BRPI1106920A2 - sistema e mÉtodo de cÂnula para reparo de espessura parcial do manguito rotador - Google Patents

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Abstract

SISTEMA E MÉTODO DE CÂNULA PARA REPARO DE ESPESSURA PARCIAL DO MANGUITO ROTADOR. A invenção refere-se a um sistema para implantação de âncora através de tecidos moles que inclui, em uma modalidade, um fio de posicionamento que tem uma ponta distal para penetração em tecidos, uma cânula para passagem através de tecidos moles, e uma ãncora de sutura. A cânula tem um lúmen axial através da mesma, dimensionado para acomodar pelo menos o fio de posicionamento, uma porção distal com paredes finas e um recurso para engate a tecidos, como um sulco arqueado, sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa da cânula, próximo e adjacente à porção distal. O tecido, como um tendão, se expande para dentro do sulco, permitindo que um cirurgião manipule o dito tecido com a cânula. A invenção também refere-se a uma cânula que tem uma primeira seção curva tendo uma primeira porção distal com paredes finas, e uma segunda seção curva tendo uma segunda porção distal com paredes finas, sendo que as primeira e segunda seções curvas podem ser movidas uma em relação à outra a partir de uma configuração inicial em baixo-perfil, com a segunda seção aninhando-se pelo menos parcialmente no interior da primeira seção, de modo a apresentar ao tecido mole menos que uma circunferência completa da cânula, para uma segunda configuração maior, definindo um lúmen axial da cânula através da mesma.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SISTEMA E MÉTODO DE CÂNULA PARA REPARO DE ESPESSURA PARCIAL DO MANGUITO ROTADOR".
ANTECEDENTES
O presente pedido refere-se a sistemas e métodos para reali-
zação de um reparo na união entre tecidos moles e ossos, particularmente uma ruptura em espessura parcial do manguito rotador.
Uma lesão comum, especialmente entre atletas, é a separação completa ou parcial entre tendões, Iigamentos ou outros tecidos moles e o osso. A separação de tecidos pode ocorrer durante uma queda, por esforço excessivo, ou por uma variedade de outras razões. Uma intervenção cirúrgi- ca é freqüentemente necessária, particularmente quando os tecidos são em grande parte ou completamente separados do osso associado. Os dispositi- vos atualmente disponíveis para fixação de tecidos incluem parafusos, grampos, âncoras de sutura e clipes.
A fixação de tecidos por artroscopia é comumente praticada em procedimentos referentes ao manguito rotador e a instabilidade no ombro, mediante o uso de pelo menos uma cânula. Tipicamente, uma âncora carre- gada com sutura é fixada ao osso com o uso de um dispositivo do tipo inser- sor. A sutura é normalmente fixada de maneira deslizante à âncora através de um ilhós ou em torno de uma coluna, de modo que um único comprimen- to de sutura tenha duas extremidades livres. As extremidades de sutura tipi- camente são transportadas juntamente com a parte externa do insersor, ge- ralmente no interior de um sulco ou outro canal externo, ou dentro da parte interna do insersor. Após a âncora ser inserida no osso, uma extremidade da sutura é passada através do tecido mole a ser reparado, como um tendão ou labrum. As duas extremidades da sutura são então amarradas uma à outra, capturando assim o tecido mole em uma laçada com a âncora. Mediante o aperto da laçada, o tecido mole é trazido para junto do osso por meio da ân- cora.
Uma lesão do tipo APTSA (avulsão parcial do tendão da super- fície articular, também conhecida como avulsão parcial do tendão do lado articular) em um manguito rotador de um ombro pode ser particularmente difícil de reparar. O manguito rotador compreende um grupo de músculos que circundam o ombro, e tendões que ligam esses músculos à cabeça u- meral. Os tendões têm um sítio de inserção pelo qual se fixam à cabeça u- meral e, em uma lesão do tipo APTSA, uma parte do lado articular do sítio de inserção do tendão do manguito rotador se solta da cabeça umeral. Es- sas lesões são mais comumente encontradas no tendão supraespinal.
Uma opção para tratamento consiste em completar a ruptura parcial e, então, proceder ao reparo usando-se técnicas convencionais para uma ruptura de espessura total. A preservação da fixação existente do teci- do saudável é, desse modo, perdida e a totalidade do tendão precisa ser re- ligada. Uma outra opção inclui parafusar uma âncora de sutura rosqueada através do tendão e para dentro da cabeça umeral, passar a sutura através do tendão e amarrar o mesmo para obter a religação. Isso causa um trauma adicional ao tendão.
Há muito tempo existe uma necessidade de se proporcionar ao cirurgião acesso através dos tecidos moles, sem danificar excessivamente os mesmos. Inúmeros dispositivos de acesso anteriores, inclusive dilatado- res radialmente expansíveis, são apresentados por Dubrul et al. na patente US n° 5.431.676. Um aparelho destinado a formar uma abertura através da pele é descrito por Jackson et al. na patente US n° 4.716.901.
Um dispositivo de cânula mais recente é apresentado por Putz na publicação de patente US n° 2003/0073934. Duas cânulas dotadas de vãos laterais são alinhadas sem que os ditos vãos laterais se justaponham, para definir uma passagem para uma sonda. As cânulas são então giradas uma em relação à outra para facilitar o ato de separar-se da sonda.
É desejável, portanto, ter um sistema de cânulas aprimorado para minimizar o trauma aos tecidos moles durante o acesso ao osso. SUMÁRIO DA INVENÇÃO Um dos objetivos da presente invenção consiste em proporcio-
nar acesso aprimorado ao osso através de um tecido mole, como um ten- dão. Um outro objetivo da invenção consiste em otimizar a manipu- lação do tecido mole.
