PT1313403E - Sistema dinâmico móvel para o tratamento dos problemas raquidianos - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

SISTEMA. DINÂMICO MÓVEL PARA O TRATAMENTO DOS PROBLEMAS

RAQUIDIANOS

CAMPO DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção A presente invenção refere-se a problemas raquidianos e, mais em concreto, a um sistema dinâmico destinado a tratar os problemas raquidianos. 2. Descrição das Técnicas Anteriores

Os aparelhos de implantes convencionais destinados a tratar os problemas raquidianos, como sejam a escoliose, incluem habitualmente um par de hastes que podem ser implantadas e que se destinam a ser montadas em qualquer um dos lados da coluna vertebral. As barras transversais rígidas unem, habitualmente, as hastes umas às outras numa disposição paralela espaçada. Os elementos de fixação, sob a forma de ganchos ou de parafusos, encontram-se presentes ao longo de cada uma das hastes de modo a fazer a sua fixação às vértebras seleccionadas. Quando instaladas, as fixação são presas de um modo rígido à haste associada de modo a evitar o movimento relativo entre elas. Uma tal disposição pode ser complementada com enxertos ósseos e com a fusão de várias vértebras de modo a evitar que o aparelho se parta devido às cargas que sobre ele são induzidas. No entanto, os enxertos ósseos e a fusão de vértebras provocam muitas vezes graves complicações ao longo da vida dos pacientes adultos. 0 documento n° FR 2 702 361 descreve um tal aparelho convencional que pode ser implantado. O dispositivo descrito 1 no documento n° FR 2 702 361 compreende uma série de braçadeiras fixas destinadas a prender duas hastes de correcção ao longo da coluna vertebral. As pontas das hastes de correcção são mantidas numa relação de deslizamento no interior de uma braçadeira localizada na última vértebra que foi alvo da intervenção. Esta última braçadeira cria uma transição semi rígida entre a vértebra normal e as vértebras fixas, evitando que o último disco saudável seja exposto a cargas e a tensões excessivas.

Deste modo, têm sido feitos esforços no sentido de se desenvolverem instrumentos raquidianos que possam suportar cargas mais elevadas e, deste modo, evitar a necessidade de se recorrer a enxertos ósseos e à fusão de vértebras. Por exemplo, a Patente dos Estados Unidos n° 5 672 175 concedida em 30 de Setembro de 1997 a Martin, revela um instrumento sem recorrer a fusão que pode ser implantado na coluna vertebral em que as hastes que são implantadas são presas à coluna vertebral com fixações centrais imóveis e com fixações dinâmicas terminais. Cada fixação terminal encontra-se presa de um modo rigido a um membro de ligação que, por sua vez, se encontra montado de um modo deslizante sobre uma das hastes implantadas. Os membros de ligação podem ser um número seleccionado de grau de liberdade em relação à haste correspondente.

Muito embora os instrumentos raquidianos implantáveis revelados na Patente acima mencionada possam constituir um avanço tecnológico, descobriu-se que há uma necessidade de novos instrumentos dinâmicos que podem ser implantados e que podem ser usados para o tratamento dos problemas raquidianos.

RESUMO DA INVENÇÃO 2 É, deste modo, um objectivo da presente invenção proporcionar um aparelho móvel dinâmico que possa ser implantado destinado ao tratamento dos problemas da coluna vertebral. É também um objectivo da presente invenção proporcionar um tal aparelho que pode ser implantado, móvel e dinâmico que permite o crescimento da coluna vertebral do paciente. É ainda um outro objecto da presente invenção proporcionar um novo sistema de instrumentação raquidiana dinâmico. É um outro objectivo da presente invenção proporcionar um novo sistema de instrumentação raquidiana dinâmico que se encontra adaptado para conservar pelo menos em parte a mobilidade psicológica das vértebras e do disco. É também um outro objectivo da presente invenção proporcionar um novo conjunto de fixação dinâmica destinado a liqar uma haste que pode ser implantada à coluna vertebral a um osso. É ainda um outro objectivo da presente invenção proporcionar uma ligação cruzada dinâmica destinada a ligar uma à outra e de um modo estrutural um par de hastes raquidianas que podem ser implantadas.

