BRPI0712042A2

BRPI0712042A2 - tira de estanqueidade para esteira transportadora

Info

Publication number: BRPI0712042A2
Application number: BRPI0712042-7A
Authority: BR
Inventors: Herve Simoens
Original assignee: Financ De Gestion Soc
Priority date: 2006-05-10
Filing date: 2007-05-04
Publication date: 2011-12-27
Also published as: FR2900915B1; WO2007128917A1; CN101443249A; ATE495122T1; CA2651184A1; CA2651184C; RU2402475C2; BRPI0712042B1; US20090139842A1; PL2016011T3; DE602007011916D1; CN101443249B; KR20090015946A; KR101399773B1; FR2900915A1; RU2008148576A; EP2016011A1; US7798314B2; ES2358932T3; EP2016011B1

Abstract

TIRA DE ESTANQUEIDADE PARA ESTEIRA TRANSPORTADORA. A invenção tem por objeto uma tira de estanqueidade, compreendendo uma parte (6A) de um meia (6) de fixação sobre uma parede dita de orientação de uma esteira transportadora com material muito pesado e densidade elevada, caracterizada pelo fato de o meio de fixação ser um meio de encaixe por deformação elástica de uma (6A) das duas frações que compõem esse meio de fixação.

Description

TIRA DE E S TANQUE IDADE PARA ESTEIRA TRANSPORTADORA.

A invenção se refere a uma tira de es tanque idade para esteira transportadora em forma de caçamba.

Ela se refere também à esteira transportadora provida dessa tira.

Para transportar materiais muito pesados e de densidade elevada de um local para o outro, é conhecido recorrer a uma esteira transportadora.

Essa esteira transportadora tem uma seção em forma de caçamba, de modo que a esteira tome a forma de um conduto apto a conter material a granel.

Conhece-se mais particularmente essa esteira, cuja seção é definida por um cilindro de eixo horizontal e paredes curvas dita de orientação situadas de ambos os lados do cilindro.

A esteira transportadora desliza sobre essas paredes de orientação.

A esteira transportadora se estende apenas sobre uma parte da parede de orientação, de modo que ela pode ter um ligeiro movimento transverso.

O material muito pesado e de densidade elevada é depositado na parte central da caçamba, mas acontece que, sob o efeito da velocidade, esse material é aferido, mais ou menos até poder passar além das bordas laterais da esteira ou ainda quando a vazão de carregamento é muito considerável, em relação à velocidade linear da esteira. Este fenômeno aparece principalmente no momento do carregamento por gravidade. Para evitar que o material muito pesado e de densidade elevada possa se inserir entre a esteira transportadora e a superfície de orientação, o que prejudicaria o funcionamento da esteira, uma tira de estanqueidade encaixada na parte alta, sobre a face interna da parede de orientação, recobre o topo da esteira transportadora.

Em teoria, o nível de material muito pesado e de densidade elevada não pode atingir o nível alto da tira.

No nível do recobrimento pela tira de estanqueidade, a esteira transportadora desliza, portanto, entre a parede de orientação e a face dita inferior da tira de estanqueidade.

Devido ao atrito, produz-se um desgaste da tira de estanqueidade e é preciso, portanto, substituir a tira de estanqueidade.

Essas tiras de estanqueidade são geralmente fixadas seja nos meios de olhais com parafusos e porcas, seja por uma garra de uma pinça que aplica a borda superior da tira sobre a parede de orientação. Essa garra é aplicada por aperto de parafusos.

Essas operações de troca da tira são longas e enfadonhas.

Compreende-se também que a manipulação desses parafusos é tornada mais delicada, em razão da poeira que se acumula sobre os filetes de parafusos ou da corrosão ligada à natureza ou à umidade desses materiais muito pesados e de densidade elevada.

Conhece-se uma tira externa EP 462 847 montada com um sistema de cauda de andorinha. Essa ligação é montada por deslizamento, conforme indica a montagem de documento US 5.513.743.

