BR122021014198B1

BR122021014198B1 - Método de fabricação de um produto feito de material plástico moldado

Info

Publication number: BR122021014198B1
Application number: BR122021014198-3A
Authority: BR
Inventors: Alessandro Falzoni
Original assignee: Sacmi Cooperativa Meccanici Imola Societa' Cooperativa
Priority date: 2008-10-23
Filing date: 2009-10-21
Publication date: 2023-02-23
Also published as: EP3275623B1; EP3275623A1; RU2521587C2; WO2010046858A3; US20110260363A1; WO2010046858A8; RU2011119757A; US8980153B2; EP2349680B1; CN106003542B; BRPI0919893A2; RU2655138C2; CN106003542A; WO2010046858A2; US20150217493A1; BRPI0919893B1; CN102232017B; EP2349680A2; RU2014115273A; CN102232017A

Abstract

Método para a elaboração de produtos feitos de plástico, que compreende as etapas de moldagem de uma peça feita de polietileno PE, ou de polipropileno PP, e de dobramento mecânico, de forma guiada, de uma parte da aba da referida peça, a uma temperatura de dobramento que seja superior à temperatura ambiente, e inferior à temperatura de transição física intermediária do tipo alfa do material. O método reduz o efeito mola da parte dobrada, e o escoamento na zona de dobramento.

Description

HISTÓRICO DA INVENÇÃO

[0001] A invenção se refere a um método para a fabricação de produtos feitos de plástico.

[0002] Mais especificamente, embora não exclusivamente, o método pode ser utilizado para a fabricação de tampas para recipientes, dotadas de uma fita inviolável, e que possuam uma parte de aba dobrada para dentro, sendo tal parte de aba configurada de forma peculiar, para formar um elemento adjacente ao pescoço do recipiente, de modo a remover a fita inviolável, assim que o recipiente for aberto pela primeira vez.

[0003] Já se conhece um método de dobramento de um flange anular de fitas invioláveis de tampas de plástico, de acordo com o qual, logo após a extração da tampa do molde, o flange da tampa é direcionado com um grau de inclinação diferente daquele observado no momento de utilização da peça; em seguida, a tampa é resfriada até alcançar a temperatura ambiente, após o que o flange é dobrado mecanicamente até se adequar à configuração de uso.

[0004] A Patente Europeia EP 1165391 revelou um método de fabricação de uma tampa feita de plástico, dotada de uma fita flexível moldada na configuração de uso (dobrada em direção ao interior da tampa), e na qual o efeito mola da fita para a respectiva posição de formação original é impulsionado de forma mecânica, logo após a moldagem da tampa, por um elemento do molde de formação, ou por outro elemento que atue após a extração da tampa do molde, e antes do resfriamento da fita.

[0005] A Patente Norte-Americana 5,846,471 mostrou um método para a moldagem de um fechamento, com uma fita de segurança dotada de abas que se estendem radialmente para dentro e para cima. De acordo com esse sistema, as abas são, de início, moldadas com a inclinação pretendida; em seguida, o molde é aberto por meio de uma modificação temporária do ângulo de inclinação das abas, e, finalmente, as abas retornam à inclinação original, graças ao efeito do contato com uma parte do molde.

[0006] Vários aspectos dos métodos conhecidos pelo estado anterior da técnica são passíveis de aprimoramento. Primeiramente, seria desejável poder diminuir o efeito mola do material, após o dobramento do elemento feito de plástico, de modo a alcançar, de forma fácil e confiável, uma configuração final que se aproxime ao máximo daquela pretendida, sendo certo que tal inconveniente é especialmente observado quando o dobramento é realizado a quente. Em segundo lugar, seria desejável minimizar o efeito de escoamento do material nas proximidades da zona de dobramento, de modo a não permitir o enfraquecimento da conexão entre o elemento dobrado e o resto da peça, sendo certo que tal inconveniente é especialmente detectável quando o dobramento é realizado a frio. Especificamente, embora não exclusivamente, o método ainda pode ser utilizado para a fabricação de tampas para recipientes, dotadas de uma parte de saia e de uma fita inviolável destinada a ser separada da parte de saia, sempre que o recipiente tiver sido aberto pela primeira vez (de modo a fornecer uma comprovação clara sobre a abertura), pelo efeito da ruptura de uma zona de ruptura facilitada. A fita inviolável costuma conter meios contrastantes que podem compreender, apenas a título exemplificativo, uma parte de aba dobrada para dentro; esse meio contrastante em particular pode ser configurado para formar um ou mais elementos adjacentes que contribuem para a formação de, pelo menos, uma protuberância no pescoço do recipiente, de modo a remover a fita inviolável, sempre que o recipiente tiver sido aberto pela primeira vez.

[0007] Já se conhece o método de formação da aludida zona de ruptura facilitada, por meio do uso de dispositivos cortantes que atuem de modo a realizar um corte (contínuo ou discreto) ao longo de toda a circunferência da parte de saia. Alguns exemplos de tipos conhecidos de dispositivos cortantes usados para essa finalidade são mostrados nos relatórios das seguintes patentes: EP 0619168, WO 99/17911, WO 00/44538, e WO 2004/004993.

[0008] Um dos problemas dos sistemas de zona de destacamento facilitado em tampas de plástico com fitas invioláveis consiste na necessidade de garantir a realização de um corte eficiente e preciso no material plástico, de modo a evitar o risco de uma remoção antecipada e indesejada da fita inviolável, e, ao mesmo tempo, na necessidade de garantir que, ao abrir-se o recipiente pela primeira vez, a fita seja removida corretamente, de modo fácil e eficiente. Portanto, é necessário ou, pelo menos, vantajoso proceder ao corte dentro de uma faixa precisa de graus de tolerância.

[0009] Outro problema consiste na necessidade de realizar o corte com rapidez, de modo a aumentar a produtividade.

[0010] Outro problema ainda diverso consiste na necessidade de escolha de condições adequadas para o corte, em função do tipo de produto a ser cortado, e, em particular, de acordo com o tipo de material plástico e com a forma do produto.

[0011] Surge ainda outro problema, se o corte do material para a formação da fita inviolável coincidir com (o que ocorre, geralmente, logo antes ou depois) o dobramento mecânico guiado da possível parte de aba, sendo certo que tal dobramento costuma ser realizado após a moldagem, para conduzir essa parte de aba até a configuração de uso, na qual ela se depara, para dentro, com a tampa, e se direciona para cima (trata-se de uma referência à configuração de uso na qual a tampa é responsável pelo fechamento da boca superior do recipiente, que é colocado na vertical). Esse dobramento costuma ser necessário, pois, na configuração de uso, a parte da aba forma uma camada inferior, que não permitiria a remoção do molde. Se a etapa de dobramento for levada a cabo praticamente no mesmo local e no mesmo momento que a etapa de corte da fita inviolável, o problema consistirá, então, na necessidade de encontrar uma condição de trabalho que seja adequada à realização de ambas as operações de forma correta.

[0012] Cada uma das publicações de patente US 2008/054524 A1, EP-A-1108523, EP-A-1165391 e EP-A-1588673 revela um método como no preâmbulo da reivindicação 1.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[0013] Um objeto da invenção consiste em aprimorar o estado anterior da técnica sob um ou mais dos supramencionados aspectos.

[0014] Outro objeto consiste em fornecer um método para a fabricação de corpos feitos de plástico e, em particular, de tampas, que seja simples, fácil, e cujos custos de implementação sejam baixos.

