BRPI0803710B1 - processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos - Google Patents

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Abstract

processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos. os processos industriais relacionados ao ciclo do combustível nuclear, e outras atividades nucleares, dão origem a quantidades variáveis de materiais contaminados superficialmente pela presença de diversos radionuclídeos, principalmente urânio e tório. o manuseio de compostos contendo radionuclídeos, seja na forma de soluções liquidas, seja na forma de material particulado, provoca a contaminação superficial de estruturas e equipamentos. em especial, as operações de desmantelamento e de descomissionamento de instalações nucleares e radioativas tais como reatores, unidades dedicadas ao processamento e manuseio de radioisótopos e instalações dedicadas ao ciclo do combustível nuclear, dão origem a grandes quantidades de rejeitos radioativos, consistindo principalmente de componentes, estruturas e peças metálicas, contaminados superficialmente. uma condição, em especial, cria sérias dificuldades para a efetiva descontaminação radioativa. é o caso, por exemplo, da condição existente quando ocorre a corrosão em estruturas de aço carbono e são aplicadas pinturas protetoras nessas mesmas estruturas, em ambientes que manuseiam produtos radioativos. em geral, a presença de revestimentos protetores, como por exemplo, a pintura em estruturas metálicas com contaminação radioativa superficial, dificulta significativamente, e até mesmo impede, a descontaminação por diversos métodos. a invenção refere-se a um novo processo para remoção de contaminantes radioativos da superfície de peças e estruturas metálicas. o processo utiliza banho de sais em fusão, ou seja, no estado liquido, em temperaturas entre 250 e 1000<198>c, para descontaminar peças e componentes metálicos, particularmente aqueles constituídas de aço carbono e que receberam aplicações de tinta, ou outros revestimentos orgânicos similares, como agente protetor contra a corrosão. o sal pode ter composição variável, empregando preferencialmente aqueles constituídos de carbonatos e sulfatos, puros ou em misturas com hidróxidos. a composição e a temperatura na qual o processo é realizado determinam a agressividade do ataque e, conseqúentemente, a eficácia do método de descontaminação. o sal é contido em um vaso, ou reator químico, cujo aquecimento pode ser elétrico resistivo ou por arco elétrico, ou ainda por combustão de gás ou outro combustível. as peças e componentes são imersos no banho salino por tempos variáveis, dependendo do seu estado de contaminação e presença de corrosão. mesmo componentes com formas complexas e inclusive o interior de peças, como tubos e válvulas, podem ser efetivamente descontaminadas por este método.

Description

(54) Título: PROCESSO DE DESCONTAMINAÇÃO RADIOATIVA DE PEÇAS, COMPONENTES E ESTRUTURAS METÁLICAS EM BANHO DE SAIS FUNDIDOS (73) Titular: COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. CGC/CPF: 00402552000126. Endereço: Rua General Severiano, 90, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL(BR) (72) Inventor: PAULO ERNESTO DE OLIVEIRA LAINETTI.
Prazo de Validade: 10 (dez) anos contados a partir de 04/12/2018, observadas as condições legais
Expedida em: 04/12/2018
Assinado digitalmente por:
Liane Elizabeth Caldeira Lage
Diretora de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados
1/11
Pedido de Patente de invenção “Processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos”
Finalidade da Invenção:
[001] A invenção refere-se a um novo processo para remoção de contaminantes radioativos da superfície de peças e estruturas metálicas, particularmente aquelas constituídas de aço carbono e que receberam aplicações de tinta, ou outros revestimentos orgânicos similares, como agente protetor contra a corrosão. Os processos industriais relacionados ao Ciclo do Combustível Nuclear e outras atividades nucleares dão origem a quantidades variáveis de materiais contaminados superficialmente pela presença de diversos radionuclídeos, principalmente urânio e tório. O manuseio de compostos contendo radionuclídeos, seja na forma de soluções ácidas ou alcalinas, seja na forma de material particulado, provoca a contaminação superficial de estruturas e equipamentos. Em especial, as operações de desmantelamento e de descomissionamento de instalações nucleares e radioativas tais como reatores, unidades dedicadas ao processamento e manuseio de radioisótopos e instalações dedicadas ao Ciclo do Combustível
Nuclear, dão origem a grandes quantidades de rejeitos radioativos consistindo principalmente de componentes, estruturas e peças metálicas, contaminados superficialmente.
