BRPI0505770B1 - Processo para obtenção de fertilizante de liberação lenta de fósforo - Google Patents

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    • C05FERTILISERS; MANUFACTURE THEREOF
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    • C05B13/00Fertilisers produced by pyrogenic processes from phosphatic materials
    • C05B13/02Fertilisers produced by pyrogenic processes from phosphatic materials from rock phosphates

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Description

PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE
LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO
Campo da Invenção A presente invenção trata de um processo para a obtenção de fertilizantes sólidos enriquecidos em Ca, Mg, Si, S, P e micronutrientes, para uso na agricultura, a partir da combinação do processo de pirólise de um folhelho pirobetuminoso (xisto) com rochas carbonáticas de origem sedimentar marinha (calxisto) e de rochas fosfáticas de baixa solubilidade (apatitas).
Fundamentos da Invenção A dependência da agropecuária brasileira aos fertilizantes representa riscos à sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuários. Assim, novas rotas para os insumos, bem como novos insumos precisam ser desenvolvidos. A demanda da sociedade por formatos tecnológicos de produção de base agro-ecológica, que garantam a segurança alimentar, ambiental, a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos, representa uma tendência dos consumidores de todo o Planeta.
Por outro lado, a elevada disponibilidade de xisto e de rochas fosfáticas de baixa solubilidade no Brasil e em diversos países importantes, como a China, a expansão da área de produção integrada de frutas e de grãos, e, da área de produção orgânica; as novas exigências do mercado por produtos mais limpos, com qualidade e quantidade; e, a agregação de valor biológico aos alimentos, pode representar um novo marco para a competitividade e sustentabilidade da agropecuária brasileira.
Do ponto de vista agronômico, pelo menos três fatores têm sido limitantes ao aumento da produção de alimentos, fibras e biocombustíveis: - a limitação para expansão de novas fronteiras agrícolas, especialmente nos países do hemisfério norte (região de clima temperado); - a degradação da qualidade das terras, produto de um modelo de agricultura baseado na movimentação intensiva do solo, intenso uso de produtos químicos sintéticos e/ou solúveis e monocultura e, - a limitação de disponibilidade de nutrientes essenciais ao crescimento vegetal, especialmente do fósforo (P), devido ao elevado custo e pela finitude das reservas mundiais. O fósforo está presente na estrutura genética fundamental (DNA e RNA) e está envolvido em produção, transferência e armazenamento de energia, via (ATP e NADPH), em todos os processos biológicos na natureza. Nas plantas, o (P) é necessário para fotossíntese, respiração, função celular, transferência de genes e reprodução.
As fontes de fósforo usualmente utilizadas na agricultura convencional são: o (SFT) (super fosfato triplo), o SFS (super fosfato simples), o MAP (mono-amônio fosfato) e o DAP (di-amônio fosfato), as quais são fontes solúveis e que não se enquadram dentre aquelas fontes passíveis de serem utilizadas na produção agro-ecológica ou orgânica.
Fontes menos solúveis constituem-se alternativas que podem ser utilizadas na produção agro-ecológica. Porém, necessitam de tratamento prévio, geralmente por processos físicos como temperatura para aumentar o teor de fósforo solúvel, como no caso dos termofosfatos.
Latossolos e Argissolos representam pelo menos 60% dos solos agrícolas brasileiros. Esses solos são antigos, altamente intemperizados, com predomínio de óxidos de ferro, alumínio e caulinita, minerais cuja contribuição para a fertilidade natural do solo (capacidade de troca de cátions - CTC) é extremamente baixa. Óxidos de ferro e alumínio são minerais de elevada área superficial específica e alta reatividade de superfície, pois apresentam grupos funcionais (Fe-OH) e/ou (AI-OH) que apresentam carga residual variável conforme o (Ph) do meio. Por exemplo, o ponto de carga zero (PCZ) dos óxidos de (Fe) e (Al) situa-se em pH 8,5 , ou seja, ao pH comumente observado em solos brasileiros (pH<6). Há predomínio de cargas positivas residuais na estrutura mineral, cargas essas que podem ser neutralizadas pelos ânions tipo fosfato (P043'), cujas formas iônicas são as preferencialmente absorvidas pelas plantas. A ligação química entre os grupos funcionais de superfície dos óxidos de ferro e alumínio com o ânion fosfato é muito estável, fato este que explica a alta capacidade de fixação ou imobilização temporária de fósforo pelos solos, reduzindo a eficiência da adubação fosfatada pelo decréscimo da disponibilidade de fósforo na solução do solo.