Deste modo, de acordo com a presente invenção, é proporcionado um sistema interno dinâmico móvel destinado a tratar uma perturbação da coluna vertebral com um plano sagital, compreendendo pelo menos uma haste de correcção que pode ser implantada e que pode ser montada de um dos lados da coluna vertebral de um paciente, pelo menos uma braçadeira fixa montada de um modo rigido à referida haste de correcção, e pelo menos um transportador móvel montado de um modo deslizante à referida haste de correcção, e primeira e segundas fixações montadas, respectivamente, ao referido 3 transportador móvel e à referida braçadeira fixa de modo a fixar a referida haste de correcção à coluna vertebral em que, quando o sistema interno dinâmico tiver sido implantado, as referidas primeira e segunda fixações continuam a ter uma liberdade limitada relativa dos movimentos em relação ao referido transportador móvel e em relação à referida braçadeira fixa, permitindo deste modo que o referido transportador móvel deslize ao longo da referida haste de correcção como resposta aos movimentos da coluna vertebral.

De acordo com um outro aspecto geral da presente invenção é proporcionado um conjunto de fixação dinâmica móvel para ligar uma haste que pode ser implantada com um osso, compreendendo um transportador adaptado para ser montado numa haste que pode ser implantada para fazer o movimento deslizante do mesmo e um movimento de articulação limitado em relação ao mesmo em torno de um eixo perpendicular à haste e uma fixação óssea ligada de um modo articulado ao referido transportador de modo a permitir que a mobilidade do referido transportador seja preservada quando o conjunto tiver sido implantado.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Tendo, deste modo, descrito de um modo geral a natureza da presente invenção, será agora feita referência aos desenhos anexos que ilustram de um modo exemplificativo uma forma de realização preferencial da invenção e nos quais: a Fig. 1 é uma vista em elevação posterior de um sistema de instrumentos raquidianos dinâmico e móvel instalado numa porção desviada lateralmente de uma coluna vertebral de um paciente de acordo com uma primeira forma de realização da presente invenção; 4 a Fig. 2 é uma vista em corte transversal de uma braçadeira de aparafusar de pediculo fixo que faz parte do sistema de instrumentação raquidiano dinâmico móvel de acordo com a Fig. 1; a Fig. 3 é uma vista em corte transversal de um transportador de aparafusar de pediculo móvel que faz parte do sistema de instrumentação raquidiano dinâmico móvel de acordo com a Fig. 1; e a Fig. 4 é uma vista em corte transversal de uma ligação cruzada articulada que faz parte do sistema de instrumentação raquidiano dinâmico móvel de acordo com o ilustrado na Fig. 1, a Fig. 5 é uma vista em corte transversal de um subconjunto de gancho de processo transversal móvel adaptado para ser ligado de um modo articulado e selectivo a um transportador móvel ou a uma braçadeira fixa como alternativa ao subconjunto de pediculo de enroscar ilustrado nas Figs. 2 e 3.

DESCRIÇÃO DAS FORMAS DE REALIZAÇÃO PREFERIDAS

Ao longo do texto, o termo "plano sagital" é usado para designar o plano longitudinal mediano da coluna vertebral que divide o mesmo em metades do lado direito e do lado esquerdo num plano frontal ou num plano posterior do corpo do paciente. A Fig. 1 ilustra um sistema de instrumentação que pode ser implantado dinâmico e móvel 10 destinado a corrigir várias perturbações da coluna vertebral S de um paciente. Por exemplo, o sistema de instrumentação que pode ser implantado dinâmico 10 pode ser usado para tratar um desvio lateral da 5 coluna vertebral S, como seja uma escoliose. Descobriu-se que em pacientes que sofram de escoliose, as vértebras na porção curva da coluna vertebral S podem ser rodadas na direcção horizontal como resultado das forças de torção que actuam sobre elas. 0 sistema de instrumentação que pode ser implantado 10 iria, conforme pode ser visto, reter as vértebras individuais numa posição geralmente alinhada de novo aproximando a sua posição numa coluna vertebral normal ao mesmo tempo que preserva alguma da mobilidade das vértebras e do potencial de crescimento dos ossos da coluna vertebral S. O sistema de instrumentação que pode ser implantado dinâmico 10 que se encontra ilustrado na Fig. 1 compreende de um modo geral um par de hastes raquidianas que podem ser implantadas 12 e 14. Cada uma das hastes 12 e 14 podem ser curvas de modo a aproximarem-se a uma curva desejável em 3 dimensões da porção da coluna vertebral em que o sistema 10 vai ser implantado. As hastes 12 e 14 são de preferência feitas de uma liga de metal como seja o titânio ou o aço inoxidável. Uma das hastes 12 e 14 é usada como uma haste de correcção de modo a descrever uma translação e a manter as vértebras num alinhamento correcto, ao mesmo tempo que a outra haste age como um estabilizador para a haste de correcção. Deve notar-se que para certas perturbações, por exemplo, quando as cargas exercidas na haste de correcção são menos importantes, poderia ser possível usar uma haste simples ao invés de um par de hastes.