[002] Na tentativa de reduzir a quantidade de rejeitos radioativos, diversos métodos têm sido desenvolvidos e empregados para remover a contaminação superficial. Banhos com soluções de ácidos, como o difosfônico (Purohit, Ankur et al. US6504077), soluções de ácido nítrico e permanganato de potássio (Guy, B. et al. US5093072), géis e espumas baseadas em soluções de ácido difosfônico - HEDPA (Nunez, Luiz et al. US20060217584), remoção de contaminação radioativa de superfícies metálicas com feixe de
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2/11 laser (Li, Lin et al. US 6444097), jateamento com areia (Kom, R et al. US
3778938), ultrasom (Sachs,Samuel ET al. US 4375991) são alguns dentre os diferentes métodos empregados para a descontaminação radioativa. A existência de diversos métodos é uma indicação clara de que não há nenhum processo que seja satisfatório em todas as diferentes situações.
[003] Uma condição, em especial, cria sérias dificuldades para a efetiva descontaminação radioativa. È o caso da condição existente quando ocorre a corrosão em estruturas de aço carbono e são aplicadas pinturas protetoras nessas mesmas estruturas, em ambientes que manuseiam produtos radioativos. Em geral, a presença de revestimentos protetores, como a pintura, por exemplo, em estruturas metálicas com contaminação radioativa superficial, dificulta, e até mesmo impede, a descontaminação por diversos métodos.
[004] Frequentemente, o principal material estrutural utilizado nas instalações nucleares é o aço carbono. Como proteção contra a corrosão, estas estruturas recebem aplicação de tintas (pintura), como forma de reduzir a taxa de corrosão e para aumentar a sua vida útil. Nas operações do ciclo do combustível nuclear, é praticamente inevitável a ocorrência de deposição de líquidos e de poeira radioativos sobre as estruturas. Devido ao ambiente existente nos processos do ciclo, com manuseio de agentes químicos agressivos, como ácidos, bases e solventes orgânicos, a pintura é atacada e o aço corroído. As estruturas de aço carbono corroídas são pintadas novamente na tentativa de conter a oxidação e a corrosão. A contaminação radioativa é constatada principalmente nas partes mais oxidadas e corroídas das superfícies, penetrando o metal, e nas reentrâncias e saliências das estruturas.
Com pinturas adicionais, a contaminação radioativa é fixada sob camadas de tinta, dificultando, e até mesmo impossibilitando, a descontaminação.
[005] Com a contaminação, materiais que poderíam ser reciclados devem ser tratados como lixo radioativo de média ou de baixa atividade, representando um custo considerável. O descarte e a disposição final de materiais como lixo radioativo apresenta um custo extremamente elevado,
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3/11 principalmente ao se levar em conta o grande volume de rejeito gerado em determinadas operações. Os rejeitos radioativos deverão ser, neste caso, armazenados em tambores ou outros recipientes como caixas metálicas especiais. A segregação e contenção de rejeitos radioativos, em tambores e outros tipos de recipientes, decorre da necessidade de proteger o meio ambiente e os indivíduos do público dos riscos de exposição à radiação e de incorporação de materiais radioativos na forma particulada. As estruturas metálicas contaminadas deverão ser segmentadas em dimensões compatíveis com os recipientes de armazenamento. Adicionalmente, estes recipientes deverão receber uma argamassa de cimento para imobilização dos rejeitos. Além do custo dos materiais necessários ao processo de acondicionamento de acordo com as normas vigentes, há necessidade do uso intensivo de mão-deobra para a realização das operações. Tais operações devem ser executadas com o uso de diversos e custosos equipamentos de proteção individual.
[006] Alguns problemas podem ser decorrentes do armazenamento dos resíduos radioativos. Tambores de aço podem apresentar corrosão, aumentando o risco de vazamento, e reduzindo o tempo de vida útil dessas embalagens. A deterioração dos tambores determina a necessidade de sua substituição por outros tambores, com dispêndio de mão-de-obra e utilização intensiva de equipamentos de proteção individual adequados ao manuseio de materiais radioativos. Portanto, os tambores e outros recipientes de armazenamento do rejeito radioativo devem atender às especificações da legislação no que diz respeito às características construtivas, em termos de resistência mecânica e resistência à corrosão, devendo proporcionar proteção razoável quanto à ação do tempo e do material contido. Estas características implicam em custos adicionais de produção dos recipientes e, portanto, nos custos de armazenamento. Além dos custos do acondicionamento e do armazenamento em depósitos especiais por períodos extremamente longos, há que considerar o desperdício representado pela disposição como rejeito radioativo de materiais que poderíam ser reciclados.
