"ARTIGO ABSORVENTE COM UMA CAMADA FORTEMENTE HIDROFOBICA"
A presente invenção se refere a um artigo absorvente tal como uma fralda, fralda calça, protetor diário de calcinha, absorvente feminino, dispositivo para incontinência ou similares compreendendo pelo menos uma camada feita a partir de um material fortemente hidrofóbico. A alta hidrofobicidade resulta de um revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico que tem uma superfície irregular.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Artigos absorventes do presente tipo geralmente compreendem uma folha de cobertura permeável a líquidos (folha superior), que está localizada adjacente ao corpo do usuário, uma folha de cobertura impermeável a líquidos (folha inferior), que está localizada distante do corpo do usuário e adjacente à roupa do usuário, e uma camada absorvente interposta entre a folha superior permeável a líquidos e a folha inferior impermeável a líquidos. Algumas vezes, contudo, em artigos absorventes específicos, a camada absorvente pode também ser renunciada.
Durante muitos anos as fraldas têm sido produzidas com uma folha inferior externa formada de um filme plástico impermeável a líquidos e vapores para eliminar o vazamento de fluidos provenientes da fralda. Contudo, a sensação de folhas inferiores plásticas é freqüentemente percebida pelo consumidor como fria e desagradável em comparação com fraldas de pano convencionais. Além disso, tais folhas inferiores plásticas também capturam o vapor úmido e o calor gerado pelo corpo e conduzido a um ambiente na fralda o qual promove irritação na pele e sensação muito desconfortável. Desse modo, a maioria dos artigos absorventes, tais como fraldas ou absorventes femininos, comercializados hoje em dia fazem uso de materiais de folha inferior respiráveis que permitem que os vapores escapem do artigo absorvente enquanto ainda previnem que os exsudatos passem através da folha inferior. Materiais respiráveis exemplares são, por exemplo, redes de tecido, redes de não- tecido, materiais compósitos tais como redes de não-tecido revestidos de filme e filmes microporosos. Mesmo com os modernos materiais de folha inferior, existe ainda uma troca entre a capacidade de um material de folha inferior para prevenir a passagem de líquidos corporais e sua respirabilidade. Desse modo, seria desejável aumentar a hidrofobicidade de materiais de folha inferior uma vez que materiais altamente hidrofóbicos poderiam ser comunicados com uma mais alta respirabilidade (por exemplo, aumentando o número e/ou tamanho dos poros) sem prejudicar a impermeabilidade a líquidos.
Outro problema que ocorre em fraldas e absorventes femininos é distribuição desbalanceada de líquido corporal na camada absorvente. O fluido corporal que entra dentro da área central de um produto absorvente descartável tende a molhar somente o centro da camada absorvente enquanto as bordas, especialmente na direção alongada permanecem secas. Conseqüentemente, a capacidade absorvente da camada absorvente não é usada efetivamente. Além disso, o assim chamado "bloqueio de gel" pode ocorrer uma vez que o polímero superabsorvente freqüentemente usado na camada absorvente incha na área central sob formação de um gel e previne espalhamento adicional do fluido. Desse modo, artigos absorventes atuais, em particular as fraldas atuais tipicamente possuem as assim chamadas camadas de manejo de fluido interpostas entre a folha superior e a camada absorvente. Estas camadas de manejo de fluido aumentam o transporte de fluido em um plano paralelo à camada absorvente, preferivelmente na direção alongada do produto absorvente, isto pode, por exemplo, ser alcançado por um material de folha de não-tecido contendo fibras hidrofílicas orientadas. Além disso, o documento EP 0 748 894 A2 revela no mesmo contexto um método para aumentar a direcionalidade de transporte de fluido em materiais de folha de não-tecido, por exemplo, imprimindo não-tecidos hidrofílicos com faixas hidrofóbicas contínuas e alongadas. Os agentes hidrofobizantes são preferivelmente compostos de parafina insolúveis em água. Dizem que as faixas hidrofóbicas têm um ângulo de contato de água acima de 90°. Os materiais de não-tecido resultantes podem ser usados como material de estoque de cobertura (folha superior permeável a fluidos), como subcamadas ou camadas de transporte (camadas de manejo de fluido) em artigos absorventes higiênicos e descartáveis. Em vista deste ensinamento seria desejável alcançar um aumento ainda mais forte na direcionalidade de transporte de fluidos.
0 documento EP 0 985 392 Al se refere a um artigo absorvente descartável compreendendo pelo menos uma camada "superhidrofóbica" que tem um ângulo de contato de água estático maior que aproximadamente 120°, mais preferivelmente entre 150 e 165°. Nos exemplos, alguns substratos de silicone, PE (polietileno) ou PP (polipropileno) são submetidos a um tratamento de plasma de descarga luminescente modulado realizado com um gás ou vapor de f luorocarbono para gerar um filme fino de fluorocarbono contínuo com uma superfície superhidrofóbica firmemente ligada ao substrato. Alegadamente, esta técnica pode também ser aplicada a outros substratos incluindo camadas de não-tecido. À parte do fato de que falta uma prova experimental para comprovar se esta técnica de revestimento pode ser aplicada de maneira bem-sucedida a não-tecidos, permanece a ser notado que esta técnica de revestimento é incômoda e custosa. Além disso, por razões ambientais, não é desejável usar um revestimento de fluorocarbono em um artigo higiênico absorvente descartável.
O documento WO 02/084013 A2 revela uma fibra polimérica que tem uma superfície autolimpante e repelente de água que está compreendida de pelo menos um material de fibra sintética e uma superfície sintética, pelo menos parcialmente hidrofóbica com elevações e depressões feitas de partículas que são unidas ao material de fibra sem adesivo, resinas ou laças. 0 único exemplo revela uma fibra de poliamida que tem um ângulo de contato de avanço de quase 160°. Também é declarado que estas fibras podem ser usadas em várias áreas, a maioria para atividades esportivas. Faltam pistas para usar estas fibras em materiais de não-tecido ou artigos higiênicos absorventes do tipo reivindicado.
O documento US 2002/0013560 revela um núcleo absorvente unitário incluindo uma camada absorvente fibrosa que tem uma superfície receptora de fluidos superior e uma superfície inferior com uma barreira de umidade transmissora de vapor hidrofóbica integral com a superfície inferior da camada absorvente. Também é revelado um processo em que à superfície inferior da camada absorvente fibrosa, é aplicado um material hidrofóbico que pelo menos parcialmente reveste pelo menos algumas das fibras da superfície inferior da camada absorvente. Em uma modalidade preferida, a barreira de umidade transmissora de vapor é formada aplicando uma emulsão de látex polimérico hidrofóbico para alcançar um ângulo de contato para água a aproximadamente 80°ou maior.
O documento WO 90/05063 se refere a um envoltório composto de papel, cartolina de material fibroso similar que é revestido com um tipo de barreira de vapor de mistura de revestimentos contendo plástico de poliolefina. Como uma aplicação típica para tais envoltórios este documento menciona o embrulho de rolos de papel de tamanho grande. A mistura de revestimentos é composta de polipropileno isotático com polipropileno atático ou poli-a-olefina amorfa que age como um plastificante.
O documento WO 97/16148 se refere a uma fralda respirável, artigo de higiene feminina ou produto sanitário descartável similar incluindo uma folha inferior formada de um material de não-tecido de multicamadas que é hidrofóbico e permeável ao vapor, dito material de folha inferior tendo pelo menos duas camadas melt-blown (fundidas e sopradas). A construção preferivelmente inclui um aumentador hidrofóbico formado de um material de não-tecido multicamada. 0 aumentador hidrofóbico é disposto pelo menos parcialmente externamente à base de barreira e internamente à folha inferior. O aumentador hidrofóbico pode ser um revestimento hidrofóbico disposto adjacente a uma superfície interna da folha inferior, o revestimento sendo polimérico, mas rachado ou fraturado para proporcionar respirabilidade ao mesmo. O revestimento rachado é preferivelmente uma extrusão de etil-vinilacetato (EVA) tendo rachaduras ou fraturas suficientes para proporcionar respirabilidade ao mesmo.
O documento US 2005/0004541 Al é direcionado a um núcleo absorvente que pode ser usado em uma embalagem de alimentos para absorver e reter o fluido exsudado por um produto alimentício. Este núcleo absorvente inclui uma primeira camada absorvente fibrosa cuja superfície inferior está em contato com uma superfície superior de um transportador sintético que tem uma superfície inferior integral com uma primeira barreira de umidade transmissora de vapor hidrofóbica. O material de barreira hidrofóbica reveste pelo menos algumas das fibras individuais da camada absorvente. Em uma modalidade preferida, a barreira de umidade transmissora de vapor é formada aplicando uma emulsão de látex polimérico hidrofóbico para alcançar um ângulo de contato para água de aproximadamente 80° ou maior.
O documento SE 8.502.556 se refere a um método para aplicar polímeros sintéticos, por exemplo, poliolefinas sobre fibras para facilitar a consolidação térmica de mantas de fibra por formação a seco. No exemplo 1, uma solução de polipropileno em xileno a uma concentração de 1 a 2% foi preparada. Material de polpa finamente separada e seca foi adicionado a esta solução para obter uma concentração de fibra de 2% e a mistura foi aquecida até uma temperatura de 100 até 115°C. Após aproximadamente 15 min o material de polpa foi retirado da solução, pressionado para obter um conteúdo seco de aproximadamente 20% e depois disso seco. O documento WO 2006/049664 revela um material compósito compreendendo uma pluralidade de nanofibras entrelaçadas com uma pluralidade de fibras de núcleos tal como fibras de polpa para formar uma ou mais camadas. Os materiais de rede resultantes podem ser usados em produtos absorventes. Em uma modalidade, algumas ou todas das nanofibras compreendem fibras hidrofóbicas de diâmetro suficientemente pequeno para simular o efeito lótus em suas habilidades de hidrofobicidade e auto-limpeza. De acordo com este documento as nanofibras têm um diâmetro médio não maior que aproximadamente 1500 nm e são produzidas por tecelagem eletrostática {electrospinning). Para algumas aplicações, contudo não é favorável incorporar tais fibras finas em um material de rede. Além disso, a tecelagem eletrostática representa uma técnica de fabricação cara e complicada.
