PT2140858E - Composição cosmética compreendendo um composto capaz de criar ligações de hidrogénio e método de tratamento cosmético - Google Patents

Composição cosmética compreendendo um composto capaz de criar ligações de hidrogénio e método de tratamento cosmético Download PDF

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Sandrine Chodorowski-Kimmes
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Description

DESCRIÇÃO
COMPOSIÇÃO COSMÉTICA COMPREENDENDO UM COMPOSTO CAPAZ DE CRIAR LIGAÇÕES DE HIDROGÉNIO E MÉTODO DE TRATAMENTO COSMÉTICO A presente invenção refere-se a uma composição cosmética, nomeadamente de cuidado, de tratamento e/ou de maquilhagem das matérias queratínicas, compreendendo novos compostos susceptíveis de estabelecer ligações de hidrogénio com grupos de junção parceiros, em que os referidos compostos permitem obter um efeito de "longa duração" de um depósito formado sobre as referidas matérias queratinicas, podendo o referido efeito de "longa duração" estar associado à firmeza da cor, à firmeza do brilho, à firmeza em si, associado ou não a um efeito "não adesivo" e/ou de "não transferência".
Existem numerosas composições cosméticas para as quais se deseja, depois da aplicação sobre as matérias queratínicas, propriedades de brilho da película depositada. Pode citar-se, por exemplo, os batons ou os vernizes de unhas. Para obter esse resultado, é possível associar matérias-primas particulares, nomeadamente, lanolinas, com óleos ditos brilhantes tais como os polibutenos ou ésteres de ácido ou de álcool gordo, com um número de carbonos muito elevado; ou ainda, certos óleos vegetais; ou ainda, ésteres resultantes da esterificação, parcial ou total, de um composto alifático hidroxilado com um ácido aromático, como descrito no pedido de patente EP1097699.
Para melhorar o brilho e a firmeza ao longo do tempo da película depositada, foi igualmente proposto a utilização de óleos de tipo triglicéridos, o óleo de rícino neste caso, funcionalizados pelo di-isocianato de isoforona (IPDI), tal como foi descrito no documento US5707612. A funcionalização 1 pelo IPDI melhora sensivelmente a firmeza e o brilho do óleo de rícino; os óleos assim reticulados encontram uma aplicação nomeadamente no domínio dos batons.
Todavia, constatou-se que estes óleos reticulados, se contribuíam para a firmeza e o brilho dos depósitos, não permitiam obter sobre o substrato queratínico um depósito homogéneo e coeso que formasse uma película uniforme e que fosse também não adesiva e que não se transferisse. A presente invenção tem por objectivo propor composições cosméticas que permitam obter um depósito filmogéneo uniforme desse tipo sobre o substrato, em que a referida película alia o brilho, a firmeza do brilho e a estabilidade da composição, sendo simultaneamente não adesiva e particularmente confortável de aplicar. A presente invenção tem portanto por objecto uma composição cosmética que compreende, num meio cosmeticamente aceitável, um composto susceptível de ser obtido por reacção entre: - um óleo contendo pelo menos uma função reactiva nucleófila e/ou electrófila, e - um grupo de junção capaz de estabelecer ligações de hidrogénio com um ou vários grupos de junção parceiros, fazendo cada emparelhamento de um grupo de junção intervir pelo menos 3 ligações de hidrogénio, contendo o referido grupo de junção pelo menos uma função reactiva susceptível de reagir com a função reactiva trazida pelo óleo, compreendendo o referido grupo de junção pelo menos, também, um motivo de fórmula (I) ou (II) tal como definido a seguir. 2
Os óleos funcionalizados de acordo com a presente invenção apresentam-se sob forma de um sólido; isto permite, nomeadamente, constituir um material não adesivo, que não se transfere para os dedos depois de aplicado sobre um substrato queratinico; isto não acontece com os óleos funcionalizados da técnica anterior, nomeadamente tal como descritos no documento US5707612, que se apresentam sob forma de um liquido, mais ou menos viscoso, e que constituem um material adesivo que se transfere para os dedos após aplicação sobre um substrato.
Além disso, constata-se que a reticulação através de quatro ligações de hidrogénio, por intermédio dos grupos ureidopirimidona, podia permitir aumentar a força desta reticulação e portanto melhorar a manutenção do efeito cosmético que se deseja, muito particularmente a firmeza do depósito ou do brilho.
Além disso, os compostos, ou óleos funcionalizados, de acordo com a invenção, são facilmente veiculáveis nos meios cosméticos usuais, nomeadamente nos meios oleosos cosméticos usuais.
Eles são, com vantagem, compatíveis com os óleos normalmente presentes nas composições cosméticas e possuem igualmente boas propriedades de dispersão dos pigmentos ou das cargas. São facilmente veiculáveis nos meios solventes ou oleosos cosméticos, nomeadamente os óleos, os álcoois gordos e/ou os ésteres gordos, o que facilita a sua utilização no domínio cosmético, nomeadamente nos batons. Apresentam uma solubilidade razoável nos variados meios oleosos cosméticos, tais como os óleos vegetais, os alcanos, os ésteres quer 3 sejam pequenos de tipo acetato de butilo ou de etilo, ou gordos, os álcoois gordos e muito particularmente nos meios que compreendem isododecano, Parléam, isononanoato de isononilo, octildodecanol e/ou um benzoato de alquilo em C12-C15 .
As composições cosméticas de acordo com a invenção apresentam também uma boa aplicabilidade e uma boa cobertura; uma boa aderência sobre o suporte, quer sejam as unhas, as pestanas, a pele ou os lábios; uma flexibilidade e uma resistência da película adequadas, bem como um excelente nível de brilho durável. As propriedades de conforto e de deslizamento são igualmente muito satisfatórias.
Os compostos de acordo com a invenção são susceptíveis de serem obtidos por reacção entre: - por um lado, um óleo contendo pelo menos uma função reactiva nucleófila e/ou electrófila, e - por outro, pelo menos um grupo de junção capaz de estabelecer ligações de hidrogénio com um ou vários grupos de junção parceiros, fazendo cada emparelhamento de um grupo de junção intervir pelo menos 3 ligações de hidrogénio, contendo o referido grupo de junção pelo menos uma função reactiva susceptível de reagir com a função reactiva trazida pelo óleo, compreendendo o referido grupo de junção pelo menos um motivo de fórmula (I) ou (II) tal como definida a seguir.
De preferência, os compostos de acordo com a invenção são susceptíveis de serem obtidos por reacção entre: 4 - por um lado, um óleo contendo pelo menos uma função reactiva nucleófila escolhida entre OH e NH2, e - por outro, pelo menos um grupo de junção capaz de estabelecer ligações de hidrogénio com um ou vários grupos de junção parceiros, fazendo cada emparelhamento de um grupo de junção intervir pelo menos 3 ligações de hidrogénio, contendo o referido grupo de junção pelo menos uma função reactiva isocianato ou imidazol, compreendendo o referido grupo de junção pelo menos um motivo de fórmula (I) ou (II) tal como definida a seguir.
No final, os compostos de acordo com a invenção comportam portanto pelo menos uma parte (HB) proveniente do óleo e pelo menos uma parte (G) proveniente do grupo de junção, compreendendo a referida parte (G) pelo menos um motivo de fórmula (I) ou (II). Nomeadamente, as referidas partes (HB) e (G) estão ligadas por uma ligação covalente, particularmente, podem estar ligadas por uma ligação covalente formada aquando da reacção entre as funções reactivas OH e/ou NH2 trazidas pelo óleo e as funções isocianato trazidas pelo grupo de junção ou então entre as funções reactivas OH e/ou NH2 trazidas pelo óleo e as funções isocianato ou imidazol trazidas pelo grupo de junção.
Pode-se portanto, nomeadamente, esquematizar a obtenção preferencial dos compostos de acordo com a invenção pela reacção química entre as entidades seguintes: (HB) - (OH)m(NH2) n + (G)-(NCO)p ou então (HB) - (OH) m(NH2) n + (G) - (imidazol)p em que m, n e p são inteiros diferentes de zero. 5 0 óleo susceptível de ser utilizado para preparar o composto de acordo com a invenção, que pode ser esquematizado de preferência como (HB)-(OH)m(NH2) n, é uma matéria gorda, ou uma mistura de matérias gordas, não cristalinas a 25°C, liquida à temperatura ambiente e sob pressão atmosférica (25°C, 1 atm); de preferência apoiar, inclusivamente, de preferência não solúvel em água.
Por liquido, entende-se que a viscosidade do composto é inferior ou igual a 2,5 Pa.s (2500 centipoises), a 110°C, 1 atm, medida com um reómetro Brookfield DV-I ou Brookfield Cap 1000+, podendo o perito escolher o aparelho adequado para medir a viscosidade.
Por apoiar, entende-se um composto cujo valor de HLB (hydrophile lipophile balance - equilíbrio hidrófilo-lipófilo) é baixo; nomeadamente inferior ou igual a 8, de preferência inferior ou igual a 4 e ainda melhor inferior ou igual a 2; preferencialmente o valor de HLB deve ser suficientemente baixo para permitir obter um material supramolecular que não seja, ou não seja demasiado, higroscópico.
Por não solúvel, entende-se que a fracção de óleo que se pode dissolver em água, a 25°C, 1 atm, é inferior a 5% em peso (ou seja, 5 g de óleo em 100 ml de água); de preferência inferior a 3%.
Por matéria gorda, entende-se nomeadamente, mas não exclusivamente, um composto hidrocarbonado que comporta uma ou mais cadeias alquilo, lineares, cíclicas, ramificadas, saturadas ou não, tendo pelo menos 6 átomos de carbono e podendo comportar grupos polares como um grupo ácido, um hidroxilo ou poliol, amina, amida, ácido fosfórico, fosfato, éster, éter, ureia, carbamato, tiol, tioéter, tioéster, podendo esta cadeia comportar até 100 átomos de carbono. 6
De preferência, o óleo susceptível de ser utilizado para a preparação do composto de acordo com a invenção é um óleo brilhante, isto é que tem um índice de refracção superior ou igual a 1,46 a 25°C, em particular compreendido entre 1,46 e 1,55 (sendo o índice de refracção definido em relação ao risca D do sódio, a 25°C).
