PT1520562E - ''dispositivo para misturar e distribuir substâncias líquidas e em forma de pó destinadas a uma utilização'' - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO PARA MISTURAR E DISTRIBUIR SUBSTÂNCIAS LÍQUIDAS E EM FORMA DE PÓ DESTINADAS A UMA UTILIZAÇÃO MÉDICA" A invenção refere-se a um dispositivo para misturar e distribuir substâncias liquidas e em forma de pó destinadas a uma utilização médica, dispositivo esse que apresenta as caracteristicas enunciadas no conceito genérico da reivindicação 1.

Em diversos métodos de tratamento médico introduz-se no corpo do paciente um produto artificialmente produzido. Assim, por exemplo, na vertebroplastia injecta-se directamente numa matriz óssea enfraquecida um cimento ósseo produzido artificialmente, que antes de ser usado se encontra no estado liquido, cimento esse que serve para dar apoio à matriz óssea e para em virtude disso reduzir as dores provocadas pela deformação de certos ossos ou pela perda de massa óssea. Dado que o produto produzido artificialmente é introduzido no corpo humano ou no corpo de animais, permanecendo ai durante um longo período de tempo, as exigências são muito elevadas em relação a uma boa compatibilidade, bem como em relação a uma composição e a um manuseamento em ambiente estéril.

Cimentos ósseos típicos são compostos por um componente líquido, tratando-se frequentemente de soluções monómeras de metacrilato de metilo (MMA) com pequenas quantidades de outros monómeros e de aditivos, bem como por um componente sólido em 1 forma de pó que na maioria dos casos é no essencial constituído por um polímero, como por exemplo o metacrilato de polimetilo (PMMA). Outras misturas de produtos compõem-se tipicamente de um pó mineral, como por exemplo o fosfato de cálcio ou o sulfato de cálcio, eventualmente com outros aditivos ou outras substâncias activas, tais como antibióticos, e de uma solução aquosa de sais ou então uma outra solução estabilizadora, nomeadamente uma solução de fosfato de sódio. São também pensáveis misturas à base de dois componentes pastosos que possuam qualidades que os tornam apropriados para uma utilização no corpo humano.

Todos estes produtos produzidos artificialmente têm em comum que para a sua preparação se torna necessário misturar intensamente um componente primário no estado líquido com um outro produto que frequentemente se encontra no estado sólido, mas eventualmente também no estado líquido. Após a mistura é então possível utilizar e processar durante um curto período de tempo o produto misturado, antes de se iniciar a solidificação e o endurecimento da mistura de produtos, que é o que se pretende. São já conhecidos numerosos dispositivos que se prestam a obter uma mistura das substâncias e a introduzir essas substâncias no corpo humano. Pelo menos a última etapa, que é a de distribuir as substâncias misturadas, terá evidentemente de se efectuar directamente na sala de operações sob condições estéreis. Dado que após a primeira mistura das duas substâncias de base só se encontra frequentemente à disposição um tempo muito curto até à utilização de acordo com a finalidade a que se destina o produto acabado de misturar, torna-se desejável que também a operação de mistura se possa realizar sob condições estéreis. 2 0 produto final criado pela mistura pode apresentar durante a aplicação médica - dependendo também das substâncias de base utilizadas em cada caso - uma viscosidade variável ao longo de uma larga gama. Uma aplicação precisa e controlada do produto final durante uma intervenção cirúrgica pode apresentar dificuldades, nomeadamente quando se trata de produtos finais de alta viscosidade, que eventualmente podem ainda conter aditivos de granulometria fina.

Na prática ficou já a ser conhecido um recipiente misturador no qual as substâncias de base reunidas num cilindro misturador podem ser misturadas intensivamente por meio de um êmbolo misturador actuado manualmente. Para distribuir as substâncias misturadas o cilindro misturador é colocado num aparelho de manuseamento que permite um débito controlado do produto final já misturado. As substâncias de base que primeiro foram armazenadas separadamente encontram-se hermeticamente fechadas no cilindro misturador durante a operação de mistura, de modo que a mistura intima manual e o subsequente débito se podem efectuar sob condições estéreis, por exemplo numa sala de operações. É necessário introduzir os componentes de base a misturar no cilindro misturador imediatamente antes de se proceder a essa mistura, o que habitualmente não se efectua sob condições estéreis, isto é, no exterior da sala de operações. Torna-se então necessário esterilizar o cilindro misturador já cheio para permitir a mistura e a utilização do produto misturado na sala de operações. É certo que a utilização do aparelho de manuseamento adicional facilita o débito dos produtos finais, mesmo que os 3 mesmos sejam altamente viscosos, provocando a colocação do cilindro misturador no aparelho de manuseamento, após realização da mistura íntima, um elevado dispêndio de tempo, além de ser complicado, tornando-se ainda bastante complexas, em termos relativos, a preparação e a esterilização do aparelho de manuseamento antes de cada aplicação. Devido aos reduzidos custos de fabrico e ao dispêndio incomportavelmente elevado de meios para a sua limpeza os cilindros misturadores, em ligação com os respectivos êmbolos de mistura e de débito, são habitualmente concebidos e fabricados sob a forma de produtos descartáveis. Os custos de fabrico relativamente elevados dos aparelhos de manuseamento atrás descritos, que não entram directamente em contacto com as substâncias utilizadas, fazem no entanto com que o aparelho de manuseamento seja realizado de maneira a poder ser reutilizado, tornando-se necessário limpá-lo e esterilizá-lo após cada utilização.