Esta invenção apresenta um sistema para implantação de ân- cora através de tecidos moles que inclui, em uma modalidade, um fio de po- sicionamento que tem uma ponta distai para penetração em tecidos, uma cânula para passagem através do tecido mole e uma âncora de sutura. A cânula tem um lúmen axial através da mesma, dimensionado para acomodar pelo menos o fio de posicionamento, uma porção distai com paredes finas, de preferência afiada, e um recurso para engate a tecidos, como um sulco arqueado, uma endentação ou outra reentrância, que em algumas modali- dades é anular, sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa da cânula, próximo e adjacente à porção distai. O tecido, como um tendão, se expande para dentro do sulco, permitindo que um cirurgião manipule o dito tecido com a cânula.
Em algumas modalidades, o sistema inclui ainda um obturador
que tem uma ponta distai, a qual é afiada em uma modalidade e sem corte em outras modalidades. De preferência, o obturador inclui um lúmen central dotado de um eixo longitudinal e dimensionado para acomodar o fio de posi- cionamento, sendo que a ponta distai do obturador fica lateralmente deslo- cada em relação ao eixo longitudinal do lúmen central. De preferência, o deslocamento permanece dentro de um raio nominal do lúmen central.
É apresentada, também, uma cânula que tem uma primeira se- ção curva tendo uma primeira porção distai com paredes finas, e uma se- gunda seção curva tendo uma segunda porção distai com paredes finas, sendo que as primeira e segunda seções curvas podem ser movidas uma em relação à outra a partir de uma configuração inicial em baixo-perfil, com a segunda seção aninhando-se pelo menos parcialmente no interior da primei- ra seção, de modo a apresentar ao tecido mole menos que uma circunferên- cia completa da cânula, para uma segunda configuração maior, definindo um lúmen axial da cânula através da mesma.
Em certas modalidades, pelo menos um recurso para engate a tecidos, como um sulco arqueado, é definido sobre pelo menos uma porção de pelo menos uma dentre as primeira e segunda seções curvas. Em uma modalidade, pelo menos uma porção do recurso para engate a tecidos fica protegida em relação ao tecido, na configuração inicial, ficando exposta ao tecido na segunda configuração. Em algumas modalidades, pelo menos uma dentre as primeira e segunda porções distais tem uma superfície distai em ângulo para, em uma direção proximal estendendo-se de modo a se afastar de uma extremidade distai daquela porção distai, aumentar progressivamen- te a área superficial de contato inicial com os tecidos moles e, então, a pene- tração nos mesmos, sendo que pelo menos uma dentre as primeira e se- gunda porções distais tem uma borda distai que é suficientemente afiada pa- ra ser capaz de cortar através de um tendão.
Esta invenção apresenta, adicionalmente, um método para passar uma âncora de sutura através de um tecido mole e para dentro de um osso, mediante a localização de um ponto desejado para recepção da âncora no osso, a passagem de um fio de posicionamento através do tecido mole e pelo menos até o osso no ponto para recepção da âncora, e a pas- sagem sobre o fio de posicionamento e através do tecido mole de uma cânu- Ia que compreende uma porção distai com paredes finas e um lúmen axial através da mesma, dimensionado para acomodar o fio de posicionamento. O método inclui, ainda, engatar uma porção do tecido mole com um recurso para engate a tecidos sobre pelo menos uma porção de uma superfície ex- terna da cânula, próximo e adjacente à porção distai com paredes finas e, então, manipular o tecido com a cânula. Uma âncora de sutura é passada através da cânula e colocada no osso, no local de ancoragem. Em algumas modalidades, o método inclui passar a cânula a-
través do tecido enquanto a mesma está em uma configuração inicial de bai- xo-perfil com uma segunda seção curva da cânula ficando aninhada no inte- rior de uma primeira seção curva da cânula, para apresentar ao tecido mole menos que uma circunferência completa da cânula. As primeira e segunda seções curvas são, então, movidas uma em relação à outra até uma segun- da configuração maior, que define o lúmen axial da cânula através da mes- ma. Em certas modalidades o método inclui, ainda, manipular os tecidos com a cânula, depois de as primeira e segunda seções curvas serem movi- das para a segunda configuração. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
As modalidades preferenciais da invenção são explicadas em mais detalhes com referência aos desenhos a seguir.
a figura 1 é uma vista em perspectiva de uma âncora de sutura
inovadora,
a figura 2 é uma vista em elevação lateral da âncora de sutura da Figura 1, carregada em uma parafusadeira, a figura 3 é uma vista em planta superior da âncora de sutura
da figura 1,
a figura 4 é uma vista em elevação lateral de um úmero e do tendão do manguito rotador associado ao mesmo, com uma lesão do tipo APTSA e mostrando um fio K sendo inserido através do tendão até um local desejado para o posicionamento de uma âncora de sutura,
a figura 5 é uma vista em elevação lateral do tendão da figura 4, mostrando um sistema de cânulas inovador sendo passado através do tendão sobre o fio K,
a figura 6 é uma vista em perspectiva do sistema de cânulas da
figura 5,
a figura 6A é uma vista lateral ampliada da porção distai do sis- tema de cânulas da figura 6:
a figura 6B é uma vista em seção transversal do sistema de
cânulas da figura 6A, a figura 6C é uma vista similar à da figura 6B, com o fio K re-
movido,
a figura 7 é uma vista em elevação lateral do tendão da figura 4, com uma âncora de sutura carregada em uma parafusadeira, conforme mostrado na figura 2, sendo passada através do dito tendão por meio de uma porção externa do sistema de cânulas,
