BR202020004452U2 - Aparelho aperfeiçoado para o manejo do gado - Google Patents

Abstract

aparelho aperfeiçoado para o manejo do gado. que pertence ao campo técnico da pecuária em geral, especialmente criação, alojamento ou equipamentos para esse fim. trata-se de uma invenção de modelo de utilidade de um aparelho para instalação em celeiros com a função de limitar os espaços, formando baias individuais para que os animais possam ser alimentados, manejados ou simplesmente para descanso. este aparelho é formado principalmente pelo suporte (1), que através de suas curvas (1a), fornece uma nova forma ao aparelho como um todo. as curvas (1a) dobradas em formato z possibilitam que os animais fiquem dispostos de forma intercalada quando posicionados entre os divisores de baias (2). o suporte (1) pode ser dobrado de forma a atender animais de diferentes portes, bem como, ser ancorado em postes verticais fixados no teto do celeiro, que deixa o aparelho sem qualquer tipo de contato com o chão. o equipamento possui ainda o tubo limitador de pescoço (4), submetido a ação de mola (6) para amortecer os impactos quando o animal levanta-se da baia.

Description

APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO

[001] O presente Modelo de Utilidade refere-se a um Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado, mais particularmente, a um aparelho que é utilizado para limitar os espaços dentro de um celeiro a fim de formar baias individuais. Pertencente ao campo da pecuária em geral, especialmente criação de gado e alojamento de animais ou equipamentos para esse fim.

[002] Comumente, em criações de gado, os animais são abrigados em um celeiro onde podem descansar, alimentar-se e/ou serem ordenhadas. Uma área é geralmente disponibilizada para permitir que os animais descansem enquanto não estiverem se alimentando. Esta área de descanso é dividida em baias para evitar interferências entre os animais que estão em repouso. As baias podem possuir piso de concreto com comprimento e largura apropriados de modo que o estrume do gado em repouso seja depositado fora do celeiro para maior facilidade na coleta. O piso é coberto com feno, serragem ou similares, com a finalidade de proporcionar maior conforto aos animais. Tal cobertura deve ser substituída periodicamente para manter a limpeza e higiene do local.

[003] Em buscas por anterioridades puderam ser recuperados alguns documentos que trazem à luz o atual estado da técnica. O documento US20170359997 mostra um divisor de baias fabricado em polímero flexível que evita a movimentação do animal, bem como protege contra ferimentos quando o gado o pressiona lateralmente. Tal documento traz uma solução que difere do estado da técnica no âmbito da matéria prima utilizada na fabricação do equipamento, porém, sua forma construtiva segue os modelos tradicionais já amplamente utilizados por outros inventores, onde os animais ficam dispostos um em frente ao outro, fazendo com que os mesmos venham a disputar o local e até agredirem se com cabeçadas. O documento US6698964 do próprio autor deste invento, mostra uma estrutura rígida construída e adaptada para posicionamento liberável e variável sobre um trilho de suporte alongado. Tal invento destaca o benefício de possuir conexões por flanges e parafusos, evitando serviços de soldagens, principalmente nas manutenções, mas, igualmente torna-se recorrente ao modelo construtivo tradicional que é comum ao estado da técnica. A construção das baias frente a frente causa relutância dos animais em adentrar à uma determinada baia quando na baia logo a frente já se encontra outro animal, diminuindo assim a eficiência geral da construção e causando stress aos animais. O documento GB2471707 apresenta um divisor de baias que inclui um suporte inclinado onde um limitador de pescoço pode ser fixado, de maneira que possa ser ajustável ao longo do suporte. O suporte define uma proporção predeterminada de altura e comprimento da baia, de modo que, ao ajustar o limitador de pescoço, permite-se acomodação de animais de tamanhos diferentes. Apesar de ser ajustável, tal limitador de pescoço não possui nenhum sistema para amortecimento de impactos quando o animal for entrar ou sair da baia e as baias ficam dispostas de forma que os animais fiquem diretamente frente a frente, gerando competições e brigas por espaço.

[004] O novo modelo desenvolvido pelo inventor possui um formato que permite melhor aproveitamento de espaço, melhor circulação do ar e impede que os animais fiquem diretamente uma em frente à outra, evitando algum tipo de disputa ou resistência para entrar na baia.