Ficou também a ser conhecido um dispositivo para misturar e distribuir cimento ósseo (documento EP 0692229 Bl) que permite uma armazenagem separada dos componentes de base sob condições estéreis. Neste dispositivo torna-se no entanto necessário, após a finalização da operação de mistura e antes do débito do cimento ósseo obtido pela mistura, remover os dispositivos de actuação do êmbolo misturador e fixar meios para actuar o êmbolo de distribuição. Para tal o êmbolo de distribuição é habitualmente um êmbolo de pressão, de deslocamento axial, que mediante uma haste de pressão, que deverá ser fixada no êmbolo de distribuição, é premido para dentro do cilindro misturador, expulsando em virtude disso o cimento ósseo nele contido, cimento esse que sai através de uma tubuladura de distribuição que é igualmente fixada posteriormente no cilindro misturador. 4 0 dispositivo pode ser produzido a bom preço e presta-se para servir de produto descartável. 0 manuseamento de um tal dispositivo causa no entanto um grande dispêndio de tempo devido à transformação que se torna necessário efectuar após a operação de mistura e antes da aplicação, além de esse manuseamento ser complicado e não permitir, nomeadamente quando se trata de misturas de produtos altamente viscosos, nenhum débito dosifiçado ou então controlado do cimento ósseo.

Além disso ficou a ser conhecido, pelo documento WO 97/18031, um dispositivo congénere. O objectivo da presente invenção é o de configurar um dispositivo de maneira tão simples quanto possível e de uma forma capaz de ser produzida a bom preço, de tal modo que se torna possível obter uma mistura intensiva das substâncias de base, bem como o seu débito controlado, simultaneamente aliado a um manuseamento tão simples quanto possível. Todo o dispositivo deverá poder ser produzido e utilizado de maneira economicamente racional sob a forma de um produto descartável. Pelo menos durante a operação de mistura e da aplicação das substâncias misturadas deveria ser impossível haver uma contaminação indesejável tanto do meio envolvente como também das substâncias utilizadas.

De acordo com a invenção este objectivo atinge-se pela adopção das características definidoras da reivindicação 1.

Em consequência disso consegue-se que o manuseamento do dispositivo durante a operação de mistura e da aplicação seja significativamente simplificado. Não se torna necessário tomar medidas suplementares para por exemplo adaptar o dispositivo 5 após a operação de mistura, de tal maneira que se torna possível distribuir de maneira simples a mistura de produtos. Devido ao manuseamento simplificado reduz-se sensivelmente o tempo necessário para a preparação e a utilização da mistura de produtos, o que por sua vez faz com que se possa reduzir a duração da intervenção cirúrgica, tornando-se menor o stress a que os pacientes e o médico que efectua a intervenção estão suj eitos.

Uma vez que o dispositivo comporta meios para recolher e armazenar separadamente os componentes a misturar torna-se possível introduzir os componentes no dispositivo já bastante antes da utilização prevista para o mesmo. 0 enchimento do dispositivo poderia por exemplo efectuar-se directamente após o seu fabrico, sob condições estéreis, podendo os dispositivos, consoante a sua aplicação, ser enchidos com diferentes componentes a misturar, para depois serem oferecidos e comercializados nesta forma. Mesmo que o enchimento se faça separadamente do fabrico e da comercialização do dispositivo, torna-se frequentemente possível armazenar no dispositivo ao longo de um período de tempo suficientemente longo, que vai até à sua utilização, as substâncias recolhidas separadamente, de modo que se pode prescindir da necessidade de haver um enchimento imediatamente antes ou durante a utilização do dispositivo, aquando de uma intervenção cirúrgica na sala de operações.

Está previsto que o dispositivo comporte duas câmaras hermeticamente separadas uma da outra, câmaras nas quais é possível recolher e armazenar duas substâncias a misturar uma com a outra. Nas câmaras separadas podem ser armazenadas substâncias líquidas ou em forma de pó sem o auxílio de material 6 de embalagem suplementar ou de envoltórios de protecção, como por exemplo sacos de película ou caixas de cartão, e isto mesmo ao longo de um período de tempo bastante prolongado. Antes de juntar e misturar as substâncias não é necessário abrir primeiro a embalagem para poder proceder à sua mistura. Deste modo consegue-se simplificar significativamente o manuseamento, que se efectuará nomeadamente sob condições estéreis.

Está previsto que o êmbolo de distribuição comporte no seu interior uma câmara de armazenagem que permite recolher uma das substâncias a misturar. A câmara de armazenagem no interior do êmbolo de distribuição é um espaço oco separado do espaço interior do cilindro misturador. 0 espaço interior do cilindro misturador forma então, sem necessidade de recorrer a medidas complementares, uma segunda câmara que é distinta da câmara de armazenagem no interior do êmbolo de distribuição.