O documento WO 2005/005696 se refere a uma rede de não-tecido compreendendo uma camada que tem um número significante de nanofibras com diâmetros menores que 1 μm, em que uma substância de revestimento é aplicada a uma superfície de ditas nanofibras. Um dentre muitos exemplos de substâncias de revestimento são tratamentos hidrofóbicos tais como poli- di-metilsiloxano. As redes de não-tecido resultantes podem ser utilizadas como camada de barreira disposta entre um núcleo absorvente e uma camada exterior de um produto absorvente descartável. Contudo, este documento não se refere ao revestimento com polímeros termoplásticos nem a formação de uma superfície irregular (superfície áspera) que melhora a hidrofobicidade.
0 documento US 2006/0094320 Al tem uma descrição similar ao documento WO 2006/049664 Al. Outras aplicações relativas a redes baseadas em nanofibras e seu uso como camadas de barreira estão nos documentos WO 2005/103354, WO 2005/103357, WO 2005/004769, WO 2005/005704, WO 2005/004767, US 2005/0008776 e US 2004/0266300.
Conseqüentemente, a presente invenção se dirige a proporcionar um artigo absorvente com propriedades melhoradas em um processo de fabricação simples.
A presente invenção também se dirige a superar as desvantagens associadas com a técnica anterior.
O objeto técnico da presente invenção também envolve o aspecto de modificação de camadas, em particular materiais de filme, espuma ou rede usados em artigos absorventes de forma a conduzir a um ambiente mais seco e assim mais conforto para a pele, por exemplo, por meio do direcionamento do transporte de fluido e/ou modificação das propriedades de superfície de ditas camadas de forma a que permita usar materiais que têm uma respirabilidade mais alta.
A presente invenção também se dirige a proporcionar um método simples para a produção de tais artigos absorventes.
Objetos técnicos adicionais se tornarão aparentes a partir da discussão da técnica anterior e da seguinte descrição mais detalhada da presente invenção.
SUMÁRIO DA PRESENTE INVENÇÃO
A presente invenção proporciona
• um artigo absorvente tal como uma fralda, fralda calça, protetor diário de calcinha, um absorvente feminino, um dispositivo para incontinência ou similares, compreendendo pelo menos uma folha superior permeável a líquidos feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede e uma folha inferior (preferivelmente impermeável a líquidos) feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede, e opcionalmente pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede adicional,
em que pelo menos uma de ditas camadas compreende um revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico que tem uma superfície irregular e mostra um ângulo de contato de uma gota de água séssil maior que 110°; e
• um método para fazer um artigo absorvente, um artigo absorvente tal como uma fralda, fralda calça, protetor diário de calcinha, um absorvente feminino, um dispositivo para incontinência ou similares, compreendendo pelo menos uma folha superior permeável a líquidos feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede e uma folha inferior (preferivelmente impermeável a líquidos) feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede, e opcionalmente pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede adicional,
em que pelo menos uma de ditas camadas compreende um revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico que tem uma superfície irregular e preferivelmente mostra um ângulo de contato de uma gota de água séssil maior que 110°, dito método compreendendo as etapas de
aplicar sobre pelo menos uma de ditas camadas uma solução de um polímero termoplástico hidrofóbico em um solvente orgânico e evaporar dito solvente para formar um revestimento que tem uma superfície irregular, e incorporar dita camada revestida no artigo absorvente.
FIGURAS
As figuras 1 (A) e (B) mostram imagens de ESEM de material de toalha de limpeza revestido com propileno isotático de acordo com a presente invenção. 0 substrato não revestido é mostrado na figura 1 (C).
A figura 2 mostra esquematicamente um dispositivo de teste usado para avaliar impermeabilidade à água de materiais de não-tecido revestidos via pressão hidrostática.
A figura 3 mostra esquematicamente um arranjo de duas placas de vidro usadas pelos presentes inventores para fixar os não-tecidos a serem revestidos.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA PRESENTE INVENÇÃO
Seja aonde for que a seguinte descrição use o termo "compreendendo" ou "contendo" deverá ser entendido que os mesmos podem também ser substituídos pelos termos mais restritivos "essencialmente consistindo em" e "consistindo em" contanto que isto conduza a modalidades tecnicamente significativas.
Como "artigo absorvente" entendemos artigos capazes de absorver fluidos corporais tais como urina, fezes líquidas, secreção feminina ou fluidos menstruais. Estes artigos absorventes incluem, mas não são limitados a fraldas, fraldas calças, protetores diários de calcinha, absorventes femininos ou dispositivos para incontinência (tais como, por exemplo, usados por adultos). Tais artigos absorventes têm uma folha de cobertura permeável a líquidos (folha superior) que durante o uso está voltada ao corpo do usuário. Eles ainda compreendem uma folha de cobertura (folha inferior) (preferivelmente impermeável a líquidos), por exemplo, um filme plástico, um não-tecido revestido de plástico ou um não-tecido hidrofóbico e preferivelmente uma camada absorvente incluída entre a folha superior permeável a líquidos e a folha inferior preferivelmente impermeável a líquidos. Em alguns produtos absorventes sem camada absorvente, tais como protetores diários de calcinha específicos comercializados pelo presente requerente sob várias marcas registradas em relação ao produto de nome "Freshness everyday", a capacidade absorvente da folha superior e folha inferior é suficiente para absorver pequenas quantidades de secreção feminina.
Materiais "impermeáveis a líquidos", tais como não- tecido impermeável a líquidos e materiais de filme (por exemplo, filme microporoso) são capazes de prevenir que líquidos corporais tais como urina, fluxo menstrual e fezes líquidas passem através sob condições normais de uso. Eles são preferivelmente empregados como material de folha inferior e bainha das pernas. De acordo com modalidades preferidas, a impermeabilidade a líquidos de tais materiais pode ser expressa como resistência à água de acordo com EDANA WSP 80.6 (05) (ver também exemplos) maior que 40 mbar, maior que 50 mbar, maior que 55 mbar, maior que 60 mbar, maior que 65 mbar, maior que 70 mbar, maior que 75 mbar, ou maior que 80 mbar, com preferência crescente, por exemplo, como resistência à água maior que 85 mbar a 150 mbar, ou de 90 a 120 mbar. Se não declarado de maneira contrária, isto se refere a todos os materiais impermeáveis a líquidos mencionados neste documento.
Em artigos absorventes do tipo reivindicado pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede compreende um revestimento do polímero termoplástico hidrofóbico, dito revestimento tendo uma superfície irregular. Pretende-se que o termo "superfície irregular" cubra estruturas de superfície que aumentam a hidrofobicidade além da hidrofobicidade de uma superfície lisa feita a partir do polímero termoplástico que constitui o revestimento. Este efeito também conhecido como "efeito lótus" tipicamente surge na presença de rugosidade micrométrica. O termo "superfície irregular" também distingue a presente invenção de revestimentos uniformes de polímeros termoplásticos sobre materiais de camada do tipo descrito onde a espessura do revestimento essencialmente não muda sobre o substrato revestido (filme, espuma ou fibras de rede).
Preferivelmente, a superfície irregular compreende ou consiste em depósitos individuais (por exemplo, essencialmente depósitos esféricos ou depósitos filiformes) de material de revestimento que podem também agregar e/ou de uma estrutura de rede consistindo em depósitos interconectados que formam poros (preenchidos de ar).
Preferivelmente, pelo menos algumas (por exemplo, pelo menos 10%, pelo menos 30% ou pelo menos 50%) das dimensões observáveis, mais preferivelmente a altura pico a vale médio para agregados, o diâmetro de poros para redes ou o diâmetro de depósitos filiformes têm um tamanho médio de pelo menos 1 μm, em particular pelo menos 3 μm, mas pref erivelmente não maior que 100 μπι, por exemplo, de 5 a 50 μm. De acordo com uma modalidade alternativa, uma medida de rugosidade padrão tal como a rugosidade média aritmética Ra é pelo menos 1 ym, em particular pelo menos 3 μm, mas preferivelmente não maior que 100 μm, por exemplo, de 5 a 50 pm. A rugosidade medida será a rugosidade do revestimento, não a rugosidade da estrutura subjacente tal como não-tecido. A medição pode ser feita sobre a superfície de um filme único.
A altura pico a vale média é medida em relação à superfície revestida, por exemplo, superfície da fibra ou superfície da espuma ou filme no caso de redes, por meio de métodos de medição ópticos tais como técnicas SEM, técnicas de perfilagem tais como perfiladores AFM stylus. Alternativamente, técnicas ópticas podem ser usadas.
Preferivelmente, a determinação dos valores acima de rugosidade concretos é conduzida usando SEM, opcionalmente em relação ao programa de computador de processamento de imagens.