[005] Neste modelo de Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado as baias ficam dispostas lada a lado e formam uma fileira podendo conter número ilimitado de baias. Outra fileira de baias fica disposta em frente à primeira, de forma intercalada, característica proporcionada pelo formato triangular do suporte (1) da parte frontal da baia.

[006] Com esse formato é possível reduzir o comprimento total do equipamento, que é o comprimento equivalente às duas baias, localizadas uma em frente à outra.

[007] As imagens apresentadas fornecem os detalhes necessários para melhor entendimento.

[008] A figura 1 apresenta uma vista lateral do celeiro.

[009] A figura 2 apresenta a vista superior da disposição de montagem do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado.

[010] A figura 3 mostra o suporte (1) e suas referidas dobras (1a).

[011] A figura 4 apresenta uma vista lateral do divisor de baia (2) e suas dobras características.

[012] A figura 5 mostra a vista superior do divisor de baia (2) e suas características.

[013] A figura 6 mostra uma vista em perspectiva do divisor de baia (2), suas características e a abraçadeira (3) acoplada.

[014] A figura 7 apresenta particularidades da abraçadeira (3).

[015] A figura 8 ilustra a abraçadeira (3) e detalhes da montagem.

[016] A figura 9 mostra uma vista lateral da montagem e detalhes da abraçadeira.

[017] A figura 10 mostra uma variação construtiva da ponta superior do divisor de baias e suas conexões.

[018] A figura 11 apresenta variação construtiva e vista lateral do divisor de baias.

[019] A figura 12 apresenta uma vista em perspectiva de uma variação construtiva do divisor de baias.

[020] A figura 13 apresenta a variação construtiva da ponta inferior do divisor de baias e suas conexões.

[021] A figura 1 apresenta uma vista lateral do celeiro em que está instalado o Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado, onde cada baia possui 2500 mm de comprimento, no entanto, o formato triangular do suporte (1) que permite uma disposição intercalada, faz com que o somatório do comprimento de duas baias que estão frente a frente seja de 4600 mm e não 5000 mm, reduzindo assim em 8% o espaço utilizado sem reduzir o comprimento individual de cada baia.

[022] A redução do espaço necessário para instalação do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado permite que a estrutura construída para receber tal Aparelho seja de menor dimensão, ocorrendo, dessa forma, economia financeira e menor prazo de execução da obra.

[023] O formato triangular da parte frontal da baia é o espaço onde ficará localizada a cabeça do animal e como a disposição construtiva é intercalada, em frente à um determinado animal não haverá outro animal, eliminando assim o problema de competições, cabeçadas ou relutância em adentrar à baia. Pode ser observado na figura 2 que um animal posicionado em determinada baia poderá ter um outro animal na baia imediatamente à esquerda e outro animal na baia imediatamente à direita, Ainda poderá haver outros dois animais localizados imediatamente à frente, posicionadas uma à esquerda e outra à direita, no entanto, não acontece o contato das mesmas devido à presença do suporte (1) para divisores de baias (2).

[024] Este Modelo de Utilidade tem sua nova forma estabelecida pelas características resultantes do dobramento em formato “Z” de um tubo reto, onde suas dobras formarão ângulos exatos de 90 graus. Após dobrado, este tubo formará o suporte (1) para posterior conexão dos divisores de baias (2), como consequência, determina seu formato construtivo e atribui as vantagens em relação ao atual estado da técnica.

[025] O tubo utilizado para confecção do suporte (1) é de metal galvanizado e possui diâmetro de 60 mm por 6000 mm de comprimento. Este tubo é submetido a 7 dobras (1a) idênticas, onde cada dobra (1a) forma um raio de 155 mm. A primeira dobra (1a) ocorre para o lado esquerdo ou direito, após 300 mm do início do tubo. Na sequência há um intervalo de 600 mm e outra dobra (1a) é realizada, em direção oposta à dobra anterior e assim sucessivamente para as dobras (1a) restantes, modelando o tubo em “formato Z”. Após a última dobra (1a), restará ainda ao suporte (1) uma ponta com 300 mm.

