PT103592A - Processo para a oxidação alílica de compostos insaturados - Google Patents

Processo para a oxidação alílica de compostos insaturados Download PDF

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Jorge Antonio Ribeiro Salvador
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Abstract

A OXIDAÇÃO ALÍLICA DE COMPOSTOS INSATURADOS É REALIZADA, DE FORMA SIMPLES, EFECTIVA E BARATA, USANDO CLORITO DE SÓDIO ASSOCIADO AO HIDROPERÓXIDO DE T-BUTILO (T-BUOOH) EM CONDIÇÕES ESTEQUIOMÉTRICAS OU ASSOCIADO A UMA IMIDA DE UM ÁCIDO N-HIDROXIDICARBOXÍLICO COMO CATALISADOR.

Description

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DESCRIÇÃO "PROCESSO PARA A OXIDAÇÃO ALÍLICA DE COMPOSTOS INSATURADOS"
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção diz respeito à oxidação alilica de compostos insaturados nas correspondentes enonas, que é realizada de forma efectiva usando clorito de sódio na presença de t-BuOOH em condições estequiométricas, ou associado a uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador. A oxidação de alcenos a enonas é muito importante para os quimicos orgânicos devido à sua enorme variedade de aplicações industriais em áreas que variam desde os produtos agroquimicos aos farmacêuticos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Mini
As oxidações alilicas e benzilicas (a oxidação benzilica é considerada um caso particular de oxidação alilica em que o composto insaturado é um composto benzí-lico) são temas que têm atraído interesse ao longo de muitos anos. Um exemplo de oxidação alilica é a oxidação de A5-esteróides nas correspondentes 5-eno-7-cetonas, que têm elevado interesse biológico (Arsenou, E.S., et ai., 3
Rev. Med. Chem. 2003, 3, 557), e um exemplo de oxidação benzilica é a oxidação do xanteno em xantona (Sousa, M.E. et al., Curr. Med. Chem., 2005, 12, 2447).
Tradicionalmente uma larga variedade de reagentes de crómio têm sido utilizados nestas reacções (Hudlicky, M. em Oxidations in Organic Chemistry; ACS Monograph 186; American Chemical Society: Washington, DC, 1990, e referências ai citadas). Exemplos incluem CrC^-complexo de piridina, descrito por Dauben, W.G. et al., no J. Org. Chem. 1969, 34, 3587, Cr03 e 3,5-dimetilpirazole, por
Salmond, W.G. et al., J. Org. Chem. 1978, 43, 2057, clorocromato de piridina (PCC), por Parish, E.J. et al., Synth. Commun. 1986, 16, 1371, dicromato de piridina (PDC), por Parish, E.J. et al., Synth. Commun. 1987, 17, 1227, PDC e t-BuOOH, por Chidambaram, N. et al., J. Org. Chem. 1987, 52, 5048, cromato de sódio, por Marshall, C.W. et al., J.
Am. Chem. Soc. 1957, 79, 6308, dicromato de sódio em ácido acético, por Amann, A. et al., Synthesis 1987, 1002, f luorocromato de piridina, por Parish, E.J. et al., J. Chem. Res. (S) 1996, 544, fluorocromato de 3,5-dimetil- pirazol (VI), por Bora, U. et al., Tetrahedron 2001, 57, 2 4 45 e uma combinação de uma imida de um ácido N-hidro-xidicarboxílico com um reagente de crómio, descrito por Marwah, P. et al., US Patent 6,384,251 Bl.
Contudo, as elevadas quantidades de reagentes de crómio, que são indesejáveis do ponto de vista ecológico e fisiológico, e os elevados volumes de solventes utilizados 4 nestes procedimentos, bem como os elaborados processamentos necessários tornam estes processos inconvenientes à escala comercial.
Outros processos oxidativos clássicos conhecidos envolvem o uso de quantidades estequiométricas de reagentes, como por exemplo o dióxido de manganésio, o permanga-nato de potássio e o dióxido de selénio (Hudlicky, M. em Oxidations in Organic Chemistry; ACS Monograph 186; American Chemical Society: Washington, DC, 1990, e referências ai citadas) São conhecidos vários métodos catalíticos para efectuar estas reacções, e geralmente os peróxidos são os oxidantes mais usados. Dentro destes, apesar dos hidro-peróxidos de alquilo serem os mais utilizados, há também algumas referências à associação de catalisadores metálicos ao peróxido de hidrogénio nestas oxidações (Exemplos: Bennur, T.H. et al., J. Mol. Catai. A: Chem. 2002, 185, 71, Klopstra, M. et al., Tetrahedron Lett. 2003, 44, 4581, Maksimchuk, N.V. et al., J. Catai., 2005, 235, 175). É também de referir a utilização de oxigénio molecular associado a metais de transição como catalisadores para a realização destes processos (Punniyamurthy, T. et al., Chem. Rev. 2005, 105, 2329, e referências aí citadas). A utilização do t-BuOOH em condições catalíticas tem elevado interesse económico e ambiental (Salvador, J.A.R. et al., Curr. Org. Chem., 2006, in press). Apesar 5 dos bons rendimentos reportados com CrC>3, descrito por Muzart, J., Tetrahedron Lett. 1987, 28, 4665, Tetrahedron
Lett. 1987, 28, 2131, Muzart, J. et al. , Synth. Commun. 1993, 23, 2113 e referências ai citadas, com o cromato cíclico de 2,4-dimetilpentano-2,4-diol, por Muzart, J., Tetrahedron Lett. 1986, 27, 3139, com hexacarbonilcrómio
Cr(C0)6, por Pearson, A.J. et al., Tetrahedron Lett. 1984, 25, 1235, J. Chem. Soc., Perkin Trans. 1 1985, 267 e J. Org. Chem. 1985, 50, 2791, com RuCl2 (PPI13) 3, descrito por
Murahashi, S.-I. et al., Tetrahedron Lett. 1993, 34, 1299 e J. Org. Chem., 2000, 65, 9186, e com RUCI3, por Miller, R.A. et al., Tetrahedron Lett. 1996, 37, 3429 e WO Patent 95/32215 Al, a toxicidade dos reagentes de crómio e o elevado custo dos reagentes de ruténio levou ao desenvolvimento de métodos mais baratos e ambientalmente mais aceitáveis catalisados por cobre, por Salvador, J.A.R. et al., Tetrahedron Lett. 1997, 38, 119 e US Patent
6, 252,119 Bl, e Rothenberg, G. et al., J. Chem. Soc., Perkin Trans. 2 1998, 2429, e cobalto, por Salvador, J.A.R. et al., Chem. Commun. 2001, 33 e Clark, J.H. et al., WO
Patent 02/16391 Al. Recentemente foi reportado o uso de outros catalisadores metálicos homogéneos nomeadamente caprolactamato de di-ródio(II), descrito por Catino, A.J. et al., J. Am. Chem. Soc. 2004, 126, 13622 e Org. Lett. 2005, 7, 5167, complexos de manganésio(II) , descrito por
