PT2078467E - Sistema de sapato, de preferência para o fabrico de um sapato completo com um salto que termina numa capa, assim como um sapato daí fabricado, em especial um sapato de senhora - Google Patents

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PT2078467E
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Description

ΕΡ2078467Β1
DESCRIÇÃO
SISTEMA DE SAPATO, DE PREFERÊNCIA PARA O FABRICO DE UM SAPATO COMPLETO COM UM SALTO QUE TERMINA NUMA CAPA, ASSIM COMO UM SAPATO DAÍ FABRICADO, EM ESPECIAL UM SAPATO DE SENHORA 0 invento refere-se a um sistema de sapato para o fabrico de um sapato completo com salto alto, consistindo num arranjo de sola interior, numa sola exterior a colocar no lado inferior e num elemento de estabilização feito sob a forma de uma peça elástica fabricada num material resistente duro, com uma parte de fixação do salto, assim como num salto a fixar na mesma, apresentando o salto, do seu lado voltado para o arranjo de sola interior, um dispositivo de encaixe com um entalhe negativo que corresponde à forma da parte de fixação do salto, podendo o salto com a parte de fixação do salto do elemento de estabilização ser fixado através de meios de fixação bloqueáveis sob a forma de um dispositivo de retenção e/ou encaixe, estando a parte de fixação do salto saliente e o entalhe do salto dimensionados e modelados uma em relação ao outro de modo a serem unidos por forma e/ou por força e o salto poder ser unido firmemente com a parte de fixação do salto em cooperação com os meios de fixação bloqueáveis, consistindo além disso numa parte de sapato superior a ser fixa ao arranjo de sola interior, apresentando o elemento de estabilização uma parte saliente existente do lado inferior na zona do calcanhar e aplicada de modo a constituir uma só peça com a função de parte de fixação do salto, parte essa que se salienta para baixo centralmente em relação ao salto. 1 ΕΡ2078467Β1
Através da patente US-A-4 835 884 é conhecido um sistema de sapato deste género.
Além disso, o invento refere-se a um sapato fabricado com base num sistema de sapato deste género, em especial a um sapato de senhora com um salto que termina numa capa. São conhecidos os sapatos tradicionais com um salto que termina numa capa pequena, apresentando desta maneira, pelo menos na parte inferior do salto, uma área de secção transversal fino, pelo que é chamado "salto fino". Na maioria dos casos (embora não necessariamente), os sapatos deste género são fabricados sob a forma de sapatos de senhora e podem apresentar saltos de altura diferente. Em particular, são conhecidos saltos comparavelmente altos, aproximadamente com 10 centímetros ou mais. No entanto, sapatos correspondente podem também estar equipados com um salto de 3 centímetros ou menos.
Na maioria dos casos, todos os sapatos deste género são caracterizados por um salto relativamente filigranado e uma sobressola e sola interior finas que oferecem ao pé apenas uma superfície de apoio plana. Por isso, o lado inferior do pé está apenas em contacto com a sobressola e a sua sola interior em alguns pontos (dedos dos pés, planta, calcanhar). A carga principal pesa na planta da parte de frente do pé, uma vez que a gravitação empurra o pé, no plano mais ou menos inclinado da sola interior do sapato para baixo. No entanto, devido à sobressola fina, estes modelos têm um aspecto muito elegante. Um dobrar da sola interior ou da sobressola dos 2 ΕΡ2078467Β1 sapatos deste género com salto bicudo que se conhecem, sob o efeito do peso do pé de cima para baixo, é impedido por uma mola de aço que se encontra junto à sobressola.
Apesar disso, a construção é tão fina que estes modelos não deixam de ser muito elegantes. A fixação do salto é realizada através de um aparafusar adicional do salto à sobressola. Devido ao aparafusamento, é necessário que a sobressola seja coberta posteriormente, nesta zona do calcanhar, com pele ou algo semelhante, uma vez que, caso contrário, o parafuso estaria à vista e seria perceptível.
Sapatos de moda deste género são fabricados em grandes fábricas em grandes quantidades, para os produzir de maneira económica. Existem também fábricas muito caras, com quantidades muito pequenas.
Para tornar possivel produzir os sapatos de moda deste género de maneira económica também em fábricas pequenas ou com um grupo reduzido de trabalhadores prevê-se, de acordo com a patente DE 32 23 853 Al, um sistema de sapato para o fabrico de um sapato de moda que consiste em vários componentes básicos, apresentando uma unidade de sola interior-suporte do salto realizada anatomicamente em conformidade com o pé, um salto desmontável com um dispositivo de fixação, uma parte superior do sapato e uma sola exterior. A unidade de sola interior-suporte do salto é formada por uma parte principal num material sintético que se encontra incluida entre uma camada superior e uma inferior num material 3 ΕΡ2078467Β1 foliáceo.
Para a montagem do sapato, a unidade de sola interior-suporte do salto é inserida na parte superior do sapato e segurada mediante uma parte de fixação do salto, sendo aplicada, a seguir, a sola exterior na parte inferior da zona dianteira da parte superior e sendo montado um salto com a altura e forma escolhidas, de maneira amovivel.
Para esta finalidade, a unidade de sola interior-suporte do salto está equipada com uma parte de fixação do salto, aplicada de modo a constituir uma só forma integral, parte essa que se salienta para baixo centralmente em relação ao salto, sendo que a parte de fixação do salto apresenta um dispositivo para facilitar a montagem. Para tal existe um entalhe na zona do salto, sendo que a parte de fixação do salto é formada por uma saliência integral virada para baixo, a qual pode ser inserida no entalhe e fixada de forma amovivel através de aparafusamento.