Para tal a câmara de armazenagem no espaço interior do êmbolo de distribuição pode ter no essencial a forma de um cilindro oco, sendo essa câmara de armazenagem delimitada do lado de fora pela parede exterior cilíndrica do êmbolo de distribuição e do lado de dentro pelo apoio axial da haste de actuação do êmbolo misturador, apoio esse que está situado do lado de dentro do êmbolo. 0 volume assim colocado à disposição basta para utilizar no dispositivo as substâncias de base mais vulgarizadas. De maneira conveniente enche-se a câmara de armazenagem no espaço interior do êmbolo de distribuição com uma substância de base líquida, que será armazenada nesse espaço, e isto pelo facto de ser mais fácil levar a efeito um esvaziamento, em larga medida isento de restos, da câmara de armazenagem do êmbolo de distribuição, sempre que se trata de uma substância no estado líquido. 7

De maneira vantajosa está previsto que o êmbolo de distribuição apresente um orificio obturável, através do qual, no estado aberto, a substância contida na câmara de armazenagem do êmbolo de distribuição pode passar para o cilindro misturador. Ao abrir este orifício obturável é estabelecida uma comunicação entre a câmara de armazenagem dentro do êmbolo de distribuição e o cilindro misturador, comunicação essa através da qual a substância de base até aqui armazenada no êmbolo de distribuição passa para o cilindro misturador. Na maioria dos casos bastará para tal segurar o dispositivo durante um curto intervalo de tempo, de modo a que o cilindro misturador fique posicionado por baixo do êmbolo de distribuição, por forma a que o líquido possa entrar a partir do êmbolo de distribuição, situado a uma maior altura, no cilindro misturador situado mais abaixo, e isto por acção da força da gravidade. Utilizando uma substância de base no estado pastoso, poderá também ser conveniente efectuar o esvaziamento da câmara de armazenagem do êmbolo de distribuição, por exemplo por via mecânica, ou apoiar essa saída por uma sobrepressão adicionalmente criada.

De um modo preferido o orificio obturável do êmbolo de distribuição pode ser fechado por meio de um mecanismo de fecho disposto na extremidade do êmbolo de distribuição que está situada do lado contrário ao do cilindro misturador. A abertura e o fecho do êmbolo de distribuição no inicio da operação de mistura, com a finalidade de reunir as substâncias de base até aí armazenadas, podem então ser realizados e controlados de maneira simples a partir do lado livremente acessível do dispositivo. 0 mecanismo de obturação apresenta de maneira conveniente meios de manipulação que permitem uma actuação simples do mecanismo de obturação. Assim, por exemplo, a abertura ou o fecho do orifício obturável pode efectuar-se através do rebatimento de uma pequena alavanca ou através da actuação de um fecho de baioneta.

De acordo com uma forma de realização vantajosa da ideia que preside à invenção estão previstos furos de ventilação para a câmara de armazenagem do êmbolo de distribuição, furos esses que permitem um enchimento e um esvaziamento controlados da câmara de armazenagem. Ao encher a câmara de armazenagem com uma substância de base no estado liquido, torna-se necessário que o ar deslocado em virtude desse enchimento se possa escapar do espaço interior. Do mesmo modo torna-se necessário que durante o esvaziamento da câmara de armazenagem no inicio da operação de mistura possa fluir ar para dentro do volume do espaço interior, que vai ficando livre, para deste modo evitar uma depressão que de outro modo seria originada na câmara de armazenagem, depressão essa que dificulta ou que impede totalmente a continuação do esvaziamento do espaço interior.

Os orifícios utilizados para encher ou para esvaziar a câmara de armazenagem podem ter um dimensionamento suficientemente grande para simultaneamente providenciarem o efeito de furos de ventilação. Caso o tamanho dos orifícios utilizados para encher e para esvaziar o compartimento não seja suficiente, podem estar previstos furos obturáveis adicionais, por exemplo na extremidade do êmbolo de distribuição situada do lado oposto ao do cilindro misturador. 9

De um modo preferido está previsto que o orifício de distribuição esteja disposto numa superfície terminal do cilindro misturador e que a haste de actuação do êmbolo misturador, bem como os meios destinados à actuação do êmbolo de distribuição estejam dispostos na extremidade contrária do cilindro misturador. 0 dispositivo pode portanto ser construído e utilizado no seu todo de uma maneira semelhante à de uma seringa. Para a maioria das intervenções cirúrgicas será vantajoso que o orifício de distribuição, através do qual sai a mistura de produto a introduzir no corpo do paciente, esteja disposto com um afastamento tão grande quanto possível em relação aos elementos de manuseamento e de actuação do dispositivo utilizado.