Conhece-se pela patente US 3.344.909 uma tira que comporta em seu topo abas em V, formando assim uma peça macho, vindo se encaixar por deformação da parte macho em uma peça fêmea que deve ser largamente aberta para encaixar as abas da parte macho uma após a outra. Essa esteira não está apta a transportar matérias a granel. 0 mesmo acontece com o dispositivo DE 299 18 166.

Se fosse o caso, a poeira acumular-se-ia na peça fêmea, daí a necessidade de retirar a poeira antes de recolocar a tira.

A invenção propõe uma solução que facilita a montagem e a desmontagem dessas tiras para esteiras de matéria a granel e que não necessita de longas operações de limpeza, antes da recolocação da tira no lugar.

Para isso, a invenção tem por objeto uma tira de estanqueidade, compreendendo um meio de fixação sobre uma parede dita de orientação de uma esteira com materiais muito pesados e de densidade elevada, o meio de fixação sendo um meio de encaixe por deformação elástica de uma das duas partes que compõem esse meio de fixação, essa tira sendo caracterizada pelo fato de a parte que compõe esse meio de fixação da tira ser uma parte fêmea que é deformada para vir envolver a parte macho portada pela esteira.

A invenção será bem compreendida com o auxílio da descrição a seguir feita a título de exemplo não limitativo com relação ao desenho que representa esquematicamente uma vista em corte de uma esteira equipada com um tira, de acordo com a invenção.

Reportando-se ao desenho, vê-se uma esteira 1 para material muito pesado e de densidade elevada a granel.

Essa esteira compreende meios para que a esteira transportadora que a equipa tome uma forma de caçamba ou conduto, de modo a poder conter o material muito pesado e de densidade elevada.

No exemplo representado, a forma em caçamba é definida por um cilindro 2 de eixo horizontal envolvido por paredes 3 de orientação curvas.

A face inferior da esteira 4 sem fim se apóia, portanto, sobre o cilindro e desliza sobre a parte inferior das paredes de orientação.

Uma tira 5 de estanqueidade é montada sobre cada parede de orientação, encaixando-se em cima e embaixo dessa tira de estanqueidade recobre a borda lateral 4A da esteira sem fim.

Para sua manutenção sobre a esteira, a tira 5 compreende uma parte 6 A complementar de um meio 6 de fixação, a outra parte 6B sendo apresentada pela esteira e notadamente pela parede 3 de orientação curva.

0 meio 6 de fixação da tira é um meio de encaixe por deformação elástica de uma 6A das duas partes 6A, 6B que compõem esse meio de fixação.

A parte 6A que compõe esse meio de fixação sustentado pela tira é uma parte fêmea que é deformada para vir envolver a parte macho sustentada pela esteira.

Essa parte envolve o mais perto possível a parte macho 6B, de modo que, quando da retirada da tira, uma outra tira pode ser instalada imediatamente sobre a parte macho, sem necessidade de limpar a parte macho.

Não pode haver aí acúmulo de matéria entre a parte fêmea e a parte macho.

Para o encaixe, o deslocamento da parte 6A sustentada pela tira é feito essencialmente segundo uma direção F sensivelmente perpendicular à face interna da parede de orientação.

Mais precisamente, a parede de orientação apresenta um friso 6B longitudinalmente que corre paralelamente à sua borda superior e a tira comporta uma calha 6A aberta, cujas saliências 6C podem se afastar de modo elástico momentaneamente para que essa calha cubra esse friso.

Coloca-se a abertura da calha contra o friso, apóia-se com a mão, as saliências se afastam e voltam, em seguida, ao lugar.

Quando a calha (parte fêmea) é colocada no lugar sobre o friso (parte macho), as saliências 6C dessa calha contêm o friso e impede a tira de deslizar ao longo do friso.

O friso será, de preferência, de seção circular. Ele é indeformável.

A calha, isto é, a parte fêmea, é obtida por extrusão com o resto da tira.