De preferência, o óleo susceptível de ser utilizado para a preparação do composto de acordo com a invenção é um óleo não volátil. Por "óleo não volátil", entende-se um óleo susceptível de permanecer sobre as matérias queratínicas à temperatura ambiente e pressão atmosférica pelo menos várias horas e tendo nomeadamente uma pressão de vapor inferior a 10-3 mm de Hg (0,13 Pa).
De preferência, o óleo tem uma massa molar (Mm) compreendida entre 150 e 6000, nomeadamente entre 170 e 4000, inclusivamente entre 180 e 2000, preferencialmente entre 200 e 1500, e ainda melhor entre 220 e 800 g/mol. 0 óleo susceptível de ser utilizado no quadro da presente invenção contém pelo menos uma função reactiva susceptível de reagir com a função reactiva contida sobre o grupo de junção, nomeadamente susceptível de reagir quimicamente com grupos isocianatos ou imidazol trazidos pelo grupo de junção; de preferência, esta função é uma função OH ou NH2. De preferência, o óleo comporta apenas funções OH, em particular 1 a 3 funções OH, preferencialmente funções OH primárias ou secundárias e ainda melhor unicamente primárias. O óleo de acordo com a invenção é de preferência um óleo carbonado, nomeadamente hidrocarbonado que, para além da função reactiva susceptível de reagir com o grupo de junção, pode comportar átomos de oxigénio, de azoto, de enxofre e/ou de fósforo. 0 óleo é muito preferencialmente escolhido entre os óleos cosmeticamente aceitáveis 7 0 óleo susceptível de ser utilizado no quadro da presente invenção pode ser escolhido entre: (i) os álcoois gordos que compreendem 6 a 50 átomos de carbono, lineares, ramificados ou cíclicos, saturados ou insaturados que compreendem 1 ou vários OH; eventualmente, que compreendem um ou vários NH2.
Podem citar-se, em particular: - os monoálcoois lineares ou ramificados em C6-C50, nomeadamente em C6-C32, em particular em C8-C28, saturados ou insaturados, e nomeadamente o álcool iso-estearílico, o álcool cetilico, o álcool oleico, o álcool oleílico, o álcool isopalmitoílico, o butil-2-octanol, o hexil-2-decanol, o octil-2-decanol, o octil-2-dodecanol, o octil-2-tetradecanol, o decil-2-tetradecanol, o dodecil-2-hexadecanol e designadamente os álcoois vendidos sob a denominação Jarcol pela sociedade
Jarchem Industries, tais como o Jarcol 1-12, o
Jarcol 1-16, o Jarcol 1-20 e o Jarcol 1-24; - os dióis lineares ou ramificados em C6-C50, nomeadamente em C6-C40, em particular em C8-C38, saturados ou insaturados, e nomeadamente ramificados, C32-36 e, em particular, o produto comercial Pripol 2033 de Uniqema; - os trióis lineares ou ramificados em C6-C50, nomeadamente em C6-C32, em particular em C8-C28, saturados ou insaturados, e nomeadamente fitantriol; 8 (ii) os ésteres e os éteres contendo pelo menos um grupo OH livre e designadamente os ésteres e éteres parciais de poliol e os ésteres de ácido carboxilico hidroxilado.
Por éster parcial de poliol, entende-se os ésteres preparados por esterificação de um poliol com um ácido carboxilico, substituído ou não, não sendo a reacção total, isto é, não se efectua sobre a totalidade dos OH livres do poliol; no final, o éster comporta portanto ainda pelo menos um OH livre.
De preferência, o ácido carboxilico é um monoácido. Pode-se igualmente utilizar uma mistura de ácidos carboxílicos, nomeadamente monocarboxílicos.
Por éter parcial de poliol, entende-se os éteres preparados por esterificação de um poliol, sobre si próprio ou com pelo menos um outro álcool, mono ou poli-hidroxilado, de preferência monoálcool, não sendo a reacção total, isto é, não se efectua sobre a totalidade dos OH livres do poliol; no final, o éter comporta portanto ainda pelo menos um OH livre. Por éster de ácido carboxilico hidroxilado, entende-se os ésteres (mono e poli) preparados por reacção entre um ácido carboxilico contendo pelo menos uma função OH e um ou vários álcoois (mono ou poli), de preferência monoálcool, podendo a reacção ser total ou parcial (efectuada sobre todos ou parte dos OH livres do álcool).
Entre os polióis susceptíveis de serem utilizados para preparar os ésteres ou éteres acima, podem citar-se o propilenoglicol, o glicerol, o neopentilglicerol, o trimetilolpropano, o trimetiloletano, os poligliceróis e, designadamente, poliglicerol-2, poliglicerol-3 e poliglicerol-10; o eritritol, o dipentaeritritol, o pentaeritritol, o di-trimetilolpropano, o fintantriol, a sacarose, a glucose, a metilglucose, o sorbitol, a frutose, a xilose, o manitol, a glucosamina; bem como os dímeros dióis 9 obtidos, nomeadamente, a partir de ácidos gordos dímeros, nomeadamente os dióis ramificados em C32-C38, nomeadamente C36, alifáticos e/ou aliciclicos, tais como definidos no artigo de Hofer et al. European Coating Journal (Março de 2000), páginas 26-37; e suas misturas.
Entre os monoálcoois susceptiveis de serem utilizados para preparar os ésteres ou éteres acima, podem citar-se os álcoois em C3-C50, lineares ou ramificados, de preferência ramificados, e designadamente o 2-etil-lhexanol, o octanol, o álcool isoestearilico e suas misturas.
Entre os ácidos carboxilicos susceptiveis de serem utilizados para preparar os ésteres ou éteres acima, podem citar-se os monoácidos tendo 6 a 50 átomos de carbono e os diácidos tendo 3 a 12 átomos de carbono, lineares ou ramificados, saturados ou insaturados, entre os quais se podem citar o ácido octildodecílico, o ácido hexildecílico, o ácido etil-hexilico, o ácido isoesteárico, o ácido nonanóico, o ácido isononanóico, o ácido araquídico, o ácido esteárico, o ácido palmitico, o ácido oleico, o ácido oxálico, o ácido adípico, o ácido succinico, o ácido fumárico, o ácido maleico, o ácido cáprico, o ácido hexanodióico, o ácido decilico, o ácido decanóico e suas misturas.
Entre os ácidos carboxilicos susceptiveis de serem utilizados para preparar os ésteres ou éteres acima, podem citar-se os ácidos mono-hidroxilados ou poli-hidroxilados, de preferência mono-hidroxilados, tendo 4 a 28 átomos de carbono por exemplo, e nomeadamente o ácido 12-hidroxiesteárico, o ácido ricinoleico, o ácido málico, o ácido láctico, o ácido cítrico e suas misturas.
Assim, o óleo susceptível de ser utilizado na presente invenção pode ser escolhido entre, sozinhos ou em mistura: 10 os ésteres parciais de pentaeritritol e, designadamente, o adipato de pentaeritritilo, o caprato de pentaeritritilo, o succinato de pentaeritritilo, o tetra-isononanoato de pentaeritritilo, o tri-isononanoato de pentaeritritilo, o tetra-isoestearate de pentaeritritilo, o tri-isoestearate de pentaeritritilo, o tetradecil-2-tetradecanoato de pentaeritritilo, o tetraetil-hexanoato de pentaeritritilo, o tetraoctil-dodecanoate de pentaeritritilo . os diésteres, triésteres, tetraésteres ou pentaésteres de dipentaeritritol e, designadamente, o penta-isononanoato de dipentaeritritilo, o penta-isoestearato de dipentaeritritilo, o tetra-isoestearato de dipentaeritritilo, o tri(poli-hidroxiestearato) de dipentaeritritilo; os mono e diésteres de trimetilolpropano como o mono-isoestearato de trimetilolpropano, o di-isoestearato de trimetilolpropano, o monoetil-2-hexylato de trimetilolpropano, o dietil-2-hexilato de trimetilolpropano; os mono, di e triésteres de di-trimetilolpropano como o di-isoestearato de di-trimetilolpropano, o tri-isoestearate de di-trimetilolpropano, o trietil-hexanoato de di-trimetilolpropano; os monoésters ou poliésters parciais de glicerol ou de poligliceróis e, designadamente: - o di-isoestearato de glicerol, o di-isononanoato de glicerol, - os mono, di e triésteres de poliglicerol-2; por exemplo com o ácido isoesteárico, o ácido etil- 11 2- hexílico e/ou o ácido isononanóico; e, nomeadamente, o poligliceril-2-isoestearate; o poligliceril-2-di-isostearate; o poligliceril-2-tri-isoestearato; o poligliceril-2-nona- isoestea-rato; o poligliceril-2-nonanoato; os mono, di, tri e tetraésters de poliglicerol-3; por exemplo com o ácido isoesteárico, o ácido etil-2-hexílico e/ou o ácido isononanóico; e, nomeadamente, o poligliceril-3-isoestearato, o poligliceroi-3-di-isoestearato; o poligliceril- 3- tri-isostearato; o poligliceril-3-nona- isoesteara-to; o poligliceril-3-nonanoato; os ésteres parciais de poliglicerol-10 e, em particular, o poligliceril-1O-nona-isoestearate; o poligliceril-10-nonanoato; o poligliceril-10-iseostearato, o poligliceril-10-di-isoestearato, o tri-isoestearato de poligliceril-10; os monoésteres de propilenoglicol, como o mono-isoestearato de propilenoglicol, o neopentanoato de propilenoglicol, o mono-octanoato de propileno-glicol; os monoésteres de dímeros dióis, como o isoestearil-dímero-di-linoleato e o octildodecil-dimero-di-linoleato; os éteres de glicerol, tais como o poligliceril-2-oleiléter, o poligliceril-3-cetiléter, o poligliceril-3-deciltetradeciléter e o poligli-ceri1-2-esteariléter; os ésteres entre ácido mono-, di- ou tri- carboxilico hidroxilado e monoálcoois e, em particular: como os ésteres, nomeadamente monoésteres, de ácido 12-hidroxiesteárico; tais como o hidroxi- 12 estearato de octilo e o hidroxi-estearato de octil-2-dodecilo; podem igualmente citar-se os poli-hidroxi-estearatos oligómeros correspondentes, nomeadamente que têm um grau de polimerização de 1 a 10, possuindo pelo menos um OH residual; - os ésteres de ácido láctico e, nomeadamente, os lactatos de alquilo em C4-40, tais como o lactato de 2-etil-hexilo, o lactato de di- isoestearilo, o lactato de isoestearilo, o lactato de isononilo, o lactato de octil-2- dodecilo; - os ésteres de ácido málico e, nomeadamente, os malatos de alquilo em C4-40, tais como o malato de dietil-2-hexilo, o malato de di-isoestearilo, o malato de dioctil-2-dodecilo; - os ésteres de ácido citrico e, nomeadamente, os citratos de alquilo em C4-40, tais como o citrato de tri-isoestearilo, o citrato de tri-isocetilo e o citrato de tri-isoaraquidilo. (iib) os óleos naturais, naturais modificados, vegetais, hidroxilados e nomeadamente: - os ésteres triglicéricos contendo um ou vários OH, - o óleo de ricino, hidrogenado ou não, bem como os seus derivados, nomeadamente, oriundos da transesterificação do óleo de ricino, como os produtos Polycin M-365 ou Polycin 2525 vendidos por Vertellus; - os óleos epoxidados modificados, consistindo a modificação em abrir a função epóxido para obter um diol e, designadamente, o óleo de soja modificado hidroxilado; 13 os óleos de soja hidroxilados (directamente hidroxilados ou primeiro epoxidados); e designadamente os óleos Agrol 2.0, Agrol 3.0 ou Agrol 7.0 comercializados por par Bio-Based Technologies, LLC; o óleo Soyol R2-052 da sociedade Urethane Soy System; os óleos Renuva comercializados Dow Chemical; os óleos BioH Polyol 210 e 500 comercializados por Cargill.