a figura 8 é uma vista em elevação lateral do tendão da figura 4, mostrando a âncora de sutura implantada dentro do úmero, sob o tendão, e uma extremidade de sutura passando da âncora de sutura para fora de uma cânula anterior,
a figura 9 é uma elevação lateral do tendão da figura 4, mos- trando uma agulha espinal passada através de um local no tendão e um re- cuperador de sutura sendo passado através da agulha espinal e para fora da cânula anterior,
a figura 10 é uma elevação lateral do tendão da figura 4, mos- trando ambas as extremidades de sutura passadas a partir da âncora de su- tura e através do tendão, em diferentes locais, a figura 11 é uma elevação lateral do tendão da figura 4, mos-
trando as extremidades de sutura amarradas uma à outra para comprimir o tendão para junto do úmero, obtendo assim o reparo da lesão do tipo APT- SA,
a figura 12 é uma vista em perspectiva de uma porção distai de uma modalidade alternativa de uma cânula de acordo com a presente inven- ção,
a figura 13 é uma vista em elevação lateral em seção transver- sal da porção distai da cânula da figura 12,
a figura 14 é uma vista em perspectiva de um obturador com a cânula da figura 12,
a figura 15 é uma vista em seção transversal lateral parcial da porção distai da cânula da figura 12 passando através de, e se engatando a, um tendão para manipular o mesmo,
as figuras de 16 a 20 são vistas em perspectiva esquemática de duas âncoras de sutura, depois de serem inseridas no osso de acordo com a presente invenção, com as extremidades de sutura sendo amarradas através de uma cânula para fixar um tendão no ombro de um paciente,
a figura 21 é uma vista em perspectiva esquemática de uma cânula de acordo com a presente invenção, tendo uma primeira e uma se- gunda seções curvas que são giratórias uma em relação à outra,
as figuras 22 e 23 são vistas esquemáticas em seção transver- sal da porção distai da cânula da figura 21 em suas primeira e segunda con- figurações em relação a um tendão,
as figuras de 24A a 24C são vistas esquemáticas inferiores das
figuras 22 e 23, e
as figuras 25 e 26 são vistas esquemáticas em seção transver- sal da porção distai de uma cânula multisseccional alternativa, de acordo com a presente invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA
Esta invenção pode ser realizada por um sistema para implan- tação de âncora através de tecidos moles que inclui, em uma construção, um fio de posicionamento que tem uma ponta distai para penetração em te- cidos, uma cânula para passagem através do tecido mole e uma âncora de sutura. A cânula tem um lúmen axial através da mesma, dimensionado para acomodar pelo menos o fio de posicionamento, uma porção distai com pare- des finas, de preferência afiada e, de preferência, um recurso para engate a tecidos, como um sulco arqueado, uma endentação ou outra reentrância, sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa da cânula, próximo e adjacente à porção distai. O tecido, como um tendão, se expande para dentro do sulco, permitindo que um cirurgião manipule o dito tecido com a cânula. As cânulas com recursos para engate a tecidos de acordo com a presente invenção são mostradas a partir da figura 12. As cânulas com pri- meira e segunda seções curvas de acordo com a presente invenção, com a segunda seção aninhada pelo menos parcialmente no interior da primeira seção para apresentar menos que uma circunferência completa da cânula ao tecido mole, são ilustradas a partir da figura 21. A figura 1 representa uma âncora de sutura 10 inovadora, para
uso com um sistema de cânulas e um método inovadores, com um corpo a- Iongado 12 tendo uma ponta distai aguçada 14 e uma extremidade proximal 16. Uma passagem axial 18 se estende para dentro do corpo 12, a partir da extremidade proximal 16. A passagem 18 é aberta ao longo de seus lados 20. Uma rosca 22 circunda o corpo 12. Uma ponte ou coluna de sutura 24, figura 2, abarca lateralmente a passagem 18, em uma porção distai 26 da mesma. Agora também com referência às figuras 2 e 3, um insertor 28 se encaixa dentro da passagem 18. Um comprimento de sutura 30 passa em torno da ponte de sutura 24, sendo recebido dentro dos sulcos longitudinais 32 presentes no insertor 28. Conforme é melhor visto na figura 3, o formato em seção transversal da passagem 18 na extremidade proximal 16 é, es- sencialmente, um hexágono 34 com um par de passagens para sutura 36 nos cantos opostos da mesma. As passagens para sutura 36 levam a cada um dos lados da ponte de sutura 24. O insertor 28 tem um formato comple- mentar para encaixar-se dentro do hexágono 34, com seus sulcos 32 alinha- dos às passagens para sutura 36 presentes na âncora 10.
A âncora de sutura 10, conforme mostrada com as passagens para sutura 36 penetrando no corpo 12 para deixar aberta a passagem 18, exceto pela rosca 22, minimiza sua seção transversal para causar o menor trauma possível aos tecidos moles através dos quais passará, ao mesmo tempo em que ainda tem suficiente resistência mecânica para que a parafu- sadeira 28 possa rosqueá-la no osso. Nos casos em que possa ser necessá- ria uma resistência adicional de fixação ao osso, a seção transversal da ân- cora 10 pode ser aumentada, sendo que nesse caso as passagens para su- tura 36 não precisam necessariamente penetrar lateralmente no corpo 12. A âncora 10 pode ser formada por qualquer material biocompatível adequado, como aço inoxidável, titânio, cobalto cromo, PEEK (poliaril éter éter cetona), polímero Biocryl Rapide, outros polímeros biocompatíveis, compósitos de polímero-cerâmica, polímeros bioabsorvíveis e similares. Os materiais e con- figurações de âncora adequados incluem aqueles apresentados por Cauld- well et al. na publicação de patente US n° 2008/0147063 e na patente US n° 7.381.213 de Lizardi, ambas as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade.