Devido a esta estrutura técnica especial consistindo na unidade de sola interior-suporte do salto e no entalhe, realizado no salto, para a parte de fixação do salto, podem ser aplicados no sapato, posteriormente, saltos opticamente ou dimensionalmente diferentes.
Pretende-se que o salto tenha uma altura entre os 2 cm e 8 cm, podendo ser realizado largo, de largura média ou delgado. A parte principal do suporte do salto é fabricada num 4 ΕΡ2078467Β1 processo de fundição por injecção, em nylon ou num outro material sintético usualmente utilizado no fabrico de saltos de sapato.
Para a produção da unidade de sola interior-suporte do salto inserem-se duas camadas em forma de folha cuidadosamente cortadas, num molde para fundição por injecção. Em cada um dos os casos, às superfícies superiores e inferiores das camadas em forma de folha é dada uma forma convexa ou côncava, respectivamente. Enquanto as duas camadas em forma de folha são mantidas no molde para fundição por injecção, é injectada uma certa quantidade de resina sintética plastificada no molde para fundição por injecção, formando-se uma fina camada lentiforme entre as duas camadas em forma de folha.
Este material sintético da camada lentiforme endurece durante o seu arrefecimento e solidifica-se, unindo-se desta maneira as duas camadas em forma de folha com ela formando um só corpo sintético podendo ser retiradas do molde para fundição por injecção, como unidade de sola interior-suporte do salto. Como material do corpo sintético ou unidade de sola interior-suporte do salto feita desta maneira, utiliza-se, de preferência, o mesmo material de nylon, material ABS ou poliuretano, ou algo semelhante, que se utiliza usualmente no fabrico de solas interiores e exteriores resistentes, mas flexíveis, de sapatos de moda.
No entanto, o fabrico de um sapato com salto alto com base nos componentes de um sistema de sapato de acordo com a DE 32 23 853 AI apresenta numerosos inconvenientes: 5 ΕΡ2078467Β1
Em primeiro lugar, o fabrico de um sapato de acordo com a DE 32 23 853 AI continua a ser complicado e dispendioso, na medida em que é necessário produzir uma unidade de sola interior-suporte do salto sob a forma de um corpo sintético com várias camadas, com base em camadas em forma de folha distanciadas entre si, num molde para fundição por injecção, sendo o corpo sintético realizado em material inflexível de nylon, ABS ou poliuretano rígido. Constitui, desta maneira, uma "palmilha" rígida, no essencial não deformável, o que também é inconveniente. Além disso, apesar da forma côncava ou convexa, respectivamente, que se dá às camadas superior e inferior em forma de folha, a realização de um leito anatómico para o pé não é possível de maneira satisfatória.
Para a fixação do salto é necessária uma parte de fixação do salto a inserir neste logo no molde para fundição por injecção, sendo necessário equipar este suporte e o salto com ajudas de montagem especiais, particularmente um aparafusamento do salto. Estas ajudas de montagem têm de ser colocadas, uma vez que se pretende montar o salto de acordo com uma altura e forma a escolher, de maneira amovível. Especialmente em saltos com capas estreitas não pode ser obtida, assim, uma fixação absolutamente firme do salto ao arranjo de sola interior utilizado. Além disso, também de acordo com a patente DE 32 23 853 Al é necessário, devido ao aparafusamento, revestir posteriormente a sobressola na zona do calcanhar com pele ou algo semelhante, uma vez que, caso contrário, o parafuso estaria à vista e seria perceptível. 6 ΕΡ2078467Β1
De acordo com a patente DE 10111 229 Cl, é conhecido o fabrico de uma sola interior feita de duas componentes de sola dispostas uma em cima da outra, a saber, uma sola intermédia e um elemento de apoio consistindo em plástico e com elevada estabilidade mecânica em comparação com as propriedades da sola intermédia utilizada, sendo realizado o elemento de apoio numa modificação de nylon ou num elastómero termoplástico com base em poliuretano. O elemento de apoio e a sola intermédia apresentam um
material com base no mesmo polímero, possuindo este no entanto, em cada um dos casos, propriedades mecânicas diferentes. O elemento de apoio possui outras propriedades mecânicas que a sola intermédia, uma vez que se prevê um outro grau de reticulação das matérias macromoleculares contidas do que no EVA da sola intermédia. A união da sola intermédia e do elemento de apoio é realizada num molde de vulcanização sem agente de ligação, apenas sob aplicação de calor e pressão. O fabrico de um sapato de acordo com o revelado na patente DE 10111 229 Cl tem os seguintes inconvenientes: não se prevê nenhuma configuração anatómica para o leito do pé; a escolha do material é limitada, dado que uma vulcanização sem agente de ligação é apenas possível no caso de a sola intermédia e o elemento de apoio apresentar a mesma base de polímero. No entanto, não podem ser utilizados materiais elegantes. Além disso, a espessura mínima de material da sola interior desta maneira formada é relativamente elevada. Por esta razão, os 7 ΕΡ2078467Β1 elementos de sola deste género com elemento de apoio são utilizados em primeiro lugar para sapatos desportivos, não sendo apropriados, por isso, para o fabrico de sapatos elegantes com saltos.