Para fontes solúveis de fósforo, sua aplicação concentrada na linha de plantio reduz a superfície de reação do fósforo com as superfícies dos argilominerais, diminui a fixação do fósforo, e, conseqüentemente, aumenta a eficiência agronômica. Entretanto, fontes solúveis não são passíveis de utilização em sistemas de produção agro-ecológicos. Nestes sistemas, especialmente quando órgãos de colheita são retirados, nem sempre a ciclagem do nutriente é suficiente para a manutenção da sustentabilidade produtiva e da qualidade do solo. Outras fontes de fósforo, como farinha de ossos, termofosfatos, fosfatos naturais, podem ser utilizadas alternativamente às fontes solúveis.
Considerando a dinâmica do fósforo no solo, as escassas reservas mundiais, o aumento da demanda por fontes não solúveis para uso na produção agroecológica, a baixa reatividade e solubilidade das rochas fosfáticas brasileiras, os baixos teores de fósforo nos solos, e, a deficiência e resposta das plantas aos micronutrientes em algumas regiões do Brasil, como no Cerrado, é fundamental o desenvolvimento de novos processos e insumos fontes de fósforo, de macro e micronutrientes, para a ampliação da área de produção agroecológica, para a qualidade ambiental e para a sustentabilidade produtiva.
Os fertilizantes fosfatos dividem-se basicamente em fertilizantes fosfatos obtidos industrialmente (fontes convencionais de fósforo - fontes solúveis), e, os destinados à aplicação “in natura” (fosfatos naturais).
Os fertilizantes obtidos industrialmente são representados, principalmente, pelos superfosfatos (simples e triplo), fosfatos de amônio (monoamônio fosfato e diamônio fosfato), termofosfatos e o bio-super, enquanto que os fosfatos naturais compreendem os fosfatos de origem sedimentar - fosfatos “moles”, e, os fosfatos de origem ígnea - fosfatos “duros”.
Os fosfatos solúveis são obtidos a partir da industrialização dos fosfatos naturais (apatitas). Nesse processo, o superfosfato simples é obtido a partir da mistura estequiométrica de H2S04 com fosfatos naturais. O superfosfato triplo é obtido da mistura do fosfato natural com ácido fosfórico, resultando em maior concentração de fósforo e menor de enxofre. A neutralização parcial do ácido fosfórico resulta no fosfato monoamônico (MAP) e no fosfato diamônico (DAP).
Além destas fontes, outras de maior solubilidade existente no mercado, diferem destas por não serem atacadas por ácido sulfúrico e fosfórico (termofosfatos e o bio-super). Os termofosfatos são obtidos pela fusão de rochas apatíticas ou fosforitas com uma rocha magnesiana (Serpentina) e resfriada rapidamente. A obtenção do bio-super ocorre a partir da substituição do ácido sulfúrico, utilizado na obtenção do superfosfato simples, por enxofre elementar e bactérias do gênero Thiobacillus, que oxidam o enxofre a sulfato, proporcionando a acidez responsável pela acidificação da rocha fosfatada.
Os fosfatos naturais podem ser de origem ígnea ou metamórficos (muito pouco reativos), com estrutura cristalina compacta, com pequena superfície específica, fato que exige uma moagem fina. Outro grupo de fosfatos são de origem sedimentar, o que lhe confere maior reatividade graças a presença de estrutura microcristalina pobremente consolidada, com grande superfície específica.
Apatitas de origem ígnea não apresentam carbonato (C032~) em sua composição. Já a apatita de origem sedimentar apresenta a substituição de (P043') por (C032'). De modo geral, 0 aumento no conteúdo de carbonato na apatita leva a uma maior reatividade na rocha fosfática.
