BRPI0807188A2 - Transmissão continuamente variável - Google Patents

Description

“TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL” A presente invenção se refere a transmissões continuamente variáveis, e particu- larmente a um arranjo para controlar um variador em uma tal transmissão.

Dentro de uma transmissão continuamente variável está um dispositivo com uma entrada giratória, uma saída giratória, e algum mecanismo para transferir a transmissão gira- tória a partir de uma para a outra a uma relação de transmissão continuamente variável. Tal dispositivo será referido neste como um "variador".

Alguma forma de controle deve ser exercida sobre o variador e dois modos de con- trole particulares são conhecidos na técnica.

Alguns variadores são controlados a fim de fornecer uma relação específica. A rela- ção pode ser diretamente configurada por uma transmissão, ou pode ser determinada por um controlador eletrônico, mas em ambos os casos há algum sinal, seja ele mecânico ou eletrônico, o qual corresponde a uma relação do variador necessária, e algum mecanismo para ajustar a relação real do variador para atender à demanda. Os assim chamados varia- dores do tipo de tração por rolamento "semi-toroidais", por exemplo, têm frequentemente um sistema de controle hidráulico que incorpora uma válvula comparadora a qual recebe as entradas indicativas de (a) a inclinação atual dos cilindros do variador, a qual corresponde à relação do variador real, e (b) uma relação do variador necessária, configurada por eletrôni- ca associada. Em resposta a suas entradas, a válvula comparadora modula uma pressão hidráulica aplicada a um ativador para mover os cilindros do variador para um lado ou outro de um ponto neutro, fazendo com que os cilindros direcionem a si próprios a fim de trazer a relação do variador ao valor necessário. O efeito é fornecer controle de circuito fechado so- bre a relação do variador.

Esse tipo de controle, envolvendo o ajuste de uma relação necessária e o ajuste do variador para fornecê-la, será referido como "o controle da relação".

Alguns variadores são capazes de fornecer um torque específico. A demanda de torque é tipicamente fornecida por um controlador eletrônico. Um exemplo bem conhecido é o variador do tipo de tração por rolamento totalmente toroidal fornecido por Torotrak (Deve- lopment) Limited. Neste dispositivo, os cilindros do variador correm sobre, e servem para transférir a transmissão entre, pistas de entrada e saída de variador semi-toroidalmente re- cuado. Os cilindros são capazes de se movimentar para frente e para trás a longo de um caminho circunferencial em torno do eixo comum de pistas. O movimento ao longo desse caminho faz com que os cilindros direcionem a si próprios a uma nova orientação, e assim produzam uma mudança na relação de transmissão do variador. Assim há uma relação pre- determinada entre a posição dos cilindros e sua inclinação, uma característica não comparti- lhada com o tipo de variador semi-toroidal. Os cilindros são submetidos a (a) uma força con- trolado a partir de um ativador hidráulico e (b) uma força devida pela ação das pistas sobre os cilindros. A última força é proporcional ao "torque de reação" do variador, definido como a soma dos torques que atuam sobre as pistas de entrada e saída (ou seja, a soma dos tor- ques de entrada e saída do variador, ou equivalentemente o torque de rede que atua sobre o variador, o qual deve certamente ser reagido a suas montagens). Nesse sistema, pelo a- 5 juste da força do ativador hidráulico, o torque de reação do variador é diretamente configu- rada. A relação do variador assim não é diretamente controlada. As mudanças de velocidade que ocorrem na entrada e saída do variador são automaticamente acomodadas pelo varia- dor, cuja relação muda como necessário, sem precisar de qualquer entrada de controle, de acordo com tais mudanças.

Esse tipo de controle, envolvendo o ajuste de um torque de variador necessário e

permitindo que a relação do variador varie de acordo com as mudanças de velocidade resul- tantes em sua entrada e saída, será referido como "controle de torque".

