VARIADOR DE VELOCIDADE MAGNÉTICO ORBITAL
A presente invenção refere-se a um mecanismo variador develocidade com transmissão magnética de torque que usa dois estágiosde transmissão para multiplicar ou reduzir a velocidade, possuindoquatro bases as quais contem cada uma pelo menos um conjunto depólos magnéticos em forma de anel, o primeiro estágio tem uma base demovimento orbital e uma base fixa à carcaça do variador concêntricacom os eixos do variador, o segundo estágio tem uma base giratóriaconcêntrica e solidária com o eixo de menor rotação e uma base demovimento orbital solidária a base orbital do primeiro estágio, com atransmissão de torque de cada estágio sendo feita entre os conjuntos depólos magnéticos de cada base, sendo as bases e seus respectivosconjuntos de pólos magnéticos montadas lateralmente e paralelas uma àoutra ou montadas uma interna ao outra, sendo que o movimento orbitaldas bases orbitais é proporcionado pela ação de um came-excêntricosolidário ao eixo de maior rotação e a mudança de relação detransmissão é feita por deslocamento relativo entre pares de pólos, poracoplamento de diferentes conjuntos de pólos da mesma base e pelatroca de energização de bobinas.
Essa patente é uma evolução da patente PI 0804261- 6 "Redutorde Velocidade Magnético Orbital". Na patente "Redutor de VelocidadeMagnético Orbital" para cada estágio de redução havia um par deconjuntos de pólos magnéticos, já para essa patente, podemos ter maispares de conjuntos de pólos magnéticos, funcionando ou um par ou outroOu cada par alternadamente ou conjuntos de pares de pólos magnéticoscom variação do número de pólos e assim ter variação da relação detransmissão.São conhecidos variadores de velocidade magnéticos ondeocorre diminuição de velocidade sem aumento de torque de saída emrelação ao torque de entrada e possuem baixa eficiência em muitospontos de operação.
Como uma opção para esses problemas a presente invenção fazuso de transmissão epicíclica, mas sem engrenagens, com a transmissãode torque feita por pares de conjuntos de pólos magnéticos onde umconjunto de pólos magnéticos tem movimento em órbita em relação aoeixo de centro do outro conjunto. Os conjuntos de pólos magnéticosficam posicionados lateralmente e paralelos entre si ou em outraconstrução ficam posicionados um conjunto internamente ao outro e issotorna possível que vários pólos magnéticos atuem simultaneamente natransferência de torque entre os conjuntos de pólos magnéticos,possibilitando transferência de maiores torques. Algumas vantagensdesse variador são a possibilidade de atingir grandes relações detransmissão, a alta eficiência e a construção simples. Para os conjuntosde pólos magnéticos podem ser empregados imãs permanentes,eletroímãs, conjunto de pólos salientes de material magnético, etc. Essatécnica possibilita a construção de variadores muito compactos paramultiplicações ou reduções de velocidade.
Para facilitar o entendimento da nova técnica faremos uso dasfiguras anexas a título de exemplo não limitativo.
A figura 1 apresenta a vista em secção longitudinal de umredutor de duplo estágio, onde os pólos magnéticos são de imãspermanentes e o came excêntrico tem solidário dois contrapesos para obalanceamento das massas excêntricas.A figura 2A apresenta uma vista frontal em representaçãoesquemática de dois flanges, onde cada flange possui dois conjuntos depólos salientes e um dos flanges tem movimento orbital.
A figura 2B apresenta uma vista frontal em representaçãoesquemática dos dois flanges da figura 2A, montados com seusrespectivos pólos salientes voltados um de frente para o outroparalelamente.
A figura 3 apresenta uma vista em secção longitudinal de umvariador de velocidade com o primeiro estágio contendo dois pares deconjuntos de pólos salientes seguindo o modelo da figura 2B, com amagnetização de cada conjunto de pólos feita por energização de bobinase o segundo estágio contém apenas um par de conjuntos de pólosformados por imãs permanentes onde os pólos são do tipo pólos salientese axiais.
A figura 4 apresenta uma vista em corte de uma representaçãoesquemática de um modelo de conjunto de pólos.
A figura 5 apresenta uma vista em secção longitudinal de umapossibilidade de construção de variador de velocidade com os conjuntosde pólos magnéticos como o do modelo da figura 4 e os conjuntos depólos magnéticos com movimento orbital do segundo estágio sãoexternos aos seus respectivos pares.