De acordo com uma forma de realização preferida da ideia que preside à presente invenção está previsto que o êmbolo de distribuição esteja engrenado no cilindro misturador por intermédio de uma rosca e que pela rotação do êmbolo de distribuição em relação ao cilindro misturador esse êmbolo de distribuição se possa deslocar no interior do cilindro misturador, fazendo com que as substâncias já misturadas que estão contidas no cilindro misturador possam ser debitadas. Verificou-se que em muitos casos a pressão manual para o lado de dentro ou o deslocamento do êmbolo de distribuição no interior do cilindro misturador não permite obter a precisão desejada em termos de doseamento durante a distribuição da substância. Assim, por exemplo, pode acontecer, nomeadamente quando se trata de uma mistura de produtos altamente viscosa, que a pressão necessária para distribuir o material seja tão grande que já não é possível assegurar em todos os casos um débito uniforme e um posicionamento tanto quanto possível imóvel do dispositivo no local da intervenção cirúrgica. 10

Pela utilização de uma rosca de parafuso, que converte movimentos manuais de rotação num deslocamento axial do êmbolo de distribuição, consegue-se reduzir significativamente o dispêndio de força necessário para fazer sair o produto. Através da fixação do passo de rosca é possível preestabelecer o número de voltas necessário para fazer sair completamente a mistura de produtos, tornando-se o dispêndio de força necessário menor à medida que se aumenta o número de voltas. Só em casos muito raros é necessário um débito rápido de quase toda a massa de produto misturado, o que requer um número reduzido de voltas para obter uma saída completa da mistura de produto.

Uma vez que durante o débito da mistura de produtos para fora do dispositivo não é necessário exercer forças manuais na direcção axial, torna-se possível posicionar o dispositivo e nomeadamente o orifício de distribuição do mesmo de maneira consideravelmente mais fácil e constante no local em que se pretende que a mistura de produtos que sai seja introduzida no corpo do paciente.

De maneira vantajosa está previsto que o cilindro misturador comporte uma rosca exterior que está engrenada numa rosca interior de um cilindro oco que envolve parcialmente o cilindro misturador, estando o cilindro oco rigidamente ligado ao êmbolo de distribuição. Deste modo consegue-se evitar que o lado de dentro do cilindro misturador esteja provido de uma rosca. A superfície interior lisa e com uma forma cilíndrica do cilindro misturador, desprovida de saliências e de reentrâncias, permite em consequência disso uma vedação simples do espaço interior do cilindro misturador e impede assim uma contaminação indesejável das substâncias contidas no cilindro misturador. 11

Do lado de fora do cilindro misturador a rosca exterior pode em contrapartida estender-se sem problemas até uma zona do cilindro misturador que pode ser aproveitada para efectuar uma mistura intensiva dos componentes de base por acção do êmbolo misturador que executa um movimento de vaivém no interior do cilindro misturador. 0 comprimento da rosca de movimento pode portanto ser predefinido independentemente do volume no qual se realiza a mistura e que está previsto dentro do cilindro misturador, de tal maneira que se torna na mais larga medida impossível haver um enjambramento das superfícies de rosca do cilindro misturador em relação ao cilindro oco que o envolve.

De acordo com uma forma de configuração da ideia que preside à invenção está previsto que o cilindro oco apresente elementos de manipulação na sua superfície exterior e mais concretamente na zona da ligação rígida com o êmbolo de distribuição. Várias saliências e/ou reentrâncias, que podem por exemplo ter uma configuração à maneira de uma porca de orelhas, garantem um manuseamento seguro e uma fácil rotação do cilindro oco mesmo sob condições pouco favoráveis. 0 cilindro oco pode também comportar elementos de manipulação em toda a sua superfície exterior, por exemplo reentrâncias e/ou excrescências arredondadas que se estendem na direcção longitudinal e que estão espaçadas entre si ao longo da periferia do cilindro. É também pensável, para um melhor manuseamento, recobrir o lado de fora do cilindro oco de um material, por exemplo elástico, ou então de um material com uma superfície rugosa.

De acordo com uma forma de configuração da ideia que preside à invenção está previsto que o dispositivo possa ser ligado na zona do orifício de distribuição de tal maneira com um 12 pé de sustentação que o orifício de distribuição fica hermeticamente fechado. Em virtude disso fica assegurado que o orifício de distribuição permaneça hermeticamente fechado durante a operação de mistura sem que possa sair material, enquanto que simultaneamente o dispositivo consegue ser posicionado de pé sobre uma base firme para permitir então a actuação, de maneira simples e com poupança de esforço, da haste de actuação do êmbolo misturador que sobressai então para o lado de cima. 0 pé de sustentação permite além disso guardar de maneira segura o dispositivo já cheio, e isto até à sua utilização.

De maneira vantajosa está previsto que o orifício de distribuição possa ser ligado a uma cânula. Por exemplo na vertebroplastia torna-se necessário introduzir o cimento ósseo, que numa primeira fase se encontra no estado líquido, no interior de uma estrutura óssea degenerada ou enfraquecida, para a apoiar ou para lhe aliviar a carga. Passando através da cânula, o cimento ósseo preparado no dispositivo pode ser aplicado com uma precisão quase pontual no local pretendido do osso, sem que se torne necessário tomar medidas complexas de preparação em termos de intervenção cirúrgica.