As figuras de 4 a 11 ilustram um procedimento para reparo de uma lesão do tipo APTSA com o uso da âncora de sutura 10 da figura 1 e um sistema de cânulas inovador 48. Conforme visto na figura 4, seja por via percutânea ou artroscópica, um fio Kirschner (fio K) 38, também conhecido como um tipo de fio de posicionamento ou fio de localização, é inserido em um primeiro local 39 através de um tendão 40 de um manguito rotador, até um local de ancoragem 42 desejado, debaixo de seu sítio de inserção 44, e posicionado sobre uma cabeça umeral 46 associada. O fio K 38 pode ser fixado no osso ou meramente posicionado no local 42 ou, em outras pala- vras, o fio é posicionado pelo menos sobre o osso em um local desejado. Para facilitar a manipulação do fio K 38, o mesmo é preferencialmente textu- rizado em sua superfície externa, e pode ser dotado de um cabo proximal removível (não mostrada). Esse local 42 na cabeça umeral 46 é onde a ân- cora de sutura 10, da figura 1, será implantada. Conforme visto na figura 5, o sistema de cânulas 48 é passado
sobre o fio K 38 e através do tendão 40 até o local 42. A figura 6 mostra a cânula 48 com mais detalhes para uma construção, com ampliações da por- ção distai ilustrada nas figuras de 6A a 6C. A cânula 48 compreende uma cânula interna 50 que tem uma porção distai afiada 52, um cabo proximal 54 e um lúmen 56 através do mesmo, na figura 6C. A cânula interna 50 se en- caixa dentro de uma cânula externa 58 que tem uma extremidade distai 60, um cabo proximal 62 e um lúmen 64 através da mesma. A porção distai 52 da cânula interna 50 se estende ligeiramente para além da extremidade dis- tai 60 da cânula externa 58, e a extremidade distai 60 é afunilada de modo que, em vez de fazer um recorte através do tendão 40 a porção distai 52 cria um pequeno orifício e o afunilamento da porção distai 52 e da extremidade distai 60 permite que o sistema de cânulas 48 empurre o tecido para os la- dos, criando o menor orifício possível através do tendão 40, com o mínimo de danos ao mesmo ou, em outras palavras, com menor corte de tecidos moles. As cânulas anteriores eram inseridas através de uma fenda cortada nos tecidos. O sistema de cânulas 48 dilata delicadamente os tecidos, para minimizar o trauma aos mesmos. A cânula externa 58 tem linhas 66 que ofe- recem uma indicação visual da profundidade de penetração, além de uma janela de visualização 68 que ajuda na inserção da âncora e na avaliação da profundidade adequada para dentro do osso. Para impedir o deslizamento da cânula interna 50 em relação à cânula externa 58 durante a inserção, de preferência são tomadas medidas para mantê-las juntas. São mostrados uma saliência 70 e um sulco 72 intertravantes, mas outras opções como en- caixe por atrito, rosqueamento ou magnetos são usadas em outras constru- ções.
Conforme visto na ffigura 7, em preparação para a inserção da âncora 10, o fio K 38 e a cânula interna 50 são removidos, deixando a cânu- Ia externa 58 posicionada no local de ancoragem 42. A âncora de sutura 10 é pré-carregada sobre o insertor 28, com a sutura 30 posicionada em torno da ponte de sutura 24 e passando através das passagens para sutura 36 e dos sulcos 32 (vide figura 2), é passada para baixo através do lúmen da câ- nula externa 60 até o local de ancoragem 42 e, então, é parafusada na ca- beça umeral 46. Se a âncora 10 for formada por um metal biocompatível, como aço inoxidável ou titânio, a mesma pode ser simplesmente parafusada por meio do insertor 28. Se, ao contrário, a mesma for formada por um polí- mero bioabsorvível ou outros materiais com menor resistência, precisa ser preparado, como por meio de uma broca, um perfurador ou uma sovela, um orifício piloto no local 42, através da cânula 46, antes de inserir a âncora 10 através do lúmen 60. O insertor 28 e a cânula externa 58 podem, então, ser removidos, deixando as primeira e segunda extremidades de sutura, 74 e 76 respectivamente, passadas através do tendão 40 no primeiro local 39 atra- vés do qual passou a cânula 48. Conforme visto na figura 8, a primeira ex- tremidade de sutura 74 é, então, recuperada através de uma cânula auxiliar 78, como por meio de uma garra (não mostrada).
Conforme visto na figura 9 uma agulha espinal 80 é passada através do tendão 40 em um segundo local 82, espaçado em relação ao primeiro local 39. Um dispositivo 84 para captura de sutura com fio flexível, que tem uma laçada para captura de sutura 86 (como um Chia Percpasser, disponível junto à DePuy Mitek, Inc. de Raynham, MA, EUA), é passado a- través da agulha espinal 80 e puxado para fora através da cânula auxiliar 78, de modo que a primeira extremidade de sutura 74 possa ser passada atra- vés da laçada para captura de sutura 86. Quando a agulha espinal 80 e o dispositivo para captura de sutura 84 são puxados de volta através da pele, isto puxa a primeira extremidade de sutura 74 através do tendão 40 no se- gundo local 82. Para um procedimento rápido, as primeira e segunda extre- midades de sutura, 74 e 76, poderiam agora ser atadas uma à outra, amar- rando o tendão 40. Entretanto, é preferencial repetir o procedimento das fi- guras 8 e 9 com a segunda extremidade de sutura 76, para passá-la através do tendão 40 em um terceiro local 88, sobre um lado oposto do primeiro lo- cal 39, conforme mostrado na figura 10. Para facilitar a amarração dos nós, ambas as extremidades de sutura 74 e 76 são, de preferência, puxadas para fora através de um único portal, como a cânula auxiliar 78 ou outro portal a- través da pele. Um nó 90 pode, então, ser amarrado e empurrado para baixo de modo a prender firmemente o tendão 40 à cabeça umeral 46, conforme mostrado na figura 11. Mediante a passagem das extremidades de sutura 74 e 76 através do tendão 40 nos locais 82 e 88 sobre lados opostos do primei- ro local 39, um defeito causado nesse ponto pela passagem do sistema de cânulas 48 será naturalmente unido quando o nó 90 for apertado. Dependendo da extensão da lesão do tipo APTSA, pode ser
desejável colocar mais de uma âncora de sutura 10 debaixo do tendão 40. Nesse caso, as extremidades de sutura do mesmo podem ser amarradas uma à outra. Seria preferencial, ainda, passar as extremidades de sutura a- través do tendão em locais separados, conforme ilustrado nas figuras 9 e 10, antes de amarrá-las, de preferência em um padrão de colchão. Um procedi- mento usando duas âncoras de sutura é ilustrado nas figuras de 16 a 20, abaixo. Além disso, um reparo poderia ser feito empregando-se uma ou mais âncoras de sutura sem nós (não mostradas), conforme apresentado no pe- dido publicado US n° 2008/0033486 de Whittaker et al., aqui incorporado na íntegra, a título de referência, colocadas em um local 92 lateral ao tendão 40, e no qual as extremidades de sutura 74 e 76 das uma ou mais âncoras podem ser passadas em um procedimento de fileira dual, de preferência empregando também um padrão do tipo colchão. Se for empregada uma ân- cora lateral, um desses métodos consiste em colocar um par das presentes âncoras de sutura 10 anterior e posterior, e amarrar uma extremidade 74 de cada uma à outra, e as outras extremidades 76 estendendo-se até a âncora lateral, de preferência sem qualquer nó, de modo a formar um triângulo. A âncora de sutura 10 e o sistema de cânulas 48 podem, tam- bém, ser usados para realizar o reparo de uma lesão do tipo RLSAP (ruptura Iabral superior antero-posterior). Tipicamente, uma cânula tradicional muito maior (de 7 a 8 mm) é colocada através do manguito rotador para acessar o Iabro superior para um reparo de RLSAP. O sistema de cânulas da presente invenção é muito menor, e também por sua tendência a dilatar o tecido em vez de ser inserido através de uma grande fenda, causaria um menor trauma ao manguito rotador. Esse tipo de procedimento pode ser conforme exposto a seguir: inserir através do intervalo do rotador o fio K 38 e então o sistema de cânulas 48 da maneira anteriormente descrita, perfurar um orifício na borda glenoide, inserir a âncora 10, remover o sistema de cânulas 48, pas- sar a sutura através do Iabrum usando uma lançadeira de sutura, e atar os nós.
