é para ser administrado. Por exemplo, se o suplemento é para ser administrado duas vezes por dia, cada suplemento pode conter entre 0,05 e 1,5 g. O suplemento deve estar numa forma adequada para administração a bebés neonatos e conterá apenas aqueles adjuvantes e excipientes adequados para esta faixa etária. A invenção será agora adicionalmente ilustrada por referência ao exemplo seguinte:-
Exemplo 1
Um exemplo da composição de uma fórmula para lactentes adequada para ser utilizada na presente invenção é dado a seguir
Lisboa, 29 de Janeiro de 2015

Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N- neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose no fabrico de um medicamento para bebés ou de uma composição nutritiva terapêutica para bebés para modular o sistema imunitário de um bebé neonato para promover o desenvolvimento nas primeiras poucas semanas da vida do bebé de uma microflora intestinal benéfica comparável àquela encontrada em bebés amamentados, em que o medicamento ou composição nutritiva terapêutica é administrado ao bebé imediatamente após o parto e subsequentemente durante, pelo menos, 2 meses.
  2. 2. Utilização de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N- neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose no fabrico de um medicamento ou composição nutritiva terapêutica para administração a um bebé neonato para reduzir o risco de desenvolvimento subsequente de alergia no bebé, em que o medicamento ou composição nutritiva terapêutica é administrado ao bebé imediatamente após o parto e subsequentemente durante, pelo menos, 2 meses.
  3. 3. Utilização da Reivindicação 1 ou 2, em que o oligossacárido é lacto-N-tetraose ou lacto-N-neotetraose
  4. 4. Utilização de qualquer reivindicação anterior, em que a composição nutritiva terapêutica é, uma fórmula para lactentes.
  5. 5. Utilização da Reivindicação 4 em que a fórmula para lactentes contém desde 0,1 a 3 g de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso-lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose por 100 g de fórmula.
  6. 6. Utilização da Reivindicação 4 ou 5, em que a fórmula para lactentes compreende ainda uma estirpe bacteriana probiótica numa quantidade de 10e3 e 10el2 cfu/g de fórmula numa base de peso seco.
  7. 7. Utilização de qualquer das Reivindicações 4 a 6, em que a fórmula para lactentes compreende ainda, pelo menos, um prebiótico numa quantidade desde 0,3 a 10% em peso da fórmula.
  8. 8. Utilização de qualquer das Reivindicações 1 a 3 em que o medicamento é um suplemento que compreende desde 0,1 a 3 g de um oligossacárido seleccionado do grupo consistindo de lacto-N-tetraose, lacto-N-neotetraose, lacto-N-hexaose, lacto-N-neo-hexaose, para-lacto-N-hexaose, para-lacto-N-neo-hexaose, lacto-N-octaose, lacto-N-neooctaose, iso- lacto-N-octaose, para-lacto-N-octaose e lacto-N-decaose por dose diária. Lisboa, 29 de Janeiro de 2015
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