BRPI0901670A2 - uso de glicerofosfatos para composiÇço de fertilizantes organominerais e produto - Google Patents

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BRPI0901670A2
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acid
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glycerophosphates
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macro
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Inventor
Marco Pachere
Heitor Yuji Uzuelle Takahashi
Original Assignee
Nutrisafra Fertilizantes Ltda
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USO DE GLICEROFOSFATOS PARA COMPOSIÇçO DE FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS E PRODUTO. Consiste no uso em composição fertilizante ou isolado de glicerofosfatos de potássio, cálcio, magnésio, zinco, manganês, sódio, ferro, cobalto, amônio e outros ou suas misturas na produção de fertilizantes organominerais tendo queratina hidrolisada como agente complexante de macro e micronutrientes.

Description

"USO DE GLICEROFOSFATOS PARA COMPOSIÇÃO DE FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS E PRODUTO"
CAMPO DE APLICAÇÃO
A presente invenção, pertencente ao setor de fertilizantes, consiste no uso de glicerosfatos para produção de fertilizante organo-mineral sólido ou líquido, continente de fósforo e opcionalmente outros elementos macronutrientes, micronutrientes e substâncias orgânicas e inorgânicas diversas, que visa melhorar as propriedades físicas e químicas do solo, podendo ser aplicado em culturas anuais ou perenes.
ESTADO DA TÉCNICA
No Brasil, como nos demais países de clima tropical, os solos são em sua maioria pobres, isto é, deficientes em fósforo, cálcio, enxofre, magnésio e micronutrientes e com baixos teores de matéria orgânica. Estes solos, assim como aqueles já desgastados pela exploração intensiva, necessitam de correções periódicas, para que as plantas possam aproveitar ao máximo os nutrientes disponíveis para uma boa produtividade.
Atualmente, a glicerina bruta apresenta um baixíssimo custo, visto que até pouco tempo atrás era impossível se pensar nesta matéria prima para formular produtos de uso na área agrícola. A glicerina "pura" ou destilada é usada nas áreas farmacêutica, cosmética, alimentícia, explosivos, plásticos, tabaco, entre outras. Os gIicerofosfatos de grau USP (especificação da Farmacopéia americana) somente são usados na área farmacêutica, nutrição e em produtos de higiene bucal. Os gIicerofosfatos de grau técnico, como os de zinco e cobre, são usados na construção naval. Todos estes gIicerofosfatos são fabricados usando somente glicerina destilada ou bidestilada e são processadas em reatores especiais de alto custo para aquisição no mercado. Não existe, até o momento, a aplicação de glicerofosfatos e suas misturas para uso agrícola. O biodiesel é um combustível biodegradável e não tóxico derivado de fontes renováveis, consistindo em alquil ésteres derivados da transesterificação de óleos ou gorduras animais ou vegetais.
No atendimento da grande demanda de biocombustíveis, são produzidos também grandes quantidades de subprodutos, como a glicerina. O volume de glicerina "bruta" gerado como subproduto é da ordem de 10%, estimando-se uma produção mínima de 200 milhões de litros/ano quando o Brasil atingir a mistura de 5% de biocombustível adicionada ao diesel convencional. Atualmente, esse resíduo é um "problema" ambiental, apontando para a necessidade de se desenvolver o mais breve possível nichos de aplicações que demandem grande consumo deste subproduto.
Uma aplicação importante, que poderá demandar grande quantidade deste glicerol, é o uso em formulação para aplicação agrícola, pois este insumo é atóxico, biodegradável, e "absorvedor" da umidade para os solos após hidrólise natural, além de liberar o cátion ortofosfato como elemento de nutrição às plantas.
Outra condição muito interessante é o fato destas moléculas favorecerem o crescimento de microorganismos do solo, isto é, restabelecer a biota natural dos solos degradados pelas ações intensivas de explorações agrícolas para fins comerciais. Ainda, o produto tem a vantagem de apresentar um baixíssimo custo e atende perfeitamente as regulamentações ambientais atuais.