O procedimento é convenientemente realizado por meio de um sistema de cânulas 48 que oferece acesso tanto através da pele como atra- vés do tendão 40. O sistema de cânulas 48 é dimensionado para apenas passar a âncora 10, sem deixar muito espaço para a passagem de instru- mentos para manipulação dos tecidos, especialmente o tendão 40. Embora seja descrito com referência à âncora de sutura 10 otimamente estreita, o sistema de cânulas 48 e o método de penetração em tecidos moles para po- sicionamento de âncora com o mesmo são adequados para outras âncoras de maior tamanho, como o são outras construções de cânulas de acordo com a presente invenção. Por exemplo, os mesmos poderiam ser emprega- dos com as âncoras HEALIX ou GRYPHON nos tamanhos de 4 mm e maio- res, disponíveis junto à DePuy Mitek, Inc. de Raynham, MA, EUA.
As figuras 12 e 13 mostram uma porção distai 200 de uma mo- dalidade alternativa de uma cânula 202 de acordo com a presente invenção, a qual incorpora uma capacidade para manipular o tendão (não mostrado nas figuras 12 e 13). Pelo menos a porção distai e a haste da cânula 202 são formadas por um metal esterilizável de grau médico, como um material de aço inoxidável. A borda anterior da porção distai 200 é desbastada em seu lado externo, de modo a proporcionar uma leve chanfradura anular 204 e criar uma borda distai afiada 206, de preferência suficientemente afiada para ser capaz de cortar através de um tendão. A mesma é também assimé- trica, para ajudar a penetração nos tecidos. Um primeiro ângulo 208, de pre- ferência com cerca de 20 graus, é desbastado de um lado a outro da porção 200, para criar uma ponta 210 mais afiada. Um segundo ângulo 212, de pre- ferência com cerca de 45 graus, é desbastado de um lado a outro da porção proximal do ângulo 208, para criar um par de pontos 214 que podem se en- gatar ao osso e ajudar a manter a porção distai 200 em posição contra o mesmo. Isso pode também ajudar a oferecer alguma ação cortante, se ne- cessário, especialmente se a cânula 202 for girada conforme é passada a- través dos tecidos. Um sulco anular 215 em torno da superfície externa da cânula 202 fica próximo à porção distai 200 e permite um engate a tecidos que será explicado em seguida. O termo "sulco" destina-se a incluir depres- sões alongadas, canais e outras reentrâncias.
Agora também com referência à figura 14, um obturador 216 é dimensionado para ter um encaixe justo no interior da cânula 202 e, nesta construção, se engata ao colarinho ou cabo aumentado proximal 203 da câ- nula 202. O obturador 216 tem um eixo geométrico central 218 e termina em uma ponta distai 220, que é lateralmente deslocada em relação ao eixo ge- ométrico central 218, e que é afiada em algumas construções e sem corte em outras construções. Um lúmen central 222 desce através do obturador 216 para receber o fio K (não mostrado nas figuras de 12 a 14). O fato de a ponta 220 ser deslocada em relação ao eixo geométrico significa que a mesma não é interrompida pelo lúmen 222.
Na prática, a cânula 202 e o obturador 216 funcionam de ma- neira similar ao procedimento descrito acima. Um fio K, de preferência com uma ponta do tipo trocarte, é passado através da pele e do tendão para en- gatar-se ao osso subjacente na posição destinada ao posicionamento da ân- cora (não mostrado nas figuras de 12 a 14). A cânula 202 com o obturador 216 em seu interior e com sua ponta distai 220 estendendo-se distalmente a partir da mesma é passada sobre o fio Κ. A ponta distai do obturador 220 principalmente dilata os tecido conforme passa juntamente com o fio K, es- pecialmente quando a ponta distai 220 é sem corte e, de modo semelhante, a chanfradura 204 da cânula 202 dilata ainda mais o tecido. Consequente- mente, a cânula 202 e o obturador 216, em vez de recortar no tecido um ori- fício do tamanho da cânula, expande uma abertura através dos mesmos, ao mesmo tempo em que remove pouco tecido para causar menos danos ao mesmo e facilitar a cicatrização do tecido após o procedimento.