Em particular, quando se utilizam óleos brilhantes, podem utilizar-se os óleos brilhantes seguintes para os quais o índice de refracção a 25°C se indica entre parêntesis: o poligliceril-3-di-isoestearate (1,472), o fintotriol (1,467), o óleo de rícino (1,475), o octil-2-dodecanol (1,46), o álcool oleico (1,461), o hidroxi-estearato de octilo (1,46), o poligliceril-2-isoestearato (1,468), o poligliceril-2-di-isoestearate (1,464), o malato de di-isoestearilo (1,462), o butil-2-octanol, o hexil-2-decanol (1,45), o decil-2-tetradecanol (1,457), bem como as suas misturas.
De preferência, os óleos susceptíveis de serem utilizados na presente invenção são escolhidos entre o octil-2-dodecanol, o malato de di-isoestearilo, o butil-2-octanol, o hexil-2-decanol, o decil-2-tetradecanol; o óleo de rícino, hidrogenado ou não, bem como os seus derivados; o óleo de soja modificado hidroxilado e as suas misturas. O grupo de junção susceptível de ser utilizado para formar o composto de acordo com a invenção contém pelo menos um grupo reactivo, nomeadamente isocianato ou imidazol, susceptível de reagir com as funções reactivas, designadamente OH e/ou NH2 (NH2 unicamente com o imidazol), do óleo, a fim de formar uma ligação covalente, designadamente de tipo uretano, entre o referido óleo e o referido grupo de junção. 14 0 referido grupo de junção é capaz de estabelecer ligações de H com um ou vários grupos de junção parceiros, de natureza química idêntica ou diferente, em que cada emparelhamento de um grupo de junção faz intervir pelo menos 3 ligações de H (hidrogénio), de preferência pelo menos 4 ligações de H, preferencialmente 4 ligações de H. Por "grupo de junção" entende-se, no sentido da invenção, qualquer grupo funcional que comporta grupos doadores ou receptores de ligações de H e capaz de estabelecer pelo menos três ligações de H, de preferência pelo menos 4 ligações de H, preferencialmente 4 ligações de H, com um grupo de junção parceiro, idêntico ou não. Por "grupo de junção parceiro" entende-se, no sentido da invenção, qualquer grupo de junção que pode estabelecer ligações de H com um ou vários grupos de junção de um mesmo ou de outro polímero de acordo com a invenção. Os grupos de junção podem ser de natureza química idêntica ou diferente. Se eles são idênticos, podem portanto estabelecer ligações de H entre si e são então designados grupos de junção auto-complementares. Se são diferentes, são escolhido de forma tal que sejam complementares em relação às interacções de H. 0 referido grupo de junção, portador de grupos isocianato, pode portanto ser esquematizado (G)-(NCO)p, sendo p um inteiro não nulo, de preferência igual a 1 ou 2. 0 grupo de junção compreende ainda pelo menos um motivo monovalente de fórmula (I) e/ou pelo menos um motivo divalente de fórmula (II), tais como definidas abaixo: 15
nas quais: - RI e R3, idênticos ou diferentes, representam um radical carbonado divalente escolhido entre (i) um grupo alquilo linear ou ramificado em C1-C32, (ii) um grupo cicloalquilo em C4-C16 e (iii) um grupo arilo em C4-C16, compreendendo eventualmente 1 a 8 heteroátomos escolhidos entre 0, N, S, F, Si e P e/ou eventualmente substituído com uma função éster, amida ou por um radical alquilo em C1-C12, ou uma mistura destes grupos; - R2 representa um átomo de hidrogénio ou um radical carbonado, nomeadamente hidrocarbonado (alquilo), linear, ramificado ou cíclico, saturado ou insaturado, eventualmente aromático, em Ci-C32, que pode compreender um ou vários heteroátomos escolhidos entre 0, N, S, F, Si e P.
Nomeadamente, o radical RI pode conter designadamente: - um grupo alquileno divalente, linear ou ramificado, em C2-C12, nomeadamente um grupo 1,2-etileno, 1,6-hexileno, 1,4-butileno, 1,6-(2,4,4-trimetil-hexi-leno), 1, 4-(4-metilpentileno), 1,5-(5-metil-hexi- 16 leno), 1,6-(6-metil-heptileno), 1,5-(2,2,5-trimetil- hexileno), 1,7-(3,7-dimetiloctileno) - um grupo cicloalquileno ou arileno, divalente, em C4-C12, nomeadamente escolhido entre os radicais seguintes: -isoforona-, tolileno, 2-metil-l,3- fenileno, 4-metil-l,3-fenileno, 4,4'-metileno-bis-ciclo-hexileno, 4, 4-bisfenileno-metileno ou de estrutura:
*
Por -isoforona-, entende-se o radical divalente de estrutura:
Preferencialmente, RI representa -isoforona-, -(CH2)6- ou 4,4'-metileno-bis-ciclo-hexileno.
Nomeadamente, o radical R2 pode ser, designadamente, H ou então: - um grupo alquilo em C1-C32, em particular em Ci-Ci6, inclusivamente em C1-C10; - um grupo cicloalquilo em C4-C12; - um grupo arilo em C4-Ci2; - um grupo aril (C4-Ci2) alquilo em Ci-Cis; 17 - um grupo alcoxi em C1-C4; - um grupo arilalcoxi, em particular um grupo aril(Ci-C4) alcoxi; - um heterociclo em C4-C12 ou uma combinação destes radicais, que podem eventualmente estar substituídos com uma função amino, éster e/ou hidroxi.
De preferência, R2 representa H, CH3, etilo, C13H27, C7H15, fenilo, isopropilo, isobutilo, n-butilo, terc-butilo, n-propilo ou ainda -0Η(02Η5) (C4H9) .
De preferência, R3 representa um radical divalente -R'3-0-C(0)-NH-R'4- no qual R'3 et R'4, idênticos ou diferentes, representam um radical carbonado divalente escolhido entre um grupo alquilo linear ou ramificado em C1-C32 ou um grupo cicloalquilo em C4-C16 ou um grupo arilo em C4-C16 ou sua mistura.
Em particular, R'3 e R'4 podem representar metileno, 1,2-etileno, 1,6-hexileno, 1,4-butileno, 1,6-(2,4,4-trimetil-hexileno), 1,4-(4-metilpentileno), 1,5-(5-metil-hexileno); 1.6- (6-metil-heptileno); 1,5-(2,2,5-trimetil-hexileno), 1,7- (3,7-dimetiloctileno); 4,4'-metileno-bis-ciclo-hexileno; 2- metil-1,3-fenileno; 4-metil-l,3-fenileno; 4,4'-bis- fenilenometileno; 1,2-tolileno, 1,4-tolileno, 2,4-tolileno, 2.6- tolileno; 1,5-naftaleno; tetrametilxileno; isoforona. Muito particularmente, R'3 pode representar um alquileno em C1-C4, nomeadamente 1,2-etileno.
De preferência, R'4 pode representar o radical divalente derivado da isoforona.
Muito particularmente, R3 pode ser de estrutura: 18
ο
De modo particularmente preferido, na fórmula (I) pode ter-se : - RI = -isoforona-, R2 = metilo, o que conduz ao motivo de fórmula:
- RI = -(CH2)6-, R2 = metilo, o que conduz ao motivo de fórmula :
Η H
ΝγΝ' NH O - RI = —(CH2) 6 —, R2 = isopropilo, o que conduz ao motivo de fórmula: 19
Η I Η ks^NH Ο 'CH,
H3C R1 = 4,4' -metileno-bis-ciclo-hexileno e R2 = metilo, que conduz ao motivo de fórmula:
De modo particularmente preferido, na fórmula (II), RI representa o radical -isoforona-, R2 = metilo e R3 = - (CH2) 20C0-NH-isoforona-, o que conduz ao motivo divalente de fórmula:
Os grupos de junção portadores de uma única função isocianato podem ser de fórmula: 20 ο
Η II Ο na qual RI e R2 são tais como definidos acima e, em particular: - Ri representa -isoforona-, -(CH2)6-, -CH2CH(CH3)-CH2- C(CH3) 2-CH2-CH2, 4,4'-metileno-bis-ciclohexileno, 2- metil-1,3-fenileno; e/ou - R2 representa H, CH3, etilo, Ci3H27, C7H15, fenilo, isopropilo, isobutilo, n-butilo, terc-butilo, n-propilo ou ainda -CH (C2H5) (C4H9) .
