BRPI1002331B1 - biocompósito, usos relacionados, processo para a produção do mesmo, e método de liberação controlada de substância antimicrobiana - Google Patents

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BRPI1002331B1
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Abstract

biocompósito, usos relacionados, processo para a produção do mesmo, e método de liberação controlada de substância antimicrobiana. a presente invenção proporciona um biocompósito à base de hidroxiapatita ca~10~ (po4)~6~ (oh)~2~ e alginato de sódio. o produto na forma de esferas/microesferas é associado preferencialmente ao agente antimicrobiano catiônico digluconato de clorexidina (c~22~h~30~cl~2~n~10~<sym> 2 c~6~h~12~o~7~), com o objetivo de promover a regeneração de lesões teciduais e combater infecções microbianas por funcionar como veículo de liberação controlada da substância.

Description

Relatório Descritivo de Patente de Invenção Biocompósito, Usos relacionados, Processo para a Produção do Mesmo, e Método de Liberação Controlada de Substância Antimicrobiana.
Campo da Invenção A presente invenção refere-se a um biocompósito à base de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2) e alginato de sódio, a seu processo de produção e a um método de liberação controlada de substância antimicrobiana. Mais especificamente, o produto da invenção é associado preferencialmente ao agente antimicrobiano digluconato de clorexidina (C22H30CI2N10 · 2 C6H12O7), que, ao ser liberada de forma controlada, promove a cicatrização de lesões teciduais e combate infecções microbianas.
Antecedentes da Invenção Os microrganismos e seus produtos exercem um papel fundamental nos problemas odontológicos, relacionados à patogenia e na perpetuação da cárie dentária, doenças periodontais e alterações pulares e periapicais. Estas infecções são de natureza polimicrobiana, havendo uma variação do grupo bacteriano predominante dependendo do tipo da doença. Em consequência destes estudos, a terapia odontológica tem como um dos seus principais objetivos a eliminação dos microrganismos presentes nos tecidos dentários e periodontais, que é alcançando em grande parte pelo preparo químico-mecânico. Entretanto, resultados de estudos anteriores demonstraram que bactérias podem permanecer viáveis após os tratamentos clínicos convencionais, perpetuando as infecções e conseqüentemente acarretando insucesso das terapias, principalmente naquelas áreas que requerem uma regeneração tecidual, como defeitos ósseos, onde a circulação sanguínea pode estar comprometida restringindo a chegada de medicamentos administrados por via sistêmica. Com isto, a utilização de uma medicação tópica com ação antimicrobiana adjuvante tem sido indicada objetivando a eliminação destes microrganismos remanescentes.
Na Endodontia especificamente, dentre os medicamentos intracanal disponíveis, o de uso clínico mais freqüente é o hidróxido de cálcio. As suas propriedades antibacterianas estão relacionadas à sua natureza altamente alcalina, em torno de pH 12, que resulta na liberação de íons hidroxila e inativação de enzimas da membrana citoplasmática bacteriana. Deve-se também levar em consideração a existência de diferenças entre a microbiota associada à necrose pulpar primária, e àquela que sobrevive e persiste, ou se instala após o tratamento endodôntico, denominada secundária. Por exemplo, Enterococcus faecalis, um anaeróbio facultativo raramente encontrado em infecções primárias, tem sido relacionado a casos de insucesso da terapia endodôntica devido a sua capacidade de persistir em ambientes alcalinos, limitando assim a eficácia do hidróxido de cálcio. Recentes estudos demonstraram como fator crítico para o insucesso da terapia endodôntica a reinfecção pela microbiota oral dos canais radiculares obturados com cones de guta-percha e cimento selador.
Foi observada a incapacidade destes materiais, universalmente usados na Odontologia, em efetivamente bloquear a invasão desta microbiota, reiniciando ou tornando persistente, através do acesso a metabólicos, tais infecções endodônticas. Novos materiais têm sido propostos para a substituição dos cones de guta-percha, com propriedades superiores em relação ao selamento radicular, contudo menos versáteis, além do alto custo financeiro para a realidade brasileira.
