INTRODUÇÃO
[1] O Presente relatório descritivo refere-se a uma patente de in-venção relacionada com um conjunto roda ou anel sensibilizador e sensor capacitivo, pertencente ao campo da indústria automotiva e correlata, que foi desenvolvido para aquelas situações que necessitem de um elemento sensibilizador para identificar ou monitorar as rotações, posições, angulações, velocidades e outros parâmetros de urna peça giratória.
ESTADO DA TÉCNICA
[2] Inúmeros equipamentos têm peças rotativas, como eixos e outras, que necessitam ter o seu sistema de rotação monitorado e identificado para que o funcionamento ocorra dentro de parâmetros pretendidos e/ou para atender a outras finalidades. Para tanto, tais peças rotativas são associadas a conjuntos sensores, normalmente, compreendidos, essencialmente: por dispositivo(s) sensibilizador(es) montado(s) em torno da peça rotativa; por dispositivo(s) sensor(es) adequado(s) montado(s) adjacente(s) ao(s) dispositivo^) sensibilizador(es); por meio de sensibilização, como, por exemplo, campo(s) magnético(s) gerado(s), por exemplo, pelo(s) dispositivo^) sensibilizador(es) e que sensibiliza(m) o(s) sensor(es), o(s) qual(is), uma vez sensibilizado(s), é(são) comutado(s) e gera(m) sinal(is); e por circuito eletrônico dedicado apto a processar o(s) sinal(is) gerado(s).
[3] Conjuntos desse tipo são de uso comum na indústria automotiva, como ocorre, por exemplo, em sistemas de injeção eletrônica, para monitorar a posição do eixo virabrequim, fundamental para ogerenciamento e bom funcionamento do motor, gerando menor consumo de combustível, menor quantidade de emissões ao meio ambiente, menores intensidade de ruídos e outros. Nessa aplica-ção, normalmente, são usados sensores magnéticos de Efeito Hall ou AMR ou GMER. Todavia, uma das restrições deste componente sensor hall para aplicações automotivas é o custo elevado.
[4] Tendo em vista essa situação e visando a redução de custo, foi prospectada a possibilidade de obtenção de um sensor capacitivo, que atendesse à aplicação e que tivesse um custo menor. No entanto, o desafio tecnológico foi desenvolver um anel sensibilizador especial para emitir um sinal elétrico conhecido também como campo elétrico, que o sensor capacitivo fosse capaz de captar e reconhecer, diferenciando-se assim da tecnologia do sensor capacitivo que já é conhecida pelo mercado.
[5] O pedido de patente, com número de protocolo provisório PI 018100007784, denominado “Conjunto Roda Emissora”, da mesma requerente, apresenta uma solução cujo campo elétrico é obtido através de um dielétrico, no qual as suas moléculas se alinham formando os dipolos elétricos permanentes e/ou por indução de uma carga superficial devido à polarização por um campo elétrico externo. Esta energia armazenada é a “fonte” necessária para sensibilizar o sensor capacitivo.
[6] Uma das características construtivas dessa solução é a apli-cação de um filme dielétrico especial sobre a roda fônica metálica e a previsão de processo de eletrização deste filme dielétrico, que é feito através de processos especiais de ionização ou de processos de descargas elétricas em contato com o substrato.
[7] Apesar dos bons resultados obtidos com a solução do pedido de patente acima citado, estudos tiveram continuidade, visando a obtenção de novas soluções vantajosas para a aplicação.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[8] Assim , um objetivo da presente invenção é prover um conjunto de roda ou anel sensibilizador de sensor capacitivo de tipo cujo elemento sensibilizador é um campo elétrico, o qual se aplique para identificar e/ou monitorar parâmetros como: velocidade, aceleração, rotações, posições, angulações e outros, de uma peça giratória, particularmente para indústria automotiva, que seja eficiente e de construção simples em relação aos usuais.
[9] Outro objetivo é prover um conjunto de roda ou anel sensibilizador e sensor capacitivo para a aplicação acima, que tenha menor custo relativamente a outros.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO
[10] Um dos principais objetivos da física é descobrir formas sim-ples de resolver problemas aparentemente complexos. Assim é que, analisando-se a lei de Gauss, pode-se verificar que um material condutor isolado tem a característica de conduzir cargas em sua superfície formando uma superfície Gaussiana. Esta superfície Gaussiana é um campo elétrico temporal (não permanente) que, constatou-se, pode sensibilizar um sensor capacitivo.