No nível dessa parte fêmea, vai-se rigidificar essa parte 6A, seja aumentando localmente as espessuras, seja utilizando localmente um material que é escolhido para que seja menos flexível que a parte que vai se apoiar sobre a esteira sem fim.

Com efeito, é preciso que a parte em apoio sobre a esteira sem fim seja relativamente flexível para assumir a forma da curvatura, enquanto que a parte "clipsável" seja bem encaixada. Recorre-se ã co-extrusão para formar essa tira.

No caso em que a parede de orientação é em matéria sintética rígida, pode-se extrudar o friso ao mesmo tempo que a parede de orientação. Compreende-se bem que, para encaixar a parte fêmea, basta um simples gesto de impulso da mão.

Para reduzir as poeiras, uma tampa 7 é prevista sobre essa esteira, de modo a formar um volume tubular.

De maneira notável, a borda 10 superior da tira 5 de estanqueidade comporta pelo menos uma saliência IOA voltada para cima para ficar apoiada sobre a face 7A inferior da tampa 7, fechando a esteira transportadora. Diminuem-se assim as possibilidades de que a matéria se infiltre atrás da tira e escape para o exterior.

Conforme se pode ver, a borda superior dessa tira comporta uma saliência 10A que forma uma pestana.

Essa pestana impede também a matéria de vir se colocar entre a tira e a parede lateral.

O meio de "clipsagem" fêmea é assim sustentado pelo dorso da tira.

A tira pode, portanto, ser rapidamente substituída, quando é necessário e sem recorrer a ferramentas.

Descobriu-se, portanto, uma solução simples para a substituição das tiras.

O friso sustentado pela parede de orientação pode ser complementado ou obtido quando da fabricação dessa parede.

Essa parede de orientação é, por exemplo, montada sobre um suporte 11 oscilante em apoio sobre uma travessa 12.

Essa travessa 12 sustenta também o cilindro 2.

Claims

1. Tira de estanqueidade, compreendendo um meio (6) de fixação sobre uma parede de orientação de uma esteira transportadora com materiais muito pesados e de densidade elevada, o meio de fixação sendo um meio de encaixe por deformação elástica de uma das duas partes que compõem esse meio de fixação, essa tira sendo caracterizada pelo fato da parte que compõe esse meio de fixação da tira ser uma parte fêmea (6A) que é deformada para vir envolver a parte macho (6B) sustentada pela esteira transportadora.

2. Tira de estanqueidade, caracterizada por comportar duas saliências (6C) em ressalto, podendo se afastar de modo elástico momentaneamente para cobrir esse friso.

3. Tira de estanqueidade, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato do friso ser de seção circular.

4. Tira de estanqueidade, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato da parte fêmea da tira ser mais rígida do que a parte da tira que vai se apoiar sobre a esteira sem fim.

5. Tira de estanqueidade, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3 ou 4, caracterizada pelo fato da borda (10) superior da tira (5) de estanqueidade comportar pelo menos uma saliência (IOA) voltada para cima para ficar apoiada sobre a face (7A) inferior de uma tampa (7) que fecha a esteira transportadora.

6. Tira de estanqueidade, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato da borda superior da tira comportar uma saliência (IOA) que forma uma pestana.

7. Tira de estanqueidade, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizada pelo fato da parte fêmea ser sustentada pelo dorso da tira.

8. Esteira transportadora em forma de caçamba, caracterizada por compreender uma tira de estanqueidade definida nas reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7.

9. Esteira transportadora em forma de caçamba, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por compreender duas paredes de orientação, que envolvem um cilindro, em que cada parede de orientação sustenta um friso (6B) longitudinal que corre paralelamente à sua borda superior, esse friso (6B) sendo destinado a ser coberto pela calha (6A) da tira.

10. Esteira transportadora, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato da parte inferior da tira cobrir a borda lateral (4A) de uma esteira sem fim que equipa essa esteira transportadora.