Como exemplo, enquanto a relação molar C03/P04 no fosfato natural da Carolina do Norte é de 0,26 (material reativo), no fosfato de Pato de Minas (origem sedimentar, porém pouco reativo) é dez vezes menor.
Os fosfatos brasileiros, de elevada abundância, são em sua maioria de origem ígnea (Jacupiranga, Araxá, Tapira, Catalão e Anitópolis), portanto de baixa reatividade. Conseqüentemente a liberação de fósforo às plantas, com a aplicação destes fosfatos no solo, na maioria dos casos, é lenta.
Entretanto para situações particulares (aumento gradual do P- disponível no solo), a baixa eficiência dessas fontes a curto prazo pode ser compensada pelo baixo custo.
Outra possibilidade de utilização de fosfatos brasileiros pouco reativo é submetê-lo a tratamento térmico, visando aumentar sua solubilidade, o que permitiría um maior aproveitamento das jazidas brasileiras com menor concentração de fósforo. Como exemplo destaca-se a obtenção de termofosfato magnesiano, a partir do tratamento térmico da apatita de Araxá e rocha magnesiana à temperatura de 1500°C com resfriamento rápido para evitar a recristalização. Há relatos da possibilidade de enriquecimento de escórias de siderurgia com fosfatos naturais, obtendo um fertilizante fosfatado de reação alcalina, semelhante aos termofosfatos, ou mesmo em corretivo de acidez que contenha fósforo em teores não desprezíveis. Em seu estudo o autor conclui que a fusão de fosfatos naturais com escória de siderurgia mostrou-se tecnicamente viável, e a mistura fundida de fosfato de baixa reatividade (Araxá) com escória siderúrgica na relação 4:6, pode ser considerada um fertilizante fosfatado, além de apresentar um poder corretivo da acidez do solo. Entretanto, geralmente os processos existentes de enriquecimento de subprodutos industriais com fontes de (P) empregam processos de queima (calcinação) a altas temperaturas, as quais volatilizam muitos elementos de interesse agronômico e promovem uma mineralização dos nutrientes, que podem ser facilmente removidos do ambiente por processos de transporte, podendo causar prejuízos ambientais. A utilização do processo de pirólise de um folhelho pirobetuminoso, a 450°C, rico em compostos orgânicos voláteis e macro e micronutríntes, enriquecido com rochas fosfáticas naturais de baixa solubilidade e com uma marga dolomítica (calxisto), representa uma oportunidade de um processo inovador para a obtenção de fertilizantes sólidos. Tais fertilizantes estão enriquecidos em nutrientes importantes para o crescimento das plantas, e que poderão ser utilizados em novos nichos de mercados agroecológicos, além de serem obtidos a baixo custo devido ao aproveitamento de um processo e instalação industrial pré-existentes. A solubilidade do fertilizante fosfatado é a principal característica utilizada na tomada de decisão por uma ou outra fonte de fósforo na adubação. A eficiência agronômica dos adubos fosfatados está relacionada com a proporção de P205 solúvel, do P205 total, em água, citrato neutro de amônio ou ácido cítrico, considerando-se solúvel uma fonte que tenha valores dessa relação superiores a 70% (Malavolta, 1989). Em termos biológicos, existe uma estreita relação entre solubilidade em ácido cítrico e resposta biológica das culturas. Isso pode justificar o fato de plantas adubadas com termofosfatos e fosfatos solúveis apresentarem produtividades semelhantes. A Tabela 1, ao final do relatório, apresenta a concentração de P205 total e P205 solúvel (relação percentual do P205 total), em água, ácido cítrico e citrato neutro de amônio, de fontes de fósforo industrializadas e de fosfatos naturais, os teores totais e solúveis em ácido cítrico de fontes obtidas industrialmente e naturais de fósforo. A escolha de um ou outro fertilizante como fonte de fósforo está diretamente relacionada com a disponibilidade do nutriente no solo e suas relações de equilíbrio. Três são as formas do fósforo no solo que determinam estas relações de equilíbrio: fósforo em solução; fósforo lábil; e fósforo não lábil.