No exemplo ilustrado, a haste 12 prolonga-se através de uma braçadeira central fixa 16a e de um número seleccionado de transportadores móveis 18a dispostos de qualquer um dos lados da braçadeira central fixa 16a. Do mesmo modo, de acordo com a forma de realização ilustrada, a haste 14 prolonga-se através de uma braçadeira central fixa 16b e um par de 6 transportadores móveis 18b dispostos em lados opostos da braçadeira central fixa 16b. Nota-se que, dependendo da perturbação raquidiana a ser tratada, os transportadores móveis 18a e 18b podem ser colocados do mesmo lado das braçadeiras fixas 16a e 16b ao invés de nos seus lados opostos, de acordo com o ilustrado na Fig. 1. As fixações, como sejam os pedículos de enroscar 20, são articuladas relativamente às braçadeiras centrais fixas 16a, 16b e relativamente aos transportadores moveis 18a, 18b de modo a manter as hastes 12 e 14 numa posição corrigida em oposição às forças de deformação da coluna vertebral S, ao mesmo tempo que permite alguns dos movimentos fisiológicos naturais das vértebras e do disco. A disposição das braçadeiras fixas 16a e 16b em relação aos transportadores móveis 18a e 18b em ambas as hastes 12 e 14, permitindo de um modo vantajoso que a coluna vertebral do paciente cresça, enquanto que o sistema 10 se encontre implantado no corpo do paciente.

Conforme pode ver-se na Fig. 2, cada uma das braçadeiras fixas 16a, 16b encontra-se presente com a forma de uma arruela de fixação em forma de C 22 com uma haste intermédia curva que se encaixa na porção 23 e nas primeira e segunda extremidades opostas 24 e 26 que se prolongam em paralelo e que definem um intervalo circunferencial 28 entre si. Um pino 30 prolonga-se através de um par de orifícios completo alinhados 32 e 34, respectivamente, definidos na primeira e na segunda extremidades 24 e 26 da arruela de fixação 22. Uma pluralidade linguetas 36 que se prolongam na direcção axial encontram-se distribuídas de um modo circunferencial numa porção inferior ampliada e afunilada do pino 30 de modo a corresponder com os espigões correspondentes (não ilustrados) formados na parede lateral do orifício completo 34. Isto vai evitar que o pino 30 rode em torno de um dos seus eixos longitudinais em relação à arruela de fixação 22. O pino 30 tem uma porção roscada 38 na qual uma porca isolada e que se 7 alinha sozinha 40 pode ser engatada de um modo roscado para pressionar as primeira e segunda extremidades 24 e 26 uma de encontro à outra e, deste modo, prender de um modo fixo a arruela de fixação 22 a uma das hastes 12 e 14 com o pino 30 a prolongar-se de um modo geral na perpendicular em relação a um eixo longitudinal da haste associada 12 e 14 e espaçada lateralmente da mesma. A porca isolada e que se alinha sozinha 40 possui uma região enfraquecida anelar 42 que se encontra adaptada para se partir num momento de rotação previamente determinado. A região enfraquecida 44 é também definida na porção roscada do pino 30 de modo a tornar mais fácil a remoção adicional da mesma quando a porca que se parte sozinha e que se alinha por si 40 se tiver quebrado ao ser apertada de modo a transmitir a força de aperto desejada à arruela de fixação 22. O comprimento adicional do pino 30, isto é, a porção do pino 30 entre a região enfraquecida 44 e a extremidade afastada livre da porção roscada 38 é usada para tornar mais fácil o engate do pino 30 no interior dos orifícios completos 32 e 34. O pino 30 encontra-se numa das suas extremidades em frente da porção roscada 38 com uma formação em forma de bola 46 adaptada para ser acolhida num encaixe 48 definido na cabeça de cada pedículo de enroscar 20 de modo a permitir, de um modo permanente, os movimentos relativos limitados entre a arruela de fixação 22 e o pedículo de enroscar 20 em três graus de liberdade. A remoção axial da formação de bola 46 do encaixe 48 é impedida pela tampa de retenção côncava 50 engatada de um modo roscado no encaixe 48 e através da porção central do qual o pino 30 se prolonga para o exterior. A tampa de retenção 50 tem uma orla anelar superior 52 que se encontra adaptada para se apoiar de encontro à superfície superior subjacente da cabeça do pedículo roscado 20 associado e a partir da qual um segmento de uma esfera 54 se projecta completamente para cima. Uma reentrância semiesférica 56 encontra-se definida na superfície inferior da segunda extremidade 26 da arruela de fixação 22 de modo a acolher o segmento de esfera 54 no seu interior e definir um intervalo 58 no seu interior para possibilitar o movimento angular limitado relativo entre o pediculo de aparafusar 20 e a arruela de fixação 22. Numa das formas de realização da presente invenção, o movimento angular do pediculo de enroscar 20 em relação ao pino 30 encontra-se limitado a aproximadamente 28 graus.

