BRPI1105219B1 - hastes femoral pediátrica - Google Patents

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BRPI1105219B1
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pediatric
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BRPI1105219-8A
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José Batista Volpon
Rodrigo Gonçalves Pagnano
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Universidade De São Paulo - Usp
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HASTE FEMORAL PEDIÁTRICA. A presente invenção refere-se a uma haste femoral pediátrica metálica transfixada por parafusos de bloqueio. A haste da presente invenção é uma haste intramedular curta para ser aplicada em uma população específica de pacientes pediátricos, que são portadores de sequela de paralisia cerebral e que necessitam ser submetidos à cirurgia para correção de deformidade no fêmur.

Description

Campo da Invenção:
[0001] A presente invenção refere-se aos dispositivosdestinados à fixação óssea cirúrgica de osteotomias do fêmur. Mais especificamente, a presente invenção refere-se a uma haste femoral pediátrica metálica transfixada por parafusos de bloqueio. A haste da presente invenção é uma haste intramedular curta para ser aplicada em uma população específica de pacientes pediátricos, que são portadores de sequela de paralisia cerebral e que necessitam ser submetidos à cirurgia para correção de deformidade no fêmur. A presente invenção se situa no campo da engenharia biomédica.
Fundamentos da Técnica:
[0002] Hastes intramedulares são utilizadas desde meados do século 20 na fixação de fraturas de ossos longos dos membros inferiores em adultos, principalmente do fêmur. O desenvolvimento de hastes bloqueadas, ou seja, hastes com travamento através de parafusos transfixantes, permitiu a expansão de seu uso para diversos padrões de fratura, notadamente as fraturas em vários fragmentos e as fraturas próximas às extremidades dos ossos. Já, o uso deste tipo de haste rígida em pacientes pediátricos não apresentou a mesma aceitação devido ao risco de provocar distúrbio na circulação e no crescimento ósseo da região proximal do fêmur, devido ao ponto de entrada da haste no osso, próximo ao colo femoral. A solução para minimizar os riscos de necrose e distúrbios do crescimento ósseo foi adotar um ponto de inserção da haste no osso na região lateral do trocanter maior do fêmur. Este ponto de entrada evita que haja dano aos vasos que nutrem a cabeça femoral, bem como evita que a cartilagem de crescimento do colo femoral seja afetada.
[0003] Os primeiros trabalhos que adotaram esta modificação utilizaram hastes adaptadas a partir de uma haste de úmero de adulto. Estas tinham as seguintes características: serem hastes longas, ocuparem a maior parte da extensão do canal medular do fêmur, e serem apresentadas em diversos diâmetros. Além da fixação de fraturas, foram utilizadas também na fixação de osteotomias, que são cirurgias para correção de deformidades ósseas em que é realizada a secção do osso e sua estabilização em novo posicionamento.
[0004] Nenhuma destas hastes tinha como principal objetivo a fixação de osteotomias do fêmur em pacientes pediátricos, sendo então adaptações de hastes usadas para fixação de fraturas. Da mesma maneira não foram desenvolvidas para a população de pacientes em que a osteotomia femoral é mais indicada, a saber, pacientes com deformidades ósseas causadas por sequela de paralisia cerebral. Ainda que estas hastes sejam empregadas com o propósito de fixação de osteotomias femorais em crianças com sequela de paralisia cerebral, sua extensão até a porção distal do fêmur faz com que o material de síntese se encontre à distância do local onde habitualmente é realizada a osteotomia, a região proximal do fêmur. São caracterizadas, ainda, por apresentar vários diâmetros o que pode aumentar a complexidade do conjunto do implante e do instrumental para sua inserção.
[0005] A presente invenção consiste em uma haste femoral curta com um único diâmetro externo, desenvolvida especificamente para aplicação na fixação de osteotomias femorais de rotação, em pacientes pediátricos com sequela de paralisia cerebral.
[0006] A busca na literatura indicou alguns documentos sobre o assunto, conforme descritos a seguir:
[0007] O documento US 7.842.036, intitulado “Pediatric intramedullary nail and method” descreve uma haste longa para fixação de fraturas, com um segmento central alongado flexível. A haste proposta na presente invenção difere da haste citada no referido documento por se tratar de uma haste curta com segmento central rígido e ser destinada a fixação de osteotomias e não de fraturas. Apresenta, ainda, posicionamento do parafuso de bloqueio proximal direcionado obliquamente para o colo femoral, ao contrário da descrita no documento, em que o parafuso de bloqueio proximal tem posicionamento transverso. Isto permite que o local de osteotomia preconizado seja mais proximal no osso quando é utilizada a haste da presente invenção.
[0008] O documento MU 8701809-8 intitulado “Haste infantil anterógrada” descreve uma haste para implante em fratura do fêmur na criança e adolescente de comprimento variável, entre 260 mm e 400 mm, com um sistema de travamento proximal por sistema de aleta e travamento distal por sistema de lâmina para estabilização rotacional. A haste da presente invenção difere da descrita no referido documento por apresentar um sistema de travamento por parafusos transfixantes e pelo comprimento total da haste ser de 147 mm, mais curto e não variável.
