BR202020012324U2 - Conjunto para esqueletamento de árvores de café adaptado em colhedoras - Google Patents

Abstract

conjunto para esqueletamento de árvores de café adaptado em colhedoras. a presente invenção trata de um conjunto para esqueletamento de árvores de café adaptado em colhedoras com aplicação na área de máquinas agrícolas visando facilitar e otimizar o processo de esqueletamento das árvores de café. o conjunto é composto por três subconjuntos que funcionam simultaneamente, sendo dois para esqueletamento da planta nas laterais esquerda e direita e um para esqueletamento do ponteiro, ou seja, da parte de cima da planta. cada um dos três subconjuntos possui três discos de corte giratórios 02, montados nos suportes piramidais 01, que são acionados pelos mecanismos de transmissão localizados no conjunto 03. o suporte piramidal 01 gira acionado pelo motor hidráulico 04a, enquanto os discos de corte 02 giram acionados pelo motor hidráulico 04b. todo o conjunto é fixado na colhedora pelas peças 05 a 11. o equipamento completo possui nove discos de corte girando simultaneamente cortando as árvores de café pelas laterais e pela parte superior ao mesmo tempo, o que garante avanço tecnológico, inovação e melhoria em relação aos modelos existentes, que possuem apenas seis discos giratórios ou que cortam apenas um lado da planta de cada vez.

Description

CONJUNTO PARA ESQUELETAMENTO DE ÁRVORES DE CAFÉ ADAPTADO EM COLHEDORAS

[001] A presente invenção trata de um conjunto para esqueletamento de árvores de café adaptado em colhedoras com aplicação na área de máquinas agrícolas visando facilitar e otimizar o processo de esqueletamento, também conhecido como poda ou decotação, das plantas de café.

[002] Após o período de colheita, faz-se necessário, dentro do processo produtivo do café, podar as árvores para renovação das mesmas. As árvores que compõem uma lavoura de café são enfileiradas em ruas, com espaço entre uma fileira e outra para passagem de máquinas, tratores e outros. A poda das árvores é conhecida em muitas regiões como esqueletamento, em outras chama-se decotação. Em uma fazenda produtora de café, não é raro encontrar-se dezenas de ruas com centenas e, muitas vezes, milhares de árvores de café.

[003] Atualmente, existem basicamente dois processos de esqueletamento de café. Um deles faz uso de acessórios simples, conhecidos como esqueletadeiras, que são acopladas em um trator.

[004] Por este processo, o corte é feito por etapas: primeiramente são montados dos acessórios para corte lateral da árvore. O trator é guiado por uma determinada rua, cortando uma das laterais das plantas; em seguida, o trator volta pela rua adjacente (rua ao lado), cortando a outra lateral das mesmas árvores; finalmente é feita uma troca dos acessórios da esqueletadeira, para corte da parte de cima das árvores (a copa das árvores é conhecida como ponteiro).

[005] O segundo método utiliza acessórios acoplados nas colhedoras. As colhedoras de café utilizadas no período de colheita ficam sem uso após o final e apresentam uma estrutura que pode ser utilizada para montagem de outros acessórios. Dessa forma, pode-se retirar os acessóriso de colheita e instalar outros, com outras finalidades.

[006] Um equipamento existente atualmente, que utiliza esse princípio é composto por seis discos de corte giratórios instalados em suportes e montados na colhedora, sendo dois pares para corte das laterais das plantas e um par para corte do ponteiro. Nessa máquina, temos dois discos de corte montados em um suporte, em um ângulo de 180°. Enquanto o suporte gira, os discos também giram, promovendo o corte. Um suporte com dois discos cortam a lateral esquerda, outros dois cortam a lateral direita e o último par corta a parte de cima da árvore.

[007] Ambos os processos apresentam problemas e limitações. O primeiro é um processo lento e trabalhoso, com pouco rendimento, pois envolve três passadas do trator para esqueletar as árvores de uma única rua. Há elevado consumo de combustível e uma reserva de tempo grande, incluindo as paradas para troca de acessórios, além da operação em si.

[008] O segundo método é mais eficiente do que as esqueletadeiras montadas em trator, porém, o fato de os modelos existentes no mercado trabalharem com apenas seis discos de corte, limita a uniformidade e a produtividade do processo de esqueletamento. O posicionamento dos discos a 180° faz com que, a cada rotação do conjunto, teremos duas passadas de corte em uma certa região da planta. A colhedora avança ao longo da rua e pela limitação da quantidade de discos, caso se deseje ampliar a qualidade da poda, deve-se reduzir a velocidade de translação da máquina ou ampliar a rotação dos discos. A primeira solução não é econômica, pois aumenta o tempo da operação e a segunda não é segura, aumentando o risco de acidentes e quebras.

[009] Com o intuito de solucionar tais problemas desenvolveu-se a presente invenção, que trata-se de um modelo de utilidade que também utiliza a colhedora como meio de transporte e fonte de energia, mas que é bem mais eficiente e diferenciado, pela sua forma construtiva, pelo princípio de funcionamento, bem como pelos resultados apresentados.

