APERFEIÇOAMENTO INTRODUZIDO EM TONFA 1. CAMPO DE APLICAÇÃO: O referido equipamento, cuja proteção será reivindicada neste relatório, foi desenvolvido com o intuito de suprir deficiências, amenizar dificuldades e solucionar problemas até então encontrados pelos usuários do setor, mais precisamente, setores da segurança pública e patrimonial, empresas privadas, guarda-costas e para treinamento nas artes marciais em geral e academias. 2. INTRODUÇÃO: Refere-se o presente pedido de patente de Modelo de Utilidade, a um aperfeiçoamento introduzido em tonfa, cuja função consiste em proteger a integridade física do usuário que a empunha corretamente, servindo como um tipo de escudo para absorver o choque de golpes e de objetos contundentes, desviar cortes de facas, facões e de outras armas, instrumentos improvisados de ataque criminoso. Também facilita a aplicação de chaves, técnicas de imobilização e condução para controle de indivíduo violento ou passivamente resistente. A tonfa ainda pode ser usada como alavanca para escorar e arrombar portas (como um pé de cabra), carregar ou arrastar feridos pelas axilas, servir como muleta, tipoia, escalar muros, cercas, servindo de escada para os pés, condicionar o corpo e a mente com movimentos marciais circulares e de apoio das mãos para determinados exercícios funcionais como flexões de braço e puxadas nas elevações de ombros e costas na barra em academias de ginástica e treinamento funcional. 3. O referido equipamento destaca-se, fundamentalmente, pela forma mais prática, simples e funcional numa tonfa para proteger a integridade física do usuário que a empunha corretamente, sendo o mesmo dotado de aspectos funcionais únicos, exclusivos e inovadores, que serão descritos a seguir, tornando-se num equipamento exclusivo no mercado. 4. CARACTERÍSTICAS: O equipamento em questão, apresentado por meio deste relatório, é composto por: uma peça única e maciça de polipropileno (fibra termoplástica) sem emendas ou encaixes, fabricada em molde para grandes quantidades. Foram definidas oito partes para facilitar o entendimento das instruções verbais no seu manuseio e treinamento adotando a seguinte nomenclatura: cabeça do cabo (1), cabo (2), manete (5), martelo do manete (4), base do cabo (3) e manete em 90°, dobra no final da base (6), haste (7) a partir da dobra (6) em declive entre -10° e -20° e ponta da haste (8). 5. FIGURAS: Inicialmente, para melhor demonstrar tais características, e visando uma compreensão clara e objetiva acerca das disposições aplicadas no presente modelo de utilidade, serão apresentados desenho e fluxograma em caráter demonstrativo, fazendo referências ao relatório que seguem em anexo. 6. A FIGURA 1 ilustra em vista lateral, o equipamento 7. A FIGURA 2 ilustra em vista inferior, o equipamento. 8. A FIGURA 3 ilustra em vista superior, o equipamento. 9. Cabe esclarecer que as imagens acima relacionadas ilustram o equipamento em caráter demonstrativo e não restritivo, cuja concepção poderá variar quanto às suas medidas, matéria-prima, dimensões, etc, sem fugir logicamente, do escopo principal cuja proteção é reivindicada. 10. FUNCIONALIDADE: Inicialmente o referido equipamento, descrito por meio deste relatório, será utilizado nos setores da segurança pública e patrimonial, empresas privadas, guarda-costas e para treinamento nas artes marciais em geral e academias. 11. A tonfa graças ao seu formato inspirado na muleta “Loftstrand” adapta-se à curvatura do antebraço e deixa a pegada no manete (5) mais firme, facilitando bloqueios e movimentos retos e circulares do braço. 12. O declive na altura da dobra (6) faz a haste (7) inclinar-se de -10° a -20°, ajustando-se ao antebraço e protegendo principalmente o osso ulna que vai da parte debaixo do pulso (do lado do dedo mínimo) até o cotovelo, minimizando assim os riscos das “fraturas de cassetete”. 13. Outra vantagem ergonômica é seu tamanho menor em relação às tonfas retas, com uma haste (7) de 26 cm de comprimento, a tonfa almejada patente por meio deste relatório é de porte fácil, saque rápido a partir da maioria dos cintos porta-tonfa com argola disponível no mercado, pegada confortável no manete (5) e no cabo (2) sem perder a amplitude natural do braço e limitar os movimentos. 