De maneira preferida, os grupos de junção podem ser escolhidos entre os grupos seguintes:
21
Os grupos de junção portadores de duas funções isocianato podem ser de fórmula:
na qual Rl, R2 e R3 sao tais como definidos acima, e em particular: - Rl representa -isoforona-, - (CH2) 2-, -(CH2)6-f CH2CH (CH3) -CH2-C (CH3) 2-CH2-CH2, 4, 4 ' -metileno-bis- ciclohexileno, 2-metil-l,3-fenileno; e/ou - R2 representa H, CH3, etilo, C13H27, C7H15, fenilo, isopropilo, isobutilo, n-butilo, terc-butilo, n-propilo ou ainda -CH(C2H5) (C4H9) ; e/ou - R3 representa um radical divalente -R'3-0-C(0)-NH-R'4-no qual R'3 et R'4, idênticos ou diferentes, representam um radical carbonado divalente escolhido entre um grupo alquilo linear ou ramificado em Ci-C30 ou um grupo cicloalquilo em C4-C12 ou um grupo arilo em C4-C12 ou suas misturas e, nomeadamente R'3 representa um alquileno em C1-C4, designadamente 1,2-etileno e R'4 representa o radical divalente derivado da isoforona. 22
Um grupo de junção muito particularmente preferido é o de fórmula:
Entre os grupos de junção contendo um grupo imidazol, pode citar-se o composto seguinte:
De acordo com um modo particular de realização da invenção, os grupos de junção podem ser fixados sobre o óleo através da funcionalização do grupo de junção com um isocianato ou imidazol.
De acordo com um outro modo de realização, é possível fazer a reacção inversa pré-funcionalizando o óleo com um di-isocianato.
Como acima referido (Io modo), o composto de acordo com a invenção pode portanto resultar da reacção entre um óleo (HB) - (OH) m (NH2) n e um grupo de junção (G)-(NCO)p ou (G)-(imidazol)p. 23
De preferência, o óleo só compreende funções hidoxilo e o grupo de junção compreende 1 ou 2 funções isocianato, o que conduz às reacções seguintes: (HB)-(OH)m + OCN-(G)-NCO - (HB)-0C(O)NH-(G)-NHC(0)-(HB) (HB)-(OH)m + (G)-NCO - (HB)-0C(0)NH-(G) com m = inteiro superior ou igual a 1.
De preferência, a taxa de enxertia dos OH livres do óleo está compreendida entre 1 e 100%, nomeadamente entre 20 e 99%, e melhor entre 50 e 95%; de preferência, esta taxa é de 100% (a totalidade dos OH livres é funcionalizada por um grupo de junção), nomeadamente quando o óleo inicialmente só comporta uma função OH. O composto de acordo com a invenção pode ser preparado pelos processos habitualmente utilizados pelo perito para formar uma ligação uretano entre as funções OH livres do óleo e as funções isocianato trazidas pelo grupo de junção. A título de ilustração, um processo geral de preparação consiste em: - se assegurar que o óleo que se pretende f uncionalizar não comporta água residual , - aquecer o óleo que comporta pelo menos um função reactiva, designadamente OH, a uma temperatura que pode estar compreendida entre 60°C e 140°C; - adicionar o grupo de junção contendo as funções reactivas, nomeadamente isocianato; - eventualmente, agitar a mistura, sob atmosfera controlada, a uma temperatura da ordem de 100-130°C; durante 1 a 24 horas; 24 - seguir, por espectrometria de infravermelho, o desaparecimento da banda caracteristica dos isocianatos (compreendida entre 2500 e 2800 cm-1) de maneira a parar a reacção quando o pico desaparecer totalmente, depois em deixar voltar o produto final à temperatura ambiente. A reacção pode ser efectuada na presença de um solvente, designadamente o metiltetra-hidrofurano, o tetra-hidrofurano, o tolueno ou o acetato de butilo; a reacção também pode ser efectuada sem solvente, podendo então o óleo servir de solvente. É igualmente possível adicionar um catalisador convencional da formação de ligação uretino. A título de exemplo, pode citar-se o dilaurato de dibutilo de estanho.
No final, o composto pode ser lavado e seco, ou mesmo purificado, de acordo com os conhecimentos gerais do perito.
De acordo com o 2° modo de realização, a reacção pode comportar as seguintes etapas: (iib) funcionalização do óleo com um di-isocianato segundo o esquema reaccional:
(HB)-OH (1 eq.)+ NCO-X-NCO (1 eq.) -(HB)-OC(O)-NH-X-NCO depois (iib) quer reacção com a 6-metil-isocitosina:
Me (HB)-0-C(0)-N-X-NC0
(HB)-Q-C(0)N-X.
O N' ^ N N N
O 25 ou (iib) quer reacção com a 5-hidroxietil-6-metil- isocitosina:
Me (HB)-0-C(0)-N-X-NC0 +
OH
•N(O)C-0*(HB) É fornecida uma ilustração desse tipo de reacção em FOLMER et ai., Adv. Mater, 12, 874-78 (2000).
Os compostos de acordo com a invenção podem, nomeadamente, corresponder às estruturas seguintes: - o octildodecanol funcionalizado com ureidopirimidona de estrutura:
Ou ainda de estrutura:
o malato de di-isoestearilo funcionalizado com ureidopirimidona de estrutura: 26 isoestearilo isoestearilo
Y'
(V O ο V o n^oJY O_isoestearilo ou ainda de estrutura:
- o óleo de rícino funcionalizado com ureidopirimidona de estrutura:
27
Ou ainda de estrutura:
OH
o hexil-2-decanol funcionalizado com ureidopirimidona de estrutura:
Ou ainda de estrutura:
o decil-2-tetradecanol funcionalizado com ureidopirimidona de estrutura: 28
Constatou-se que a utilização dos compostos de acordo com a invenção pode conduzir, após aplicação da composição sobre as matérias ceratinicas, à formação de um polimero supramolecular sob forma de rede fisicamente reticulada, nomeadamente, através das ligações de hidrogénio, apresentando-se geralmente sob forma de película e tendo uma boa resistência mecânica.
Por "polímero supramolecular" entende-se, no sentido da presente invenção, uma cadeia ou uma rede polimérica formada pelo conjunto de compostos não polímeros de acordo com a invenção com pelo menos um ouro composto não polímero de acordo com a invenção, idêntico ou diferente, em que cada conjunto compreende pelo menos um par de grupos de junção emparelhados, idênticos ou diferentes.
Por "par de grupos de junção emparelhados" entende-se, no sentido da presente invenção, dois grupos de junção em que cada um pode ser ou não trazido por um mesmo composto de acordo com a invenção, estando os dois grupos conjuntamente ligados através 4 ligações de H. Assim, o polímero supramolecular apresentará pontos de reticulação física 29 assegurados pelas ligações de H entre estes pares de grupos de junção. A reticulação física irá garantir a manutenção e a persistência do efeito cosmético de maneira análoga à reticulação química, permitindo ao mesmo tendo a reversibilidade, isto é a possibilidade de eliminar totalmente o depósito.
De preferência, o composto de acordo com a invenção apresenta uma viscosidade, medida a 125°C, compreendida entre 30 e 6000 mPa.s, nomeadamente entre 150 e 4000 mPa.s, ou mesmo entre 500 e 3500 mPa.s e, melhor ainda, entre 750 e 3000 mPa.s. A massa molecular média, em número (Mn) do composto de acordo com a invenção está de preferência compreendida entre 180 e 8000, de preferência 200 e 6000, inclusivamente de 300 a 4000 e, melhor ainda, de 400 a 3000, preferencialmente de 500 a 1500 . 0 composto de acordo com a invenção é, com vantagem, solúvel em meios oleosos cosméticos habitualmente utilizados e, nomeadamente, nos óleos vegetais, nos alcanos em C6-C32, nos ésteres gordos em C8-C32, nos ésteres pequenos em C2-C7, nos álcoois gordos em C8-C32 e, mais particularmente, nos meios que compreendem pelo menos isodecano, Parléam, isononanoato de isononilo, octildodecanol, benzoato de alquilo em C12-C15, acetato de butilo, acetato de etilo, sozinhos ou em mistura. Por solúvel, entende-se que o composto forma uma solução limpida em pelo menos um solvente escolhido entre o isododecano, o Parléam, o isononanoato de isononilo, o oct ildodecanol, o benzoato de alquilo em C12-C15, o acetato de butilo, o acetato de etilo, na razão de pelo menos 50% em peso, a 25°C. 30
Os compostos de acordo com a invenção podem ser utilizados com vantagem numa composição cosmética que compreende ainda um meio cosmética ou dermatologicamente aceitável, isto é, compatível com as matérias ceratínicas tais como a pele do rosto ou do corpo, as pestanas, as sobrancelhas, os lábios e as unhas. A quantidade de composto presente nas composições depende, claro, do tipo de composição e das propriedades desejadas e pode variar no âmbito de uma gama muito grande, compreendida geralmente entre 5 e 80% em peso, de preferência entre 10 e 75% em peso, nomeadamente entre 20 e 70% em peso, inclusivamente entre 25 e 65% em peso e, melhor ainda, entre 30 e 60% em peso, em relação ao peso da composição cosmética final.
Assim, a composição pode então compreender, consoante a aplicação pretendida, os constituintes habituais neste tipo de composição. A composição de acordo com a invenção pode, com vantagem, compreender uma fase gorda líquida, que pode constituir um meio solvente dos polímeros de acordo com a invenção e que pode compreender pelo menos um composto escolhido entre os óleos e/ou solventes de origem mineral, animal, vegetal ou sintética, carbonados, hidrocarbonados, fluorados ou siliconados, voláteis ou não voláteis, sozinhos ou em mistura desde que formem uma mistura homogénea e estável e forem compatíveis com a utilização pretendida.
Por "volátil" entende-se, no sentido da presente invenção, qualquer composto susceptível de se evaporar em contacto com as matérias ceratinicas ou os lábios em menos de uma hora, à temperatura ambiente (25°C) e pressão atmosférica (1 atm) . Nomeadamente, este composto é volátil a uma pressão de vapor diferente de zero, à temperatura ambiente e pressão 31 3 atmosférica, indo designadamente de 0,13 Pa a 40 000 Pa (10 a 300 mm de Hg), em particular indo de 1,3 Pa a 13 000 Pa (0,01 a 100 mm de Hg) e, mais particularmente, indo de 1,3 Pa a 1300 Pa (0,01 a 10 mm de Hg). Por oposição, entende-se por "não volátil", um composto que permanece sobre as matérias ceratinicas ou os lábios à temperatura ambiente e pressão atmosférica pelo menos uma hora e que tem, nomeadamente, uma pressão de vapor inferior a 10~3 mm de Hg (0,13 Pa).