Pan, J.-F. et al., J. Mol. Catai. A: Chem. 2001, 176, 19 e acetato de manganésio(III) , descrito por Shing, T.K.M. et al., Org. Lett. 2006, 8, 3149. 6 A grande dificuldade associada com a utilização de catalisadores homogéneos é a necessidade de existência de uma etapa difícil de separação para remover o catalisador, que não pode ser assim facilmente recuperado e reutilizado. A heterogeneização de reagentes inorgânicos e catalisadores, utilizados em reacções orgânicas é uma área importante em tecnologias ambientalmente aceitáveis, e levou à utilização de catalisadores heterogéneos de crómio, em combinação com t-BuOOH, descritos por Choudary, B.M. et al. , Tetrahedron, 1992, 48, 953 e J. Org. Chem. 1992, 57 5841, Lempers, H.E.B. et al., Appl. Catai . A: Gen. 1996 143, 137, Dapurkar, S.E. et al., New J. Chem. 2003, 21 1184 e Lounis, Z. et al., Appl. Catai. A: Gen. 2006, 309 270 para efectuar estas reacções. A oxidação alílica de compostos insaturados foi efectuada com t-BuOOH usando catalisadores heterogéneos de cobalto(II), cobre(II), manganésio(II) e vanádio(II), por Salvador, J.A.R. et al., Green Chem. 2002, 4, 352. Jurado-Gonzalez, M. et al.,
Tetrahedron Lett. 2003, 44, 4283, reportaram a oxidação alílica e benzílica com t-BuOOH e quantidades catalíticas de Co(II) imobilizado em sílica modificada com fosfonatos de alquilo. 0 bismuto é um metal considerado seguro pois não é tóxico nem carcinogénico, e tem sido utilizado em preparações farmacêuticas úteis no tratamento de problemas gástricos (Sun, H. et al., Chem. Ber./Recueil 1997, 130, 7
669, Briand, G.G. et al., Chem. Rev. 1999, 99, 2601). O aumento das preocupações ambientais e da necessidade de reagentes "verdes" levou a que se estudasse a utilização do bismuto e seus compostos em química orgânica ao longo da última década (Leonard, N.M. et al., Tetrahedron, 2002, 58, 8373, Gaspard-Iloughmane, H. et al., Eur. J. Org. Chem., 2004, 2517). Recentemente foi reportada a utilização de compostos de bismuto em associação com t-BuOOH na oxidação alílica, por Salvador, J.A.R. et al., Tetrahedron Lett. 2005, 46, 2581 e PT Patent 103,211, e benzílica, por
Bonvin, Y. et al., Org. Lett. 2005, 7, 4549. O desenvolvimento de transformações sintéticas ambientalmente aceitáveis sem metais de transição é uma área de interesse actual (Adam, W. et al., Chem. Rev., 2001, 101, 3499) . Estes métodos evitam o uso de metais tóxicos e caros e são especialmente úteis na preparação de compostos que não toleram contaminações por metais, por exemplo produtos farmacêuticos.
Neste contexto, foi reportada a oxidação alílica e benzílica pelo oxigénio molecular na presença de N-hidroxiftalimida (NHPI) e de um iniciador radicalar orgânico nomeadamente peróxido de benzoílo, por Foricher, J. et al., US Patent 5,030,739, acetaldeído, por Einhorn, C. et al., Chem. Commun. 1997, 447, α,α'-azo- bisisobutironitrilo, por Aoki, Y. et al., Adv. Synth. Catai. 2004, 346, 199 e Coutts, L.D. et al., Synth. Commun. 2005, 35, 979, antraquinonas, por Yang, G. et al., Org. 8
Lett. 2005, 7, 263, e amarelo de acridina/Br2, por Tong, X. et al., Tetrahedron Lett. 2006, 47, 1763.
Recentemente foi descrita a combinação de hipo-clorito de sódio com t-BuOOH aquoso para efectuar a oxidação de alcenos a enonas em sistema aquoso, por Marwah, P. et al., U.S. Patent 6,274,746 BI e Green Chem. 2004, 6, 570. O clorito de sódio é um oxidante muito barato e é muito utilizado como desinfectante no tratamento de águas e como agente branqueador na indústria têxtil (Fábián, I. Coord. Chem. Rev. 2001, 216-217, 449, e referências ai citadas). Na área da química orgânica sintética, é na oxidação selectiva de aldeídos a ácidos carboxílicos que é mais frequentemente utilizado (Geng, X.-L. et al., J. Org. Chem. 2005, 70, 9610, e referências aí citadas) . Mais recentemente verificou-se um interesse crescente na sua utilização em síntese orgânica, por exemplo na oxidação de álcoois primários, descrita por Zhao, M. et al., J. Org. Chem., 1999, 64, 2564 e Devine, P.N. et al., U.S. Patent 6,031,101, e na epoxidação de olefinas, descrita por Geng, X.-L. et al., J. Org. Chem. 2005, 70, 9610.
Assim, continua a existir a necessidade de um processo simples, eficiente, seguro e barato para proceder à oxidação alílica de compostos insaturados, especialmente esteróides, na ausência de catalisadores metálicos e no qual as etapas de separação sejam simples. 9
SUMÁRIO DA INVENÇÃO É revelado um processo simples, eficiente, seguro, barato e ambientalmente aceitável para a oxidação de compostos contendo átomos de hidrogénio alilicos. 0 processo envolve contacto reactivo de um composto orgânico com clorito de sódio, na presença de um hidroperóxido em condições estequiométricas, ou de uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílicc como catalisador sob condição suficiente para efectuar a oxidação do(s) hidrogénios alílico(s) do composto orgânico. A reacção pode ser conduzida, convenientemente, a pressão ambiente e temperaturas de aproximadamente 50-60 °C e num solvente orgânico ou num sistema de co-solventes composto por água e por um solvente orgânico.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA INVENÇÃO
Constitui um objecto da invenção um processo para efectuar a oxidação alílica de compostos insaturados, que compreende a oxidação do composto na posição alílica com clorito de sódio na presença de um hidroperóxido de alquilo em condições estequiométricas, ou de uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador.
Num modelo de realização preferido da invenção o composto insaturado é um composto esteróide. 10
Noutro modelo de realização preferido da invenção o composto insaturado é um composto diterpénico ou sesqui-terpénico.
Noutro modelo de realização preferido da invenção o composto insaturado é um composto benzílico.
Preferencialmente a reacção é conduzida num sistema de co-solventes composto por água e por um solvente orgânico.
Normalmente a reacção é efectuada a temperaturas entre 50 e 60 °C.
Numa primeira alternativa do processo da invenção a oxidação do composto na posição alilica é realizada com clorito de sódio na presença de hidroperóxido de alquilo em condições estequiométricas.
Num modelo de realização preferido esta primeira alternativa compreende: (a) a dissolução do composto insaturado e do hidroperóxido de alquilo num solvente e a reacção da solução com clorito de sódio sob condições efectivas para efectuar a oxidação alilica do composto insaturado; (b) a oxidação alilica do composto insaturado; e 11 (c) a separação do composto insaturado oxidado na posição alilica, do solvente e do hidroperóxido de alquilo. 0 hidroperóxido de alquilo preferido é hidroperóxido de t-butilo (t-BuOOH).