Os subprodutos derivados do biodiesel podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a produção de fertilizantes, como também se pode utilizar a glicerina destilada ou bidestilada para produção do fertilizante.
A característica principal da invenção é o uso de gIicerofosfatos de potássio, cálcio, magnésio, zinco, manganês, amônio, ferro, cobre, cobalto, sódio e suas misturas na produção de fertilizantes organo-minerais, com a vantagem de poderem ser aditivados com proteínas animais e vegetais e ou aminoácidos em suporte de substrato orgânico ou mineral.
Tabela1- Características do glicerol a partir da transesterificação de sebo bovino
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RESUMO DA INVENÇÃO
Uso isolado ou em composição fertilizante de gIicerofosfatos de potássio, cálcio, magnésio, zinco, manganês, sódio, ferro, cobalto, amônio e suas misturas na produção de fertilizantes organominerais.
DESCRIÇÃO DETALHADA
A presente invenção se refere ao uso de glicerofostatos como fertilizantes, apresentando uma alternativa muito simples de se produzir glicerofosfatos de elementos macro ou micronutrientes, preferencialmente de cálcio, potássio, magnésio, zinco, manganês, sódio, cobre, cobalto, ferro, ou amônio, através de reações químicas entre glicerina, de preferência na forma bruta, com ácido fosfórico, preferencialmente industrial, e neutralizados com os álcalis citados ou seus hidróxidos ou carbonatos, ou cinzas de caldeiras ou fornalhas ou suas misturas. Também podem ser adicionadas, durante o processo de produção, produtos ou misturas de proteínas animais ou vegetais, aminoácidos,
Para a produção de adubo sólido organomineral composto são necessárias várias matérias primas básicas, relacionadas por suas funções:
• Glicerina bruta ou destilada (de 10 a 150 L/t, de preferência 90 L/t), preferencialmente aquela obtida como subproduto da produção de biodíesel;
• Formador de reação de glicerofosfatos: ácido fosfórico 10% a 80 %, preferencialmente concentrado (de 10 a 150 L/t , de preferência 80 L/t), com ou sem adição de rocha fosfática (de 100 kg/t a 600 kg/t, de preferência 550 kg/t).
• Agente de neutralização: hidróxido de potássio (de 10 a 150 kg/t), cal virgem (de 20 a 200 kg/t), óxido de magnésio (de 20 a 50 kg/t), carbonato de magnésio (de 10 a 150 kg/t), óxido de zinco ( de 10 a 50 kg/t), óxido de manganês (de 5 a 100 kg/t), hidróxido de sódio (de 10 a 50 kg/t), carbonato de cobre (de 5 a 20 kg/t), carbonato de cobalto (de 1 a 5 kg/t), óxido de ferro (de 2 a 50 kg/t) ou hidróxido de amônio (de 10 a 100 L/t), cinzas de caldeiras (de 50 a 300 kg/t, de preferência 200 kg/t) ou suas misturas, tendo-se como valores preferenciais hidróxido de potássio 60 kg/t, cal virgem 150 kg/t, óxido de magnésio 30 kg/t, carbonato de magnésio 100 kg/t, óxido de zinco 40 kg/t, óxido de manganês 80 kg/t, hidróxido de sódio 40 kg/t, carbonato de cobre 10 kg/t, carbonato de cobalto 3 kg/t, óxido de ferro 30 kg/t, ou hidróxido de amônio 80 L/t, cinzas de caldeiras 200 kg/t ou suas misturas;
Os aditivos ou substâncias diversas utilizadas, indicados a seguir em forma isolada, podem também ser usados na forma de misturas desde que respeitadas as compatibilidades, • Agente de complexão de macro e micro nutrientes: queratina hidrolisada (de 20 a 200 kg/t, de preferência 150 kg/t). Este insumo também pode ser utilizado como fonte de nitrogênio protéico.