Quando as concentrações de fósforo não são suficientes para manter níveis no solo que permitam o crescimento das plantas cultivadas, é necessário implantar estratégias de adubação como forma de suprir a deficiência do elemento na solução, mantendo assim o fluxo contínuo para a planta. Entretanto, a aplicação de fertilizantes fosfatados contendo quantidades satisfatórias do elemento não garante por si só um suprimento adequado do nutriente às plantas. Isso ocorre principalmente pelos seguintes aspectos: a) a fonte utilizada é de alta solubilidade (como o caso dos fosfatos solúveis), estando sujeita a ser “drenada ou fixada” pelo solo, reduzindo a capacidade de suprimento à planta; b) a liberação pode ser muito lenta (como no caso dos fosfatos naturais), o que não mantém os níveis do nutriente em solução em concentrações adequadas para as plantas (fósforo na forma de fertilizante).
Desta forma com o acréscimo da fração lábil (“disponível”) do fósforo no solo, a tendência será de aumento do fósforo em solução.
Todavia se a taxa de extração do fósforo da solução for maior que a taxa de suprimento do elemento pela fração lábil, ocorrerá a curto, médio ou longo prazo, o comprometimento das concentrações ideais na solução para o crescimento das plantas. Assim, a simples aplicação de fertilizantes contendo fósforo poderá não resolver o problema de deficiência do nutriente, implicando em aumento nos custos com o insumo, sem, entretanto, aumentar a produtividade das culturas.
Na Figura 1 do presente documento, pode-se observar que para as fontes de fósforo solúveis em água, os teores de P-lábil tendem a ser mais facilmente reduzidos com o tempo. Já para as fontes de fósforo “insolúveis” em água, o P-lábil tende a aumentar com o tempo.
Desse modo fica evidente que, dependendo das concentrações iniciais do fósforo na forma lábil no solo, a aplicação de fontes solúveis poderá resolver o problema de suprimento as plantas. Em contrapartida, o nutriente estará sujeito às reações de fixação e precipitação (“dreno- solo”) tão logo se encontrem na solução, no solo.
As fontes de fósforo “insolúveis” em água tendem a elevar a fração lábil com o tempo, o que concorre para redução das reações de imobilização e fixação, em relação às fontes solúveis. Porém, o fornecimento das quantidades de fósforo para o bom desenvolvimento das plantas, poderá ser comprometido. Diante disso, as estratégias de adubação devem otimizar a adubação fosfatada, de modo a sincronizar as demandas nutricionais das culturas à liberação de nutrientes pelas fontes utilizadas.
Fosfatos solúveis e os fosfatos naturais diferem, entre outros fatores, quanto às condições de acidez necessária para sua solubilização, e a acidez gerada no processo de liberação do fósforo-fertilizante. Valores de pH baixo favorecem a solubilização dos fosfatos naturais, enquanto que valores próximos à neutralidade, favorecem a solubilização de fontes solúveis. Quanto à geração da acidez, as fontes solúveis tendem a acidificar a região em torno do grânulo, enquanto que os fosfatos naturais tendem a elevar o PH em torno das partículas do fertilizante, em função de sua reação alcalina, ou seja, devido ao consumo de prótons no processo de solubilização. Entretanto, os níveis ótimos de acidez para uma ou outra fonte, podem ocasionar no solo condições adversas para a disponibilização de outros nutrientes, comprometimento da atividade microbiana, com implicações negativas diretamente sobre o crescimento das plantas.
Subprodutos do processamento industrial, especialmente aqueles ricos em elementos nutrientes e não nutrientes, apresentam potencial para melhoria da qualidade e produtividade biológica do solo, quando utilizados de maneira segura - após análise de risco à segurança ambiental e alimentar, mas também, podem representar fonte de degradação ambiental quando mal manejados, ou se sua destinação final não for adequada. A composição química do xisto bruto, do calxisto e do xisto retortado, mostrada na Tabela 2 ao final do relatório, pressupõem um potencial uso agronômico destes materiais e/ou subprodutos, como matéria-prima para a formulação de fertilizantes sólidos ricos em (Ca, Mg, Cu, Zn, Mn, S, Si), dentre outros. Entretanto, os elementos nutrientes (N, K e P) apresentam-se em baixos teores nestes materiais, o que pressupõe a identificação de processos inovadores de obtenção/formulação que agreguem esses elementos nutrientes ao produto final, sem prejuízos a qualidade do fertilizante, especialmente quanto à possibilidade do seu uso na agricultura agro-ecológica.