A figura 6 apresenta a vista em secção longitudinal de umvariador de velocidade com os conjuntos de pólos magnéticos externossendo como o do modelo da figura 4 e os conjuntos de pólos commovimento orbital tendo seus pólos magnetizados por imãs permanentes,sendo cada estágio com três pares de conjuntos de pólos.A figura 7 A apresenta uma representação esquemática de umconjunto de pólos externo formado com chapas de estator de motorelétrico e o conjunto de pólos com movimento orbital formado com imãspermanentes.
A figura 7B apresenta uma representação esquemática de umconjunto de pólos externo formado com chapas de estator de motorelétrico e o conjunto de pólos com movimento orbital formado comchapa de rotor bobinado de motor elétrico.
A figura 8A apresenta a vista em secção longitudinal de umvariador de velocidade com todos os conjuntos de pólos magnéticosformados por imãs permanentes e com os dois conjuntos de pólosexternos do primeiro e segundo estágios sendo montado cada conjuntonum respectivo suporte com movimento axial em suas bases.
A figura 8B apresenta o variador de velocidade da figura 8Acom os dois suportes dos conjuntos de pólos magnéticos, deslocadosaxialmente resultando em outra relação de transmissão.
A figura 9 apresenta a vista em secção longitudinal de outrapossibilidade de variador de velocidade com todos os conjuntos de pólosmagnéticos formados por imãs permanentes e com os conjuntos de pólosexternos montados cada qual em um suporte que gira na sua respectivabase e que pelo deslocamento axial de um acoplador é feita a mudançade relação de transmissão.
A figura 10 apresenta a vista em secção longitudinal de umvariador de velocidade com quatro conjuntos de pólos magnéticos axiaisna primeira transmissão, formados por imãs permanentes com os doisconjuntos de pólos da base fixa montados em um suporte commovimento axial para mudar a relação de transmissão e na segundatransmissão um conjunto de pólos salientes axiais formados por imãspermanentes e acoplado a um conjunto de pólos salientes axiais dematerial magnético.
A figura 1 é o redutor magnético da figura 6 da PI 0804261-6,que serve de base para essa patente e de onde pode ser visto o princípiode funcionamento desse tipo de variador de velocidade. Nessa figura oconjunto de pólos (4A) magnéticos é solidário à base orbital (3A) e éacoplado magneticamente ao conjunto de pólos (6A) magnéticos que ésolidário à base fixa (5 A), definindo esse par de conjuntos de pólosmagnéticos o primeiro estágio de transmissão. O segundo estágio detransmissão é formado pelo conjunto de pólos (4B) magnéticos acopladoao conjunto de pólos (6B) magnéticos. O conjunto de pólos (4B) ésolidário à base orbital (3B) que é solidária com a base orbital (3A). Oconjunto de pólos (6B) é solidário à base giratória (5B), Os conjuntos depólos (4A), (4B), (6A) e (6B) são formados por imãs permanentes commagnetização radial alternada. A base fixa (5A) forma uma peça únicacom o flange (17). A base giratória (5B) gira nos rolamentos (11), osquais rolamentos (11) são alojados na carcaça (16) e o eixo de baixarotação (14) do redutor é parte integrante da base giratória (5B). Oconjunto de pólos (4A) tem número de pólos diferente do conjunto depólos (4B) e sendo os pólos de mesmo tamanho, para manter a mesmaexcentricidade nos dois estágios de redução os conjuntos de pólos (4A) e(6A) precisam ter a mesma diferença de número de pólos dos conjuntosde pólos (4B) e (6B). O giro do eixo de maior rotação (1) com o cameexcêntrico (2), que lhe é solidário, movimenta em orbita a base orbital(3A) e a base orbital (3B) através do rolamento (10). O conjunto depólos (4A) com movimento orbital e acoplado magneticamente aoconjunto de pólos (6A) fica também com movimento giratório etransmite torque ao conjunto de pólos (4B) que lhe é solidário. Oconjunto de pólos (4B) por sua vez, também com movimento orbital egiratório transmite torque ao conjunto de pólos (6B), o fazendo girar.Nesse exemplo da figura 1 o came excêntrico (2) possui solidários, oscontrapesos (18A) e (18B) para minimizar as forças de desequilíbriogeradas pelo movimento orbital e assim evitar maiores vibrações quenormalmente são indesejadas. A rotação do eixo de menor rotação (14)em relação ao eixo de maior rotação (1) é igual à diferença entre osprodutos do número de pólos do conjunto de pólos (6B) pelo número depólos do conjunto de pólos (4A) e o produto do número de pólos doconjunto de pólos (4B) pelo número de pólos do conjunto de pólos (6A)dividido pelo produto do número de pólos do conjunto de pólos (6B)pelo número de pólos do conjunto de pólos (4A). Um resultado negativosignifica sentido contrário de giro.