Agora também com referência à figura 15, uma vez que a cânu- la 202 tenha penetrado no tendão 40, o sulco 215 proporciona um engate com o dito tendão 40 que tende a se expandir ligeiramente para dentro do sulco 215, conforme ilustrado pello volume de tecido 217, e prender-se sufi- cientemente, ainda que delicadamente, sobre a cânula 202, de modo que um cirurgião possa levantar o tendão para melhorar a visualização do osso debaixo do mesmo, sem danificar o dito tendão. O tendão 40 pode ser movi- do em relação ao osso até uma posição desejada, se o cirurgião assim o quiser. O procedimento é, então, concluído conforme descrito acima, com a colocação de uma âncora através da cânula 202. Em outras construções, o recurso para engate a tecidos consiste em uma nervura elevada ou outro ti- po de projeção. Entretanto, um tipo de sulco é preferencial, em vez de uma projeção, para minimizar o trauma aos tecidos moles. Uma projeção pode dilatar ainda mais os tecidos, e uma menor dilatação dos tecidos é geral- mente preferencial.
As figuras de 16 a 20 ilustram uma técnica alternativa para re- paro de ombro S, usando pelo menos duas âncoras de sutura 302 e 310, cada uma das quais foi, de preferência, inserida através do tendão T e para dentro do osso do úmero H em dois locais desejados, com o uso dos proce- dimentos acima descritos. A âncora 302 transporta, de maneira deslizante, as extremidades de sutura 304 e 306, enquanto a âncora 310 transporta as extremidades de sutura 312 e 314. Um artroscópio (não mostrado) é coloca- do no espaço subacromial acima da cabeça do úmero Η. A cânula 300, na figura 16, é inserida lateralmente no mesmo portal usado para descompres- são subacromial. Uma extremidade de sutura é recuperada através da cânu- la 300 a partir de cada âncora, como as extremidades 306 e 312, na figura 17. Uma pinça 320 é colocada nas extremidades de sutura e um nó 321 é atado contra a pinça 320. O nó 321 é, então, lançado através da cânula 300, conforme indicado pela seta 322, na figura 18, puxando-se as outras extre- midades de sutura 304 e 314, conforme indicado pelas setas 324 e 326, res- pectivamente, até que se obtenha uma tensão desejada no tendão T. As ex- tremidades de sutura 304 e 314 são então atadas artroscopicamente com o uso de um nó não-deslizante para completar o reparo com uma ponte de su- tura 330, Figura 20, para fixar o tendão T ao úmero Η. O excesso de sutura pode ser removido com um cortador de cordão, conforme se deseje. Outros sistemas de acordo com a presente invenção facilitam a
inserção de uma cânula através dos tecidos moles mediante a criação de uma pequena incisão inicial, que é então expandida para criar um portal, de preferência trans-tendinoso, até o local desejado para reparo. De preferên- cia, a cânula tem múltiplas porções ou seções curvas que interagem uma com a outra para inserção através de tecidos de maneira minimamente inva- siva e, então, são giradas ou de outro modo manipuladas para criar um por- tal completo através dos tecidos moles, conforme se deseje.
Em algumas construções, um sistema de cânulas de acordo com a presente invenção tem múltiplos bainhas, cilindros ou tubos interatu- antes com paredes finas e, de preferência, com pontas afiadas, também chamadas de seções curvas, as quais consistem em arcos parciais em al- gumas construções e cilindros com arcos ou circunferências substancial- mente completos em seção transversal, espaçados em relação a suas por- ções distais, em outras construções. Em uma configuração inicial, as por- ções distais dos tubos estão alinhadas para apresentar menos que uma cir- cunferência completa da cânula ao tecido mole, de modo a formar um semi- círculo, de preferência substancialmente um metade ou menos de um círcu- lo, sendo inseridas através do tecido mole para formar uma incisão ou aber- tura similar a uma "meia-lua", em formato de crescente, através do tecido mole. Os tubos da cânula são, então, manipulados para formar um portal substancialmente circular através do tecido mole. As âncoras de sutura ou outros dispositivos ou instrumentos podem, então, ser passados através do sistema de cânulas. Após o uso estar concluído, o sistema é de preferência achatado ou de outro modo retornado a sua configuração inicial e removido do paciente, de modo que minimize o trauma ao tecido mole. Uma incisão inicial de baixo perfil e relativamente pequena é, assim, dilatada mediante manipulação da cânula para formar um portal artroscópico.
A cânula 400 de acordo com a presente invenção, mostrada em uma configuração inicial de baixo-perfil nas figuras 21 e 22, tem uma primeira seção curva externa 402 e uma segunda seção curva interna 404 que é genericamente coaxial com a primeira seção 402. De preferência, pelo menos as hastes e porções distais das seções 402 e 404 são formadas por um metal esterilizável de grau médico, como um material de aço inoxidável. Uma empunhadura 406 de material biocompatível é posicionada junto à ex- tremidade proximal da primeira seção 402, e uma empunhadura 408 é posi- cionada junto à extremidade proximal da segunda seção 404 para ajudar na rotação, seja manual ou robótica, das seções 402 e 404 uma em relação à outra, conforme indicado pelas setas 410 e 412. Uma abertura proximal 414 é definida na segunda seção 404 para comunicar-se com um lúmen da câ- nula 420 estendendo-se axialmente. A primeira seção 402 tem uma porção distai 422 em ângulo ou afunilada terminando em uma extremidade distai 426 com uma borda chanfrada 427, mostrada em seção transversal amplia- da nas figuras 22 e 23, e a segunda seção 404 tem uma porção distai 424 em ângulo ou afunilada terminando em uma extremidade distai 428 com uma borda chanfrada 429. Nessa construção, as bordas 427 e 429 são sufi- cientemente afiadas para serem capazes de cortar através de um tendão. Também nessa construção, ambas as porções distais 422 e 424 definem sulcos arqueados 430 e 432, respectivamente.