[010] O presente modelo amplia vertiginosamente a capacidade de esqueletamento atual, porque utiliza um sistema com nove discos de corte, bem como um sistema de regulagem que permite ajustar a posição e inclinação dos discos com mais facilidade. Com o incremento na quantidade de discos, torna-se possível uniformizar o corte das árvores a cada rotação do conjunto, permitindo utilizar uma velocidade de translação da colhedora mais econômica sem sobrecarregar a rotação do conjunto de esqueletamento.

[011] A invenção poderá ser melhor compreendida através da seguinte descrição detalhada, em consonância com as figuras em anexo, onde:
A FIGURA 1 representa o conjunto montado em uma colhedora, vista frontalmente;
A FIGURA 2 representa uma vista lateral do acessório, montado na estrutura da colhedora;
A FIGURA 3 representa representa a vista lateral e seção transversal da barra escalonada 07.
A FIGURA 4 representa o suporte 08, em vista frontal e lateral.
A FIGURA 5 representa o braço 05, em vista frontal e lateral.
A FIGURA 6 representa a montagem do braço 05 no conjunto de transmissão 03.
A FIGURA 7 mostra um corte do conjunto de transmissão 03, com o sistema de transmissão do motor hidráulico 04A para o suporte piramidal 01.
A FIGURA 8 representa um corte do conjunto de transmissão 03, com o sistema de transmissão do motor hidráulico 04B para os discos de corte 02.
A FIGURA 9 mostra o detalhe do tirante 06.
A FIGURA 10 representa o subconjunto de esqueletamento superior, visto frontalmente.
A FIGURA 11 representa o subconjunto de esqueletamento superior, visto lateralmente.
A FIGURA 12 representa o subconjunto de esqueletamento superior, visto por cima.
A FIGURA 13 representa o subconjunto de esqueletamento superior, visto por baixo.

[012] Com referência a estas figuras, pode-se observar que, como ilustrado na figura 1, o conjunto para esqueletamento de árvores de café adaptado em colhedoras é composto por três subconjuntos que funcionam simultaneamente, sendo dois para esqueletamento da planta nas laterais esquerda e direita e um para esqueletamento do ponteiro, ou seja, da parte de cima da planta.

[013] Os três subconjuntos possuem as seguintes partes em comum: três discos de corte giratórios 02, montados nos suportes piramidais 01, que são acionados pelos mecanismos de transmissão localizados no conjunto 03. O suporte piramidal 01 gira acionado pelo motor hidráulico 04A, enquanto os discos de corte 02 giram acionados pelo motor hidráulico 04B.

[014] Os subconjuntos laterais são fixados na colhedora através do braço 05, do suporte 08, da barra escalonada 07 e do tirante estabilizador 06, enquanto o subconjunto superior utiliza o braço 09, o suporte escalonado 10 e o braço 11.

[015] Para melhor compreensão do funcionamento e da originalidade deste modelo, passamos a descrever em detalhes o funcionamento e a função de cada peça do conjunto.

[016] A estrutura na qual será acoplado o modelo é de uma colhedora de café, representada nas figuras 1 e 2 pela peça 12. Na estrutura da colhedora já existem os suportes e pontos de ligação que serão utilizados na montagem do conjunto de esqueletamento. Apenas são desmontados e retirados acessórios de colheita para que os suportes sejam utilizados para receber as peças do conjunto.

[017] Os subconjuntos de esqueletamento lateral são compostos pela barra de fixação escalonada 07, fixada pelas extremidades, por meio de parafusos, na estrutura da colhedora 12. Esta barra, representada na figura 3, é feita de aço carbono, possui seção transversal quadrada, formada por perfis U enrijecidos, soldados em forma de caixa. Nela existem furos igualmente espaçados que permitem a fixação do suporte 08, em diferentes posições. O escalonamento permite o ajuste da posição do conjunto de esqueletamento para corte lateral, sendo regulado de acordo com a distância desejada para o corte. O suporte 08 é apresentado na figura 4 e consiste em chapas de aço carbono que envolvem a barra escalonada 07 e possuem furos para passagem de parafusos fixação na barra 07 e para ligação do braço 05.

[018] O suporte 08 recebe o braço 05. O mesmo, conforme figura 5, é fabricado em aço carbono, contendo um corpo de perfil caixa 05, ou seja, duplo U enrijecido, mãos francesas de reforço e as aletas 05A para fixação dos parafusos 05B, que fixam o tirante 06 no braço. A ligação com o suporte 08 é feita pelo parafuso 05C. O braço 05 tem a função de sustentar o peso do conjunto de transmissão 03 e os demais elementos acoplados neste último. Ele é soldado diretamente no conjunto de transmissão 03, na posição mostrada na figura 6.