A figura 2A apresenta uma vista frontal em representaçãoesquemática de dois flanges, onde um flange possui dois conjuntos depólos salientes axiais (6Al) e (6A2) e o flange com movimento orbitalpossui os conjuntos de pólos salientes axiais (4A1) e (4A2).
A figura 2B apresenta uma vista frontal em representaçãoesquemática dos dois flanges da figura 2A, montados com seusrespectivos pólos salientes voltados um de frente para o outroparalelamente, onde os conjuntos de pólos salientes (6Al) com (4Al) e(6A2) com (4A2) ficam com alinhamento axial em um ponto.
Na figura 3 temos uma secção longitudinal de um variador develocidade com todos os pólos dos conjuntos de pólos sendo salientes ede polarização axial, como no exemplo das figuras 2A e 2B. Osconjuntos de pólos (6A1) e (6A2) são solidários a base fixa (5A) e sãoeletroímãs em forma de anel com duas carreiras de múltiplos pólos, comas carreiras de pólos com polarização inversa uma da outra e os pólos decada carreira sendo iguais e eqüidistantes. A energização da bobina(12A1) gera um fluxo magnético no conjunto de pólos magnéticos (6Al)produzindo as forças magnéticas de atração entre os mais próximospólos dos conjuntos de pólos (6A1) e (4A1). Cada um dos conjuntos depólos (4Al) e (4A2) tem duas carreiras de múltiplos pólos, sendo ospólos de cada carreira salientes, axiais, eqüidistantes, de mesmo tamanhodos seus respectivos pólos da outra base e de material magnético moleque fecharão o circuito magnético gerados nos conjuntos de pólos (6Al)e (6A2). Da mesma forma a energização da bobina (12A2) gera um fluxomagnético no conjunto de pólos magnéticos (6A2) produzindo as forçasmagnéticas de atração entre os mais próximos pólos dos conjuntos depólos (6A2) e (4A2). Esses conjuntos de pólos (4A1), (6A1), (4A2),(6A2) pertencem ao primeiro estágio de transmissão do variador develocidade. O segundo estágio de transmissão é feito pelo acoplamentomagnético entre os imãs permanentes que formam os conjuntos de pólos(6B) e (4Β). O eixo de baixa rotação (14), nesse exemplo, faz parte dabase giratória (5B). O acionamento do eixo de maior rotação (1) gira ocame excêntrico (2) que lhe é solidário e com o acionamento da bobina(12Al) ou (12A2) ou ambas alternadamente é magnetizado seurespectivo conjunto de pólos (6Al) ou (6A2) que se acoplarámagneticamente ao seu respectivo conjunto de pólos (4Al) ou (4A2) eassim transferindo movimento para o conjunto de pólos (4B) quetransmite torque ao conjunto de pólos (6B) movimentando o eixo (14).Assim o acionamento de uma das bobinas (12A1) ou (12A2) define umarelação de transmissão diferente, pois a relação de transmissão dosegundo estágio é fixa.
Na figura 4 temos um exemplo de conjunto de pólos formadopela junção axial de duas peças multipolares de material magnético mole(7) e (8) em torno de uma bobina (12) formando um conjunto de póloscom os pólos adjacentes alternados magnetizados pela energização dabobina (12). Nesse exemplo resultou um conjunto de pólos radiaisinternos, mas poderia ser externo se os multipolos das partes (7) e (8)fossem externos e também é possível construir outro conjunto com osmultipolos das partes (7) e (8) radialmente e assim formar pólos axiais.