Numa segunda alternativa do processo da invenção a oxidação do composto na posição alilica é realizada com clorito de sódio na presença de uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador.
Num modelo de realização preferido esta segunda alternativa compreende: (a) a dissolução do composto insaturado e da imida do ácido W-hidroxidicarboxílico num solvente e a reacção da solução com clorito de sódio sob condições efectivas para efectuar a oxidação alilica do composto insaturado; (b) a oxidação alilica do composto insaturado; e (c) a separação do composto insaturado oxidado na posição alilica, do solvente e da imida do ácido N-hidroxidi-carboxílico. A imida do ácido iV-hidroxidicarboxilico preferida é seleccionada do grupo constituído por N-hidroxiftalimida (NHPI) e 2V-hidroxissuccinimida (NHSI), sendo a NHPI especialmente preferida. 12
DEFINIÇÕES 0 termo "composto alílico" refere-se a um composto orgânico tendo pelo menos um átomo de hidrogénio alilico. Exemplos de compostos alilicos incluem, especifi-camente mas não exclusivamente, (i) compostos alifáticos vinilicos, (ii) compostos benzilicos como o fluoreno e difenilmetano, (iii) isoprenóides como os terpenos e ses-quiterpenos e (iv) esteróides e esteróis como por exemplo androstenos, pregnenos e outros e seus derivados nomeadamente ésteres e éteres. 0 termo "composto benzílico" como definido no âmbito da presente invenção refere-se a um composto aromático com um grupo -CHn (n=2 ou 3) ligado directamente a um anel aromático. O termo "oxidação alílica", tal como aqui utilizado, significa oxidação de um composto alilico pela substituição do(s) hidrogénio(s) alilicos por oxigénio ou um grupo contendo oxigénio. 0 termo "reagentes", tal como aqui utilizado, refere-se a substratos alilicos, clorito de sódio e hidroperóxido de alquilo.
Solventes, incluindo tanto os solventes aquosos como os orgânicos, e o catalisador imida do ácido N- 13 hidroxidicarboxílico são especificamente excluídos da definição de "reagentes".
PARTE EXPERIMENTAL
Processo 0 processo envolve contacto reactivo de um composto alílico com clorito de sódio na presença de um hidroperóxido de alquilo em condições estequiométricas, ou na presença de uma imida de um ácido W-hidroxidicarboxílico como catalisador sob condições suficientes para efectuar a oxidação alílica do(s) átomos de hidrogénio alílico(s) do composto orgânico.
Constituintes
Substratos
Os substratos incluem substratos esteróides, tipo desidroepiandrosterona e derivados, terpenos ou sesquiter-penos e compostos benzílicos.
Clorito de sódio A experimentação demonstrou que o clorito de sódio pode fornecer um elevado rendimento e/ou elevada qualidade de produto oxidado na posição alílica, de acordo com o processo desta invenção. Um benefício adicional 14 fornecido pelo uso do clorito de sódio resulta do facto deste ser sólido à temperatura ambiente e por isso de fácil manuseio comparativamente com oxidantes líquidos.
Na associação do clorito de sódio com hidrope-róxido de t-butilo, geralmente concentrações de cerca de 1 a 1,2 equivalentes molares de clorito de sódio são efecti-vas para a oxidação alílica dos substratos. Concentrações inferiores a 1 equivalente molar de clorito de sódio diminuem significativamente a velocidade da reacção e levam a conversão incompleta do substrato, embora mais de 1,2 equivalentes molares de clorito de sódio aumentem o custo do processo sem produzirem um correspondente aumento do benefício das propriedades ou características do processo ou produtos resultantes.
Na associação do clorito de sódio com a NHPI como catalisador, geralmente concentrações entre 1,5 a 3 equivalentes molares de clorito de sódio são efectivas para a oxidação alílica dos substratos. Concentrações inferiores a 1,5 equivalentes molares de clorito de sódio diminuem significativamente a velocidade da reacção e levam a conversão incompleta do substrato, embora mais de 3 equivalentes molares de clorito de sódio aumentem o custo do processo sem produzirem um correspondente aumento do benefício das propriedades ou características do processo ou produtos resultantes. 15
Solventes
Os reagentes (i.e. composto alilico, clorito de sódio e hidroperóxido de alquilo) são preferencialmente dissolvidos num solvente adequado. A selecção de um solvente depende do substrato especifico e do oxidante utilizado. Uma lista parcial de solventes orgânicos inclui, especificamente mas não exclusivamente, (i) solventes misciveis com a água tais como a acetona, acetonitrilo e t-butanol, (ii) solventes imisciveis com a água tais como o éter de petróleo, n-hexano, n-heptano, iso-octano, benzeno e ciclohexano e (iii) bases orgânicas tais como a piridina. Um solvente preferido para muitos substratos referidos é a mistura homogénea de um solvente orgânico e água, e mais especificamente, acetonitrilo e água.
Hidroperóxido de t-butilo
Na associação do clorito de sódio com hidroperóxido de t-butilo, geralmente concentrações de cerca de 1 a 10 equivalentes molares, preferencialmente cerca de 5 equivalentes molares, de hidroperóxido de t-butilo são efectivas para a oxidação alílica dos substratos. Concentrações inferiores a 1 equivalente molar de hidroperóxido de t-butilo diminuem significativamente a velocidade da reacção e levam a conversão incompleta do substrato, embora mais de 10 equivalentes molares de hidroperóxido de t-butilo aumentem o custo do processo sem produzirem um correspondente aumento do beneficio das propriedades ou caracteristicas do processo ou produtos resultantes. 16
Catalisador-imida de ácido N-hidroxidicarboxílico
Os catalisadores que podem ser usados de acordo com a invenção são N-hidroxi-imidas de ácidos dicarbo-xílicos que podem formar imidas cíclicas, especificamente mas não exclusivamente a N-hidroxiftalimida (NHPI) e a N-hidroxisuccinimida (NHSI).
Parâmetros de Processo e Procedimento
Tempo de reacção
Depende em termos genéricos de um número de variáveis incluindo o substrato específico a ser oxidado, do oxidante e do catalisador utilizado e da concentração de reagentes e catalisador.
Na associação do clorito de sódio com hidro-peróxido de t-butilo as reacções podem tipicamente ser conduzidas em cerca de 18 a 96 horas, e na associação do clorito de sódio com NHPI como catalisador, as reacções podem tipicamente ser conduzidas em cerca de 6 a 25 horas.
Temperatura da reacção A reacção é preferencialmente conduzida a temperaturas ligeiramente acima da temperatura ambiente (i.e. temperaturas entre cerca de 50-60 °C). Temperaturas abaixo 17 deste valor tendem a diminuir a velocidade da reacção sem um aumento observado de rendimento e/ou qualidade do produto, embora temperaturas acima de cerca de 60 °C tendam a reduzir o rendimento e/ou qualidade do desejado produto oxidado.