Descrição do Estado da Técnica.
Processos de obtenção de fertilizantes sólidos enriquecidos a partir do uso de matérias-primas e/ou subprodutos industriais estão disponíveis na literatura. Por exemplo, a patente brasileira BR 9902803-4 A apresenta um processo de preparação de fertilizante de liberação lenta de potássio e nitrogênio que utiliza como matérias-primas rejeitos da mineração do xisto, como xisto cru e calxisto, os quais são adicionados a um sal de potássio, digeridos e calcinados a temperatura entre 500 e 1000°C, fornecendo um fertilizante de liberação lenta de potássio, indicado para solos arenosos. A patente norte-americana US 3.595.638 descreve um processo de conversão de coque de petróleo em um fertilizante. De acordo com o processo, o coque de petróleo é convertido em um fertilizante contendo até 12,3% de nitrogênio por amonidação do coque, seguido de tratamento com ácido nítrico concentrado e posterior neutralização com hidróxido de amônia. O processo Petrosix®, descrito nas patentes brasileiras PI 7105857-5 e PI 8706596-7, de propriedade da Petróleo Brasileiro S.A., destina-se à extração de hidrocarbonetos a partir da pirólise de um folhelho pirobetuminoso, uma rocha sedimentar de origem marinha da Formação Irati, datada de 250 milhões de anos. A planta industrial está localizada no estado do Paraná, município de São Mateus do Sul. Na formação Irati, uma marga dolomítica rica em óxidos de cálcio e magnésio separa duas camadas do folhelho, as quais apresentam espessuras diferentes. No processo Petrosix®, são processadas 8,5 mil ton/dia de folhelho pirobetuminoso, que pode conter entre 8 a 14% de compostos orgânicos. A integralidade do calxisto minerado é desprezada pelo seu baixo teor de matéria orgânica volátil e retorna às cavas da área de mineração. O xisto retortado, o principal subproduto do processo Petrosix®, juntamente com o calxisto, pela sua composição química, constituem-se matérias primas importantes, de elevada disponibilidade e de baixo custo, para a formulação de fertilizantes de liberação lenta de fósforo, enriquecidos em macro e micronutrientes.
Um objetivo da presente invenção é aproveitar estas características dos subprodutos da industrialização do xisto, para gerar novos produtos, neste caso particular, fertilizantes fosfatados com liberação lenta de fósforo, que atendam as necessidades do mercado.
Assim, a presente invenção apresenta um processo de obtenção de um fertilizante sólido de liberação lenta de fósforo, enriquecido em (Ca, Mg, S, Si) e micronutrientes, a partir da combinação de pirólise de um folhelho pirobetuminoso a uma temperatura entre 450 - 500°C, adicionado de calxisto e de uma rocha fosfática, o qual representa uma promissora inovação em relação à técnica anterior, e que certamente contribuirá para suprir uma lacuna de oferta de fertilizantes permitidos para uso em sistemas agro-ecológicos, aproveitando uma estrutura de processamento industrial já existente de extração de óleo.
Considerando as características das fontes fertilizantes de fósforo e as características químicas, físicas e biológicas dos subprodutos do processamento do xisto, podem estes subprodutos tornar-se importantes condicionadores da qualidade do solo e da eficiência da adubação fosfatada, contribuindo para o aumento da disponibilidade de cálcio, magnésio, silício, enxofre e micronutrientes para as plantas.
Estas e outras vantagens se tornarão evidenciadas quando da descrição detalhada da presente invenção.
Sumário da Invenção A presente invenção trata de um processo para a obtenção de um fertilizante de liberação lenta de fósforo, enriquecido de outros macro e micronutrientes, o qual pode ser produzido a partir da pirólise do folhelho pirobetuminoso, em combinação com calxisto e com rochas fosfáticas naturais.