Ambos os modos de controle têm certas vantagens. O controle da relação pode ser implementado em um meio simples, e mesmo em um sistema hidromecânico sem qualquer controlador eletrônico. O controle de torque, entretanto, permite que a transmissão se ajuste automaticamente para acomodar as influências externas. Considerando por exemplo o caso de um veículo de construção tal como um "carregador frontal", com um pá montada na fren- te, sendo usada para mover um monte de terra a partir de um lugar a outro. O veículo será movido para dentro do monte de terra para encher a pá, e será rapidamente trazido a uma parada. Em uma transmissão com relação controlada, se o motor não é desengatado neste ponto (por exemplo, desengrenando, se uma embreagem é fornecida) o resultado deve ser uma perda no motor. Em um transmissão com torque controlado, particularmente uma que seja capaz de proporcionar "marcha neutra" (redução infinita de velocidade), a relação pode mudar automaticamente para acomodar a desaceleração do veículo, sem qualquer entrada da transmissão.

A presente invenção pretende disponibilizar aspectos vantajosos tanto do torque como do controle da relação em uma única transmissão.

De acordo com a presente invenção, há uma transmissão continuamente variável que compreende um variador com uma peça de transferência de torque móvel cuja posição 30 corresponde a um relação de transmissão do variador e um ativador hidráulico arranjado para exercer uma força ajustável sobre a peça de transferência de torque, sendo que a transmissão ainda compreende um arranjo de controle de fluxo o qual é arranjado para re- ceber como entradas de controle (a) a posição atual da peça de transferência de torque e (b) uma posição necessária do peça de transferência de torque, e que é adaptada para su- 35 prir através de uma saída de suprimento que se comunica com o ativador hidráulico um flu- xo de fluido o qual é modulado de acordo com um erro entre as duas entradas de controle, de forma que o fluxo de fluido aumente com o erro crescente, uma passagem de alívio que direciona a partir da referida saída para um reservatório de pressão, a passagem de alívio sendo constrita de forma que o fluido que flui através da mesma resulta em uma pressão no ativador hidráulico que é maior do que aquela do reservatório por uma quantidade que cor- responde à relação de fluxo através da passagem de alívio.

A invenção pode fornecer um modo de controle o qual tenha alguma das vantagens tanto do torque como do controle da relação. Uma relação do variador necessária (que cor- responde a uma posição necessária do peça de controle de torque) é configurada, e a transmissão tende a adotar essa relação. Entretanto a relação é capaz de se desviar a partir do valor necessário sob a influência de torques de roda externamente aplicados (como por exemplo quando o veículo é trazido contra um monte de terra, no exemplo acima, ou quan- do ele está em um aclive). Quanto mais a relação se desvia do valor necessário, maior é o torque da roda exercido pela transmissão que tende a reduzir o desvio.

As modalidades específicas da presente invenção serão agora descritas, por meio de exemplo, apenas, com referência aos desenhos anexos, nos quais:-

A Figura 1 é uma representação altamente simplificada de um variador adequado para uso na realização da presente invenção;

A Figura 2 é um representação esquemática de uma transmissão continuamente variável (CVT) adequada para uso na realização da presente invenção; e

A Figura 3 é uma representação esquemática de um sistema de controle que incor- pora a presente invenção.

A Figura 1 representa um variador do tipo de tração por rolamento totalmente toroi- dal bem conhecido. A presente invenção tem sido desenvolvida em conexão com uma CVT que usa esse tipo de variador, o qual é particularmente bem adequado aos fins, mas a prin- cípio variadores de outro tipos poderiam ser usados. O variador 10 compreende pistas de entrada e saída 12, 14 montadas co-axialmente, lados adjacentes 6, 8 dos quais são recua- dos semi-toroidalmente e juntos definem uma cavidade geralmente toroidal 16 que contém uma peça de transferência de torque móvel na forma de um cilindro 18. De fato um variador tipicamente prático tem dois ou três tais cilindros distanciados em torno da cavidade 16 em intervalos circunferenciais. Cada cilindro 18 corre sobre os lados 6, 8 das respectivas pistas 12, 14 e assim serve para transmitir a transmissão de um para o outro. O cilindro 18 é capaz de se movimentar para trás e para frente ao longo de uma direção circunferencial em torno do eixo comum 20 das pistas 12, 14. Ele é também capaz de preceder. Ou seja, o eixo do cilindro é capaz de girar, mudar a inclinação do eixo cilindro para o eixo do disco, no exem- plo ilustrado, esses movimentos são fornecidos pela montagem giratória do cilindro 18 em um carreador 22 acoplado por uma haste 24 a um pistão 26 de um ativador 28. Uma linha

19 a partir do centro do pistão 26 ao centro do cilindro 18 constitui um eixo de precessão em torno do qual todo o conjunto pode girar. A precessão do cilindro resulta em mudanças dos raios do caminhos traçados sobre as pistas 12, 14 pelo cilindro, e assim em uma mudança de relação de transmissão do variador.