As cerâmicas de fosfato de cálcio têm lugar de destaque entre as denominadas biocerâmicas por apresentarem ausência de toxicidade local ou sistêmica, ausência de respostas a corpo estranho ou inflamações, e aparente habilidade em se ligar ao tecido hospedeiro. Tais características positivas podem ser explicadas pela natureza química destes materiais que por serem formados basicamente por íons cálcio e fosfato, participam ativamente do equilíbrio iônico entre o fluido biológico e a cerâmica. Como exemplo de biocerâmica, tem-se a hidroxiapatita, um material poroso e ativo que apresenta excelentes propriedades químicas e físicas, tais como a capacidade de crescimento interno dos tecidos através dos poros e ocorrência de forte ligação na interface osso-implante. As biocerâmicas são bastante empregadas na forma porosa e apesar do aumento da porosidade diminuir a resistência mecânica do material isoladamente, a existência de poros com dimensões adequadas favorece muito o crescimento de tecido através deles, fazendo com que ocorra um forte entrelaçamento do tecido com o implante, aumentando, por conseguinte, a resistência do material in vivo. A hídroxiapatita, de fórmula (Caio(P04)6(OH)2) é um fosfato de cálcio sintético similar à fase inorgânica dos tecidos duros e tem sido muito utilizada na Medicina e na Odontologia, devido às suas boas propriedades biológicas, como também um possível veículo para liberação controlada de medicamentos. Para se ter um sistema de liberação controlada de fármacos é necessário que se tenha uma combinação adequada de determinados materiais.
Certos tipos de materiais conseguem adsorver bem um agente antimicrobiano, e, por isso, são utilizados em combinação com o sistema de liberação controlada, como por exemplo, os alginatos. Os alginatos são polissacarídeos extraídos da natureza formados pelos copolímeros do ácido manurônico e gulurônico. Esse tipo de polissacarídeo é encontrado comercialmente na forma de sais de sódio apresentando alto grau de variabilidade tanto na seqüência como na proporção entre os monômeros na cadeia polimérica. Têm sido também exaustivamente investigados como biomateriais em uma variedade de aplicações biomédicas, tais como suporte para proliferação de células nos processos de regeneração tecidual em implantes e para liberação controlada de fármacos na forma de gel de algínato de cálcio. A geometria do biogel também pode variar, e além de esferas e microesferas podem-se obter filmes igualmente interessantes e de alta aplicabilidade. Os filmes resultam da possibilidade de formação de interações iônicas do alginato com polímeros naturais como colágeno.
Para a cicatrização de lesões teciduais e combate das infecções microbianas uma substância conhecida como digluconato de clorexidina é bastante eficaz. O digluconato de clorexidina (CHX) de fórmula molecular (C22H3oCl2N10 · 2 C6H1207) é uma bisbiguanidina, ou clorofenil biguanida catiônica sintética de ampla utilização na medicina e na odontologia nos últimos 50 anos. A estrutura molecular da clorexidina é apresentada a seguir: A clorexidina é uma substância antimicrobiana utilizada no Brasil, principalmente na forma de solução aquosa para bochechos, pode vir a ser usada em cremes dentais para o tratamento de gengivite, sangramento gengival e controle de placa dentária. A clorexidina possui atividade antimicrobiana de largo espectro. Sua ação microbiana baseia-se na capacidade de produzir alterações e danos irreversíveis na membrana celular microbiana. A clorexidina, em função de suas cargas positivas, reage com a superfície da célula microbiana, destruindo a integridade da membrana celular, principalmente pela ligação dos grupos biguanida aos fosfolípidios da membrana. Assim, ela induz modificações estruturais como a ruptura da membrana, o vazamento de componentes intracelulares, precipitando o citoplamasma e, a morte de célula. Isso se deve ao seu largo espectro de ação antimicrobiana contra bactérias Gram positivas e negativas, como também fungos patogênicos da cavidade oral. A interação de seus grupamentos positivos com a camada fosfolipídica da membrana citoplasmática dos microrganismos, com carga negativa, provoca desde a perda do controle osmótico e interferência nos processos metabólicos como a respiração e a biossíntese (ação bacteriostática), até a solubilização da membrana resultando na liberação dos componentes intracelulares (ação bactericida). Além dessas características, apresenta biocompatibilidade além de substantividade devido a sua capacidade de aderência à dentina.
Diversos sistemas de liberação controlada de antimicrobianos têm sido propostos na literatura médico-odontológica. Muitos destes associaram polímeros biocompatíveis com antibióticos tradicionais. O copolímero etileno-acetato de vinila (EVA) incorporado de nistatina/minociclina e nistatina/tetraciclina foi desenvolvido com resultados promissores no tratamento tópico de infecções orais. 2,5 mg de CHX incorporado a uma membrana reabsorvível de colágeno hidrolisado (PerioChip™), num sistema de liberação controlada, foi introduzida como adjuvante no tratamento de infecções periodontais, demonstrando resultados clínicos promissores .
