BR112021014083A2

BR112021014083A2 - Elemento de piso para formar um revestimento de piso, um revestimento de piso, e um método para fabricar um elemento de piso

Info

Publication number: BR112021014083A2
Application number: BR112021014083-2A
Authority: BR
Inventors: Claudio Caselli; Rahul Patki; Jan Eddy De Rick
Original assignee: Dal-Tile Corporation
Priority date: 2019-02-18
Filing date: 2020-02-11
Publication date: 2021-09-21
Also published as: AR118053A1; US10731682B1; WO2020172003A1; US10677275B1; CA3126714A1; EP3927912A4; CA3234893A1; US20220154747A1; EP3927912A1; CN113439146B; CN113439146A

Abstract

elemento de piso para formar um revestimento de piso, um revestimento de piso, e um método para fabricar um elemento de piso. a presente invenção refere-se a um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que os elementos de acoplamento compreendem pelo menos uma parte macho e pelo menos uma parte fêmea, a dita parte macho sendo posicionada ao longo de uma primeira borda e se projetando para fora além de uma borda superior na dita primeira borda, a dita parte fêmea sendo posicionada ao longo de uma segunda borda e se estendendo para dentro além de uma borda superior na dita segunda borda para assim formar um rebaixo para receber pelo menos parcialmente a parte macho, em que o dito rebaixo compreende uma abertura de entrada apresentando uma largura vertical, com a característica de que a relação entre a largura vertical e a espessura da placa é superior a 0,4.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ELE- MENTO DE PISO PARA FORMAR UM REVESTIMENTO DE PISO, UM REVESTIMENTO DE PISO, E UM MÉTODO PARA FABRICAR UM ELEMENTO DE PISO".

REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS RELACIONADOS

[001] Este pedido reivindica prioridade ao Pedido de Patente Nor- te-Americano Nº 16/278.560, depositado em 18 de fevereiro de 2019, cuja descrição é no presente documento incorporada para referência em sua totalidade.

CAMPO TÉCNICO

[002] A presente invenção refere-se a um elemento de piso para formar um revestimento de piso, um revestimento de piso e um méto- do para fabricar um elemento de piso.

[003] Mais particularmente, a invenção refere-se a um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que este elemento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas de acoplamento com bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso si- milar adjacente no dito revestimento de piso, e em que os elementos de acoplamento compreendem pelo menos uma parte macho e pelo menos uma parte fêmea.

ANTECEDENTES

[004] Um exemplo do dito elemento de piso é descrito no docu- mento WO 97/47834 A1. O dito tipo de elementos de piso tem se tor- nado cada vez mais importante nos últimos anos devido à facilidade de instalação proporcionada pelos elementos de acoplamento. De fato, um revestimento de piso pode ser instalado rapidamente por um insta- lador não profissional e, em caso de restauração, sem a necessidade de remover o revestimento de piso pré-existente. Além disso, graças aos elementos de acoplamento, o revestimento de piso é substancial-

mente plano e bem nivelado. De fato, uma vez que os elementos de piso não são colados no contrapiso, não há acúmulo de cola abaixo dos elementos de piso que possa afetar o nivelamento do revestimen- to de piso.

[005] Devido às propriedades do material e/ou ao processo de fabricação, os elementos de piso podem ser arqueados e/ou ter uma forma substancialmente convexa de tal forma que, por exemplo, uma porção central do elemento de piso fique disposta em um nível superi- or com relação à porção extrema. Neste caso, poderia ser difícil aco- plar os elementos de acoplamento dos elementos de piso entre si, es- pecialmente no caso de os elementos de piso serem dispostos em uma configuração deslocada. De fato, neste caso, por exemplo, seria difícil, senão impossível, inserir a parte macho da porção central de um primeiro elemento de piso na parte fêmea da porção extrema de um segundo elemento adjacente, uma vez que eles estão em diferentes alturas. Além disso, nesta condição de acoplamento, os elementos de acoplamento são altamente solicitados, podendo sofrer ruptura ou da- nos.

[006] Este problema é realçado o quando o elemento de piso compreende uma placa formada de um material rígido e/ou quando o elemento de piso compreende uma camada decorativa provida acima da dita placa, e em que a camada decorativa é formada de um materi- al frágil, como pedra natural, vidro ou materiais cerâmicos sinterizados como porcelana, faiança ou similares. A camada decorativa pode ser, por exemplo, um lajota de cerâmica. Exemplos dos ditos elementos de piso são mostrados nos documentos WO 2004/097141 e WO 2008/097860.

[007] A presente invenção visa, em primeiro lugar, prover um elemento de piso alternativo, o qual, de acordo com várias de suas modalidades preferidas, é dirigido a solucionar um ou mais dos pro-

blemas que surgem no estado da técnica.

BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[008] Em um primeiro aspecto, a invenção provê um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acopla- mento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que os elementos de acoplamento compreendem pelo menos uma parte macho e pelo menos uma parte fêmea, a dita parte macho sendo posicionada ao longo de uma primeira borda e se proje- tando para fora além de uma borda superior na dita primeira borda, a dita parte fêmea sendo posicionada ao longo de uma segunda borda e se estendendo para dentro além de uma borda superior na dita segun- da borda para, desse modo, formar um rebaixo para receber pelo me- nos parcialmente a parte macho, em que o dito rebaixo compreende uma abertura de entrada que apresenta uma largura vertical, com a característica de que a relação entre a largura vertical e a espessura da placa é superior a 0,4.

[009] Em outro aspecto, a invenção provê um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que este elemento de piso compreende uma camada decorativa formada de um material cerâmi- co e uma placa disposta abaixo desta camada decorativa, em que o elemento de piso compreende uma camada que apresenta um materi- al de resina disposto abaixo da camada decorativa, e em que a dita resina comprime a camada decorativa.

[0010] Em outro aspecto, a invenção provê um revestimento de piso que compreende uma pluralidade de elementos de piso adjacen- tes, conforme no presente documento descrito, e em que o revesti- mento de piso compreende uma argamassa que preenche uma dis- tância intermediária que separa as camadas decorativas dos elemen-

tos de piso.

[0011] Em outro aspecto, a invenção provê o uso de um material de resina para unir entre si uma camada decorativa formada de um material cerâmico e uma placa para formar um elemento de piso, em que o material de resina compreende uma viscosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferivelmente abaixo de 800 mPas, mais preferivel- mente abaixo de 600 mPas, por exemplo, de aproximadamente 400 mPas.