Agitação A mistura da reacção deverá ser continua e vigorosamente agitada de forma a promover o contacto entre os reagentes e por consequência acelerando a reacção e aumentando o rendimento e/ou qualidade do composto oxidado na posição alilica. Isto é igualmente importante para a associação do clorito de sódio com o hidroperóxido de alquilo, e para a associação do clorito de sódio com a imida do ácido W-hidroxidicarboxílico como catalisador. Técnicas de Separação e Purificação
Após completa a reacção de oxidação, o composto oxidado pode ser separado, tanto do clorito de sódio e do t-BuOOH, como do catalisador, bem como dos reagentes que não reagiram e os produtos secundários, por uma variedade de técnicas conhecidas dos investigadores incluindo (i) diluição, (ii) extracção, (iii) evaporação, (iv) destilação, (v) cristalização/re-cristalização, e/ou (vi) cromatografia.
Qualquer excesso de clorito de sódio e de alquil- 18 hidroperóxido existente na mistura de reacção depois desta completa pode ser decomposto, como desejado, por métodos anteriormente referidos e conhecidos dos investigadores, como por exemplo adicionando uma solução aquosa de um sulfito de um metal alcalino. A imida do ácido N-hidroxidicarboxilico residual pode ser removida por lavagem com solução aquosa de bicarbonato de sódio à saturação e com água destilada. 0 composto oxidado na posição alilica previamente isolado, pode ser posteriormente purificado por variadas técnicas conhecidas, como por exemplo (i) lavando o produto isolado com um solvente efectivo na sua selectividade dissolvendo os contaminantes residuais sem dissolver quantidades apreciáveis de produto, como água ou éter dietilico, e/ou (ii) cristalizando o produto isolado num sistema de solvente ou co-solvente adequado.
EXEMPLOS
Os substratos foram fornecidos pela Sigma e Aldrich excepto o S-(+)-valenceno e o xanteno, que foram fornecidos pela Fluka.
Para a análise por cromatografia em camada fina (TLC) foram usadas placas comerciais kieselgel 60 F254, da Merck. As placas foram observadas à luz ultra-violeta e 19 reveladas usando a mistura etanol-H2S04 (95:5), seguindo-se um aquecimento em placa a 120°C.
Os pontos de fusão apresentados não são corrigidos e foram determinados num aparelho Buchi.
Os espectros de infra-vermelho (IV) foram obtidos num espectrofotómetro JASCO FT/IR-420, e foram medidos pelo método ATR. Os dados destes espectros indicam-se pela frequência máxima, expressa em cm-1.
Os espectros de XH-RMN foram registados a 300 MHz num espectrofotómetro Bruker AMX 300. Os espectros de 13C-RMN foram registados a 75 MHz num espectrofotómetro Bruker AMX 300. Nos espectros obtidos usou-se Me4Si como padrão interno (5=0 ppm) e CDCI3 como solvente. Os dados dos espectros de 1H-RMN estão indicados pela ordem seguinte: solvente, desvio quimico em ppm, multiplicidade, constante de acoplamento J em Hz, e atribuição da molécula; os de 13C-RMN: solvente, desvio quimico e carbono respectivo.
Os solventes foram destilados antes da utilização, de acordo com procedimentos descritos em Perrin, D.D. & Armarego, W.L.F., Purification of Laboratory Chemicals, 3rd Ed., Pergamon Press, 1988.
Procedimento Geral
Num balão de fundo redondo dissolveu-se o substrato em acetonitrilo/água. A esta solução previamente 20 estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH ou a imida do ácido N-hidroxidicarboxílico. De seguida fez-se a adição lenta de clorito de sódio. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C. O controlo da reacção foi efectuado por TLC.
Após o consumo completo do substrato a reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico. A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio e com água destilada, seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido que foi seco na estufa de vácuo. O produto bruto da reacção foi analisado por ΧΗ RMN e 13C RMN. Após cristalização, foi determinado o ponto de fusão e efectuada a confirmação analítica do produto obtido.
Exemplos 1-35 Vários A5-esteróides, o S-(+)-valenceno e vários substratos benzílicos foram oxidados na posição alílica de acordo com o procedimento geral usando clorito de sódio associado ao hidroperóxido de t-butilo em condições estequiométricas, solventes e parâmetros descritos nos esquemas 1 e 2 e tabelas 1 e 2, e usando clorito de sódio e imida do ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador, solventes e parâmetros descritos nos esquemas 1 e 2 e tabelas 3 e 4. 21
3..............R=COCH3;Ri=H............8
14 18
Esquema 2 - 22 -
Tabela 1 Oxidação alílica do acetato de desidroepiandrosterona 1 com o sistema NaCKVt-BuOOH
Exemplos Substrato/ NaC102V t-BuOOHV Solvente (v:v) Temp./°C Tempo/h Produto Rendimento mmol mg cm3 isolado (%) 1 1/0,5 67,84 0,36 ch3cn 50 44 6 77 2 1/0,25 33,92 0,18 CH3CN/H20 (3:1] 50 18 6 75 3 1/0,25 33,92 0,18 CHjCN/HjO (2:1) 50 20 6 79 4 1/0,5 67,84 0,36 CH3CN/H20 (1:1) 50 23 6 73 5 1/0,25 33,92 0,18 l,4-dioxano/H20 (3:1) 50 72 6 79 6 1/0,25 33,92 0,18 Acetato de etilo 50 24 6 81 7 1/0,5 67,84 0,012 CHjCN/HjO (3:1) 50 96 6 74 8 1/0,25 56,6 0,18 CH3CN/H2O (3:1) 25 168 6 72 9 1/0,25 33,92 0,18 CH3CN/H2Oc (3:1) 50 24 6 72 aSólido, 80¾ (Aldrich); bSolução aquosa a 70¾ (Aldrich); cSolução aquosa 5xl0"4 M de ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA); dSão visíveis traços de substrato e de produto secundário nas placas de TLC mas não são detectados no espectro de RMN (300 MHz). - 23 -
Tabela 2 Oxidação com o sistema NaCKVt-BuOOH
Exemplos Substrato/ NaC1027 t-BuOOHV Solvente (v:v) Temp./°C Tempo/h Produto Rendimento mmol mg cm3 isolado (%)c 10 2/0,5 67,84 0,72 ch3cn 60 80 7 66d 11 3/0,25 33,92 0,18 CH]CN/H20 (3:1) 50 28 8 76 12 4/1 135,68 0,72 CH3CN/H20 (2:1) 50 20 9 65“ 13 5/1 135,68 0,72 CH3CN/H2O (3:1) 50 22 10 38“ 14 1/6 814,05 4,3 CH3CN/H2O (3:1) 50 26 6 76 15 11/0,5 67,84 0,36 CH3CN/H2O (3:1) 50 40 15 89 16 12/0,5 67,84 0,36 CH3CN/H2O (3:1) 50 64 16 90 17 13/0,5 67,84 0,36 CH3CN/H2O (3:1) 50 52 17 86 aSólido, 80¾ (Aldrich); bSolução aquosa a 70¾ (Aldrich); cSào visíveis traços de substrato e de produto secundário nas placas de TLC mas não são detectados no espectro de !H RMN (300 MHz); dRecuperado por cromatografia flash (acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C), - 24 -
Tabela 3 Oxidação alilica do acetato de desidroepiandrosterona 1 com o sistema NaCK^/imida do ácido JV-hidroxidicarboxílico