• Produtos com funções diversas como: uréia (de 10 a 100 kg/t), ácido fumárico (de 1 a 5 kg/t), formaldeido (de 1 a 3 L/t), glutaraldeido (de 1 a 3 kg/t), ácido nítrico (de 10 a 70 L/t), ácido sulfúrico (de 10 a 80 kg/t), ácido clorídrico (de 10 a 50 kg/t), ácido acético (10 a 20 kg/t, ácido lático (de 5 a 10 kg/t), ácido propiônico (de 5 a 10 kg/t), ácido butírico (de 2 a 5 kg/t), ácido cítrico (de 10 a 50 kg/t) ou ácido tartárico (de 2 a 10 kg/t), ácido bórico (de 10 a 50 kg/t), tendo-se como valores preferenciais uréia 80 kg/t, ácido fumárico 3 kg/t, formaldeido 2 L/t, glutaraldeido kg/t, ácido nítrico 50 L/t, ácido sulfúrico 75 kg/t, ácido clorídrico 40 kg/t, ácido acético 18 kg/t, ácido lático 9 kg/t), ácido propiônico 7 kg/t), ácido butírico 3,5 kg/t, ácido cítrico 35 Kg/t, ácido tartárico 5 kg/t, ácido bórico 30 kg/t.
• Micronutrientes: na forma de sulfatos, acetados, cloretos, nitratos, fosfatos, óxidos, boratos, molibdatos, minérios in natura ou suas misturas nas quantidades desejadas.
• Substratos ou aditivos de suporte, condicionadores de solo e cargas, recuperadores da biota do solo: aminoácidos (de 20 a 200 kg/t), cascas de arroz ou de árvores (de 100 a 600 kg/t), bagacinho de cana (de 100 a 600 kg/t), fibra de coco ( de 100 a 300 kg/t), serragem ( de 50 a 200 kg/t), farelos (de 10 a 500 kg/t) de arroz ou de milho, tortas de filtro de usinas de açúcar e álcool (de 200 a 500 kg/t) ou mamona (de 100 a 300 kg/t), vinhaça (de 100 a 300 L/t), turfa (de 50 a 700 kg/t), estercos de animais (de 100 a 700 kg/t), rúmen de animais de abatedouros (de 100 a 200 kg/t), farinha de ossos (de 50 a 200 kg/t), sangue desidratado (de 50 a 100 kg/t), lodo de esgoto tratado (de 100 a 300 kg/t), resíduos da indústria metalúrgica e aciaria (borras e Iodos) (de 100 a 500 kg/t), rocha fosfática (de 100 a 600 kg/t), gesso (de 10 a 100 kg/t), calcário (de 100 a 300 kg/t), argila modificada ou in natura (de 20 a 100 kg/t), polpas de celulose (de 100 a 600 kg/t) ou de frutas ou citrus (de 100 a 700 kg/t), carvão vegetal ou animal (de 100 a 600 kg/t), folhas secas ou verdes de quaisquer vegetais (de 100 a 700 kg/t), ou suas misturas desde que estejam de acordo com as especificações do
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, como mostrado na Tabela 2, sendo os valores preferenciais de aminoácidos 150 kg/t, cascas de arroz ou de árvores 400 kg/t, bagacinho de cana 480 kg/t, fibra de coco 200 kg/t, serragem 150 kg/t, farelos 450 kg/t de arroz ou de milho, tortas de filtro de usinas de açúcar e álcool 400
kg/t ou mamona 250 kg/t, vinhaça 200 L/t, turfa 500 kg/t, estercos de animais 600 kg/t, rúmen de animais de abatedouros 150 kg/t, farinha de ossos 100 kg/t, sangue desidratado 60 kg/t, lodo de esgoto tratado 200 kg/t, resíduos da indústria metalúrgica e aciaria (borras e lodos) 450 kg/t, rocha fosfática 550 kg/t, gesso 50 kg/t, calcário 200 kg/t, argila modificada ou in natura 50 kg/t, polpas de celulose 500 kg/t ou de frutas ou citrus 650 kg/t, carvão vegetal ou animal 550 kg/t, folhas secas ou verdes de quaisquer vegetais 600 kg/t.
