PT2123277E - Agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino - Google Patents

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PT2123277E
PT2123277E PT08863206T PT08863206T PT2123277E PT 2123277 E PT2123277 E PT 2123277E PT 08863206 T PT08863206 T PT 08863206T PT 08863206 T PT08863206 T PT 08863206T PT 2123277 E PT2123277 E PT 2123277E
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inflammatory bowel
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dioxo
dimethoxy
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Tomohisa Ninomiya
Takashi Shishikura
Mitsuhiro Uchida
Sho Takahata
Yukari Hoshina
Ken-Ichi Kawano
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Meiji Seika Kaisha
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Description

ΕΡ2123277Β1
DESCRIÇÃO
AGENTE PREVENTIVO OU TERAPÊUTICO PARA DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
DO INTESTINO
REFERÊNCIA CRUZADA COM PEDIDO RELACIONADO
Este pedido baseia-se no, e reivindica o beneficio de prioridade do pedido de patente japonesa anterior N° 2007-326543 (apresentado em 18 de Dezembro de 2007).
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Campo da invenção A presente invenção refere-se a um agente preventivo e terapêutico para doenças inflamatórias do intestino, tais como colite ulcerativa e doença de Crohn. Em particular, a presente invenção refere-se a uma composição farmacêutica para a prevenção ou tratamento de doenças inflamatórias do intestino (DII), que compreende 7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-lH-1,2,3-triazolo[4,5-c] [l]benzoazepina, um seu pró-fármaco, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, em que o pró-fármaco é 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][ljbenzoazepina.
Arte anterior A doença inflamatória do intestino (designada daqui para a frente como "DII") indica enterite não específica do tipo persistente, crónica, idiopática, ou seja, doenças 1 ΕΡ2123277Β1 típicas incluindo colite ulcerativa, doença de Crohn (Koji Uraushibara, Mamoru Watanabe: "Concept, Definition and Epidemiology of Inflammatory Bowel Diseases"; Inflammatory Bowel Diseases, pp. 9-15, 2005, Ed. Norihumi Hibi; Saishin-Igaku (Referência 1). A DII é considerada uma doença em que o mecanismo imunitário da mucosa intestinal colapsou devido a algumas etiologias que provocam a reacção excessiva com componentes da flora de enterobactérias e componentes bacterianos que se desenvolvem e sustentam a enterite. No entanto, a etiologia da doença não foi especificada. É conhecido que na colite ulcerativa e doença de Crohn, que são as doenças principais envolvidas na DII, a fase activa, na qual se manifestam o sintomas como ulceração e sangramento, e a fase de remissão, na qual os sintomas desaparecem ou melhoram, surgem repetidamente e pensa-se que estas doenças podem recorrer ao longo de 10 a 20 anos. O mecanismo crítico da DII não foi ainda completamente elucidado.
Embora tenham sido propostas teorias de alergia e infecção para explicação do mecanismo crítico no passado, a DII é agora considerada uma doença auto-imune e tem aumentado o número de estudos que suportam a teoria auto-imune, incluindo, por exemplo, o facto de a doença ser acompanhada de um aumento de anticorpos IgG anti-neutrófilos no sangue (Hibi N., Introduction Japanese J. Clin. Med., 63(5): 741-743, 2005 (Referência 2); Keiichi Mitsuyama, Makoto Toyonaga, e Michio Sata, "Pathology and Pathophysiology of Inflammatory Bowel Diseases"; Inflammatory Bowel Diseases, pp. 28-36, 2005, Ed. Norihumi Hibi; Saishin-Igaku (Referência 3) . Por outro lado, 2 ΕΡ2123277Β1
Ishizaka et al. confirmaram em 1966 a presença do anticorpo IgE que é um anticorpo causal da alergia e demonstraram que a reacção alérgica é uma reacção de libertação de histaminas mediada pelo anticorpo IgE especifico de antigénios (Mechanism of Body and Allergy , 1998 Shuichi
Ueno, Nippon Jitsugyo Publishing (Referência 4); e Ishizaka K., Ishizaka T, e Hornbrook MM. Physico-Chemical Properties of Human Reaginic Antibody IV: Presence of a Unique Immunoglobulin as a Carrier of Reaginic Activity. Journal of Immunology, 97 (1): 75-85, 1966 (Referência 5)). Deste modo, a teoria de alergia na DII de que a produção do anticorpo IgE especifico do antigénio não se observava ficou negativa. Também foi confirmado que o cromoglicato dissódico (DSCG; Akihide Koda, "history and Present Situation of Anti-allergic Agent", pp. 32-39, 1988, Ed. Terumasa Miyamoto, Hiroshi Baba e Minoru Okuda, Life Science Co., Ltd. (Referência 6)), que foi vulgarmente aprovado como inibidor tipico da libertação de histamina em três regiões do Japão, Estados Unidos da América e Europa é ineficaz contra a DII (Crotty B e Jewell DP. Drug therapy of ulcerative colitis. Br. J. Clin. Pharmc. 34(3): 189-198, 1992 (Referência 7); Binder V, Elsborg L, Greibe J, Hendriksen C, Hoj L, Jensen KB, Kristensen E, Madsen JR, Marner B, Riis P, e Willumsen L. Disodium cromoglycate in the treatment of ulcerative colitis and Crohn's disease. 22 (1): 55-60, 1981 (Referência 8); e, Buckell NA, Gould SR, Day DW, Lennard-Jones JE, e Edwards AM. Controlled trial of disodium cromoglycate in chronic persistent ulcerative colitis. Gut, 19 (12): 1140-1143. 1978 (Referência 9)).
Nestas circunstâncias, foi agora reconhecido em geral que a reacção alérgica só raramente está envolvida no 3 ΕΡ2123277Β1 mecanismo crítico da DII, quer em estudos clínicos, quer básicos.