De acordo com a patente US-A-835 884 é conhecido um sistema de sapato gue consiste num arranjo de sola interior, em gue um elemento de estabilização é formado por um cano de sola produzida por injecção, assim como por uma sobressola. 0 cano de sola apresenta uma parte que se encontra na zona central do pé e uma parte que se lhe segue e se estende até à zona do calcanhar, com uma parte de salto ai formado. Além disso, um reforço do cano de sola. A sobressola é formada por uma camada de cobertura superior e inferior, estando a parte de cano de sola central fixada entre estas camadas. 0 cano de sola consiste num material resistente duro, fabricado por injecção, e a sobressola numa matéria-prima correspondente consistindo num material de fibra sintética. A peça composta de cano de sola ou reforço do cano de sola, respectivamente, e sobressola é realizada sem ter uma camada exterior amortecedora. No entanto, no lado interior do sapato está colocada uma sola especial amortecedora.
Através da patente EP1-602 294 AI é já conhecida uma palmilha de espuma que apresenta uma parte de núcleo dura formada como peça moldada em poliuretano termoplástico, sendo por isso deformável termoplasticamente. A camada exterior que envolve a parte de núcleo dura consiste num material sintético 8 ΕΡ2078467Β1 flexível com boa resiliência, estando moldado na parte superior da camada, ou seja, da espuma fina envolvente, um leito de pé pouco profundo.
Partindo deste estado da técnica descrito de acordo com a as patentes DE 32 23 853 AI e US-A-4 835 884, o problema a resolver pelo invento é o de criar um sistema de sapato aperfeiçoado para um sapato com salto alto, especialmente com um salto que termina numa capa, ou um sapato aperfeiçoado, realizado com base neste sistema.
No que se refere ao sistema de sapato de acordo com a patente DE 32 23 853 Al deve ser resolvido, além disso, o problema especial de criar um sapato com um salto, em particular um sapato de senhora com um salto que termina numa capa, em que a estrutura do sapato e a fixação do salto podem ser realizadas através de um arranjo de sola interior com sola exterior sem utilização de uma sobressola e de uma mola de aço a colocar aí. Pretende-se que a parte superior do sapato possa ser fixada directamente no arranjo de sola interior, devendo também ser possível fixar directamente mesmo no lado inferior do arranjo de sola interior um salto que termina numa mera capa, havendo desta maneira uma ligação muito firme entre o arranjo de sola interior e o salto.
Pretende-se que a espessura total da estrutura do arranjo de sola interior com sola exterior seja, se possível, tão fina e elegante como nos sapatos com salto tradicionais, os quais apresentam uma sobressola fina com salto aparafusado e molas de aço que impedem um dobrar da sola interior e da sobressola 9 ΕΡ2078467Β1 quando estas estão expostas a uma carga. 0 invento parte da ideia de, mantendo o aspecto elegante dos sapatos de senhora com salto, dar ao pé um apoio optimizado que se estende o máximo possivel a todo o comprimento do pé, por se prever um leito de pé adicional no lado superior do arranjo de sola interior, optimização essa resultante do contorno do leito do pé, de modo a que o estar em pé e o andar com sapatos com salto, de qualquer modo não saudável, se torne tão cómodo quanto possivel e os esforços exercidos no corpo ao andar e ao estar em pé, sejam minimizados. Pretende-se, neste contexto, que o arranjo de sola interior consista num material sintético indeformável havendo ligado a ele uma parte exterior flexível de espuma com boa resiliência, podendo, assim, ficar gravado o contorno do leito do pé directamente no lado superior.
Para resolver este problema prevê-se, partindo de um sistema de sapato do tipo mencionado inicialmente de acordo com a US-A 4 835 884, um sistema de sapato de acordo com a reivindicação 1.
Para a realização de um sapato deste género prevê-se, além disso, um sapato fabricado com base nas partes deste sistema de sapato, de acordo com a reivindicação 16. 0 sistema de sapato de acordo com a reivindicação 1 distingue-se, além disso, por apresentar um elemento de estabilização feito num material resistente e, simultaneamente duro, resistente a deformações. Este elemento de estabilização 10 ΕΡ2078467Β1 pode constituir, desta maneira, de algum modo a "espinha dorsal" de um sapato fabricado com base no sistema de sapato de acordo com o invento. Pode prescindir-se de uma mola de aço servindo para uma estabilizaçao adicional do elemento de estabilização, que deve ser utilizada num sapato com sobressola. 0 elemento de estabilização é envolvido com uma camada flexível, feita de espuma. Desta maneira é criada a possibilidade de tornar desnecessária uma sobressola, uma vez que se prevê a camada flexível também no lado superior, isto é, no lado virado para o pé do elemento de estabilização, podendo formar, assim, uma superfície cómoda para o pé. Por esta razão, a sobressola pode estar completamente ausente ou então ser prevista apenas numa versão mais simples. Além disso, o fabrico pode ser simplificado por se aplicar a camada no elemento de estabilização num processo simples, por pulverização. Simultaneamente, a aplicação de uma espuma na parte exterior, formada por uma matéria flexível, ficando, desta maneira, o elemento de estabilização no meio desta espuma, torna possível um apoio optimizado de toda a planta do pé dentro do sapato, pelo que é evitada amplamente uma carga assimétrica da planta do pé e uma carga não saudável do corpo. 0 elemento de estabilização apresenta, além disso, uma saliência aplicada no lado inferior na zona do calcanhar, a qual tem a função de suporte do salto e é saliente para baixo. 0 salto pode ser fixado por meio deste suporte do salto do elemento de estabilização do arranjo de sola interior. Isto é conseguido por o salto apresentar um respectivo entalhe 11 ΕΡ2078467Β1 negativo, no qual encaixa a parte saliente da parte de fixação do salto. A parte saliente da parte de fixação do salto e o respectivo entalhe negativo do salto são, neste caso, em cada um dos casos dimensionados de forma a encaixarem formando uma união por forma e/ou por força. Além disso são previstos meios de retenção ou de encaixe ou outros elementos de fixação adequados, bloqueáveis, que asseguram que o conjunto do salto fique firmemente ligado à parte de fixação do salto.