[026] A confecção do suporte (1) não está limitada ao que foi citado anteriormente no parágrafo [025]. O tubo utilizado para confeccionar o suporte (1) pode ser dobrado em raios maiores ou menores e intervalos maiores ou menores, de forma a aproximar ou distanciar uma curva (1a) de outra curva (1a). Esta variação nas distâncias entre curvas (1a), resulta em um vão mais estreito ou mais largo entre os divisores de baias (2), podendo ser fabricado para atender diferentes raças de gado, já que, sabidamente há raças de maior ou menor porte.

[027] O suporte (1) pode ser conectado em série a vários outros suportes (1), assim abrangendo a largura total do celeiro. Os suportes (1) também podem ser conectados em série de modo a formar módulos maiores ou menores, possibilitando assim, diversas configurações de layout do celeiro. Para que os divisores de baias (2) sejam conectados é necessário a instalação de dois suportes (1), paralelamente um sobre o outro, distanciados em 400 mm.

[028] O divisor de baias (2) é confeccionado com tubo de metal galvanizado, possui comprimento de 4200 mm e diâmetro de 60 mm. Tal tubo será submetido à cinco dobras de diferentes raios, formando diferentes ângulos, de acordo com a sequência a seguir. A Primeira dobra (2a) ocorre após percorridos 400 mm do início do tubo, formando um ângulo externo de 90 graus com raio de 74 mm. Após a primeira dobra (2a), há um intervalo de 153 mm de comprimento e em seguida a segunda dobra (2b) acontece formando um ângulo interno de 90 graus de raio igual a 185 mm. Um novo intervalo reto de 460 mm de comprimento é seguido pela terceira dobra (2c) que possui raio de 27,50 mm e forma um ângulo interno de 158 graus. A quarta dobra (2d) ocorre após percorridos 488 mm de um trecho reto do tubo, onde o raio de 240 mm forma um ângulo interno de 44 graus. Depois da quarta dobra (2d), há um novo trecho reto de 433 mm de comprimento onde a quinta dobra (2e) ocorre e sob um raio de 685 mm forma o ângulo interno de 166 graus. A ponta restante do tubo possui comprimento igual a 1010 mm, está posicionada paralelamente e acima da outra ponta, conforme ilustrado na figura 4. Após as dobras (2a), (2b), (2c), (2d) e (2e) serem realizadas, as pontas do divisor de baias (2) estarão direcionadas para o mesmo lado, uma sobre a outra e distanciadas em 400 mm. Cada uma das pontas recebe furação vertical (2f) passante à 36 mm da extremidade com 9 mm de diâmetro, para acoplamento da abraçadeira de fixação (3). A ponta superior recebe uma segunda furação (2g) passante à 74 mm da primeira furação, com 9 mm de diâmetro, onde será afixado o tubo limitador de pescoço (4).

[029] As abraçadeiras de fixação (3) são confeccionadas em metal galvanizado, possuindo formato peculiar para esse tipo de montagem, a figura 7 mostra suas características construtivas.

[030] O acoplamento das abraçadeiras de fixação (3) nas pontas dos divisores de baias (2) é feito pela introdução de um parafuso passante (3a) de medida 5/16”x65 mm, na furação (2f), no sentido vertical, de cima para baixo e apertado por uma porca sextavada (3d) 5/16” em sua ponta inferior.

[031] Quando conectada a abraçadeira de fixação (3), outros dois parafusos (3b) de medidas 5/16”x70 mm são utilizados para promover rigidez e segurança ao acoplamento. Os parafusos (3b) são inseridos em furação passante (3e) posicionados horizontalmente na manga da abraçadeira de fixação (3), logo abaixo da ponta do divisor de baias (2) e apertados em sua outra ponta através de porcas sextavadas (3d) 5/16”.

[032] A montagem do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado é possível pela fixação de postes verticais (não ilustrados) no chão do celeiro, onde serão ancorados os suportes (1). Estes postes são fixados preferivelmente onde se dá a união dos suportes (1), podendo ser alterado de acordo com o projeto, sem causar ou necessitar alterações na montagem dos divisores de baias (2) ou dos suportes (1).