14. Seu tamanho compacto evita batidas não intencionais na parede, corredores estreitos, portas ou em áreas cobertas com pé direito muito baixo, mobílias, arbustos e outros obstáculos em locais confinados ou no meio de multidões. 15. INOVAÇÃO: Em termos gerais, o referido equipamento representa uma solução no que diz respeito num equipamento para proteger a integridade física do usuário que a empunha corretamente, servindo como um tipo de escudo para absorver o choque de golpes e de objetos contundentes, desviar cortes de facas, facões e de outras armas, instrumentos improvisados de ataque criminoso. 16. O diferencial da tonfa é a curvatura na dobra (6), fazendo com que a haste (7) acompanhe o contorno anatômico da parte debaixo do punho, pulso e antebraço, protegendo os ossos dessa região. 17. O comprimento da ponta do dedo médio ao final do antebraço de um homem adulto é de aproximadamente 48 cm, justamente a medida longitudinal da tonfa da cabeça (1) até a ponta da haste (8). 18. A cabeça (1) e o martelo (4) são ogivais e mais largos que a espessura do cabo (2) e do manete (5), ajudando a evitar que as mãos escorreguem e também servindo para as estocadas semelhantes aos golpes de boxe e de espada. 19. A base (3) serve para aplicar a pressão e torque exercidos no manete (5), bem como para receber e dissipar a maioria dos impactos recebidos. Os giros na mão e no pulso em todos os planos se equilibram tendo como fulcro o centro de gravidade localizado na parte final da base (3) perto da dobra (6). A ponta da haste (8) é arredondada para ser inserida entre as articulações e favorecer a alavanca nas técnicas de imobilização e condução usadas pela polícia. 20. O principal aperfeiçoamento é a modificação na haste da tonfa convencional reta, sendo no modelo da tonfa apresentada neste relatório a haste (7) foi “curvada” em ângulo negativo entre a base (3) e a dobra (6) para se acomodar à anatomia do braço do seu usuário. 21. A tonfa tem tamanho menor, é fácil de portar, sua curvatura e pegadas do cabo (2) e do manete (5) são ergonômicas, sua fabricação em plástico injetado a torna uma ferramenta durável e que pode ser reciclada. 22. Por se tratar de um equipamento com a função principal de um escudo, sua utilização pelas forças de segurança protege o seu usuário que terá mais recursos para controlar um indivíduo ou multidão agressiva sem lhes causar maiores danos (o que não acontece quando se porta um bastão de madeira ou cassetete de borracha que são armas mais ofensivas, pesadas, mais compridas e não protegem as mãos e os braços do usuário). 23. No treinamento das artes marciais, o usuário terá um equipamento versátil e desafiador para praticar movimentos avançados de ataque, defesa e se exercitar no processo. Por ser um objeto leve, anatômico, essencialmente defensivo e de rápida aprendizagem (seu curso básico pode ser completado em seis horas de instrução prática), a tonfa é facilmente empunhada por homens e mulheres adultos. 24. A tonfa é discreta por ser menor, menos ostensiva quando portada ao lado da cintura e próxima à coxa do usuário. Quando sacada e empunhada, fica fora da visão atrás da cintura, nas costas do usuário e também quando posicionada bem rente ao braço, evitando constrangimentos durante eventuais abordagens e rondas. Ao mesmo tempo propicia maior segurança física e psicológica ao usuário que está preparado para cumprir suas funções legais, sem precisar assumir postura agressiva ou de medo. 25. E fica mais difícil para um suspeito avaliar o comprimento e alcance da tonfa por causa da sua curvatura, causando um efeito de ilusão ótica semelhante ao de um cilindro parcialmente submerso na água. 26. A tonfa reivindicada direito por meio deste relatório, ao contrário das tonfas convencionais expostas e vendidas sem embalagem no mercado brasileiro, será comercializada em embalagem plástica transparente tipo “blister” e com um encarte de papel com advertências de segurança no seu manuseio, indicando que é produto não recomendável para menores de 16 anos, requer treinamento especializado para melhor aproveitamento das suas qualidades, para evitar acidentes perigosos e danos materiais. 