Este arranjo formado pelo salto e pelo suporte do salto garante, ao todo, uma montagem firme e pouco dispendiosa de um salto. Em particular, pode prescindir-se de um aparafusamento do salto, que exige sempre uma cobertura adicional da cabeça do parafuso, sem pôr em risco a união segura entre o salto e a parte restante do sapato. Além disso, o fabrico do sapato é simplificado porque o elemento de estabilização não só torna desnecessária a sobressola, mas apresenta ao mesmo tempo também a unidade de suporte do salto aplicada de modo a constituir uma só forma integral.
Assim, o número de componentes necessário para o fabrico do sapato é reduzido ainda mais e o processo de fabricação torna-se mais simples e mais barato. Além disso, no elemento de estabilização que, desta maneira, representa o componente principal do sapato, podem ser aplicadas de maneira simples partes superiores e saltos de configuração diferente, o que aumenta a flexibilidade no fabrico e para o fabrico de diferentes modelos de sapatos.
Através de formas de realização preferidas, como as 12 ΕΡ2078467Β1 descritas nas reivindicações 2 a 15, podem ser obtidas outras vantagens: devido à nova construção do sistema de sapato de acordo com a reivindicação 3, segundo a qual o revestimento de espuma no lado superior do elemento de estabilização forma uma palmilha, toda a sua superfície do lado inferior do pé tem contacto com o material sintético flexível revestido com espuma, da camada exterior do elemento de estabilização. Assim, o arranjo de sola interior forma uma palmilha em toda a extensão inferior do pé.
Deste modo, apesar da postura inclinada, a carga distribui-se por toda a parte inferior do pé, sendo a planta do pé nitidamente aliviada em relação aos sapatos convencionais com salto. Isto é particularmente válido no que se refere ao lado inferior do pé, sendo, aí, a abóbada transversal interior do pé apoiada adequadamente pelo material sintético de espuma da camada exterior do elemento de estabilização.
Consequentemente, existe aí uma diferença óptica particularmente forte em relação aos sapatos com saltos altos.
Nesta área, no entanto, nos sapatos convencionais com salto e sobressola, o pé encontra-se em posição nitidamente oca, portanto sem apoio.
Especialmente em caso de formação do elemento de estabilização de acordo com a reivindicação 2 a partir de um componente sintético resistente duro, mas elástico, prevendo-se 13 ΕΡ2078467Β1 de acordo com a reivindicação 1 que a camada espumada exterior que envolve o elemento de estabilização consiste num material sintético flexível com boa resiliência e já estando integrado no lado superior desta camada uma zona de apoio da planta do pé sob a forma de uma palmilha anatómica, é possível manter a espessura total do arranjo de sola interior utilizado extremamente fina e elegante apesar da formação da palmilha, estando simultaneamente garantida neste mero arranjo de sola interior de plástico com salto fixo, uma estabilidade comparável com a de sapatos de salto apresentando uma sobressola com mola de aço para a sua estabilização, assim como um salto fixo por aparafusamento. A capa consiste num plástico resistente, por exemplo, num plástico termoplástico com bons valores de abrasão no qual, de acordo com uma realização conveniente das reivindicações dependentes, se encontra integrado um pino de aço com ponta de retenção. 0 salto do sapato é também fabricado num material resistente, por exemplo, ABS, sendo este muito duro, mas resistente aos riscos, ao choque e à ruptura.
No interior do salto prevê-se um pino oco de aço, no qual pode ser montada a ponta do pino de aço da capa.
Para melhorar a ligação do elemento de estabilização e da sua camada exterior espumada existem, de acordo com a subreivindicação 5, perfurações através do elemento de estabilização. Para melhorar a estabilidade do arranjo de sola 14 ΕΡ2078467Β1 interior existem, pelo menos num dos lados exteriores do elemento de estabilização, nervuras longitudinais salientes em direção longitudinal do arranjo de sola, sendo, assim, impedido um dobrar do arranjo de sola quando o pé exerce de cima para baixo uma carga no sapato e o salto, mesmo se esta carga for elevada. A camada que envolve o elemento de estabilização consiste num elastómero termoplástico à base de uretano, tratando-se, assim, de um material elástico com boa resistência ao desgaste e elevada resiliência.
Deste modo, este material pode ser moldado para integrar nele um apoio de forma anatómica para o pé, onde existem todas as componentes essenciais de um apoio deste género com forma anatómica para o pé, isto é, uma cavidade profunda para o calcanhar, dando um apoio firme ao pé, um suporte interior e exterior da abóbada longitudinal que dão equilíbrio ao pé quando pisa o chão e que asseguram uma posição natural e correcta do pé, um elemento-guia dos dedos do pé que mantém o guiamento dos dedos do pé optimizado para garantir um movimento de desenrolamento natural do pé, um material flexível para o apoio da planta do pé com elevado conforto de uso, e uma borda exterior à margem do apoio da planta do pé, a qual se eleva lateralmente na borda exterior do apoio da planta do pé e que apoia e protege o pé.
De acordo com uma forma de realização conveniente, e em particular para criar um apoio almofadado de forma confortável na zona do joanete e do calcanhar, prevêem-se, além disso, na 15 ΕΡ2078467Β1 palmilha de forma anatómica para o pé, entalhes para a inserção de uma almofada do calcanhar e de uma almofadinha da abóbada transversal sendo mais flexíveis que a camada de espuma do elemento de estabilização (subreivindicação 4).