[0012] Em outro aspecto, a invenção provê um método para fabri- car um elemento de piso que compreende as etapas de: prover uma camada decorativa formada de um material cerâmico; prover uma pla- ca; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; e pressionar as camadas entre si para formar o elemen- to de piso de tal modo que o material de resina permeie a camada de cerâmica.

[0013] Em outro aspecto, a invenção provê um método para fabri- car um elemento de piso que compreende as etapas de: prover uma camada decorativa formada de um material cerâmico; prover uma pla- ca; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; curar a resina; e promover o encolhimento da resina.

[0014] Em outro aspecto, a invenção provê uma ferramenta ade- quada para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada de- corativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um ele- mento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que a primeira ferramenta compreende um corpo que apresenta uma primei- ra superfície de batimento adaptada para entrar em contato com uma superfície da camada decorativa, e pelo menos uma segunda superfí-

cie de batimento adaptada para ser martelada.

[0015] Em outro aspecto, a invenção provê uma ferramenta ade- quada para instalar um revestimento de piso, em que o revestimento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito re- vestimento de piso, em que a segunda ferramenta compreende uma porção de cabo e uma porção plana provida com pelo menos uma borda, e em que a dita borda é provida com um elemento de acopla- mento a ser acoplado com pelo menos um elemento de acoplamento da placa.

[0016] Em outro aspecto, a invenção provê um kit para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para coo- perar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o kit compreende pelo menos uma ferramenta, conforme no presente documento descrito.

[0017] Em outro aspecto, a invenção provê um kit para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para coo- perar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o kit compreende um martelo automático e/ou elétrico que tem um corpo adaptado para ser manuseado por pelo menos um operador e um corpo que aloja um motor ou um elemento operacional adaptado para ativar uma extremi- dade operativa, a dita extremidade sendo adaptada para cooperar com uma borda da camada decorativa e/ou com uma segunda superfície de batimento entre as primeira e segunda ferramentas, conforme no presente documento descrito.

[0018] Em outro aspecto, a invenção provê um martelo automático e/ou elétrico para instalar um revestimento de piso que apresenta ele- mentos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma ca- mada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acopla- mento adaptados cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, o dito martelo automático e/ou elétrico com um corpo adaptado para ser ma- nuseado por pelo menos um operador e um corpo que aloja um motor ou elemento operacional adaptado para ativar uma extremidade opera- tiva, a dita extremidade sendo adaptada para cooperar com uma borda da camada decorativa e/ou com uma segunda superfície de batimento entre a primeira e a segunda ferramentas, como no presente docu- mento descrito.

[0019] Em outro aspecto, a invenção provê um kit para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para coo- perar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o kit compreende um martelo automático e/ou elétrico, conforme no presente documento descrito, e pelo menos uma outra ferramenta, conforme no presente documento descrito.

[0020] Em outro aspecto, a invenção provê um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende bordas providas com elementos de acoplamento adapta-

dos para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o dito ele- mento de piso apresenta uma camada decorativa provida acima de uma placa, em que a dita camada decorativa compreende um material frágil, por exemplo, cerâmica, porcelana, pedra natural, concreto, vidro ou material vitrocerâmico, e em que a placa compreende um material à base de cimento ou um material à base de minerais, preferivelmente um material à base mineral compreendendo magnésio, mais preferi- velmente óxido de magnésio.

[0021] Estes e outros objetos, características e vantagens da pre- sente invenção se tornarão mais evidentes com a leitura da seguinte especificação em conjunto com a descrição, as reivindicações e os desenhos anexos.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0022] As figuras anexas, que são incorporadas e que constituem uma parte desta especificação, ilustram vários aspectos descritos abaixo.

[0023] A Figura 1 mostra uma vista superior de uma primeira mo- dalidade de um elemento de piso da invenção.

[0024] A Figura 2 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha II-II da Figura 1.

[0025] A Figura 3 mostra, em uma escala maior, uma vista na área F3 indicada na Figura 2.

[0026] As Figuras 4a e 4b mostram respectivamente, em uma es- cala maior, uma vista das áreas F4a e F4b indicadas na Figura 2.

[0027] A Figura 5 mostra, em uma escala menor, uma vista plana superior de um revestimento de piso compreendendo uma pluralidade dos elementos de piso da Figura 1.

[0028] A Figura 6 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha VI-VI da Figura 5.

[0029] A Figura 7 mostra, em uma escala maior, uma vista na área F7 indicada na Figura 6.

[0030] A Figura 8 mostra uma vista lateral esquemática de um elemento de piso da Figura 1.

[0031] A Figura 9 mostra, em uma escala menor, uma vista plana superior de um revestimento de piso que compreende uma pluralidade de elementos de piso de acordo com uma segunda modalidade da in- venção.

[0032] A Figura 10 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal ao longo da linha XX da Figura 9.

[0033] A Figura 11 mostra, em uma escala maior, uma vista na área F11 indicada na Figura 10.

[0034] A Figura 12 mostra algumas etapas de um método para fa- bricar um elemento de piso.

[0035] A Figura 13 mostra uma vista plana superior de um kit para instalar os elementos de piso para formar o revestimento de piso.

[0036] A Figura 14 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal de uma primeira modalidade de uma primeira ferramenta do kit ao longo da linha XIV -XIV da Figura 13.

[0037] A Figura 15 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal de uma modalidade alternativa da primeira ferramenta do kit ao longo da linha XV-XV da Figura 13.

[0038] A Figura 16 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal da segunda ferramenta ao longo da linha XVI-XVI da Figu- ra 13.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0039] Assim, a presente invenção, de acordo com um primeiro aspecto independente, refere-se a um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um ele- mento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que os elementos de acoplamento compreendem pelo menos uma parte macho e pelo menos uma parte fêmea, a dita parte macho sendo posi- cionada ao longo de uma primeira borda e se projetando para fora além uma borda superior na dita primeira borda, a dita parte fêmea sendo posicionada ao longo de uma segunda borda e se estendendo para dentro além da borda superior na dita segunda borda para assim formar um rebaixo para receber pelo menos parcialmente a parte ma- cho, em que o dito rebaixo compreende uma abertura de entrada apresentando uma largura vertical, com a característica de que a rela- ção entre a largura vertical e a espessura da placa é maior do que 0,4, preferivelmente maior do que 0,45, mais preferivelmente maior do que 0,5, ainda mais preferivelmente de cerca de 0,53. Em outras palavras, a largura vertical é pelo menos 0,4 vezes a espessura da placa, prefe- rivelmente mais de 0,45 vezes, mais preferivelmente mais de 0,5 ve- zes, ainda mais preferivelmente de cerca de 0,53 vezes.