A camada revestida de material de filme, espuma ou rede mostra valores de ângulo de contato de uma gota de água contatando dita camada maior que 110°, preferivelmente maior que 120°, ainda mais preferivelmente maior que 130°, por exemplo, maior que 140° ou maior que 150°. Uma técnica para alcançar este alto grau de hidrof obicidade será explicada em mais detalhe em relação ao método reivindicado. Baseia-se em um procedimento descrito pela primeira vez por H. U. Erbil et al. , Science, Vol. 299, 2003, páginas 1377-1380, "Transformation of a simple plastic into a superhydrophobic surface". De acordo com a presente invenção e a referência de Erbil tais superfícies superhidrofóbicas resultam do aumento da rugosidade da superfície para que a geometria local proporcione uma grande área geométrica para uma área projetada relativamente pequena. Este efeito pode ser observado na natureza sobre as folhas do lótus sagrado. As superfícies destas folhas têm rugosidade em escala micrométrica (como também observado para a presente invenção) resultando em ângulos de contato de água de até 170°. Na presente invenção, o ar que é capturado entre as gotas e a superfície irregular, igualmente reduz a área de contato.
O ângulo de contato pode ser determinado de acordo com método TAPPI T558PM-95 (1995) de acordo com um procedimento descrito nos exemplos.
Se o revestimento de polímero termoplástico somente parcialmente cobre o material de filme, espuma ou rede em uma escala macroscópica, a medição de ângulo de contato acima é conduzida unicamente em relação à área revestida.
O "material de filme" a ser revestido pode ser qualquer material de filme polimérico capaz de ser usado em artigos absorventes. É preferivelmente um filme plástico (macro-) perfurado (como usado para folhas superiores) ou um filme respirável microporoso como comumente usado como material de folha inferior. Filmes microporosos adequados serão explicados depois em mais detalhe em relação a modalidades relativas a revestimentos hidrofóbicos sobre a folha inferior e partes dos mesmos.
Entendemos como "material de rede" preferivelmente estruturas baseadas e fibras planas coerentes, em particular de tipo não-tecido, tecido ou lenço de papel.
Um lenço de papel é definido como um papel absorvente suave tendo um baixo peso de base. Alguém geralmente seleciona um peso de base de 8 a 30 g/m2, especialmente de 10 a 25 g/m2 por camada de lenço. Cada camada de lenço pode consistir em várias subcamadas não separáveis geradas, por exemplo, por meio de uma caixa de entrada múltipla na máquina de papel. A densidade de lenço é tipicamente abaixo de 0,6 g/cm2, preferivelmente abaixo de 0,30 g/cm2 e mais preferivelmente entre 0,08 e 0,20 g/cm3.
A produção de lenço é distinguida da produção de papel pelo seu peso de base extremamente baixo e seu muito elevado índice de absorção de energia de tração (ver DIN EN 12625-4 e DIN EN 12625-5). Papel e lenço de papel também diferem em geral em relação ao módulo de elasticidade que caracteriza as propriedades de tensão-deformação destes produtos planares como um parâmetro de material.
Um alto índice de absorção de energia de tração de lenço resulta da crepagem externa ou interna. A anterior é produzida por compressão da rede de papel aderindo a um cilindro secador como resultado da ação de uma lâmina crepadora ou no último exemplo como resultado de uma diferença na velocidade entre dois fios ("tecidos"). Isto faz com que a rede de papel ainda molhada e plasticamente deformável seja internamente quebrada pela compressão e cisalhamento, desse modo tornando-a mais estirável sob carga que um papel não crepado.
Redes de lenço de papel úmido são usualmente secas pela assim chamada secagem Yankee, a secagem por sopro de ar (Through-Air Drying - TAD) ou o método de secagem por impulso.
As fibras contidas no lenço de papel são principalmente fibras celulósicas, tais como fibras de polpa da polpa química (por exemplo, sulfito Kraft e polpas de sulfato), polpa mecânica (por exemplo, pasta mecânica), polpa termomecânica, polpa quimiomecânica e/ou polpa quimiotermomecânica (PQTM). Polpas derivadas de tanto de decíduas (madeira dura) como de coníferas (madeira mole) podem ser usadas.
Não-tecidos representam tecidos porosos flexíveis, que freqüentemente lembram produtos têxteis, mas não são produzidas pelos clássicos métodos de tecelagem de teia e trama ou por looping (voltas), mas por entrelaçamento e/ou por ligação coesiva e/ou adesiva de típicas fibras têxteis sintéticas que podem, por exemplo, estar presentes em forma de linhas sem-fim ou linhas pré-fabricadas com um comprimento sem-fim, como linhas sintéticas produzidas in si tu ou em forma de fibras têxteis. Alternativamente, podem ser feitos de misturas de fibras sintéticas em forma de fibras têxteis e fibras naturais, por exemplo, fibras vegetais naturais (ver DIN 61 210 T2 de outubro de 1988 e ISO 9092 - EN 29092). Modalidades adicionais serão explicadas em relação a materiais de folha superior.
De acordo com uma modalidade preferida da presente invenção, o revestimento do polímero termoplástico hidrofóbico compreende domínios cristalinos. Por esta razão, é menos desejável empregar polímeros termoplásticos amorfos uma vez que estes carecem da capacidade para formar tais domínios cristalinos. Conseqüentemente, é preferido usar como material de partida para o revestimento polímeros termoplásticos semicristalinos e cristalinos. O grau de cristalinidade (antes da formação do revestimento) é preferivelmente pelo menos 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90% com preferência crescente nesta ordem. O grau de cristalinidade pode ser medido de acordo com métodos conhecidos na técnica, por exemplo, por análise de difração de raio X. Como será explicado depois em mais detalhe, acredita-se que a natureza cristalina ou semi-cristalina do polímero de partida termoplástico, e a capacidade para formar domínios cristalinos durante o resfriamento rápido, promovem a formação de uma superfície irregular e desse modo aumenta enormemente a hidrofobicidade do revestimento. Durante este resfriamento rápido a partir de uma solução preferivelmente quente do polímero termoplástico o grau de cristalinidade pode diminuir dependendo da taxa de deposição. O grau de cristalinidade no revestimento resultante pode assim ser maior que 20%, mais preferivelmente maior que 30%, ainda mais preferivelmente maior que 40%, em particular maior que 50%, por exemplo, de 60 a 100% ou de 70 a 90%.
O polímero termoplástico hidrofóbico é preferivelmente constituído por monômeros consistindo em átomos de carbono e hidrogênio. Embora seja concebível usar, pelo menos em uma proporção menor, monômeros contendo também outros átomos tais como N ou O, este sendo menos preferido. Similarmente, o polímero termoplástico é preferivelmente livre de átomos de flúor. O polímero termoplástico é preferivelmente um homo- ou copolímero de poliolefina. Exemplos para homopolímeros poliolefina são polietileno e polipropileno. Etileno e/ou propileno podem também ser copolimerizados com outros monômeros etilenicamente insaturados contanto que o copolímero resultante ainda possa ser referido como termoplástico. Copolímeros de etileno/propileno podem também ser usados. Para diminuir o ponto de fusão, o propeno pode, por exemplo, ser copolimerizado com quantidades menores (por exemplo, menos de 10 % em peso) de outra α-olefina tal como etileno, 1- buteno ou 1-hexeno. Preferivelmente, o comonômero e sua quantidade são selecionados tendo referência ao grau de cristalinidade desejado.
Um polímero termoplástico particularmente preferido é polipropileno isotático. Dependendo do sistema catalítico usado para sua fabricação seu índice isotático (% insolúvel em heptano em ebulição) é preferivelmente pelo menos 88%, mais preferivelmente pelo menos 92%, em particular pelo menos 98% em peso (ver Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistryl quinta edição completamente revisada, volume A 21, 1992, páginas 518 a 547). O polipropileno isotático é preferivelmente obtido a partir da polimerização de propeno na presença de catalisadores heterogêneos Ziegler-Natta. Com a mais recente geração de catalisadores (MgCl2- suportado TiCl4 χ AlEt3) um índice isotático maior que 98% em peso é, por exemplo, atingível. 0 índice de fluxo à fusão (230°C/2,16 kg) do polímero termoplástico varia preferivelmente desde 0,3 até 50 dg/min, por exemplo, desde 1 até 40, ou de 5 até 10. Valores de Mw/Mn típicos e preferidos são de 5 a 10. Em termos de ponto de fusão o polímero termoplástico não é também sujeito a uma restrição particular. Pontos de fusão típicos estão no intervalo desde 130 até 200°C, por exemplo, de 150 a 190°C. Um polímero termoplástico adequado e comercialmente disponível é o polipropileno isotático que é oferecido pela Sigma- Aldrich Co. sob o número de produto 1823 89 (peso molecular médio ~ 250000 GPC, ponto de fusão 189°C).
Dependendo do material de substrato (camada de material de filme, espuma ou rede) a ser revestido pode também ser preferido gerar um revestimento não selante. 0 termo "não selante" denota revestimentos onde o revestimento não cobre a área inteira revestida e correspondentemente ainda permite a passagem de ar e/ou vapor de água. 0 termo "não selante" não é, contudo restringido a certas formas do revestimento e passagens levando ao lado do revestimento através do revestimento ao outro lado. Como explicado antes, o revestimento não selante preferivelmente compreende depósitos individuais de polímero termoplástico que pode, contudo formar agregados maiores (por exemplo, depósitos essencialmente esféricos ou depósitos fili formes) e/ou de uma estrutura de rede consistindo em depósitos interconectados formando poros (preenchidos de ar).
0 uso de revestimentos não selantes é particularmente preferido em combinação com materiais de camada que são permeáveis ao ar e/ou vapor de água (respiráveis) por si mesmos tais como espuma, não-tecido, lenço de papel, filmes plásticos perfurados (como usado para folhas superiores) ou filmes plásticos microporosos (como usado para folhas inferiores). Seja aonde for que a presente aplicação se refira a materiais "respiráveis" é preferido que o mesmo mostre com preferência crescente valores de WVTR (Water Vapor Transmission Rate - taxa de transmissão de vapor de água) maior que 600, maior que 900, maior que 1200, maior que 1500, maior que 1800, maior que 2100, maior que 2400, maior que 2700, maior que 3000, maior que 3300, maior que 3600 g/m2 χ 24h medida de acordo com EDANA WSP 70,6 (05) parte 2 como especificado nos exemplos, por exemplo, de 4200 a 6000, ou de 4500 a 4800 g/m2 χ 24h.