No texto que se seque são descritas formas de realização convenientes do sistema de sapato com base no exemplo de uma sandália de senhora com presilha de calcanhar assim como duas tiras de suporte com ilhó, referindo-nos aos respectivos desenhos.
Os desenhos mostram:
Figura 1 - uma representação em perspectiva da sandália de senhora com presilha de calcanhar, com duas tiras de suporte e salto alto, vista lateral de frente;
Figura 2 - uma vista de cima na sandália de senhora mostrando a palmilha assim como as duas tiras de suporte com presilha de calcanhar;
Figura 3 - uma representação em perspectiva da sandália de senhora mostrando a sola exterior assim como o salto, aí posicionado na extremidade exterior, o qual se termina de forma bicuda numa capa, assim como mostrando o lado do arranjo de sola com as duas tiras de suporte, posicionado lateralmente no interior do sapato;
Figuras 4, 5 e 6 - três componentes, utilizadas no sapato, do sistema de sapato, em parte em estado ainda não 16 ΕΡ2078467Β1 trabalhado, em parte sob a forma de semiacabado, a saber, um salto fabricado num material sintético resistente (ABS), um elemento de estabilização a colocar como apoio no arranjo de sola interior a utilizar e o arranjo de sola interior propriamente dito, consistindo num elemento de estabilização e numa camada de material sintético que o envolve exteriormente, consistindo num material resistente, mas flexivel (por exemplo TPU), havendo nesta camada, do lado superior, um apoio de configuração anatómica para a planta do pé.
Para a fixação do salto neste arranjo de sola interior existe ai uma parte de fixação do salto de forma cubóide, saliente do seu lado inferior de acordo com a figura 11, ou uma parte de fixação do salto cortada obliquamente em forma de cunha, correspondente ao entalhe que se aprofunda no lado superior do salto de acordo com a figura 4;
Figura 7 - uma representação em perspectiva de uma capa a utilizar, com um pino de aço com ponta saliente, que serve para a fixação;
Figura 8 e figura 9 - uma vista de cima na almofada do calcanhar a utilizar, assim como a almofadinha da abóbada transversal, as quais têm de ser inseridas em entalhes existentes no apoio da palmilha;
Figura 10 - uma representação do salto ainda não acabada de acordo com a figura 4, isto é, no estado ainda não trabalhado, com um entalhe modificado para a parte de 17 ΕΡ2078467Β1 fixação do salto alterada de acordo com a figura 11 e 12;
Figura 11 - ao contrário da representação do lado superior de acordo com a figura 5, uma vista no lado inferior do elemento de estabilização, em representação virada em 90, mostrando os furos de perfuração ai realizados, assim como as nervuras longitudinais adicionais salientes assim como a parte de fixação do salto saliente do lado inferior do elemento de estabilização para a fixação do salto, parte de fixação essa que se termina ao contrário do entalhe em forma de cunha de figura 4, em escada (saliência exterior adicional estreita);
Figura 12 - ao contrário de figura 6, uma representação do arranjo de sola interior com o elemento de estabilização de figura 11, visto do lado inferior, onde se vê a parte de fixação do salto que se salienta do lado inferior da camada de espuma, assim como perfurações que atravessam o elemento de estabilização e se prolongam na área da camada de espuma existente no lado inferior desta camada de estabilização;
Figura 13 - uma representação de um salto de acordo com a figura 10 alterado, estando o entalhe mais uma vez configurado para o encaixe de uma parte de fixação do salto em forma de bloco ou de cubo, respectivamente, que apresenta uma pequena saliência exterior adicional em escada, apresentando no entanto lateralmente dois furos distanciados, para o encaixe de pinos de montagem e fixação previstos no elemento de estabilização ao lado da 18 ΕΡ2078467Β1 parte de fixação do salto;
Figura 14 - uma representação do lado inferior deste elemento de estabilização, com os dois pinos de montagem e fixação salientes ao lado da parte de fixação do salto;
Figura 15 - uma representação do arranjo de sola interior completo consistindo no elemento de estabilização de figura 14 e na camada de espuma que o envolve;
Figura 16 - uma representação do lado superior de um elemento de estabilização sem saliências nem nervuras longitudinais, de acordo com a figura 5 alterado, com uma mola de aço que está inserido no meio e se estende na sua direcção longitudinal, para um reforço adicional do elemento de estabilização;
Figura 17 - uma representação do lado inferior de um elemento de estabilização de acordo com a figura 11 alterado, mostrando as duas nervuras longitudinais salientes, distanciadas uma da outra, e dando uma ideia da posição da mola de aço inserida, a qual se estende desde a parte de fixação do salto para a esquerda, até à zona dianteira do elemento de estabilização.
De acordo com as figuras 1 e 3, a sandália de senhora (20) apresenta um salto (2) com uma altura de cerca de 10 cm, reduzindo-se a secção transversal deste, já na metade superior do mesmo, à secção transversal fino e havendo no salto, em baixo, uma capa (1). A altura do salto só representa um 19 ΕΡ2078467Β1 exemplo. São também imagináveis saltos mais altos ou saltos nitidamente mais baixos. A capa (1) e o salto (2) são fixados através de um pino de aço (17) com ponta saliente, integrado na capa, sendo esta ponta inserida num pino de aço oco (18) posicionado no interior do salto (2) e consistindo o salto num material sintético ABS. A estrutura do salto (2) é representada na figura 4. Para a sua fixação, apresenta um entalhe negativo (10) para a inserção de uma parte de fixação do salto, do arranjo de sola interior (3,4). 0 entalhe negativo (10) existente no lado de trás superior do salto, corresponde a uma saliência cuneiforme do elemento de estabilização (3) a qual forma com este uma só peça, saliência essa posicionada no lado inferior na zona do calcanhar e que actua como parte de fixação do salto, sendo o lado superior do elemento de estabilização representado nas figuras 5 e 6.