[0015] Outro objeto consiste em fornecer um método para a fabricação de produtos feitos de plástico, dotados de uma parte dobrada após a moldagem, onde seja facilitada a obtenção da configuração desejada para essa parte dobrada, de um modo preciso e confiável.

[0016] Outro objeto ainda diverso consiste em disponibilizar um produto feito de plástico, bem como um método para a fabricação de tal produto, onde um elemento dobrado seja conectado, de forma firme e forte, ao restante do corpo do produto.

[0017] Uma vantagem da invenção consiste em dar ensejo a um método para a fabricação de um produto feito de plástico, que seja passível de ser implantado por meio dos sistemas de fabricação conhecidos, ou com algumas poucas modificações simples em tais sistemas.

[0018] Outra vantagem consiste em fornecer um método adequado à fabricação de tampas feitas de plástico, que compreenda uma fita inviolável dotada de uma parede lateral anular e de um flange anular, onde esse flange seja dobrado para dentro, e seja configurado para expandir-se radialmente durante o encaixe da tampa à boca de um recipiente, facilitando assim a passagem da fita inviolável, para, então, dar lugar à posição original ao final do processo de encaixe, formando um elemento adjacente que seja capaz de, no momento da primeira abertura do recipiente, auxiliar um elemento adjacente correspondente, associado ao recipiente, para promover a remoção da fita inviolável.

[0019] Sob um segundo aspecto, outro objeto consiste em fornecer um método para a fabricação de produtos feitos de plástico, dotados de uma zona de destacamento facilitado, e onde essa zona possa ser fabricada de modo preciso e confiável.

[0020] Outro objeto diferente dos anteriores consiste em disponibilizar um produto feito de plástico, assim como um método para a fabricação do objeto, onde um elemento, passível de ser removido do restante do corpo do produto, seja conectado a uma zona de destacamento facilitado, construída de um modo preciso.

[0021] Uma vantagem da invenção consiste em dar ensejo a um método de fabricação de um produto feito de plástico, que seja passível de ser implantado por meio dos sistemas de fabricação conhecidos, ou com algumas poucas modificações simples em tais sistemas.

[0022] Outra vantagem consiste em tratar-se de um método versátil, que é capaz de levar a cabo, de forma eficaz, uma etapa de remoção de um material contido em um produto feito de plástico, e, em particular, de um corte preciso e confiável em uma tampa feita de plástico, assim como em diferentes tipos de produtos, por meio, por exemplo, de variações no tipo de material ou na forma do produto.

[0023] Uma outra vantagem, diferente das demais, consiste em fornecer um método que seja adequado à fabricação de tampas feitas de plástico, que compreendam uma fita inviolável removível sempre que o recipiente for aberto pela primeira vez.

[0024] Todos esses objetos, assim como outros, são alcançados pelo método de acordo com, no mínimo, uma das reivindicações abaixo descritas.

[0025] O elemento que é dobrado após a moldagem poderá compreender, conforme exposto acima, o flange flexível, que costuma estar contido na fita inviolável de uma tampa feita de plástico. Esse flange dobrável pode possuir qualquer das formas geométricas dos flanges dobráveis já conhecidos; esse flange poderá compreender, por exemplo, apenas uma tira anular lisa e contínua, ou uma única tira anular dotada de uma ou mais interrupções constituídas, por exemplo, por orifícios e/ou por aberturas não- perfuradas, ou um elemento que se estenda de forma anular e que seja corrugado, no todo ou em parte, ou, ainda, séries de elementos (abas) que sejam conectadas à parede lateral da fita inviolável, e sejam separados por espaços entre uns e outros, ou séries de elementos que sejam arrumados de forma anular, e que sejam interconectados uns aos outros, e, ainda, qualquer outro tipo conhecido de flange dobrável de fitas invioláveis.

[0026] O elemento que é dobrado após a moldagem pode ter sido moldado na mesma configuração (por exemplo, com a mesma inclinação) que tal elemento deveria assumir após o dobramento subsequente, ou, ainda, pode ter sido moldado em uma configuração diferente (inclinação) como, por exemplo, uma configuração adequada para facilitar a extração do elemento da cavidade em formação. No caso específico da produção de tampas com uma fita inviolável, é possível que o flange dobrável da fita inviolável seja moldada na configuração de uso, ou seja, apontando em direção à parede superior da tampa (onde a palavra “superior” é definida por referência à configuração de acordo com a qual a tampa fecha a boca superior de um recipiente colocado em uma posição vertical), ou em uma configuração diversa onde, por exemplo, o flange dobrável da fita inviolável se defronte a um lado oposto da parede superior da tampa. Já se sabe que, em geral, é necessário realizar uma operação de dobramento após a moldagem, pois, de modo a permitir que a tampa seja extraída da cavidade em formação, o flange terá de ser, na maioria dos casos, dobrado no lado oposto à parede superior da tampa.

[0027] A operação de dobramento pode ser realizada por meios mecânicos de orientação e, em particular, por tipos já conhecidos de meios mecânicos de orientação. Esses meios de orientação podem ser configurados para atuar no molde e, também, em uma posição externa ao molde.

[0028] A operação de moldagem pode ser realizada por moldagem por injeção, por moldagem por compressão, ou por qualquer outro processo de formação de materiais plásticos. O dispositivo de moldagem pode ser configurado para operar de forma contínua ou intermitente.

[0029] A operação de resfriamento pode ser realizada graças ao uso de meios ativos de resfriamento como, por exemplo, um túnel de resfriamento, um transportador para o resfriamento de líquidos, uma esteira rolante dotada de meios de resfriamento, etc...

[0030] A operação de resfriamento pode ser realizada graças ao uso de meios passivos como, por exemplo, uma via disposta entre a zona de moldagem e a zona de dobramento, e configurada de modo a que cada peça moldada seja conduzida ao longo da via e, assim, atinja a zona de dobramento à temperatura pretendida. Essa via também pode compreender uma etapa de espera e de armazenamento (com temperatura controlada e/ou tempo de espera) do produto moldado. Essa via pode ser dotada de uma configuração prévia, e de uma temperatura já conhecida (por exemplo, a temperatura ambiente). Essa via pode ser configurada de modo a que um dado produto moldado se desloque ao longo da via, partindo da zona de moldagem até a zona de dobramento, em um momento preestabelecido ou em um momento pré-configurado em função do tipo de produto e/ou da temperatura desejada para o dobramento, e/ou da temperatura da via.

[0031] O método de fabricação ora mostrado é passível de ser utilizado não apenas para tampas feitas de plástico, mas também para outros tipos de produtos (em particular, para produtos moldados feitos de plástico, e que possuam uma parte dobrada após a extração da cavidade em formação), ou, ainda, para elementos que sejam geralmente moldados com o uso da força e/ou de uma maneira orientada após a moldagem, e que não possuam formato anular, e/ou não estejam conectados ao restante do corpo da peça moldada por uma zona de conexão ou de dobramento de formato anular.

[0032] De acordo com uma forma de realização da invenção, um método para a fabricação de produtos compreende as etapas de moldagem de uma peça feita de material plástico dotada de, pelo menos, uma parte de saia que forme, pela retirada de material na parte de saia, uma zona de destacamento facilitado que separa uma parte de borda do restante da parte de saia; o referido método ainda compreende a seleção da temperatura do material plástico da parte de saia, durante a qual tal retirada de material seja realizada em função de uma temperatura de transição física intermediária do material plástico.

[0033] A supramencionada temperatura de transição física intermediária poderia compreender, por exemplo, a temperatura de transição física intermediária do tipo alfa do material plástico.