Além disso, foi recentemente descrito que a enterite inflamatória semelhante a DII se desenvolve espontaneamente em ratinhos knockout para IL-2 e ratinhos knockout para IL-10 (Ma A, Datta M, Margosian E, Chen K e Horak I. T cells, but not B cells, are required for bowel inflammation in interleukin-2-deficient mice, J. Exp. Med. 182 (5): 1567- 1572, 1995 (Referência 10) ; e, Kuhn R, Lohler J, Rennick D, Rajewsky K e Muller W. Interleukin-10-deficient mice develop chronic enterocolitis. Cell, 75(2): 263-274, 1993 (Referência 11)). A importância da anormalidade da reacção imunitária mediada por células-T na manifestação da doença foi indicada pelas evidências de que o defeito de IL-2 com actividade de proliferação de células T, ou de IL-10 como citocina inibidora típica provocou enterite do tipo DII. Isto é, a crise de enterite é prevenida no intestino normal pela proliferação e activação de células T que suprimem a resposta imunitária contra substâncias reconhecidas como estranhas, incluindo proteínas derivadas de alimentos e corpos estranhos derivados da flora bacteriana normal. No entanto, considera-se que um determinado sistema imunitário na mucosa intestinal tópica está de algum modo colapsado por algum motivo, o que torna a resposta imunitária incontrolável para corpos estranhos, tais como a flora bacteriana intestinal, contra a qual a resposta imunitária foi originalmente suprimida (Ohkusa T, Nomura T e Sato N., The role of bacterial infection in the pathogenesis of inflammatory bowel disease., International Medicine, 43(7): 534-539, 2004 (Referência 12), levando assim ao desenvolvimento de DII. Pensa-se, como descrito acima, que 4 ΕΡ2123277Β1 a anomalia imunitária que se centra em torno das células T está intensamente envolvida no mecanismo crítico de DII (Tadao Baba, inflammatory bowel diseases, Recent Trend. Matsushita Medicai Journal 39(1): 1-14, 2000 (Referência 13)) . O objecto terapêutico da DII consiste na indução da remissão (alívio de sintomas na fase activa) e prevenção da recorrência. Apesar das orientações terapêuticas nos países respectivos não atingirem um consenso completo, um tratamento curativo normalmente recomendado nas orientações japonesas, dos EUA e britânicas é como se segue:
Isto é, o ácido 5-aminosalicílicod (5-ASA) ou sulfasalazina, que depende do tipo, sítio e gravidade da doença de cada paciente é utilizado como agente terapêutico convencional no tratamento de pacientes com doença ligeira a moderada. O 5-ASA é um produto de decomposição da sulfasalazina e pensa-se que é a substância activa da sulfasalazina. Para pacientes com doença moderada a grave, também se administra um esteróide para dosagem oral ou rectal, além do 5-ASA e sulfasalazina. Em casos graves, a remissão é induzida por injecção intravenosa de esteróides ou uma ciclosporina inibidora imunitária. Em anos recentes, o tratamento com um anticorpo anti-TNF-α e semelhantes também foi realizado. O 5-ASA e sulfasalazina são recomendados para prevenir a recorrência após indução da remissão. Adicionalmente, os imunossupressores, tais como azatiopurina (AZA) ou 6-mercaptopurina (6-MP) são recomendados para a prevenção da recorrência. 5 ΕΡ2123277Β1
No entanto, o 5-ASA e sulfasalazina amplamente utilizados para tratamento da DII muitas vezes apresentam efeitos terapêuticos insuficientes em pacientes com doença moderada e grave. Nestes casos, a remissão é induzida utilizando um inibidor imunitário, tal como esteróides ou ciclosporina em pacientes com doença grave, de modo a controlar reacções anormais essencialmente causadas por células T, que estão envolvidas na condição e gravidade das doenças. A excisão cirúrgica do intestino grosso é realizada em pacientes em estado refractário, nos quais a indução de remissão com estes agentes é difícil. É conhecido que se o tratamento para prevenir a recorrência não for realizado após a indução de remissão, isto é, após a inflamação do tracto digestivo ter melhorado, a DII recorre ou recrudesce em 70% dos pacientes. Deste modo, também é recomendado nas linhas de orientação manter o estado de remissão (manutenção da remissão) continuando o tratamento profiláctico para a recorrência. Apesar da administração de 5-ASA ou sulfasalazina ser recomendada para a manutenção da remissão (prevenção de recorrência), o AZA ou 6-MP é utilizado no caso de não se obterem efeitos satisfatórios com 5-ASA ou sulfasalazina. No entanto, o AZA e 6-MP requerem vários meses para o início do efeito, permanecendo o problema da sua eficácia sem solução.
Adicionalmente, os agentes terapêuticos, tais como esteróides, ciclosporina, AZA ou 6-MP, exibem efeitos secundários sistémicos fortes e deste modo, há uma limitação quanto à sua utilização. A título de exemplo, além dos efeitos secundários em relação à imunodeficiência; os esteróides suprimem a osteogénese ou crescimento, em particular em pacientes hebéticos; as ciclosporinas causam 6 ΕΡ2123277Β1 distúrbios renais; o AZA e 6-MP provocam sintomas do tipo gripe e efeitos secundários graves, tais como inibição da medula óssea e hepatopatia. Adicionalmente, foi referida teratogenicidade em experiências animais com esteróides, ciclosporina, AZA e 6-MP e, deste modo, a segurança na gravidez e lactação não foi estabelecida, o que limita a administração a pacientes fêmea com idades próximas dos vinte que têm predisposição para Dll.
Nas circunstâncias descritas acima, tem havido na área terapêutica a necessidade de desenvolver um novo fármaco para o tratamento profilático de doenças inflamatórias do intestino que podem ser induzidas para remissão, de forma segura e forte e utilizados também em terapia de manutenção durante um período de tempo alargado. 2- (l-Isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7, 8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l, 2, 3-triazofo[4,5-c][l]benzoazepina (daqui para a frente designada por "Composto A"), e 7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-lH-l,2,3-triazolo[4,5-c][l]benzo azepina (daqui para a frente designada por "Composto B") têm as estruturas representadas no seguinte:
7 ΕΡ2123277Β1
(Composto B) É sabido que o composto A é um pró-fármaco do composto B e é rapidamente convertido no composto B no corpo, após permear através de várias mucosas, incluindo o tracto digestivo, expressando assim um efeito inibidor da libertação de histamina (ver WO 95/18130 (JP 3,290,664-B, USP 5,686,442)). Também foi revelado que o composto A tem uma capacidade de absorção melhorada, sete vezes maior do que a do composto B, por administração oral (ver WO 99/16770 (JP 3,188,482-B, USP 6,372,735)) O documento WO 02/44183 revela a utilização de compostos de benzodiazepina específicos para a inibição de PARP.
No entanto, a literatura refere-se aos agentes terapêuticos ou profilácticos de doenças alérgicas e não proporciona nem indica nenhuma das doenças inflamatórias do intestino (DII), que se pensa terem pouca relação com doenças alérgicas, nem com os seus métodos profilácticos ou terapêuticos. Deste modo, não é encontrada necessariamente nenhuma revelação nos exemplos. 8 ΕΡ2123277Β1
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Os presentes inventores verificaram agora, inesperadamente, que ambos os compostos A e B são potentemente eficazes na profilaxia e terapia de doenças inflamatórias do intestino (DII), e em particular, exibem fortes efeitos profiláticos e terapêuticos, também em casos graves com resistência a agentes terapêuticos convencionais. Nestes casos em que a reacção alérgica está muito raramente envolvida no mecanismo critico da DII, como descrito acima, o composto A e composto B exibiram de forma extraordinária efeitos profilácticos e terapêuticos que são activos para a DII. Foi inesperadamente sugerido que o composto A e composto B exibem efeitos profilácticos e terapêuticos que são activos para a DII com base no outro mecanismo reaccional, independentemente das suas actividades anti-alérgicas, como confirmado também nos exemplos descritos mais à frente. Também foi confirmado que cada fármaco utilizado no tratamento de DII tem pelo menos uma das actividades: eficácia num modelo de inflamação induzido por carragenina em ratos; inibição da produção de citocina a partir de leucócitos derivados de baço. Especificamente, é um facto bem conhecido que a sulfasalazina e esteróides são eficazes no modelo de inflamação induzida por carragenina (Cronstein BN, Montesinos MC e Weissman G, Salitylates and sulfasalazine, but not glucocorticoid, inhibit leukocyte accumulation by an adenosine-dependent mechanism that is independent of inhibition of prostaglandin synthesis and pl05 NF-κΒ, Proc. Natl. Acad. Sei. USA, 25 de Maio, 1999, 96(11): 6377-6381 (Referência 14)) e que os esteróides e imunossupressores inibem a produção de citocina a partir de imunócitos, tais 9 ΕΡ2123277Β1 como células T. Por outro lado, foi confirmado que o Composto A ou Composto B é ineficaz no modelo de inflamação induzida por carragenina e não tem actividades na produção de citocina a partir de células τ derivadas do baço. Isto é, foi agora confirmado que o mecanismo pelo qual o composto A e o composto B exibem actividades profilácticas e terapêuticas eficazes na DII é diferente do de agentes terapêuticos convencionais. Estes factos também foram verificados agora pelos presentes inventores. Adicionalmente, o composto A e Composto B têm poucos efeitos secundários observados no agente preventivo e terapêutico, convencionais e pensa-se que são muito úteis para a profilaxia e terapia da DII. A presente invenção baseia-se nestas observações.