De preferência, o meio fisiologicamente aceitável da composição de acordo com a invenção compreende, numa fase gorda liquida, pelo menos um óleo e/ou um solvente que pode ser escolhido entre, sozinho ou em mistura: 1/ os ésteres dos ácidos monocarboxilicos com os monoálcoois e poliálcoois; com vantagem, o referido éster é um benzoato de alquilo em C12-C15 ou corresponde à fórmula seguinte: R'l-COO-R'2 onde: R'l representa um radical alquilo linear ou ramificado de 1 a 40 átomos de carbono, de preferência de 7 a 19 átomos de carbono, compreendendo eventualmente uma ou mais ligações duplas etilénicas, eventualmente substituído, e cuja cadeia hidrocarbonada pode estar interrompida por um ou mais heteroátomos escolhidos entre N e 0 e/ou uma ou mais funções carbonilo, e R'2 representa um radical alquilo linear ou ramificado de 1 a 40 átomos de carbono, de preferência de 3 a 30 átomos de carbono e melhor de 3 a 20 átomos de carbono, compreendendo eventualmente uma ou mais ligações duplas etilénicas, eventualmente substituído, e cuja 32 cadeia hidrocarbonada pode estar interrompida por um ou mais heteroátomos escolhidos entre N e 0 e/ou uma ou mais funções carbonilo.
Par "eventualmente substituído", entende-se que R'l e/ou R'2 podem conter um ou mais subst ituintes escolhidos, por exemplo, entre os grupos que compreendem um ou mais heteroátomos escolhidos entre 0 e/ou N, tais como amino, amina, alcoxi, hidroxilo.
Exemplos de grupos R'l são os derivados dos ácidos gordos, de preferência superiores, escolhidos no grupo constituído por ácidos acético, propiónico, capróico, caprílico, pelargónico, cáprico, undecanóico, láurico, mirístico, palmítico, esteárico, araquídico, beénico, oleico, linolénico, linoleico, oleoesteárico, araquidónico, ericico e suas misturas. De preferência, R'l é um grupo alquilo ramificado não substituído de 4 a 14 átomos de carbono, de preferência de 8 a 10 átomos de carbono, e R2 é um grupo alquilo ramificado não substituído de 5 a 15 átomos de carbono, de preferência de 9 a 11 átomos de carbono.
Podem citar-se em particular, e de preferência, os ésteres em C8-C48, incorporando eventualmente na sua cadeia um ou mais heteroátomos escolhidos entre N e 0 e/ou uma ou mais funções carbonilo e, mais particularmente, o óleo de purcelim (octanoato de cetoestearilo), o isononanoato de isononilo, o miristato de isopropilo, o palmitato de isopropilo, o palmitato de etil-2-hexilo, o estearato de octil-2-dodecilo, o erucato de octil- 2-dodecilo, o isoestearato de isosestearilo, o benzoato de álcool em C12 a C15, o laurato de 33 hexilo, o adipato de di-isopropilo; e os heptanoatos, octanoatos, decanoatos ou ricinoleatos de álcoois ou de poliálcoois, por exemplo de álcoois gordos como o dioctanoato de propilenoglicol, bem como o N-lauroil-sarcosinato de isopropilo (nomeadamente Eldew-205SL de Ajinomoto); os ésteres hidroxilados, como o lactato de isoestearilo, o malato de di-isoestearilo e os ésteres do pentaeritritol, os ésteres ramificados em Cs-Ci6, designadamente o neopentanoato de iso-hexilo. 2/ os óleos vegetais hidrocarbonados com forte teor em triglicéridos, constituídos por ésteres de ácidos gordos e de glicerol, cujos ácidos gordos podem ter variados comprimentos de cadeia de C4 a C24, podendo estes últimos serem lineares ou ramificados, saturados ou insaturados; estes óleos são nomeadamente os óleos de germe de trigo, de milho, de girassol, de karité, de rícino, de amêndoas doces, de macadamia, de alperce, de soja, de colza, de algodão, de luzerna, de papoila dormideira, de abóbora-menina, de sésamo, de abóbora, de abacate, de avelã, de grainhas de uva ou de cássis, de onagro, de sogro, de cevada, de quinoa, de azeitona, de centeio, de cártamo, de aleurite de maracujá, de roseira moscatel, de jojoba, de palma, de calofílio; ou ainda os triglicéridos dos ácidos caprílico/cáprico como os vendidos pela sociedade Stearinerie Dubois ou os vendidos sob as denominações "Miglyol 810®", "812®" e "818®" pela sociedade Dynamit Nobel. 3/ os álcoois, e nomeadamente os monoálcoois, em C6-C32, especialmente C12-C26, como o álcool oleico, o álcool 34 linoleico, o álcool linolénico, o álcool isoestearílico, o 2-hexildecanol, o 2-butiloctanol, o 2-undecilpentadecanol e o octildodecanol; 4/ os óleos hidrocarbonados, lineares ou ramificados, voláteis ou não, de origem sintética ou mineral, que podem ser escolhidos entre os óleos hidrocarbonados que têm de 5 a 100 átomos de carbono, e nomeadamente a vaselina, os polidecenos, os poli-isobutenos hidrogenados tal como o Parléam, o esqualano, o per-hidroesqualeno e suas misturas.
Podem mais particularmente citar-se os alcanos lineares, ramificados e/ou cíclicos em C5-C48 e, preferencialmente, os alcanos ramificados em Cs-Ci6 como os isoalcanos em Cs-Ci6 de origem petrolífera (também chamados isoparafinas); nomeadamente, o decano, o heptano, o dodecano, o ciclo-hexano; bem como o isododecano, o isodecano, o iso-hexadecano. 5/ os óleos de silicone, voláteis ou não voláteis;
Como óleos de silicone voláteis, podem citar-se os óleos de silicones lineares ou cíclicos voláteis, nomeadamente os que têm uma viscosidade inferior a 8xl0-4 m2/s (8 centistoke) , e que têm, nomeadamente, de 2 a 10 átomos de silício, comportando eventualmente estes silicones grupos alquilo ou alcoxi que têm de 1 a 22 átomos de carbono, e em particular o octametilciclotetra-siloxano, o decametilciclopenta-siloxano, o dodecametilciclo-hexa-siloxano, o heptametil-hexiltri-siloxano, o hepta-metiloctiltri-siloxano, o hexa-metildi-siloxano, o octametiltri-siloxano, o decametiltetra-siloxano, o dodecametilpenta-siloxane, o metil-hexil-dimetilsiloxano e suas misturas. 35
Os óleos de silicone não voláteis que se podem utilizar de acordo com a invenção podem ser os polidimetilsiloxanos (PDMS), os polidimetilsiloxanos comportando grupos alquilo ou alcoxi, pendentes e/ou em fim de cadeia siliconada, grupos que têm cada um de 2 a 24 átomos de carbono, os silicones fenilados como os feniltrimeticones, os fenildimeticones, os feniltrimetilsiloxidifenilsiloxanes, os difenildimeticones, os difenilmetildifeniltri-siloxanos, os 2-feniletiltrimetilsiloxissilicates.
Preferencialmente, o meio fisiologicamente aceitável da composição de acordo com a invenção compreende, numa fase gorda líquida, pelo menos um óleo escolhido entre, sozinho ou em mistura, o isododecano, o Parléam, o isononanoato de isononilo, o octildodecanol, o feniltrimeticone, os benzoatos de alquilo em C12-C15, os acetatos de butilo e de etilo e/ou o D5 (decametil-ciclopenta-siloxano) . A fase gorda líquida podem compreender ainda óleos e/ou solventes adicionais, que podem ser escolhidos entre, sozinho ou em mistura: - os óleos fluorados como os perfluoropoliéteres, os perfluoroalcanos como a perfluorodecalina, os perfluorodamantanos, os monoésteres, diésteres e triésteres de perfluoroalquilfosfatos e os óleos ésteres fluorados; - os óleos de origem animal; - os éteres em C6 a C40, nomeadamente em C10-C40; os éteres de propilenoglicol líquidos à temperatura ambiente tais como o monometiléter de propilenoglicol, o acetato de 36 monometiléter de propilenoglicol, o mono-n-butiléter de dipropilenoglicol; - os ácidos gordos em C8-C32, como o ácido oleico, o ácido linoleico, o ácido linolénico e suas misturas; - os óleos bifuncionais, compreendendo duas funções escolhidas entre éster e/ou amida e compreendendo de 6 a 30 átomos de carbono, nomeadamente 8 a 28 átomos de carbono, melhor de 10 a 24 carbonos, e 4 heteroátomos escolhidos entre 0 e N; estando de preferência as funções amida e éster na cadeia; - as cetonas liquidas à temperatura ambiente (25°C) tais como a metiletilcetona, a metil-isobutilcetona, a di-isobutilcetona, a isoforona, a ciclo-hexanona, a acetona; - os aldeidos líquidos à temperatura ambiente tais como o benzaldeído, o acetaldeído. A fase gorda líquida pode representar 1 a 90% em peso da composição, nomeadamente de 5 a 75% em peso, em particular de 10 a 60% em peso, inclusivamente de 25 a 55% em peso, do peso total da composição. A composição de acordo com a invenção podem compreender com vantagem um agente espessante que pode, em particular ser escolhido entre: - as sílicas nomeadamente hidrófobas, tais como as descritos no documento EP-A-898960, e por exemplo comercializadas sob as referências "AEROSIL R812®" pela sociedade Degussa, "CAB-O-SIL TS-530®", "CAB-OSIL TS-610®", "CAB-O-SIL TS-720®" pela sociedade Cabot, "AEROSIL R972®", "AEROSIL R974®" pela sociedade Degussa; 37 - as argilas tais como montmorillonite, as argilas modificadas tais como as bentonites por exemplo, a hectorite estearalcónio, a bentonite estearalcónio, - os alquiléter de polissacarídio (nomeadamente, cujo grupo alquilo comporta de 1 a 24 átomos de carbonos, de preferência de 1 a 10, melhor de 1 a 6, e mais especialmente de 1 a 3, tais como os descritos no documento EPA-898958. A quantidade de agente espessante na composição de acordo com a invenção pode ir de 0,05 a 40% em peso, em relação ao peso total da composição, de preferência de 0,5 a 20% e melhor de 1 a 15% em peso. A composição de acordo com a invenção pode igualmente compreender pelo menos uma cera de origem vegetal, animal, mineral ou de síntese, ou mesmo siliconada.