[0009] O documento US 2008/0009873 intitulado “Trochanteric nail with locking opening” descreve uma haste trocantérica para inserção em um canal medular de um osso para tratamento de fraturas ósseas. A haste pode incluir um corpo alongado tendo uma porção de cabeça e uma porção de haste. Uma ou mais aberturas podem ser providas na porção de cabeça para receber um elemento de ancoragem, tal como um parafuso para osso, com a finalidade de fixação da haste dentro do osso. Uma abertura intermediária pode também ser provida na porção de haste para receber um elemento de ancoragem. Uma área distal da haste pode incluir ou ser livre de elementos de ancoragem. Além disso, um conjunto de hastes pode ser provido com cada uma das hastes do conjunto de hastes tendo comprimentos diferentes em que a abertura intermediária esteja à mesma distância da extremidade proximal de cada uma das hastes. A haste proposta no referido documento apresenta sua porção proximal localizada na região da fossa piriforme, o que é inadequado para pacientes pediátricos e difere da haste proposta na presente invenção, cuja porção proximal localiza-se na região do trocanter maior. Além disso, a haste descrita no referido documento é utilizada para fixação de fraturas e não de osteotomias, conforme a haste da presente invenção.
[0010] A presente invenção provê uma haste femoral intramedular desenvolvida com dimensões e desenho adequados para aplicação em pacientes pediátricos, com diâmetro único e comprimento curto, com parafusos transfixantes que permitem o bloqueio cervicodiafisário. Haste com bloqueio cervicodiafisário significa dizer que, apresenta um parafuso proximal de bloqueio direcionado para o colo femoral e um parafuso distal de bloqueio localizado na região diafisária do fêmur. O direcionamento e a localização do parafuso de bloqueio proximal permitem que a localização da osteotomia seja na região subtrocantérica do fêmur, teoricamente uma região mais propícia à consolidação óssea que a região diafisária, local preconizado para as hastes atualmente disponíveis.
[0011] A haste femoral da presente invenção apresenta um único diâmetro externo, adequado à população específica de pacientes com potencial indicação da osteotomia de rotação do fêmur, o que simplifica o implante e o instrumental para inserção. Apresenta um diâmetro externo estreito, que permite que a osteotomia e a subsequente rotação dos fragmentos osteotomizados se dê com a haste no interior do canal medular. Além disso, o fato da haste da presente invenção ser curta, dispensa a presença de material de síntese nas regiões mais distais do canal medular.
Breve Descrição das Figuras:
[0012] A Figura 1 mostra uma vista em corte frontal da haste femoral da presente invenção.
[0013] A Figura 2 mostra uma vista lateral da haste femoral da presente invenção.
[0014] A Figura 3 mostra uma vista frontal do parafuso de bloqueio proximal utilizado na haste femoral da presente invenção.
[0015] A Figura 4 mostra uma vista frontal do parafuso de bloqueio distal utilizado na haste femoral da presente invenção.
[0016] A Figura 5 mostra uma montagem da haste femoral da presente invenção no osso.
Sumário da Invenção:
[0017] O principal objetivo da presente invenção é prover uma haste femoral pediátrica metálica transfixada por parafusos de bloqueio. A haste da presente invenção é uma haste intramedular curta para ser aplicada em uma população específica de pacientes pediátricos, que são portadores de sequela de paralisia cerebral e que necessitam ser submetidos à cirurgia para correção de deformidade no fêmur.
Descrição da Invenção:
[0018] A presente invenção provê uma haste femoral pediátrica intramedular curta (10) para ser aplicada em uma população específica de pacientes pediátricos, que são portadores de sequela de paralisia cerebral e que necessitam ser submetidos à cirurgia para correção de deformidade no fêmur.
[0019] A haste femoral pediátrica (10) prevista na presente invenção compreende:• uma parte proximal (1) de 10,0 mm de diâmetro externo, 7,0 mm de diâmetro interno, parede de 1,5 mm e 50,0 mm de comprimento;• uma zona de transição (2) com estreitamento gradual do diâmetro da haste de 15,0 mm de comprimento; e• uma parte distal (3) com 8,0 mm de diâmetro externo, 3,0 mm de diâmetro interno, parede de 2,5mm e 80,0 mm de comprimento.
[0020] A haste femoral (10) da presente invenção é canulada e metálica.
[0021] Conforme mostrado nas Figuras 1 e 2, a parte distal (3) da haste tem terminação em bizel (4) para diminuição do impacto no osso cortical. A parte proximal (1) da haste possui duas chanfraduras para acoplamento e centralização do cabo de inserção e remoção da haste femoral (10).
[0022] A parte proximal (1) da haste apresenta angulação de 11° lateral no plano frontal para inserção na porção lateral do trocanter maior do osso femoral. Uma segunda angulação lateral de 10° no plano frontal está localizada na parte distal (3) da haste, a 40,0 mm da sua extremidade distal, para que seja diminuído o impacto no córtex medial do fêmur durante a inserção e progressão da haste no canal medular.
[0023] Em uma vista lateral, conforme mostrada na Figura 2, a haste femoral (10) não apresenta angulações, o que possibilita que seja usada tanto no fêmur direito, quanto no esquerdo.
[0024] A parte proximal (1) da haste possui um orifício de bloqueio (5’’’’) com diâmetro de 6,5 mm, com disposição oblíqua de distal para proximal e de lateral para medial. A parte distal (3) da haste possui três orifícios de bloqueio (5’, 5’’, 5’’’) com diâmetro de 4,5 mm, para bloqueio,perpendiculares ao eixo longo do implante, dos quais apenas um deverá ser utilizado.
[0025] O parafuso de bloqueio proximal (6) é canulado,com 6,5 mm de diâmetro externo, com rosca parcial parautilização em osso esponjoso, conforme mostrado na Figura3. O parafuso de bloqueio distal (7) é sólido, com diâmetroexterno de 4,5 mm, com rosca total para utilização em ossocortical, conforme mostrado na Figura 4.
[0026] A Figura 5 mostra o correto posicionamento dahaste femoral (10) com a utilização dos parafusos debloqueio proximal e distal (6, 7) no fêmur.