Deste modo, o objectivo da presente invenção é proporcionar um novo agente preventivo e terapêutico para doenças inflamatórias do intestino que é eficaz para a prevenção e tratamento de doenças inflamatórias do intestino e tem poucos efeitos secundários.
Uma composição farmacêutica para a prevenção e tratamento de doenças inflamatórias do intestino (DII) de acordo com a presente invenção compreende 7,8-dimetoxi-4(5H), 10-dioxo-lH-l,2, 3-triazolo[4,5-c] [1]-benzoazepina (Composto B), um seu pró-fármaco, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, em que o pró-fármaco é 2— (1 — isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][1]benzoazepina.
Numa forma de realização, a composição farmacêutica para a prevenção ou tratamento de doenças inflamatórias do 10 ΕΡ2123277Β1 intestino (DII) de acordo com a presente invenção, compreende 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c] [ljbenzoazepina (Composto A), ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
De acordo com uma forma de realização preferida da presente invenção, a composição farmacêutica para prevenir ou tratar doenças inflamatórias do intestino (DII) é administrada oralmente.
De acordo com outra forma de realização preferida, da presente invenção, a composição farmacêutica compreende também um transportador farmaceuticamente aceitável.
De acordo com uma forma de realização preferida da presente invenção, o termo "prevenção" na composição farmacêutica para a prevenção ou tratamento de DII significa prevenção da recorrência de doenças inflamatórias do intestino.
De acordo com uma forma de realização mais preferida da presente invenção da composição farmacêutica, a doença inflamatória do intestino é colite ulcerativa ou doença de
Crohn.
As composições farmacêuticas de acordo com a invenção podem ser utilizadas num método para prevenção ou tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII), compreendendo administrar uma quantidade profiláctica ou terapeuticamente eficaz de 7,8-dimetoxi-4(5H), 10-dioxo-lH-1,2,3-triazolo[4,5-c][[1]]benzoazepina, um seu pró-fármaco, 11 ΕΡ2123277Β1 ou um seu sal farmaceuticamente aceitável a um mamífero, em que o pró-fármaco é 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l, 2, 3-triazolo[4,5-c][ljbenzoazepina. 0 método pode compreender a administração de uma quantidade profiláctica ou terapeuticamente eficaz de 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][1] benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, a um mamífero.
Adicionalmente, de acordo com a presente invenção, proporciona-se a utilização de 7,8-dimetoxi-4(5H) , 10-dioxo-1H-1,2,3-triazolo[4,5-c] [1] benzoazepina, um seu pró-fármaco, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, na preparação de um agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino (DII), em que o pró-fármaco é 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5 — c][l]benzoazepina.
De acordo com outra forma de realização preferida da presente invenção, proporciona-se a utilização de 2— (1 — isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][1]-benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, na preparação de um agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino (DII) .
Adicionalmente, por outras palavras, pode dizer-se que a presente invenção proporciona 12 ΕΡ2123277Β1 (1) um agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino que compreende 2— (1— isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H), 10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c] [1]benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável; e (2) um agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino que compreende 7,8-dimetoxi-4(5H), 10-dioxo-lH-l, 2, 3-triazolo[4,5- c] [1]benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
De acordo com a presente invenção, pode-se obter uma composição profiláctica ou terapêutica contra doenças inflamatórias intestinais que tem poucos efeitos secundários e exibe fortes efeitos profilácticos e terapêuticos, também em casos graves com resistência a agentes terapêuticos convencionais. A este respeito, pode-se dizer que a "disponibilidade industrial" na presente invenção consiste na capacidade de proporcionar um fármaco útil que é eficaz para a profilaxia e terapia de doenças inflamatórias intestinais e tem poucos efeitos secundários.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A Figura 1 mostra os resultados experimentais dos efeitos terapêuticos dos agentes respectivos no encurtamento do intestino grosso pelo procedimento DSS no Exemplo de teste 4 dos Exemplos (###: P < 13 ΕΡ2123277Β1 0, 005 vs. Grupo sem procedimento (teste-t de Student), **: P < 0,01 vs. Grupo tratado com solvente (teste de comparação múltipla de Dunnett)). A Figura 2 mostra (###: P < 0, 005 vs. Grupo sem procedimento (teste-t de Student), ***: P < 0,005, *: P < 0,05 vs. Grupo tratado com solvente (teste de comparação múltipla de Dunnett)). A Figura 3 mostra os resultados experimentais dos efeitos terapêuticos dos agentes respectivos na deterioração da pontuação fecal no Exemplo de teste 4 dos Exemplos (###: P < 0, 005 vs. Grupo sem procedimento (teste-t de Student), ***: p < 0, 005 vs. Grupo tratado com solvente (teste de comparação múltipla de Steel)). A Figura 4 mostra os resultados experimentais dos efeitos terapêuticos dos agentes respectivos na deterioração da pontuação de observação macro no Exemplo de teste 4 dos Exemplos (##: P < 0,01 vs.
Grupo sem procedimento, **: P < 0,01 vs. Grupo tratado com solvente (teste-U de Mann-Whitney)). DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO Ingredientes activos A 7,8-Dimetoxi-4(5H),10-dioxo-lH-l,2,3-triazolo[4,5- c] [ 1] benzoazepina, (Composto B), que é um ingrediente 14 ΕΡ2123277Β1 activo na presente invenção, é um composto bem conhecido e pode ser obtido de acordo com o método descrito na secção relativa ao processo para preparar o composto e no Exemplo 43 no documento WO 95/18130. O ingrediente activo na presente invenção pode ser um pró-fármaco do composto B, ou um sal farmaceuticamente aceitável do composto, ou um seu pró-fármaco. A este respeito, o pró-fármaco do composto B é do tipo em que o grupo 1,2,3-triazolo do composto B foi modificado e pode ser preparado de acordo com o processo descrito no documento WO 99/16770. A 2-(l-Isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8- dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5— c][l]benzoazepina, (Composto A), que é um ingrediente activo na presente invenção, é um composto bem conhecido e pode ser obtido, por exemplo, de acordo com o método descrito na secção relativa ao processo para preparar o composto e Exemplo 20 no documento WO 95/18130.