[033] A montagem do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado também é possível pela ancoragem dos suportes (1) em postes verticais (não ilustrados) fixados no teto do celeiro. Dessa forma, possibilita melhor manejo da cama onde os animais repousam, não havendo qualquer contato do equipamento com o chão do celeiro. Para esta modalidade de montagem, preferivelmente deve haver postes onde se dá a união dos suportes (1).

[034] Após a definição do projeto de montagem do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado, inicia-se a instalação com a ancoragem dos suportes (1) que são fixados aos postes por meio de grampos U (5) e apertados por duas porcas sextavadas (3d) 5/16”. Cada poste receberá ancoragem de dois suportes (1), distanciados um do outro em 400 mm.

[035] A segunda etapa de instalação consiste em unir os divisores de baias (2) aos suportes (1). Em cada ponta do divisor de baia (2) já estão previamente fixadas as abraçadeiras (3). As abraçadeiras (3) serão acopladas nas dobras (1a) dos suportes (1), ilustrado na figura 8. Cada abraçadeira (3) será fixada através de dois grampos U (5), apertados por porcas sextavadas (3d) 5/16”.

[036] O tubo limitador de pescoço (4) é fixado diretamente na furação passante (2g), sobre as pontas superiores dos divisores de baias (2). A fixação é feita pelo parafuso passante (3c) de medidas 5/16”x150 mm e porca sextavada (3d) 5/16”. Uma mola (6) helicoidal cilíndrica de compressão cujas medidas são 9 mm de diâmetro interno por 50 mm de comprimento é inserida no parafuso passante (3c), a cada dois divisores de baias (2) para amortecimento do impacto no momento em que o animal queira se levantar, melhor observado na figura 9. Ao levantar-se da baia o gado bate com o pescoço no tubo limitador de pescoço (4), a mola (6) alivia o impacto e assim evita traumas aos animais.

[037] As figuras 10, 11, 12, 13 apresentam a forma variável de executar a montagem dos componentes do Aparelho Aperfeiçoado Para o Manejo Do Gado, onde o tubo limitador (4) não é fixado na furação passante (2g) e sim, fixado diretamente sobre a abraçadeira (3), na ponta superior do divisor de baias (2), utilizando o mesmo parafuso (3c), com mola (6).

[038] Na ponta inferior do divisor de baias (2), nesta variação de montagem, há um anel (3g) fixado pelo parafuso (3f). O anel (3g) desliza externamente sobre o divisor de baias (2) e sua função é de limitar a introdução da ponta inferior do divisor de baias (2) na abraçadeira (3), alinhando os furos para introdução dos parafusos (3a).

[039] A figura 10 mostra que para esta variação de montagem dos divisores de baias (2), a mola (6) está disposta sobre o tubo limitador de pescoço (4), diferente da forma de montagem anteriormente descrita, em que a mola (6) está localizada em baixo da ponta superior do limitador de baias (2), como mostrado na figura 9.

Claims (5)

1. APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO” que compreende um divisor de baias (2) e um limitador de pescoço (4), onde o divisor de baia (2) se estende horizontal e longitudinalmente atuando como um limitador para posicionar os animais lado a lado e frente a frente, caracterizado por possuir o suporte (1) em formato de “Z”, ancorado em postes verticais (não ilustrados) fixados no chão do celeiro e tal suporte (1) possuir curvas (1a) e essas por sua vez, receberem a conexão das abraçadeiras (3) que em suas outras extremidades recebem o acoplamento dos divisores de baias (2), além de possuir limitador de pescoço (4), conectado no divisor de baias (2) pela inserção do parafuso (3) no furo (2g) e tal parafuso (3) possuir mola (6);
2. “APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO”, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pelo suporte (1) poder ser ancorado em postes verticais (não ilustrados) fixados no teto do celeiro;
3. “APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO”, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pelo limitador de pescoço (4) ser fixado ao divisor de baias (2) sem a utilização de mola (6);
4. “APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO”, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pela mola (6) estar disposta abaixo do divisor de baias (2) ou acima do limitador de pescoço (4);
5. “APARELHO APERFEIÇOADO PARA O MANEJO DO GADO”, de acordo com reivindicação 1, caracterizado pelo suporte (1) possuir ao menos uma dobra (1a);

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