As primeira e segunda seções da cânula 400 são mostradas em sua configuração inicial nas figuras 22 e 24A, em relação ao tendão T, e em uma segunda configuração expandida nas figuras 23 e 24B. Tanto a pri- meira como a segunda porções distais aumentam progressivamente o ar- queamento, conforme se afastam de maneira mensurável das extremidades distais 426 e 428, ou seja, ambas as porções distais 422 e 424 têm uma su- Λ- *
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perfície distai em ângulo para aumentar progressivamente a área superficial de contato inicial com o tecido mole. O recurso de engate a tecidos 432 está coberto na configuração inicial e exposto na configuração expandida, para acentuar o contato com o tendão T de modo a facilitar a manipulação desse
tecido por um cirurgião.
De preferência, as seções 402 e 404 são retornadas à configu- ração inicial após a conclusão do acesso e da manipulação com a cânula 400, conforme ilustrado na figura 24C. A ocorrência de trauma adicional aos tecidos moles é assim minimizada, conforme a cânula 400 é removida de um paciente.
Uma cânula alternativa 500 é mostrada em uma configuração inicial na figura 25 e em uma configuração expandida na figura 26, tendo uma primeira seção curva 502 e uma segunda seção curva 504. Nessa construção, o tecido mole T é totalmente dilatado pela configuração inicial, conforme a cânula 500 é passada através do tecido T. Embora tanto a pri- meira como a segunda porções distais 522 e 524 tenham uma superfície dis- tai em ângulo para aumentar progressivamente a área superficial de contato inicial com o tecido mole, somente a segunda extremidade distai 528 tem uma borda chanfrada nesta construção. A primeira extremidade distai 526 é
simplesmente dotada de paredes finas.
Os sistemas de cânula de acordo com a presente invenção fo- ram descritos na presente invenção para uso em reparo do manguito rota- dor, inclusive reparos de APTSA e de lesões incluindo reparos de RLSAP, mas estes não são limitações à invenção. Outros procedimentos adequados para reparo de ombro incluem tenodese de bíceps, reparo de Bankart, repa- ro de separação acrômio-clavicular, reparo de deltoide, deslocamento capsu- Iar e reconstrução cápsulo-labral. Os procedimentos adequados para pé e tornozelo incluem estabilização lateral, estabilização mediai, reparo do ten- dão de aquiles, reconstrução da porção média do pé, reparo de hálux valgo, e reparos de Iigamento metatársico e de tendão. Os procedimentos adequa- dos para joelho incluem reparo do Iigamento colateral mediai, reparo do Ii- gamento colateral lateral, reparo do Iigamento oblíquo posterior, e tenodese 18/18
da banda ílio-tibial. Os reparos de cotovelo adequados incluem religação do tendão do bíceps, reconstrução do Iigamento colateral ulnar e radial, e repa- ro de epicondilite lateral. Os procedimentos de pulso adequados incluem re- construção do Iigamento escafolunato, e procedimentos de quadril adequa- dos incluem reparo capsular e reparo do Iabrum acetabular.
Embora a invenção tenha sito particularmente descrita em rela- ção a modalidades específicas da mesma, deve-se compreender que isso tem caráter ilustrativo e não limitador, e que o escopo das reivindicações em anexo deve ser interpretado tão amplamente quanto o permita a técnica an- terior. Dessa forma, embora tenham sido mostradas, descritas e indicadas características inovadoras fundamentais da invenção, conforme aplicado a uma modalidade preferencial da mesma, será compreendido que várias o- missões, substituições e alterações na forma e nos detalhes dos dispositivos ilustrados, e em sua operação, podem ser realizadas pelos versados na téc- nica sem que se desviem do espírito e escopo da invenção. Por exemplo, é expressamente previsto que todas as combinações daqueles elementos e/ou etapas que desempenham substancialmente a mesma função, substancial- mente da mesma maneira, alcancem os mesmo resultados dentro do escopo da invenção. Substituições de elementos de uma modalidade descrita por outros também são completamente previstas e contempladas. Deve-se compreender, ainda, que os desenhos não são necessariamente desenha- dos em escala, porém, são meramente conceituais por natureza. É a inten- ção, portanto, que a invenção seja limitada apenas conforme indicado pelo escopo das reivindicações em anexo. Cada patente concedida, pedido de patente pendente, publica-
ção, artigo de jornal, livro ou qualquer outra referência citada na presente invenção está incorporado a título de referência em sua integridade.

Claims (22)

1. Sistema para implantação de âncora através de tecidos mo- les, o qual compreende: um fio de posicionamento que tem uma ponta distai para pene- tração de tecidos, uma cânula para passagem através dos tecidos moles, sendo que a dita cânula compreende um lúmen axial através da mesma, dimensio- nado para acomodar pelo menos o fio de posicionamento, uma porção distai com paredes finas e um recurso para engate a tecidos sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa da cânula, próxima e adjacente à porção distai, e uma âncora de sutura dimensionada para encaixar-se através do lúmen da cânula.
2. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, em que o recurso para engate a tecidos consiste em um sulco arqueado.
3. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, o qual compreen- de, adicionalmente, um obturador recebido no interior do lúmen axial da câ- nula, sendo que o dito obturador tem uma ponta distai estendendo-se dis- talmente à porção distai da cânula.
4. Sistema, de acordo com a reivindicação 3, em que o obtura- dor tem um lúmen central tendo um eixo longitudinal e dimensionado para acomodar o fio de posicionamento, sendo que a ponta distai do obturador fica lateralmente deslocada em relação ao eixo longitudinal do lúmen central.
5. Sistema, de acordo com a reivindicação 4, em que a ponta distai do obturador e a porção distai da cânula são afiadas.
6. Método para passagem de uma âncora de sutura através de tecidos moles e para dentro de um osso, sendo que o dito método compre- ende as etapas de: localizar um local desejado para recepção da âncora no osso, passar um fio de posicionamento através dos tecidos moles e pelo menos sobre o osso no local para recepção da âncora, passar sobre o fio de posicionamento e através do tecido mole uma cânula a qual compreende uma porção distai com paredes finas, e um lúmen axial através da mesma, dimensionado para acomodar pelo menos o fio de posicionamento, engatar uma porção do tecido mole com um recurso para enga- te a tecidos sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa da câ- nula, próximo e adjacente à porção distai e, então, manipular o tecido com a cânula, e passar a âncora de sutura através da cânula e posicionar a ân- cora de sutura para dentro do osso, no local de ancoragem.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, em que a porção do tecido mole compreende um tendão.