Para o fabrico do arranjo de sola interior (3,4) da sandália de senhora, fixa-se o elemento de estabilização (3) num molde de produção do arranjo de sola interior (3,4) de tal maneira a se poder aplicar a camada exterior, por injecção, à volta do elemento de estabilização, para formar uma camada espumada exterior (4) do elemento de estabilização (3). A camada exterior é aplicada sob a forma de espuma, consistindo esta camada num material resistente, mas flexível, com boa resiliência (TPU). 20 ΕΡ2078467Β1
Este material é elástico e apresenta além da sua desejada resiliência, uma boa resistência ao desgaste. A ligação da camada exterior aplicada por injecção (4), ao elemento de estabilização (3) , é reforçada por haver perfurações (7a,b,c) de acordo com a figura 5, no elemento de estabilização (3), as quais servem para que o poliuretano termoplástico da camada (4) possa atravessar essas aberturas, ficando desta maneira as partes a ligar (3,4) praticamente unidas inseparavelmente.
Quando o pé exerce de cima uma carga no sapato é impedido, já devido à rigidez do elemento de estabilização (3), um dobrar do elemento de estabilização ou do arranjo de sola interior (3,4), respectivamente, e da palmilha (15) formada no seu lado superior.
Uma sobressola, existente nos sapatos de senhora com salto alto e, deste modo, uma mola de aço geralmente usada juntamente com esta para impedir um dobrar, são desnecessárias.
Apenas por esta ligação especial do elemento de estabilização (3) e da camada espumada exterior (4) envolvente o arranjo de sola interior e a sua construção podem ser realizados de forma tão fina que se mantém o aspecto elegante dos sapatos de senhora convencionais com salto e sobressola e mola de aço integrado, apesar do apoio optimizado dado à planta do pé.
No lado superior do arranjo de sola interior (3, 4) 21 ΕΡ2078467Β1 acabado, com elemento de estabilização (3) posicionado no interior e a palmilha (15) do lado exterior, é aplicada, de preferência, uma almofada do calcanhar (5) e uma almofadinha da abóbada transversal (6).
Para este efeito prevêem-se entalhes (12,13) na palmilha (15) .
Após a integração destas partes, todo o arranjo de sola interior, com o salto já fixo no elemento de estabilização (3), é revestido com uma camada fina, por exemplo, de pele. Isto é efectuado com um molde especial que possui exactamente a forma negativa da palmilha (15) ou do arranjo de sola interior (3,4), respectivamente, e que apresenta além disso arestas especiais, ficando desta maneira todas as marcas caracteristicas, como por exemplo os contornos da forma do pé na palmilha também bem visiveis após o revestimento e não apresentando a cobertura dobras, bolhas ou algo semelhante.
Além disso, devido a entalhes correspondentes existentes no molde, as partes flexíveis de látex não são comprimidas, ficando desta maneira elásticas e mantendo a sua forma. A seguir, conforme o modelo desejado, a parte superior do sapato (16) (cano) é montada no arranjo de sola interior (3,4) já revestido.
No elemento de estabilização (3') alterado de acordo com a figura 11 salienta-se, no lado inferior na zona do calcanhar, uma parte de fixação do salto (9) em forma de cubo. Em 22 ΕΡ2078467Β1 conformidade com esta, o salto modificado (2') a fixar de acordo com a figura 10 apresenta no seu lado virado ao lado inferior do arranjo de sola, um entalhe correspondente negativo em forma de um cubo (10') .
Ao contrário do elemento de estabilização representado na figura 5 visto do lado superior, o gual, não considerando as perfurações (7a,b,c) gue o atravessam completamente, apresenta superfícies exteriores lisas e não tem saliências ou nervuras servindo para o seu reforço, o elemento de estabilização modificado (3' ) possui no seu lado inferior duas nervuras longitudinais (8a,b) distanciadas uma da outra em direção longitudinal do elemento de estabilização (3' ) , para reforçar a estabilidade (resistência à flexão). Impede-se desta maneira um dobrar do arranjo de sola quando o sapato com salto é sujeito à carga do peso do pé.
Depois de se ter executado o acabamento (envernizamento, galvanização, revestimento com pele, etc.) do salto (2') de acordo com a vontade do designer, o salto é ligado ao arranjo de sola interior (3', 4) muito firmemente.
Isto é obtido através de colagem e ligação por forma e por força da parte de fixação do salto (9) em forma de cubo ao entalhe negativo (10') onde esta peça encaixa.
Nos sapatos convencionais com saltos e sobressolas, um aparafusamento adicional da sobressola no salto é necessário para garantir a estabilidade necessária. 23 ΕΡ2078467Β1
Isto é desnecessário na presente construção, devido à estabilidade que é obtida entre a parte de fixação do salto em forma de cubo (9) do elemento de estabilização (3') e o entalhe (10') existente no salto (2'), assim como à colagem prevista além disso facultativamente.