Ao articular-se de um modo directo o pediculo de enroscar 20 ao pino 30, o número de peças a serem montadas pode ser minimizado pois a porca 40 coopera com o pino 30 de modo a reter a arruela de fixação 22 numa ligação segura com uma das hastes 12 e 14, enquanto que ao mesmo tempo une o pediculo de enroscar 20 e a arruela de fixação 22 um ao outro.

Em oposição aos sistemas ortopédicos que podem ser implantados convencionais em que as fixações são presas numa posição relativa aos meios de fixação associados após as hastes terem sido encaixadas através dos mesmos, o pediculo de enroscar 20, ilustrado na Fig. 2, é articulado de um modo permanente à arruela de fixação 22. Isto vai contribuir grandemente para reduzir as cargas transmitidas ao sistema 10 e, deste modo, elimina a necessidade de se recorrer aos enxertos ósseos e à fusão raquidiana para suplementar o apoio proporcionado pelo sistema 10.

Conforme pode ver-se na Fig. 3, cada transportador móvel 18a, 18b inclui um corpo de formato geralmente cilíndrico 60 que define um par de orifícios alinhados opostos de formato oblongo ou de ranhuras 62 que se prolongam de um modo circunferencial que comunicam com um encaixe 64. Um cilindro 66 com um orificio completo transversal 68 é acolhido no 9 encaixe 64. 0 cilindro 66 encontra-se livre para rodar em torno de um eixo longitudinal do mesmo no interior do encaixe 64. 0 cilindro 66 é preso no interior do encaixe 64 por intermédio de uma tampa 70 engatada de um modo firme sobre uma extremidade aberta do corpo 60. Uma bucha polida 72 é montada no lado interno da tampa 70 de modo a evitar o movimento axial do cilindro 66 no interior do encaixe 64. A bucha 72 tem um pino central integral sob a forma de uma projecção 74 que se prolonga de um modo perpendicular a partir de um dos seus lados. A projecção de pino 74 é encaixada sob pressão num orifício correspondente definido na tampa 70 de modo a reter a bucha 72 na sua posição no lado interno da tampa 70.