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, em que a etapa de manipular compreende mover o tendão para melhorar a visualização sob o mesmo.
9. Sistema para implantação de âncora através de tecidos mo- les, o qual compreende: um fio de posicionamento que tem uma ponta distai para pene- tração de tecidos, uma cânula para passagem através dos tecidos moles ao longo do fio de posicionamento, sendo que a cânula compreende uma primeira se- ção curva que tem uma primeira porção distai com paredes finas e uma se- gunda seção curva que tem uma segunda porção distai com paredes finas, sendo que as primeira e segunda seções curvas podem ser movidas uma em relação à outra a partir de uma configuração inicial em baixo-perfil de modo a apresentar ao tecido mole menos que uma circunferência total da cânula, para uma segunda configuração maior, definindo um lúmen axial da cânula através da mesma, e um recurso para engate a tecidos sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa de pelo menos uma dentre as primeira e segunda seções curvas da cânula, próximo e adjacente às por- ções distais, e uma âncora de sutura dimensionada para encaixar-se através do lúmen da cânula.
10. Sistema, de acordo com a reivindicação 9, em que o recur- so para engate a tecidos consiste em um sulco arqueado sobre cada uma dentre as primeira e segunda seções curvas.
11. Sistema de acesso através de tecidos moles, o qual com- preende uma cânula para passagem através do tecido mole, sendo que a cânula que inclui uma primeira seção curva que tem uma primeira porção distai com paredes finas e uma segunda seção curva que tem uma segunda porção distai com paredes finas, sendo que as primeira e segunda seções curvas podem ser movidas uma em relação à outra a partir de uma configu- ração inicial em baixo-perfil, com a segunda seção aninhando-se pelo menos parcialmente no interior da primeira seção de modo a apresentar ao tecido mole menos que uma circunferência completa da cânula, para uma segunda configuração maior, definindo um lúmen axial da cânula através da mesma.
12. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, o qual inclui, adicionalmente, um recurso para engate a tecidos sobre pelo menos uma porção de uma superfície externa de pelo menos uma dentre as primeira e segunda seções curvas da cânula, próximo e adjacente às porções distais.
13. Sistema, de acordo com a reivindicação 12, em que o re- curso para engate a tecidos consiste em um sulco arqueado sobre cada uma dentre as primeira e segunda seções curvas.
14. Sistema, de acordo com a reivindicação 12, em que pelo menos uma porção do recurso para engate a tecidos fica protegida em rela- ção ao tecido, na configuração inicial, ficando exposta ao tecido na segunda configuração.
15. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, em que pelo menos um dentre as primeira e segunda porções distais tem uma superfície distai em ângulo para progressivamente aumentar, em uma direção proximal e se estendendo de modo a se afastar da extremidade distai daquela porção distai, a área superficial de contato inicial e penetração no tecido mole.
16. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, em que pelo menos uma dentre as primeira e segunda porções distais tem uma borda distai que é suficientemente afiada para ser capaz de cortar através de um tendão.
17. Método para passagem de uma âncora de sutura através de tecidos moles e para dentro de um osso, sendo que o dito método com- preende as etapas de: localizar um local desejado para recepção da âncora no osso, passar um fio de posicionamento através dos tecidos moles e pelo menos sobre o osso no local para recepção da âncora, passar sobre o fio de posicionamento e através do tecido mole uma cânula que inclui uma primeira seção curva que tem uma primeira por- ção distai com paredes finas e uma segunda seção curva que tem uma se- gunda porção distai com paredes finas, sendo que as primeira e segunda seções curvas estão posicionadas uma em relação à outra em uma configu- ração inicial de baixo-perfil, com a segunda seção aninhando-se pelo menos parcialmente no interior da primeira seção de modo a apresentar ao tecido mole menos que uma circunferência completa da cânula, mover as primeira e segunda seções curvas uma em relação à outra, a partir da configuração inicial em baixo-perfil para uma segunda con- figuração maior, definindo um lúmen axial da cânula através da mesma, e passar a âncora de sutura através da cânula e posicionar a ân- cora de sutura para dentro do osso, no local de ancoragem.
18. Método, de acordo com a reivindicação 17, em que a cânu- la inclui, ainda, um recurso para engate a tecidos sobre uma superfície ex- terna de pelo menos uma dentre as primeira e segunda seções curvas da cânula, próximo e adjacente à porção distai, sendo que o método inclui, ain- da, engatar uma porção do tecido mole com um recurso para engate a teci- dos sobre uma superfície externa da cânula, próximo e adjacente à porção distai e, então, manipular o tecido com a dita cânula.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, em que pelo menos uma porção do recurso para engate a tecidos fica protegida em rela- ção ao tecido, na configuração inicial, ficando exposta ao tecido na segunda configuração.
20. Método, de acordo com a reivindicação 18, em que o recur- so para engate a tecidos consiste em um sulco arqueado sobre cada uma dentre as primeira e segunda seções curvas.
21. Método, de acordo com a reivindicação 17, em que pelo menos uma dentre as primeira e segunda porções distais tem uma superfície distai em ângulo para aumentar progressivamente a área superficial de con- tato inicial com o tecido mole.
22. Método, de acordo com a reivindicação 17, em que pelo menos uma dentre as primeira e segunda porções distais tem uma borda distai que é suficientemente afiada para ser capaz de cortar através de um tendão.
BRPI1106920-1A 2010-11-11 2011-11-10 Sistema para acesso de tecidos moles e sistema para implantação de âncora através de tecidos moles BRPI1106920B1 (pt)

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