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4/11 [007] Portanto, o reaproveitamento de materiais estruturais contaminados, que podem ser reciclados como sucata comum, evitando-se a geração dos resíduos radioativos, depende principalmente da remoção da contaminação radioativa superficial existente. Em muitos casos, somente com a remoção simultânea do revestimento e das áreas corroídas e oxidadas é possível obter-se uma estrutura metálica livre dos contaminantes radioativos. A prevenção da poluição deve dar ênfase às tecnologias de redução, em relação à reciclagem, pela redução da geração dos rejeitos. Contudo, se redução na geração não é possível, a reciclagem é uma alternativa boa para reduzir o volume de rejeito gerado. A tecnologia mais limpa deve reduzir a quantidade, a toxicidade ou ambas para o rejeito produzido.
[008] Diversos métodos podem ser utilizados para a remoção da corrosão presente nas estruturas metálicas e para a sua descontaminação radioativa superficial. Deve ser levado em conta, neste caso, que não há necessidade de um bom acabamento superficial final, uma vez que o objetivo é a liberação dos componentes estruturais para que possam ser tratados como sucata de aço, a ser reutilizada ou reciclada. Contudo, métodos de descontaminação que dêem origem a material particulado fino em suspensão deveríam ser evitados para que não ocorram riscos de incorporação pelos trabalhadores e a dispersão da contaminação no meio ambiente.
[009] Os métodos de descontaminação poderíam ser classificados em químicos e físicos. Entre os métodos químicos, podem ser citados métodos químicos de decapagem, como a lixiviação por meio de soluções ácidas ou alcalinas, assim como a utilização de géis e espumas. Estes métodos apresentam como desvantagem a geração de grandes volumes de soluções contendo compostos radioativos dissolvidos e nem sempre apresentam resultados satisfatórios quando existe uma camada de tinta protetora.
[010] Outros métodos químicos, como o emprego de solventes químicos para remoção da tinta, apresentam, como principal limitação, a introdução de poluentes orgânicos persistentes no meio ambiente, presentes nos compostos
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5/11 utilizados na fabricação destes produtos. Ou seja, a remoção das tintas, com solventes orgânicos fortes, tem como desvantagem a geração de gases e vapores perigosos, já que costumam liberar Compostos Orgânicos Voláteis VOCs e Poluentes Orgânicos Persistentes - POPs, o que vem contrariando as recomendações de diversas agências ambientais e apresenta riscos de saúde aos trabalhadores. Por esta razão, os organismos ambientais de diversos países não recomendam o emprego deste tipo de produto.
[011] Métodos físicos, como a lavagem com emprego de água a altas pressões, e outros que empregam jateamento, abrasão e ultra-som, também apresentam limitações e inconvenientes. A lavagem com jato de água a altas pressões dispersa a contaminação, porque dá origem a aerossóis com partículas radioativas, além de nem sempre remover a contaminação existente sob camadas de pintura. Já outros métodos físicos, como o jateamento e a abrasão por lixamento ou escovação, dão origem a material sólido particulado radioativo em suspensão, o que aumenta a dispersão da contaminação no ambiente e aumenta os riscos de incorporação de partículas radioativas pelos trabalhadores envolvidos nas operações de descontaminação. É o caso, por exemplo, do emprego do jateamento com materiais abrasivos (areia, granalha de aço, esferas de vidro, etc.). Embora apresente elevada eficácia na remoção dos produtos da corrosão e dos revestimentos superficiais, dá origem a poeira radioativa. Além disso, esses métodos físicos exigem grande emprego de mãode-obra, aumentando a dose decorrente da taxa de exposição dos trabalhadores. Outro aspecto importante do ponto de vista da saúde ocupacional, é o ruído bastante elevado gerado nestes processos. Outra limitação decorre da dificuldade, ou impossibilidade, do emprego destes métodos (jatos d’água e de abrasivos) no interior de estruturas e em tubulações, além de demandar tempo considerável quando utilizados e m estruturas com formas complexas, como barras perfuradas e/ou nervuras.