Especialmente com um material (preferivelmente) impermeável a líquidos, mas permeável ao vapor (respirável) é fortemente preferido aplicar o revestimento de polímero termoplástico em uma quantidade e de maneira que reduza a respirabilidade inerente do material tão mínimo como possível. Em uma modalidade alternativa e preferida da invenção, também é possível converter não-tecidos permeáveis a líquidos comuns (do tipo descrito no presente documento) em impermeáveis a líquidos por revestimento destes com polímero termoplástico para gerar uma superfície irregular e fortemente hidrofóbica. O material resultante mostrará a respirabilidade necessária ainda, mas pode ser usado como material de folha inferior devido a sua capacidade para prevenir a passagem de líquidos corporais. Não-tecidos tratados desta maneira podem também ser usados como bainhas das pernas como será explicado depois.
Se, por outro lado, a permeabilidade a líquidos do substrato a ser tratado (camada de material de filme, espuma ou rede) é essencial para seu funcionamento no artigo absorvente tipicamente somente um revestimento parcial é aplicado ao mesmo, por exemplo, um padrão regular de áreas hidrofóbicas com polímero termoplástico que guia o fluxo de líquidos em certa direção.
Preferivelmente, o revestimento não selante de polímero termoplástico compreende depósitos discretamente discerníveis e individuais (por exemplo, depósitos essencialmente esféricos ou depósitos filiformes) de material de revestimento que podem também agregar e/ou uma estrutura de rede consistindo em depósitos interconectados formando poros (preenchidos de ar). A estrutura em rede pode ser constituída por ressaltos e bastões ramificados e intermisturados de polímero termoplástico como descrito por Erbil. A rede pode também ser descrita como uma deposição coerente semelhante a esponja de polímero termoplástico. Estruturas semelhantes a redes tipicamente aparecem quando o material de substrato é mergulhado em uma solução do polímero termoplástico ou tal solução é moldada sobre o substrato antes de uma evaporação relativamente rápida do solvente orgânico. A deposição em spray da solução de polímero termoplástico no substrato, por outro lado, parece promover a formação dos acima mencionados depósitos essencialmente esféricos de polímero termoplástico, preferivelmente polipropileno isotático.
Preferivelmente, estes depósitos esféricos possuem cada um uma superfície áspera e estruturada e/ou formam agregados grandes randomicamente espalhados sobre o substrato. Os depósitos esféricos individuais podem, por exemplo, mostrar um diâmetro na faixa de 5 a 50 μm, por exemplo, de 10 a 20 pm.
Se o revestimento não selante compreende poros, a maioria dos poros visíveis na superfície preferivelmente tem um tamanho abaixo de 100 μm, mais pref erivelmente abaixo de 50 μm, por exemplo, abaixo de 40 ou abaixo de 30 μm. Nesse sentido "maioria de poros" significa maior que 50%, enquanto uma razão de pelo menos 60%, pelo menos 70% ou pelo menos 80% é preferida.
O revestimento fortemente hidrofóbico que tem uma superfície irregular é preferivelmente obtenível por contato da camada (rede, espuma ou filme) a ser tratada com uma solução preferivelmente quente do polímero termoplástico em um solvente orgânico adequado seguido pela evaporação de dito solvente. Detalhes de modalidades mais preferidas deste procedimento serão explicados depois em relação ao método reivindicado. De acordo com uma modalidade da presente invenção, a folha de cobertura permeável a líquidos (folha superior) compreende o revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico. Além disso, é preferido que este revestimento não cubra a superfície inteira da folha superior. Preferivelmente, o revestimento é aplicado em um padrão, em particular em um padrão regular. Nesta modalidade, o revestimento preferivelmente constitui desde 5 até 90%, mais preferivelmente desde 10 até 80%, em particular desde 20 até 70% (por exemplo, desde 30 até 60%) da área inteira da folha superior. De acordo com uma modalidade, o padrão compreende faixas paralelas correndo na direção longitudinal da folha de cobertura. Estes faixas podem, por exemplo, ser faixas hidrofóbicas contínuas e alongadas do tipo mostrado na figura 1 do documento EP 0 748 894 A2. A largura destas faixas não é particularmente restrita. Por razoes práticas, reside usualmente no intervalo de desde 0,2 até 2 cm, em particular desde 0,5 até 1,5 cm.
O revestimento parcial acima explicado, em particular padrão de polímero termoplástico hidrofóbico é preferivelmente aplicado a materiais de folha superior hidrofílicos. Como "hidrofílico" não entendemos unicamente aqueles materiais de folha superior e outros que foram feitos a partir de fibras ou polímeros hidrofílicos tais como fibras celulósicas, por exemplo, fibras de algodão, polpa, raiom ou viscose, ou poliéster, poliamida (por exemplo, náilon), polímeros acrílicos (por exemplo, poliacrilonitrila) ou fibras de poliuretano ou lã. O termo "hidrofílico" igualmente se estende a materiais de folha superior e outros, por exemplo, materiais de não-tecido que foram feitos a partir de materiais ou fibras hidrofóbicas e submetidos a um tratamento de hidrofilização, por exemplo, com um tensoativo adequado e/ou um tratamento de hidrofilização físico tal como descarga de corona, tratamento com plasma ou chama. Geralmente, materiais "hidrofílicos" são caracterizados por ângulos de contato de uma gota de água séssil sobre uma superfície lisa de menos de 90° enquanto materiais "hidrofóbicos" mostram ângulos de contato de uma gota de água séssil sobre uma superfície lisa do mesmo de mais de 90°.
Uma folha superior adequada pode ser fabricada a partir de um amplo intervalo de materiais tais como materiais de tecido e não-tecido (por exemplo, uma rede de não-tecido de fibras), materiais poliméricos tais como filmes plásticos perfurado, por exemplo, filmes termoplásticos de forma perfurada e filmes termoplásticos hidroformados; espumas porosas; espumas reticuladas; filmes termoplásticos reticulados; e scrims termoplásticos. Materiais de tecido e não-tecido adequados podem ser compreendidos de fibras naturais ou de uma combinação de fibras naturais e sintéticas. Exemplos de fibras sintéticas adequadas que podem compreender todas ou parte da folha superior incluem, mas não são limitadas a poliamida (por exemplo, náilon), acrílicos (por exemplo, poliacrilonitrila), poliamida aromática (por exemplo, aramida), poliolefina (por exemplo, polietileno e polipropileno), poliéster, copolímeros em bloco de butadieno-estireno, borracha natural, látex, spandex (poliuretano) e combinações dos mesmos. Fibras sintéticas que contêm mais de um tipo de unidades repetidas podem resultar da combinação de unidades repetidas ao nível molecular dentro de cada fita macromolecular (copolímero), entre fitas macromoleculares (misturas de homopolímeros), ou combinações dos mesmos (misturas de co-polímeros); ou podem resultar da combinação de unidades repetidas a um nível em escala superior com distintas fases nanoscópicas, microscópicas, ou macroscópicas (por exemplo, fibras de multicomponentes). Cada componente de uma fibra de multicomponentes pode compreender um homopolímero, um copolímero, ou misturas dos mesmos. Fibras de bicomponentes são versões comuns de fibras de multicomponentes. Os dois ou mais tipos de unidades repetidas em um copolímero podem ser arranjados randomicamente ou em blocos alternativos de cada tipo. Blocos de tipos diferentes de unidades repetidas podem ser unidos uns aos outros nas suas extremidades respectivas (co-polímeros em bloco) ou entre a respectiva extremidade de pelo menos um bloco (co-polímeros de enxerto).
Materiais de não-tecido podem ser formados por processos de extrusão direta durante os quais as fibras e os materiais de não-tecido são formados aproximadamente no mesmo ponto no tempo, ou por fibras pré-formadas que podem ser postas em materiais de não-tecido a um ponto no tempo distintivamente subseqüente. Processos de extrusão direta exemplares incluem, mas não são limitados a: spunbonding (fiação e termoconsolidação), meltblowing (fiação por sopro em fusão), fiação em solvente, tecelagem eletrostática e combinações dos mesmos tipicamente formando camadas. Processos exemplares de nIaying (formação)" incluem formação por via úmida e seca. Processos exemplares de formação por via seca incluem, mas não estão limitados a via fluxo de ar, cardagem e combinações dos mesmos tipicamente formando camadas. Combinações dos processos acima rendem não-tecidos comumente chamados de híbridos ou compósitos.
As fibras em um material de não-tecido são tipicamente unidas a uma ou mais fibras adjacentes a algumas das junções sobrepostas. Isto inclui fibras de união dentro de cada camada e fibras de união entre camadas quando há mais de uma camada. As fibras podem ser unidas por entrelaçamento mecânico, por ligação química ou por combinações dos mesmos. Uma descrição mais detalhada de materiais de folha superior adequados que podem ser aplicados à presente invenção e é incorporada por referência é encontrada no documento US 2004/0158214 Al, especificamente em uma passagem desde o parágrafo [0043] até o [0051].
De acordo com a invenção, é preferido fazer uso de filmes plásticos perfurados (por exemplo, filmes termoplásticos) ou materiais de não-tecido baseados em fibras sintéticas, por exemplo, aquelas feitas a partir de homo- ou copolímeros de polietileno ou polipropileno e composições poliméricas baseadas nos mesmos.