Deve-se observar que nesse exemplo o eixo de precessão 19 não fica precisamen- te em um plano perpendicular ao eixo comum 20, mas fica, ao invés disso, inclinado a esse plano. O ângulo de inclinação é marcado CA no desenho, e é conhecido como o "ângulo cáster". Na medida em que o cilindro se movimenta para frente e para trás ele segue um caminho circular centrado sobre o eixo comum 20. Além disso, a ação das pistas 12, 14 so- bre o cilindro cria um momento de direção o qual tende a mantê-lo em uma inclinação tal que o cilindro eixo intersecta o eixo comum 20. Essa interseção dos eixos pode ser mantida, apesar do movimento do cilindro para frente e para trás ao longo de seu caminho circular, em virtude do ângulo cáster. Na medida em que o cilindro se move ao longo de seu cami- nho, ele é também direcionado pela ação das pistas, fazendo com que ele preceda tal como a fim de manter a interseção dos eixos. O resultado é que a posição do cilindro ao longo de seu caminho corresponde a uma certa inclinação do cilindro e assim a uma certa relação de transmissão do variador.

O ativador 28 recebe pressões de fluido hidráulico opostas através de linhas de su- primento 30, 32. A força assim criada pelo ativador 28 impulsiona o cilindro ao longo de seu caminho circular em torno do eixo comum 20, e em equilíbrio ele é balanceado por forças exercidas sobre o cilindro pelas pistas 12, 14. A força exercida pelas pistas é proporcional à 20 soma dos torques externamente aplicados às pistas do variador. Essa soma - a torque de entrada do variador mais o torque de saída do variador - é o torque de rede que deve ser reagido às montagens do variador, e é referido como o torque de reação.

Observando agora a Figura 2, um motor é representado por um caixa ENG, o varia- dor por um círculo V e uma engrenagem epicíclica de derivação por uma caixa E. A entrada 25 do variador é acoplada ao motor através da engrenagem R1, R2. Sua saída é acoplada a um primeiro eixo de entrada S1 do derivação epicíclico E. Um segundo eixo de entrada S2 da derivação epicíclica E é acoplado através de embreagem com relação fixa R1, R3 ao motor. Um eixo de saída S3 do derivação epicíclico E é acoplada através de embreagem R4 a ponto de uso de energia, nesse caso as rodas W de um veículo motorizado. A operação e 30 a construção de embreagem epicíclica é muito bem conhecida, e não é descrita neste. A velocidade do eixo de saída S3 pode ser expressa como uma função das velocidades dos eixos de entrada S1, S2. Em alguma relação de transmissão do variador, as velocidades de

S1 e S2 cancelam uma a outra e a velocidade de saída em S3 é zero seja qual for a veloci- dade do motor. Essa é a condição de "marcha neutra" referida acima. As taxas de transmis- são do variador para um lado da marcha neutra produzem a rotação da saída S3 em uma direção e as taxas de transmissão do variador para o outro lado da marcha neutra produzem a rotação da saída S3 na direção oposta. Assim pelo ajuste da relação de transmissão do variador, é possível mover a partir da transmissão para frente, através da inversão da marcha neutra.

Um arranjo de controle que incorpora a presente invenção será agora descrito com referência à Figura 3, no qual o ativador de controle do variador e o pistão são mais uma vez marcados como 28 e 26 respectivamente. O arranjo serve para controlar as pressões hi- dráulicas aplicadas ao ativador 28 através das linhas de suprimento 30, 32 para controlar o variador.

Uma peça de controle de relação operável por um usuário é observada em 50 no desenho. A peça de controle de relação é operacionalmente acoplada aos cilindros do varia- dor. O usuário move essa peça para controlar a relação adotada pelo variador e assim pela transmissão como um todo. A relação do variador é uma função da posição da peça de con- trole de relação. A peça de controle de relação é móvel através de uma variação contínua, indicada por setas no desenho, a partir de uma posição relação máxima para frente através de uma posição de marcha neutra a uma posição relação reversa máxima. A variação das taxas para frente e reversas será tipicamente diferente, disponibilizando maiores velocida- des de saída para frente do que para trás. A peça de controle de relação é formada nessa modalidade por uma alavanca manual. Poderia ser alternativamente um pedal. São conhe- cidos mecanismos de pedal onde a transmissão, que usa tanto a bola como o calcanhar do pé, pode balançar o pedal para ambos os lados de uma posição neutra. Esses seria ser bem adequadas nesse contexto, mas um alternativa seria dar à transmissão dois pedais - uma transmissão para frente e outra para trás.