[012] As técnicas que utilizam ultra-som, por sua vez, exigem equipamento de alta potência, caro e que nem sempre apresenta resultados
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6/11 plenamente satisfatórios, quando empregados em estruturas metálicas pintadas ou com outros revestimentos. Além disso, dão origem a grandes volumes de soluções contaminadas, que necessitam de tratamento posterior, já que o processo é realizado em meio líquido. Outro método possível utiliza banhos químicos combinados com ultra-som, aplicáveis mesmo a componentes com formas complexas e a superfícies interiores. Contudo, quando a contaminação foi fixada com aplicação de camadas de tinta adicionais, a sua remoção é praticamente impossível com as potências usuais
Características da Invenção [013] A despeito de banhos de sais fundidos já serem utilizados em processos industriais de remoção de revestimentos protetores, constituídos de compostos orgânicos, não foram encontradas referências na literatura quanto ao seu emprego para a remoção de contaminação radioativa de estruturas metálicas pintadas.
[014] A invenção caracteriza-se por ser um processo de descontaminação de estruturas metálicas, particularmente aquelas constituídas de aço carbono com aplicação de pinturas protetoras, por meio da imersão das peças em um banho de sais em estado de fusão. O processo baseia-se na oxidação química dos componentes orgânicos do revestimento. O banho salino pode apresentar composições variáveis, tais como sais de elementos alcalinos ou alcalinos terrosos, bases ou suas misturas em diferentes proporções. A variação da composição, inclusive com emprego de misturas eutéticas, permite obter uma ampla gama de temperaturas de fusão. A priori, a tinta ou revestimento são decompostos quimicamente nas temperaturas em que o processo é realizado, com os componentes orgânicos sendo oxidados a CO2(g) e H2O(v), que são liberados como emissões gasosas. Os produtos da corrosão e da oxidação presentes nas estruturas metálicas, misturados a compostos radioativos, principalmente de urânio e/ou de tório, são retidos como óxidos no banho salino.
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7/11 [015] A mistura salina deve ter temperatura de fusão a mais baixa possível, desde que seja possível a oxidação do revestimento e remoção dos contaminantes radioativos. A temperatura de fusão mais baixa pode ser obtida com emprego de misturas salinas, inclusive aquelas de composição eutética como, por exemplo, a mistura de 59% (em massa) de hidróxido de sódio e 41% (em massa) de carbonato de sódio, cuja temperatura de fusão é de 286 °C. Outros sais podem ser adicionados à mistura de forma a promover a oxidação dos componentes do revestimento. É o caso do emprego, por exemplo, de nitratos e nitritos de sódio, potássio, e outros metais alcalinos e alcalinos terrosos.
[016] Com a descontaminação das estruturas, por imersão em sais fundidos, o volume de rejeito radioativo gerado é reduzido em várias ordens de magnitude, permitindo que sucata metálica seja reutilizada como matéria prima para novos produtos. Obtém-se uma redução do volume de rejeitos radioativos e, conseqüentemente, uma redução na necessidade de embalagens caras, na mão-de-obra para corte e acondicionamento das estruturas, nos equipamentos de proteção individual necessários às operações (roupas especiais, calçados, luvas, respiradores e filtros, que por sua vez constituem novos rejeitos radioativos após determinado tempo de uso) e, finalmente, no espaço especial necessário para a estocagem de embalagens contendo rejeitos radioativos.
Descrição do Processo [017] O sistema em que o processo é realizado, o qual faz referência às seguintes etapas e condições, conforme o fluxograma da figura 1, é constituído de um recipiente para contenção do banho salino e de um sistema de aquecimento, que proporcione a fusão do sal. Sais, como carbonato de sódio puro, ou bases, como hidróxido de sódio puro, ou ainda suas misturas (por exemplo, carbonato de sódio e hidróxido de sódio), inclusive com outros sais (por exemplo, carbonato de sódio e nitrato ou nitrito de sódio), são colocados no interior do vaso de contenção (1), que deve ser resistente ao calor e à
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8/11 corrosão salina. O recipiente é aquecido até temperaturas superiores às da temperatura de fusão dos sais ou compostos puros, ou das misturas de compostos, as quais compreendem a faixa de 250°C a 1000°C (2). O aquecimento pode ser obtido com emprego de fornos resistivos ou a arco elétrico.