Na presente invenção, o composto A ou composto B como ingredientes activos podem ser convertidos nos seus sais farmaceuticamente aceitáveis e estes sais podem ser utilizados como ingredientes activos. Os sais farmaceuticamente aceitáveis do composto A e composto B incluem sais não tóxicos, medicamente aceitáveis. Estes sais não tóxicos incluem de preferência metais alcalinos ou alcanilo-terrosos, tais como sal de sódio, sal de potássio e sal de cálcio; sais de ácido hidrohálico, tais como sal de ácido fluorídrico, sal de ácido clorídrico, sal de ácido bromídrico e sal de ácido iodídrico; sais de ácidos 15 ΕΡ2123277Β1 inorgânicos, tais como sais de ácido nítrico, sais de ácido perclórico, sais de ácido sulfúrico e sais de ácido fosfórico; sais de ácido orgânico, tais como sal de ácido metanossulfónico, sal de ácido fumárico, sal succínico, sal cítrico, sal de ácido tartárico, sal de ácido oxálico e sal de ácido maleico; e sais de aminoácido, tais como sal de ácido glutâmico e sal de ácido aspártico.
Composição farmacêutica O composto A e o composto B como ingredientes activos na presente invenção são conhecidos por ter actividades anti-alérgicas, como descrito acima.
No entanto, foi agora confirmado que (i) estes compostos não têm efeito inibitório directo na reacção de produção de citocinas a partir de células T que se pensa serem as células centrais para doenças inflamatórias do intestino (DII) (Exemplo de teste 8), e (ii) o composto A é ineficaz em modelos de inflamação induzida por agentes anti-inflamatórios não esteróides (tais como indometacina), sulfasalazina, ou carragenina nos quais a eficácia de esteróides pode ser detectada de forma sensível (Exemplo de teste 2).
Adicionalmente, como descrito acima, o agente anti-alérgico típico DSCG é ineficaz na DII. Não há até agora casos, que sejam do conhecimento dos presentes inventores, 16 ΕΡ2123277Β1 de que a indicação para tratamento da DII tenha sido aprovada para um agente anti-alérgico com efeito inibidor da libertação de histamina, do tipo DSCG, ou com um antagonista do receptor de histamina.
Isto poderá sugerir que o Composto A e composto B têm menor relação com o mecanismo reaccional de um agente terapêutico de DII conhecido e que estes compostos, mesmo tendo actividade anti-alérgica, têm pouco efeito anti-inflamatório não especifico. Também é conhecido, como descrito acima, que os efeitos profilácticos e terapêuticos na DII têm pelo menos uma relação com a reacção alérgica. Pode dizer-se que é extremamente difícil nestas situações para um perito na arte esperar ou antecipar um efeito profiláctico ou terapêutico por si só. Deste modo, pensa-se que o efeito profiláctico ou terapêutico do composto A e composto B na DII que se verificou agora na presente invenção é inesperado e representa a função característica do composto A e composto B.
Como será descrito nos Exemplos, foi confirmado que quando o composto A, que é um dos ingredientes activos na presente invenção, foi administrado profilacticamente, oralmente, a um modelo de rato de DII induzida por sulfato sódico de dextrano (DSS), a área ulcerada no recto foi reduzida em maior extensão do que com o tratamento com sulfasalazina, que foi clinicamente formulada como agente terapêutico, de forma rotineira. 0 composto A também mostrou um efeito igual a, ou superior ao do esteróide (prednisolona), sem quaisquer efeitos secundários. Por outro lado, observou-se um efeito inibidor do ganho de peso significativo como efeito secundário no grupo tratado com 17 ΕΡ2123277Β1 prednisolona (Exemplo de teste 3). Por outras palavras, foi confirmado que o Composto A tem efectivamente efeitos profilácticos contra a DII. 0 modelo de DII é um modelo animal que corresponde a doenças moderadas a graves e em que apenas a sulfasalazina apresentou uma tendência inibitória muito ligeira. Isto é bastante consistente com os resultados clínicos.
Adicionalmente, quando um modelo de DII crónica induzida por DSS foi preparado e tratado oralmente com o composto A ou Composto B, respectivamente, o efeito terapêutico na DII e a reacção dependente da dose foram efectivamente confirmados (Exemplo de teste 4) . Isto é, como se mostra no exemplo de teste 4, as condições patológicas eram inibidas de forma significativa e dependente da dose por administração do composto A, e eram significativamente inibidas por administração do composto B de modo igual ao composto A, na condição de o composto A ou composto B serem administrados no, e três dias após a administração de DSS (Exemplo de teste 5) . Adicionalmente, apesar da inibição do ganho de peso ser intensiva e levar à deterioração de todos os sintomas no tratamento com ciclosporina como supressor imunitário, nas mesmas condições, não se obtiveram efeitos terapêuticos no tratamento com 5-ASA. Estes resultados sugerem fortemente que o composto A e composto B podem ser agentes terapêuticos orais seguros e fortes contra a DII.
Como modelos patológicos de DII, o modelo induzido por ácido 2,4,6-trinitrobenzenossulfónico (TNBS) é amplamente utilizado em adição ao modelo induzido por DSS. 18 ΕΡ2123277Β1
Quando o efeito terapêutico e reacção dependente da dose do composto A foram examinados no modelo de DII induzido por TNBS, o composto A melhorou a pontuação da úlcera colónica de um modo dependente da dose no, e dois dias após o procedimento de TNBS (exemplo de teste 6). Apesar de se ter observado uma inibição do ganho de peso (efeito secundário) significativa (P < 0,01) no tratamento com prednisolona utilizado como composto de controlo positivo, não se observou nenhuma inibição deste tipo no grupo tratado com composto A.
Adicionalmente, foi confirmado que os compostos A e B utilizados na presente invenção têm uma segurança elevada pois não se observaram anomalias na administração oral repetida dos compostos durante 26 semanas consecutivas (Exemplo de teste 7) .
Portanto, os ingredientes activos na presente invenção exercem um efeito profiláctico ou terapêutico excelente contra as doenças inflamatórias do intestino (DII), de preferência por administração oral. Deste modo, de acordo com a presente invenção, proporciona-se uma composição farmacêutica profiláctica ou terapêutica contra a DII que compreende o composto B, seus pró-fármacos ou seus sais farmaceuticamente aceitáveis, ou composto A ou seus sais farmaceuticamente aceitáveis. O termo "doenças inflamatórias do intestino" (DII) refere-se aqui a enterite não especifica de um tipo persistente, crónico, idiopático, isto é doenças tipicas tais como colite ulcerativa e doença de Crohn. Deste modo, o termo DII exclui, de acordo com a classificação genérica 19 ΕΡ2123277Β1 clínica, enterite infecciosa, enterite pseudomembranosa causada por antibióticos, enterite isquémica ou úlcera péptica, ou enterite envolvida em reacções alérgicas gerais. Deste modo, de acordo com a forma de realização preferida da presente invenção, a doença inflamatória do intestino é colite ulcerativa ou doença de Crohn. 0 termo "profiláctico" ou "preventivo" refere-se aqui à prevenção completa ou parcial de doenças inflamatórias do intestino ou seus sintomas em mamíferos, em particular em seres humanos e inclui, por exemplo, a prevenção ou inibição de recorrência de doenças inflamatórias do intestino em pacientes que foram anteriormente afectados e tratados.