Exemplos para não-tecidos feitos a partir de materiais hidrofílicos (copolímeros em bloco) ou que são tratados com agentes de hidrofilização duráveis são encontrados nos documentos EP 0 597 224 A, WO 94/28838, EP 0 539 703 A, EP 0 598 204 A, WO 95/10648, EP 0 340 763 A, WO 98/1072, e EP 0 516 271 A.
Além disso, é preferido que os materiais de não-tecido a serem revestidos de acordo com a presente invenção sejam feitos a partir de fibras que têm um diâmetro acima da faixa de nm, isto é, acima de 1 pm, preferivelmente acima de 2 μm. Em outras palavras, não-tecidos preferidos não compreendem nanofibras.
De acordo com uma modalidade adicional, o artigo absorvente é uma fralda, fralda calça, dispositivo para incontinência ou artigos absorventes similares e compreende (como a opcional "pelo menos uma camada adicional") bainhas das pernas que levam o revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico. Este revestimento é efetivo em prevenir que os líquidos corporais vazem através as bainhas das pernas. Simultaneamente, por virtude da mais alta impermeabilidade a líquidos resultante, ditas bainhas das pernas podem ser proporcionadas com maior respirabilidade, o que é benéfico ao clima no artigo absorvente.
Esta modalidade resolve os objetos da presente invenção independentemente do material usado para a folha superior e folha inferior. Além disso, artigos absorventes compreendendo bainhas das pernas tipicamente empregam uma camada absorvente feita a partir de um ou mais materiais absorventes como explicado abaixo em mais detalhe. Conseqüentemente, esta modalidade pode também ser descrita como artigo absorvente compreendendo pelo menos uma folha superior permeável a líquidos preferivelmente feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede e uma folha inferior preferivelmente feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede, uma camada absorvente (núcleo) incluída entre ditas folha superior e folha inferior, e bainhas das pernas preferivelmente dispostas adjacentes às duas bordas (longitudinais) do artigo absorvente como mostrado, por exemplo, no documento US 4.695.278, em que ditas bainhas das pernas compreendem um revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico que tem uma superfície irregular e mostram um ângulo de contato de uma gota de água séssil maior que 110°.
Geralmente, várias maneiras de realizar esta modalidade da invenção são concebíveis enquanto que em cada caso as bainhas das pernas são preferivelmente feitas a partir de não-tecidos e o material de não-tecido revestido resultante é ainda considerado como respirável:
• (A) Não-tecidos hidrofílicos do tipo descrito antes são completamente revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente ambos os lados com o polímero termoplástico hidrofóbico para tornar-los impermeáveis a líquidos, mas ainda respiráveis.
Ambas as propriedades estão refletidas por coluna de água (em mbar) e valores de WVTR como descrito antes.
O não-tecido a ser revestido contém pelo menos algumas fibras hidrofílicas, por exemplo, pelo menos 50% em peso, por exemplo, pelo menos 7 0% ou pelo menos 80% em peso de fibras hidrof ílicas. De acordo com uma modalidade adicional o não-tecido hidrofílico completamente consiste em fibras hidrofílicas. As fibras hidrofílicas são preferivelmente selecionadas de fibras celulósicas, tais como viscose, raiom, algodão, fibras de polpa de madeira, poliéster ou poliamida tais como fibras de náilon. É preferido usar um material pré-revestido, que é um material revestido por fabricantes de não-tecido e fornecidos como rolo.
• (B) Materiais de não-tecido impermeáveis a líquidos hidrofóbicos como atualmente usados para bainhas das pernas (tendo, por exemplo, um resistência à água de acordo com EDANA WSP 80,6 (05) (veja assim os exemplos) maior que 30 mbar, maior que 35 mbar, ou maior que 40 mbar) são revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente em ambos os lados com o polímero termoplástico hidrofóbico para promover ainda mais sua impermeabilidade a líquidos, por exemplo, por pelo menos 10, pelo menos 20 ou pelo menos 30 mbar. • (C) Materiais de não-tecido particularmente sublimes que podem ainda não ter a impermeabil idade á líquidos desejada (tal como refletido, por exemplo, por uma resistência à água menor que 30 mbar de acordo com
Edana WSP 80,6 (05) como especificado nos exemplos) são revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente ambos os lados com o polímero termoplástico para alcançar um balanço excelente de impermeabilidade a líquidos e alta respirabi1idade. Preferivelmente, sua impermeabilidade a líquidos é promovida por pelo menos 10, pelo menos 20, ou pelo menos 30 mbar, enquanto valores de WVTR como declarado antes podem ser ainda atingidos. Materiais abertos que não são impermeáveis a líquidos sem revestimento, mas se tornam mais impermeáveis após revestimento são preferidos. Se somente um lado das bainhas das pernas é revestido este é pref erivelmente o lado voltado para o interior do artigo absorvente. Preferivelmente as bainhas das pernas são revestidas ao logo de toda a superfície das mesmas. A configuração das bainhas das pernas como tal não está sujeita a quaisquer restrições particulares. Geralmente, é, contudo, preferido proporcionar o artigo absorvente, em particular a fralda, a fralda calça ou o dispositivo para incontinência com bainhas de vedação contraíveis elasticamente cada uma disposta adjacente às duas bordas que se estendem na direção longitudinal do artigo absorvente e/ou duas bainhas de barreira. As bainhas de barreira são também dispostas ao longo das bordas longitudinais do artigo absorvente e são elevadas a partir da folha superior. Se dois tipos de bainhas das pernas são usados, as bainhas de barreira são dispostas no lado de dentro de ditas bainhas de vedação. Preferivelmente meios de espaçamento são associados com ditas bainhas de barreira para espaçar sua borda distai para longe da superfície superior da folha superior. As bainhas das pernas deste tipo e os materiais adequados (por exemplo, redes de não- tecido) são revelados, por exemplo, no documento US 4.695.278. Um exemplo de bainhas de barreira adequadas (referidas no presente documento como "barreiras de extremidades elevadas" é encontrado no documento do solicitante WO 01/66058.
De acordo com um modo desta modalidade relativo a bainhas das pernas tratadas, a folha de cobertura permeável a líquidos é mais hidrofílica na zona central que nas zonas de extremidade. Neste sentido, é feita referência à redação da reivindicação 1 do documento WO 01/66058 que descreve este modo. Se as "barreiras de extremidades elevadas" descritas na reivindicação 1 e no restante deste documento são tratadas com um revestimento hidrofóbico de acordo com a presente invenção, uma proteção de vazamento extremamente alta pode ser conseguida.
De acordo com uma modalidade adicional da presente invenção, o artigo absorvente compreende como a pelo menos uma camada adicional pelo menos uma camada de manejo de fluido disposta entre a camada de folha de cobertura e a camada absorvente. Dita camada de manejo de fluido compreende o revestimento de um polímero termoplástico hidrofóbico. Camadas de manejo de fluido, algumas vezes também referidas como "camadas de aquisição/distribuição" são um elemento comum de fraldas modernas e são incluídas para conduzir rapidamente o líquido que entra para longe da folha superior. Tais estruturas são ensinadas, por exemplo, nos documentos US 5.558.655, EP 0 640 330 Al, EP 0 631 768 Al, WO 95/01147 ou WO 00/35502. Elas são tipicamente efetivas em espalhar o líquido em uma direção essencialmente paralela com respeito à superfície da folha superior para fazer um uso ótimo da capacidade absorvente da camada absorvente alongada (núcleo). A presente invenção pode ser usada para aperfeiçoar estas propriedades de manejo de fluido. 0 revestimento de polímero termoplástico preferivelmente cobre a camada de manejo de fluido somente parcialmente. 0 revestimento é preferivelmente disposto em um padrão, um arranjo preferido envolvendo faixas paralelas correndo na direção longitudinal da camada de manejo de fluido (isto é, a direção alongada do artigo absorvente). As faixas podem ter o mesmo arranjo e tamanho como já descrito em relação a materiais de folha superior parcialmente revestidos. 0 mesmo se aplica à cobertura de área em porcentagem.
Preferivelmente a camada de manejo de fluido é feita a partir de uma espuma hidrofílica, não-tecido hidrofílico ou folha lenço de papel. Materiais de espuma são bem conhecidos na técnica e, por exemplo, descrito nos documentos EP 0 878 481 Al ou EP 1 217 978 Al no nome do presente solicitante. Com respeito à constituição destes materiais referência pode ser feita à descrição acima em relação a folha superior materiais. O revestimento parcial de um polímero termoplástico hidrofóbico sobre a camada de manejo de fluido, em particular seu arranjo em faixas longitudinais paralelas direciona os fluidos corporais para longe do porto de absorção fazendo assim um melhor uso da capacidade absorvente da camada absorvente e prevenindo o bloqueio de gel. Este efeito pode ser melhorado adicionalmente pela presença de fibras hidrofílicas orientadas na direção longitudinal. 0 documento US 4.676.786 ilustra, por exemplo, uma camada de transporte de fluido contendo fibras de pasta fofa orientadas longitudinalmente que pode ser tratada de acordo com a invenção com o polímero termoplástico hidrofóbico.
A camada absorvente opcional pode compreender qualquer material absorvente que é geralmente compressível, conformável, não irritante à pele do usuário e capaz de absorver e reter líquidos, tais como urina e outros exsudatos corporais. A camada absorvente pode estar parcialmente ou totalmente rodeada por um núcleo envoltório. Em alguns produtos específicos pode também ser totalmente omitida.