Exemplos Substrato/ KaC102a/ Catalisador/ Solvente (v:v) Temp./°C Tempo/h Produto Rendimento DBOl mg í isolado (%)e 18 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 CH3CN/H20 (2:1) 50 6 6 89 19 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 CH3CN/H20 (3:1) 50 6 6 75 20 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 1,4-dioxano/H20 (3:1] 50 14 6 84 21 1/0,25 42,4 NHSI/2,88 CH3CN/H20 (2:1) 50 8 6 72 22 1/0,25 42,4 TEMP0b/3,91 CH3CN/H2O (2:1) 50 40 — — 23 1/0,25 42,4 NHPI/2,04 CH3CN/H20 (2:1) 50 24 6 76 24 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 CH3CN/H2O (3:1) 25 144 6 78 25 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 CHjCN/H2Oc (2:1) 50 7 6 77 26 1/0,25 42,4 NHPI/4,1 CH]CN/H2Od (2:1) 50 6 6 82 aSólido, 80¾ (Aldrich); bRadical W-oxil-2,2,6,6-tetrametilpiperidina (TEMPO], sólido, 98¾ (Aldrich); cSoluçáo aquosa 5xl0"4 M EDTA; dReacção realizada sob atmosfera de N2; eSão visíveis traços de substrato e de produto secundário nas placas de TLC mas não são detectados no espectro de !H RMN (300 MHz). - 25 -
Tabela 4 Oxidação com o sistema NaCKVNHPI
Exemplos Substrato/ HaC1027 ΜΗΡΙ / Solvente (v:v) Temp,/°C Tempo/h Produto Rendimento mmol mg isolado (%)b 27 2/0,5 169,6 8,2 1,4-dioxano/H20 (3:1) 50 25 7 60c 28 3/0,25 42,4 4,1 CHjCN/HjO (3:1) 50 7 8 76 29 4/1 169,6 16,3 CH3CN/H20 (2:1) 50 11 9 50c 30 5/1 169,6 16,3 CH3CN/H2O (3:1) 50 15 10 36' 31 1/3 508,8 48,94 CH3CN/H2O (2:1) 50 8 6 76 32 11/0,5 84,8 8,2 CHjCtt/HjO (3:1) 50 2 15 91 33 12/0,5 84,8 8,2 CH3CN/H2O (3:1) 50 1 16 90 34 13/0,5 84,8 8,2 CHjCN/H20 (3:1) 50 6 17 89 35 14/0,5 84,8 8,2 CHjCN/HjO (3:1) 50 18 18 75 aSólido, 801 (Aldrich); bSão visíveis traços de substrato e de produto secundário nas placas de TLC mas não são detectados no espectro de ΐ RMN (300 MHz); cRecuperado por cromatografia flash (acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C). 26
Exemplo 2:
Oxidação do acetato de desidroepiandrosterona 1 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de desidroepiandrosterona 1 (82,6 mg; 0,25 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (3 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,18 ml; 1,25 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (33,92 mg; 0,3 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 18 horas. O controlo da reacção por TLC após 18 horas revelou o consumo completo do acetato de desidroepiandrosterona 1. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (60 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 64,6 mg (75%). O produto bruto da 27 reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,17-dioxoandrosta-5-eno-3p-ilo 6. P. f. 180-183 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1627, 1671, 1721, 1738, 2922, 3020 cm"1; 3H RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,89 (s, 3H, I8-H3) , 1,24 (s, 3H, 19-H3), 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 4,72 (m, 1H, 3a-H) , 5,76 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 71,90 (C3) , 126, 43 (C6) , 164,79 (C5), 170,19 (CH3CO) , 200, 66 (C7) , 220, 14 (C17) .
Exemplo 6:
Oxidação do acetato de desidroepiandrosterona 1 com clorito de sódio e hidroperóxido de fc-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de desidroepiandrosterona 1 (82,6 mg; 0,25 mmole) em acetato de etilo (3 ml) . A solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,18 ml; 1,25 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaCl02 (33,92 mg; 0,3 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 24 horas. 0 controlo da reacção por TLC após 24 horas revelou o consumo completo do acetato de desidroepiandrosterona 1. 28 A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (60 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 69,8 mg (81%). O produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,17-dioxoandrosta-5-eno-3β-ilo 6. P. f. 180-183 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1627, 1671, 1721, 1738, 2922, 3020 cm"1; RMN (CDC13, 300 MHz): δ 0,89 (s, 3H, I8-H3) , 1,24 (s, 3H, 19-H3) , 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 4,72 (m, 1H, 3a-H) , 5,76 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 71,90 (C3) , 126, 43 (C6) , 164,79 (C5), 170,19 (CH3CO) , 200, 66 (C7) , 220, 14 (C17) .
Exemplo 10:
Oxidação do acetato de colesterilo 2 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de colesterilo 2 (214,3 mg; 0,5 mmole) em aceto- nitrilo (8 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 60 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,72 ml; 5 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a 29 adição lenta de NaCl02 (67,84 mg; 0,6 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 60 °C, durante 80 horas. O controlo da reacção por TLC após 80 horas revelou o consumo completo do acetato de colesterilo 2. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (200 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C) , obtendo-se o acetato de 7-oxocolesta-5-εηο-3β-ί1ο 7, 146,1 mg, 66%. P. f. 155-157 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1628, 1670, 1727, 2950, 3025 cm"1; RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,68 (s, 3H, I8-H3) , 0,86 (d, J=6,6 Hz, 6H, 26-H3, 27-H3) , 0,92 (d, J=6,5 Hz, 3H, 2I-H3) , 1,20 (s, 3H, 19-H3), 2,03 (s, 3H, CH3CO), 4,69 (m, 1H, 3a- H), 5,70 (m, 1H, 6—H) r 13C RMN ( CDCI3, 75 MHz): δ 72,17 (C3) , 126,64 (C6) , 163,82 (C5), 170 ,22 (CH3CO), 201,87 (C7) . 30
Exemplo 11:
Oxidação do acetato de pregnenolona 3 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de pregnenolona 3 (89,6 mg; 0,25 mmole) em aceto- nitrilo/água (3:1) (3 ml). À solução previamente estabili zada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,18 ml; 1,25 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (33, 92 mg; 0,3 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 28 horas. O controlo da reacção por TLC após 28 horas revelou o consumo completo do acetato de pregnenolona 3. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (60 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 70,8 mg (76%). 0 produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,20-dioxopregna-5-eno-3p-ilo 8. P. f. 150-153 °C (MeOH); 31 IV (ATR): 1244, 1630, 1669, 1704, 1727, 2941, 3037 cm"1; RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,66 (s, 3H, I8-H3) , 1,21 (s, 3H, 19-¾) , 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 2,14 (s, 3H, 21-H3) , 4,72 (m, 1H, 3oí-H) , 5,73 (m, 1H, 6-H) ; 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 72,00 (C3) , 126,41 (C6) , 164,13 (C5), 170,23 (CH3CO) , 201,11 (C7) , 209, 64 (C20) .