Uma vez que um aparafusamento adicional do salto e do elemento de estabilização é desnecessário, evita-se de acordo com o invento em especial, portanto, a necessidade de um revestimento posterior com pele ou algo semelhante da área da sola interior (calcanhar), devido ao aparafusamento, previsto nas sobressolas. Desta maneira mantém-se o aspecto elegante do arranjo de sola interior (palmilha) revestido com pele, sem ser prejudicado por costuras ou arestas de cortes de camadas de revestimento adicionais.
Para terminar o fabrico do sapato falta apenas fixar uma sola exterior (11) no lado inferior do arranjo de sola interior (3,4) .
De acordo com o invento, a colocação de uma sobressola adicional não se realiza.
Na forma de realização modificada de acordo com a figura 10-12, a fixação do salto é realizada através da parte de fixação do salto (9) modificada e um entalhe negativo correspondente (10') , passando a sua saliência em forma de bloco, em escada, para uma saliência adicional mais pequena. Aos seus lados prevê-se, como também na forma de realização de acordo com a figura 13-15, uma fixação adicional através de 24 ΕΡ2078467Β1 pinos de montagem e fixação adicionais (21,22) assim como das aberturas (23, 24) de furos de encaixe.
Na forma de realização modificada do elemento de estabilização (27) de acordo com o elemento de estabilização (3) sem saliências ou nervuras longitudinais de acordo com a figura 5, está integrada além disso, no meio, uma mola de aço (29) que se estende na direção longitudinal. Através desta é obtido um reforço adicional do elemento de estabilização impedindo-se, desta maneira, de maneira fiável um dobrar quando o arranjo de sola interior ou o sapato dai fabricado é exposto a uma carga, até mesmo com pesos e forças mais elevados.
Em conformidade com o elemento de estabilização (3' ) de figura 11 prevê-se de acordo com a figura 17 uma modificação, apresentando o elemento de estabilização (28) ai representado também uma mola de aço adicional (30) que se estende desde a zona da parte de fixação do salto (9) ao longo do comprimento elemento de estabilização (28), pelo menos até à zona debaixo do apoio da abóbada transversal da palmilha (15) com forma anatómica a formar, do sapato. Além disso, continuam a estender-se, como na figura 11, nervuras longitudinais (8a, b).
Os elementos de estabilização (27, 28) com mola de aço integrada (29, 30) são fabricadas num processo de fundição por injecção utilizando uma técnica hibrida, realizando-se desta maneira uma união firme dos diferentes materiais de aço e plástico utilizados.
Os elementos de estabilização (27, 28) são também feitos 25 ΕΡ2078467Β1 num material de acrilonitrilo/butadieno/estireno, sendo também o salto a utilizar (2,2') produzido com o mesmo material sintético. A camada de espuma feita para a formação da palmilha é formada no elemento de estabilização, também num elastómero termoplástico com base em uretano, isto é, num poliuretano termoplástico, como é o caso no elemento de estabilização (3,3' ,3") .
Lista dos números de referência 1 2, 2' 2" 3, 3', 3", 27, 28 4, 4' 4" 3,4.3' 4'.3" 4" 5 6 7a,b,c.. . 8a,b,... 9 10,10' 9, 10 11 12,13 14 15 16 17 18
Capa
Salto
Elemento de estabilização
Camada de espuma que envolve o elemento de estabilização (3)
Arranjo de sola interior Almofada do calcanhar Almofadinha da abóbada transversal Perfurações
Nervuras longitudinais
Parte de fixação do salto (saliência do elemento de estabilização(3))
Entalhe negativo im Absatz (2)
Meios de fixação Sola exterior Entalhes
Lado superior da camada de espuma Palmilha anatomicamente moldada no lado superior (14)
Cano do sapato
Pino de aço com ponta
Pino de aço oco 26 ΕΡ2078467Β1
Tiras de suporte 19a, b, c,
Sandália de senhora com salto alto 20
Pinos de montagem e fixação em (2') 21, 22
Aberturas dos furos de encaixe correspondentes 23, 24
Pinos de montagem e fixação no elemento de 27, 28 estabilização (3")
Aberturas correspondentes no salto (2") 25, 26
Mola de aço no elemento de estabilização (27) 29
Mola de aço no elemento de estabilização (28) 30
Lisboa, 26 de Março de 2012 27

Claims (16)

  1. ΕΡ2078467Β1 REIVINDICAÇÕES 1. Sistema de sapato, para o fabrico de um sapato completo com salto ( 2, 2' , 2"), que consiste num arranjo de sola interior (3, 4; 3' , 4; 3", 4"), numa sola exterior (11) para ser colocada no lado inferior de um elemento de estabilização (3, 3' , 3"; 27, 28) feito como uma peça elástica fabricada num material estável rigido com uma parte de fixação do salto (9) e um salto a ser fixado neste (2, 2’, 2"), em que o salto (2, 2’, 2") tem, no seu lado voltado para o arranjo de sola interior, um dispositivo de encaixe com um entalhe negativo (10, 10') correspondente à forma da parte de fixação do salto (9), podendo o referido salto (2, 2' , 2") ser fixado à parte de fixação do salto (9) do elemento de estabilização (3, 3', 3") por meios de fixação bloqueáveis (9, 10), na forma de um dispositivo de retenção e/ou encaixe, em que a parte de fixação do salto (9) se projecta como uma extensão e o entalhe (10, 10') do salto (2, 2' , 2") são proporcionados e configurados um em relação ao outro como uma união por forma e/ou por força, de modo que o salto (2, 2' , 2") possa ser ligado firmemente à parte de fixação do salto (9) em cooperação com os meios de fixação bloqueáveis (9, 10), consistindo ainda numa parte superior de sapato (16) a ser fixada no arranjo de sola interior, em que o elemento de estabilização (3, 3' , 3"; 27, 28) tem uma extensão que se projecta para baixo, central em relação ao salto (2, 2' , 2"), no lado inferior na zona do calcanhar configurada como uma peça única, funcionando como parte de fixação do salto (9), caracterizado por a) o elemento de estabilização (3, 3', 3' estar 1 ΕΡ2078467Β1 envolvido, pelo menos, por uma camada (4, 4', 4") de um material flexível espumado, e b) a camada espumada (4, 4', 4") que envolve o elemento de estabilização (3, 3', 3"; 27, 28) consistir num plástico flexível com boa resiliência, em que a zona de apoio da planta do pé moldada na superfície superior (14) desta camada espumada na forma de uma palmilha anatomicamente moldada (15) e a camada espumada (4, 4', 4") consiste num elastómero termoplástico à base de uretano, portanto de um poliuretano termoplástico, e c) o sistema de sapato apresentar, além disso, uma capa (1) para o fabrico de um sapato com um salto alto (2, 2', 2") que termina nesta capa (1).