Uma projecção 76 de base plana prolonga-se de um modo que proporciona a formação de uma peça única, de um modo axial a partir de uma extremidade do corpo 80 em frente da sua extremidade aberta. A projecção de base 76 tem um orifício 78 que comunica com uma reentrância semiesférica 80 definida na superfície inferior da projecção de base 76. Um pino 82, semelhante ao pino 30 ilustrado na Fig. 2, prolonga-se através do orifício 78 e da reentrância semiesférica 80. uma porca que se parte sozinha e que se alinha sozinha 84 engata- se de um modo roscado no pino 82 de modo a ligar o mesmo à projecção da base 76 do corpo 60. Uma série de linguetas 77 que se prolongam de um modo axial 77 encontram-se distribuídas de um modo circunferencial numa porção alongada afunilada do pino 82 de modo a corresponder com as linguetas correspondentes (não ilustradas) formadas na parede lateral do orifício 78 de modo a evitar que o pino 82 rode em torno de um seu eixo longitudinal em relação à projecção da base 76. O pino 82 possui numa das suas extremidades uma forma de bola 86 adaptada para ser acolhida num encaixe 88 definido na cabeça de cada pedículo roscado 24, de acordo com o explicado anteriormente em relação à arruela de fixação 22. A forma de 10 bola 86 é retida ficando presa no encaixe 88 por intermédio de uma tampa de retenção côncava 90 semelhante à tampa de retenção 50 ilustrada na Fig. 2. A forma de bola 86, o encaixe 88 e a tampa de retenção 90 formam uma união de bola e de encaixe e a tampa de retenção 90 forma uma união constituída por uma bola e por um encaixe o que permite que o pediculo roscado 20 associado se mova com três graus de liberdade em relação ao pino 82 e, deste modo, o corpo 60 do transportador móvel 18a, 18b. O corpo 60 encontra-se adaptado para ser montado em hastes 12 ou 14 com a haste acolhida de um modo deslizante no orifício completo 68 do cilindro 60 através das ranhuras alinhadas 62 do mesmo. Deste modo, os transportadores móveis 18a e 18b podem deslizar ao longo das hastes associadas 12 e 14 e articulam-se em relação à mesma num plano paralelo ao plano sagital da coluna vertebral 8. O movimento de articulação do corpo 60 de cada transportador móvel 18a, 18b em relação às hastes 12 e 14 encontra-se limitado pela mobilidade raquidiana.

Os transportadores móveis 18a apresentam dois graus de liberdade relativamente à haste 12 e, do mesmo modo, os transportadores móveis 18b apresentam dois graus de liberdade em relação à haste 14. A capacidade de oscilação dos transportadores móveis 18a e 18b em relação às hastes 12 e 14 em simultâneo com a liberdade de movimentos dos pedículos com rosca 20 em relação ao corpo 60 dos transportadores móveis 18a e 18b que proporcionam a necessária flexibilidade para garantir a mobilidade de translação dos transportadores móveis 18a e 18b ao longo das hastes 12 e 14. É importante que os transportadores móveis 18a e 18b permaneçam com capacidade para crescer em espiral e alguns dos movimentos naturais das vértebras e do disco. A distribuição acima referenciada dos graus de liberdade entre os transportadores 11 móveis 18a e 18b e as hastes 12 e 14, e os transportadores móveis 18a e 18b e as hastes 12 e 14 e os transportadores moveis 18a e 18 b e os pedículos com rosca 20 asseguram que os transportadores móveis 18a e 18 vão ficar presos de encontro ao movimento de translação ao longo das hastes ao longo das hastes 12 e 14 quando se encontram instalados sobre o mesmo.

Conforme pode ver-se na Fig. 1, os freios opcionais 92 podem ser fixos de um modo firme às extremidades das hastes 12 e 14 de forma a evitar que os transportadores móveis 18a e 18b deslizem para o exterior das hastes 12 e 14. Uma ligação cruzada 94 pode ser instalada entre as hastes 12 e 14 de modo a evitar que haja a referida articulação, ao mesmo tempo que sejam permitidos quaisquer outros movimentos relativos entre si.

Conforme pode ver-se na Fig. 4, a ligação cruzada 94 inclui um primeiro segmento 96 com uma extremidade próxima que define um encaixe 98 destinado a acolher uma bola 100 formada na sua totalidade numa extremidade próxima de um segundo segmento 102. A bola 100 roda de um modo livre em todas as direcções no interior do encaixe 98, proporcionando deste modo uma articulação entre os primeiro e segundo segmentos 96 e 102.