Preferivel- mente, a relação entre a largura vertical e a espessura da placa está compreendida entre 0,4 e 0,7, preferivelmente entre 0,5 e 0,6. A parte fêmea do elemento de acoplamento apresentando uma abertura de entrada vertical alargada provê a possibilidade de engatar a parte ma- cho com a parte fêmea de dois elementos de piso adjacentes, mesmo no caso de elementos de piso altamente curvados.

De fato, desta for- ma, a parte macho pode engatar a parte fêmea adjacente, mesmo que esteja em uma altura diferente.

Este é particularmente o caso de uma instalação deslocada em que a porção central de um elemento de piso está a uma altura superior em relação à parte extrema de um elemento de piso adjacente.

Ademais, esta característica provê uma fácil inser- ção da parte macho na parte fêmea de modo que, subsequentemente, uma vez alcançado o completo engate entre os elementos de acopla-

mento, elas possam ainda ser travadas para impedir os movimentos vertical e/ou horizontal entre os elementos de piso.

[0040] Deve-se notar que a largura vertical da dita abertura de en- trada é preferivelmente medida substancialmente no plano vertical no qual se encontra a borda superior da dita primeira borda.

[0041] Deve-se notar também que a largura vertical da abertura de entrada pode preferivelmente corresponder à largura máxima do re- baixo da parte fêmea.

[0042] De acordo com uma modalidade preferida da invenção, a largura vertical é superior a 1,6 mm, preferivelmente superior a 1,8 mm, mais preferivelmente superior a 2 mm. Desta forma, seria possí- vel acoplar dois elementos de piso que apresentam um desvio de pla- naridade de 1 mm ou mais medido entre o centro e as extremidades da borda, mesmo em uma instalação de deslocamento de 50/50.

[0043] Além disso, entre a borda superior da abertura de entrada do rebaixo e a borda superior da dita primeira borda, é provida uma distância. A relação entre a dita distância e a espessura da placa pode ser inferior a 0,2, preferivelmente inferior a 0,15. Por exemplo, a dita relação pode estar compreendida entre 0,2 e 0,1. Uma distância redu- zida entre a abertura de entrada e a borda superior aumenta as chan- ces de inserir facilmente a parte macho no rebaixo da parte fêmea no caso de a parte macho ser disposta em um nível superior em relação ao rebaixo. Por exemplo, a dita distância pode ser inferior a 0,9 mm, preferivelmente inferior a 0,6 mm. Por exemplo, a dita distância pode ser compreendida entre 0,9 e 0,4 mm.

[0044] De acordo com uma modalidade da invenção, o rebaixo pode compreender uma primeira porção perto da abertura de entrada e uma segunda porção perto do fundo do dito rebaixo. Preferivelmen- te, a dita primeira porção é maior do que a segunda porção, em que "maior" refere-se à dimensão vertical do rebaixo. Preferivelmente, a dita primeira porção pode se estender em direção ao fundo do rebaixo para uma profundidade que é pelo menos 0,3 vezes a profundidade máxima total do rebaixo, ou seja, a soma da profundidade da primeira porção e da profundidade da segunda porção.

Preferivelmente, a pro- fundidade da primeira porção é de pelo menos 0,4 vezes, mais preferi- velmente de pelo menos 0,5 vezes (isto é, pelo menos a metade) de toda a profundidade máxima do rebaixo.

A dita profundidade deve ser medida a partir da abertura de entrada, isto é, substancialmente a par- tir de um plano vertical paralelo à borda longitudinal e sobre o qual se situa a borda superior da dita primeira borda.

Portanto, a profundidade da primeira porção é medida a partir da abertura de entrada até a tran- sição entre a primeira e a segunda porções.

Toda a profundidade má- xima do rebaixo é medida a partir da abertura de entrada até o fundo do rebaixo.

Ter uma primeira porção tão profunda aperfeiçoa o enga- jamento entre as partes macho e fêmea.

A primeira porção é alargada para orientar a parte macho para a parte fêmea, e a segunda porção é mais estreita de modo a prover um bloqueio vertical.

Portanto, a pri- meira porção sendo mais profunda aperfeiçoa a eficácia deste efeito de orientação, em particular, quando o acoplamento for difícil devido ao desnível do contrapiso ou no caso de desvio de planaridade do elemento de piso.

De acordo com uma modalidade preferida, a dita profundidade da primeira porção é superior a 0,5 mm, preferivelmente superior a 0,75 mm, por exemplo, superior a 1 mm.

Por exemplo, a dita profundidade da primeira porção está compreendida entre 0,5 e 1,5 mm, preferivelmente entre 0,75 e 1,25 mm.

Preferivelmente, a dita primeira porção compreende uma superfície superior inclinada que desce em direção ao fundo do rebaixo.

Mais preferivelmente, a dita superfície superior inclinada é inclinada em relação à horizontal de um ângulo compreendido entre 30° e 50°, por exemplo, cerca de 45°. Isso aperfeiçoaria o efeito de orientação acima mencionado da primeira porção. A transição entre a primeira e a segunda porções substanci- almente coincide com uma mudança na inclinação da dita superfície superior inclinada, em particular, quando o dito ângulo diminui.

[0045] Deve-se notar que, as ditas partes macho e fêmea em um estado conectado de dois elementos de piso similares são engatadas entre si para criar um acoplamento mecânico entre as respectivas bor- das, preferivelmente resultando em um travamento entre as ditas bor- das na vertical e/ou um ou mais direções horizontais. O termo "aco- plamento mecânico" inclui um acoplamento que permite que elemen- tos de piso adjacentes sejam acoplados entre si sem a necessidade de cola ou similar.

[0046] Conforme usado neste documento, os termos "horizontal" e "vertical" são basicamente expressos em relação a um revestimento de piso instalado em uma superfície que é considerada horizontal em seu significado geral. Assim, quando usado em relação a um único elemento de piso que é um elemento substancialmente plano provido com um plano principal, os termos "horizontal" e "vertical" devem ser considerados, respectivamente, equivalentes aos termos "paralelo em relação ao plano principal do piso elemento/elementos de piso instala- dos" e "perpendicular em relação ao plano principal do elemento de piso/elementos de piso instalados".