[0034] A etapa de remoção do material, etapa essa responsável pela formação de uma zona de destacamento facilitado que separa uma parte de borda de uma parte de saia, pode ser realizada simultaneamente, ou seja, por exemplo, antes, após ou durante uma etapa de dobramento guiado de uma parte protuberante, cuja protuberância surge a partir da aludida parte de borda.

[0035] BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0036] A invenção pode ser entendida com mais clareza, e colocada em prática com maior êxito, se for feita referência aos desenhos em anexo, que ilustram algumas de suas respectivas formas de realização, por meio de exemplos não-restritivos.

[0037] As Figuras 1A a 1E mostram cinco etapas sucessivas da operação de dobramento de um flange anular flexível, ligado a uma fita anular de segurança, presente em uma tampa feita de plástico.

[0038] A Figura 2 consiste em um diagrama que indica, sob um aspecto qualitativo, as variações do módulo E’ de armazenamento de materiais e, em particular, de materiais poliméricos, à medida que varia a temperatura, de modo a assinalar a temperatura de transição nos materiais.

[0039] A Figura 3A consiste no diagrama que representa as variações do módulo de dissipação, em função da temperatura, em relação a três tipos distintos de materiais (HDPE, LDPE. EVA).

[0040] A Figura 3B consiste no diagrama que representa as variações de Tan_delta (razão E’/E’’), ou seja, sobre um parâmetro que seja indicativo da dissipação de energia de um material, e que costuma ser designado como parâmetro de amortecimento, para cinco materiais distintos obtidos a partir de diferentes percentuais de PP (polipropileno) e EOC (etileno- octeno-copolímero).

[0041] A Figura 4 consiste em um diagrama que representa o módulo de armazenamento E’, o módulo de dissipação E’’, e o parâmetro de dissipação Tan_delta, conforme a variação de temperatura, para uma amostra obtida a partir de uma tampa de polipropileno.

[0042] A Figura 5 consiste em uma secção de uma primeira forma de realização, referente a uma tampa feita de plástico, e obtida após a etapa de dobramento do flange.

[0043] A Figura 6 consiste em uma ampliação dos detalhes da Figura 5.

[0044] A Figura 7 consiste em uma vista lateral de uma segunda forma de realização, referente a uma tampa feita de plástico e obtida após a moldagem, e antes da etapa de dobramento do flange.

[0045] A Figura 8 consiste em uma secção da tampa apresentada na figura 7, de acordo com a linha VIII-VIII da figura 9.

[0046] A Figura 9 consiste em uma secção da tampa apresentada na figura 7, de acordo com a linha IX-IX da figura 8.

[0047] A Figura 10 consiste em uma ampliação dos detalhes da figura 9.

[0048] A Figura 11 consiste em uma secção, em consonância com a linha XI-XI da figura 12, de uma terceira forma de realização, referente a uma tampa feita de plástico, obtida após a etapa de dobramento do flange.

[0049] A Figura 12 consiste em uma secção, em consonância com a linha XII-XII da figura 11.

[0050] A Figura 13 consiste em uma ampliação dos detalhes da figura 12.

[0051] A Figura 14 consiste em uma secção de uma quarta forma de realização, referente a uma tampa feita de plástico, obtida após a etapa de dobramento do flange.

[0052] A Figura 15 mostra uma secção de uma tampa feita de plástico, dotada de uma fita inviolável descartável por uma zona de ruptura facilitada e, ainda, de meios contrastantes rígidos.

[0053] A Figura 16 mostra uma secção de uma tampa feita de plástico, na qual a zona de ruptura facilitada compreende uma linha contínua de corte, que se estende ao longo de uma zona dotada de protuberâncias, responsáveis pela formação de pontes de ligação entre a fita inviolável e o restante da tampa.

[0054] A Figura 17 consiste em uma ampliação dos detalhes da figura 16.

[0055] A Figura 18 mostra um detalhe de uma tampa feita de plástico, dotada de uma fita inviolável, ligada por uma linha contínua de corte.

[0056] As Figuras 19A e 19B consistem em duas partes de uma vista do plano superior de uma primeira forma de realização da invenção, referente a uma fábrica para a produção de tampas feitas de plástico, que possuam uma fita de segurança dotada de um flange flexível, a ser dobrado para dentro.

[0057] As Figuras 20 A e 20B consistem em duas partes de uma vista do plano superior de uma segunda forma de realização da invenção, referente a uma fábrica para a produção de tampas feitas de plástico, que possuam uma fita de segurança dotada de um flange flexível, a ser dobrado para dentro.

[0058] A Figura 21 mostra um diagrama de um dispositivo de dobramento, que é utilizável, no método em questão, para o dobramento da parte da aba das fitas invioláveis das tampas feitas de plástico.

[0059] A Figura 22 mostra um diagrama de um dispositivo cortante, que é utilizável, no método em questão, para a formação da zona de remoção facilitada das fitas invioláveis contidas nas tampas feitas de plástico.

[0060] A Figura 23 mostra uma secção de uma ferramenta cortante, que é utilizável, no método em questão, para a formação da zona de destacamento facilitado das fitas invioláveis.

[0061] DESCRIÇÃO DETALHADA

[0062] O presente invento apresenta um método para a fabricação de produtos feitos de plástico, e, em particular, para a fabricação de tampas para recipientes como, por exemplo, um método para a fabricação de qualquer das tampas reproduzidas nas figuras 5 a 18.

[0063] O método compreende a etapa de moldagem de uma peça feita de um material plástico como, por exemplo, um material plástico semicristalino, onde a peça moldada possa possuir, pelo menos, uma parte de saia, e uma parte de borda (por exemplo, de formato anular), conectada à parte de saia por uma zona de conexão que pode, por exemplo, apresentar um formato anular (fechado ou aberto), ou ser colocada ao longo de uma região com uma extensão de circunferência, e que pode ser contínua ou descontínua (por exemplo, pontilhada). Como já se sabe, tampas feitas de plástico costumam ser dotadas dessa parte de saia que, em geral (sempre que a tampa é acoplada ao pescoço de um recipiente para o fechamento da parte superior da respectiva boca), circunda pelo menos parte do pescoço. Essa parte de saia pode ser dotada de uma rosca, a ser aparafusada no pescoço do recipiente. É possível fabricar outros tipos de tampas dotadas de outros meios (já conhecidos) de acoplamento ao recipiente (em caráter alternativo ou complementar aos meios de acoplamento por parafuso). Essa etapa de moldagem pode compreender uma operação realizada com o uso de meios de moldagem e de métodos operacionais que pertençam, substancialmente, ao grupo dos tipos já conhecidos. Essa moldagem pode compreender uma ou mais operações de moldagem por injeção (realizadas com o uso de meios e métodos já conhecidos), ou uma ou mais operações de moldagem por compressão (também realizadas com o uso de meios e métodos já conhecidos), ou outras operações para a formação, a quente, de produtos feitos de materiais plásticos.