De maneira vantajosa está previsto que durante a operação de mistura ou imediatamente após a mesma possa ser criada uma depressão no interior do cilindro misturador. Ficou demonstrado que uma formação indesejável de poros na mistura de produto pode ser pelo menos consideravelmente reduzida sempre que durante a mistura das substâncias reine uma depressão. Para esse efeito pode estar previsto que o cilindro misturador esteja ligado directamente a uma conduta de vácuo ou então ligado por intermédio do espaço interior do êmbolo de distribuição que se 13 encontra em comunicação com o cilindro misturador. Mediante um preestabelecimento adequado da depressão que reina na conduta de vácuo ou então por intermédio de válvulas adicionais deverá ficar assegurado que as substâncias de base a misturar não sejam inadvertidamente aspiradas para fora do cilindro misturador.

De acordo com uma forma de configuração da ideia que preside à invenção está previsto que as superfícies interiores da câmara de armazenagem do êmbolo de distribuição e/ou do cilindro de mistura estejam recobertas de uma camada de protecção. Independentemente do material de que o êmbolo de distribuição ou todo o dispositivo for fabricado a camada de protecção impede, mesmo que os materiais de base já introduzidos tenham sido armazenados durante um período de tempo mais longo, uma interacção e em virtude disso uma contaminação das substâncias de base com o material do êmbolo de distribuição ou do cilindro misturador. Mesmo que o material de base enchido não tenha uma composição especialmente agressiva do ponto de vista químico, consegue-se também impedir em larga medida, por acção da camada de protecção, a inevitável difusão junto das superfícies de contacto, mesmo que o período de armazenagem seja mais longo.

Outras formas de configuração da ideia na qual se baseia a invenção constituem o objecto das reivindicações secundárias. De seguida é explicado mais em pormenor um exemplo de realização da invenção que se encontra representado no desenho. Mostra-se na:

Fig. 1 uma vista em alçado lateral de um dispositivo para misturar e distribuir substâncias líquidas e em forma de pó, destinado a utilizações médicas, com uma cânula nele fixada, 14

Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. 2 um corte ao longo da linha II-II da fig. 1, 3 uma vista em alçado lateral do dispositivo representado na fig. 1, estando a cânula coberta por uma capa de protecção, 4 um corte ao longo da linha IV-IV da fig. 3, 5 uma vista em alçado lateral do dispositivo representado na fig. 1, estando ligado ao dispositivo um pé de sustentação em vez da cânula, 6 um corte ao longo da linha VI-VI do dispositivo representado na fig. 5, 7 uma vista em alçado lateral do êmbolo de distribuição ao qual está ligado um cilindro oco, 8 um corte ao longo da linha VIII-VIII do êmbolo de distribuição representado na fig. 7, 9 uma vista em alçado lateral de um cilindro misturador provido de uma rosca exterior, 10 um corte ao longo da linha X-X do cilindro misturador representado na fig. 9, 11 uma vista da superfície frontal de um êmbolo misturador aberto, 15

Fig. 12 uma vista em alçado lateral do pé de sustentação representado nas fig. 5 e 6, em ligação com o dispositivo e

Fig. 13 um corte ao longo da linha XIII-XIII do pé de sustentação que a fig. 12 mostra. 0 dispositivo destinado a misturar e distribuir substâncias liquidas e em forma de pó para utilizações médicas, representado nas fig. 1 a 6, apresenta um cilindro misturador 1, numa das superfícies terminais 2 do qual está previsto um orifício 3 de distribuição. A extremidade do cilindro misturador 1 que está situada do lado contrário ao do orifício 3 de distribuição está no essencial aberta. No cilindro misturador 1 está inserido um êmbolo 4 de distribuição que pode ser deslocado axialmente, estando o êmbolo 4 de distribuição, que se projecta para fora da extremidade aberta do cilindro misturador 1, rigidamente ligado com um cilindro oco 5 que envolve parcialmente o cilindro misturador 1. 0 cilindro misturador 1 apresenta do seu lado de fora uma rosca exterior 6 que se encontra engrenada numa rosca interior 7 adaptada àquela outra rosca e que está conformada do lado de dentro do cilindro oco 5, o qual envolve parcialmente o cilindro misturador 1. Fazendo rodar o cilindro oco 5 em relação ao cilindro misturador 1, a rosca de movimento formada pela rosca exterior 6 e pela rosca interior 7 providencia uma conversão do movimento giratório num correspondente deslocamento axial do cilindro oco 5 e do êmbolo 4 de distribuição rigidamente ligado àquele cilindro. Mantendo imóvel o cilindro misturador 1 e rodando simultaneamente o cilindro oco 5, provoca-se consequentemente um deslocamento axial do êmbolo de distribuição 16 no interior do cilindro misturador 1, de modo que se obtém uma saída uniforme das substâncias contidas no interior do cilindro misturador 1, as quais não se mostram nas figuras, e isto em correspondência com o deslocamento provocado pelo êmbolo 4 de distribuição que avança.