Claims (5)

1. Haste femoral pediátrica (10) para osteotomias em pacientes com sequela de paralisia cerebral, transfixada por parafuso de bloqueio, caracterizada por compreender:uma parte proximal (1) com duas chanfraduras para acoplamento e centralização do cabo de inserção e remoção da haste femoral (10), de 10,0 mm de diâmetro externo único, que apresenta uma angulação de 11° lateral no plano frontal; e uma segunda angulação lateral de 10° no plano frontal localizada na parte distal (3), a 40,0 mm da extremidade distal da haste femoral (10), 7,0 mm de diâmetro interno,parede de 1,5 mm e 50,0 mm de comprimento; direcionado parao colo femoral e um parafuso distal de bloqueio localizado na região diafisária do fêmur, que permite que a osteotomiae a subsequente rotação dos fragmentos osteotomizados se dêcom a haste no interior do canal medular;uma zona de transição (2) com estreitamento gradual do diâmetro da haste de 15,0 mm de comprimento; euma parte distal (3) com 8,0 mm de diâmetro externo, 3,0 mm de diâmetro interno, parede de 2,5 mm e 80,0 mm de comprimento, que possui uma terminação em bizel (4) que promove diminuição do impacto no osso cortical.
2. Haste femoral pediátrica (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a parte proximal (1) possui um orifício de bloqueio (5’’’’) com diâmetro de 6,5 mm, com disposição oblíqua de distal para proximal e de lateral para medial; e a parte distal (3) possui três orifícios de bloqueio (5’, 5’’, 5’’’) comdiâmetro de 4,5 mm.
3. Haste femoral pediátrica (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que é utilizado um parafuso de bloqueio proximal (6), canulado, com 6,5 mm de diâmetro externo, com rosca parcial, no orifício de bloqueio (5’’’’) da parte proximal (1).
4. Haste femoral pediátrica (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que é utilizado um parafuso de bloqueio distal (7), sólido, com diâmetro externo de 4,5 mm, com rosca total, em um dos três orifícios de bloqueio (5’, 5’’, 5’’’) da parte distal (3).
5. Haste femoral pediátrica (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a haste femoral (10) é canulada e metálica.
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