[0064] Durante essa etapa de moldagem, também é moldada uma parte do produto (em geral, a parte protuberante, ou aquela oriunda de um corpo principal), que é, em seguida, destinada ao dobramento. Essa parte destinada ao dobramento pode ser, como nesse caso específico, a supramencionada parte de borda, conectada à parte de saia. Essa parte destinada ao dobramento pode ser uma parte que, no produto final, formará uma camada inferior, e poderá assim, na maioria dos casos, não ser extraída da cavidade em formação que tiver permanecido na configuração final desejada (ou seja, na configuração de camada inferior). Em tais casos, realiza- se, em seguida, uma operação de dobramento após a moldagem. É possível que o método de fabricação em questão permita que a peça seja moldada de tal forma que essa parte da camada inferior (aba) já assuma, na cavidade em formação, a configuração final de uso (ou seja, a configuração de camada inferior): nesse caso, a parte da camada inferior será, então, deformada durante a etapa de extração da peça moldada a partir da cavidade em formação, rumo à extração que leva a parte moldada da camada inferior (aba) a tombar para fora. De modo a facilitar e/ou guiar o retorno dessa parte da camada inferior para a configuração de uso (que corresponde, exata ou aproximadamente, à configuração da moldagem na cavidade em formação), realiza-se o dobramento.

[0065] No método de fabricação em questão, também é possível moldar a peça de modo a que a parte destinada a tornar-se camada inferior seja formada com uma configuração diferente da configuração de uso; em particular, é possível que essa parte seja moldada em uma configuração que já seja capaz de permitir/facilitar a extração da cavidade em formação. No caso específico da produção de tampas feitas de plástico, é possível que a porção a ser dobrada (o que, na prática, corresponde à parte de aba da fita inviolável da tampa destinada a formar, durante o uso, o elemento adjacente ao colar do pescoço da garrafa) já seja formada, durante a etapa de moldagem, na configuração de uso - ou seja, dobrada para dentro e para cima (trata-se de uma referência à configuração usual, onde a tampa é encaixada no pescoço de um recipiente na vertical), ou seja, para a parte de fechamento ou parte superior da tampa, porção essa que, geralmente, se encontra em formato de disco, ou em outra configuração que não a configuração de uso como, por exemplo, uma configuração axial (não-inclinada em relação ao eixo da tampa), ou com uma leve inclinação para dentro, mas orientada para um lado oposto à parte de fechamento da tampa (na prática, uma orientação do tipo da aba 2, exibida na figura 1 A).

[0066] O método de fabricação, após a moldagem do produto e a abertura da cavidade em formação, diz respeito ao dobramento mecânico, de uma forma guiada, da supramencionada parte anular em torno da zona de conexão (ou zona de dobramento), a uma temperatura de dobramento preestabelecida (como será exposto melhor abaixo), que é mais elevada que temperatura ambiente.

[0067] Esse dobramento pode ocorrer antes do resfriamento completo do produto quente que havia acabado de ser submetido à operação de moldagem a quente, ou após o resfriamento completo do produto moldado e o segundo aquecimento subsequente do mesmo, a uma temperatura preestabelecida que seja mais elevada que a temperatura ambiente, sendo certo que o referido segundo aquecimento deverá ser passível de ser realizado logo após o resfriamento, ou após um enorme período de tempo e/ou a uma enorme distância do local do resfriamento.

[0068] No tocante às Figuras 1A a 1E, 1 indica a peça moldada, 2 a parte anular a ser dobrada, 3 um suporte (de um tipo já conhecido) para a peça moldada, 4 uma ferramenta para dobramento (de um tipo já conhecido). A operação de dobramento poderá compreender, como neste caso, um movimento recíproco (axial) do suporte inferior 3 e da ferramenta de dobramento 4 (figuras 1A a 1C) para deslocar a peça moldada rumo à ferramenta cortante 4, e, em seguida, um deslocamento de uma parte deslocável 5 da ferramenta, que atua mecanicamente em contato com a parte 2 a ser dobrada (figuras 1D e 1E).

[0069] O método de fabricação compreende a etapa de seleção da supramencionada temperatura de dobramento preestabelecida (ou seja, a temperatura do material do produto moldado, ou, mais particularmente, da parte deste produto a ser dobrada durante a operação de dobramento) em função da temperatura de transição física intermediária TD do material plástico a partir do qual tiver sido obtido o produto para a moldagem.

[0070] Por exemplo, a temperatura de dobramento pode ser selecionada de modo a ser inferior à supramencionada temperatura de transição física intermediária do tipo alfa Tα. Ademais, a supramencionada temperatura de dobramento pode ser mais elevada que a temperatura de transição física do tipo beta Tβ do material plástico. As supramencionadas temperaturas de transição Tα e Tβ que podem variar em função do material e de outros parâmetros, são temperaturas conhecidas na tecnologia referente a materiais plásticos. Abaixo, passa-se a fornecer uma breve explanação sobre essas temperaturas de transição Tα e Tβ dos materiais.

[0071] Já se sabe que materiais plásticos poliméricos semicristalinos (por exemplo, PE, PP, PA, POM, PET, etc...) são diferenciados por possuírem algumas partes em uma fase amorfa (na qual as cadeias poliméricas são desordenadas, dando ensejo a zonas mais flexíveis), e outras partes em uma fase cristalina (na qual as cadeias poliméricas são ordenadas, dando origem a zonas mais rígidas). Também já se sabe que os polímeros semicristalinos possuem, além de uma temperatura de fusão Tm onde ocorre a transição entre a fase sólida e a líquida, uma temperatura de transição vítrea Tg, onde a parte amorfa passa de uma fase sólida rígida a uma fase sólida plástica (elástica), enquanto que, em relação aos polímeros amorfos, a temperatura de transição vítrea Tg indica a transição entre uma fase sólida rígida (vítrea e frágil) e uma fase sólida elástica que, à medida que se eleva a temperatura, é transformada, em seguida, em uma fase líquida viscosa.

[0072] Acima da temperatura de transição vítrea Tg, torna-se possível a realização de movimentos entre segmentos de uma cadeia polimérica. Em temperaturas abaixo da temperatura de transição vítrea Tg, ainda podem ocorrer movimentos na massa do polímero que, em geral, se restringem a pequenos grupos de átomos. Tais movimentos são caracterizados por temperaturas de transição (as ditas temperaturas secundárias de transição), geralmente indicadas por Tβ, TY, Tδ. Em certos casos, abaixo da temperatura Tg, enquanto os movimentos de segmentos relativamente longos de cadeias poliméricas (ou seja, contendo um certo número de unidades monoméricas) são impedidos, certos movimentos secundários ainda são possíveis como, por exemplo, os movimentos de segmentos mais curtos da cadeia ou de pequenos grupos de átomos contidos nas únicas unidades monoméricas; os movimentos de outros grupos de átomos só poderão, então, ser impedidos abaixo da temperatura Tβ, enquanto que outros movimentos dos mesmos grupos de átomos e/ou certos movimentos de outros grupos de átomos só poderão ser impedidos abaixo das temperaturas TY, Tδ. A Figura 2 mostra a forma como são detectáveis tais transições secundárias, utilizando um diagrama do módulo dinâmico elástico ou do módulo de armazenamento E’ em função da temperatura, obtido por meio de uma análise dinâmica mecânica (DMA).

[0073] Já foi particularmente observado, sempre por meio de técnicas de análise dinâmica mecânica, que o polipropileno isotático (i-PP) apresenta as três fases de transição Y-, β-, e α-, na faixa de temperatura entre - 150 e 150° C, e que o polietileno (PE) abaixo do ponto de fusão Tm apresenta três pontos de transição, onde a transição Y ocorre em uma faixa compreendida entre -150 e -100° C, enquanto que a transição α geralmente ocorre entre 30 e 100° C, em função do tipo de PE. Considera-se, em geral, que, em relação a polímeros semicristalinos, a transição α represente a fase cristalina, e que, de fato, seja oriunda de alguns movimentos no interior dos cristais.