Na literatura patentária foram encontrados alguns documentos que se relacionam o assunto descrito na presente invenção, sem contudo antecipar ou sugerir o escopo da mesma. A patente norte-americana US 7,001,371, de titularidade de MED USA e intitulada ”Porous drug delivery system”, descreve dispositivo implantável com material para controle da angiogênese pelo uso de biomaterial fibroso que apresenta espaços feitos sob medida para inibir ou estimular angiogênese. A patente européia EP 0216621, de titularidade de Toa Nenryo Kogyo Kabushiki Kaisha e intitulada “Calcium-phosphate type hydroxyapatite and process for producing it”, descreve um novo tipo de fosfato de cálcio com estrutura cristalina hexagonal e rede definida utilizada para regeneração óssea. O pedido internacional de patente WO 05/007599, depositado por Rhodia Chimie e intitulado “Hydroxyapatite Calcium Phosphate Granules, Method for Preparing the Same and Uses Thereof”, descreve a preparação de grânulos de fosfato de cálcio do tipo hidroxiapatita de uma suspensão de fosfato dicálcio brushita, utilizado como base para produtos farmacêuticos ativos. O pedido de patente brasileiro PI 0412580-0, intitulado “Grânulos de fosfatos de cálcio do tipo de hidroxiapatita, processo para a sua preparação e suas aplicações", descreve a produção de fosfatos de cálcio em forma de grânulos apresentando um padrão de difração de raios-X característico da hidroxiapatita e com características de compressibilidade e de escoamento em aplicações de compressão direta. O pedido de patente brasileiro PI 8903641-7, depositado por Enduro Indústria e Comércio Ltda. (arquivado) e intitulado “Processo de obtenção de material biocerâmico hidroxiapatita”, descreve um processo de produção de material cerâmico: hidroxiapatita, utilizada em enxertos odontológicos, ortopédicos, em revestimentos cerâmicos de próteses odontológicas, ortopédicas metálicas, em próteses cerâmicas, maxilo-faciais, estéticas, entre outros. Apesar desse documento descrever um processo que utiliza hidroxiapatita, não houve relata ou prevê a combinação da mesma com o digluconato de clorexidina, como na presente invenção.
Embora sejam conhecidas tecnologias relacionadas ao desenvolvimento de biomateriais e ao controle da liberação de medicamentos, os presentes inventores desconhecem o uso de microesferas de hidroxiapatita associadas ao digluconato de clorexidina como biomaterial para regeneração tecidual com ação antimicrobiana.
Sumário da invenção É um objeto da presente invenção proporcionar um biocompósito na forma de pó, grânulos, arcabouços densos e porosos e esferas/microesferas de hidroxiapatita, combinado preferencialmente com alginato de sódio. Outro objeto da invenção é proporcionar um processo para sua obtenção.
Em um aspecto da presente invenção, o processo para produção de biocompósito é dividido em duas etapas, uma etapa de mistura da hidroxiapatita, com alginato de sódio e outra etapa de adsorção, preferencialmente do digluconato de clorexidina na hidroxiapatita.
Em outro aspecto da presente invenção, na primeira etapa do processo de produção do biocompósito, a mistura de hidroxiapatita e alginato de sódio foi realizada na razão de 10:1 a 20:1.
Em outro aspecto da presente invenção, na primeira etapa do processo de produção do biocompósito, a mistura de hidroxiapatita e alginato de sódio é gotejada, preferencialmente na solução aquosa de cloreto de cálcio, na concentração de 0,10 a 0,20 molar. É também um objeto da presente invenção o produto obtido, ou seja, o biocompósito, contendo o agente com ação antimicrobiana de amplo espectro. É outro objeto da presente invenção descrever um biocompósito com propriedades adequadas para proteção pulpar e para o combate de microrganismos resistentes à instrumentação dos canais radiculares.
Em outro aspecto, é provido um método para liberação controlada de substância antimicrobiana, preferencialmente o digluconato de clorexidina.
Estes e outros objetos da invenção serão valorizados e melhor compreendidos a partir da descrição detalhada de invenção.