Exemplo 12:
Oxidação da desidroepiandrosterona 4 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 50 ml dissolveu-se desidroepiandrosterona 4 (288,4 mg; 1 mmole) em acetonitri-lo/água (2:1) (12 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,72 ml; 5 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (135,68 mg; 1,2 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 20 horas. 0 controlo da reacção por TLC após 20 horas revelou o consumo completo da desidroepiandrosterona 4. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (200 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (5x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução 32 saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C), obtendo-se o 7,17-dioxoandrosta-5-eno-3β-ο1 9, 196,6 mg, 65%. P. f. 229-232 °C (MeOH); IV (ATR): 1298, 1630, 1649, 1719, 2941, 3025, 3480 cm'1; 3H RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,90 (s, 3H, I8-H3) , 1,23 (s, 3H, 19-H3) , 3,68 (m, 1H, 3a-H), 5,75 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 70,2 (C3) , 125,7 (C6) , 166,2 (C5) , 200,7 (C7) , 219,8 (C17) .
Exemplo 13:
Oxidação do S-(+)-valenceno 5 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 50 ml dissolveu-se S-( + )-valenceno 5 70%, Fluka) (0,32 ml; 1 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (12 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,72 ml; 5 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (135,68 mg; 1,2 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 22 horas. 33 0 controlo da reacção por TLC após 22 horas revelou o consumo completo do S-(+)-valenceno 5. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (200 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (4x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (25 ml) e com água destilada (25 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C) , obtendo-se a nootkatona 10, 82,8 mg, 38%. P. f. 31-34 °C; IV (ATR) : 1617, 1663, 2933, 3029, 3079 cm'1; *H RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,94 (d, J=6,8 Hz, 3H, 15-H3) , 1,09 (s, 3H, 14-H3) , 1,71 (s, 3H, 13-H3) , 4,70 (m, 2H, 12-H2), 5,74 (s, 1H, 1-Hi); 13C RMN (CDC13, 75 MHz): δ 109,12 (C12) , 124,44 (C1) , 148,87 (C11), 170,82 (C10) , 199,79 (C2) .
Exemplo 15:
Oxidação do xanteno 11 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se 34 xanteno 11 (91,1 mg; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,36 ml; 2,5 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (67,84 mg; 0,6 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 40 horas. O controlo da reacção por TLC após 40 horas revelou o consumo completo do xanteno 11. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (120 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 87,3 mg (89%). O produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de xantona 15. P. f. 169-171 °C (PhH); IV (ATR) : 757, 1145, 1345, 1456, 1479, 1605, 1655, 2937, 3079 cm'1; 3Η RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 7,38 (t, J=7,9 Hz, 2H, 2-H, 7- H), 7,49 (d, J=8,4 Hz, 2H, 4-H, 5-H), 7,73 (m, 2H, 3-H, 6-H), 8,34 (dd, J=7,9, 1,7 Hz, 2H, 1-H, 8-H) ; 35 13C RMN (CDC13, 75 MHz) : δ 117,95 (C4, C5) , 121,81 (C8a, C9a) , 123,87 (C2, C7), 126, 70 (C1, C8) , 134,78 (C3, C6) , 156,14 (C4a, C10a) , 177,19 (C9) .
Exemplo 16:
Oxidação do fluoreno 12 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se fluoreno 12 (83,1 mg; 0,5 ramole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,36 ml; 2,5 mmole), solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de
NaC102 (67,84 mg; 0,6 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 64 horas. 0 controlo da reacção por TLC após 64 horas revelou o consumo completo do fluoreno 12. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (120 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e 36 evaporada, obtendo-se um produto sólido, amarelo, que foi seco na estufa de vácuo, 81,1 mg (90%). 0 produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de fluorenona 16. P. f. 79-82 °C (MeOH); IV (ATR) : 1297, 1449, 1598, 1712, 3060 cm-1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 7,28 (m, 2H, 2-H, 7-H), 7,48 (m, 4H, 3-H, 4-H, 5-H, 6-H), 7,65 (d, J=7,4 Hz, 2H, 1-H, 8-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 120,27 (C4, C5) , 124,27 (C1, C8) , 129,03 (C2, C7), 134,09 (C8a, C9a) , 134,65 (C3, C6) , 144,38 (C4a, C4b) , 193, 89 (C9) .
Exemplo 17:
Oxidação do difenilmetano 13 com clorito de sódio e hidroperóxido de t-butilo
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se difenilmetano 13 (84,1 mg; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se t-BuOOH (0,36 ml; 2,5 mmole) , solução aquosa a 70%, Aldrich. De seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (67,84 mg; 0,6 mmole), sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 52 horas. O controlo da reacção por TLC após 52 horas revelou o consumo completo do difenilmetano 13. 37 Ά reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (120 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 78,4 mg (86%). 0 produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de benzofenona 17. P. f. 46-47,5 °C (MeOH); IV (ATR) : 810, 1276, 1447, 1594, 1650, 3057 cirf1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 7,46 (m, 4H, 4-H, 6-H, 10-H, 12-H) , 7,57 (m, 2H, 5-H, 11-H) , 7,80, (m, 4H, 3-H, 7-H, 9-H, 13-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 128,19 (C4, C6, C10, C12), 129,96 (C3, C7, C9, C13), 132,34 (C5, C11), 137,48 (C2, C8), 196,66 (C1) .
Exemplo 18:
Oxidação do acetato de desidroepiandrosterona 1 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de desidroepiandrosterona 1 (82,6 mg; 0,25 mmole) em acetonitrilo/água (2:1) (3 ml). À solução previamente 38 estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (4,1 mg; 0,025 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (42,4 mg; 0,375 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 6 horas. O controlo da reacção por TLC após 6 horas revelou o consumo completo do acetato de desidroepian-drosterona 1. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (40 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 76, 6 mg (89%). 0 produto bruto da reacção foi analisado por 3H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,17-dioxoandrosta-5-eno-3p-ilo 6. P. f. 180-183 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1627, 1671, 1721, 1738, 2922, 3020 cm'1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,89 (s, 3H, I8-H3) , 1,24 (s, 3H, 19-H3), 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 4,72 (m, 1H, 3a-H) , 5,76 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDC13, 75 MHz): δ 71,90 (C3) , 126,43 (C6) , 164,79 (C5), 170,19 (CH3CO) , 200, 66 (C7) , 220, 14 (C17) . 39
Exemplo 21:
Oxidação do acetato de desidroepiandrosterona 1 com clorito de sódio, catalisada por NHSI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de desidroepiandrosterona 1 (82,6 mg; 0,25 mmole) em acetonitrilo/água (2:1) (3 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se N-hidroxissuccinimida (NHSI) (2,88 mg; 0,025 mmole), sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (42,4 mg; 0,375 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 8 horas. 0 controlo da reacção por TLC após 8 horas revelou o consumo completo do acetato de desidroepiandrosterona 1. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (40 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 62 mg (72%) . 0 produto bruto da 40 reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,l7-dioxoandrosta-5-eno-3β-ilo 6. P. f. 180-183 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1627, 1671, 1721, 1738, 2922, 3020 cm'1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,89 (s, 3H, I8-H3) , 1,24 (s, 3H, 19-H3), 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 4,72 (m, 1H, 3a-H) , 5,76 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 71,90 (C3) , 126,43 (C6) , 164,79 (C5), 170,19 (CH3CO), 200,66 (C7) , 220, 14 (C17) .