Adicionalmente, o termo "terapêutico" ou "tratamento" significa aqui cura completa ou parcial de doenças inflamatórias do intestino ou seus sintomas, ou adicionalmente, malignidades causadas por estas em mamíferos, em particular seres humanos. A título de exemplo, o termo "terapêutico" pode incluir a inibição do sintoma da doença, isto é a inibição ou atraso do progresso, a melhoria do sintoma de doença, isto é, a regressão da doença ou sintoma, ou a reversão do progresso do sintoma. A composição farmacêutica de acordo com a presente invenção, pode ser administrada oral ou parentericamente (por exemplo, por via intravenosa, intramuscular, rectal e transdérmica), e pode ser utilizada numa variedade de formas de dosagem adequadas para administração oral ou 20 ΕΡ2123277Β1 parentérica em seres humanos e mamíferos que não seres humanos. A título de exemplo, a composição da presente invenção pode ser preparada em qualquer forma de preparação (ou formulação), incluindo agentes orais tais como comprimidos, cápsulas, grânulos, pós, pílulas, partículas finas, trociscos, xarope e emulsão; injecções, tais como injecções intravenosas e intramusculares; agente intrarectal, supositório lubrificante, supositório solúvel em água, pastas, tais como unguento e semelhantes, de acordo com as suas aplicações. Estas preparações podem ser preparadas pelos métodos convencionais que normalmente utilizam transportadores farmaceuticamente aceitáveis, tais como excipiente, agente de enchimento, ligante, molhante, desintegrante, tensioactivo, humectante dispersante, tampão, agente de ajuste de pH, agente de conservação, quelante, acelerador de dissolução, conservante, corrector, agente suavizante, estabilizante e semelhantes. Os aditivos não tóxicos que podem ser utilizados incluem, por exemplo, lactose, frutose, glucose, amido, gelatina, carbonato de magnésio, silicato de magnésio sintético, talco, estearato de magnésio, metilcelulose, carboximetilcelulose ou seus sais, hidroxipropilmetilcelulose, álcool polivinílico, polivinilpirrolidona, ácido poliacrílico e seus sais, goma arábica, azeite, propilenoglicol, polietilenoglicol, xarope, petrolato, glicerina, etanol, ácido cítrico, cloreto de sódio, sulfito de sódio, tampão fosfato, tampão citrato, tampão tartarato, tampão acetato, fosfato de sódio, hidróxido de sódio, hidróxido de amónio, ácido clorídrico, ácido acético, ácido fosfórico, cloreto de benzalcónio, cloreto de benzetónio, ésteres de ácido p- 21 ΕΡ2123277Β1 hidroxibenzóico, tais como metil-p-hidroxibenzoato ou etil-p-hidroxibenzoato, e semelhantes. A dosagem da composição farmacêutica de acordo com a presente invenção pode ser adequadamente alterada com base nos ingredientes activos nela contidos, e administram-se quantidades profiláctica ou terapeuticamente eficazes dos ingredientes activos a pacientes, tendo como objectivo prevenir ou tratar doenças inflamatórias do intestino. A este respeito, o termo "quantidade profiláctica ou terapeuticamente eficaz" refere-se a uma quantidade necessária para exercer o efeito profiláctico ou terapêutico pretendido nas doenças inflamatórias do intestino em pacientes, e podem ser individualmente determinadas tendo em conta a idade, peso corporal, sexo de um paciente, doenças, nivel dos sintomas e semelhante.
Quando o composto A é utilizado na presente invenção, o teor de composto A na composição farmacêutica pode variar de acordo com a as suas formas de dosagem e é geralmente na concentração de 1 a 70% em peso, de preferência de 5 a 30 % em peso. Métodos específicos para preparar a composição farmacêutica são apresentados a seguir nos exemplos de preparação. As dosagens para prevenir e tratar a DII são adequadamente determinadas tendo em conta a utilização, a idade, sexo de um paciente, nível dos sintomas e semelhantes e são geralmente na gama de cerca de 0,1 a 2000 mg por dia para adultos, de preferência cerca de 10 a 1000 mg, mais preferencialmente cerca de 25 a 500 mg, que podem ser administradas numa ou várias porções por dia. 22 ΕΡ2123277Β1
Quando o composto B é utilizado, o teor do composto B na composição farmacêutica pode variar de acordo com as suas formas de dosagem e é geralmente na concentração de 1 a 70% em peso, de preferência 5 a 30 % em peso. Métodos específicos para preparar a composição farmacêutica são apresentados mais à frente nos exemplos de preparação. As dosagens para prevenir e tratar a DII são adequadamente determinadas tendo em conta a utilização, idade, sexo de um paciente, nivel dos sintomas e semelhantes e são geralmente na gama de cerca de 0,1 a 2000 mg por dia, para um adulto, de preferência de cerca de 10 a 1000 mg, mais preferencialmente de cerca de 25 a 500 mg, que podem ser administrados numa ou várias porções por dia.
EXEMPLOS A presente invenção é também ilustrada pelos exemplos seguintes que não pretendem ser uma limitação da invenção.
Exemplo de teste 1: Teste para converter o Composto A em Composto B
Administrou-se, oralmente, a ratos Wistar macho de 8 semanas de idade (adquiridos da Japan SLC, Inc.) sob condições de jejum, o composto A marcado com 14C numa dose de 1 mg/kg, e as quantidades de composto B no plasma, urina e bilis foram determinadas por Radio-HPLC.
Como resultado, o composto A não foi detectado no plasma 15 minutos após administração oral de composto A, mas o composto B foi detectado como o metabolito principal. Adicionalmente, o composto A não foi detectado na urina 23 ΕΡ2123277Β1 recolhida durante 24 horas após administração do composto A, mas o composto B foi detectado como o metabolito principal. Adicionalmente, o composto A não foi detectado na bílis recolhida durante 8 horas após administração do composto A, mas o composto B foi detectado como o metabolito principal.
Foi confirmado a partir dos resultados descritos acima que quase todo o composto A foi metabolizado em Composto B quando o composto A foi absorvido no organismo.
Exemplo de teste 2: Efeitos do composto A e indometacina no edema induzido em patas de rato por carragenina
Injectou-se subcutaneamente nas patas traseiras da direita de ratos Wistar macho de 7 semanas de idade (adquiridos da Japan SLC, Inc.) 0,1 ml de λ-carragenina a 1%, para provocar uma reacção de edema da pata (n = 5) . O Composto A nas doses de 1 a 25 mg/kg e indometacina numa dose de 5 mg/kg foram administrados oralmente, 15 e 60 minutos antes da administração de carragenina, respectivamente.