[0074] Na Figura 3A, o gráfico do movimento do módulo dinâmico viscoso, ou do módulo de perda em função da temperatura, é mostrado em relação aos três materiais plásticos HDPE, LDPE, e EVA, conforme relatado na literatura técnica. Na figura 3B, é mostrado o gráfico da tendência do parâmetro de amortecimento Tan_delta (ou seja, da tangente do atraso de fase δ entre a tensão e a deformação no material, ou da razão entre o módulo de perda e o módulo de armazenamento, também chamado de amortecimento) em função da temperatura, para diversas misturas de PP e EOC, conforme relatado na literatura técnica. Na figura 4, é mostrado o gráfico da tendência em função da temperatura, do módulo dinâmico viscoso ou do módulo de perda E’’, do módulo dinâmico elástico ou do módulo de armazenamento E’, e do parâmetro de amortecimento tg_delta de uma amostra de material extraído de uma tampa de polipropileno PP.

[0075] O depositante observou que o dobramento (e/ou o corte) de uma parte de uma peça obtida por meio de moldagem de material plástico (por exemplo, o dobramento de uma parte de aba de uma fita de segurança de uma tampa feita de plástico), se realizado a uma temperatura que seja aproximadamente idêntica ou inferior à temperatura de transição Tα do material (temperatura abaixo da qual não podem ocorrer movimentos no interior dos cristalites), e acima da temperatura de transição Tβ (temperatura de transição vítrea), ou ainda acima da temperatura ambiente Tamb, se Tamb > Tβ é melhor que um dobramento (e/ou um corte) da mesma parte (parte de aba), realizado a uma temperatura que seja mais elevada que a temperatura de transição Tα (por exemplo, pela realização do dobramento logo após a moldagem, a quente, da tampa com a fita, por meio de uma ferramenta no interior do molde, ou assim que a tampa é extraída do molde), ou melhor que um dobramento (e/ou corte) dessa parte (parte de aba), realizado após o resfriamento da peça moldada (tampa com fita inviolável, dotada de uma parte de aba) à temperatura ambiente.

[0076] Foi particularmente observado que, se a parte de aba da fita de segurança for dobrada a uma temperatura que seja aproximadamente idêntica ou inferior à temperatura de transição Tα, o efeito mola da parte de aba após a operação de dobramento apresentará uma redução. Essa redução no efeito mola poderia ser atribuída ao fato de que, à temperatura de transição Tα, ou a temperaturas levemente inferiores a Tα, algumas partes, zonas ou componentes do material plástico semicristalino que formam a tampa (por exemplo, os cristalites contidos na massa do material) haviam perdido, pelo menos em parte, a sua mobilidade. O depositante também já observou que o dobramento na supramencionada temperatura (superior à temperatura ambiente e aproximadamente idêntica ou levemente inferior à temperatura Tα) não produz sobre a parte dobrada, e, em particular, na zona de dobramento, qualquer fenômeno significativo de escoamento, ou quaisquer outros tipos de enfraquecimento.

[0077] De forma mais detalhada, foi observado que, em uma tampa feita de plástico como, por exemplo, uma das apresentadas no tocante às figuras 5 a 18, na qual a aba possa ser dobrada graças ao uso de um sistema conhecido, como, por exemplo, o sistema de dobramento apresentado no tocante às Figuras 1A a 1E, esse dobramento (e/ou corte da zona de destacamento facilitado) é realizado de modo particularmente eficiente sob as seguintes temperaturas: para uma tampa feita de polietileno de alta densidade HDPE, em uma faixa de temperatura compreendida entre 15 e 60° C; para uma tampa feita de polipropileno PP, em uma faixa de temperatura compreendida entre 25 e 70° C.

[0078] As tampas representadas nas figuras 5 a 18 são produtos moldados feitos de material plástico, sendo cada uma delas dotada de uma parte (em particular, a parte de aba ou a parte de flange da fita de segurança) que pode ser dobrada de acordo com o método da presente invenção, e/ou dotada de uma parte que pode ser cortada para formar a zona de destacamento facilitado da fita inviolável.

[0079] Os produtos ora representados são apenas alguns exemplo de produtos e, em particular, de tampas para recipientes, em relação às quais é possível e vantajoso utilizar o presente método de fabricação. De fato, é possível fabricar outros produtos por meio da utilização desse método de fabricação. Em geral, o método de fabricação ora reportado pode ser aplicado a qualquer tipo de produto feito de um material, cuja temperatura de transição do tipo alfa Tα seja mais elevada que a temperatura ambiente. Em particular, a aplicação do método de fabricação pode ser muito útil para polímeros semicristalinos.

[0080] Nos exemplos ora ilustrados, cada produto moldado (e, em particular, tampas dotadas de uma fita anular de segurança mostrando a primeira abertura de um recipiente fechado pela tampa) possui uma parte anular (ou parte de abas), que é dobrada após a sua formação, e ligada ao restante do corpo do produto por uma zona de conexão, ou zona de dobramento de formato anular. Contudo, também é possível utilizar o método de fabricação ora apresentado para elementos dobrados que não possuam formato anular, e/ou que não estejam ligados ao restante do corpo da peça moldada por uma zona de conexão ou de dobramento, de formato anular.

[0081] De modo a reduzir tanto o escoamento na zona de dobramento, quanto o efeito mola após o dobramento, é particularmente possível que a supramencionada temperatura de dobramento seja mais elevada que uma temperatura limítrofe Tinf, correspondente a Tα + Tamb Tinf = 2 onde Tα seja a temperatura de transição física do tipo alfa do material plástico, e Tamb seja a temperatura ambiente (capaz de variar significativamente, de acordo com o local da fabricação).

[0082] Com a finalidade específica de reduzir tanto o escoamento na zona de dobramento, quanto o efeito mola após o dobramento, a supramencionada temperatura de dobramento pode ser inferior à temperatura limítrofe Tsup, que corresponde a Tsup= Tα + 10° C, onde Tα seja a temperatura de transição física do tipo alfa do material plástico.

[0083] De modo a reduzir tanto o escoamento na zona de dobramento, quanto o efeito mola após o dobramento, a supramencionada temperatura de dobramento poderia estar compreendida em um intervalo, cujo valor limítrofe superior fosse Tsup = Tα + Δsup, e o valor limítrofe inferior fosse Tinf = Tα - Δinf, onde Δsup estivesse compreendido entre 0 e 20° C, e Δinf estivesse compreendido entre 0 e 40° C. A temperatura de dobramento poderia estar compreendida, por exemplo, entre Tα - 40° C e Tα, ou entre Tα - 40° C e Tα + 10° C, ou entre Tα - 20° C e Tα.

[0084] O supramencionado material plástico utilizado na formação do produto pode compreender, como já explicitado, material plástico semicristalino e, em particular, um dos seguintes materiais, ou uma mistura de materiais contendo, pelo menos, um dos seguintes materiais: polietileno, polipropileno, polietileno tereftalato. É possível introduzir, após a etapa de moldagem e antes da etapa de dobramento, uma etapa de resfriamento, de forma controlada, de pelo menos parte da peça moldada a ser dobrada. Essa etapa de resfriamento pode compreender a operação de direcionamento de um fluxo de um fluido de resfriamento (como, por exemplo, ar) até a parte da peça moldada a ser resfriada. O fluido de resfriamento pode encontrar-se a uma temperatura preestabelecida, e ser controlável por meios de condicionamento do calor (já conhecidos), que podem ser dotados de uma unidade de controle que receba um valor desejado da temperatura do fluido de resfriamento e/ou do produto a ser resfriado.