Os produtos diversos, aditivos ou substratos que atuam na funcionalidade do produto, no montante entre 10 e 70% em peso do produto, não tem valor preferencial pois dependem dos interesses do agricultor.
O produto apresentado pode ser fabricado usando-se simplesmente um piso impermeabilizado, tanques de misturas, tambores de aço ou plásticos ou tanques de fibra de vidro.
Outra alternativa para produção de glicerofosfatos, objeto desta invenção, é a mistura de rocha fosfática pulverizada (400 a 700 kg/t, de preferência 600 kg/t) passante em malha de 200 mesh, com a glicerina (de 100 a 300 kg/t, de preferência 250 kg/t), preferencialmente bruta, em tanque de mistura e digestão, onde se acrescenta em seguida ácido sulfúrico concentrado (de 100 a 200 kg/t, de preferência 150 kg/t) ou ácido fosfórico (de 100 a 200 kg/t, de preferência 150 kg/t) ou suas misturas (de 100 a 500 kg/t, de preferência 400 kg/t). O gIicerofosfato formado é obtido como "sobrenadante" fase líquida, enquanto o gesso é parcialmente decantado ou pode ser misturado na mistura reacional. A neutralização do produto é efetuada com os álcalis citados ou seus óxidos, ou cinzas de caldeiras ou fornalhas como mencionado anteriormente.
TABELA 2 - Limites de contaminantes admitidos em fertilizantes orgânicos e organominerais (Anexo V - MAPA)
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Coliformes termotolerantes (número mais provável por g/ matéria seca) 1.000,00 Ovos viáveis de helmintos em 4g de sólidos totais 1,00 Salmonella sp Ausência em 10g de matéria seca
Ao contrário do processo, esta alternativa requer grande investimento na planta industrial, como moega de alimentação, transportadores de parafuso, tanque de mistura prévia, tanque de digestação com agitador mecânico, lavadores de gases de flúor, vapor, resfriador de lama, filtros rotativos, ventiladores, exaustores, granuladores, secadores etc.
Outra alternativa de uso de glicerofostatos como fertilizantes são as suas misturas com outros fertilizantes químicos preparados ou utilizados pela indústria, como uréia, superfosfatos simples e triplo, MAP (Monoamonium Phosphate), DAP (Diamonium Phosphate), nitrofosfatos, termofosfatos, cloreto de cálcio e outros.
Outra alternativa de produção, em que se inclui proteína ao produto, preferencialmente queratina, com a função de complexar os cátions adicionados em excesso na mistura de matérias primas, melhorando sua absorção pelas plantas, é a reação preliminar da proteína à quente com ácido fosfórico (hidrólise ácida) ou com uma base (hidrólise alcalina), seguida da adição da glicerina bruta ou destilada e neutralização com os álcalis citados ou seus óxidos, ou cinzas de caldeiras ou fornalhas como mencionado anteriormente. Este processamento requer tanque de aço inox com agitação mecânica e aquecimento.
Resíduos orgânicos geradores de queratina podem ser incorporados como aditivos neste produto, como cascos, chifres, crinas de animais, resíduos da depilação dos pêlos no curtimento de peles, penas e condensados da extração de sebo e farinha de ossos de autoclaves oriundos da produção das indústrias processadoras, abatedouros e curtumes. Estes resíduos estão disponíveis a baixo custo, e após serem quimicamente processados são excelente fonte de nutrientes para a composição de adubo organo-mineral. Outra fonte de queratina são sobras de cabelo humano provenientes de salões de beleza, barbearias e estabelecimentos para cuidados pessoais, não utilizados para uso em aplicação agrícola até o momento.