O dispositivo usado para acoplar operacionalmente a peça de controle de relação aos cilindros do variador é observada no desenho e é hidro-mecânica. Para resumir breve- mente seus principais componentes, ele utiliza um arranjo comparador 52 o qual recebe e compara (a) a posição da peça de controle de relação 50 e (b) a posição dos cilindros do variador 18, e em resposta modula uma força para mover os cilindros na direção da posição determinada pelo usuário através da peça de controle de relação 50. Essa força é fornecida através de um arranjo controle de cilindro hidráulico 54 suprindo a pressão de fluido ao ati- vador 28. O usuário é fornecido com um controle de liberação de torque 58 o qual, atua a- través de um dispositivo de liberação de torque 60, serve para operacionalmente desacoplar a peça de controle de relação 50 a partir do variador e assim reduzir ou mesmo zerar o tor- que de reação do variador, assim fornecendo funcionalidade que é de alguns modos simila- res àquele fornecido por uma embreagem em um transmissão manual convencional. Ao u- suário é também fornecido um controle 112 para ajustar o desempenho da transmissão, co- mo será explicado abaixo.

Esses aspectos serão agora descritos em mais detalhe, começando com o arranjo comparador 52. Na presente modalidade o comparador usa um sistema de alavancas mecânicas. A alavanca que forma a peça de controle de relação 50 é girada em torno de um ponto de a- poio fixo 62 e se estende além do ponto de apoio a uma ligação central com uma peça co- nectora 64, a qual por sua vez tem um primeiro engate central do comparador 65 a uma bar- ra do comparador 66. Assim o movimento da peça de controle da relação 50 move o primei- ro engate da barra do comparador do comparador 65.

O pistão 26 é acoplado a um segundo engate do comparador 72 da barra do com- parador. Qualquer número de mecanismos adequados para esse fim poderia ser inventado, mas na presente modalidade esse acoplamento é feito através de um cabo 68, tal como um cabo Bowden, capaz de aplicar força em ambas as direções. Assim a posição do segundo engate do comparador 72 corresponde à posição do cilindro variador 18, e assim à relação do variador.

Entre o primeiro e o segundo engate do comparador 65, 72, a barra do comparador 66 tem uma ligação de referência 74 a um barra de controle da válvula 76 levando por sua vez até uma válvula de controle do variador 78. O efeito do arranjo comparador 52 é confi- gurar o estado do válvula de controle do variador 78 sobre a base de um comparação de relação do variador contra a posição da peça de controle de relação 50.

A válvula de controle do variador 78 forma a peça do arranjo de controle do cilindro 54. Ela tem uma porta a qual recebe o fluido pressurizado através da linha de fluido 80 a partir de uma bomba 82. A bomba 82 retira de um cárter inferior 84 e é fornecida com uma válvula de alívio 86. A válvula de controle do variador 78 tem portas que se comunicam com duas linhas de suprimento S1, S2 arranjadas para suprir fluido respectivamente aos lados opostos do pistão do variador 26. A pressão em S1 impulsiona o pistão 26 um meio. A pres- são em S2 impulsiona it o outro meio. A válvula de controle do variador 78 é uma válvula proporcional com três estados. Em um, ela aplica fluido pressurizado a partir da bomba 82 para SI. Em outro, ela aplica o fluido a S2. No terceiro e intermediário estado, ela isola S1 e

S2 da bomba.