[0085] É possível, por exemplo, que, durante o supramencionado resfriamento, a peça moldada seja deslocada ao longo de uma via de resfriamento preestabelecida, compreendida entre uma zona de moldagem e uma zona de dobramento. Essa via de resfriamento pode compreender, por exemplo, um canal de transferência (fechado ou, pelo menos, parcialmente aberto), e/ou um túnel de rotação, e/ou um silo de resfriamento, e/ou uma esteira rolante, e/ou qualquer outro sistema de resfriamento que seja particularmente adequado à operação contínua ou discreta de séries, ou de um número considerável de produtos.

[0086] É possível inserir, ao longo da supramencionada via, meios de medição destinados à medição da temperatura dos produtos (e, em particular, da zona destinada ao dobramento), e/ou da temperatura de uma zona da via; também é possível fazer com que tais meios de medição sejam configurados para emitirem um sinal, a ser recebido a partir de uma unidade de controle que possa, por exemplo, controlar os meios de resfriamento colocados ao longo da via, e/ou controlar o tempo de viagem das peças moldadas ao longo da via, de modo a promover a variação da temperatura graças, por exemplo, a um controle de realimentação, em função de uma temperatura desejada.

[0087] As Figuras 5 e 6 ilustram uma tampa feita de plástico, de acordo com o método em questão. A tampa pode ser feita de material plástico semicristalino. A tampa possui uma parte de fechamento 6 (parte superior, onde “superior” se refere à posição que a parte assume na configuração habitual de fechamento, na qual ela fecha a boca superior de um recipiente normalmente colocado na posição vertical, em uma elevação vertical), com um formato essencialmente plano ou de disco. A parte de fechamento 6 pode ser substancialmente circular.

[0088] A tampa ainda possui uma parte de saia ou uma parte tubular 7, que emerge da extremidade periférica da parte superior 6. A parte de saia pode possuir, na sua porção interna (como neste caso), uma rosca para acoplamento com uma rosca que a ela corresponda, e que tenha o seu suporte no pescoço do recipiente. É possível fornecer outros tipos de tampas, dotadas de um sistema (de um tipo já conhecido) de acoplamento ao recipiente, que seja diferente do acoplamento com parafuso. Na extremidade da parte de saia 7, e do lado oposto à parte de fechamento 6, conecta-se uma fita anular inviolável 8, configurada para se destacar da parte de saia 7, sempre que o recipiente for aberto pela primeira vez, de modo a indicar claramente a ocorrência da primeira abertura. A fita anular inviolável 8 é conectada à parte de saia 7, por meio de uma zona anular de ruptura facilitada. Essa zona de ruptura facilitada pode ser obtida após a moldagem, graças à ação de remoção do material obtido por meio de uma ferramenta cortante de um tipo já conhecido. Na tampa, a zona de ruptura é obtida por meio de um corte, sendo indicada por uma linha pontilhada 9.

[0089] A fita anular inviolável 8 é dotada de uma parte anular de aba 10, dobrada para dentro e para cima (fazendo-se referência à configuração de uso da tampa acoplada ao pescoço do recipiente na vertical). Essa parte de aba anular 10 possui a finalidade de, assim que o recipiente for aberto pela primeira vez, atuar como uma adjacência axial, com um elemento adjacente (como, por exemplo, um colar), apresentando uma protuberância radial a partir do pescoço do recipiente, para restringir ou evitar o movimento axial total da fita de segurança com o restante da tampa, sempre que esta for levantada para permitir a abertura do recipiente.

[0090] Neste caso específico, a parte anular de aba 10 é formada por um corpo que se estende em uma direção circunferencial em torno da borda da fita de segurança 8. Essa parte anular de aba 10 possui uma série de protuberâncias radiais ou de elementos corrugados. Neste caso específico, essa parte anular de aba 10 compreende uma pluralidade de elementos triangulares conectados em séries, um após o outro, ao longo do respectivo lado. Essa parte anular de aba dobrada 10 pode compreender uma borda superior, voltada para cima (fazendo referência à configuração de uso da tampa que fecha a parte superior do pescoço do recipiente em posição vertical), ou seja, voltada para a parte superior de fechamento 6 do corpo principal da tampa, onde essa borda superior possua um formato em ondulação ou em ziguezague, formando, no total, uma pluralidade de protuberâncias radiais para dentro, e dispostas uma ao lado da outra, em uma direção circunferencial.

[0091] Neste caso específico, a tampa possui uma vedação 11, que pode ser, por exemplo, em formato de disco, colocada abaixo da parte superior de fechamento 6, e destinada a, durante o uso, atual como uma vedação líquida, da maneira que já é conhecida, na extremidade superior do pescoço do recipiente.

[0092] Na configuração de uso, a parte anular de aba 10 é submetida a uma operação de dobramento, como aquela ilustrada nas Figuras 1A a 1E, depois que a tampa tiver sido moldada (sendo a moldagem realizada nas modalidades de moldagem por injeção, de moldagem por compressão, ou de acordo com outros sistemas já conhecidos para a formação, a quente, de material plástico).

[0093] Conforme explicitado, a operação de dobramento pode consistir em modificar a orientação da parte de aba 10, de uma forma guiada mecanicamente. Normalmente, essa orientação é modificada de tal modo que a parte de aba 10 seja deslocada a partir da configuração onde ela se encontra voltada para baixo (ainda com referência à configuração de uso da tampa), ou seja, de frente para um lado oposto à parte superior de fechamento 6 da tampa, até uma configuração onde ela se encontre voltada para cima, ou seja, de frente para a supramencionada parte superior de fechamento 6. A operação de dobramento ocorre por meio do uso de uma ferramenta de dobramento, que seja essencialmente de um tipo já conhecido para o dobramento, na posição de uso, de uma parte anular de aba de uma fita de segurança de uma tampa moldada, feita de plástico. Conforme explicitado, a operação de dobramento ocorre sempre que a temperatura da peça moldada e, em particular, a temperatura da parte de aba que tiver de ser dobrada, for não apenas inferior à temperatura de formação ou à temperatura peça moldada na saída da cavidade em formação, mas, especificamente, for ainda mais baixa, ou seja, uma temperatura que for inferior à temperatura de transição do tipo alfa do material plástico com o qual a tampa for fabricada.

[0094] Em particular, se a temperatura Tα do material for de, aproximadamente, 80° C, a temperatura de dobramento será de, aproximadamente, 40-80° C, ou de, aproximadamente, 70-80° C; se a temperatura Tα for de, aproximadamente, 70° C, a temperatura de dobramento será de, aproximadamente, 40-70° C, ou de, aproximadamente, 60-70° C; se a temperatura Tα for de, aproximadamente, 100° C, a temperatura de dobramento será de, aproximadamente, 60-100° C, ou de, aproximadamente, 90-100° C. Na prática, é possível e vantajoso utilizar uma faixa de temperatura entre Tinf = Tα- 30/40° C, e Tsup = Tα+ 0/10° C.

[0095] A operação de formação da zona de destacamento facilitado da fita de segurança ocorre em período subsequente, ou seja, na prática, logo após (ou anteriormente, de fato logo antes), de modo a que a temperatura na qual essa operação subsequente for realizada seja essencialmente idêntica, levemente inferior ou levemente superior (por exemplo, com uma diferença de não mais que 5-15° C para baixo ou para cima) à temperatura na qual o dobramento for realizado. Conforme explicitado, a formação da zona de destacamento facilitado pode compreender a remoção de material, e, em particular, a remoção realizada por meio de uma ferramenta cortante. Portanto, a operação de corte (que, em geral, compreende um corte contínuo, ou uma série de cortes realizados ao longo de uma zona circunferencial externa ou interna da tampa) também pode ser realizada de forma vantajosa, a uma temperatura que seja aproximadamente idêntica ou inferior à temperatura de transição do tipo alfa do material da tampa.