Após a mineração do folhelho pirobetuminoso, do calxisto e da rocha fosfática natural, o material é transportado e separado granulometricamente, aproveitando-se as partículas com diâmetro na faixa de 6 a 300 mm de diâmetro. As formulações de fertilizantes são preparadas, variando-se as proporções de cada matéria prima na mistura que vai alimentar a retorta. As rochas pirolisadas são resfriadas e moídas, sendo-lhes adicionados um aglomerante, enxofre e micronutrientes para completar a formulação desejada. O produto é então granulado, secado e armazenado.
Breve Descrição dos Desenhos A FIGURA 1 mostra a distribuição ao longo do tempo do fósforo lábil no solo tanto para fontes solúveis quanto para fontes “insolúveis” de fósforo.
Descrição Detalhada da Invenção A presente invenção representa uma estratégia para a formulação de um fertilizante sólido de liberação lenta de fósforo, enriquecido em macro e micro nutrientes importantes para a produtividade biológica das culturas, para uso inclusive em áreas de produção agro-ecológica. A partir da pirólise de rochas de origem sedimentar e metamórficas, obtém-se uma formulação enriquecida em fósforo, por meio da pirólise de rochas fosfáticas, adicionadas ao processo de retortagem juntamente com o folhelho pirobetuminoso.
Portanto, o processo da presente invenção faz uso de um processo de retortagem de xisto em pleno funcionamento na Petrobrás, através da sua Unidade de Negócio e Industrialização do Xisto, agregando valor agronômico (fertilizante) ao xisto retortado, em consequência da adição de uma rocha fosfática à matéria prima utilizada no processo. Desta forma, obtém-se fertilizantes a base de xisto enriquecido com rochas naturais de fósforo, que, somado aos compostos químicos presentes no xisto, como os compostos de enxofre, representam maior biodisponibilidade de fósforo para as plantas e com taxas de absorção melhoradas.
Basicamente o processo compreende as seguintes etapas: - minerar a céu aberto o folhelho pirobetuminoso, o calxisto e a rocha fosfática natural; - transportar as matérias primas com caminhão basculante até a unidade de britagem, aproveitando-se as granulometrias na faixa de 6 a 300 mm de diâmetro; - preparar, a frio, misturas de folhelho pirobetuminoso, calxisto e rocha fosfática, em diferentes proporções, variando entre 0 e 100% em massa dos componentes da carga de alimentação, para a obtenção de diferentes composições de fertilizantes sólidos; - transportar a mistura, por meio de correia transportadora, e efetuar a descarga na parte superior da unidade de retortagem, mantendo-se um fluxo descendente de passagem de aproximadamente 64 ton/hora, injetando-se um gás inerte, obtido do próprio processo de pirólise, em sentido perpendicular o fluxo descente das rochas, a uma temperatura entre 450 a 500 C; - resfriar a massa de rochas pirolisadas até 130 - 150°C, por meio de passagem das rochas retortadas num selo hidráulico composto pela água estrutural das rochas, a qual é vaporizada no processo de pirólise, resfriada externamente e canalizada de volta ao selo de retortagem; - efetuar a moagem do material resultante após a pirólise e resfriamento, adicionando-se ao mesmo um aglomerante, água, enxofre e micronutrientes, dando origem às formulações desejadas; - efetuar a passagem do material moído em misturador, seguindo- se para o granulador, onde os grânulos selecionados são transportados por correia transportadora até uma unidade de secagem, para dar consistência física aos grânulos fertilizantes; - armazenar temporariamente os grânulos de fertilizantes em silos apropriados, seguindo-se posterior ensaque ou comercialização a granel.
Uma grande vantagem da presente invenção é que ela representa uma estratégia para a formulação de um fertilizante sólido de liberação lenta de fósforo, enriquecido em macro e micro nutrientes importantes para a produtividade biológica das culturas, para uso inclusive em áreas de produção agro-ecológica, a partir da pirólise de rochas de origem sedimentar e metamórficas, obtendo-se uma formulação enriquecida em fósforo pela pirólise de rochas fosfáticas adicionadas ao processo juntamente com o folhelho pirobetuminoso.