Exemplo 27:
Oxidação do acetato de colesterilo 2 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de colesterilo 2 (214,3 mg; 0,5 mmole) em 1,4- dioxano/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabi lizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (8,2 mg; 0,05 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (169,6 mg; 1,5 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 25 horas. O controlo da reacção por TLC após 25 horas revelou o consumo completo do acetato de colesterilo 2. A reacção foi parada e a mistura reaccional 41 resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (160 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C), obtendo-se o acetato de 7-oxocolesta-5-θηο-3β-ί1ο 7, 132,8 mg, 60%. P. f. 155-157 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1628, 1670, 1727, 2950, 3025 cm -1 . / 3H RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0, 68 (s, 3H, I8-H3) , 0,86 (d, J= 6,6 Hz, 6H, 26-H3, 27-H3) , 0, 92 (d, J=6,5 Hz, 3H, 2I-H3), 1,20 (s, 3H, 19-H3) , 2,03 ( s, 3H, CH3CO) , 4,69 (m, 1H, 3a- H), 5,70 (m, 1H, 6-H) / 13C RMN (CDCI3, 75 MHz) : δ 72,17 (C3), 126,64 (C6), 163,82 (C5) , 170,22 (CH3CO), 201,87 (C7) .
Exemplo 28:
Oxidação do acetato de pregnenolona 3 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se acetato de pregnenolona 3 (89,6 mg; 0,25 mmole) em acetoni-trilo/água (3:1) (3 ml). À solução previamente estabilizada 42 à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (4,1 mg; 0,025 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (42,4 mg; 0,375 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 7 horas. O controlo da reacção por TLC após 7 horas revelou o consumo completo do acetato de pregnenolona 3. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (40 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x40 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (20 ml) e com água destilada (20 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 70,8 mg (76%). O produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de acetato de 7,20-dioxopregna-5-eno-3p-ilo 8. P. f. 150-153 °C (MeOH); IV (ATR): 1244, 1630, 1669, 1704, 1727, 2941, 3037 cm"1; ΧΗ RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,66 (s, 3H, I8-H3) , 1,21 (s, 3H, 19-H3), 2,06 (s, 3H, CH3CO) , 2,14 (s, 3H, 21-H3) , 4,72 (m, 1H, 3a-H), 5,73 (m, 1H, 6-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 72,00 (C3) , 126,41 (C6) , 164,13 (C5), 170,23 (CH3CO), 201,11 (C7) , 209, 64 (C20) . 43
Exemplo 29:
Oxidação do desidroepiandrosterona 4 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 50 ml dissolveu-se desidroepiandrosterona 4 (288,4 mg; 1 mmole) em
acetonitrilo/água (2:1) (12 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (16,3 mg; 0,1 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (169,6 mg; 1,5 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 11 horas. O controlo da reacção por TLC após 11 horas revelou o consumo completo da desidroepiandrosterona 4. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (160 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (5x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C) , obtendo-se o 7, 17-dioxoandrosta-5-eno-3β-ο1 9, 151,2 mg, 50%. 44 P. f. 229-232 °C (MeOH); IV (ATR): 1298, 1630, 1649, 1719, 2941, 3025, 3480 cm'1; 7H RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,90 (s, 3H, I8-H3) , 1,23 (s, 3H, I9-H3), 3,68 (m, 1H, 3oí-H) , 5,75 (m, 1H, 6-H) ; 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 70,2 (C3) , 125,7 (C6) , 166,2 (C5) , 200,7 (C7) , 219,8 (C17) .
Exemplo 30:
Oxidação do S-( + )-valenceno 5 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 50 ml dissolveu-se S-( + )-valenceno 5 (£ 70%, Fluka) (0,32 ml; 1 mmole) em
acetonitrilo/água (3:1) (12 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (16,3 mg; 0,1 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaCl02 (169,6 mg; 1,5 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 15 horas. O controlo da reacção por TLC após 15 horas revelou o consumo completo do S-(+)-valenceno 5. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (160 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (4x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (25 ml) e com água 45 destilada (25 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto, que foi seco na estufa de vácuo. Após secagem, o produto da reacção foi sujeito a cromatografia "flash" (eluente: acetato de etilo-éter de petróleo 40-60 °C) , obtendo-se a nootkatona 10, 78,5 mg, 36%. P. f. 31-34 °C; IV (ATR) : 1617, 1663, 2933, 3029, 3079 cm'1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 0,94 (d, J=6, 8 Hz, 3H, 15-H3) , 1,09 (s, 3H, I4-H3), 1,71 (s, 3H, 13-H3) , 4,70 (m, 2H, 12-H2), 5,74 (s, 1H, 1-Hi); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 109,12 (C12) , 124, 44 (C1) , 148,87 (C11), 170,82 (C10), 199, 79 (C2) .
Exemplo 32:
Oxidação do xanteno 11 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se xanteno 11 (91,1 mg; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (8,2 mg; 0,05 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (84,8 mg; 0,75 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 2 horas. O controlo da reacção por TLC após 2 horas revelou o consumo completo do xanteno 11. 46 A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (80 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml). A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 89,3 mg (91%). O produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de xantona 15. P. f. 169-171 °C (PhH); IV (ATR) : 757, 1145, 1345, 1456, 1479, 1605, 1655, 2937, 307 9 cm"1; 4H RMN (CDCI3, 300 MHz): δ 7,38 (t, J= 7,9 Hz, 2H, 2-H, 7- H) , 7, 49 (d, J=8,4 Hz, 2H, 4-H, 5-H), 7,73 (m, 2H, 3-H, 6- H), 8, 34 (dd, J=7,9, 1,7 Hz , 2H, 1-H, 8 —H) ; 13C RMN (CDC13, 75 MHz) : δ 117,95 (C4, C5) , 121,81 (C8a, C9a) , 123,87 (C2, C7) , 126,70 (C1, C8), 134,78 (C3, C6) , 156,14 (C4a, C10a) , 177,19 (C9) .