Três horas após administração de carragenina, quando a reacção de edema da pata atingiu o máximo, a eficácia foi avaliada a partir dos volumes de edema da pata traseira direita.
Os resultados foram obtidos como se mostra na tabela 24 1. ΕΡ2123277Β1
Verificou-se, a partir dos resultados, que o composto A, a qualquer das doses, não exibia nenhum efeito inibitório, mas a indometacina exibia um efeito inibitório significativo (p < 0,01).
Tabela 1
Efeito do composto A e indometacina no edema da pata induzido por carragenina, em ratos
Grupo Volume de edema (ml) Controlo 0,82 ± 0,03 Composto A, 1 mg/kg 0,87 ± 0,04 Composto A, 5 mg/kg 0,89 ± 0,04 Composto A, 25 mg/kg 0,67 ± 0,05 Indometacina, 5 mg/kg 0,48 ± 0,04** Média ± EP **: P < 0,01 vs grupo de controlo
Exemplo de teste 3: Avaliação da eficácia no modelo de DII aguda de rato induzida por sulfato sódico de dextrano a 3% (DSS) (efeito profiláctico)
Um modelo de DII induzida por sulfato sódico de dextrano (DSS) a 3% é um dos modelos de DII mais úteis. A DII foi induzida deixando ratos Wistar de sete semanas de idade (adquiridos da Japan SLC, Inc.) ingerirem livremente solução DSS a 3% (n = 8) . No período de 7 dias após o início da administração de DSS, as pontuações de fezes moles e fezes com sangue foram observadas de acordo com a base seguinte e a soma das fezes moles e fezes com 25 ΕΡ2123277Β1 sangue foi obtida como a pontuaçao de fezes do animal individual.
Critérios: • Pontuação de fezes moles (0 a 3) [0: nada de anormal detectado (NAD), 1: ligeiramente mole, 2: mole, 3: diarreia] • Pontuação de fezes com sangue (0 a 3) [0: nada de anormal detectado (NAD), 1: sangue nas fezes, 2: sangue vermelho vivo aderido às fezes, 3: melena]
Injectou-se intravenosamente solução salina fisiológica de Evans a 1%, numa quantidade de 1 ml por rato, 8 dias após exposição a DSS e o animal foi eutanizado 30 minutos depois, para excisar o intestino grosso. Após imobilização do intestino grosso num comprimento de 7 a 8 cm a partir do ânus com tampão de formalina a 4%, durante 20 minutos, o intestino foi aberto longitudinalmente desde o lado do mesentério para fotografar a porção rectal. A área de úlcera foi calculada por análise de imagem. O composto A (10 mg/kg/dia), ou sulfasalazina (100 mg/kg/dia) ou prednisolona (1 mg/kg/dia) como um composto de controlo foi preparado em suspensão num almofariz de ágata, sendo administrado oralmente, duas vezes por dia numa dose de 5 ml/kg a cada rato, começando um dia antes da administração de DSS até um dia antes da dissecação. A este respeito, utilizou-se solução de hidroxipropilmetilcelulose 26 ΕΡ2123277Β1 a 1% (HPMC) como um solvente, que foi administrada a uma dose de 5 ml/kg ao grupo tratado com solvente.
Os resultados foram obtidos como se mostra nas tabelas 2 e 3.
Especificamente, a tabela 2 mostra os resultados de eficácia (taxa de inibição) na pontuação de fezes (média + erro padrão) no modelo de DII de cada grupo tratado e a tabela 3 mostra os resultados da área de úlcera (média ± erro padrão) e seu efeito de redução (taxa de inibição) no modelo de DII de cada grupo tratado.
Tabela 2
Efeito de redução da área de úlcera no modelo de DII induzida por DSS (taxa de inibição)
Pontuação de fezes Taxa de inibição (%) Grupo sem tratamento 8,6 ± 3,6 Grupo tratado com solvente 452, 9 ± 60,9 0,0 Grupo tratado com Sulfasalazina (100 mg/kg) 407,0 ± 30,9 8,2 Grupo tratado com Prednisolona (1 mg/kg) 337,5 ± 34,1 26,1 Grupo tratado com composto A (10 mg/kg) 291,3 ± 37,0* 36, 4 *: P < 0,05 vs grupo tratado com solvente 27 ΕΡ2123277Β1
Tabela 3
Eficácia na pontuação de fezes no modelo de DII induzido por DSS (taxa de inibição)
Pontuação de fezes Taxa de inibição (%) Grupo sem tratamento 0 ± 0 Grupo tratado com solvente 3,38 ± 0,68 0,0 Grupo tratado com Sulfasalazina (100 mg/kg) 2,63 ± 0,50 22,2 Grupo tratado com Prednisolona (1 mg/kg) 2,00 ± 0,42 40, 7 Grupo tratado com composto A (10 mg/kg) 2,00 ± 0,53 40, 7
Exemplo de teste 4: Avaliação da eficácia do composto A no modelo de DII crónica de rato induzida por DSS (efeito terapêutico) O efeito terapêutico da pós-administração de composto A foi analisado no modelo induzido por DSS. A colite foi induzida deixando ratos Wistar macho de 7 semanas de idade (adquiridos da Japan SLC, Inc.) ingerirem livremente solução de DSS a 3% durante 3 dias e subsequentemente a DII crónica foi induzida deixando-os ingerir livremente solução de DSS a 1% desde o 4 o dia do teste. 28 ΕΡ2123277Β1
Administrou-se composto A (2, 20 mg/kg/dia), ácido 5-aminosalicilico como controlo (5-ASA: 200 mg/kg/dia) e ciclosporina A (Cy A: 25 mg/kg/dia) aos animais, começando no 4o dia do teste até ao dia da dissecação (n = 8 a 20). A propriedade das fezes em cada animal individual foi observada até o dia antes da dissecação e a pontuação de fezes moles e fezes com sangue foi determinada de acordo com a mesma base, como se mostra no Exemplo de teste 3, para obter a soma da pontuação de fezes moles e fezes com sangue, como pontuação de fezes.
Do mesmo modo, a solução salina fisiológica de azul de Evans a 1% foi injectada intravenosamente numa quantidade de 1 ml por rato, no dia da dissecação e o animal foi eutanizado 30 minutos depois, para excisar o intestino grosso. Após imobilização do intestino grosso num comprimento de 7 a 8 cm a partir do ânus com tampão de formalina a 4%, durante 20 minutos, o intestino foi aberto longitudinalmente desde o lado do mesentério para fotografar a porção rectal e determinar o peso do recto. O estado e extensão da porção rectal erodida foram pontuados de acordo com a base seguinte, para se obter uma pontuação de observação macro.
Critérios:
Pontuação de observação Macro (0-5) [0: normal, 1: formação de erosão em gamas estreitas, 2: formação de erosão fraca, sem sangramento, 3: formação de erosão moderada e sangramento fraco em gamas estreitas, 29 ΕΡ2123277Β1 4: formação de erosão forte e sangramento em gamas estreitas, 5: formação de erosão forte e sangramento em gamas alargadas]
Os resultados foram obtidos como se mostra nas Figuras 1, 2, 3 e 4.