Podem em particular citar-se, sozinhas ou em mistura, as ceras hidrocarbonadas tais como a cera de abelhas, a cera de Carnaúba, de Candelila, dOuricoury, do Japão, as ceras de fibras de sobreiro ou de cana-de-açúcar; as ceras de parafina, de lenhite; as ceras microcristalinas; a cera de lanolina; a cera de Montana; as ozocerites; as ceras de polietileno; as ceras obtidas por síntese de Fischer-Tropsch; os óleos hidrogenados, os ésteres gordos e os glicéridos sólidos a 25°C. Podem igualmente utilizar-se ceras de silicone, entre as quais se podem citar as alquilos, os alcoxis e/ou ésteres de polimetilsiloxano. A quantidade de cera na composição de acordo com a invenção pode ir de 0,1 a 70% em peso, em relação ao peso total da composição, de preferência de 1 a 40% em peso, e melhor de 5 à 30% em peso. 38 A composição de acordo com a invenção pode igualmente compreender uma ou mais matérias corantes escolhidas entre os compostos pulverulentos como os pigmentes, as cargas, os nácares e as palhetas e/ou os corantes lipossolúveis ou hidrossolúveis.
As matérias corantes, nomeadamente pulverulentas, podem estar presentes na composição, num teor de 0,01 a 50% em peso, em relação ao peso da composição, de preferência de 0,1 a 40 em peso, inclusivamente de 1 a 30% em peso. Por pigmentos, compreenda-se partículas de qualquer forma, brancas ou coloridas, minerais ou orgânicas, insolúveis no meio fisiológico, destinadas a colorir a composição.
Por nácares, compreenda-se partículas de qualquer forma, matizadas, nomeadamente produzidas por certos moluscos na sua concha ou então sintetizadas.
Os pigmentos podem ser brancos ou coloridos, minerais e/ou orgânicos, interferenciais ou não. Podem citar-se, entre os pigmentos minerais, o dióxido de titânio, eventualmente tratado em superfície, os óxidos de zircónio ou de cério, bem como os óxidos de ferro ou de crómio, o violeta de manganésio, o azul ultramarino, o hidrato de crómio e o azul férrico. Entre os pigmentos orgânicos, podem citar-se o negro carbono, os pigmentos de tipo D & C e as lacas à base de carmim de cochonilha, de bário, estrôncio, cálcio, alumínio. Os pigmentos nacarados podem ser escolhidos entre os pigmentos nacarados brancos, tais como a mica coberta de titânio ou de oxicloreto de bismuto, os pigmentos nacarados coloridos, tais como a mica titânio com óxidos de ferro, a mica titânio com, nomeadamente, azul férrico ou óxido de crómio, a mica titânio com um pigmento orgânico do tipo citado anteriormente, bem como os pigmento nacarados à base de oxicloreto de bismuto 39 ou
As cargas podem ser minerais ou orgânicas, lamelares esféricas. Pode citar-se o talco, a mica, a silica, o caulino, os pós de Nylon e de polietileno, de ροΐί-β-alanina e de polietileno, o Téflon, a lauroil-lisina, o amido, o nitreto de boro, os pós de polímeros de tetrafluoroetileno, as microesferas escavadas tais como o Expancel (Nobel Industrie), o Polytrap (Dow Corning), o carbonato de cálcio precipitado, o carbonato e o hidrocarbonato de magnésio, hidroxiapatite, as microesfera de silica escavadas (SILICA BEADS de MAPRECOS), as microcápsulas de vidro ou de cerâmica, os sabões metálicos derivados de ácidos orgânicos carboxilicos tendo de 8 a 22 átomos de carbono, de preferência de 12 a 18 átomos de carbono, por exemplo o estearato de zinco, de magnésio ou de litio, o laurato de zinco, o miristato de magnésio. Os corantes lipossolúveis são por exemplo o vermelho do Sudão, o DC Red 17, o DC Green 6, o β-caroteno, o óleo de soja, o castanho do Sudão, o DC Yellow, 11, o DC Violet 2, o DC orange 5, o amarelo de quinoleina. Eles podem representar 0,01 a 20% do peso da composição e melhor de 0,1 à 6 %.
Os corantes hidrossolúveis são por exemplo o sumo de beterraba, o azul-de-metileno, e podem representar 0,01 a 6% do peso total da composição.
Além disso, a composição pode compreender outros ingredientes utilizados habitualmente nas composições cosméticas. Esses ingredientes podem ser escolhidos entre os antioxidantes, os perfumes, os óleos essenciais, os conservantes, os activos cosméticos, as vitaminas, as ceramidas, os filtros solares, os tensioactivos, os gelificantes, os agentes de lacagem, os agentes molhantes, os agentes dispersantes, os agentes anti-espuma, os neutralizantes, os estabilizantes, os polímeros e nomeadamente os polímeros filmogénios lipossolúveis e suas 40 mistura. Claro que o perito velará a escolha deste ou destes possíveis compostos complementares e/ou a sua quantidade, de modo a que as propriedades vantajosas da composição para utilizar de acordo com a invenção não sejam, ou não sejam consideravelmente, alteradas pela adição considerada.
As composições de acordo com a invenção podem apresentar-se sob qualquer forma aceitável e usual para uma composição cosmética. Podem portanto apresentar-se sob a forma de uma suspensão, uma dispersão, nomeadamente, de óleo em água graças a vesículas; uma solução orgânica ou oleosa eventualmente espessa ou mesmo gelificada; uma emulsão óleo em água ou água em óleo ou múltipla; um gel ou uma espuma; um gel oleoso ou emulsionado; uma dispersão de vesículas nomeadamente lipídicas; uma loção bi-fásica ou multi-fásica; uma pulverização; de uma loção, de um creme, de uma pomada, de uma pasta maleável, de um unguento, de um sólido fundido ou moldado e, nomeadamente, em stick ou em copela, ou ainda de sólido compactado. 0 perito poderá escolher a forma galénica apropriada, bem como a sua forma de preparação, com base nos seus conhecimentos gerais e tendo em conta, por um lado, a natureza dos constituintes utilizados, designadamente a sua solubilidade no suporte, e por outro, a aplicação prevista para a composição.
As composições de acordo com a invenção que apresentam um brilho e uma firmeza desse brilho melhorados em relação ao estado da técnica, podem ser utilizadas para o tratamento e a maquilhagem das matérias ceratínicas tais como a pele, as pestanas, as sobrancelhas, as unhas, os lábios e, mais particularmente, para a maquilhagem dos lábios, das pestanas e/ou do rosto. 41
Podem portanto apresentar-se sob a forma de um produto de tratamento e/ou de maquilhagem da pele do corpo ou do rosto, dos lábios, das pestanas, das sobrancelhas ou das unhas; de um produto solar ou autobronzeador; apresentando-se com vantagem sob forma de composição de maquilhagem, nomeadamente de máscara, de eyeliner, de batom, de abrilhantador dos lábios (gloss), de sombra de rosto ou sombra de olhos, de base de maquilhagem, de verniz de unhas ou de tratamento das unhas. A invenção tem ainda por objecto um processo de tratamento cosmético das matérias ceratinicas, nomeadamente da pele do corpo ou do rosto, dos lábios, das unhas e/ou das pestanas, que compreende a aplicação sobre as referidas matérias ceratinicas de uma composição cosmética tal como definida anteriormente.
Este processo de acordo com a invenção permite nomeadamente o tratamento ou a maquilhagem das referidas matérias ceratinicas, em particular dos lábios e/ou das unhas, por aplicação de uma composição, designadamente de batom, de abrilhantador dos lábios (gloss), de tratamentos de unhas ou de verniz de unhas de acordo com a invenção. A invenção é ilustrada em mais pormenor nos exemplos de realização seguintes.
Exemplo 1: Octildodecanol funcionalizado com ureidopirimidona 42
Põe-se em solução 70 g de di-isocianato de ureidopirimidona em metil-tetra-hidrofurano, sob árgon. Adicionam-se 80,3 g de octildodecanol em 100 ml de diclorometano, sob árgon, depois 15 microlitros de dilaurato de dibutilo de estanho (catalisador). Aquece-se a mistura reaccional ao refluxo até ao desaparecimento do pico do isocianato (2250-2265 cm-1) em espectrometria de IV.
Elimina-se o octildodecanol em excesso por lavagem sucessiva do meio reaccional com metanol, seguida de três extracções e de secagem sobre MgSC>4. Após evaporação da fase orgânica, obtém-se 103 g de um pó ligeiramente amarelo, caracterizado por RMN 1H (estrutura conforme).
Pode-se conduzir este pó para dentro do isododecano, por exemplo numa concentração de 10% em peso; esta concentração pode ir nomeadamente até 60% em peso no isododecano o que conduz então a uma solução viscosa, mas ainda manuseável. Constata-se assim que por funcionalização com uma ureidopirimidona, passa-se de um óleo liquido a um sólido, que se pode conduzir para dentro do isododecano em concentrações superiores a 30%.
Quando se aplica uma solução que contém 50% em peso do composto no isododecano, após evaporação do solvente, obtém- 43 se uma película transparente e brilhante que apresenta uma boa aderência por fragmentação e uma fraca resistência às fricções.
Exemplo 2: Malato de di-isoestearilo funcionalizado com uma eureidopirimidona
Seca-se sob pressão reduzida 15 g (0,0234 moles) de malato de di-isoestearilo, a 80°C durante 4 horas. Adiciona-se 7,21 g (0,0117 moles) de di-isocianato de ureidopirimidona em solução em 60 ml de metil-tetra-hidrofurano e 12 μΐ de catalisador dilaurato de dibutilo de estanho. Aquece-se a mistura a 95°C, sob árgon, durante 26 horas (desaparecimento da banda característica dos isocianatos por espectroscopia de IV) . Adiciona-se 20 ml de metil-tetra-hidrofurano à mistura reaccional, depois filtra-se sobre celite. Após evaporação do solvente e secagem sob pressão reduzida, obtém-se um sólido amarelo pálido.