Exemplo 33:
Oxidação do fluoreno 12 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se fluoreno 12 (83,1 mg; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) 47 (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (8,2 mg; 0,05 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (84,8 mg; 0,75 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 1 hora. O controlo da reacção por TLC após 1 hora revelou o consumo completo do fluoreno 12. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (80 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml) , seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, amarelo, que foi seco na estufa de vácuo, 81,1 mg (90%). O produto bruto da reacção foi analisado por 3H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de fluorenona 16. P. f. 79-82 °C (MeOH); IV (ATR) : 1297, 1449, 1598, 1712, 3060 cm'1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 7,28 (m, 2H, 2-H, 7-H), 7,48 (m, 4H, 3-H, 4-H, 5-H, 6-H), 7,65 (d, J=7,4 Hz, 2H, 1-H, 8-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 120,27 (C4, C5) , 124,27 (C1, C8) , 129,03 (C2, C7), 134,09 (C8a, C9a) , 134,65 (C3, C6) , 144,38 (C4a, C4b) , 193,89 (C9) . 48
Exemplo 34:
Oxidação do difenilmetano 13 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se difenilmetano 13 (84,1 mg; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à tempe ratura de 50 °C, adicionou-se NHPI (8,2 mg; 0,05 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaC102 (84,8 mg; 0,75 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 6 horas. O controlo da reacção por TLC após 6 horas revelou o consumo completo do difenilmetano 13. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (80 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml) . A fase orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto sólido, branco, que foi seco na estufa de vácuo, 81,1 mg (89%). O produto bruto da reacção foi analisado por RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de benzofenona 17. P. f. 46-47,5 °C (MeOH); 49 IV (ATR): 810, 1276, 1447, 1594, 1650, 3057 cm"1; XH RMN (CDCI3, 300 MHz) : δ 7,46 (m, 4H, 4-H, 6-H, 10-H, 12-H) , 7,57 (m, 2H, 5-H, 11-H) , 7,80, (m, 4H, 3-H, 7-H, 9-H, 13-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 128,19 (C4, C6, C10, C12) , 129,96 (C3, C7, C9, C13), 132,34 (C5, C11) , 137,48 (C2, C8) , 196,66 (C1) .
Exemplo 35:
Oxidação do isocromano 14 com clorito de sódio, catalisada por NHPI
Num balão de fundo redondo de 25 ml dissolveu-se isocromano 14 (0,063 ml; 0,5 mmole) em acetonitrilo/água (3:1) (6 ml). À solução previamente estabilizada à temperatura de 50 °C, adicionou-se NHPI (8,2 mg; 0,05 mmole) sólido, 97%, Aldrich, e de seguida fez-se a adição lenta de NaClC>2 (84,8 mg; 0,75 mmole) sólido, 80%, Aldrich. A reacção decorreu, com agitação magnética e à temperatura de 50 °C, durante 18 horas. O controlo da reacção por TLC após 18 horas revelou o consumo completo do isocromano 14. A reacção foi parada e a mistura reaccional resultante foi colocada em contacto com uma solução saturada de sulfito de sódio (80 ml) durante várias horas e de seguida fez-se extracção com éter etílico (3x50 ml) . A fase 50 orgânica foi, sucessivamente, lavada com solução saturada de bicarbonato de sódio (30 ml) e com água destilada (30 ml), seca com sulfato de sódio anidro e evaporada, obtendo-se um produto oleoso, incolor, que foi seco na estufa de vácuo, 55,6 mg (75%) . O produto bruto da reacção foi analisado por 1H RMN e 13C RMN, sendo confirmada a obtenção de 1-isocromanona 18. IV (film) : 695, 747, 1092, 1121, 1244, 1295, 1394, 1459, 1607, 1721, 2951, 3070 cm"1; XH RMN (CDC13, 300 MHz) : δ 3,05 (t, J= 6 Hz, 2H, 4-H2), 4,53 (t, J= 6 Hz, 2H, 3-H2), 7,27 (d, J= 7,6 Hz, 1H, 5-H) , 7,39 (t, J=7,5 Hz, 1H, 7-H) , 7,54 (m, 1H, 6-H) , 8,08 (d, J=7,7, 1H, 8-H); 13C RMN (CDCI3, 75 MHz): δ 27,64 (C4) , 67,19 (C3) , 125,11, 127,14, 127,52, 130,18, 133,55, 139,44 (arom.), 165,02 (C1) .
CONCLUSÕES E OBSERVAÇÕES
Usando A5-esteróides 1, 2, 3 e 4 como substratos, foram obtidos os produtos 6, 7, 8 e 9, resultantes da oxidação alilica selectiva na posição 7, com rendimentos entre 50 e 89%. Estas oxidações são ambientalmente benignas e foram realizadas de forma simples e barata.
As reacções ocorrem usando essencialmente misturas homogéneas de CH3CH e H20 como solvente e à temperatura de 50°C, e na ausência de metais de transição. O estudo da quimio-selectividade desta reacção de oxidação 51 alílica na presença de um grupo álcool secundário vulnerável à oxidação fez-se usando desidroepiandrosterona 4 como substrato, tendo sido obtido o respectivo derivado oxidado 9 com rendimentos entre 50 e 65%.
Compostos terpénicos são também efectivamente oxidados. Assim, o S-(+)-valenceno 5 por oxidação origina a nootkatona 10 com rendimentos entre 36 e 38%. Para além disso, compostos benzilicos são efectivamente oxidados nas correspondentes enonas com rendimentos elevados.
Lisboa, 23 de Outubro de 2006

Claims (12)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Processo para efectuar a oxidação alilica de compostos insaturados, caracterizado por compreender a oxidação do composto na posição alilica com clorito de sódio na presença de hidroperóxido de alquilo em condições estequiométricas, ou na presença de uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto insaturado ser um composto esteróide.
3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto insaturado ser um composto diterpénico ou sesquiterpénico.
4. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto insaturado ser um composto benzilico.
5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a reacção ser conduzida num solvente orgânico ou num sistema de co-solventes composto por água e por um solvente orgânico.
6. Processo de acordo com Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a reacção ser efectuada a temperaturas entre 50 e 60°C. 2
7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender a oxidação do composto na posição alilica com clorito de sódio na presença de hidroperóxido de alquilo em condições estequiométricas.
8. Um processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por compreender: (a) a dissolução do composto insaturado e do hidroperóxido de alquilo num solvente e a reacção da solução com clorito de sódio sob condições efectivas para efectuar a oxidação alilica do composto insaturado; (b) a oxidação alilica do composto insaturado; e (c) a separação do composto insaturado oxidado na posição alilica, do solvente e do hidroperóxido de alquilo.
9. Processo de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado por o hidroperóxido de alquilo ser o hidroperóxido de t-butilo.
10. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender a oxidação do composto na posição alilica com clorito de sódio na presença de uma imida de um ácido N-hidroxidicarboxílico como catalisador. 3
11. Ura processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por compreender: (a) a dissolução do composto insaturado e da imida do ácido N-hidroxidicarboxílico num solvente e a reacção da solução com clorito de sódio sob condições efectivas para efectuar a oxidação alilica do composto insaturado; (b) a oxidação alilica do composto insaturado; e (c) a separação do composto insaturado oxidado na posição alilica, do solvente e da imida do ácido N-hidroxidi- carboxílico.
12. Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a imida do ácido N-hidroxidicarboxílico ser seleccionada do grupo constituído por N-hidroxi-ftalimida e W-hidroxissuccinimida. Lisboa, 23 de Outubro de 2006
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