Os membros 104a e 104b de encaixe da haste encontram-se presentes nas respectivas extremidade afastadas dos primeiro e segundo segmentos 96 e 102. De acordo com a forma de realização ilustrada, o membro 104a e 104b de encaixe do membro encontra-se presente sob a forma de ganchos 106a e 106b com as respectivas projecções 108a e 108b de formato tubular que se prolongam a partir de uma das suas extremidades de modo a acolher de um modo selectivo uma cavilha de fecho 110 ou uma cavilha deslizante 112 dependendo 12 de se é desejado prender de um modo firme ou montar de um modo deslizante a ligação cruzada 94 às hastes 12 e 14. Com propósitos ilustrativos, a cavilha 106a é usada em associação com uma cavilha de fecho 110, enquanto que o gancho 106b é usado em associação com uma cavilha deslizante 112. Em termos práticos ou um par de cavilhas deslizantes 112 ou um par de cavilhas de fecho 110 podem ser usados ao mesmo tempo ou uma combinação dos dois.

Conforme pode ver-se na Fig. 4, a cavilha de fecho 110 é presa através de uma rosca no interior de um orifício roscado 114a definido numa extremidade do gancho 106a em frente da sua projecção tubular 108a de modo a apoiar a haste 12 e prender a ligação cruzada 94 na sua posição. Do mesmo modo, a cavilha deslizante 112 prolonga-se através da projecção tubular 108b do gancho 106b de modo a engatar-se de um modo roscado com um orifício roscado 114b definido na extremidade do gancho 106b em frente da projecção tubular 108b. No entanto, a cavilha deslizante 112 só fecha a entrada do gancho 106b sem engatar a haste 14, permitindo deste modo que a ligação cruzada 94 deslize sobre a mesma.

Uma bucha 116 é encaixada na projecção tubular 108a do gancho 106a em torno da cavilha de fecho 110. Do mesmo modo, uma bucha 118 é encaixada na projecção tubular 108b do gancho 106b em torno da cavilha deslizante 112. O sistema de instrumentos que pode ser implantado dinâmico e móvel 10 proporciona desde modo um implante que se encontra adaptado para ser usado sem enxertos ósseos e sem fusão, preservando deste modo o potencial de crescimento da coluna vertebral e do osso, assim como alguma da mobilidade natural das vértebras e dos seus discos. 13

Salienta-se que de acordo com uma outra forma de realização da presente invenção, o número de graus de liberdade entre os pediculos roscados 20 e as braçadeiras associadas 16a e 16b e os transportadores móveis associados 18a e 18b podem ser limitados a dois.

Como uma alternativa aos pediculos roscados 20, um gancho de processo transversal 120 (ver Fig. 5) pode ser montado de um modo articulado em cada uma das braçadeiras fixas 16a, 16b e os transportadores móveis 18a e 18b. O gancho do processo 120 inclui um pino 122 (semelhante ao pino 30) tendo uma forma de bola 123 numa das suas extremidades. A forma de bola 123 encontra-se adaptada para ser presa num encaixe 124 definido numa porção de cabeça cilíndrica 126 de um braço de fixação arqueado 128, permitindo deste modo um grau de movimentação relativo entre o pino 122 e o braço de fixação 128. Uma tampa 127 é engatada enroscando sobre a porção de cabeça 126 de modo a reter a formação de bola 123 no encaixe 124. Um braço de fixação móvel 130 é montado de um modo articulado ao braço de agarrar fixo 128 por intermédio de um pino de articulação 132 que se prolonga numa direcção normal em relação ao plano do braço de agarrar fixo 128. Um aro de fecho 134 encontra-se adaptado para ser preso por rosca na porção de cabeça cilíndrica 126 de modo a empurrar, através de uma língua pendente integral 136, o braço de agarrar móvel 130 de modo a fazer com que o mesmo se articule na direcção do braço de prender fixo 128. Deste modo, os braços de prender 128 e 130 podem ser fechados em torno de um processo transversal seleccionado de uma vértebra de modo a prender uma haste raquidiana que pode ser implantada em um dos lados da coluna vertebral. A abertura dos braços de agarrar 128 e 130 é impedida de se abrir pela presença da língua pendente 136 que actua como um freio. Uma pluralidade de abas 138 que podem ser curvadas e que se prolongam na direcção longitudinal é distribuída ao longo de uma porção superior do aro de fecho 14 134. A libertação do aro de fecho 134 da porção de cabeça 126 pode ser evitada pressionando um par de abas diametralmente opostas 138 para o interior de encontro a porções achatadas opostas diametralmente correspondentes 140 definidas na periferia da tampa 127. As roscas da tampa 127 e as roscas do aro de fecho 134 encontram-se de preferência umas em frente das outras de modo a evitar que estas últimas se soltem no caso de a tampa 127 ficar pouco firme na porção de cabeça 126. O gancho do processo 120 pode ser facilmente instalado numa braçadeira fixa 16a, 16b de um transportador móvel 18a, 18b enroscando uma porca, semelhante à porca 40, na porção roscada superior do pino 122, de acordo com o descrito em relação aos pediculos roscados 20 ilustrados nas Figs. 2 e 3. 03-01-2007 15