Considere o que acontece quando o sistema tendo ficado em um estado de equilí- brio, o usuário move a peça de controle de relação 50. Isso produz uma disparidade entre a posição da peça controle e a relação do variador. O primeiro engate do comparador 65 é movido. Nesse exemplo, levemos em conta que o movimento é para a esquerda como visto. Assim o engate de referência 74 é também movido para a esquerda, fazendo com que a válvula de controle do variador 78 adote seu segundo estado, aplicando a pressão da bom- ba a S2 e ventilando S1 ao cárter inferior. A pressão resultante sobre o pistão 26 o impulsio- na para a esquerda, como visto, movendo o pistão e mudando a relação do variador. Esse movimento é transmitido através do engate de cabo 68, movendo o segundo engate do comparador para a direita. Quando esse movimento para a direita do segundo engate do comparador é suficiente para cancelar o movimento para a esquerda do primeiro engate do comparador, a válvula de controle do variador 78 volta para a sua terceira posição a fim de manter a pressão e a posição do pistão.

Isscré em efeito üm sistema servo para controle de cilindro posição que usa feed- back de posição de ativação hidráulica e mecânica.

Em vista agora do controle de liberação de torque 58, esse pode, por exemplo, ser uma alavanca ou pedal. Pelo uso do controle 58, a transmissão é capaz de reduzir e mesmo configurar a zero a força aplicada aos cilindros do variador. Nesse meio torque de reação do variador é ajustado de modo similar a zero, e o variador é tido como incapaz de manter um 10 torque de saída à transmissão das rodas do veículo. O efeito é semelhante ao desengrenar em uma transmissão manual convencional, no que evita que a transmissão aplique o torque às rodas do veículo, mas é alcançado sem qualquer desacoplamento físico do motor a partir das rodas. Ao invés disso se baseia em desacoplar operacionalmente os cilindros do varia- dor a partir da peça de controle de relação 50. A peça de controle de liberação de torque 58 15 age sobre um dispositivo de liberação de torque 60 formado nessa modalidade como uma válvula de liberação de torque levando de uma linha de suprimento de fluido S1 para o outro S2. Quando aberta, fornece uma via para equalização de pressões nas linhas de suprimento S1 e S2. Com pouca ou nenhuma diferença de pressão através do pistão, nenhuma força significativa é aplicada aos cilindros do variador e assim nenhum torque de reação significa- 20 tivo pode ser sustentado. O fechamento da válvula de liberação de torque 60 restabelece o torque de reação. A válvula 60 é uma válvula proporcional de forma que o usuário pode ajus- tar seu grau de abertura, e desse modo configura válvulas intermediárias de torque de rea- ção, o efeito novamente sendo muito parecido com a liberação progressiva de um pedal de embreagem em uma transmissão manual convencional.

O controle de liberação de torque pode ser usada analogamente ao tipo de disposi-

tivo de lançamento descrito acima, por primeiro ajustar a peça de controle de relação 50 à demanda de transmissão para frente ou reversa e então progressivamente fechar a válvula de liberação de torque 60 para trazer a relação de um modo controlado ao valor necessário, fazendo com que o veículo acelere a partir do repouso. O controle de liberação de torque 30 pode ser usado para gentilmente "avançar gradualmente" o veículo na direção de uma posi- ção desejada, como quando estiver estacionado. Nesse caso ele serve para limitar o torque da roda, novamente de uma maneira muito mais similar à embreagem convencional. O con- trole de liberação de torque também pode ser usado para liberar qualquer torque de deslo- camento, por exemplo, quando o veículo é estacionado com o motor em funcionamento. 35 Observe entretanto que o usuário pode também controlar a transmissão sem o uso desse controle. Por exemplo, ele pode "alternar" do sentido para frente e para trás e vice versa usando apenas a peça de controle de relação 50. A Figura 3 também mostra um arranjo de válvula borboleta com maior pressão 90 o qual serve para ligar quaisquer das linhas de suprimento S1, S2 é a maior pressão para um ativador de carga terminal 92 cuja função é impulsionar as pistas do variador 12, 14 juntas, como é bem conhecido no técnica.