Na figura 5 temos outra possibilidade construtiva para ovariador de velocidade utilizando conjuntos de pólos eletromagnéticosformados, cada conjunto de pólos com pólos adjacentes alternadosmagnetizados por uma bobina, semelhantes ao modelo representado nafigura 4. Nesse caso para haver transferência de torque entre os eixos demenor rotação (14) e de maior rotação (1) é necessário acionarsimultaneamente quatro bobinas sendo duas de um dos pares de conjuntode pólos (6A1) com (4A1) ou (6A2) com (4A2) do primeiro estágio detransmissão e duas de um dos pares de pólos (6B1) com (4B1) ou (6B2)com (4B2) do segundo estágio de transmissão. Assim temospossibilidade de duas relações de transmissão no primeiro estágio e duasno segundo estágio, além de eventuais acionamentos alternados dasbobinas causando relações de transmissões intermediárias. Nesseexemplo, como os conjuntos de pólos (4B1) e (4B2) de movimentoorbital da segunda transmissão são externos aos seus respectivos pares(6B1) e (6B2) ao contrário do que acontece na primeira transmissão, sãopossíveis relações de transmissão menores.Temos na figura 6 uma secção longitudinal de um variador develocidade utilizando os conjuntos de pólos (6A1), (6A2), (6A3), (6B1),(6B2) e (6B3) formados por pólos adjacentes alternados com cadaconjunto de pólos magnetizados por uma bobina semelhante ao modelorepresentado na figura 4 e os conjuntos de pólos (4Al), (4A2), (4A3),(4B1), (4B2) e (4B3) formados de duas peças semelhantes às peçasmultipolares de material magnético mole (7) e (8), como no modelorepresentado na figura 4, mas com os pólos sendo externos e com essaspeças se fechando em torno de um imã bipolar de magnetização axial emforma de anel gerando um conjunto de pólos externos adjacentesalternados. Para haver transferência de potência entre os eixos (1) e (14)é preciso acionar uma das bobinas dos conjuntos de pólos (6Al), (6A2)ou (6A3) do primeiro estágio e uma das bobinas do segundo estágio dosconjuntos de pólos (6B1), (6B2) ou (6B3). Esse variador tem novepossíveis relações de transmissão além de outras relações derivadas deligações de bobinas da mesma transmissão alternadamente.
Nas figuras 7A e 7B temos outras possibilidades de construçãopara os conjuntos de pólos utilizando chapas estampadas de aço carbonocomo usadas em motores e geradores elétricos podendo as bobinas decada pólo ser energizadas reversamente individualmente ou energizadasreversamente em grupos justapostos. O conjunto de pólos interno podeser formado seja por imãs permanentes como na figura 7A, seja porpólos também formados por chapas de aço estampadas de motores egeradores como na figura 7B e magnetizados por bobinas energizadasindividualmente ou associadas em grupo, seja por conjunto de póloscomo os da figura 4, etc. Nos conjuntos de pólos como da figura 7B,com as bobinas magnetizadas em grupos poderíamos ter para um mesmopar de conjuntos de pólos, diferentes transmissões para diferentesquantidades de grupos de bobinas, como por exemplo, se tivéssemos 40ranhuras em um conjunto de pólos e 80 ranhuras em seu respectivo par ecom cada um dos 40 e 80 pólos tendo sua bobina com acionamentoindividual em ambos os conjuntos de pólos, assim se energizarmosreversamente as bobinas dos conjuntos de pólos em grupos de quatrobobinas justapostas no mesmo sentido resultando em pólos magnéticosde quatro bobinas, teríamos 10 pólos alternados no conjunto de 40ranhuras e 20 pólos alternados no conjunto de 80 ranhuras e seenergizarmos conjuntos de cinco bobinas teríamos 8 pólos alternados noprimeiro conjunto de pólos e 16 pólos alternados no outro e assim seriampossíveis as relações de transmissão 8:16, 8:20, 10:16 e 10:20 gerandotrês diferentes relações de transmissão para esse par de conjunto depólos.
Na figura 8A temos mais um exemplo de variador develocidade, sendo agora, a mudança de relação de transmissão feita deforma mecânica. Os conjuntos de pólos (6Al) e (6A2) da base fixa (5A)são montados solidários ao suporte (19), o qual tem movimento axialacoplado na base fixa (5A). O movimento axial do suporte (19) é feitoatravés da movimentação do pino (20) que lhe é solidário. Os conjuntosde pólos (6B1) e (6B2) da base móvel (5B) são montados solidários aosuporte (21), o qual tem movimento axial acoplado na base móvel (5B).
O movimento axial do suporte (21) é feito através da movimentação dopino (22) que lhe é solidário e o pino (22) por sua vez é acionado pelamudança de posição da alavanca (23). As duas posições do suporte (19)ora deixando acoplados magneticamente os conjuntos de pólos (4A2)com o (6A2) como na figura 8A ou acoplados os conjuntos de pólos(4Al) com o (6A1) como na figura 8B, definem as duas relações detransmissão do primeiro estágio. As duas posições do suporte (21)deixando acoplados magneticamente os conjuntos de pólos (4B2) com o(6B2) como na figura 8A ou acoplados os conjuntos de pólos (4B1) como (6B1) como na figura 8B, definem as duas relações de transmissão dosegundo estágio. Nesse exemplo são possíveis quatro relações detransmissão diferentes para o variador de velocidade. Nesse exemplo dafigura 8A e 8B o came excêntrico (2) possui solidários, os contrapesos(18A) e (18B) para minimizar as forças de desequilíbrio geradas pelomovimento orbital.