[0047] Além disso, em uma condição acoplada de dois dos ditos elementos de piso adjacentes, os elementos de acoplamento coope- ram e preferivelmente formam superfícies de travamento que limitam o movimento mútuo dos ditos elementos de piso na vertical e/ou em uma ou mais direções horizontais. Preferivelmente, em uma condição aco- plada de dois elementos de piso adjacentes, as primeiras superfícies de travamento são formadas, limitando o movimento mútuo dos ditos elementos de piso em uma direção perpendicular às bordas acopladas e em um plano substancialmente horizontal. Além disso, na dita condi-

ção acoplada, são formadas segundas superfícies de travamento que limitam o movimento mútuo dos ditos elementos de piso em uma dire- ção substancialmente vertical. Graças a esta solução, os elementos de piso podem ser harmoniosamente instalados sem a ocorrência de dife- renças de altura inaceitáveis entre os elementos de piso adjacentes. Além disso, os elementos de piso são solidamente acoplados entre si para aperfeiçoar o comportamento à fadiga do revestimento de piso. Além disso, ao limitar o movimento relativo do elemento de piso, é possível reduzir o efeito do ruído da etapa, ou seja, reduzir o ruído ge- rado a cada etapa.

[0048] De acordo com uma modalidade preferida da invenção, a parte macho e a parte fêmea podem ser dispostas substancialmente ao longo de todo o comprimento da borda relacionada, por exemplo, definindo substancialmente a borda relacionada. Por exemplo, de acordo com esta modalidade, as partes macho e fêmea podem ser ba- sicamente formadas como uma lingueta e uma ranhura que substanci- almente percorre todo o comprimento das bordas relacionadas mutu- amente opostas. Preferivelmente, a parte macho é posicionada em uma primeira borda do elemento de piso e pelo menos a parte fêmea é posicionada em uma segunda borda oposta do elemento de piso.

[0049] Alternativamente, a parte macho e a parte fêmea podem se estender sobre uma porção de comprimento limitado da borda relacio- nada, em que tal comprimento limitado é menor do que todo o com- primento da própria borda relacionada, preferivelmente menor do que metade do comprimento da borda relacionada borda. De acordo com esta possibilidade, as bordas compreendem preferivelmente seções livres da dita parte macho e das ditas partes fêmeas. As geometrias para as peças de acoplamento, de acordo com esta modalidade alter- nativamente, incluem partes macho e fêmea cooperantes que, em uma vista plana superior, se apresentam na forma de rabo de andorinha ou partes macho e fêmea que, em uma vista plana superior, se asseme- lham a conexões de quebra-cabeça.

[0050] Em algumas modalidades, os elementos de acoplamento são configurados de modo que, em uma condição acoplada, um esta- do de pré-tensão seja estabelecido entre o elemento de acoplamento. Em outras palavras, os elementos de acoplamento são configurados de modo que, na condição acoplada, eles sejam deformados elastica- mente, exercendo assim uma reação contrária entre si. Devido a esta solução, o acoplamento entre o elemento de piso é reforçado e o pró- prio acoplamento auxilia na impermeabilização do revestimento de pi- so. De acordo com uma modalidade preferida da invenção, os elemen- tos de acoplamento são configurados de modo que, em uma condição acoplada, o acoplamento esteja livre de pré-tensão, de modo que o acoplamento seja simplificado, e uma força menor precise ser exercida pelo operador. Isso quer dizer que, na condição acoplada, os elemen- tos de acoplamento estão em uma condição não deformada. Além dis- so, também o movimento de acoplamento do elemento de acoplamen- to, ou seja, o movimento relativo entre os elementos de acoplamento que permite o acoplamento mecânico, ocorre sem deformação dos elementos de acoplamento. Por exemplo, em algumas modalidades, uma folga é estabelecida entre os elementos de acoplamento de modo que pequenos movimentos entre os elementos de acoplamento em uma direção vertical e/ou horizontal sejam permitidos. Por exemplo, a dimensão da peça macho em um plano ortogonal à respectiva borda é igual ou ligeiramente menor que a dimensão da peça fêmea no mesmo plano. Preferivelmente, a dita folga é superior a 0,01 mm e inferior a 0,15 mm, mais preferivelmente a dita folga está compreendida entre 0,03 mm e 0,1 mm.

[0051] Os elementos de acoplamento são configurados para per- mitir realizar um acoplamento por meio de um movimento de um ele-

mento de piso com relação a outro elemento de piso adjacente. Tal movimento pode ser um movimento de translação em uma direção descendente, por exemplo, vertical, um movimento de translação em uma direção horizontal, por exemplo, perpendicular às bordas de um movimento de angulação em torno de um eixo horizontal paralelo às bordas. Por isso, o respectivo movimento preferivelmente resulta nas partes macho e fêmea acima mencionadas de elementos de piso adja- centes que se tornam mutuamente engatados. Os elementos de aco- plamento podem ser construídos de acordo com diversas possibilida- des diferentes, duas das quais são brevemente descritas abaixo. De acordo com uma primeira possibilidade, os ditos elementos de aco- plamento são configurados para serem acoplados entre si por meio de um movimento de angulação em torno de um eixo horizontal paralelo às bordas. De acordo com esta primeira possibilidade, também é pre- ferido que os elementos de acoplamento sejam configurados por meio de um movimento de translação em uma direção horizontal, por exem- plo, perpendicular à borda.

[0052] De acordo com a dita primeira possibilidade, as partes ma- cho e fêmea são respectivamente formadas em forma de lingueta e ranhura, em que a lingueta se projeta para fora além de sua respectiva borda na direção horizontal e a ranhura se projeta para dentro em re- lação à respectiva borda na direção horizontal. Como já indicado aci- ma, a lingueta e a ranhura são configuradas de tal forma que, em uma condição acoplada da dita lingueta e ranhura, a primeira e a segunda superfícies de travamento são formadas para limitar os movimentos relativos dos elementos de piso nas direções vertical e horizontal, e em que a dita direção horizontal é perpendicular à borda.

[0053] De acordo com uma modalidade preferida, a lingueta com- preende um bordo que se estende horizontalmente e uma protuberân- cia que se projeta para baixo. Como consequência, nesta modalidade,

a ranhura tem uma reentrância horizontal, para receber o bordo da lin- gueta, e uma parte oca orientada para cima, para receber a protube- rância da lingueta, de modo que a lingueta possa ser encaixada na ranhura. O bordo que se estende horizontalmente se estende além da borda superior da borda longitudinal. Além disso, o bordo que se es- tende horizontalmente apresenta uma seção cônica em direção à sua ponta. De acordo com a modalidade preferida, o bordo que se estende horizontalmente apresenta uma espessura máxima compreendida en- tre 0,20 e 0,4 vezes a espessura da placa, preferivelmente 0,33 vezes a espessura da placa. Em outras palavras, a relação entre a espessu- ra máxima do bordo que se estende horizontalmente e a espessura da placa está compreendida entre 0,25 e 0,4, sendo preferivelmente de cerca de 0,33. Dentro do escopo do presente pedido, a espessura má- xima é a espessura máxima da porção do bordo que se estende além da borda superior, por exemplo, é medida substancialmente em cor- respondência com um plano vertical, paralelo à borda longitudinal, so- bre o qual está situada a borda superior. De acordo com uma modali- dade preferida, a espessura máxima do bordo está compreendida en- tre 1 mm e 1,6 mm, sendo preferivelmente de 1,3 mm.