Um êmbolo misturador 8 perfurado está disposto no cilindro misturador 1 entre o orifício 3 de distribuição e o êmbolo 4 de distribuição de modo a poder mover-se axialmente e por rotação, fazendo-se passar uma haste 9 de actuaçâo através do êmbolo 4 de distribuição, de maneira a vedar e por forma a sair do cilindro misturador 1. A haste 9 de actuaçâo do êmbolo misturador 8 está apoiada numa bucha 10 de apoio configurada no interior do êmbolo 4 de distribuição, de modo a permitir um movimento axial e um movimento giratório. Uma vedação 11 de forma anular disposta com um curto afastamento em relação à superfície frontal do êmbolo misturador 8, que se estende ao longo da periferia da haste de actuaçâo, providencia uma vedação hermética do espaço interior do cilindro misturador 1 em relação à envolvente e impede de maneira fiável a saída das substâncias guardadas ou misturadas no interior do cilindro misturador 1. Uma incisão anular 12 ao longo da periferia da haste 9 de actuaçâo constitui um ponto de rotura programada, de modo que após conclusão da operação de mistura a extremidade da haste 9 de actuaçâo que sobressai do dispositivo pode ser removida para facilitar um ulterior manuseamento desse dispositivo. Na extremidade da haste 9 de actuaçâo que sobressai do dispositivo encontra-se conformado um manipulo 13 de actuaçâo com a forma de uma porca de orelhas, manipulo esse que facilita um movimento de vaivém seguro e vigoroso do êmbolo misturador 8 no interior do cilindro misturador 1, êmbolo aquele que está ligado através da haste 9 de actuaçâo com o manipulo 13 de actuaçâo. 17 0 êmbolo 4 de distribuição apresenta no seu espaço interior uma câmara 14 de armazenagem sob a forma de uma cavidade que no essencial tem a configuração de um cilindro oco e que serve para recolher as substâncias a misturar antes da realização propriamente dita da operação de mistura. 0 êmbolo 4 de distribuição apresenta além disso na sua extremidade virada para o lado contrário ao do cilindro misturador 1 uma abertura 15 de enchimento que pode ser tapada e que serve para efectuar o enchimento da câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição. No exemplo de realização apresentado a abertura 15 de enchimento está hermeticamente fechada por meio de um pino 16 enroscado. 0 êmbolo 4 de distribuição apresenta na sua extremidade voltada para o espaço interior do cilindro misturador 1 um orificio 17 que pode ser fechado, através do qual no estado aberto o componente de base que se encontra recolhido na câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição pode entrar no cilindro misturador 1. 0 orificio 17 obturável encontra-se fechado por meio de uma haste obturadora 18 que atravessa a câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição, estendendo-se uma das extremidades dessa haste para dentro do orificio 17 obturável, fechando-o hermeticamente. A haste obturadora 18 está apoiada pela sua extremidade do êmbolo 4 de distribuição que é contrária à do cilindro misturador 1, de modo a poder ser deslocada axialmente. Em vez da rosca 19, que se mostra na forma de realização apresentada e que permite uma abertura e um fecho seguros do orificio 17 obturável enroscando ou desenroscando correspondentemente a haste obturadora 18, essa haste obturadora 18 poderia também estar provida de um fecho de 18 baioneta que poderia ser actuado por intermédio de uma pequena alavanca ou de um elemento similar. 0 dispositivo representado nas fig. 1 a 6 permite um manuseamento simples durante o enchimento desse dispositivo com as substâncias de base, durante a operação de mistura e ainda durante a subsequente saida das substâncias misturadas.

Para encher o dispositivo retira-se primeiro completamente o êmbolo 4 de distribuição em conjunto com o êmbolo misturador 8 ligado àquele outro êmbolo para fora do cilindro misturador 1. No espaço interior do cilindro misturador 1 enche-se um dos componentes das substâncias de base a misturar, tratando-se habitualmente de um material em pó. Seguidamente o espaço interior do cilindro misturador 1 é de novo fechado hermeticamente pelo êmbolo 4 de distribuição. Para tal o êmbolo 4 de distribuição é introduzido no cilindro misturador 1 ao ponto de o volume que resta do espaço interior do cilindro misturador 1 bastar para recolher também mais tarde totalmente o segundo componente das substâncias a misturar e permitir uma mistura intensiva dessas substâncias. Seguidamente abre-se o orificio 15 de enchimento da câmara 14 de armazenagem no interior do êmbolo 4 de distribuição, efectuando-se o enchimento das substâncias a misturar na câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição do segundo componente, que habitualmente é líquido. A seguir o orifício 15 de enchimento é de novo tapado hermeticamente, para o que se enrosca o pino 16 no orificio 15 de enchimento. Este dispositivo cheio e hermeticamente fechado pode agora ser guardado até à sua utilização sob condições estéreis, fora ou dentro da sala de operações. 19

Antes de se iniciar a operação de mistura torna-se primeiro necessário soltar a haste obturadora 18 e pôr a descoberto o orifício 17 obturável. Na maioria dos casos basta desde logo colocar o dispositivo durante um curto intervalo de tempo na posição de pé para assegurar uma saída completa do líquido que se encontra no interior da câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição para o cilindro misturador 1 situado abaixo daquela câmara. Caso tenham sido enchidas substâncias de base altamente viscosas no espaço interior da câmara 14 de armazenagem do êmbolo 4 de distribuição, espaço esse que tem a forma de um cilindro oco, de maneira que será de temer um esvaziamento incompleto antes do início da operação de mistura, é possível utilizar meios suplementares, não representados nas figuras, para assegurar um esvaziamento em larga medida isento de restos do êmbolo 4 de distribuição.