[019] O conjunto de transmissão 03 é responsável por prover a energia mecânica que acionará os discos de corte 02. Tal conjunto é composto por uma caixa fabricada em aço carbono, no interior da qual existem mecanismos de transmissão compostos por mancais de rolamento, eixos, polias, rodas dentadas, correias e correntes acionadoras. Os motores hidráulicos 04A e 04B são conectados ao sistema hidráulico da colhedora e transmitem o movimento fazendo com que os suportes piramidais 01 girem. Em movimento simultâneo e independente os discos de corte 02 também giram, efetuando uma poda uniforme e constante. Sendo assim, há dois movimentos giratórios que acontecem ao mesmo tempo: um dos suportes piramidais e outro dos discos de corte. Na figura 7, apresenta-se, esquematicamente, o mecanismo de transmissão da rotação do motor 04A para o suporte piramidal 01. O eixo motor 03A possui uma roda dentada 03B acoplada ao mesmo. A rotação do motor hidráulico 04A gira o eixo 03A, que por sua vez gira a roda 03B e através da corrente 03C o movimento é transmitido à roda dentada 03D, montada no eixo 03E, movimentando o suporte piramidal 01.

[020] O movimento de rotação dos três discos de corte 02 é provido pelo motor hidráulico 04B. O movimento chega aos discos, como pode ser visto esquematicamente na figura 8. O eixo motor 03F recebe a rotação do motor hidráulico 04B, passa por dentro do eixo 03E (figura 6) e apoia-se em um mancal de rolamentos no suporte piramidal 01. Nesse eixo 03F, são montadas três polias para correia trapezoidal 01A, cada uma recebendo uma correia 01B para transmitir o movimento às polias 01C, que por sua vez, estão acopladas aos eixos 01D. Os eixos 01D são responsáveis por movimentar os discos de corte 02.

[021] Ainda no subconjunto de esqueletamento lateral temos o tirante 06, representado na figura 9, cujas finalidades principais são dar estabilidade ao conjunto e permitir a regulagem do ângulo do conjunto de esqueletamento em relação ao eixo vertical. O tirante é fabricado com os parafusos 06A, de aço carbono da alta resistência, que conferem a propriedade de regulagem do comprimento do tirante que feita ao se girar as manoplas 06D sodadas no corpo 06B. As cabeças roscadas 06C possuem parafusos para fixação do tirante, em uma extremidade no suporte fixo da colhedora e na outra extremidade no braço 05 do conjunto de esqueletamento lateral, através dos parafusos 05A. Ao regular o comprimento dos tirantes conforme descrito, altera-se a inclinação do conjunto em relação ao eixo vertical.

[022] O subconjunto para corte do ponteiro, ou seja, da parte superior da planta, é composto por um conjunto de transmissão 03, que assim como nos subconjuntos laterais, recebe energia mecânica dos motores hidáulicos 04A e 04B e transmitem para o suporte piramidal 01 e para os discos de corte 02. Esses mecanismos são idênticos àqueles utilizados nas laterais conforme descrito anteriormente.

[023] O que diferencia o subconjunto de corte superior do conjunto para corte lateral, é que o subconjunto para corte superior é montado na horizontal, sendo ligado aos braços 09. Nas extremidades dos braços 09, há o suporte escalonado 10, que permite a regulagem da inclinação do subconjunto de esqueletamento em relação ao eixo horizontal. A regulagem é feita alterando-se a posição da ligação do braço 11, que conecta o subconjunto de esqueletamento com a estrutura de sustentação da colhedora 12.

[024] Nas figuras 10, 11, 12 e 13 é possível observar os detalhes do subconjunto superior.

Claims (3)

1. “CONJUNTO PARA ESQUELETAMENTO DE ÁRVORES DE CAFÉ ADAPTADO EM COLHEDORAS” composto por três subconjuntos que funcionam simultaneamente, sendo dois para esqueletamento da planta nas laterais esquerda e direita e um para esqueletamento da parte de cima da planta, caracterizado por possuir nove discos de corte giratórios 02, montados nos suportes piramidais 01, que são acionados pelos mecanismos de transmissão localizados no conjunto 03.
2. “CONJUNTO PARA ESQUELETAMENTO DE ÁRVORES DE CAFÉ ADAPTADO EM COLHEDORAS”, de acordo com a reinvindicação 1, caracterizado por cada suporte piramidal 01 possuir três discos de corte 02 e ser montado no conjunto de transmissão 03, onde o motor hidráulico 04A faz girar o suporte e o motor hidráulico 04B faz girar os discos.
3. “CONJUNTO PARA ESQUELETAMENTO DE ÁRVORES DE CAFÉ ADAPTADO EM COLHEDORAS”, de acordo com a reinvindicação 1, caracterizado por três subconjuntos, sendo dois para corte da planta nas laterais direita e esquerda, fixados na estrutura de uma colhedora, pelos braços 05 conectados ao suporte 08, que por sua vez é posicionado na barra escalonada 07, sendo regulado e estabilizado pelo tirante 06 e um para corte da planta na parte superior, fixado na colhedora pelos braços 09, ligados no suporte escalonado 10, que por sua vez se liga nos braços 11.

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