[0054] De acordo com uma modalidade preferida, o rebaixo hori- zontal compreende uma ou mais das características descritas acima com referência ao rebaixo da parte fêmea do elemento de acoplamen- to. Portanto, é evidente que, com a provisão de um rebaixo horizontal apresentando a entrada alargada, a abertura do movimento de angu- lação da parte macho é facilitada, em particular, quando a placa for arqueada.

[0055] Também é preferido que, em uma condição acoplada, a lingueta se encaixe na ranhura de tal forma que um espaço horizontal inoperante seja estabelecido entre a ponta da lingueta, em particular, do bordo da mesma, e o fundo da ranhura, em particular, do rebaixo do mesmo. Também preferido que, em uma condição acoplada, a lin- gueta se encaixe na ranhura de tal maneira que um espaço vertical inoperante seja estabelecido entre a superfície inferior da lingueta, em particular, do bordo da mesma, e a ranhura, em particular, o rebaixo da mesma. Desse modo, é provida uma lingueta com um bordo mais estreito do que a ranhura, de modo que o movimento de angulação para acoplar os elementos de piso seja definitivamente aperfeiçoado. Também é preferido que, na condição acoplada, a protuberância proje- tada para baixo da lingueta entre em contato com a porção oca da ra- nhura, e a superfície superior da lingueta entre em contato com a ra- nhura. Em particular, é preferido que a superfície inferior da lingueta entre em contato com a ranhura apenas em correspondência com a protuberância. Devido a isso, são providas as ditas segundas superfí- cies de contato para impedir o movimento mútuo vertical do elemento de piso, enquanto o acoplamento por movimento de angulação é sim- plificado porque o contato inferior é formado apenas em correspon- dência com a protuberância da lingueta e não com o bordo da mesma.

[0056] Além disso, de acordo com uma modalidade preferida desta primeira possibilidade, é formada uma folga na condição acoplada da lingueta e da ranhura. A dita folga permite pequenos movimentos na direção vertical e/ou horizontal, preferivelmente na direção horizontal. A folga é tal que a lingueta e a ranhura possam ser acopladas entre si sem serem deformadas.

[0057] Como consequência disso, o esforço exercido pelo opera- dor que deseja instalar os elementos de piso é significativamente re- duzido, o que é particularmente importante, visto que o peso da cama- da decorativa se por um lado complica as operações de instalação, por outro auxilia no travamento entre os elementos de piso. Portanto, um acoplamento ligeiramente frouxo devido à folga é admitido e útil para aperfeiçoar a facilidade de instalação. Preferivelmente, a dita folga é superior a 0,01 mm e inferior a 0,15 mm, mais preferivelmente a dita folga está compreendida entre 0,03 mm e 0,1 mm.

[0058] De acordo com uma segunda possibilidade, os ditos ele- mentos de acoplamento são configurados para serem acoplados por meio de um movimento de translação em uma direção para baixo, por exemplo, vertical. De acordo com esta segunda possibilidade, os ele- mentos de acoplamento compreendem uma parte inferior em forma de gancho voltada para cima que está situada em uma borda, bem como uma parte superior em forma de gancho voltada para baixo, que está situada na borda oposta. A parte inferior em forma de gancho define uma cavidade direcionada para cima formando uma parte fêmea, en- quanto a parte superior em forma de gancho define um bordo direcio- nado para baixo que forma uma parte macho. Uma vez em uma posi- ção acoplada, o bordo direcionado para baixo e a cavidade direciona- da para cima formam a primeira superfície de travamento para limitar o movimento mútuo em uma direção horizontal, por exemplo, perpendi- cular à borda. Preferivelmente, a parte superior em forma de gancho e a parte inferior em forma de gancho, mais preferivelmente, respecti- vamente, o bordo e a cavidade são configurados de modo que, na condição acoplada, a segunda superfície de travamento seja formada para limitar o movimento mútuo dos elementos de piso na direção ver- tical. Particularmente, a parte superior em forma de gancho e a parte inferior em forma de gancho são configuradas de modo que dois con- juntos das ditas segundas superfícies de travamento sejam formados, por exemplo, no lado oposto da parte macho e da parte fêmea. Prefe- rivelmente, tanto a parte superior em forma de gancho como a parte inferior em forma de gancho compreendem porções recortadas de modo que, na condição acoplada, a primeira e/ou a segunda superfí- cies de travamento sejam formadas para limitar o movimento mútuo dos elementos de piso. Além disso, os elementos de acoplamento de acordo com a dita segunda possibilidade são configurados para serem deformados durante o movimento de acoplamento. Preferivelmente, a parte inferior em forma de gancho compreende uma porção de alavan- ca flexível configurada para ser deformada com o acoplamento da par- te superior em forma de gancho e da parte inferior em forma de gan- cho de modo que, por meio da dita deformação, seja possível acoplar as porções recortadas.