[018] As peças contaminadas, em dimensões compatíveis com a capacidade do vaso de contenção, são imersas no banho salino, suspensas por dispositivos metálicos, por períodos de tempo variáveis, desde alguns segundos até 20 minutos, com ou sem o emprego de agitação (3). O conjunto constituído pelo vaso de contenção e o respectivo sistema de aquecimento é colocado sob um sistema de exaustão. Neste processo, ocorre a oxidação dos componentes orgânicos do revestimento à medida que as peças são imersas no sal em fusão. Como resultado da oxidação desses componentes orgânicos do revestimento, há formação de CO2 e água no estado de vapor, que são continuamente retirados, como emissões gasosas, pelo sistema de exaustão. Componentes inorgânicos da tinta, como metais, são transformados em óxidos e retidos no banho na forma de uma dispersão. Os produtos da oxidação e da corrosão da estrutura metálica em tratamento também são removidos da superfície e retidos no banho salino, juntamente com os óxidos dos materiais radioativos contaminantes como, por exemplo, urânio e tório, retidos respectivamente como óxidos, ou seja, UO3 e / ou U3O8 e ThO2.
[019] Removida a peça, ou componente, do banho salino, ela é resfriada ao ar por alguns segundos ou minutos, dependendo das suas dimensões e sua massa total, sendo em seguida submetida a uma lavagem, e simultânea neutralização dos compostos eventualmente aderidos à peça, com uma solução ácida, que pode ser preferencialmente de ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico ou soluções mistas de ácidos (4). Esta lavagem tem o objetivo de reagir e remover o sal solidificado remanescente na peça, ou componente, após a sua permanência no banho salino e subseqüente resfriamento.
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9/11 [020] Após um determinado número de operações de imersão de peças no banho salino, que será função do volume total do banho e das dimensões das peças tratadas, o banho salino deverá ser substituído. Uma vez vazado do reator e solidificado, o sal pode ser armazenado como rejeito radioativo, devidamente embalado. Contudo, os óxidos dos elementos radioativos, presentes como contaminantes nas peças ou componentes, juntamente com óxidos de outros elementos constituintes da tinta ou composto utilizado no revestimento da peça, podem ser removidos do sal por meio da dissolução deste em água (5), seguida de uma etapa de filtração (6). A solução utilizada para lavagem (7) ou neutralização (8) pode ser empregada para dissolução do sal solidificado resultante do resfriamento do banho salino (5). Após a dissolução (5), é realizada uma filtração (6), etapa na qual são retidos os óxidos, inclusive aqueles radioativos. Estes podem ser recuperados ou armazenados como rejeito radioativo (9), mas em volumes significativamente menores que os das estruturas metálicas contaminadas de onde foram removidos. Por meio de aquecimento e concentração, por evaporação, da solução resultante da filtração, o sal pode recristalizado e reutilizado no processo, não constituindo, portanto, um rejeito. Após o tratamento, as peças são monitoradas para verificar se ainda há contaminação radioativa. Em caso afirmativo, podem passar por nova imersão no banho de sal para descontaminação completa (10). O período de imersão e a temperatura do banho também podem ser ajustados, sendo aumentados para obter maior intensidade do ataque e realizar a descontaminação em uma única etapa. Caso não haja mais contaminação (11), as peças podem ser liberadas como sucata comum e recicladas, após classificação.
[021] O processo desenvolvido apresenta inúmeras vantagens em relação a outros métodos de descontaminação radioativa. Ele é particularmente eficaz na descontaminação de estruturas metálicas e outros materiais similares que apresentem contaminação radioativa superficial. O processo alvo deste pedido de privilégio é aplicável, e particularmente eficaz, na descontaminação
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10/11 de peças e estrutura metálicas que apresentem corrosão ou oxidação intensas, decorrentes, por exemplo, do ataque de agentes químicos agressivos, frequentemente encontrados nas diversas etapas do Ciclo do Combustível Nuclear. O processo pode ser facilmente adaptado para peças e estruturas de diferentes dimensões, bem como com formas complexas e irregulares, possibilitando a descontaminação de superfícies interiores de componentes como tubos, por exemplo, inacessíveis para alguns processos como jateamento e esmerilhamento, entre outros. O processo foi concebido de forma a utilizar misturas salinas e de outros compostos de baixo custo relativo e facilmente encontradas no mercado, sem necessidade de purezas elevadas. Além disso, possibilita a reutilização do sal recristalizado, após a evaporação do líquido resultante da filtração. O processo desenvolvido é de construção robusta, exigindo muito pouca manutenção. O processo proporciona descontaminação efetiva com temperaturas relativamente baixas do banho salino, o que representa significativa economia de energia.
[022] A concepção do processo leva em conta as particularidades do manuseio de materiais radioativos, reduzindo significativamente os riscos de contaminação de operadores e do meio ambiente. O processo é realizado com pouca intervenção dos operadores e o tempo de exposição é reduzido.