27. Trata-se de um equipamento único, exclusivo e inovador, sendo altamente confiável e recomendável para uso em seu momento de realizar a proteção a integridade física do usuário que a empunha corretamente, servindo como um tipo de escudo para absorver o choque de golpes e de objetos contundentes, desviar cortes de facas, facões e de outras armas, instrumentos improvisados de ataque criminoso, e certamente será um grande diferencial para o setor à qual se destina. 28. DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA: Durante o desenvolvimento do referido equipamento, foram realizadas inúmeras pesquisas para identificar a existência de eventuais anterioridades ou equipamentos afins. Tais levantamentos, contudo, não apontaram a existência de nenhum outro equipamento com as mesmas características técnicas preponderantes ou funcionais. 29. O processo apresentado no pedido de registro de patente MU 8702585-0, trata-se de uma adaptação para espargidor de gás químico; este novo instrumento proporcionará que um mesmo obj eto possa ser utilizado para defesa pessoal e para incapacitação de pessoas, devido aos agentes químicos presente no espargidor. A tonfa constitui-se em duas partes principais, sendo um bastão maior perpendicularmente solidário a um cabo menor, fazendo que o instrumento apresente uma ponta maior posteriormente e outra menor anteriormente; o cabo tem empunhadura formada por cintas abaloadas, deixando ranhuras, desenvolvendo-se numa solução maior abaloada. Tal ranhura é provida por um parafuso de fixação do espargidor e; tal solução maior provida por um orifício cônico e um corte cilíndrico; a fixação do espargidor na tonfa dá-se pelo vão cilíndrico configurado internamente pelo cabo, encaixando o jato "spray" no orifício cônico, sendo fixado pelo parafuso que perfura a ranhura; assim, o uso do espargidor dá-se pelo corte cilíndrico feito na solução maior do cabo, permitindo o acionamento do botão do espargidor com o dedo polegar. 30. O processo citado no parágrafo 29 refere-se ao estado da técnica existente no respectivo segmento, considerável útil à busca e compreensão, enquanto o modelo pleiteado por meio deste relatório refere-se a uma tonfa curvada, se ajustando anatomicamente a curvatura do braço do usuário, provendo maior pegada e o ajuste necessário para maior comodidade em seu uso. 31. As tonfas “Prosecutor PR-24 baton” e similares usadas pela polícia militar, guardas civis municipais (GCMs), agentes do transporte e vigilantes terceirizados, são retas, muito compridas, pesadas e requer movimentos vigorosos para golpear e estocar. 32. Também podem esbarrar em paredes, muros, portões, etc., pelo seu tamanho que chega a atingir mais de 58 centímetros, o que facilita a sua perda e tomada durante o caos de uma eventual luta corpo-a-corpo. 33. Tonfas retas não se ajustam à anatomia da mão e do antebraço, deixando espaço entre o pulso, a base, entre a metade da haste e a parte próxima ao cotovelo, reduzindo sua capacidade de absorver e desviar golpes. 34. A cabeça (1) do cabo do aperfeiçoamento reivindicado direito exclusivo, tem formato de cogumelo igual ao do martelo (4) na ponta do manete (5), enquanto nas tonfas convencionais a cabeça tem a mesma espessura do cabo. 35. Diante dessa necessidade e oportunidade comercial, criou-se o referido equipamento, mais precisamente a um aperfeiçoamento introduzido em tonfa, cuja função consiste em proteger a integridade física do usuário que a empunha corretamente, servindo como um tipo de escudo para absorver o choque de golpes e de objetos contundentes, desviar cortes de facas, facões e de outras armas instrumentos improvisados de ataque criminoso. Também facilita a aplicação de chaves, técnicas de imobilização e condução para controle de indivíduo violento ou passivamente resistente. A tonfa ainda pode ser usada como alavanca para escorar e arrombar portas, carregar ou arrastar feridos pelas axilas, servir como muleta, tipoia, escalar muros, cercas, servindo de escada para os pés, condicionar o corpo e a mente com movimentos marciais circulares e de apoio das mãos para determinados exercícios funcionais como flexões de braço e puxadas nas elevações de ombros e costas na barra em academias de ginástica e treinamento funcional. 36. Logo, em conformidade com o artigo 9° da Lei da Propriedade Industrial n° 9.279/96 e por todos os aspectos apresentados neste relatório, o objeto do presente pedido de patente se faz merecedor da proteção como Modelo de Utilidade, que ora se pleiteia.
REIVINDICAÇÃO