[0059] Nota-se que o elemento de piso pode compreender os mesmos elementos de acoplamento, isto é, de acordo com a primeira ou a segunda possibilidade, em todas as suas bordas. Em particular, de acordo com a modalidade preferida, o elemento de piso compreen- de elementos de acoplamento de acordo com a primeira possibilidade em todas as suas bordas. Neste caso, o travamento vertical entre os elementos de piso pode ser muito forte de modo a manter o nivela- mento do revestimento de piso, e o acoplamento mecânico pode ser particularmente eficaz para eliminar ou diminuir o som dos passos. De acordo com modalidades alternativas da invenção, o elemento de piso pode compreender elementos de acoplamento de diferentes formas ou de diferentes dimensões em diferentes bordas. Por exemplo, um ele- mento de piso pode compreender elementos de acoplamento de acor- do com a primeira possibilidade em um primeiro par de bordas opos- tas, por exemplo, no caso de elementos de piso retangulares, bordas longas e elementos de acoplamento de acordo com a segunda possi- bilidade em um segundo par de bordas opostas, por exemplo, as bor- das curtas. Em outras palavras, um elemento de piso retangular pode compreender elementos de acoplamento adaptados para serem aco- plados por meio de um movimento de angulação nas bordas longas e elementos de acoplamento adaptados para serem acoplados por meio de um movimento de translação em uma direção para baixo nas bor- das curtas. Devido a esta solução, o acoplamento entre os elementos de piso é simplificado. De fato, graças ao movimento de inclinação, por exemplo, provido pela lingueta e ranhura, é fácil alinhar as bordas lon- gas dos elementos de piso, simplificando assim o posicionamento e provendo um forte acoplamento tanto na direção vertical quanto na direção horizontal entre a borda longa, enquanto as bordas curtas po- dem ser facilmente acopladas por meio de um movimento de transla- ção em uma direção para baixo como uma consequência direta do acoplamento entre as bordas longas. Isto é particularmente vantajoso no caso de camadas decorativas pesadas; de fato, uma vez que os elementos de acoplamento de acordo com a primeira possibilidade, por exemplo, a lingueta e a ranhura nos lados longos, são acoplados, é suficiente deixar o elemento de piso ser assentado na posição hori- zontal para realizar o acoplamento mecânico dos elementos de aco- plamento de acordo com a segunda possibilidade, por exemplo, nas bordas curtas sem a necessidade de martelar ou bater no próprio ele- mento de piso. Isso acontece também no caso de os elementos de acoplamento de acordo com a segunda possibilidade serem deforma- dos durante o acoplamento, uma vez que o peso da camada decorati- va pode ser suficiente para causar a dita deformação.

[0060] Preferivelmente, a placa é preferivelmente formada de um material adaptado para ser provido com elementos de acoplamento e/ou formada de um material impermeável e/ou formada de um mate- rial compressível. De acordo com a modalidade preferida, a placa é formada de um material polimérico. Os materiais poliméricos têm boas propriedades mecânicas em combinação com custo relativamente bai- xo e baixo peso e, além disso, eles proveem uma placa impermeável e redutora de som.

[0061] Preferivelmente, a placa é formada de um material polimé- rico termoplástico, preferivelmente com uma temperatura de transição vítrea (Tg) inferior a 100°C, por exemplo de PVC (cloreto de polivinila)

ou poliuretano, mais particularmente poliuretano termoplástico. Exem- plos de material termoplástico são PVC, polietileno, polipropileno, tere- ftalato de polietileno. A formação da placa a partir de um material com uma temperatura de transição vítrea relativamente baixa resulta em uma placa que é facilmente comprimida em temperatura ambiente. A compressão é desejável em muitos aspectos. Por exemplo, uma pos- sível expansão térmica da placa pode ser parcial ou totalmente supri- mida pela camada decorativa e/ou elemento de reforço mais rígidos e mais duros que mantém o material da placa em sua dimensão original. A compressão também é interessante para o design dos elementos de acoplamento e permite uma certa adaptação aos desníveis do contra- piso, o que, por sua vez, impede câmaras de ar entre a placa e o con- trapiso que podem amplificar os ruídos de caminhada. A compressão também é preferível para o elemento de piso que apresenta um desvio de planaridade significativo, uma vez que os elementos de acoplamen- to podem se adaptar mais facilmente em caso de diferenças de altura.

[0062] Dentre os materiais termoplásticos, o PVC é a escolha pre- ferida para a placa devido ao equilíbrio entre processabilidade, propri- edades físicas e mecânicas e custo.

[0063] A placa pode ser formada de um PVC flexível ou, preferi- velmente, de um PVC rígido, em que o PVC rígido compreende uma quantidade de plastificante inferior a 15 phr, e o PVC flexível compre- ende uma quantidade de plastificante de 15 phr ou maior, preferivel- mente superior a 20 ou superior a 25 phr. No contexto da presente descrição, o termo "rígido" indica que a placa, considerada isolada- mente, se dobra sob seu próprio peso menos de 10 cm por metro e ainda melhor menos de 5 cm por metro, enquanto que o termo "flexí- vel" indica que a placa, considerada isoladamente, se dobra sob o próprio peso mais de 10 cm por metro. A placa pode também compre- ender uma grande quantidade de materiais de enchimento, como giz,

por exemplo, mais de 30% em peso ou mais de 60% em peso de tais materiais de enchimento. Os enchimentos acrescentam peso à placa e a tornam muito eficaz em eliminar o som de trânsito de caminhada pa- ra os lados mais baixos. O conteúdo de enchimento deve ser preferi- velmente limitado a menos de 60% em peso, preferivelmente abaixo de 50% em peso, a fim de impedir aumentar excessivamente a fragili- dade da placa. O PVC rígido provê uma placa com boa estabilidade dimensional quando exposta a variações de temperatura. Em outras palavras, a expansão da placa, quando exposta à alta temperatura, é limitada, provendo assim uma boa estabilidade do piso. Uma placa formada de PVC flexível apresenta uma estabilidade dimensional infe- rior, mas é mais facilmente comprimida e, portanto, sua tendência a expandir poderia ser suprimida pelo menos a certo ponto por outros componentes dos elementos de piso.

[0064] De acordo com uma modalidade preferida, a placa é forma- da de PVC rígido. Preferivelmente, o PVC rígido pode compreender um módulo de flexão entre 1,5 e 3,5 GPa, por exemplo, de aproxima- damente 2,6 GPa. A placa também pode compreender uma resistência à flexão entre 60 e 90 MPa, por exemplo, de aproximadamente 76 MPa. Além disso, a placa pode compreender uma resistência à com- pressão entre 40 e 70 MPa, por exemplo, aproximadamente de 56 MPa. De fato, os inventores descobriram que a rigidez da placa ajuda a absorver a energia do impacto, aperfeiçoando assim a resistência ao impacto.

[0065] De acordo com uma modalidade da invenção, a placa pode ser concebida de forma a compensar as variações de forma e/ou di- mensão devido, por exemplo, a variações de temperatura. Por exem- plo, a placa pode ser formada por uma pluralidade de elementos sepa- rados, por exemplo, tiras, ou pode compreender entalhes transversais que separam porções adjacentes da placa, permitindo assim a expan-

são das ditas porções sem afetar a estabilidade global do piso.

[0066] Além disso, a placa tem preferivelmente uma espessura compreendida entre 3,2 mm e 6 mm, mais preferivelmente de cerca de 4 mm. Por exemplo, a modalidade preferida da invenção provê uma placa formada de PVC rígido e apresentando uma espessura de 4 mm, representando assim uma boa solução em termos de estabilidade térmica, redução de ruído, baixo peso e baixo custo.

