BRPI0621462A2 - dispositivo para distribuição de vapor - Google Patents

Abstract

DISPOSITIVO PARA DISTRIBUIçãO DE VAPOR. A presente invenção refere-se a um dispositivo de distribuição de vapor compreendendo um bocal (21) do orifício no qual o vapor fornecido de uma fonte de vapor pressurizado (1) é emitido. O dispositivo de distribuição é dotado de uma câmara tubular (14) posicionada em torno da zona onde o orifício do bocal (21) emerge, a referida câmara tubular (14) sendo fechada em sua extremidade próxima ao orifício do bocal (21) e aberta na extremidade oposta (14b) através da qual o vapor é distribuído no ambiente em direção ao objeto a ser esterilizado.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITIVO PARA DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR".

Descrição

A presente invenção refere-se a um dispositivo para distribuição de vapor compreendendo um bocal de cujo orifício e emitido o vapor forneci- do de uma fonte de vapor pressurizado é emitido.

É sabido que vapor, que pode ser superaquecido, é usado am- plamente em todas aquelas aplicações que requerem desinfecção e saniti- zação completas do ambiente, tal como, por exemplo, interiores de trens, halls de cinemas, teatros, mas também e em particular as mobílias, instru- mentos e aparelhos presentes em clínicas médicas e veterinárias, estúdios de dentistas, centros cirúrgicos, ambulâncias, teatros de operações e ambi- entes similares.

No ambiente dentário, em particular, a fim de lidar com proble- mas de higiene, equipamento de lavagem de instrumento e esterilização de autoclave, normalmente caro, é usado, o referido equipamento, embora sen- do muito eficaz, tendo um procedimento operacional complexo e longos tempos de processos.

Esse equipamento é usado normalmente uma vez por dia ou após o tratamento de pacientes com infecções virais.

O conjunto de mobílias, instrumentos e aparelho normalmente usados são, na verdade, lavados e sanitizados pelo cirurgião-assistente, u- sando desinfetantes à base de álcool, que são atomizados por meio de pul- verizadores e secos com toalhas de papel.

Essa operação é indispensável após tratamento de cada pacien- te e requer longos tempos de operação.

Sistemas usando vapor saturado ou também superaquecido têm sido propostos, o último sendo pulverizado contra os objetos a serem esteri- lizados por meio de um dispositivo de distribuição de alta pressão.

Contudo, esses sistemas que usam vapor, embora sejam muito eficazes para limpeza de ambientes domésticos ou industriais, na verdade, têm limitações maiores quando usados para aplicações de esterilização do tipo indicado acima.

De fato, nos dispositivos de distribuição conhecidos, o jato de vapor, não importa quão poderoso seja em termos de pressão e apesar de ser fornecido pela fonte em altas temperaturas, quando bate nas superfícies dos objetos a serem esterilizados, tem temperaturas que não mais são ade- quadas para a finalidade, isto é, para a destruição da atividade microbiana presente nos referidos objetos.

O objetivo da presente invenção é proporcionar um dispositivo de distribuição de vapor que permite a desinfecção e sanitização de instru- mentos e equipamentos cirúrgicos e/ou médicos, em particular, mas não ex- clusivamente aqueles que são usados em um estúdio de dentista, rapida- mente e de maneira muito efetiva com relação à atividade microbiana parti- cular, que deve ser destruída.

O objetivo é alcançado com um dispositivo de distribuição de vapor de acordo com a reivindicação 1 abaixo.

A invenção será agora descrita em maiores detalhes com refe- rência a um exemplo de modalidade prática, desde que somente por meio de um exemplo não limitativo, ilustrado nos desenhos anexos, em que:

- a figura 1 mostra uma vista, seccionada verticalmente, do dis- positivo de distribuição de vapor de acordo com a invenção;

- a figura 2 mostra a vista, seccionada horizontalmente, do dis- positivo de distribuição ao longo da linha II - II da figura 1.

Com referência às figuras mencionadas acima, 1 indica, esque- maticamente, uma fonte de vapor convencional, a capacidade da qual para produzir vapor pode ser variada de acordo com as exigências. A fonte 1 po- de ser, à guisa de exemplo, uma caldeira com uma capacidade de 1500 W, proporcionando vapor em uma pressão de 0,3 mPa (3 bar) ou uma caldeira com um vapor que proporciona uma capacidade muito maior, em uma pres- são de 0,1 mPa (10 bar).