Na figura 9 temos outro exemplo de variador de velocidade,com mudança de relação de transmissão feita de forma mecânica. Osconjuntos de pólos (6Al) e (6A2) da base fixa (5A) são montados cadaqual solidário aos respectivos suportes (24) e (25), os quais giram nabase fixa (5A) através dos respectivos rolamentos (27) e (28). Oacoplador (26) é acoplado à base fixa (5A) e tem movimento axialacionado através dos pinos (20), sendo que o deslocamento do acoplador(26) para a esquerda faz o acoplamento entre o suporte (24) e a base fixa(5A) definindo uma primeira relação de transmissão e o seudeslocamento para a direita faz o acoplamento entre o suporte (25) e abase fixa (5A) definindo uma segunda relação de transmissão para aprimeira transmissão. Na segunda transmissão os conjuntos de pólos(6B1) e (6B2) da base móvel (5B) são solidários cada qual ao seurespectivo suporte (29) e (30), os quais giram na base móvel (5B) atravésdos respectivos rolamentos (32) e (33). O acoplador (31) é acoplado àbase móvel (5B) e tem movimento axial acionado através dos pinos (22),que por sua vez é acionado pela manopla (34), sendo que o deslocamentodo acoplador (31) para a esquerda faz o acoplamento entre o suporte (29)e a base móvel (5B) definindo uma primeira relação de transmissão e oseu deslocamento para a direita faz o acoplamento entre o suporte (30) ea base móvel (5B) definindo uma segunda relação de transmissão. Comono exemplo anterior são possíveis quatro relações de transmissãodiferentes. Essa forma de acoplamento para mudança de transmissãoapresentada é simples, servindo apenas para ilustrar o funcionamento,sendo que a forma de acoplamento entre as partes girantes não é objetodessa patente, pois são conhecidas formas de acoplamento para mudançade transmissão como as usadas em automóveis, que são mais completase eficazes.
Na figura 10 temos outra possibilidade de um variador develocidade tendo na primeira transmissão quatro conjuntos de pólosmagnéticos axiais formados por imãs permanentes de polaridadealternada, com os dois conjuntos de pólos (6Al) e (6A2) da base fixa(5A) montados em um suporte (19) formado de duas peças solidárias,sendo uma peça solidária com o conjunto de pólos (6A1) e a outrasolidária com o conjunto de pólos (6A2), tendo o suporte (19)movimento axial acoplado na base fixa (5A). O movimento axial dosuporte (19) é feito através da movimentação do pino (20) que lhe ésolidário. As duas posições do suporte (19) ora deixando acopladosmagneticamente os conjuntos de pólos (4A2) com o (6A2) ou acopladosos conjuntos de pólos (4Al) com o (6Al) como na figura 10, definem asduas relações de transmissão do primeiro estágio. O segundo estágio detransmissão é feito pelo acoplamento magnético entre os imãspermanentes axiais que formam o conjunto de pólos (4B) salientes e oconjunto de pólos (6B) salientes de material ferromagnético. O cameexcêntrico (2) tem solidários dois contrapesos (18A) e (18B) paraminimizar o desbalanceamento das massas excêntricas. Esse exemplo devariador de velocidade tem apenas duas relações de transmissãodefinidas na primeira transmissão.
Dependendo da relação de transmissão do variador develocidade ele pode funcionar também como multiplicador de rotação enesse caso, o eixo de maior rotação fica sendo a saída de potência dovariador de velocidade e o eixo de menor rotação fica sendo a entrada depotência do variador de velocidade.
São possíveis outras formas de construções não exemplificadasaqui, como por exemplo, outras combinações de conjuntos de pólos emesmo outras construções de pólos magnéticos, utilizando outrosmecanismos para movimentar os conjuntos de pólos de imãspermanentes e assim trocar a relação de transmissão, utilizandoacionamento mecânico para movimentar os conjuntos de pólos demovimento orbital para trocar a relação de transmissão, etc., mas todasessas possibilidades fazem parte do mesmo princípio de funcionamento.