[0067] Embora, de acordo com uma modalidade preferida, a placa seja composta por material polimérico, em modalidades alternativas a placa pode compreender outros materiais. De fato, com o objetivo da presente invenção, o substrato pode compreender qualquer material adequado para ser utilizado como tábua em móveis, revestimento de parede ou painel de piso. Também é preferível que o substrato seja à prova d'água. Por exemplo, o substrato pode compreender um material à base de cimento ou um material à base de minerais.

[0068] No caso de material à base de cimento, o substrato pode compreender uma placa de cimento contendo fibra, por exemplo, placa de cimento Portland. Com placa de cimento contendo fibra, entende-se uma placa contendo pelo menos um cimento e um material fibroso, unidos entre si, por exemplo, prensados entre si para formar a placa. As fibras podem ser, por exemplo, fibras poliméricas ou fibras naturais. A adesão é preferivelmente realizada sob pressão, seja em uma con- dição fria ou em uma condição quente.

[0069] No caso de material à base de minerais, o substrato pode compreender uma fibra contendo uma placa mineral. Por placa con- tendo fibra mineral entende-se uma placa contendo pelo menos um mineral e um material fibroso, unidos entre si, por exemplo, prensados entre si para formar a placa. O mineral pode compreender sílica, car- bonato de cálcio, gesso e/ou óxido de magnésio. As fibras podem ser, por exemplo, fibras poliméricas ou fibras naturais, por exemplo, fibras de celulose ou madeira. O material à base de minerais do substrato pode compreender fibras de vidro, preferivelmente fibra de vidro não tecida. A adesão é preferivelmente executada sob pressão, seja em uma condição fria ou em uma condição quente.

[0070] No caso de material à base de minerais, o substrato pode compreender uma estrutura multicamadas. Por exemplo, o substrato pode compreender uma pluralidade de folhas ou camadas de material à base de minerais unidas entre si para formar o substrato. As ditas folhas podem ter a mesma composição ou, preferivelmente, as ditas folhas podem ter composições diferentes. Por exemplo, o substrato pode compreender uma folha superior, uma folha inferior e pelo menos uma folha intermediária, em que a dita folha superior e a dita folha in- ferior podem ter substancialmente a mesma composição que é diferen- te da composição da folha intermediária. Por exemplo, as folhas supe- rior e inferior podem compreender fibra de vidro e/ou uma quantidade maior de fibra, preferivelmente fibra natural, em relação à folha inter- mediária. Esta solução provê um substrato projetado que apresenta as propriedades mecânicas e físicas desejadas, em particular, em termos de estabilidade térmica e rigidez, e um baixo custo devido a uma folha intermediária que apresenta uma composição mais econômica. Deve- se notar que a estrutura multicamadas pode compreender uma plurali- dade de folhas com diferentes características físicas e/ou mecânicas. Por exemplo, as ditas folhas podem ter uma diferentes densidade e/ou porosidade. Em um exemplo preferido, o substrato pode compreender uma folha inferior e/ou uma folha superior com menor porosidade e uma folha intermediária com maior porosidade para prover impermea- bilização, enquanto a camada intermediária ajuda a manter uma den- sidade geral mais baixa do substrato e a reduzir o custo do substrato em si.

[0071] No caso de material à base de minerais, exemplos de pla-

cas à base de óxido de magnésio são, entre outras coisas, uma placa à base de oxicloreto de magnésio (cimento Sorel), uma placa à base de oxissulfato de magnésio e à base de sulfato de magnésio.

[0072] No caso de material à base de minerais, o substrato pode 3 ter uma densidade de, por exemplo, entre 0,85 g/cm e 2 g/cm 3, por exemplo, entre 0,85 g/cm 3 e 1,5 g/cm 3.

[0073] Deve-se notar que o material à base de cimento e o materi- al à base de minerais oferecem a vantagem de uma baixa inflamabili- dade. Além disso, o dito material à base de cimento e o dito material à base de minerais são rígidos e mostram uma expansão térmica limita- da. A dita expansão térmica é, de fato, muito similar àquela de um ma- terial similar à pedra, pelo que o revestimento de piso resulta em um revestimento de piso altamente estável. Nota-se também que a alta rigidez do material à base de cimento ou do material à base de mine- rais pode prover uma contribuição importante em toda a resistência ao impacto do revestimento de piso. Além disso, o material à base de mi- nerais mostra uma densidade relativamente baixa, de modo que um revestimento de piso resultante da combinação de um substrato for- mado de material à base de minerais e de uma camada decorativa formada de material similar à pedra, como cerâmica, proveja um ele- mento de piso estável relativamente leve.

[0074] De acordo com uma modalidade preferida da invenção, o elemento de piso compreende uma camada decorativa provida acima da placa. Preferivelmente, a camada decorativa é formada de um ma- terial que é diferente do material da placa. Deve notar-se que, de acordo com esta modalidade preferida, os elementos de acoplamento podem ser, preferivelmente, formados totalmente na dita placa. Além disso, a camada decorativa pode ser fixada por meio de um adesivo, preferivelmente, uma resina que será descrita adiante.

[0075] A camada decorativa pode ser formada de qualquer tipo de material duro ou quebradiço, como cerâmica, pedra natural, concreto, vidro ou vitrocerâmica. Os ditos materiais frágeis mostram uma alta resistência ao desgaste, impermeabilidade e facilidade de limpeza. Com material frágil, entende-se um material que se rompe sem defor- mação plástica significativa. Em particular, para o escopo do dito pedi- do de patente, com o termo "material frágil", entende-se um material que por si só (se não estiver unido a uma placa e sem qualquer ele- mento de reforço) tem uma resistência ao impacto inferior a 1,68J (cor- respondendo a um bola que cai de uma altura inferior a 762 mm) de acordo com o teste de impacto da bola no presente documento des- crito. A resistência ao impacto para pisos pode ser determinada por meio de um teste de impacto de bola de aço. De acordo com este tes- te, a resistência ao impacto é medida deixando cair uma bola de aço sobre o elemento de piso a partir de uma certa altura; se o elemento de piso não quebrar, a altura será aumentada até que uma altura seja alcançada em que a bola de aço quebra o elemento de piso. A bola de aço tem um peso de 225,5 gramas e um diâmetro de 38,1 mm (1,5 po- legadas). A força do impacto é expressa em termos da altura máxima atingível a partir da qual a bola de aço, ao cair sobre o elemento de piso, não quebra o elemento de piso. Quanto maior a altura da queda, maior será a resistência ao impacto. A resistência ao impacto pode ser expressa em Joule (J), ou seja, a energia da bola de aço ao atingir a superfície do elemento de piso.