[0096] Os dispositivos cortantes utilizados para a formação das zonas de destacamento facilitado já são conhecidos, dispensando, portanto, explicações mais pormenorizadas.

[0097] As Figuras 7 a 10 representam um segundo tipo de tampa. Os elementos análogos àqueles indicados nas figuras 5 e 6 foram indicados, em prol de uma maior clareza, pelo uso da mesma numeração. Assim como no caso anterior, a tampa é fabricada como um dobramento da parte anular de aba 10, a uma temperatura selecionada com base no tipo de material e, em particular, na temperatura de transição do tipo alfa do material. Também nesse caso, a operação de dobramento pode ocorrer a uma temperatura que seja aproximadamente idêntica à temperatura de transição do tipo alfa, ou às temperaturas acima aludidas. Neste caso específico, a parte anular de aba 10 compreende uma tira de material que esteja situada a uma altura essencialmente contínua, e é dotada de uma pluralidade de entalhes ou orifícios atravessados, que são separados uns dos outros por espaços, e posicionados em uma direção circunferencial, ao longo da zona de dobramento.

[0098] As figuras 11 a 13 ilustram outro exemplo de uma tampa dotada de uma parte anular de aba, e cujas características são, mais uma vez, distintas daquelas mostradas nas formas anteriores de realização do invento. Os elementos análogos aos das figuras 5 a 10 foram indicados pelo uso da mesma numeração. Em particular, essa parte anular de aba 10 (ora mostrada na configuração de uso e, desse modo, após o dobramento à temperatura preestabelecida) compreende uma série de etapas que são definidas pelas partes de aba, a uma altura diferente, e que se alternam, uma após a outra, em uma direção circunferencial. Neste caso específico, algumas partes de aba ainda compreendem uma série de partes de extremidade 13, dobradas para dentro, para dar origem a uma série de elementos adjacentes que, no total, definem um elemento adjacente (que se estendem principalmente ao longo de uma alça) destinado a promover o encontro axial com o colar do pescoço do recipiente. Cada parte de extremidade emerge da borda de uma extremidade das partes de aba situadas em uma altura mais elevada. O surgimento da zona anular de destacamento ocorrerá de uma forma já conhecida (por exemplo, por meio da remoção de material), a uma temperatura preestabelecida inferior à temperatura Tα, como se verifica, por exemplo, logo após ou logo antes da operação de dobramento. De toda a forma, as temperaturas de dobramento e de remoção de material são selecionadas, até mesmo para essa tampa, de acordo com os mesmos critérios apresentados acima.

[0099] A figura 14 ilustra ainda uma outra forma de realização da invenção, que consiste em uma tampa passível de ser fabricada de acordo com um dos métodos de fabricação acima descritos. Nessa forma de realização, a parte de aba 10 compreende uma pluralidade de partes de aba (por exemplo, em formato de retângulo ou de trapézio), dispostas uma ao lado da outra, ao longo de uma borda de extremidade da fita de segurança 8. Tais partes de aba são separadas por espaços, em uma direção circunferencial. Tais partes de aba formam uma pluralidade de elementos adjacentes de aba (dobrados), independentes uns dos outros. As temperaturas de dobramento e de remoção de material são selecionadas da forma exposta acima.

[0100] Assim, a invenção prevê a fabricação de uma tampa, por meio do dobramento da parte anular de aba 10, a uma temperatura selecionada com base no tipo de material e, em particular, com base na temperatura de transição do tipo alfa do material, e na qual a operação de formação da zona de destacamento facilitado (cuja operação pode compreender a remoção de material por uma ferramenta cortante) é realizada antes (ou após) a operação de dobramento da parte anular de aba. As duas operações (remoção de material e dobramento) podem ocorrer em uma sucessão rápida de eventos (por meio de dispositivos já conhecidos), razão pela qual, na prática, a temperatura para a execução de ambas as operações é inferior, ou quase idêntica à temperatura de transição do tipo alfa do material, e superior à temperatura ambiente.

[0101] Ainda é possível que não se preveja qualquer operação de dobramento em uma tampa, mas sim uma operação de formação da zona de destacamento facilitado (uma operação que pode compreender, conforme explicitado, uma remoção de material por meio de uma ferramenta cortante), e que essa operação seja realizada a uma temperatura selecionada na forma acima exposta, ou seja, com base no tipo de material e, em particular, na temperatura de transição do tipo alfa do material, razão pela qual, na prática, a temperatura de execução pode ser aproximadamente idêntica, ou inferior à temperatura de transição do tipo alfa do material.

[0102] A figura 15 mostra uma tampa feita de plástico, e dotada de uma fita inviolável 8, destacável no momento da primeira abertura do recipiente, e onde a zona de destacamento facilitado foi obtida por meio de uma operação de remoção de material e, em particular, por meio de um corte, realizado a uma temperatura selecionada da forma exposta acima. Nesse caso específico, o elemento contrastante 14, que colabora, de uma maneira já conhecida, com os respectivos meios de contraste no pescoço do recipiente, não possui, como nas formas anteriores de realização do invento, partes de aba que tenham de ser dobradas após a extração da cavidade em formação.

[0103] Na tampa representada nas figuras 16 e 17, a parte de aba 10 foi dobrada simultaneamente, ou logo antes, ou logo após a formação, por meio de corte, da zona de destacamento facilitado. Nesse caso, tal zona de destacamento compreende uma linha contínua de corte, que mergulha no interior do material da parte de saia da tampa, sem, porém, mergulhar por completo no interior de diversas protuberâncias 15 (que emergem para dentro da tampa), e que são angularmente espaçadas umas das outras, de modo a formar zonas de ligação (pontes destinadas a serem fraturadas) entre a fita inviolável 8 e o restante da tampa.

[0104] A figura 18 mostra a linha contínua de corte que forma a zona de destacamento facilitado 9, na presença de séries de protuberâncias radiais 15 (voltadas para o interior da tampa), com espaços entre elas, em uma direção circunferencial, e cuja espessura não é inteiramente afetada pelo corte.

[0105] No tocante às figuras 19A e 19B, que ilustram uma primeira forma de realização do layout de uma fábrica para a implantação do método de produção de produtos moldados, onde sejam realizadas operações de dobramento e de remoção de material, o número 101 indicou um resfriador, os números 102 e 103 indicaram dois fornecedores de material plástico em forma sólida dispersível, a ser processado, o número 104 indicou um misturador do material, o 105 um aparelho para moldagem por compressão para a formação, em particular, de tampas, o 106 um sistema para o controle ótico de tampas moldadas, o 107 um trocador de calor, o 108 um dispositivo de resfriamento para resfriar as tampas moldadas, o 109 um elevador (do tipo câmara) para as tampas, o 110 um dispositivo para a orientação da tampa, o 111 um transportador para o deslocamento de tampas (por exemplo, do tipo jato de ar), o 112 um dispositivo de corte e dobramento (para a formação da zona de ruptura facilitada, e para o dobramento do flange da fita inviolável das tampas), o 113 um outro sistema para o controle ótico das tampas, e o 114 um dispositivo para a introdução das tampas nas embalagens dos recipientes. Cumpre observar que, na fábrica representada na figura 15, o resfriamento das tampas antes da zona de dobramento e de corte é ativado por meio de ativadores específicos de resfriamento, que são configurados para apanhar as tampas na zona de dobramento e de corte, à temperatura preestabelecida que é aproximadamente idêntica ou inferior à temperatura de transição Tα. O dispositivo de corte e dobramento 112, que já é conhecido do estado da técnica, compreende dois carrosséis de eixos verticais e operação contínua, sendo cada um dotado de uma pluralidade de aparelhos idênticos em funcionamento, que operam de maneira cíclica, pela realização de um ciclo de trabalho a cada revolução do carrossel, onde os dois carrosséis são parte integrante de uma via de trabalho, ao longo da qual as séries contínuas de peças são dispostas em uma linha, sendo cada qual seguida da outra.