Especificamente, a Figura 1 mostra os resultados de teste do efeito terapêutico dos fármacos respectivos no encurtamento do intestino grosso, devido ao tratamento com DSS, a Figura 2 mostra os resultados de teste do efeito terapêutico dos fármacos respectivos no aumento do peso do recto, a Figura 3 mostra os resultados de teste do efeito terapêutico dos fármacos respectivos na deterioração da pontuação das fezes no dia antes da dissecação e a Figura 4 mostra os resultados de teste do efeito terapêutico dos fármacos respectivos no aumento da pontuação de observação macro, com média ± erro padrão, respectivamente.
Foi confirmado, a partir destes resultados, que se observa um efeito de melhoria significativo (P < 0,01) no encurtamento do intestino grosso no grupo tratado com solvente, por administração do composto A (20 mg/kg/dia) (Figura 1), e que se observa um efeito de melhoria significativo (P < 0,005, P < 0,05) no aumento significativo do peso do recto no grupo tratado com solvente, por administração do composto A (2, 20 mg/kg/dia) (Figura 2).
Adicionalmente, um efeito de melhoria significativo (P < 0,005) na pontuação de fezes no dia antes da 30 ΕΡ2123277Β1 dissecação foi confirmado por administração do composto A (2, 20 mg/kg/dia) (Figura 3).
Adicionalmente, foi reconhecido na pontuação de observação macro como resultado da sua avaliação com o teste de categoria (teste U) e teste de segmentação (teste de Fisher) que se observa um efeito de melhoria significativo (P = 0,0006: teste de categoria, P = 0,0003: teste de segmentação) no grupo tratado com composto A (20 mg/kg/dia) e uma tendência inibitória (P = 0,0509: teste de categoria, P = 0,1161: teste de segmentação) no grupo tratado com 2 mg/kg (Figura 4).
Foi confirmado a partir dos resultados descritos acima que o composto A tem um efeito terapêutico dependente da dose no modelo crónico de DII. Por outro lado, não se reconheceram efeitos inibitórios significativos em nenhum item de avaliação para um imunossupressor Cy A e um agente anti-inflamatório 5-ASA.
Exemplo de teste 5: avaliação da eficácia do composto B no modelo de DII crónica de rato induzida por DSS (avaliação do efeito terapêutico)
Avaliou-se o efeito terapêutico do composto B administrado oralmente, do mesmo modo que no exemplo de teste 4, excepto que se utilizou o composto B (20 mg/kg/dia) em vez do composto A (n = 12) .
Como resultado, apesar da pontuação de fezes no dia antes da dissecação ter aumentado significativamente (P < 0,01) para 1,9 ± 0,25 no grupo tratado com solvente, no 31 ΕΡ2123277Β1 grupo tratado com composto B, observou-se uma inibição significativa (P < 0,05) a 0,9 ± 0,24 e reconheceu-se também um efeito inibitório na pontuação de observação macro.
Exemplo de teste 6: Avaliação da eficácia no modelo de DII de rato induzido por ácido trinitrobenzenossulfónico (TUBS) (efeito terapêutico)
Um modelo induzido por TNBS como modelo animal de DII é amplamente utilizado como modelo da doença de Crohn. Deste modo, utilizaram-se ratos do modelo induzido por TNBS para analisar o efeito terapêutico do composto A.
Ratos SD macho de 8 semanas de idade (adquiridos da Charles River Laboratories Japan, Inc.) foram tratados intrarectalmente com TNBS para induzir enterite e foram divididos em grupos, 2 dias após o tratamento com TNBS, para iniciar a administração dos fármacos. Um solvente, Composto A (2, 20, 50 mg/kg/dia), ou prednisolona (6 mg/kg/dia) foi administrado oralmente, duas vezes por dia e os ratos foram submetidos a autópsia 8 dias após a administração, para determinar a pontuação de observação macro. A avaliação da pontuação foi realizada pelo método descrito na tabela 4 de acordo com o método de avaliação de JOHN L. WALLACE et al. (Gastroenterology 1989; 96: 29-36).
Adicionalmente, o intestino grosso foi cortado num comprimento de 10 cm para medir o peso húmido do intestino. Os resultados da avaliação da pontuação são apresentados na tabela 5, e os resultados da medição de peso húmido são apresentados na tabela 6. 32 ΕΡ2123277Β1 A partir destes resultados, observou-se um aumento significativo na pontuação de observação macro e um aumento no peso húmido do intestino grosso no grupo tratado com solvente. Pelo contrário, observou-se uma melhoria da pontuação significativa (P < 0,05) e tendência para melhorar o peso húmido do intestino grosso no grupo tratado com composto A (50 mg/kg) . Além disso, nos grupos de dose baixa (2, 10 mg/kg), observou-se uma tendência para melhorar a pontuação. Por outro lado, observou-se uma inibição significativa (P < 0,01) do ganho de peso no grupo tratado com prednisolona, como controlo positivo. A este respeito, não se observou uma inibição significativa do ganho de peso no grupo tratado com composto A.
Tabela 4
Pontuação Critérios 0 Sem congestão tópica, sem sangramento, sem úlcera 1 Congestão tópica, sangramento, sem úlcera 2 Úlcera envolvendo congestão ou hipertrofia da parede intestinal 3 Úlcera envolvendo inflamação (uma) 4 Úlceras em dois ou mais sitios, inflamação ou úlcera geográfica (largura da úlcera: menos que 1 cm) 5 Úlceras em dois ou mais sitios, inflamação ou úlcera geográfica (largura da úlcera: 1 cm ou mais) 6 Para o intestino, adicionar 1 ponto por 1 cm de 33 ΕΡ2123277Β1
Pontuação Critérios úlcera que excede 2 cm longitudinalmente Adicionar 1 ponto por 1 cm de úlcera horizontalmente
Tabela 5
Efeito na pontuação de ulceração colónica no modelo de DII
induzido por TNBS
Grupo Dosagem No. de Casos Pontuação de ulceração colónica Grupo sem tratamento - 6 0,0 ± 0,0 Grupo tratado com solvente 11 4,5 ± 0,3 ** Grupo tratado com composto A 1 mg/kg x 2 10 3,5 ± 0,4 Grupo tratado com composto A 5 mg/kg x 2 10 3,5 ± 0,5 Grupo tratado com composto A 25 mg/kg x 2 11 3,3 ± 0,3 * Grupo tratado com prednisolona 3 mg/kg x 2 9 3,0 ± 0,5 b ##: P < 0,01; grupo sem tratamento vs grupo tratado com solvente pelo teste de Mann-Whitney *: P < 0,05; grupo tratado com solvente vs grupo tratado com composto A pelo teste de Steel b: P < 0,05; grupo tratado com solvente vs grupo tratado com prednisolona pelo teste de Mann-Whitney 34 ΕΡ2123277Β1
Tabela 6
Efeito no peso húmido colónico do intestino grosso no modelo de DII induzido por TNBS
Grupo Dosagem No. de Casos Pontuaçao de ulceração colónica Grupo sem tratamento - 6 0,70 ± 0,03 Grupo tratado com solvente 11 1,42 ± 0,09 ## Grupo tratado com composto A 1 mg/kg x 2 10 1,31 ± 0,08 Grupo tratado com composto A 5 mg/kg x 2 10 1,27 ± 0,08 Grupo tratado com composto A 25 mg/kg x 2 11 1,20 ± 0,04 Grupo tratado com prednisolona 3 mg/kg x 2 9 1,05 ± 0,09 bb ##: P < 0,01; grupo sem tratamento vs grupo tratado com solvente pelo teste de Mann-Whitney bb: P < 0,01; grupo tratado com solvente vs grupo tratado com prednisolona pelo teste de Steel
Exemplo de teste 7: Estudo da administração oral repetida de composto A durante vinte e seis semanas em ratos (teste de segurança) 35 ΕΡ2123277Β1 A ratos SD macho e fêmea de 6 semanas de idade (adquiridos da Charles River Laboratories Japan, Inc.) administrou-se solvente (hidroximetilcelulose) ou Composto A (100, 300, 1000 mg/kg/dia) oralmente e repetidamente, durante 26 semanas consecutivas (n = 15).