Descrição das Figuras Figura 1 - Adsorção na hidroxiapatita em função da variação da concentração de CHX (massa/volume). Os valores expressos em pg de CHX adsorvidos por mg de hidroxiapatita (tempo = 24hs).
Figura 2 - Cinética de adsorção em função do tempo. Os ensaios demonstraram que nos primeiros 30 minutos a maioria do processo de adsorção tinha ocorrido (valores expressos em pg de CHX adsorvidos por mg de hidroxiapatita), se mantendo praticamente estável ao longo período de observação. Foi utilizada uma solução de digluconato de clorexidina (CHX) a 2% (m/v).
Figura 3 - Ensaio de liberação de CHX presente na hidroxiapatita em função do tempo. Aproximadamente 50% de CHX permaneceu ligada a hidroxiapatita até o final do período de observação (colunas em amarelo).
Figura 4 - Medidas da inibição de crescimento de E. faecalis através da turvação do meio de cultura (absorbância a λ=595 nm). Até o sexto dia houve diferença estatística (p<0,05) entre os grupos testes e o controle. No sétimo e oitavo dias não houve diferenças estatísticas entre HACHX esferas e controle (*), somente entre grupo HACHX pó e controle.
Figura 5 - Ensaio de citotoxicidade (norma ISO 10993-5). Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre o número de células viáveis no controle (meio sem extrato) e o número de células viáveis nos grupos tratados com extrato (50 e 100%) da hidroxiapatita - HA50/HA100 e do bicompósito - CHX50/CHX100. Análises estatísticas: as médias e desvio padrão submetidos à análise de variância e teste de Tukey (p<0,05).
Descrição Detalhada da Invenção A presente invenção proporciona alternativas para superar as limitações do estado da técnica para o desenvolvimento de biocompósito, sistema de liberação controlada de fármacos e uso relacionado desse biocompósito. O biocompósito aqui detalhado é à base de hidroxiapatita e associado ao digluconato de clorexidina (CHX), que acrescenta à biocerâmica, com comprovadas propriedades osteocondutoras e osteoindutoras, uma ação antimicrobiana de amplo espectro. Tais propriedades conferem ao biocompósito a possibilidade de aplicação nos seguintes tratamentos odontológicos: a) dentística: como componente de vernizes ou cimentos para a proteção pulpar que impeça a ocorrência de recidiva de cárie; b) endodontia: através da eliminação de microrganismos que possam resistir à instrumentação dos canais radiculares, na medicação intracanal preventiva de contaminação microbiana entre sessões, no caso de retratamento endodôntico, onde é alta a prevalência de microrganismos resistentes as medicações tradicionais (hidróxido de cálcio por exemplo), na prevenção de infecções secundárias; c) periodontia: no tratamento de lesões periodontais persistentes e componente de membranas para regeneração tecidual guiada; d) implantontia: como material de enxerto para preenchimento de cavidades ósseas no tratamento e prevenção de peri-implantite; e e) cirurgia oral: no tratamento e prevenção de infecções pós-cirúrgicas (alveolite).
Para detalhar melhor a invenção são descritas, a seguir, as etapas do processo de produção do biocompósito, o método de liberação da substância antimicrobiana e os ensaios microbiológicos in vitro.
Etapa 1: Produção de esferas e microesferas: hidroxiapatita e alainato de sódio Primeiramente preparou-se uma mistura de hidroxiapatita e alginato de sódio na proporção de 10:1 a 20:1. A seguir, gotejou-se essa mistura numa solução de cloreto de cálcio (CaCI2) na concentração de 0,10 a 0.20 molar através da extrusão de seringas com agulhas de calibre variando de 0,45 mm a 0,70 mm, com um fluxo constante de 10 mL por minuto, resultando em diâmetros na faixa de 0,35 mm a 1,20 mm. As esferas e microesferas foram formadas instantaneamente, ao entrar em contato com a solução de cloreto de cálcio, devido a troca iônica do sódio do alginato pelo cálcio. Após a formação das esferas e microesferas, as mesmas permaneceram na solução de CaCI2 durante o período de 24 horas, para completa troca iônica. Após esse período de um dia na solução de CaCI2, as esferas e microesferas foram lavadas em água deionizada e sinterizadas numa rampa de aquecimento lento, até a temperatura atingir 1100 -C.
Esta etapa pode ser usada também para processamento do biocompósito em outras formas de apresentação, tais como: grânulos densos e porosos; arcabouços densos e porosos e na forma de pó ou pasta.