A camada absorvente pode compreender uma ampla variedade materiais absorventes de líquidos comumente usados em fraldas descartáveis e outros artigos absorventes, tal como polpa de madeira pulverizada, que é geralmente referida como sensação de aerado ou fofo. Exemplos de outros materiais absorventes adequados incluem enchimento de celulose crepado; polímeros meltblown, incluindo co-formado; fibras celulósicas reticuladas ou modificadas, endurecidas quimicamente; lenço, incluindo envoltórios de lenço e laminados de lenço, espumas absorventes, esponjas absorventes, polímeros superabsorventes (tal como fibras superabsorventes), materiais gelificantes absorventes, ou quaisquer outros materiais absorventes conhecidos ou combinações de materiais. Exemplos de algumas combinações de materiais absorventes adequados são pasta fofa com materiais gelificantes absorventes e/ou polímeros superabsorventes, e materiais gelificantes absorventes e fibras superabsorventes, etc. A camada absorvente pode também consistir em duas ou mais subcamadas compreendendo um ou mais dos materiais absorventes anteriores.
O termo "material superabsorvente" é bem conhecido na técnica e designa materiais insolúveis em água, incháveis em água (polímeros, por exemplo, em forma de fibra, floco ou partícula) capazes de absorver muitas vezes o seu próprio peso em fluidos corporais. Preferivelmente, o material superabsorvente é capaz de absorver pelo menos aproximadamente 10 vezes o seu peso, preferivelmente pelo menos aproximadamente 15 vezes o seu peso, em particular pelo menos aproximadamente 20 vezes o seu peso em uma solução aquosa contendo 0,9% em peso de cloreto de sódio (sob condições de medição usuais onde a superfície superabsorvente é livremente acessível ao líquido a ser absorvido). Para determinar a capacidade de absorção do material superabsorvente, o teste padrão EDANA WSP 241,2 pode ser usado.
Mais preferivelmente o artigo absorvente compreende fibras fofas celulósicas, opcionalmente em combinação com um material superabsorvente (SAP). Se usado em mistura, como é feito freqüentemente em fraldas, fraldas calças ou dispositivos para incontinência, a razão de peso de fibras fofas baseada nas fibras fofas da mistura total /SAP é preferivelmente de 90 a 30% em peso, mais preferivelmente de 80 a 35% em peso, em particular de 70 a 40% em peso.
De acordo com uma modalidade adicional da presente invenção, a folha de cobertura (folha inferior) impermeável a líquidos preferível compreende o revestimento de um polímero termoplástico. A folha inferior tipicamente previne que os exsudatos absorvidos pela camada absorvente e contidos pelo artigo de sujar outros artigos externos que podem estar em contato com o artigo absorvente, tal como lençóis e roupas de baixo. Em modalidades preferidas, a folha inferior é substancialmente impermeável a líquidos (por exemplo, urina) e compreende um laminado de um não- tecido e um filme fino e plástico tal como um filme termoplástico tendo um espessura de aproximadamente 0,012 mm a aproximadamente 0,051 mm. Filmes de folha inferior adequados incluem aqueles fabricados por Tredegar Industries Inc. de Terre Haute, Ind. e vendidos sob os nomes comerciais X15306, X10962, e X10964. Outros materiais de folha inferior adequados podem incluir materiais respiráveis que permitem que os vapores escapem do artigo absorvente enquanto ainda previnem exsudatos passem através da folha inferior. Materiais respiráveis exemplares podem incluir materiais tais como redes de tecido, redes de não- tecido, materiais compósitos tais como redes de não-tecido revestidas de filme, e filmes microporosos. Uma vez que sempre há uma permuta entre respirabilidade e impermeabilidade a líquido, pode ser desejável proporcionar folhas inferiores que mostram certa, permeabilidade a líquido relativamente menor, mas valores de respirabilidade muito altos. De acordo com um modo desta modalidade, a folha inferior é feita a partir de uma camada de material de não- tecido hidrofílico ou hidrofóbico (como descrito anteriormente) portando o revestimento de polímero termoplástico hidrofóbico. Este revestimento preferivelmente se estende ao longo de toda a superfície do material de não-tecido. Este modo pode ser conduzido como segue.
• (A) Não-tecidos hidrofílicos do tipo descrito anteriormente são pelo menos parcialmente (ou totalmente) revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente ambos os lados com o polímero termoplástico hidrofóbico. Se um lado é "parcialmente" revestido, o revestimento preferivelmente constitui desde 5 até 90%, mais pref erivelmente desde 10 até 80%, em particular desde 20 até 70% (por exemplo, desde 30 até 60%) de toda a área do não-tecido. O não- tecido a ser revestido contém pelo menos algumas fibras hidrofílicas. Com respeito a quantidades e tipos adequados de fibras hidrofílicas, referência pode ser feita à primeira modalidade (A) explicada em relação a não-tecidos para bainhas das pernas. De acordo com um modo da presente modalidade, somente aquelas partes do não-tecido que se sobrepõem com a camada absorvente (núcleo) no artigo absorvente final são revestidas com o polímero termoplástico. É preferido usar um material pré-revestido, que é um material revestido por não-tecido fabricado e fornecido como rolo. Ademais, é preferido aplicar o núcleo no lugar certo em um processo similar àquele usado para sincronizar figuras impressas na folha inferior. Para este fim, uma técnica similar a uma revelada no documento WO 00/45767 pode ser usada. O revestimento de polímero termoplástico prevenirá o vazamento de líquidos do núcleo enquanto ainda permite alguma respirabilidade através da região da folha inferior. Aquelas áreas da folha inferior que não se sobrepõem com o núcleo (ou em modalidades mais específicas não estão em contato com dito núcleo absorvente), por exemplo, as regiões na área de quadril ou o cinto de um produto para incontinência pode permanecer sem revestimento. De acordo com esta modalidade, as fibras hidrofílicas presentes no não- tecido permitem uma permeabilidade a vapor de água extremamente alta e assim conforto ao usuário aumentado. As fibras hidrofílicas podem também absorver a perspiração da pele para um conforto melhorado e saúde da pele.
• (B) Materiais hidrofóbicos impermeáveis a líquidos de não-tecido como atualmente usados para folhas inferiores e descritos anteriormente são revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente em ambos os lados com o polímero termoplástico hidrofóbico para melhorar adicionalmente sua impermeabilidade a líquido.
• (C) Materiais de não-tecido particularmente sublimes que podem ainda não ter a impermeabilidade a líquidos necessária são revestidos em pelo menos um lado, preferivelmente em ambos os lados com o polímero termoplástico para alcançar um excelente equilíbrio de impermeabilidade a líquidos e alta respirabilidade.
Com respeito a valores de impermeabilidade a líquidos preferidos (e seu aumento) e/ou valores de respirabilidade destas três modalidades, referência pode ser feita às modalidades (A) a (C) explicadas em relação a materiais de não-tecido para bainhas das pernas.
0 benefício de usar não-tecidos hidrofílicos é que algumas regiões podem ser deixadas sem revestir. É também possível que um não-tecido hidrofílico revestido (ambos os lados) pode ser capaz de remover pequenas gotas de líquidos das regiões da pele onde não existe núcleo, isto é, bainhas das pernas, quadril, cintura, cinto.
De acordo com um modo adicional, a folha de cobertura (folha inferior) impermeável a líquidos preferível é um material de laminado compreendendo pelo menos duas camadas de um material de filme ou rede em que dito revestimento está presente sobre pelo menos uma camada interna e/ou a camada externa. "interna" significa neste contexto orientado para o interior do artigo absorvente e assim para a pele do usuário.
Em modalidades, em que o revestimento está presente sobre pelo menos uma camada interna, esta camada revestida serves como camada de barreira hidrofóbica que permite usar materiais tendo uma respirabilidade maior como camada exterior. Em este modo é preferido proporcionar o revestimento em uma camada interna (no lado interno e/ou externo desta "camada interna" da folha inferior) que é feita a partir de não-tecido hidrofílico ou hidrofóbico e laminar o mesmo a um filme microporoso como camada exterior.
De acordo com uma modalidade alternativa da invenção, o lado interno da camada externa (preferivelmente um filme microporoso) do laminado da folha inferior porta o revestimento hidrofóbico. De acordo com uma modalidade adicional, a camada interna do laminado da folha inferior é feita de um filme microporoso e a camada externa preferivelmente de não- tecido, tecido ou lenço de papel enquanto que o interior e/ou o lado interno de dito filme microporoso porta o revestimento.
Os filmes microporosos mencionados anteriormente podem ser feitos produzindo um filme de polímero tal como feitos a partir de polietileno, compreendendo, além disso, partículas de enchimento, tal como carbonato de cálcio.
Após ter formado um filme em que estas partículas de enchimento são incrustadas em uma matriz do material polimérico, o filme é tratado mecanicamente de modo que deformam e esticam permanentemente os materiais poliméricos criando deste modo pequenas rachaduras ao redor das partículas de enchimento que não deformam. As rachaduras são suficientemente pequenas para permitir que as moléculas de gás da fase gasosa passem através, mas previnem que os líquidos penetrem. Tais filmes microporosos estão disponíveis, por exemplo, de Mitsui Toatsu Co., Japão sob a designação Espoire e são também descritos no documento US 4.705.812. A (s) camada(s) interna(s) está(estão) preferivelmente firmemente unidas à camada externa, apesar de isto não ser essencial para alcançar o efeito de camada de barreira.
De acordo com a presente invenção, a razão de peso do revestimento de polímero termoplástico para a camada não revestida (de material de filme, espuma ou rede) preferivelmente varia desde 1 até 25% em peso, mais preferivelmente de 5 a 20% em peso, mais preferivelmente de 3 a 20% em peso, em particular de 5 a 15% em peso, com base no peso do substrato não revestido material, isto é, a camada de material de filme, espuma ou rede. Se dita camada é somente parcialmente revestida, os valores de percentagem acima não se referem ao peso total de dita camada, mas somente ao peso das áreas revestidas.