O vapor fornecido da fonte 1, por exemplo, uma caldeira, é transportado, por meio de um tubo 2, que é, por exemplo, flexível e também convencional para o dispositivo de distribuição de acordo com a invenção, que é denotado globalmente por 3 na figura 1.

Este último compreende um corpo tubular 4, tendo uma cavida- de axial 5 formada no seu interior. O corpo 4 é dotado de um dispositivo de aquecimento, por exemplo, uma resistência elétrica convencional 6, equipa- da com terminais 7 para o seu acionamento.

Em uma de suas extremidades, o corpo tubular 4 é fechado pela parede extrema 8, que é dotada de uma abertura 9 à qual o tubo de forneci- mento de vapor é conectado por meio de uma união 10, mostrada na figura 1.

A extremidade oposta 11 do corpo tubular 4 é aberta e destinada a ser fechada, vedantemente, pelo ressalto anular 12 de uma parte 13, dis- posta co-axialmente com o corpo 4.

Essa parte 13 tem uma câmara tubular 14, de preferência, com seção transversal circular, que se estende axial e concentricamente com re- lação ao corpo 4 em um lado, em relação ao ressalto anular 12 e um corpo cilíndrico 15, que se estende no lado oposto, sendo alojado no interior da cavidade axial 5 do corpo 4 com a formação de uma câmara 16 entre a ex- tremidade 17 e a parede extrema 8.

A superfície do corpo cilíndrico 15 tem nela formado uma ranhu- ra helicoidal que, com a superfície cilíndrica interna do corpo 4, define um conduto helicoidal 18. Este último é conectado, em um lado, à câmara 16 em que o vapor é fornecido do tubo 2 e, no outro lado, a uma ranhura anular 19 formada no corpo cilíndrico 15.

Essa ranhura anular 19 está em comunicação de fluido com um conduto radial 20, formando no corpo 15 e esse conduto radial 20, por sua vez, está em comunicação com um conduto 21, formado axialmente no inte- rior do corpo 15, fechado na extremidade de fundo e aberto via um orifício 23, emergindo no interior do espaço definido pela câmara tubular 14.

Este último, portanto, é fechado no fundo 22 onde o orifício 23 é formado e aberto livremente com uma abertura 14b no lado oposto.

De acordo com a invenção, a área seccional transversal "B" da câmara 14 e sua abertura 14b em direção ao exterior é maior do que a área seccional transversal "A" do orifício 23 do conduto 21 por um fator que oscila entre 30 e 150.

O conjunto formado pelo corpo 4 e a parte 13 pode ser alojado em uma localização fixa ou no interior de um invólucro 24 com um cabo 25 para manobrá-lo, conforme mostrado na figura 1. O cabo 25 pode ter, tam- bém, disposto sobre ele, um botão de calcar 26 para ativar e interromper o fornecimento de vapor da fonte 1, de maneira convencional.

De acordo com a invenção, o dispositivo de distribuição 3 pode compreender um tanque 27, conectado radialmente à parte 13 e em comuni- cação com a câmara 14 por meio de um tubo 28 que é estirado do fundo do tanque.

Este último é destinado a conter um líquido, denotado por 29 na figura 2, a ser adicionado ao vapor durante a sua distribuição. O líquido é um desinfetante ou um agente de limpeza ou uma substância aromática e sua sucção no interior da câmara 14 pode ocorrer, por exemplo, por meio do e- feito Venturi, ao longo do tubo 28, causado pelo fluxo de vapor que está sendo distribuído.

Da descrição acima está claro que, em seguida à operação do botão de calcular 26 ou um dispositivo de controle equivalente, se o aparelho estiver em uma localização fixa, o vapor é fornecido da fonte 1 para a câma- ra 16 do corpo 4 de onde, através do conduto helicoidal 18, da ranhura 19 e do conduto radial 20, alcança o conduto axial 21, que realiza a ação de um bocal de distribuição.

Durante deslocamento ao longo do conduto helicoidal 18, se a resistência elétrica 6 for ativada, o vapor fornecido da fonte 1, se requerido, é superaquecido ou, em qualquer caso, tornado totalmente seco.

O vapor, portanto, na região do orifício 23 emerge no interior do espaço definido pela câmara tubular 14, que forma um espaço restrito em relação ao ambiente livre circundante. A expansão do vapor no interior do ambiente restrito da câmara 14, portanto, ocorre com uma ação de resfria- mento, que é notavelmente menor do que aquela que ocorreria, se o orifício 23 fosse emergir diretamente no interior do ambiente livre externo. Segue-se que, na saída da seção tubular da câmara 14, o vapor ainda possui uma alta temperatura que permanece substancialmente invari- ável até que ele bata nas ferramentas ou no equipamento a ser esterilizado.