Etapa 2: Adsorcão de dialuconato de clorexidina (CHX) na hidroxiapatita (HA) Para proporcionar a adsorção do digluconato de clorexidina na hidroxiapatita, foi utilizada uma hidroxiapatita nanoestruturada, cujas partículas são de tamanho menor ou igual a 210 μιτι, encubada em soluções de digluconato de clorexidina (CHX) com concentrações variando de 0,1% a 5%, na presença e ausência de co-solventes, como sorbitol e mio-inositol, a 5, 10 e 20%, por um período de até 72 horas. A incorporação do antimicrobiano foi determinada espectrometricamente a 254nm e por fluorescência de raios X.
Em função das variáveis avaliadas, observou-se que de 30 a 40% de digluconato de clorexidina foi adsorvida na hidroxiapatita (Ver Figura 1). Os melhores valores foram obtidos nas concentrações maiores, a partir de 1,5% até 4%. A cinética de adsorção mostrou que num tempo de 60 minutos a maior parte do antimicrobiano já havia aderido à superfície da hidroxiapatita (Ver Figura 2). A presença de co-solventes demonstrou ter uma relação positiva com a adsorção.
Os níveis de digluconato de clorexidina associados à hidroxiapatita atingiram valores compatíveis com formulações já existentes em enxaguatórios bucais (CHX a 0,12%), com eficácia in vivo comprovada. Este anti-séptico catiônico apresenta importante vantagem em relação a antibióticos tradicionais, pois está pouco relacionado ao desenvolvimento de mecanismos de resistência.
Após ter realizado as etapas anteriores de preparação do biocompósito, realizou-se um ensaio de dessorção do agente antimicrobiano digluconato de clorexidina, verificando a liberação gradativa dessa substância ao longo do tempo. O método de liberação dessa substância é descrito a seguir: Dessorção de digluconato de clorexidina (CHX) a partir da hidroxiapatita (HA) Após o período de interação da hidroxiapatita com digluconato de clorexidina, os ensaios de dessorção foram desenvolvidos em água deionizada Milli-Q e em solução simuladora de fluidos corpóreos (sbf: simulate body fluid) e os resultados analisados pela mesma metodologia utilizada nos ensaios de adsorção. A cinética de liberação apresentada nos ensaios de dessorção demonstrou um padrão interessante para a finalidade do biomaterial. Aproximadamente 20% de digluconato de clorexidina foi liberado nos momentos iniciais, havendo uma liberação gradual ao longo do tempo. Ao final do período de observação cerca de 50% do antimicrobiano ainda se encontrava presente na hidroxiapatita. (Ver Figura 3) A liberação lenta da digluconato de clorexidina pode resultar num longo período de ação antimicrobiana, o que permite o uso restrito de antibióticos sistêmicos no tratamento de infecções orais, o que é bastante desejável. (Ver Figura 3). A fim de comprovar as excelentes propriedades do biocompósito da presente invenção, assim como o grande potencial do método de liberação do agente antimicrobiano de digluconato de clorexidina proposto na presente invenção, foram realizados ensaios microbiológicos e de citotoxicidade, os quais são citados a seguir: 1° Ensaio: Determinação da concentração mínima inibitória Os ensaios microbiológicos tiveram o objetivo de determinar a concentração mínima inibitória (MIC) da digluconato de clorexidina presente no compósito HACHX. Foram realizados testes de determinação do MIC para Enterococcus faecalis (ATCC 29212). A partir de uma concentração inicial de 2 mg/mL de CHX diluições seriadas foram realizadas. O MIC definido pela inibição completa de crescimento microbiano foi de 0,25 mg/mL de CHX, o que corresponde a 7 mg do biocompósito HACHX. 2- Ensaio: Microesferas de hidroxiaoatita e digluconato de clorexidina Foi promovida uma incubação das esferas de HA em solução de CHX 20 mg/mL por 1 hora, lavadas em água deionizada Milli-Q e secas “over night” a 40°C. Após este período as esferas foram colocadas em placas de culturas semeadas (ágar sangue).