Claims (20)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Um sistema interno dinâmico móvel destinado a tratar um problema da coluna vertebral com um plano sagital, compreendendo pelo menos uma haste de correcção (12, 14) que pode ser implantada e destinada a ser montada num dos lados da coluna vertebral de um paciente, pelo menos uma braçadeira fixa (16a, 16b) montada de um modo rigido à referida haste de correcção (12, 14) e pelo menos um transportador móvel (18a, 18b) montado de um modo deslizante na referida haste de correcção (12, 14) num lado seleccionado da referida braçadeira fixa (16a, 16b) e primeiras e segundas fixações (20) montadas, respectivamente, no referido transportador móvel (18a, 18b) e em referida braçadeira fixa (16a, 16b) para prender a referida haste de ligação (12, 14) à coluna vertebral, caracterizado por quando o referido sistema interno dinâmico e móvel tiver sido implantado, as referidas primeira e segunda fixações ainda apresentam, respectivamente, liberdade de movimentos em relação ao referido transportador móvel e à referida braçadeira fixa, permitindo deste modo que o referido transportador móvel deslize ao longo da referida haste de correcção como resposta aos movimentos da coluna vertebral.
2. 2. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que o referido transportador móvel (18a, 18b) é também montado na referida haste de correcção (12, 14) de modo a permitir o movimento limitado de articulação da mesma em relação a um plano paralelo ao plano sagital da coluna vertebral.
3. 3. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 2, em que o referido transportador móvel (18a, 18b) inclui um corpo que define um par de orifícios 1 alongados opostos colocados em alinhamento e comunicando com um encaixe formado no interior do referido corpo, um cilindro que se encontra retido no interior do referido encaixe, em que o referido cilindro se encontra livre para rodar em torno de um seu eixo longitudinal no interior do referido encaixe e que define um orificio transversal completo no interior do referido encaixe destinado a acolher de um modo deslizante a referida haste de correcção no seu interior, em que o referido orificio transversal completo se encontra adaptado para ser colocado em alinhamento com os referidos orifícios alongados para permitirem que o referido cilindro seja engatado com a referida haste de correcção, e em que os movimentos de articulação do referido corpo em relação à referida haste se encontram limitados pela mobilidade raquidiana.
4. 4. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que a referida primeira fixação (20) tem três graus de liberdade em relação ao referido transportador móvel.
5. 5. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 4, em que a referida primeira fixação (20) se encontra articulada em relação ao referido transportador móvel por intermédio de uma junta constituída por uma bola e por um encaixe.
6. 6. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 3, em que a referida primeira fixação (20) se encontra articulada em relação ao referido corpo do referido transportador móvel (18a, 18b) num local espaçado lateralmente a partir dos referido orifícios alongados , em que a referida primeira fixação (20) tem uma cabeça que define um encaixe no qual uma bola presa ao corpo é mantida em cativeiro. 2
7. 7. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 6, em que a referida cabeça é pelo menos em parte acolhida numa reentrância definida numa superfície inferior do referido corpo, em que a referida reentrância e a referida cabeça definem uma folga destinada a permitir movimentos relativos limitados entre a referida primeira fixação (20) e o referido corpo.
8. 8. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que a referida segunda fixação (20) se encontra articulada à referida braçadeira (16a, 16b) fixa para permitir o movimento relativo limitado em relação à mesma.
9. 9. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que o referido transportador móvel (18a, 18b) tem dois graus de liberdade em relação à referida haste de correcção (12, 14) e em que a referida primeira fixação (20) tem três graus de liberdade em relação ao referido transportador móvel (18a, 18b).