  2. 2. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o elemento de estabilização (3, 3' , 3"; 27, 28) do arranjo de sola interior consistir numa parte estável mas elástica.
  3. 3. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o salto (2, 2', 2") e o elemento de estabilização (3, 3', 3"; 27, 28) consistirem num material de acrilonitrilo/butadieno/estireno, isto é, num terpolímero que consiste nos três monómeros básicos de acrilonitrilo, butadieno e estireno.
  4. 4. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizado por na superfície superior da camada (4, 4', 4") 2 ΕΡ2078467Β1 ou na palmilha de forma anatómica (15), respectivamente, haver entalhes (12, 13) para inserção de uma almofada do calcanhar (5) e de uma almofadinha da abóbada transversal (6).
  5. 5. Sistema de sapato de acordo com um das reivindicações 1 a 4, caracterizado por, terem sido realizadas perfurações (7a,b,c...) para melhorar a união entre o elemento de estabilização (3, 3' , 3"; 27, 28) e a camada espumada formando a camada (4) que o envolve, perfurações estas que atravessam o elemento de estabilização (3, 3', 3"; 27, 28) e/ou por, para melhorar a estabilidade do arranjo de sola interior existirem nervuras longitudinais (8a,b,c...), pelo menos, num dos lados exteriores do elemento de estabilização (3, 3', 3") em direção longitudinal do arranjo de sola, impedindo-se desta maneira que o arranjo de sola dobre quando o peso do pé exerce de cima para baixo uma carga no sapato com salto.
  6. 6. Sistema de sapato de acordo com um das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a capa (1) compreender um pino de aço (17) com ponta e por o salto (2, 2' ,2”) apresentar um pino de aço oco (18) posicionado no interior, no qual pode ser fixada a ponta do pino de aço da capa (1).
  7. 7. Sistema de sapato de acordo com um das reivindicações 1 a 6, caracterizado por existirem meios para uma colagem destas peças, além dos meios de fixação (9, 10') do salto (2, 2', 2") e do elemento de estabilização (3, 3' , 3"), realizados sob a forma de dispositivo de encaixe e retenção. 3 ΕΡ2078467Β1
  8. 8. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por serem colocados furos de encaixe (23, 24) ao lado da parte de fixação do salto (9) na superfície inferior do elemento de estabilização (3'), e serem colocados pinos de montagem e fixação (21, 22) no salto (2').
  9. 9. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por serem colocados pinos de montagem e/ou fixação (27, 28) ao lado da parte de fixação do salto (9) no lado inferior do elemento de estabilização (3"), e furos (25, 26) pinos para a montagem e/ou fixação (27, 28) ao lado do entalhe (10') do salto (2").
  10. 10. Sistema de sapato de acordo com uma das reivindicações anteriores 1 a 9, caracterizado por a parte de fixação do salto (9) ser configurada numa forma cubóide como uma extensão no lado inferior do elemento de estabilização (3'; 28).
  11. 11. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a parte de fixação do salto (9) de forma cuboide consistir, pelo menos, em 2 saliências escalonadas uma em relação à outra no sentido da altura.
  12. 12. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a altura da saliência cuboide da parte de fixação do salto (9) aumentar para fora em direcção ao lado de trás do salto (2), formando uma saliência cuneiforme, ficando o entalhe (10) existente no salto (2) correspondentemente mais profundo na direção do lado de trás. 4 ΕΡ2078467Β1
  13. 13. Sistema de sapato de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por o elemento de estabilização (3, 3', 3"; 27, 28) consistir num material firme mas elástico, no qual é incorporada uma mola de aço (2 9, 30) , que se estende desde a zona da parte de fixação do salto (9) ao longo do comprimento elemento de estabilização (3, 3', 3"; 27, 28), pelo menos até à zona debaixo do apoio da abóbada transversal da palmilha (15) com a forma anatómica a formar.
  14. 14. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por a mola de aço (25, 2 6) se estender centralmente no elemento de estabilização (3, 3', 3") na sua direcção longitudinal.
  15. 15. Sistema de sapato de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizado por o elemento de estabilização (3, 3' , 3"; 27, 28) com a mola de aço (29, 30) incorporada ser fabricado num processo de fundição por injecção utilizando uma técnica híbrida, realizando-se desta maneira uma união firme dos materiais de aço e plástico utilizados.
  16. 16. Sapato, em especial um sapato de senhora ou sandália de senhora, fabricado com os elementos de um sistema de sapato de acordo com uma das reivindicações anteriores 1 a 15. Lisboa, 26 de Março de 2012 5
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