Depois de o orifício 17 obturável do êmbolo 4 de distribuição ter sido fechado de novo após o esvaziamento é possível proceder a uma mistura intensiva dos componentes agora reunidos no cilindro misturador 1, deslocando repetidamente para um lado e para o outro o êmbolo misturador 8 provido de aberturas no espaço interior 14 do cilindro misturador 1.

Durante essa operação o orifício 3 de distribuição está de maneira conveniente tapado por um pé 20 de sustentação, também representado nas fig. 5 e 6. O pé 20 de sustentação está ligado por intermédio de uma rosca com uma tubuladura 21 de ligação do orifício 3 de distribuição, tubuladura essa que está adaptada àquela rosca. Uma conformação concêntrica 22 projecta-se na posição em que o pé 20 de sustentação está completamente ligado ao dispositivo para dentro da tubuladura 21 de ligação do orifício 3 de distribuição ao ponto de o lado frontal 23 da 20 conformação concêntrica 22 tapar à face o espaço interior do cilindro misturador 1. Deste modo consegue-se impedir que durante a operação de mistura haja um volume morto no espaço interior do cilindro misturador 1, volume esse no qual se poderiam acumular quantidades dos componentes de base que não foram completamente misturadas. 0 dispositivo pode ser assente na posição vertical, por meio do pé 20 de sustentação, numa base plana, de modo a que a haste 9 de actuação saia pelo lado de cima e o manipulo 13 de actuação seja facilmente acessível. Um simples movimento de subida e de descida da haste 9 de actuação provoca um correspondente deslocamento do êmbolo misturador 8 perfurado, o que por sua vez providencia a mistura pretendida dos materiais de base.

Depois de as substâncias estarem suficientemente bem misturadas pode desenroscar-se o pé 20 de sustentação e substitui-lo por uma cânula 24. Fazendo rodar o cilindro oco 5 em relação ao cilindro misturador 1, que é mantido preso, o êmbolo 4 de distribuição é premido gradualmente para dentro do cilindro misturador 1, expulsando o produto misturado que se encontra no interior daquele cilindro, mas que não está representado nas figuras, produto esse que sai através da cânula 24. Ao avançar dentro do espaço interior do cilindro misturador 1, o êmbolo 4 de distribuição empurra à sua frente o êmbolo misturador 8, sem que isto afecte de maneira sensível a operação de distribuição. Caso necessário e para obter um manuseamento mais simples do dispositivo, a parte da haste 9 de actuação que já não é necessária pode ser partida e retirada em conjunto com o manipulo 13 de actuação junto do ponto 12 de rotura programada da haste 9 de actuação. 21

Por motivos de segurança é possível tapar com uma capa 25 de protecção a cânula 24, antes e durante uma intervenção cirúrgica ou então no seguimento da mesma, quando o dispositivo não tiver sido ainda utilizado.

Nas fig. 7 a 10 o êmbolo 4 de distribuição encontra-se representado, para melhor elucidação, mais uma vez em separado, em conjunto com o cilindro oco 5, bem como com o cilindro misturador 1. O cilindro oco 5 apresenta na sua superfície exterior, na região da ligação rígida com o êmbolo 4 de distribuição, elementos de manipulação sob a forma de várias excrescências 26 arredondadas, dispostas com um certo afastamento entre si. Na sua extremidade voltada para o cilindro misturador 1 o êmbolo 4 de distribuição apresenta uma incisão anular 27 que se estende em torno da periferia do cilindro, incisão essa que se presta ao encaixe de um anel de vedação ou de um vedante similar, que veda de maneira fiável o espaço interior do cilindro misturador 1 em relação ao meio envolvente.

Na fig. 11 encontra-se representado o lado frontal do êmbolo misturador 8 perfurado, de modo a tornarem-se visíveis a configuração e a disposição de cada uma das perfurações 28.

Para melhor elucidação encontra-se representado em separado nas fig. 12 e 13 o pé 20 de sustentação, que já se mostrou nas fig. 5 e 6 e que foi descrito em ligação com essas figuras.

Cada um dos elementos do dispositivo representado nas figuras pode ser fabricado pelo processo de moldagem por injecção, predominantemente a partir de policarbonatos ou de polipropileno. Caso necessário a haste 9 de actuação ou o pino 22 16 ou ainda a haste obturadora 18 podem por exemplo ser feitos de alumínio ou de um outro material com uma resistência suficientemente grande. Para determinadas aplicações poderá ser vantajoso ou necessário que as superfícies interiores da cavidade 14 do êmbolo 4 de distribuição ou do cilindro misturador 1 estejam revestidas de uma camada de protecção resistente aos agentes químicos, tratando-se por exemplo de uma fina camada de Teflon ou de vidro.