Exemplo 3: Óleo de rícino funcionalizado com uma eureidopirimidona
Seca-se sob pressão reduzida 15 g de óleo de rícino (0,016 moles), a 80°C durante 4 horas. Adiciona-se uma solução de 4,9 g de di-isocianato de ureidopirimidona (0,008 moles) em 60 ml de metil-tetra-hidrofurano e 12 μΐ de catalisador dilaurato de dibutilo de estanho. Aquece-se a mistura a 90°C durante 19 horas (desaparecimento da banda característica dos isocianatos por espectroscopia de IV). No fim da reacção, evapora-se o solvente e seca-se o produto resultante sob pressão reduzida, a 35°C durante uma noite.
Obtém-se uma goma sólida amarelo pálido. 44
Exemplo 4 (comparativo com o exemplo 1) : Octildodecanol funcionalizado com a isoforona
Seca-se sob pressão reduzida 10 g de octildodecanol, a 80°C durante 2 horas, depois adiciona-se 3,72 g de di-isocianato de isoforona e 25 microlitros de catalisador dilaurato de dibutilo de estanho. Aquece-se a mistura a 95°C, sob árgon. Segue-se o desaparecimento do isocianato por espectroscopia de IV (desaparecimento da banda entre 2250 e 2265 cnT1, após 12 horas de aquecimento).
Obtém-se um óleo viscoso que não forma um material coeso.
Exemplo 5 (comparativo com o exemplo 2) : Malato de di-iso-estearilo funcionalizado com a isoforona
Seca-se sob pressão reduzida 10 g (0,0159 moles) de malato de di-isoestearilo, a 80°C durante 3 horas. Adiciona-se, sob árgon, 1,77 g (0,079 moles) di-isocianato de isoforona e 2,5 μΐ de catalisador (dilaurato de dibutilo de estanho) e aquece-se a mistura reaccional a 95°C durante 16 horas. No decurso da reacção, a viscosidade do meio reaccional aumenta. pico Pára-se a reacção após desaparecimento do caracteristicos dos isocianatos por espectroscopia de IV. 45
Exemplo 6 (comparativo com o exemplo 3) : Óleo de rícino funcionalizado com a isoforona
Seca-se sob pressão reduzida 15 g de óleo de rícino (0,016 moles), a 80°C durante 6 horas. Adiciona-se 1,78 g de di-isocianato de isoforona e 12 μΐ de catalisador dilaurato de dibutilo de estanho; aquece-se a mistura a 90 °C durante 16 horas. Pára-se a reacção após desaparecimento do pico característicos dos isocianatos por espectroscopia de IV.
Exemplo 7
Observam-se os compostos preparados nos exemplos 1 à 6, visualmente e ao toque, e recapitulam-se os resultados na tabela seguinte:
Aspecto físico do composto Aspecto da película * índice de refracção** (índice de refracção óleo não funcionalizado) Exemplo 1 Sólido amarelo Película brilhante e adesiva, não molhante; depósito homogéneo. Sem transferência para os dedos. 1,488 (1,46) Exemplo 4 (comparativo) Óleo viscoso transparente Pelicula molhante; depósito não homogéneo. Transferência para os dedos. 1,474 (1,46) Exemplo 2 Sólido amarelo Película pouco adesiva, não molhante; depósito homogéneo. Sem transferência para os dedos. 1,478 (1,462) 46 (continuação)
Aspecto físico do composto Aspecto da película * índice de refracção** (índice de refracção óleo não funcionalizado) Exemplo 5 (comparativo) Óleo viscoso transparente Película brilhante adesiva molhante; depósito não homogéneo. Sem transferência para os dedos. 1,4598 (1,462) Exemplo 3 Sólido amarelo (goma sólida) Película brilhante ligeiramente adesiva; comportamento de um sólido frágil que não molhante; depósito homogéneo. Sem transferência para os dedos. 1,4852 (1,48) Exemplo 6 (comparativo) Óleo viscoso transparente Película brilhante muito adesiva, que molhante; depósito não homogéneo. Transferência para os dedos. 1,4813 (1,48) * As películas são formadas a partir de uma solução a 40% em peso do composto, quer no isododecano para os exemplos 1-2 e 4-5, quer no tetra-hidrofurano para os exemplos 3 e 6. ** Para as medições dos índices de refracção, todas as películas são formadas a partir de uma solução a 40% em peso do composto no tetra-hidrofurano; mede-se o índice de refracção depois da evaporação do solvente. A película não molhante significa que depois do depósito e da evaporação do solvente, se obtém uma "verdadeira" película, contínua e homogénea. 47 A película molhante significa que depois do depósito e da evaporação do solvente, se obtém uma película com "buracos", não homogénea e descontínua.
Efectua-se um teste sobre estes depósitos/peliculas com um tribómetro: as películas são formadas a partir de uma solução a 40% em peso no tetra-hidrofurano, por deposição sobre um elastómero nitrilo, depois secagem durante 24 horas a 25°C. Realizam-se os ensaios com o auxílio de um tribómetro CSEM, munido de uma esfera de 6 mm de diâmetro. Fricciona-se esta esfera, submetida a uma carga de 0,15 N, repetidamente numa película (de 10 a 20 μπι de espessura) . Fixa-se a velocidade de rotação do disco em 6,3 cm/s, o que corresponde a uma frequência de uma rotação por segundo. O ensaio termina quando o desgaste for total ou então termina depois de 1000 rotações de estimulação.
Observações Exemplo 1 A película permanece inalterada (homogénea) durante 300 rotações (sem desgaste nem cisão); o material é portanto coeso; comportamento de um sólido. Exemplo 4 (comparativo) A medição não é possível: o material não é coeso; comporta-se como um óleo. Exemplo 2 A película permanece inalterada (homogénea) durante 1000 rotações (sem desgaste nem cisão); o material é portanto muito coeso e não se desgasta. 48 (continuação)
Observações Exemplo 5 (comparativo) 0 material comporta-se como um óleo, com um efeito de revestimento quando é submetido ao teste de desgaste. Exemplo 3 A película é um pouco quebradiça, permanece inalterada durante 10 rotações; após 10 rotações, o desgaste é mais notório; isto traduz o comportamento de um sólido. Exemplo 6 (comparativo) A medição não é possível, porque não se forma película ab initio: comportamento de um óleo.
Constata-se portanto que não há diminuição do índice de refracção após funcionalização. 0 óleo mantém o seu carácter brilhante, mesmo funcionalizado. Constata-se igualmente que a funcionalização com as ureidopirimidonas conduz a películas mais ou menos adesivas, mas que não se transferem para os dedos, contrariamente às películas comparativas.
Além disso, e principalmente, no caso dos óleos funcionalizados com a isoforona (comparativos), as películas são molhantes e não formam um depósito homogéneo. Pelo contrário, as películas obtidas a partir dos compostos de acordo com a invenção não são molhantes e são homogéneas e coesas. Os resultados do tribómetro confirmam as propriedades de coesão obtidas com os compostos da invenção. A funcionalização com as ureidopirimidonas conduz portanto a materiais suficientemente coesos para poderem assegurar uma remanescência do depósito, além disso brilhante, superior ao estado da técnica (isoforona).
Resumindo: o brilho é constante, a coesão do depósito melhorada e portanto a sua firmeza melhorada. 49
Exemplo 8 : 2-hexil-decanol funcionalizado com ureidopirimi- dona
Aquece-se 126,4 g de 2-hexil-decanol a 60°C sob pressão reduzida durante 2 horas para o secar. Passadas 2 horas, deixa-se o óleo voltar aos 20°C sob árgon, depois adiciona-se lentamente, durante 5 horas, a uma mistura de 116 g de di-isocianato de isoforona e 55 mg de catalisador DBTL a 50°C. No fim da adição, leva-se a temperatura da mistura reaccional para os 110°C, depois adiciona-se 90 ml de carbonato de propileno e 78,4 g de 6-metil-isocitosina, o que conduz a uma suspensão branca e homogénea. Mantêm-se a agitação a 110°C durante duas horas e segue-se o desaparecimento do isocianato por espectroscopia de infravermelho. Observa-se o desaparecimento do pico a 2250 cm-1. Paralelamente, segue-se o desaparecimento da amina proveniente da isocitosina por um doseamento de aminas. No fim da reacção, adiciona-se 500 g de isododecano, a 100°C, e obtém-se uma solução amarela pálida, ligeiramente turva. Adiciona-se 300 ml de etanol e mantém-se a agitação durante 2 horas. Após filtração sobre celite, extirpar-se a mistura reaccional com o isododecano a 80°C para eliminar o álcool e o carbonato de propileno. No final, obtém-se o produto desejado veiculado no isododecano a 50% de extracto seco. O produto é caracterizado, nomeadamente, por HPLC e GPC (estrutura confirmada). 50
Exemplo 9 : 2-hexil-decanol funcionalizado com ureidopirimi-dona
Aquece-se 173,1 g de 2-hexil-decanol a 60°C, sob pressão reduzida, durante 2 horas para o secar. Passadas 2 horas, deixa-se o óleo voltar aos 50°C sob árgon, depois adiciona-se lentamente, durante 5 horas, a uma mistura de 158,7 g de di-isocianato de isoforona e 77 mg de catalisador DBTL a 50°C. No fim da adição, leva-se a temperatura da mistura reaccional para os 110°C, depois adiciona-se 150 ml de carbonato de propileno e 60,3 g de 5-hidroxietil-6-metil-isocitosina, o que conduz a uma suspensão branca e homogénea. Mantêm-se a agitação a 110°C durante cinco horas e segue-se o desaparecimento do isocianato por espectroscopia de infravermelho. Observa-se o desaparecimento do pico a 2250 cm-1. No fim da reacção, diminui-se a temperatura do meio reaccional para os 100°C, adiciona-se 780 g de isododecano; obtém-se uma mistura turva ligeiramente amarela. Adiciona-se 100 ml de etanol e mantém-se a agitação durante 2 horas. Após filtração sobre celite, extirpa-se a mistura reaccional com o isododecano a 80°C para eliminar o álcool e o carbonato de propileno.