O fertilizante produto esta patente é recomendado para aplicação em todas as culturas, como amendoim, girassol, soja, feijão, milho, sorgo, trigo, arroz, algodão, café, frutas tropicais ou temperadas, citros, hortaliças, batata e cebola, dentre outras, melhorando os seguintes aspectos:
• Ajuda na ativação dos microorganismos presentes no solo;
• Melhora a estrutura do solo;
• Aumenta a retenção de umidade do solo pela higroscopicidade do glicerosfosfato; • Melhora o crescimento radicular das plantas;
• Reduz as perdas de nutrientes por fixação e lixiviação;
• Melhora a absorção dos macro e micronutrientes do solo pelas plantas.
A mistura de gIicerofosfatos com aminoácidos e substratos orgânicos fazem deste adubo uma excelente fonte de nutrientes disponíveis para as plantas, podendo ser aplicado tanto na forma sólida como na forma líquida. Como adubo sólido, pode ser fabricado como pó, farelado ou granulado, ou pode ser diluído em um tanque para aplicação via fluida, bastando apenas ser filtrado antes da aplicação, e o material retido no fundo do tanque ou no elemento filtrante pode ser aproveitado para outras adubações como complemento de matéria orgânica no solo.
Um processo de produção do fertilizante consiste em duas rotas de fabricação de reações e mistura ordenada de diversas matérias primas, conforme procedimentos a seguir descritos:
PROCESSO DE FABRICAÇÃO E EXEMPLO DE CONCRETIZAÇÃO DA INVENÇÃO COM HIDRÓLISE ALCALINA DA QUERATINA
Em um tanque, preferencialmente de aço inoxidável e fundo cônico, encamisado para entrada de água fria e contendo aquecimento indireto de vapor ou resistência elétrica, com termômetro para controle da temperatura, provido de agitador mecânico com controle da rotação, hélice tipo naval, injetor de líquido pelo fundo através de bomba e saída de produto líquido pelo fundo do reator com válvula de esfera, procede-se da seguinte maneira para produção de 1.000 kg de fertilizante:
1. Adicionar lentamente 60 kg de hidróxido de potássio ao tanque
2. Paralelamente adicionar 150 g de ácido bórico ou ortobórico (fonte de boro) e 150 g de trióxido de molibdênio (fonte de molibdênio) para reagir com a base, formando "flocos" de metaborato de potássio e molibdato de potássio;
Adicionar 150 kg de casco em pó ou chifre em pó ou crina moída ou cabelo humano picado sobre o hidróxido de potássio;
Adicionar aos poucos 280 L de água potável, dissolvendo o hidróxido de potássio sob agitação constante entre 1000 e 2000 rpm, preferencialmente 1500 rpm, em temperatura próxima a 40 0C e aquecer até 90 °C, preferencialmente 80 °C, mantendo sob agitação até dissolução total da massa de queratina, ocorrendo assim a hidrólise alcalina da queratina;
Transferir a solução acima para outro tanque de espera para cura da proteína hidrolisada,
Adicionar no tanque 90 L de glicerina bruta ou destilada sob agitação de 500 rpm a 1000 rpm, de preferência 500 rpm, e em seguida adicionar 80 L de solução de ácido fosfórico a 54%, mantendo a mesma rotação no mínimo por 2 horas e a temperatura entre 50°C e 60°C, de preferência 60 ° C;
Adicionar lentamente no tanque a solução de queratina hidrolisada e manter sob agitação constante entre 500 rpm e 1000 rpm, de preferência 500 rpm, de 12 h até 24 horas, de preferência 24 horas, deixando a temperatura cair lentamente até temperatura ambiente;
Corrigir o pH entre 6,0 e 8,0, preferencialmente entre 7,0 e 8,0, com cinzas ou hidróxidos ou calcário, ou dependendo do tipo de aplicação a ser direcionada para o agricultor ajustar o pH em outra faixa; 9. Preparar em um pátio limpo e plano uma Ieira de 300 kg de substrato orgânico com uma abertura em forma de canal no seu topo e em seguida transferir a solução do tanque jogando- a uniformemente sobre o canal da leira;