O circuito ilustrado é configurado para fornecer quando possível uma queda de

pressão constante através da válvula de controle do variador 78. Na modalidade ilustrada, isso é conseguido através de uma válvula de controle de pressão para frente 96 cujo estado é controlado por dois sinais de pressão pilotos opostos. O primeiro destes é tomado através de uma linha 98 a partir do arranjo de válvula borboleta com maior pressão 90, e assim cor- 10 responde à mais alta das pressões em S1 e S2. O segundo é tomado através de uma linha 100 conectada à saída da bomba e assim corresponde à pressão de saída da bomba. No exemplo ilustrado, os sinais de pressão pilotos são aplicados aos terminais opostos da bobi- na da válvula. Em resposta a seus sinais pilotos, a válvula de controle de pressão para fren- te 96 seletivamente abre e fecha uma linha de alívio 102 que leva ao cárter inferior. Assim 15 serve para comparar as pressões da válvula de entrada e de saída de controle do variador 78, e em resposta ventila a pressão de entrada como necessário par fornecer uma queda de pressão constante através da válvula de controle do variador 78. Como um resultado, o fluxo de fluido fornecido através da válvula de controle do variador (ou seja, o volume de fluido fornecido por unidade de tempo) varia como uma função da abertura dessa válvula, e assim 20 como uma função de relação de erro de variador. Mais especificamente é substancialmente proporcional ao erro na posição do cilindro. Para aprecia o porquê, observe primeiro que a válvula de controle do variador 78 é uma válvula proporcional - ou seja, sua seção transver- sal através do fluxo aumenta com crescente deslocamento da bobina. Assim na medida em que o erro da posição do cilindro aumenta, essa seção transversal aumenta corresponden- 25 temente e um maior fluxo é necessário a fim de manter a queda de pressão através da vál- vula.

De acordo com a presente invenção, o circuito ilustrado ainda incorpora uma pas- sagem constrita para retirar o fluxo do fluido a partir da linha de alta pressão S1/S2. Na mo- dalidade ilustrada a passagem constrita UO é conectada entre as duas linhas de suprimento 30 S1 e S2, de forma que o fluido que flui através da mesma a partir da linha com maior pres- são para a linha com menor pressão. Uma característica opcional encontrada na presente modalidade é que a constrição da passagem 110 é ajustável, a fim de fornecer uma relação variável entre a relação de fluxo através da mesma e a pressão através da mesma. Nesse exemplo a transmissão é fornecida com um controle tal como um dial 112 o qual é mecani- 35 camente acoplado a um orifício ajustável na passagem constrita 110 para variar sua seção transversal. O orifício pode ser fechada ao mesmo tempo, para evitar o fluxo através da passagem constrita 110. Um orifício pontiagudo é usado na presente modalidade, já que seu característica pressão/fluxo é afetada apenas levemente por mudanças na viscosidade do fluido (por exemplo, com mudanças na temperatura, na medida em que a transmissão a- quece com o uso). Outro tipos de constrição poderiam entretanto ser usados na passagem para fornecer uma característica pressão/fluxo desejada.

Quando a passagem constrita 110 é fechada, e a válvula de liberação de torque 60

é também fechada, o sistema ilustrado fornece o controle da relação. O usuário configura uma demanda de relação através da peça de controle de relação 50 e os cilindros são mo- vidos às posições correspondentes pelo arranjo de controle de cilindro 54 e comparador 52, A menos que a capacidade da bomba seja excedida, a hidráulica evitará que a forma da 10 relação se desvie significativamente do valor necessário. Considerando novamente o exem- plo de um veículo de construção tipo "carregador frontal” sendo dirigido para dentro de um monte de terra. Tal veículo com a transmissão ilustrada, operada nessa condição, sofreria mais provavelmente uma perda no motor na medida em que a terra é trazida a uma parada.

Entretanto, considerando como a função do sistema é modificada quando uma a- bertura conscrita é fornecida para fluxo através da passagem 110. O fluxo que entra nas linhas S1/S2 devido a um erro de relação pode então passar através do orifício, permitindo que a relação se desvie a partir do valor necessário. Entretanto o fluxo através do orifício cria uma diferença de pressão através do mesmo, de forma que os cilindros continuam a ser submetidos a uma força que tende a reduzir o erro da relação. Como explicado acima, o fluxo para dentro de S1/S2 aumenta com erro de relação crescente. Assim a pressão cai através da passagem constrita 110 de modo similar aumenta com relação erro, e uma rela- ção é estabelecida entre o erro da relação e a pressão diferencial através dos pistões 26, e assim o torque de saída do variador. Ajustar a abertura da passagem constrita 110 permite que essa relação seja mudada. Um grande abertura fornece um menor torque de saída para um dado erro de relação.