[11] Aplicando esse conhecimento no presente caso, verificou-se que uma roda ou anel sensibilizador pode ser construído incorpo-rando uma superfície Gaussiana, não sendo mais necessário, as-sim, um material dielétrico de revestimento da roda ou anel que sob um campo elétrico externo polarize e mantenha uma carga perma-nente. Uma vantagem deste desenvolvimento em relação ao do pedido de patente PI 018100007784 , é, portanto, a eliminação da aplicação de um filme dielétrico especial sobre a roda fônica metálica e também a eliminação do processo de eletrização deste filme dielétrico que é feito através de processos especiais de ionização ou de processos de descargas elétricas em contato com o substrato.
[12] A grande vantagem desta solução, portanto, é a facilidade de produzir industrialmente este novo dispositivo conjunto roda emissora sensibilizadora de sensor capacitivo. O mérito foi conseguir, através dos conceitos de física, achar uma solução técnica viável comercialmente para resolver um problema aparentemente complexo.
[13] Ainda, a presente solução baixa o custo da construção, con-forme outro objetivo da invenção.
RELAÇÃO DE FIGURAS
[14] Os desenhos anexos referem-se ao conjunto roda emissora elétrica, objeto da presente patente, nos quais:
[15] A fig. 1 mostra um esquema genérico de um conjunto de roda fônica e sensor montado em um eixo a ser monitorado;
[16] A fig. 2 mostra um esquema ilustrativo de uma experiência re-alizada para estudo dos campos elétricos em uma chapa metálica;
[17] A fig. 3 mostra um detalhe esquemático de uma primeira ver-são da invenção;
[18] A fig. 4 mostra um detalhe esquemático de uma segunda ver-são da invenção;
[19] As figs. 5, 5 a e 5b mostram um detalhe esquemático de uma terceira versão da invenção e a indicação de funcionamento; e
[20] As fígs. 6, 6a e 6b mostram um detalhe esquemático de duasconstruções de uma quarta versão da invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO COM BASE NAS FI-GURAS
[21] De conformidade com o quanto é previsto na invenção e ilus-trado nas figuras, o conjunto roda emissora elétrica 1, objeto da presente patente de invenção (fíg. 1), aplica-se para identificar e/ou monitorar parâmetros, como: velocidade, aceleração, rotações, po-sições, angulações e outros de uma peça giratória 100, como um eixo ou outros, usado particularmente na indústria automotiva, dito conjunto 1 é de tipo compreendido, genericamente: por uma roda ou anel sensibilizador (roda fônica) 2, que fica montado em torno da peça giratória 100 a ser monitorada; por um sensor capacitivo 30, que fica com o terminal sensor 31 adjacente ao anel sensibilizador 2; e por um meio sensibilizador constituído por um campo elétrico 40 presente entre o terminal sensor 31 e o anel sensibilizador 2 e que sofre a interferência deste, gerando o sinal útil para a monitoração.
[22] O material usual para a construção de uma roda fônica é um aço carbono, que tem característica condutora elétrica. No presente caso, a pesquisa básica foi orientada para avaliar se esta característica intrínseca deste material poderia auxiliar na solução do problema de desenvolver um dispositivo tipo anel sensibilizador para emitir um sinal elétrico, o qual o sensor capacitivo fosse capaz de captar e reconhecer este sinal elétrico.
[23] Dentro disso, foi pesquisado e constatado que ao se aplicar uma diferença de potencial em contato, por exemplo, de uma chapa metálica 200 (fig. 2), cargas elétricas livres nos materiais conduto-res tendem a se deslocar para a superfície externa no sentido de criar um campo elétrico oposto (para tentar anulá-lo) no interior do material.
[24] O campo elétrico nas vizinhanças externas de um condutor é perpendicular à superfície e tem módulo O/EO, sendo “o” a densidade superficial de carga e “eo” a permissividade.
[25] A validação conceituai dessa observação para a presente aplicação foi relativamente simples. O primeiro paradigma quebrado foi constatar a necessidade de isolar a roda fônica metálica do mo-tor, pois esta superfície é “aterrada” e como foi visto na teoria da física, a superfície Gaussiana é formada somente quando existir um material condutor isolado. Portanto, no presente caso, quando se aplica uma diferença de potencial sobre a roda fônica metálica, gera-se uma carga superficial temporal.
[26] Nos primeiros estudos, a carga superficial temporal deposita-da na superfície foi o suficiente para sensibilizar o sensor capaciti-vo. Uma vantagem deste desenvolvimento em relação ao pedido de patente PI 018100007784 , como já foi dito, é, portanto, a eliminação da necessidade de aplicação de um filme dielétrico especial sobre a roda fônica metálica e também a eliminação do processo de eletrização deste filme dielétrico, feito através de processos especiais de ionização ou do processo de descargas elétricas em contato com o substrato.