A eficiência do dispositivo de distribuição de acordo com a pre- sente invenção foi determinada por meio de uma série de testes operacio- nais experimentais, usando vapor fornecido de uma caldeira em uma pres- são de 0,37 mPa (3,7 bar), com um rendimento de 100 gramas/ minuto, sem o uso de um superaquecedor. A temperatura do vapor medida no orifício 23, em todos os testes, foi mantida em 100° C.

Os testes foram realizados detectando a temperatura em queo vapor, emitido do dispositivo de distribuição de acordo com a invenção, ge- renciado para bater na superfície a ser esterilizada situada em 30 mm da abertura 14b da câmara 14 mediante a variação na área seccional transver- sal "A" do orifício 23 e variação na área seccional transversal "B" da abertura 14b. O comprimento axial da câmara 14 era, em todos os testes, igual a 120 mm.

Os resultados dos testes experimentais referidos acima são mostrados na tabela a seguir: RESULTADOS (TEMPERATURAS)

<table>table see original document page 7</column></row><table> Como pode ser visto dos dados mostrados na Tabela, a eficiên- cia máxima, em termos de temperatura ainda possuída pelo jato de vapor que deixa o dispositivo de distribuição de acordo com a invenção, é obtida com um orifício 23 tendo um diâmetro de 1,5 mm e com uma abertura 14b, da câmara tubular 14, tendo um diâmetro de 13 mm ou com um orifício ten- do um diâmetro de 3mm junto com a abertura da câmara tubular tendo um diâmetro de 17 mm. Em ambos os casos, a temperatura do vapor medida na superfície do objeto a ser esterilizado foi igual a 94°G.

Contudo, a eficiência em termos de temperatura e, portanto, es- terilização foi aceitável também com combinações de diâmetros diferentes, quando a área seccional transversal "B" da abertura 14b tinha um valor entre 30 e 150 vezes a área seccional transversal "A" do orifício 23, para o mesmo comprimento axial da câmara tubular 14.

As dimensões e a forma do invólucro 24 e os materiais usados para fabricação do dispositivo de distribuição podem, obviamente, variar, dependendo das exigências, sem afastamento, assim, do escopo da inven- ção, conforme descrito acima e reivindicado abaixo.

Claims (10)

1. Dispositivo de distribuição de vapor, compreendendo um bo- cal (21) de cujo orifício (23) é emitido o vapor fornecido de uma fonte de va- por pressurizado (1), caracterizado pelo fato de ser dotado de uma câmara tubular (14), posicionada em torno da zona onde o orifício (23) do bocal e- merge, a referida câmara tubular (14) sendo fechada em sua extremidade de fundo (22) e aberta na extremidade oposta (14b) através da qual o vapor é distribuído no ambiente, em direção aos objetos a serem esterilizados.

2. Dispositivo de distribuição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a área seccional transversal (B) da referida câma- ra tubular (14) ser maior do que a área seccional transversal (A) do orifício (23) do bocal (21).

3. Dispositivo de distribuição, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo fato de a área seccional transversal (B) da referida câmara tubular (14) circundar a zona onde o orifício (23) do bocal por um fator que oscila entre 30 e 150.

4. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de a seção transversal (B) da referida câmara tubular (14) ser circular.

5. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de a referida câmara tubular (14) se estender concentricamente com o eixo geométrico longitudinal do bocal (21) através de uma seção reta predeterminada.

6. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de o orifício de distribuição (23) do referido bocal (21) estar situado no fundo fechado (22) da referida câmara tubular (14).

7. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de incluir um dispositivo (15) para secagem e superaquecimento do vapor, o referido dispositivo sendo posicionado a montante do referido bocal (21).

8. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de incluir um tanque (27) para contenção de um líquido (29) a ser adicionado ao vapor durante a sua distribuição, o referido tanque (27) sendo fixado à referida câmara tubular (14) e colocado em comunicação com o interior desse último por meio de dispositivo de sucção (28).

9. Dispositivo de distribuição, de acordo com a reivindicação 8, em que o referido líquido (29) é um desinfetante ou agente de limpeza ou uma substância aromática.

10. Dispositivo de distribuição, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 9, caracterizado pelo fato de compreender um invólu- cro (24), com um cabo de manobra (25) fixado à referida câmara tubular, o referido cabo (25) compreendendo um dispositivo de controle (26) para ati- var a distribuição ,do vapor da fonte (1) em direção ao bocal (21).