No final, obtém-se o produto desejado veiculado no isododecano a 50% de extracto seco. O produto é caracterizado, nomeadamente, por HPLC e GPC (estrutura confirmada). 51
Exemplo 10 : 2-decil-teradecanol funcionalizado com ureido- pirimidona
Aquece-se 126 g de 2-decil-teradecanol a 100°C sob pressão reduzida, durante 4 horas para o secar. Passadas 2 horas, adiciona-se, durante 4 horas, a 50°C sob árgon, a uma mistura de 94,7 g de di-isocianato de isoforona e de catalisador DBTL (qs) . Um acompanhamento por doseamento do isocianato permite seguir a reacção; na semi-equivalência, adiciona-se 126 g de carbonato de propileno e 53,3 g de 6-metil-isocitosina. Mantêm-se a agitação e o aquecimento a 100°C durante 16 horas e segue-se o desaparecimento do isocianato por espectroscopia de infravermelho. Observa-se o desaparecimento do pico a 2250 cm-1. Paralelamente, segue-se o desaparecimento da amina proveniente da isocitosina por um doseamento de aminas. No fim da reacção, traz-se de novo a temperatura para os 50°C, adiciona-se 100 ml de etanol e mantém-se a agitação durante 5 horas. Após filtração sobre celite extirpação com isododecano a 80°C, obtém-se o produto desejado veiculado no isododecano a 50% de extracto seco. 0 produto é caracterizado, nomeadamente, por HPLC e GPC juntamente com um espectro de massa.
Exemplo 11
Prepara-se um gloss compreendendo (% em peso) : - 36% de composto preparado no exemplo 1 (matéria seca) - 5% de pigmento DC Red 7 - qsp 100% de isododecano 52
Após aplicaçao sobre os lábios, forma-se um depósito muito brilhante.
Preparam-se gloss semelhantes com os compostos dos exemplos 2, 3, 8, 9 e 10.
Exemplo 12
Prepara-se um gloss compreendendo: - 50% de composto preparado no exemplo 2 (matéria seca) - 5% de pigmento DC Red 7 - qsp 100% de isododecano
Preparam-se gloss semelhantes com os compostos dos exemplos 1, 3, 8, 9 e 10.
Exemplo 13
Prepara-se um verniz de unhas compreendendo (% em peso) : - Nitrocelulose 15 % - polímero do exemplo 3 (matéria seca) 9 % - Acetilcitrato de tributilo 5 % - Pigmentos 1 - Hectorite 1,2 % - Álcool Isopropílico 8% - Acetato de etilo, acetato de butilo qsp 100%
Preparam-se vernizes semelhantes com os compostos dos exemplos 1, 2, 8, 9 e 10. 22-11-2011 53 ζχ
2

Claims (17)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Composição cosmética que compreende, num meio cosmeticamente aceitável, um composto susceptivel de ser obtido por reacção entre: - um óleo contendo pelo menos uma função reactiva nucleófila e/ou electrófila, e - um grupo de junção capaz de estabelecer ligações de hidrogénio com um ou vários grupos de junção parceiros, fazendo cada emparelhamento de um grupo de junção intervir pelo menos 3 ligações de hidrogénio, contendo o referido grupo de junção pelo menos uma função reactiva susceptivel de reagir com a função reactiva trazida pelo óleo, compreendendo o referido grupo de junção pelo menos, também, um motivo de fórmula (I) ou (II):
    nas quais: - RI e R3, idênticos ou diferentes, representam um radical carbonado divalente escolhido entre (i) um grupo alquilo linear ou ramificado em C1-C32, (ii) um grupo cicloalquilo em C4-C16 e (iii) um grupo arilo em C4-C16, compreendendo eventualmente 1 a 8 heteroátomos escolhidos entre 0, N, S, F, Si e P e/ou eventualmente substituído com uma função éster, amida 1 ou uma mistura ou por um radical alquilo em C1-C12 destes grupos; - R2 representa um átomo de hidrogénio ou um radical carbonado, nomeadamente hidrocarbonado (alquilo), linear, ramificado ou ciclico, saturado ou insaturado, eventualmente aromático, em Ci-C32, que pode compreender um ou vários heteroátomos escolhidos entre 0, N, S, F, Si e P.
  2. 2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, na qual o óleo contendo a função reactiva é escolhido entre, sozinho ou em mistura: (i) os álcoois gordos que compreendem 6 a 50 átomos de carbono, lineares, ramificados ou cíclicos, saturados ou insaturados que compreendem 1 ou vários OH; eventualmente, que compreendem um ou vários NH2; (ii) os ésteres e os éteres contendo pelo menos um grupo OH livre, e designadamente os ésteres e éteres parciais de poliol e os ésteres de ácido carboxílico hidroxilado; (iii) os óleos naturais, naturais modificados, vegetais, hidroxilados.
  3. 3. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o óleo contendo a função reactiva é escolhido entre, sozinho ou em mistura: - os monoálcoois lineares ou ramificados em C6-C50, saturados ou insaturados; 2 - os dióis lineares ou ramificados em C6-C50, saturados ou insaturados; - os trióis lineares ou ramificados em C6-C50, saturados ou insaturados; - os ésteres parciais de pentaeritritol; - os diésteres, triésteres, tetraésteres ou pentaésteres de dipentaeritritol; - os mono e diésteres de trimetilpropano; - os mono, di e triésteres de di-trimetilpropano; - os mono, di e triésteres de glicerol ou de poligliceróis; - os monoésteres de propilenoglicol; - os monoésteres de dimeros dióis; - os éteres de glicerol; - os ésteres entre ácido mono-, di- ou tri-carboxilico hidroxilado e monoálcoois; - os ésteres triglicéridos contendo um ou vários OH; - o óleo de ricino, hidrogenado ou não, bem como os seus derivados; - os óleos epoxidados modificados, consistindo a modificação em abrir a função epóxido para obter um diol e, designadamente, o óleo de soja modificado hidroxilado; os óleos de soja hidroxilados (directamente hidroxilados ou primeiro epoxidados).
  4. 4. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o óleo é um óleo brilhante, isto é, que tem um índice de refracção superior ou igual a 1,46 a 25°C. 3
  5. 5. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o óleo tem uma massa molar (Mm) compreendida entre 150 e 6000 g/mol.
  6. 6. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o óleo é escolhido o octil-2-dodecanol, o malato de di-isoestearilo, o butil-2-octanol, o hexil-2-decanol, o decill-2 tetradecanol; o óleo de ricino, hidrogenado ou não, bem como os seus derivados; o óleo de soja modificado hidroxilado; o poligliceril-3-di-isoestearate, o fintotriol, o álcool oleico, o hidroxi-estearato de octilo, o poligliceril-2-isoestearato, o poligliceril-2-di-isoestearate e as suas misturas.
  7. 7. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual, no grupo de junção, o radical RI representa: - um grupo alquileno divalente, linear ou ramificado, em C2-C12, nomeadamente um grupo 1,2-etileno, 1,6-hexileno, 1,4-butileno, 1,6-(2,4,4-trimetil-hexileno) , 1,4-(4- metilpentileno), 1,5-(5-metil-hexileno) , 1,6-(6-metil- heptileno), 1,5-( 2,2,5-trimetil-hexileno) , 1,7-(3,7- dimetiloctileno); - um grupo cicloalquileno ou arileno, divalente, em C4-Ci2, nomeadamente escolhido entre os radicais seguintes: -isoforona-, tolileno, 2-metil-l,3-fenileno, 4-metil-l,3-fenileno, 4,4'-metileno-bis-ciclo-hexileno, 4,4-bisfe-nilenometileno; ou de estrutura: 4
    CH; V \
    *
  8. 8. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual, no grupo de junção, o radical R2 representa H, ou então: - um grupo alquilo em C1-C32; - um grupo cicloalquilo em C4-C12; - um grupo arilo em C4-C12; - um grupo aril (C4-C12) alquilo em Ci-Ci8; - um grupo alcoxi em C1-C4; - um grupo aril (C1-C4) alcoxi ; - um heterociclo em C4-C12 ou uma combinação destes radicais, que podem eventualmente estar substituídos com uma função, éster e/ou hidroxi.
  9. 9. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual, no grupo de junção, o radical R3 representa um radical divalente -R'3-0-C(0)-NH-R'4- no qual R'3 e R'4, idênticos ou diferentes, representam um radical carbonado divalente escolhido entre um grupo alquilo linear ou ramificado em C1-C32 ou um grupo cicloalquilo em C4-C16 ou um grupo arilo em C4-C16 ou sua mistura.
  10. 10. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual, no grupo de junção, (a) na fórmula (I), se tem: 5 Rl = -isoforona- e R2 = metilo, Rl = -(CH2)6-, R2 = = metilo, Rl = -(CH2)6-, R2 = isopropilo ou Rl = 4,4'-metileno- -bis-ciclo-hexileno R2 = metilo, ou então (b) na fórmula (II), RI representa o radical -isoforona-, R2 = metilo e R3 =-(CH2) 20C0-NH-isoforona-.
  11. 11. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o grupo de junção é de fórmula:
    H || O ou de fórmula:
    NH-R1 —NCO na qual Rl, R2 e R3 sao tais como definidos numa das reivindicações precedentes. 6
  12. 12. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual o grupo de junção é escolhido entre os grupos seguintes:
    7 de acordo com uma das
  13. 13. Composição, precedentes, na qual os compostos são correspondem às estruturas seguintes: reivindicações escolhidos entre os que
    isoestearilo
    isoestearilo —o
    isoestearilo
    OH
    N N Y° N Y O 9
  14. 14. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual a massa molecular média em número (Mn) do composto está compreendida entre 180 e 8000.
  15. 15. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual a quantidade de composto presente na 10 composição está compreendida entre 5 e 80% em peso, em relação ao peso da composição cosmética.
  16. 16. Composição, de acordo com uma das reivindicações precedentes, que se apresenta sob forma de uma composição de tratamento e/ou de maquilhagem da pele do corpo ou do rosto, dos lábios, das pestanas, das sobrancelhas ou das unhas; de um produto solar ou autobronzeador.
  17. 17. Processo de tratamento cosmético das matérias ceratinicas, nomeadamente da pele do corpo ou do rosto, dos lábios, das unhas e/ou das pestanas, que compreende a aplicação sobre as referidas matérias ceratinicas de uma composição cosmética tal como definida de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 16 . 22-11-2011 11
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