Diferentemente de processos físicos como jateamento com água sob alta pressão ou jateamento com sólidos, como areia, granalha de aço ou esferas de vidro, o processo desenvolvido remove a contaminação de superfícies metálicas sem produzir material radioativo particulado em suspensão no ar, nem aerossóis. O mesmo pode ser dito em relação a processos físicos como esmerilhamento, lixamento ou escovação. O processo reduz substancialmente a quantidade de lixo radioativo gerado nas operações do ciclo do combustível e, em especial, nas operações de desmantelamento e descomissionamento de instalações nucleares obsoletas e/ou desativadas. O processo permite alternativamente a separação do rejeito radioativo do sal empregado, após certo número de ciclos de operação, por meio da dissolução do sal em água,
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11/11 seguida de filtração. O processo permite a obtenção de sucata metálica totalmente descontaminada, que pode ser reciclada como a sucata comum. Finalmente, o processo permite uma economia substancial de embalagens especiais, materiais, de equipamentos de proteção individual e de mão-de5 obra, que seriam necessários no acondicionamento das estruturas metálicas como lixo radioativo.
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Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos, caracterizado pelo fato de que o banho de sais fundidos promove a oxidação dos componentes inorgânicos do revestimento das referidas peças, constituídas de aço carbono, componentes estes que compreendem tinta ou outros revestimentos similares, produtos de corrosão e materiais contaminantes radioativos, permitindo a descontaminação simultânea sob as partes internas e externas das referidas peças e a remoção daqueles componentes inorgânicos em uma única etapa; e por compreender as etapas de:
    a) colocar, no interior do vaso de contenção, sais de elementos alcalinos ou alcalinos terrosos, bases ou suas misturas, em diferentes proporções, compreendendo carbonato de sódio, hidróxido de sódio, nitratos e nitritos de sódio ou potássio, ou mistura desses sais;
    b) submeter o banho de sais ao aquecimento, com emprego de fomos resistivos ou a arco elétrico, na faixa de temperatura entre 250° a 1000°C;
    c) imergir no banho salino as peças contaminadas, suspensas por dispositivos metálicos, por tempo variando de 1 a 20 minutos, com ou sem o emprego de agitação, a qual depende do grau de contaminação radioativa e do estado de corrosão da peça, sua forma e dimensões;
    d) posicionar o conjunto constituído pelo vaso de contenção e o respectivo sistema de aquecimento das etapas (a), (b) e (c) sob um sistema de exaustão para retirar continuamente CO2 e vapor d’água como emissões gasosas;
    e) remover as peças do banho salino e resfriá-las à temperatura ambiente por tempo reduzido, enquanto os componentes inorgânicos são transformados em óxidos e retidos no banho salino na forma de uma dispersão;
    f) submeter as peças a lavagem com uma solução ácida, compreendendo ácido sulfurico, ácido clorídrico, ácido nítrico ou soluções mistas de ácidos, para remover o sal solidificado remanescente;
    g) enxaguar as peças com água e secá-las à temperatura ambiente;
    h) dissolver o sal solidificado na forma de dispersão da etapa (e) em água, contendo os óxidos inorgânicos dos materiais contaminantes, utilizando as soluções usadas para lavagem ou neutralização das etapas (f) e (g);
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  2. 2/2
    i) filtrar a suspensão salina, recuperando os óxidos em partículas retidos no filtro, armazenando-os como rejeito radioativo;
    j) aquecer e concentrar a solução resultante da filtração da etapa (i) para recuperar o sal recristalizado, o qual pode ser reutilizado no início do processo na etapa (a).
    2. Processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o banho de sais da etapa (a) consiste preferencialmente de uma mistura de 59% (em massa) de hidróxido de sódio e 41% (em massa) de
    10 carbonato de sódio.
  3. 3. Processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os óxidos de materiais contaminantes radioativos
    15 gerados na etapa (e) compreendem UO3, U2O8 e ThCh.
  4. 4. Processo de descontaminação radioativa de peças, componentes e estruturas metálicas em banho de sais fundidos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que após a etapa (g), as peças descontaminadas são
    20 adicionalmente verificadas para identificar se ainda possuem contaminação radioativa, podendo passar por nova imersão no banho de sal da etapa (c) para permitir a descontaminação completa.
    Petição 870180131329, de 17/09/2018, pág. 16/19
    1/1
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* Cited by examiner, † Cited by third party
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