Lisboa, 2 de Agosto de 2007 23

Claims (19)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo para misturar e distribuir substâncias liquidas e em forma de pó destinadas a uma utilização médica, com um cilindro misturador (1), com um êmbolo misturador (8) perfurado que pode ser movido axialmente e à rotação no interior do cilindro misturador (1) por meio de uma haste (9) de actuação, com um orifício (3) de distribuição obturável no cilindro misturador (1), com um êmbolo (4) de distribuição que pode ser deslocado axialmente, com um meio de actuação do êmbolo (4) de distribuição para fazer sair as substâncias misturadas através do orifício (3) de distribuição pelo deslocamento do êmbolo (4) de distribuição no interior do cilindro misturador (1), com duas câmaras que podem ser separadas de maneira hermética uma da outra para permitir a recolha e a armazenagem separadas de dois produtos a misturar, caracterizado por o êmbolo (4) de distribuição comportar no seu interior uma câmara (14) de armazenagem para a recolha de uma substância a misturar.
2. 2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por no cilindro misturador (1) e na câmara (14) de armazenagem no interior do êmbolo (4) de distribuição poderem ser recolhidas separadamente duas substâncias a misturar.
3. 3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o êmbolo (4) de distribuição comportar um orifício (17) obturável, através do qual, no estado aberto, a substância contida na câmara (14) de armazenagem do êmbolo (4) de distribuição pode passar para o cilindro misturador (1). 1
4. 4. Dispositivo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o orifício (17) obturável do êmbolo (4) de distribuição poder ser actuado por intermédio de um mecanismo de fecho disposto na extremidade do êmbolo (4) de distribuição que está situada do lado oposto ao do cilindro misturador (1).
5. 5. Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o mecanismo de fecho comportar uma haste (18) de fecho que permite um deslocamento axial e que está apoiada na extremidade do êmbolo (4) de distribuição que se encontra situada do lado oposto ao do cilindro misturador (1), e por a actuação da haste (18) de fecho abrir ou fechar o orifício (17) obturável.
6. 6. Dispositivo de acordo com as reivindicações 4 ou 5, caracterizado por o mecanismo de fecho comportar meios de manuseamento que permitem uma actuação simples.
7. 7. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o êmbolo (4) de distribuição apresentar na sua extremidade voltada para o lado contrário ao do cilindro misturador (1) um orifício (15) de enchimento obturável, que se destina a permitir o enchimento da câmara (14) de armazenagem do êmbolo (4) de distribuição com uma das substâncias a misturar.
8. 8. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por estarem previstos na câmara (14) de armazenagem do êmbolo (4) de distribuição furos de ventilação que permitem um enchimento e um esvaziamento controlados da câmara (14) de armazenagem. 2
9. 9. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o orifício (3) de distribuição estar disposto numa superfície terminal (2) do cilindro misturador (1) e por a haste (9) de actuação do êmbolo misturador (8), bem como os meios destinados à actuação do êmbolo (4) de distribuição estarem dispostos na extremidade oposta do cilindro misturador (1) .
10. 10. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o êmbolo misturador (8) estar disposto no cilindro misturador (1) entre o orifício (3) de distribuição e o êmbolo (4) de distribuição e por a haste (9) de actuação do êmbolo misturador (8) ser conduzida até ao lado de fora, passando através do êmbolo (4) de distribuição por forma a vedar.
11. 11. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o êmbolo (4) de distribuição estar engrenado por meio de uma rosca no cilindro misturador (1), podendo o êmbolo (4) de distribuição ser deslocado no interior do cilindro misturador pela rotação do êmbolo (4) de distribuição em relação ao cilindro misturador (1), o que faz com que sejam expulsas as substâncias misturadas que se encontram no interior do cilindro misturador.
12. 12. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o cilindro misturador (1) comportar uma rosca exterior (6) que está engrenada na rosca interior (7) de um cilindro oco (5) que envolve parcialmente o cilindro misturador (1), estando o cilindro oco (5) rigidamente ligado ao êmbolo (4) de distribuição. 3
13. 13. Dispositivo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por a extremidade do cilindro misturador (1) que está situada do lado oposto ao do orificio (3) de distribuição estar no essencial aberta e por o êmbolo (4) de distribuição, que sai para fora da extremidade aberta, estar ligado rigidamente, do lado de lá do cilindro misturador (1), com o cilindro oco (5) que envolve parcialmente o cilindro misturador (1).
14. 14. Dispositivo de acordo com as reivindicações 12 ou 13, caracterizado por o cilindro oco (5) apresentar elementos de manipulação na sua superfície exterior junto da zona em que se estabelece a ligação rígida com o êmbolo (4) de distribuição.
15. 15. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado por o cilindro oco (5) apresentar elementos de manipulação em toda a sua superfície exterior.
16. 16. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o dispositivo poder ser ligado na zona do orifício (3) de distribuição de tal maneira com um pé (20) de sustentação que o orifício (3) de distribuição fica hermeticamente fechado.
17. 17. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por ser possível ligar uma cânula (24) com o orifício (3) de distribuição.
18. 18. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por ser possível criar no interior 4 do cilindro misturador (1) uma depressão durante a operação de mistura ou imediatamente a seguir a essa operação.
19. 19. Dispositivo de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizado por as superfícies interiores da câmara (14) de armazenagem do êmbolo (4) de distribuição e/ou do cilindro misturador (1) estarem recobertas de uma camada de protecção. Lisboa, 2 de Agosto de 2007 5