[27] Assim, consoante ao objetivo principal da invenção, objeto da presente patente, o anel sensibilizador 2 (roda fônica), da presente invenção, ao invés de prever recobrimento de filme dielétrico especial e necessitar de processo de eletrização deste filme dielétrico,através de ionização ou de descargas elétricas em contato com o substrato conforme ocorre no pedido de patente acima aludido; dito anel sensibilizador 2, na presente invenção, pode apresentar geometria semelhante à do anel do pedido e patente acima referido, mas explora o efeito de um campo elétrico 40 armazenado temporalmente na superfície Gaussiana do material condutor com que é feito o anel e dito campo elétrico 40 emitido, por este anel sensibilizador 2 ou por elementos ligados a este, a um sensor capacitivo 30 capaz de detectar esse específico campo elétrico 40.
[28] O campo elétrico 40 do anel sensibilizador 2 (roda fônica me-tálica isolada do meio) pode, por sua vez, ser carregado por uma diferença de potencial externa através de elemento de conexão elétrica 20 que contata com o anel 2, levando-se em conta que esta carga perderá a sua efetividade em alguns minutos e sendo neces-sário, portanto, constantemente aplicar uma diferença de potencial externa sobre o material condutor para reintroduzir novas cargas superficiais e consequentemente eliminar o efeito de nulidade pro-veniente do fenômeno de descarga para o meio ambiente.
[29] Os sensores capacitivos 30 disponíveis no mercado e usados na presente invenção, também conhecidos como sensores de aproximação, são de tipo que utiliza o conceito de que ao aproximar-se um corpo qualquer da face “sensora”, há uma variação no comportamento dielétrico, que por sua vez varia a quantidade de cargas do elemento capacitivo, provocando comutação do sinal do sensor. Com a utilização do anel sensibilizador 2 carregado eletricamente, como ex. o dielétrico dipolo permanente ou roda elétrica, foi mudada também a forma de detecção do sensor capacitivo 30, pois esteanel sensibilizador especial emite um campo elétrico 40, próprio para o sensor capacitivo reconhecer a informação. O elemento sensor pode passar a ser, portanto, somente uma antena 31, ou seja, dois fios metálicos paralelos seriam suficientes para captar o sinal elétrico e enviar para um circuito eletrônico tratar o sinal.
POSSIBILIDADES DE REALIZAÇÃO DO CONJUNTO RODA EMISSORA ELÉTRICA
[30] Considerando os aspectos essenciais da invenção, acima descritos, numa possibilidade de realização (fíg. 3), o conjunto roda emissora elétrica é formado, essencialmente: por um anel sensibilizador 2, montado solidário em torno da peça giratória 100 a ser monitorada, obtido de material condutor elétrico, dotado de seção em “U” definida por superfície interna 3 adjacente à peça 100 e de superfície externa provida de pista de contato elétrico 4 que recebe uma diferença de potencial externa e de pista de comutação 5 formada por dentes 5’ e intervalos 5” entre os dentes 5, tal que os dentes 5’ apresentam o potencial elétrico carregado no anel e os intervalos 5” potencial zero, proporcionando os sinais ON-OFF úteis ao sistema; dito conjunto é formado ainda: por camada de isolação elétrica galvânica 10, disposta entre a superfície interna 3 do anel sensibilizador 2 e a peça giratória 100 a ser monitorada, isolando assim o anel 2 desta última e de todo o conjunto ao qual dita peça pertence; por elemento de conexão elétrica 20, associado ao meio que provê a diferença de potencial externa e que transmite tensão de alimentação na pista de contato elétrico 4 do anel sensibilizador 2, armazenando temporalmente na superfície Gaussiana deste um campo elétrico 40 e tornando dito anel 2 e particularmente seusdentes 5 ’ irradiador (es) da tensão recebida; dito conjunto é formado ainda por sensor capacitivo 30 cujo terminal sensor 31 fica adjacente à pista dentada de comutação 5 do anel sensibilizador 2, tal que, os sinais proporcionados pelos dentes 5’ (carregados com o potencial elétrico) e pelos intervalos 5“ (potencial elétrico zero) são captados pelo sensor capacitivo 30; e por ECU associada 50 que recebe e processa os sinais emitidos desde o conjunto do anel sensibilizador 2 e sensor capacitivo 30 e gera sinais de comando adequados.