A presente invenção também se refere a um método para fazer um artigo absorvente tal como uma fralda, fralda calça, protetor diário de calcinha, um absorvente feminino, um dispositivo para incontinência ou similares, dito artigo compreendendo pelo menos uma folha superior permeável a líquidos feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede e preferivelmente uma folha inferior impermeável a líquidos feita a partir de pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede, e opcionalmente pelo menos uma camada de material de filme, espuma ou rede adicional, dito método compreendendo as etapas de aplicar sobre pelo menos uma de ditas camadas um solução, preferivelmente um solução quente de um polímero termoplástico hidrofóbico em um solvente orgânico e evaporação de dito solvente para formar um revestimento que tem uma superfície irregular, e incorporar dita camada revestida no artigo absorvente.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o artigo absorvente é obtenível pelo método acima, isto é, pode ser definido sem referência ao ângulo de contato de uma gota de água séssil. No entanto, de acordo com modalidades preferidas, a camada portando o revestimento de polímero termoplástico mostra um ângulo de contato maior que 110°, mais preferivelmente os valores revelados anteriormente. De acordo com uma modalidade do método reivindicado, a camada a ser revestida é selecionada de não-tecidos hidrofílicos ou hidrofóbicos, lenço de papel ou filmes plásticos hidrofílicos ou hidrofóbicos. Os presentes inventores encontraram surpreendentemente que camadas feitas de não-tecidos hidrofílicos ou hidrofóbicos são preferivelmente fixadas ou esticadas antes da aplicação da solução quente de um polímero termoplástico hidrofóbico. O termo "fixada" significa neste contexto que pelo menos um par de bordas paralelas, preferivelmente toda a circunferência dos não-tecidos (isto é, todas as quatro bordas das folhas de não-tecido quadradas ou retangulares) são fixadas a um substrato, ou dentro de uma armação ou qualquer outro dispositivo adequado, sem aplicar quaisquer forças que possam estender o não-tecido paralelo a sua superfície. 0 "estiramento", por outro lado, pode ser realizado em na direção de máquina e/ou transversal do material de não-tecido, preferivelmente em ambas as direções. Dependendo do tipo de não-tecido a ser revestido o grau de estiramento é preferivelmente de 0,1 a 30%, mais pref erivelmente de 0,5 a 10%, em particular de 1 a 5%. Os inventores encontraram que contatando não-tecidos em um estado não fixado ou não esticado com uma solução quente de polímero termoplástico hidrofóbico faz com que o não-tecido encolha após o esfriamento e/ou pode gerar rachaduras no revestimento de polímero.
De acordo com uma modalidade do método reivindicado, a superfície irregular do revestimento de polímero termoplástico é gerada por meio de uma técnica descrita pela primeira vez na referência de Erbil, já mencionada. Conseqüentemente, é preferido aplicar uma solução quente de um polímero termoplástico tal como polipropileno isotático (i-PP) em um solvente volátil seguido por (relativamente rápida) evaporação deste solvente. Erbil descreve em seu artigo que a precipitação de polipropileno isotático de uma solução quente de p-xileno leva a uma morfologia porosa formada por uma rede de cristalitas de i-PP de diferentes tamanhos e formas e deste modo uma superfície irregular.
Basicamente é concebível aplicar uma solução do polímero termoplástico em um solvente volátil tendo temperatura ambiente seguido por evaporação a vácuo a temperatura ambiente.
Contudo, parece ser preferido aplicar uma solução quente de um polímero termoplástico tal como polipropileno isotático à camada a ser revestida. Como "quente" entendemos uma solução aquecida acima da temperatura ambiente (25aC). Uma temperatura adequada pode ser determinada por um técnico no assunto tendo em consideração a natureza do solvente, o polímero termoplástico e o material de camada a serem revestidos. Especificamente, deve ser tomado cuidado que o não-tecido ou as outras camadas do nem se dissolvam nem se fundam sob as condições de revestimento e deste modo colapsem. Geralmente, é preferido aplicar uma solução de polímero termoplástico tendo uma temperatura de 30 a 170°C, por exemplo, de 80 a 150°C, ou de 90 a 140°C.
Dependendo da natureza do polímero termoplástico um solvente adequado é selecionado. Pode ser selecionado de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos clorados e preferivelmente hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos não clorados tal como xileno ou decaleno. Para assegurar que o solvente é volátil o suficiente é preferido, além disso, selecionar solventes tendo um ponto de ebulição (a pressão normal de 1 atm) de 50 a 250°C, preferivelmente de 70 a 180°C, por exemplo, de 80 a 160°C ou de 100 a 150°C. Uma vez que o ponto de ebulição e a volatilidade não estão necessariamente correlacionados é preferido, além disso, selecionar entre os solventes acima aqueles que têm relativamente números de evaporação baixos. O número de evaporação (Verdunstungszahl) pode ser determinado de acordo com a norma industrial alemã DIN 53170 com referência ao comportamento de evaporação de dietil éter (número de evaporação = 1). Preferivelmente, o solvente selecionado tem um número de evaporação maior que 1, mas não mais do que 35, em particular um número de 5 a 25, por exemplo, de 10 a 15 (o xilol tem um número de evaporação de 13,5).
A (preferivelmente quente) solução de polímero termoplástico pode ser aplicada à camada a ser revestida (rede, por exemplo, não-tecido ou folha de lenço de papel, filme ou espuma) em várias maneiras conhecido na técnica, por exemplo, mergulhando a camada na solução, moldando ou imprimindo a solução sobre a camada ou pulverizando a solução sobre a camada.
Após a aplicação da solução de polímero, o polímero termoplástico pode ser depositado, por exemplo, como segue.
1) submetendo a camada a qual uma solução de polímero quente foi aplicada a um esfriamento espontâneo no ar ambiente.
2) submetendo a camada a qual uma solução de polímero quente foi aplicada a um processo de esfriamento controlado, por exemplo, colocando a camada em um forno de secagem tendo um temperatura menor (por exemplo, em pelo menos 3 0 K, pelo menos 40 K, pelo menos 50 K, pelo menos 60 K menor) que a temperatura da solução de polímero quente seguido por evaporação do solvente neste forno de secagem. O forno de secagem pode, por exemplo, ter uma temperatura de 3 0 a 90SC, por exemplo, de 50 a 80 aC. Para promover adicionalmente a evaporação do solvente um vácuo pode ser aplicado ao forno de secagem.
3) Quaisquer dos processos acima pode também ser modificado adicionando um não solvente para o polímero termoplástico antes da evaporação do solvente. Não solventes para polipropileno isotático são, por exemplo, acetona, dimetilformamida (DMF), metiletilcetona (MEK), ciclohexanona ou álcool isopropíIico. Erbil reporta, por exemplo, que um revestimento de i-PP superhidrofóbico tendo um ângulo de contato de 160° pode ser precipitado a partir de uma mistura de 60% de p-xileno/40% de MEK por volume a uma concentração inicial de 2 0 mg/ml a IOOaC seguido por evaporação da mistura de solventes a 702C em um forno a vácuo. O não solvente mostra preferivelmente o mesmo ponte de ebulição e/ou número de evaporação como dado acima para o solvente.
A secagem pode ser realizada por meio de técnicas de secagem conhecidas na técnica tal como pendurando os substratos tratados verticalmente ou colocando-os horizontalmente em ar ambiente. Em um processo industrial será preferido levar uma rede contínua após o tratamento através uma câmara de secagem. Para acelerar a evaporação solvente a camada, a qual o solvente de solução de polímero foi aplicado, pode ser exposta a vácuo em cada um dos modos acima (1) a (3).
A partir dos resultados reportados por Erbil pareceria que temperaturas mais baixas de secagem aumentam o ângulo de contato. Em uma série de experimentos com temperaturas de secagem desde 30 até 7O°C ângulos de contato maiores foram observados para as temperaturas mais baixas de secagem. A temperatura de secagem pode também ser usada para ajustar o tamanho do poro e não homogeneidade dos poros que aparentemente pode ser aumentada por tempo de cristalização mais longo que é a temperaturas mais baixas de secagem.
A taxa de evaporação para o solvente pode, por exemplo, ser maior que 50 % em peso do(s) solvente (s) em menos de 5, menos de 3 min ou menos de 1 min.
Os presentes inventores encontraram também que a concentração de polímeros influencia a estrutura de superfície do revestimento e correspondentemente o ângulo de contato. Geralmente, é preferido aplicar soluções de polímeros tendo uma concentração de 1 a 100 mg/ml, mais preferivelmente de 5 a 70 mg/ml, em particular de 10 a 40 mg/ml.
EXEMPLOS
Procedimentos de teste
1. Ângulo de contato
O ângulo de contato foi determinado de acordo com o método TAPPI T558PM-95 (1995) sob consideração do seguinte: i. Os materiais a serem testados devem ser aclimatados a 23°C, 50% de umidade relativa ao longo de um período de tempo adequado (pelo menos 4 h) antes de medição. A medição tem que ser realizada em uma sala de clima controlado (23°C, 50% de umidade relativa).
ii. Os materiais a serem testados devem estar presentes como uma camada simples de material que pode ser aplicado a um suporte de amostras padrão usando fitas adesivas de dupla face, como, por exemplo, recomendado pelo fabricante.
iii. Parâmetros adequados para a medição são:
a) água com qualidade para reagente, líquida
b) um volume de gota de 5 μl
c) número de gotas a ser medido para calcular a média dos resultados: 25
d) no caso hipotético em que nem o T558PM-95 nem os presentes comentários tratem de condições de medição específicas, valores predeterminados como recomendado pelo fabricante do equipamento de teste podem ser usados. Nomes de fornecedores de equipamento de teste adequado podem ser encontrados no conjunto ligado nos métodos de teste TAPPI ou podem estar disponíveis no centro de recursos de informação de TAPPI. Os dispositivos preferidos são fabricados por Fibro System AB, Estocolmo e são comercializados sob a marca registrada FibroDat®, tal como o testador de ângulo de contato FibroDat 1100.
iv. Para aqueles materiais (por exemplo, materiais absorventes, hidrofílicos) em que o ângulo de contato varia com o tempo, a medição é conduzida 0,05 s após a deposição da gota.
v. Se é notado que os materiais a serem testados levam a ângulos de contato muito altos, pode se tornar necessário ajustar a força usada para liberar a gota
da seringa para prevenir que a gota escorra.