[0106] No tocante às figuras 20A e 20B, que ilustram uma segunda forma de realização do layout de uma fábrica para a implantação do método de produção de produtos moldados, o número 201 indicou um resfriador, os números 202 e 203 indicaram dois fornecedores de material plástico em forma sólida dispersível, a ser processado, o número 204 indicou um misturador do material, o 205 um aparelho para moldagem por compressão para a formação, em particular, de tampas, o 206 um sistema para o controle ótico de tampas moldadas, o 207 um transportador para o deslocamento de tampas (por exemplo, do tipo jato de ar), o 208 um dispositivo de corte e dobramento (para a formação da zona de ruptura facilitada, e para o dobramento do flange da fita inviolável das tampas), o 209 um dispositivo para a introdução das tampas nas embalagens dos recipientes. Cumpre observar que, na fábrica representada na figura 16, o resfriamento das tampas antes da zona de dobramento e de corte é implementado por meio de um ajuste adequado do período em que a tampa permanecer entre a zona de moldagem e a zona de corte-dobramento, de modo a que a temperatura de corte- dobramento seja a temperatura desejada, ou seja, aproximadamente idêntica ou inferior à temperatura de transição Tα. As tampas devem ser resfriadas por meio do ajuste da temperatura do ar (ou de outro fluido de transporte) usado para empurrar as tampas (graças a um sistema de transporte por fluidos já conhecido do estado da técnica); se tal deslocamento das tampas ocorrer de outra forma (por exemplo, por meio de uma esteira), a temperatura poderá ser controlada pelo uso de ar, ou de outro fluido introduzido em canais de transporte.

[0107] O dispositivo de corte e dobramento 208 pertence ao tipo mostrado acima. Dentre os dispositivos de corte que são passíveis de serem usados para a formação da zona de destacamento facilitado, estão incluídos todos os dispositivos já conhecidos e utilizados para essa finalidade como, por exemplo, os dispositivos apresentados nos documentos exibidos pelas seguintes patentes: EP 0619168, WO 99/17911, WO 00/44538, WO 2004/004993, que são considerados como incorporados por referência ao presente relatório.

[0108] A figura 21 ilustra um esquema de layout de um dispositivo de dobramento de ciclo contínuo, utilizável para dobrar, de acordo com os diversos métodos acima descritos, a parte de aba de uma fita inviolável para tampas. A Figura 21 mostra a via (em um avanço contínuo na direção indicada pelas setas) das tampas 16, compreendendo um sistema de entrada que introduz as tampas, uma após a outra, em um carrossel giratório 17, cujo eixo vertical é dotado de séries de ferramentas de dobramento (que não são representadas) que operam continuamente (de acordo com uma forma já conhecida) ao longo de uma via circular de tampas, de modo a que pelo menos uma ferramenta de dobramento seja relacionada a cada tampa; a via também compreende um sistema de saída, que remove as tampas após o dobramento e as guia, uma após a outra, até as zonas subsequentes de operação.

[0109] A figura 22 ilustra um esquema do layout de um dispositivo de corte, utilizável para a formação, de acordo com os diversos métodos acima descritos, da zona de destacamento facilitado de uma fita inviolável para tampas. O dispositivo de corte (de tipo já conhecido no estado da técnica) compreende uma via de entrada para o avanço contínuo das tampas 16, uma após a outra, um carrossel cortante 18, que remove as tampas uma por uma, e as desloca até uma ferramenta de corte 19 (disposta, neste caso, no interior da via circular das tampas 16), com um movimento que permite (de uma forma já conhecida) a formação da zona de destacamento facilitado. A figura 23 mostra os detalhes de uma secção de um dispositivo cortante (de tipo já conhecido), compreendendo um carrossel de deslocamento 20 das tampas, que as leva 16 até a ferramenta de corte 21 (que, nesse caso em particular, opera fora da via circular das tampas). O dispositivo de corte ora representado é particularmente configurado para a formação de um corte contínuo ao longo de uma circunferência inteira da tampa (que é girada em torno de si mesma), e pode ser especialmente adequado a tampas dotadas de protuberâncias pré- arrumadas ao longo da zona de destacamento, assim como as protuberâncias 15 mostradas nas figuras 16 e 18. A estrutura e a operação do dispositivo de corte mostrado na figura 23 são, em essência, conhecidas.

Claims

1. Método para fabricação de um produto, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: - moldagem de uma peça (1) feita de material plástico possuindo pelo menos, uma parte de saia (7); - formação, por remoção de material na parte de saia (7), de uma zona de destacamento facilitado (9), que separa uma parte de borda do restante da parte de saia (7), e - seleção de uma temperatura de remoção do material plástico da parte de saia (7) na qual esta remoção de material é feita, em função de uma temperatura de transição física intermediária do material plástico, a referida temperatura de remoção sendo mais elevada do que a temperatura ambiente, em que a referida peça (1) compreende uma tampa feita de polietileno de alta densidade HDPE ou polipropileno PP, a referida etapa de formação compreende o corte da zona de destacamento facilitado (9), o referido corte sendo realizado nas seguintes temperaturas de remoção: para uma tampa feita de HDPE em uma faixa de temperatura compreendida entre 15 e 60 °C, e para uma tampa feita de PP em uma faixa de temperatura compreendida entre 25 e 70 °C.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a referida temperatura de transição física intermediária compreende a temperatura de transição física do tipo alfa do material plástico.

3. Método, de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a temperatura de remoção é inferior a um valor máximo limítrofe Tsup = Tα + 10°. C, e onde Ta seja a temperatura de transição física do tipo alfa do aludido material plástico.

4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a aludida temperatura de remoção de material é mais elevada que a temperatura de transição física do tipo beta Tβ do aludido material plástico.

5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de compreender uma etapa de resfriamento da referida peça moldada antes da aludida etapa de remoção de material, devendo ser tal etapa de resfriamento realizada de maneira controlada, de modo a trazer o referido material plástico à temperatura de remoção desejada.

6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a aludida etapa de resfriamento compreende o direcionamento do fluxo de um fluido de resfriamento até a aludida peça moldada a ser resfriada.

7. Método, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que a aludida etapa de resfriamento compreende o deslocamento da referida peça moldada (1) ao longo de uma via de resfriamento preestabelecida, compreendida entre uma zona de moldagem e uma zona de remoção de material.

8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizado pelo fato de compreender as demais etapas de dobramento mecânico, de uma maneira guiada, de parte (10) da porção de borda que surge protuberante como uma aba em torno de uma zona de dobramento, a uma temperatura de dobramento, e a seleção da referida temperatura de dobramento em função da aludida temperatura de transição física intermediária Tα.

9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de a aludida temperatura de remoção estar compreendida em uma faixa que corresponda à aludida temperatura de dobramento acrescida/subtraída de 15°C.

10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de a aludida etapa de remoção de material compreender uma operação de corte, ao longo de uma região de extensão circunferencial da aludida parte de saia (7).