No exemplo de um carregador frontal sendo dirigido para dentro de um monte de terra, o variador irá agora automaticamente reduzir a marcha, em resposta ao torque da roda aumentado, na medida em que o veículo chega a uma parada. A multiplicação do torque a partir do motor para as rodas é aumentada e a perda de motor pode ser evitada. A movimen- 30 tação da peça de controle da relação 50 serve então para ajustar o erro da relação e assim o torque da roda, ao invés da relação de transmissão.

A modalidade descrita acima serve como um exemplo apenas de uma possível im- plementação da presente invenção, diversas outras formas de introduzir a invenção na práti- ca são possíveis. Como um exemplo, o arranjo de alavanca usado para comparar a posição do cilindro e a relação necessária poderiam ser substituídos por um tipo de válvula bem co- nhecido no qual o bobina e luva são móveis pelos cilindros e a peça de controle de relação.

Claims (12)

1. Transmissão continuamente variável, CARACTERIZADA pelo fato de que com- preende um variador com uma peça de transferência de torque móvel cuja posição corres- ponde a uma relação de transmissão do variador e um ativador hidráulico arranjado para exercer uma força ajustável sobre a peça de transferência de torque, a transmissão ainda compreende um arranjo de controle de fluxo o qual é arranjado para receber como entradas de controle (a) a posição atual da peça de transferência de torque e (b) uma posição neces- sária da peça de transferência de torque, e o qual é adaptado para suprir através de uma saída de suprimento a qual se comunica com o ativador hidráulico um fluxo de fluido o qual é modulado de acordo com um erro entre as duas entradas de controle, de forma que o flu- xo de fluido aumenta com erro crescente, uma passagem de alívio que direciona da referida saída a um reservatório de pressão, a passagem de alívio sendo constrita de forma que flui- do que flui através da mesma resulta em uma pressão no ativador hidráulico que é maior do que aquela do reservatório por uma quantidade que corresponde à taxa de fluxo através da passagem de alívio.

2. Transmissão continuamente variável, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o arranjo de controle de fluxo compreende uma válvula de controle do variador que controla uma conexão entre uma bomba e a referida saída de suprimento, e uma válvula de controle de pressão a qual seletivamente escapa a pressão da bomba a fim de manter um queda de pressão constante através da válvula de controle do variador.

3. Transmissão continuamente variável, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que ainda compreende um comparador mecânico o qual recebe entradas mecânicas que correspondem à posição atual da peça de transferência de torque e a uma posição necessária do peça de transferência de torque, e que fornece à vál- vula de controle do variador uma saída mecânica que corresponde ao erro entre as duas.

4. Transmissão continuamente variável, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que o comparador compreende uma alavanca com primeiro engate do comparador o qual é mecanicamente acoplado a um controle móvel pela trans- missão para indicar a posição necessária da peça de transferência de torque, um segundo engate do comparador o qual é acoplado à peça de transferência de torque, e um engate de referência o qual está entre o primeiro e segundo engates do comparador e o qual é acopla- do à válvula de controle de pressão.

5. Transmissão continuamente variável, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que a constrição da passagem de alívio é ajustável.

6. Transmissão continuamente variável, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que a seção transversal da passagem de alívio é ajustável pela transmissão.

7. Transmissão continuamente variável, de acordo com a reivindicação 5 ou a rei- vindicação 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a passagem de alívio é capaz de ser fe- chada. 1508

8. Transmissão continuamente variável, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o variador é do tipo que cria um tor- que de reação que corresponde à força aplicada pelo ativador hidráulico.

9. Transmissão continuamente variável, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o variador é um tipo toroidal pista, a peça de transferência de torque móvel sendo um variador cilindro correndo sobre pistas do variador semi-toroidalmente recuado.

10. Transmissão continuamente variável, de acordo com qualquer uma das reivindi- cações anteriores, CARACTERIZADA pelo fato de que o ativador hidráulico é um pistão de dupla ação e dispositivo cilíndrico arranjado para, e no qual o arranjo de controle de fluxo tem duas saídas para suprir seletivamente o fluxo de fluido para um lado do pistão e para o outro.

11. Transmissão continuamente variável, de acordo com a reivindicação 10 CARACTERIZADA pelo fato de que a passagem de alívio direciona a partir de um lado do pistão para o outro, de forma que o lado com menor pressão do pistão serve como o reser- vatório de pressão.

12. Transmissão continuamente variável CARACTERIZADA pelo fato de que é substancialmente como descrito neste com referência a, e como ilustrado em, a Figura 3.