Foram realizados testes de inibição do crescimento de E. faecalis (ATCC 29212), de Candida albicans (ATCC 10231) e de amostras polimicrobianas a partir de saliva humana. Através desse ensaio, observou-se que ocorreram halos de inibição do crescimento de todos os microrganismos testados com padrão semelhante ao efeito da CHX pura (controle positivo). As partículas de HA puras não demonstraram atividade antimicrobiana (controle negativo). 3S Ensaio: Determinação do tempo de acão A partir da determinação do MIC, foram realizados testes para avaliação do tempo de ação do biocompósito. Foram utilizados tubos contendo 1 mL de meio de cultura TSB e um inóculo de 1 mL de E. faecalis (ATCC 29212). Foram testados biocompósitos em pó e na forma de microesferas (7 mg de HACHX). A cada 24hs o meio e inóculo foram renovados e o material demonstrou inibição de crescimento microbiano por até 08 dias. (Ver Figura 4). 42 Ensaio: Citotoxicidade in vitro.
Os ensaios de citotoxicidade da associação HACHX foi determinada utilizando o protocolo definido na ISO 10993-5, sendo as amostras preparadas como descrito na ISO 10993-12 com células de fibroblastos de camundongos da linhagem Balb/c 3T3 (provenientes da ATTC). Com base no gráfico da Figura 5 foi possível constatar que não houve diferença significativa entre o número de células viáveis no controle (meio sem extrato teste) e o número de células viáveis nos grupos tratados com 50 e 100% do extrato de hidroxiapatita pura (HA50 e HA100) e do extrato da hidroxiapatita associada a clorexidina (CHX50 e CHX100). A comparação entre os extratos 50% e 100% de cada material, respectivamente, não mostrou diferenças significativas (análise de variância e teste de Tukey, p<0,05).
Os versados na arte valorizarão imediatamente os importantes benefícios decorrentes do uso da presente invenção. Variações na forma de concretizar o conceito inventivo aqui exemplificado devem ser compreendidas como dentro do espírito da invenção e das reivindicações anexas.
Reivindicações

Claims (8)

1. Biocompósito, caracterizado pelo fato de ser à base de hidroxiapatita nanoestruturada de fórmula (Caio{P04)6(OH)2), aÍginato de sódio, associado ao agente antimicrobiano digluconato de clorexidina de fórmula (CsíHjoCIgNto · 2 CeH^Oy), caracterizado pelo fato de se apresentar sob a forma de esferas ou microesferas, grânulos densos e porosos, arcabouços densos e porosos, ou em forma de pó ou pasta e por fim e caracterizado pelo fato da hidroxiapatita ser de tamanho de partícula menor ou igual a 210 pm.
2. Processo de produção de biocompósito compreendendo hidroxiapatita nanoestruturada de fórmula (Caio(P04)6(OH)2) e alginato de sódio, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: i) preparo de uma mistura de hidroxiapatita nanoestruturada e alginato de sódio na proporção de 10:1 a 20:1; íi) gotejamento essa mistura de uma solução de cloreto de cálcio na concentração de 0,10 a 0.20 molar; iíi) formação de esferas e microesferas ao entrar em contato com a solução de cloreto de cálcio; ív) permanência das esferas e microesferas na solução de cloreto de cálcio (CaCI2) durante o período de 24 horas, para completa troca iônica; e por fim v) Secagem das esferas e microesferas por liofílização ou estufa a 40 °C para uso biomédico do compósito na forma nanoestruturada ou tratamento térmico em temperatura de até 1100 °C para aplicações biomédicas na forma cerâmica.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de adicionalmente compreender uma etapa de adição do agente antimicrobiano digluconato de clorexidina de fórmula (C22H3oCI2Ni0* 2 CeH^O/},
4. Processo, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado pelo fato de a hidroxiapatita ser nanoestruturada, com tamanho menor ou igual a 210 pm.
5. Processo, de acordo com a reivindicação 2, 3 ou 4, caracterizado pelo fato de usar co-solvente como sorbitol e mio-inositol para facilitar a adsorção de digluconato de clorexidina na hidroxiapatita.
6. Processo para a liberação controlada de substância antimicrobiana, caracterizado pelo fato de que a referida substância antimicrobiana é lenta e gradualmente liberada de um biocompósito compreendendo hidroxiapatita nanoestruturada de fórmula (Caio(P04)6(OH)2) e alginato de sódio, em virtude da ligação da referida substância antimicrobiana com ao menos parte do referido biocompósito ser estável.
7. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato da referida substância antimicrobiana ser o digluconato de clorexidina.
8. Processo, de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizado pelo fato de a liberação lenta da digluconato de clorexidina permitir o uso restrito de antibióticos sistêmicos no tratamento de infecções orais.
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