[31] Detalhando, o anel sensibilizador 2 pode ser obtido de materi-al condutor elétrico metálico ou compósito condutor elétrico.
[32] O Potencial fornecido é maior que 40V, que pode ser constituído dentro do próprio sensor 30 ou de uma outra fonte enviada diretamente da ECU 50.
[33] A isolação galvanizada 10 pode ser uma resina ou polímero isolante elétrico.
[34] O elemento de conexão elétrica 20 é constituído de material metálico ou de compósitos condutivos elétrico, selecionados para transmitir a tensão da fonte externa para o anel 2 e resistir ao contato mecânico deste em movimento.
[35] O sensor capacitivo 30 pode ter a forma de dois eletrodos metálicos (antena) 31 associados a circuito eletrônico 32 adequado.
[36] Assim, em funcionamento, o anel sensibilizador 2 gira em uníssono com a peça giratória 100, fazendo os dentes 5’ (carregados com o potencial elétrico) e os intervalos 5“ (descarregados do potencial elétrico) passarem sucessivamente pelo terminal sensor 31 do sensor capacitivo 30, tal que os dentes 5’ irradiam amostras docampo elétrico que são captadas pelo sensor 30 e os intervalos 5” não irradiam proporcionando assim o um sinal adequado a ECU 50.
[37] Numa outra possibilidade de realização (fíg. 4), o anel sensibi-lizador 2 é formado por ramo axial que fica adjacente à superfície da peça 100 a ser monitorada dotado de pista de contato elétrico 4 e de pista de comutação 5 formada por espaços entre janelas 5’ (carregados pelo potencial elétrico) e janelas 5“ (potencial zero), dito anel é formado ainda por ramo radial; dito conjunto é formado também por camada de isolação elétrica galvânica 10 disposta en-tre o ramo axial do anel 2 e a superfície da peça 100; por elemento de conexão elétrica 20 encostado na pista de contato elétrico 4; e pelo sensor capacitivo 30 cujo terminal sensor 31 fica adjacente à pista de comutação 5 formada pelo espaços entre janelas 5’ e pelas janelas 5”.
[38] Esta versão, portanto, é semelhante à versão anterior, contu-do neste caso tem-se uma distância pequena entre o elemento irradiador e o elemento potencial nulo (visto que as janelas 5“ estão muito próximas do eixo 100), em razão do que se pode usar uma tensão externa menor do que a da primeira versão.
[39] O potencial aplicado nesta configuração deverá ser maior que 20V.
[40] Numa outra possibilidade de realização do conjunto roda emissora elétrica (fíg. 5), é previsto um sensor capacitivo 30 com placa irradiadora 60.
[41] Esta versão é compreendida, essencialmente: por anel sensi-bilizador 2 provido de pista de comutação 5 formada por dentes 5’ e intervalos entre os dentes 5“, o qual, nesta versão, não é eletricamente isolado da peça giratória a ser monitorada 100, ou seja, dito anel sensibilizador 2 é aterrado, está em contato elétrico com o motor ao qual pertence a peça 100 e dito anel sensibilizador 2 não é alimentado diretamente com uma tensão elétrica externa; e por sensor capacitivo 30 com placa irradiadora de tensão formado, es-sencialmente: pelos terminais sensores 31; adicionalmente por uma placa irradiadora 60 de material condutor elétrico, associada a meios externos de alimentação de tensão elétrica, paralela aos terminais sensores 31 e que guarda um espaço 61 em relação a estes; e por campo elétrico 40 disposto no espaço 61 e formado pela irradiação entre a placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31; ditos dentes 5’ e intervalos entre dentes 5” do anel sensibilizador 2 arranjados de modo a passarem em dito campo elétrico 40 irradiado entre a placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31, de modo que quando um dente 5’ (fíg. 5b) ou um intervalo entre dentes 5” (fíg. 5a) dispõe-se entre a placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31, proporcionam, respectivamente, interrupção e passagem do campo elétrico 40 para os terminais sensores 31, provendo assim para estes amostras intermitentes 40’ do campo elétrico 40, que constituem os sinais úteis ao sistema e que são enviadas para a ECU 50, que os processa adequadamente e emite sinais de comando.
[42] Detalhando, neste caso também, os terminais sensores 31 podem ser constituídos por dois eletrodos metálicos ligados a circuito eletrônico adequado 32.
[43] A placa irradiadora 60 é metálica ou de material compósito condutor elétrico e está conectada a uma fonte com tensão acimade 70V, constituída por circuito eletrônico inserido no próprio sensor ou dita tensão é fornecida pela ECU 50.