Como resultado, não se observaram anomalias nas condições gerais, alterações de peso, consumo de alimentos e histopatologia em nenhuns grupos de doses.
Avaliou-se, a partir destes resultados, que o nivel de efeitos adversos não observado (NOAEL) de Composto A é de 1000 mg/kg/dia ou mais.
Exemplo de teste 8: Estudo do efeito directo na activagão de células T com composto B
Sensibilizaram-se ratinhos Balb/c macho de 7 semanas de idade (adquiridos da Japan SLC, Inc.) com uma suspensão de gel de hidróxido de aluminio-ovalbumina administrada intraperitonalmente ou subcutaneamente em ambas as regiões inguinais, no primeiro e 14° dias e o baço foi excisado no 21° dia, para preparação de uma suspensão de esplenócitos. Após remoção de eritrócitos, adicionou-se o composto B (10 μΜ) e ovalbumina a esplenócitos suspensos num meio de cultura e a mistura foi cultivada a 37°C sob condições de C02 a 5%.
Determinou-se quantitativamente a IL-4 no sobrenadante após cultura durante 6 horas, e IL-2, IL-5 e IFNy no sobrenadante após cultura durante 24 horas, por ELISA (kit ELISA fabricado pela ENDOGEN). 36 ΕΡ2123277Β1
Como resultado, apesar da IL-4, IL-2, IL-5 e IFNy estarem aumentados no grupo de controlo, o composto B não inibiu a produção destas citocinas. Nesta altura, a prednisolona inibiu quase completamente a IL-2, IL-5 e IFNy, mas não a IL-4. A partir dos resultados descritos acima crê-se que uma composição farmacêutica que compreende o composto A e composto B como ingredientes activos é efectivamente mais potente do que a sulfasalazina ou 5-ASA contra a DII e tem uma eficácia forte, igual a, ou superior à prednisolona. Além disso, pensa-se que um fármaco oral que compreende o composto A e composto B como ingredientes activos não só tem efeitos profilácticos, mas também se pode esperar que tenha efeitos terapêuticos. Também se pensa que desde que o ganho de peso seja conspicuamente inibido no grupo tratado com prednisolona e o grupo tratado com ciclosporina e os efeitos secundários, tais como a inibição do ganho de peso não se observam nos grupos tratados com composto A e composto B, o fármaco oral que compreende composto A e composto B como ingredientes activos tem uma segurança elevada.
Exemplos de fabrico de fármaco: Exemplo de formulação de composição profiláctica ou terapêutica contra doenças inflamatórias do intestino A seguir apresentam-se exemplos de preparação de composições farmacêuticas para prevenir ou tratar doenças inflamatórias do intestino de acordo com a presente invenção e formulações para preparar as composições. 37 ΕΡ2123277Β1
Exemplo de preparação 1: comprimidos
Tabela 7
Composto A 2,5 g Hipromelose 0,5 g Lactose 11,5 g 6% HPC lactose 8 g Amido de batata 2 g Estearato de magnésio 0,5 g Total 25 g
Exemplo de preparação 2: Cápsulas
Tabela 8
Composto A 2,5 g Hipromelose 0,5 g Lactose 17,5 g Amido de batata 4 g Estearato de magnésio 0,5 g Total 25 g 38 ΕΡ2123277Β1
Exemplo de preparação 3: Enema
Tabela 9 Composto B 1,0 mg/ml Tris(hidroximetil)aminometano 1,2 mg/ml Carboximetilcelulose sódica 15 mg/ml Ácido clorídrico q. v. pH 7,0
Lisboa, 14 de Abril de 2011 39

Claims (12)

  1. ΕΡ2123277Β1 REIVINDICAÇÕES 1. Composição farmacêutica para utilização na prevenção ou tratamento de doenças inflamatórias do intestino (ibd), que compreende 7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-lH-l,2, 3- triazolo[4,5-c][ljbenzoazepina, um seu pró-fármaco, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, em que o pró-fármaco é 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][1] benzoazepina.
  2. 2. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1, que compreende 2-(1-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][l]benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, como pró-fármaco.
  3. 3. Composição farmacêutica para utilização de acordo com a reivindicação 1, que é administrada oralmente.
  4. 4. Composição farmacêutica para utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, que compreende também um transportador farmaceuticamente aceitável.
  5. 5. Composição farmacêutica para utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que prevenção significa prevenção de recorrência de doenças inflamatórias do intestino.
  6. 6. Composição farmacêutica para utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que as doenças 1 ΕΡ2123277Β1 inflamatórias do intestino são colite ulcerativa ou doença de Crohn.
  7. 7. Utilização de 7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-lH-l,2,3-triazolo[4,5-c] [1]benzoazepina, um seu pró-fármaco, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável, na preparação de um agente preventivo ou terapêutico para doenças inflamatórias do intestino (IBD), em que o pró-fármaco é 2— (1 — isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5H),10-dioxo-2H-l,2,3-triazolo[4,5-c][1] benzoazepina.
  8. 8. Utilização de acordo com a reivindicação 7, em que o composto é 2-(l-isopropoxicarboniloxi-2-metilpropil)-7,8-dimetoxi-4(5 H),10-dioxo-2H-l,2,3 triazolo[4,5-c] [l]benzoazepina, ou um seu sal farmaceuticamente aceitável.
  9. 9. Utilização de acordo com as reivindicações 7 ou 8, em que o agente preventivo ou terapêutico é para administração oral.
  10. 10. Utilização de acordo reivindicações 7 a 9, em terapêutico compreende farmaceuticamente aceitável. com qualquer uma das que o agente preventivo ou também um transportador
  11. 11. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 10, em que prevenção significa prevenção de recorrência de doenças inflamatórias do intestino. 2 ΕΡ2123277Β1
  12. 12. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 11, em que a doença inflamatória do intestino é colite ulcerativa ou doença de Crohn. Lisboa, 14 de Abril de 2011 3
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