2. ESEM (microscopia eletrônica de varredura ambiental - do inglês Environmental Scanning Electron Microscopy)
As fotografias de microscópio eletrônico foram tomadas com um XL-30 TPM disponível da companhia FEI sob condições padrão otimizadas para cada amostra individual.
3. Impermeabilidade à água
A impermeabilidade à água foi avaliada a grosso modo medindo a pressão hidrostática em um dispositivo de teste (1) como mostrado na Figura 2. Água de torneira foi colocada lentamente no tubo (derramado ao longo das paredes internas do tubo, por exemplo, em uma locação mostrada por uma flecha (2), é recomendado minimizar o impacto da água corrente na superfície não-tecida). A altura do pilar de líquido no tubo foi observada no momento que o líquido começa a gotejas através do não-tecido.
Uma avaliação mais precisa da resistência à água é possível seguindo o padrão EDANA WSP 80,6 (05) usando uma cabeça de teste de 100 cm2, água tendo uma temperatura de 23 ± 2°C, uma taxa de crescimento da pressão de pressão de 10 ± 0,5 cm.
4. Taxa de transmissão de vapor de água (WVTR - do inglês - water vapour transmission rate)
Teste padrão EDANA WSP 70,6 (05) parte 2
A permeabilidade ao vapor foi testada seguindo o teste padrão EDANA WSP 70,6 (05) parte 2 com os substratos revestidos usando um LYSSY-L80-4000 a 38°C.
EXEMPLO 1 (Revestimento de rede) Em uma série de experimentos uma toalha de limpeza industrial feita a partir de uma combinação de fibras de polpa de madeira, lyocell e poliéster foi usada como substrato de referência para aplicar um revestimento fortemente hidrofóbico de polipropileno isotático (i-PP). Polipropileno isotático como o que está disponível de Sigma-Aldrich Co. sob a designação de produto 182389 (10 mg/ml, 20 mg/ml ou 3 0 mg/ml) e p-xileno (50 ml) foram carregados em um frasco de fundo redondo e a mistura foi refluída. O substrato então foi revestido com a solução quente de acordo com as seguintes cinco técnicas revestimento:
1. Mergulhando o substrato na solução quente.
2. Fundir a solução quente uniformemente por todo o substrato.
3. Aproximadamente 50% da solução quente é derramada em uma placa de cristalização e então o substrato é colocado na tigela seguido por derramar o resto da solução por todo o substrato.
4. Colocar o substrato no frasco de fundo redondo junto com a mistura de i-PP e p-xileno antes de aquecer, e
5. colocar o substrato no frasco após dissolver o polipropileno e refluir a mistura por alguns minutos.
Além disso, a metiletilcetona (MEK) foi investigada como não solvente em uma série de experimentos. Para este propósito, i-PP (10 mg/ml, 20 mg/ml ou 30 mg/ml) foi dissolvido em p-xileno (30 ml). Após colocar o substrato na a solução quente, MEK (20 ml) foi adicionado. De acordo com a técnica (1) o substrato foi colocado na solução quente e então MEK (20 ml) foi adicionado. Após remover o substrato o mesmo foi seco ao ar. Foi revelado que esta variante especifica de técnica de revestimento (1) usando uma mistura de p-xileno/MEK é menos adequado para conseguir ângulos de contato maiores que 110°. Portanto, revestimento técnicas (2) e (3) como mostrado acima foi modificado como segue:
A) mergulhar o substrato na MEK antes do revestimento,
B) mergulhar o substrato na MEK após o revestimento.
Os resultados são resumidos na seguinte tabela.
Tabela 1
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O substrato não revestido absorveu as gotas tão rapidamente que os ângulos de contato não puderam ser medidos usando DAT.
As toalhas de limpeza revestidas foram avaliadas por meio de medições do ângulo de contato (DAT = testador de ângulo dinâmico baseado na técnica de gota séssil descrita anteriormente) e ESEM (microscopia eletrônica de varredura ambiental).
As fotografias de ESEM de uma toalha de limpeza revestida de acordo com a presente invenção são mostradas nas Figuras 1 (A) e (B) em comparação com o substrato não revestido (Figura 1 (C)). Além disso, a impermeabilidade à água foi avaliada usando o teste padrão EDANA WSP 80,6 (05), mas com uma cabeça de teste de 10 cm2 e 10 cm/min de aumento de pressão. O material de referência não revestido absorveu a água imediatamente de modo que a pressão hidrostática não pôde ser medida. A amostra revestida mostrou um valor de pressão hidrostática de 26 mbar (10 ± 0,5 cm H20/min).
Além disso, um teste de permeabilidade a vapor foi conduzido com o substrato revestido usando um LYSSY-L80- 4000 de acordo com o método de teste descrito acima. A permeabilidade a vapor medida foi 2240 g/m2 χ 24 h.
EXEMPLO 2 (Revestimento de lenço de papel)
10 mg/ml de isopropileno isotático (Sigma-Aldrich Co, 182389) foram adicionados a uma mistura de 50 ml de p- xileno/MEK em uma razão de volume de 60/40 em um frasco de fundo redondo. A mistura foi aquecida usando uma manta de aquecimento elétrica até que os grânulos de iPP desapareceram. Isto pôde ser conseguido sem refluir a mistura. Então, uma folha de lenço de papel de uma dobra para secar a mãos M-Tork® tendo um peso base total de aproximadamente 25 g/m2 foi revestida em uma área de aproximadamente 100 cm2 derramando a solução quente uniformemente por todo o papel. A amostra foi pendurada verticalmente para secar no ar ambiente. Após aproximadamente 12 horas, a amostra foi armazenada em um papel de filtro dobrado. Após o acondicionamento como descrito, o ângulo de contato foi medido de acordo com o descrito previamente método para ser 147°.
EXEMPLO 3 (Revestimento de não-tecido)
60 ml dep-xileno, 40 ml de MEK e 2 g de aglomerado i- PP (Sigma-Aldrich) foram carregados em um frasco de fundo redondo de três gargalos. Uma abertura foi instalada com um condensador de refluxo, uma com um termômetro e a terceira foi fechada com uma rolha de vidro. A mistura foi aquecida usando uma manta de aquecimento elétrica até uma temperatura de aproximadamente 126°C. A esta temperatura o polipropileno estava completamente dissolvido em p-xileno.
0 não-tecido (3) a ser revestido (S1700PHW, um não- tecido de polipropileno spunbond (fia e ligado) termoligado hidrofóbico 17 g/m2 disponível de Union Industries SpA, Itália) foi preparado dobrando uma amostra sobre uma placa de vidro (6) como mostrado na Fig. 3. Uma segunda placa de vidro (6') foi colocada sob a primeira placa (4) em um arranjo como mostrado na Figura 3 para segurar as bordas dobradas contra a primeira placa. As duas placas de vidro foram seguradas juntas com clipes (5). O propósito deste arranjo foi manter o não-tecido liso e esticado durante o revestimento e esfriamento. 0 grau de estiramento em ambas as direções (MD/CD) foi de aproximadamente de 0,1 a 5%. Contudo, qualquer outro arranjo adequado para um processo industrial funcionará igualmente à medida que mantenha o não-tecido sob tensão para prevenir encolhimento ou enrugamento. O não-tecido foi revestido usando uma colher de laboratório de metal para fundir pequenas quantidades da solução de polímero quente no não-tecido. 0 não-tecido revestido foi deixado pendurado verticalmente para esfriar em ar ambiente e os solventes foram deixados evaporar em uma campânula de fumos a temperatura ambiente. 0 não-tecido perfeitamente esfriado foi retirado das placas de vidro e testado como segue.
Um tubo de vidro comprido (1) (como mostrado na figura 2) tendo um diâmetro de 1 cm foi montado verticalmente usando grampos (não mostrados). O não-tecido a ser testado foi montado por toda a extremidade inferior do tubo de vidro dobrando o não-tecido (3) para cima por todos os lados e segurando o mesmo com uma goma elástica (4) . Foi tomado cuidado para evitar enrugamento na área da junção do não-tecido com uma parede de vidro do tubo. Água de torneira foi colocada lentamente no tubo (derramar ao longo das paredes internas do tubo é recomendado para minimizar o impacto da água corrente sobre a superfície do não-tecido) . A altura do pilar de líquido no tubo foi observada no momento que o líquido começou a gotejar através do não- tecido. Este método não foi otimizado para obter valores absolutos confiáveis, mas permitiu uma comparação com o não-tecido não revestido. Conseqüentemente, foi observado que o material de não-tecido não revestido começou a pingar a uma altura de pilar de água de aproximadamente 1 cm. Em contraste a isto, o não-tecido revestido não começou a pingar antes do pilar ter alcançado uma altura vários centímetros. Este experimento, portanto mostrou claramente a impermeabilidade a líquidos aumentada de um material de não-tecido revestido de acordo com a presente invenção. Tal não-tecido revestido pode ser usado em produtos absorventes em qualquer caso, como explicado anteriormente, uma hidrofibicidade aumentada é benéfica, por exemplo, como material de bainha das pernas, como material de folha inferior ou, se o correspondente revestimento é aplicado somente parcialmente, em particular em um padrão, como material folha superior ou como camada de manejo de fluidos.