[44] Quando em funcionamento, a placa irradiadora 60 irradia ten-são fornecida pelo sensor 30 ou ECU 50, gerando o campo elétrico 40 entre dita placa 60 e os terminais sensores 31 do sensor capacitivo 30, e quando os dentes 5’ e intervalos entre dentes 5 “, do anel sensibilizador 2 conectado à peça giratória 100, passam pelo campo elétrico 40, proporcionam, respectivamente, interrupções e passagens do campo elétrico 40 para os terminais 31, fazendo com que chegue a este um campo elétrico intermitente 40’, (ON-OFF) constituindo os sinais úteis ao sistema.
[45] Numa outra possibilidade de realização (fíg. 6), o conjunto ro-da sensibilizadora elétrica apresenta substancialmente a construção da versão anterior e incorpora o “efeito ponta”, que proporciona configurações específicas e alta intensidade para campo elétrico irradiante 40 da invenção.
[46] Neste caso, quando tem-se uma diferença de potencial cons-tante aplicada à placa irradiante ou “ anteparo ponta” 60’ este pro-porciona o “efeito ponta”, que maximiza a intensidade do campo elétrico 40 na extremidade da “ponta” do anteparo, uma vez que a densidade de campo elétrico (o) é inversamente proporcional a área da superfície (A) ( o = Q / A) e a “ponta” tem uma área extremamente pequena e as cargas são constantes, pois se está trabalhando num sistema isolado.
[47] Assim, nesta versão, a roda sensibilizadora elétrica é compre-endida, essencial mente: por anel sensibilizador 2 provido de pista de comutação 5 formada por dentes 5’ e intervalos entre os dentes5 “, o qual é eletricamente isolado da peça giratória a ser monitora-da 100 e não é alimentado diretamente com uma tensão elétrica externa; e por sensor capacitivo 30 com placa irradiadora de tensão com ’’efeito ponta", formado essencialmente: pelos terminais sensores 31; e por placa irradiadora com "efeito ponta” 60’ obtida com material condutor elétrico, associada a meios externos de alimentação de tensão elétrica, paralela e que guarda espaço 61 em relação aos terminais sensores 31 e a qual tem a face voltada para dito espaço 61 dotada de perfil provido de duas superfícies em ângulo agudo (pontas) 62 irradiadoras de campo elétrico de alta intensidade; e pelo campo elétrico de alta intensidade 40 disposto no espaço 61 e formado pela irradiação entre as pontas 62 da placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31; ditos dentes 5’ e intervalos entre dentes 5” do anel sensibilizador 2 arranjados para passarem em dito campo elétrico de alta intensidade 40 irradiado entre as pontas 62 da placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31, de modo que quando um dente 5’ ou um intervalo entre dentes 5 “dispõe-se entre as pontas 62 da placa irradiadora 60 e os terminais sensores 31, proporcionam, respectivamente, interrupção e passagem do campo elétrico 40 para os terminais sensores 31, provendo assim para estes amostras intermitentes 40’ do campo elétrico 40, que constituem os sinais úteis ao sistema e que são enviadas para a ECU 50, que as processa adequadamente e emite sinais de comando.
[48] Detalhando, neste caso também, os terminais sensores 31 podem ser constituídos por dois eletrodos metálicos ligados a circuito eletrônico adequado 32.
[49] A placa irradiadora com “efeito ponta” 60 é metálica condutoraelétrica ou de compósito condutivo e está conectada a uma fonte com tensão, a qual, nesta versão, pode ser menor do que a da ver-são anterior, devido ao “efeito ponta” que intensifica o campo elétri-co; dita tensão provida por circuito eletrônico inserido no próprio sensor ou dita tensão é fornecida pela ECU 50. As pontas 62 podem ser constituídas pelas arestas de dobras previstas na placa ir-radiadora 60’ (fig. 6a) ou pontas propriamente ditas proporcionadas por punções previstos na placa irradiadora 60’ (fig. 6b).
[50] O funcionamento desta versão é substancialmente o mesmo da versão anterior, somente que acrescido do uso de campo elétri-co de maior intensidade proporcionado pelo “efeito ponta”.
[51] Dentro da construção básica, acima descrita, o conjunto roda sensibilizadora elétrica, objeto do presente patente, pode apresen-tar modificações relativas a materiais, dimensões, detalhes construtivos e/ou de configuração funcional e/ou ornamental, sem que fuja do âmbito da proteção solicitada.