Outra vantagem reside no fato de que o processo da presente invenção aproveita uma estrutura industrial já existente e em pleno funcionamento na Petrobrás, com o objetivo principal de agregar valor agronômico (fertilizante) ao xisto retortado, por meio da adição de uma rocha fosfática ao processo, de forma a obter-se um fertilizante a base de xisto enriquecido com rochas naturais de fósforo, o qual em um ambiente de oxidação natural dos compostos químicos presentes no xisto, como os compostos de enxofre, apresente maior biodisponibilidade de fósforo para as plantas, do que quando comparado ao uso dessas rochas fosfáticas naturais isoladamente.
Na Tabela 3 ao final do relatório apresenta-se a distribuição percentual em massa das matérias primas empregadas para a obtenção de diferentes composições de fertilizantes sólidos. Foram preparadas formulações contendo 0; 16,5; 25; 33,33; 50; 66,66 e 100%, respectivamente, de cada componente da matéria prima carregada na retorta. TABELA 1 Concentração de P205 total e P205 solúvel (relação percentual do P205 total), em água, ácido cítrico e citrato neutro de amônio, de fontes de fósforo industrializadas e de Fosfatos Naturais. TABELA 2 Composição química do xisto bruto, calxisto e do xisto retortado sem reciclagem de pneu no processo de pirólise. TABELA 3 Distribuição percentual em massa das matérias primas empregadas para a obtenção de diferentes composições de fertilizantes sólidos.

Claims (6)

1. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO caracterizado por ser o dito fertilizante obtido a partir da pirólise, a temperaturas entre 450° e 500°c e com a injeção de gás inerte, de um folhelho pirobetuminoso, contendo de 8 a 14% de compostos orgânicos, em combinação de rochas carbonáticas de origem sedimentar marinha e de rochas fosfáticas de baixa solubilidade.
2. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO de acordo com a reivindicação (1), caracterizado por a rocha carbonática ser o calxisto.
3. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO de acordo com a reivindicação (1), caracterizado por a rocha fosfática ser a apatita.
4. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO de acordo com a reivindicação (1), caracterizado por o referido processo compreender as etapas de: - minerar a céu aberto o folhelho pirobetuminoso, o calxisto e a rocha fosfática natural; - transportar as matérias primas com caminhão basculante até a unidade de britagem, aproveitando-se as granulometrias na faixa de 6 a 300 mm de diâmetro; - preparar, a frio, misturas de folhelho pirobetuminoso, calxisto e rocha fosfática, em diferentes proporções, variando entre 0 e 100% em massa dos componentes da carga de alimentação, para a obtenção de diferentes composições de fertilizantes sólidos; - transportar a mistura, por meio de correia transportadora, e efetuar a descarga na parte superior da unidade de retortagem, mantendo-se um fluxo descendente de passagem de aproximadamente 64 ton/hora, injetando-se um gás inerte, obtido do próprio processo de pirólise, em sentido perpendicular o fluxo descente das rochas, a uma temperatura entre 450 a 500 C; - resfriar a massa de rochas pirolisadas até 130-150 C, por meio de passagem das rochas retortadas num selo hidráulico composto pela água estrutural das rochas, a qual é vaporizada no processo de pirólise, resfriada externamente e canalizada de volta ao selo de retortagem; - efetuar a moagem do material resultante após a pirólise e resfriamento, adicionando-se ao mesmo um aglomerante, água, enxofre e micronutrientes, dando origem às formulações desejadas; - efetuar a passagem do material moído em misturador, seguindo- se para o granulador, onde os grânulos selecionados são transportados por correia transportadora até uma unidade de secagem, para dar consistência física aos grânulos fertilizantes; armazenar temporariamente os grânulos de fertilizantes em silos apropriados, seguindo-se posterior ensaque ou comercialização a granel.
5. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO de acordo com a reivindicação (1), caracterizado por permitir o preparo de formulações contendo proporções que variam de 0 a 100% de cada componente da matéria prima carregada na retorta.
6. PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA DE FÓSFORO de acordo com a reivindicação (1), caracterizado por permitir a formulação de um fertilizante sólido de liberação lenta de fósforo, enriquecido em macro e micro nutrientes.
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