10. 10. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 9, em que o referido transportador móvel (18a, 18b) se encontra adaptado para deslizar ao longo da referida haste de correcção (12, 14) e da articulação em relação à mesma em relação a um plano paralelo ao plano sagital da coluna vertebral e em que a referida primeira fixação (20) se encontra articulada ao referido transportador móvel (18a, 18b) através de uma junta de bola e de encaixe.
11. 11. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que a referida braçadeira (16a, 16b) inclui uma arruela de fixação adaptada para ser contraída numa ligação segura com a referida haste de 3 correcção (12, 14) e meios de ligação adaptados para serem engatados com a referida arruela de fixação de modo a articular a referida segunda fixação (20) à referida arruela de fixação, ao mesmo tempo que prende a referida arruela de fixação à referida haste de correcção (12, 14).
12. 12. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 11, em que a referida arruela de fixação se prolonga entre as primeira e segunda extremidades opostas, e em que os referidos meios de fixação incluem um pino que se prolonga através das referida primeira e segunda extremidades, e uma porca adaptada para ser engatada de um modo roscado ao referido pino de modo a puxar as referidas primeira e segunda extremidades uma na direcção da outra, estando o referido pino dotado, numa das suas extremidades, de uma forma de bola disposta num lado externo das referidas primeira e segunda extremidades em frente da referida porca, em que a referida forma de bola se encontra acolhida num encaixe definido na segunda fixação (20) de modo a formar uma junta articulada que permite os movimentos relativos entre a referida segunda fixação (20) e a referida braçadeira fixa (16a, 16b).
13. 13. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 12, em que a referida segunda fixação (20) tem uma cabeça, sendo o referido encaixe definido na referida cabeça.
14. 14. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, que inclui ainda uma haste de estabilização que pode ser implantada e que se encontra adaptada para ser montada num dos lados da coluna vertebral em frente da referida haste de correcção (12, 14) através de um número seleccionado de braçadeiras fixas (16a, 16b) e de transportadores móveis (16a, 16b) e de uma ligação cruzada 4 que une de um modo articulado as referidas hastes de correcção e de estabilização.
15. 15. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 14, em que a referida ligação cruzada inclui primeira e segunda ligações articuladas uma em relação à outra entre as referidas hastes de correcção e de estabilização.
16. 16. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 15, em que as referidas primeira e segunda ligações se encontram articuladas uma em relação à outra por intermédio de uma junta de bola e encaixe.
17. 17. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 15, em que as referidas primeira e segunda ligações apresentam as correspondentes extremidades afastadas de ligação da haste, em quer cada extremidade afastada de ligação da haste se encontra adaptada para cooperar de um modo selectivo com um de entre um membro de fecho e um membro deslizante de modo a, respectivamente, prender e montar de um modo deslizante a referida extremidade afastada de ligação da haste e uma haste correspondente de entre as referidas hastes de correcção e de estabilização.
18. 18. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que se encontram presentes freios nas extremidades opostas da referida haste de correcção de modo a evitar que pelo menos um dos referidos transportadores móveis (18a, 18b) deslizem para fora da referida haste de correcção.
19. 19. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 8, em que a referida segunda 5 fixaçao se encontra articulada à referida primeira braçadeira (16a, 16b) através de uma junta de bola e encaixe.
20. 20. Um sistema interno dinâmico móvel de acordo com o definido na reivindicação 1, em que um número seleccionado de transportadores móveis (18a, 18b) se encontram presentes em lados opostos de uma braçadeira (16a, 16b) central fixa. 03-01-2007 6