10. Homogeneizar a leira fazendo a correção da umidade e do peso do adubo final com substrato orgânico ou carga mineral até chegar a 1000 Kg entre 5 % e 20% de umidade
11. Deixar secar naturalmente revirando a leira sempre que necessário, ou em secador, e
12. Opcionalmente, proceder a inclusão de outros macro e micro nutrientes conforme cada cultura ou à critério do agricultor.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO E EXEMPLO DE CONCRETIZAÇÃO DA INVENÇÃO COM HIDRÓLISE ÁCIDA DA QUERATINA
Em um tanque, preferencialmente de aço inoxidável e fundo cônico, encamisado para entrada de água fria e contendo aquecimento indireto de vapor ou resistência elétrica, com termômetro para controle da temperatura, provido de agitador mecânico com controle da rotação, hélice tipo naval, injetor de líquido pelo fundo através de bomba e saída de produto líquido pelo fundo do reator com válvula de esfera, procede-se da seguinte maneira para produção de 1.000 kg de fertilizante:
1. Adicionar ácido fosfórico e aquecer até temperatura entre 50° C e 110 °C, preferencialmente 90°C.
2. Adicionar lentamente 150 kg de pó de casco ou chifre ou penas ou cabelo humano ou pelos animais ou suas misturas, sob agitação constante entre 1000 e 2000 rpm,
preferencialmente 1500 rpm, até ocorrer a hidrólise total.
3. Introduzir lentamente 90 L de glicerina bruta ou destilada sob agitação de 500 rpm a 1000 rpm, de preferência 500 rpm, e proceder o resfriamento natural da mistura.
4. Corrigir o pH entre 6,0 e 8,0, preferencialmente entre 7,0 e 8,0, com cinzas ou hidróxidos ou calcário ou, dependendo do tipo de aplicação a ser direcionada para o agricultor, ajustar o pH em outra faixa;
5. Preparar em um pátio limpo e plano uma Ieira de 300 kg de substrato orgânico com uma abertura em forma de canal no seu topo e em seguida transferir a solução do tanque jogando- a uniformemente sobre o canal da leira;
6. Homogeneizar a leira fazendo a correção da umidade e do peso do adubo final com substrato orgânico ou carga mineral até chegar a 1000 Kg entre 5 % e 20% de umidade
7. Deixar secar naturalmente revirando a leira sempre que necessário, ou em secador, e
8. Opcionalmente, proceder a inclusão de outros macro e micro nutrientes conforme cada cultura ou à critério do agricultor.
Opcionalmente, em ambas as concretizações exemplificadas ou outras não apresentadas, pode se incluir diretamente ao fertilizante a queratina hidrolisada obtida externamente ao processo, abstendo-se assim da execução das suas etapas de preparação.

Claims (12)

1. "USO DE GLICEROFOSFATOS PARA COMPOSIÇÃO DE FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS" caracterizado pelo uso em composição fertilizante ou isolado de glicerofosfatos de elementos macro ou micronutrientes ou suas misturas como fertilizantes organominerais.
2. "USO DE GLICEROFOSFATOS PARA COMPOSIÇÃO DE FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por utilizar queratina hidrolisada como complexante de macro e micronutrientres.
3. "USO DE GLICEROFOSFATOS PARA COMPOSIÇÃO DE FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os glicerofosfatos serem de potássio, cálcio, magnésio, zinco, manganês, sódio, ferro, cobalto, amônio.
4. "PRODUTO", de acordo com as reivindicações 1a 3, caracterizado por ser um fertilizante organomineral composto no mínimo por glicerofosfatos de elementos macro ou micronutrientes ou suas misturas.
5. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por os elementos macro e micronutrientes estarem complexados com queratina hidrolisada.
6. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por os elementos macro e micronutrientes serem cálcio, potássio, magnésio, zinco, manganês, sódio, cobre, cobalto, ferro, ou amônio.
7. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por conter rocha fosfática.
8. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por conter micronutrientes na forma de sulfatos, acetatos, cloretos, nitratos, fosfatos, óxidos, boratos, molibdatos, minérios in natura ou suas misturas nas quantidades desejadas.
9. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por conter em sua formulação substratos ou aditivos de suporte, condicionadores de solo e cargas, recuperadores da biota do solo, como aminoácidos (de 20 a 200 kg/t), cascas de arroz ou de árvores (de 100 a 600 kg/t), bagacinho de cana (de 100 a 600 kg/t), fibra de coco (de 100 a 300 Kg/t), serragem (de -50 a 200 kg/t), farelos (de 10 a 500 kg/t) de arroz ou de milho, tortas de filtro de usinas de açúcar e álcool (de 200 a 500 kg/t) ou mamona (de 100 a -300 kg/t), vinhaça (de 100 a 300 L/t), turfa (de 50 a 700 kg/t), estercos de animais (de 100 a 700 kg/t), rúmen de animais de abatedouros (de 100 a -200 kg/t), farinha de ossos (de 50 a 200 kg/t), sangue desidratado (de 50 a -100 kg/t), lodo de esgoto tratado (de 100 a 300 kg/t), resíduos da indústria metalúrgica e aciaria (borras e Iodos) (de 100 a 500 kg/t), rocha fosfática (de 100 a 600 kg/t), gesso (de 10 a 100 kg/t), calcário (de 100 a 300 kg/t), argila modificada ou in natura (de 20 a 100 kg/t), polpas de celulose (de -100 a 600 kg/t) ou de frutas ou citrus (de 100 a 700 kg/t), carvão vegetal ou animal (de 100 a 600 kg/t), folhas secas ou verdes de quaisquer vegetais (de 100 a 700 kg/t), ou suas misturas.
10."PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por conter produtos com funções diversas, como uréia como fonte de nitrogênio (de -10 a 100 kg/t), ácido fumárico como agente complexante (de 1 a 5 kg/t), formaldeído como agente reticulante e conservante (de 1 a 3 L/t), glutaraldeido como agente reticulante (de 1 a 3 kg/t), ácido nítrico como fonte de nitrogênio (de 10 a 70 L/t), ácido sulfúrico como reagente para produção de nutrientes (de10 a 80 kg/t), ácido clorídrico como reagente para produção de nutrientes (de10 a 50 kg/t), ácido acético como acidificante e complexante (10 a 20 kg/t), ácido lático como complexante (de 5 a 10 kg/t), ácido propiônico como complexante e promotor de crescimento vegetal (de 5 a 10 kg/t), ácido butírico como complexante e promotor de crescimento vegetal (de 2 a 5 kg/t), ácido cítrico como complexante (de 10 a 50 kg/t) ou ácido tartárico como complexante (de 2 a 10 kg/t), ácido bórico como fonte de Boro e conservante (de 10 a 50 kg/t).
11. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por ser misturas de gIicerofosfatos com outros fertilizantes químicos preparados ou utilizados pela indústria.
12. "PRODUTO", de acordo com as reivindicações 4 e 14, caracterizado por os produtos fertilizantes químicos preparados ou utilizados pela indústria serem uréia, superfosfatos simples e triplo, MAP (Monoamonium Phosphate), DAP (Diamonium Phosphate), nitrofosfatos, termofosfatos, cloreto de cálcio.
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* Cited by examiner, † Cited by third party
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CN108128996A (zh) * 2017-12-27 2018-06-08 南京贝克特环保科技有限公司 一种处理柠檬酸污泥的复合微生物菌液及生物沥浸处理方法
RU2685152C1 (ru) * 2017-12-20 2019-04-16 Станислав Петрович Бишко Органоминеральные удобрения из сталеплавильного шлака конвертерного производства и осадка сточных вод станций аэрации

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