[0076] De acordo com uma modalidade preferida, a camada deco- rativa compreende um corpo de cerâmica, por exemplo formado de porcelana, cerâmica de corpo vermelho, grés, faiança ou outros pós cerâmicos sinterizados. Preferivelmente, a camada decorativa é uma lajota ou uma placa cerâmica. O termo "lajota de cerâmica" inclui um elemento com um corpo substancialmente plano que consiste em mi- nerais cozidos, tal como argila, e preferivelmente com uma superfície superior decorativa queimada, preferivelmente, mas não necessaria- mente, na base de um esmalte. O esmalte também tem o efeito de im- pedir que a resina que permeia a camada decorativa alcance a super- fície superior da camada decorativa, afetando assim a aparência do elemento de piso.

[0077] De acordo com um aspecto preferido da invenção, a cama- da decorativa pode compreender, pelo menos em correspondência com sua superfície inferior, uma porosidade aberta adaptada para permitir que o adesivo ou a resina permeie a própria camada decorati- va, aperfeiçoando assim a ligação com a placa. Assim, de acordo com uma modalidade preferida da invenção, a camada decorativa compre- ende uma porosidade aparente entre 0,1% e 10% determinada de acordo com o padrão ASTM C373, mais preferivelmente entre 2% e 8%, por exemplo, de 6%. Visto que os poros do material, especialmen- te os poros fechados, podem representar pontos fracos do próprio ma- terial, é preferível que a camada decorativa compreenda uma porosi- dade aparente inferior a 15%, preferivelmente inferior a 10% medida de acordo com o padrão ASTM C373. Além disso, a camada decorati- va pode preferivelmente ter um volume de poros abertos compreendi- do entre 0,01 cc (centímetro cúbico) e 1 cc, mais preferivelmente entre 0,10 cc e 0,90 cc, por exemplo de 0,60 cc. As faixas e os valores aci- ma mencionados de porosidade aparente proveem o equilíbrio ideal entre as propriedades mecânicas intrínsecas da camada decorativa e a permeabilidade da resina, provendo assim uma melhor ligação entre a resina sem afetar as propriedades mecânicas intrínsecas da camada decorativa. Desta forma, os poros são grandes o suficiente para serem preenchidos pela resina, sendo, ao mesmo tempo, pequenos o sufici- ente para não comprometer as propriedades mecânicas da camada decorativa. Como será descrito posteriormente, ao permear a superfí- cie inferior da camada decorativa com a resina é possível aperfeiçoar a resistência ao impacto da mesma, uma vez que a resina sela os po- ros formando uma espécie de material compósito de cerâmica polimé- rica e a transferência da tensão gerada durante o impacto é significati- vamente aperfeiçoada. Este resultado é particularmente impressionan- te, uma vez que a faixa de porosidade aparente é peculiar para lajotas de cerâmica que são usadas principalmente para revestimento de pa- rede ou para revestimento de piso em instalações residenciais, mas para revestimento de piso de instalações comerciais onde o tráfego é mais intenso e são necessárias propriedades mecânicas mais eleva- das, em geral, é preferido o uso de lajotas de cerâmica com porosida- de aparente mais baixa. Surpreendentemente, os inventores descobri- ram que, ao permear a superfície inferior da camada decorativa, um lajota normalmente destinada ao revestimento de parede ou a um am- biente de baixo tráfego pode alcançar propriedades e comportamento típicos para instalação de piso de alto tráfego. Deve-se notar que a dita porosidade e o mecanismo de reforço da resina são eficazes não apenas para lajotas de cerâmica, que constituem a modalidade prefe- rida da invenção, mas para qualquer material adequado para a cama- da decorativa, conforme indicado precedentemente.

[0078] De acordo com uma primeira possibilidade preferida para formar a lajota de cerâmica da camada decorativa, a lajota de cerâmi- ca é formado de porcelana. A porcelana é um material cerâmico obtido por queima em alta temperatura, por exemplo, em torno de 1200°C, uma mistura de matéria-prima relativamente pura composta por argi- las, caulim, quartzo, feldspato, carbonato de cálcio e/ou outras maté- rias-primas minerais. A porcelana mostra uma porosidade aparente muito baixa, preferivelmente abaixo de 1%, por exemplo, de 0,3%, medida de acordo com o padrão ASTM C373. A porcelana tem um vo- lume de poros abertos compreendido entre 0,01 cc (centímetro cúbico) e 0,1 cc, mais preferivelmente entre 0,1 cc e 0,6 cc. Os ditos valores de porosidade são tais que o material de porcelana mostra proprieda- des mecânicas relativamente altas e pode ser unido eficientemente à placa por meio de uma resina ou adesivo.

[0079] De acordo com uma segunda possibilidade preferida para formar a lajota de cerâmica da camada decorativa, a lajota de cerâmi- ca é formada de um lajota de cerâmica de corpo vermelho. Cerâmica de corpo vermelho é um material cerâmico obtido por queima em alta temperatura, por exemplo, em torno de 1150°C, de uma mistura de matérias-primas composta por argilas, caulim, quartzo, feldspato, car- bonato de cálcio e/ou outras matérias-primas minerais. A cerâmica de corpo vermelho pode ser queimada a uma temperatura mais baixa em relação à porcelana, mostrando assim uma maior taxa de porosidade e de absorção de água. Além disso, a cerâmica de corpo vermelho pode ser obtida a partir de uma mistura de matérias-primas que tem um cus- to mais baixo do que a mistura de matérias-primas que é necessária para a obtenção da porcelana. Por exemplo, a cerâmica de corpo ver- melho pode compreender uma porosidade aparente inferior a 10%, preferivelmente entre 2% e 8%, por exemplo, de 6% medida de acordo com o padrão ASTM C373. A cerâmica de corpo vermelho pode ter um volume de poros abertos compreendido entre 0,10 cc e 0,90 cc, por exemplo, de 0,60 cc.

[0080] Os inventores descobriram que a interação entre a resina ou o adesivo e a camada decorativa será aperfeiçoada se a camada decorativa compreender uma superfície inferior que é substancialmen- te plana. A superfície inferior é a superfície não visível (em uso) que é oposta à superfície decorativa superior da camada decorativa. Geral- mente, a superfície inferior de uma lajota de cerâmica compreende nervuras que podem ter uma espessura de até 1 mm, mas os invento- res descobriram que, para a aplicação da resina na própria superfície inferior, é preferível usar uma camada decorativa que seja livre das ditas nervuras. Além disso, de acordo com uma modalidade preferida da invenção, a superfície inferior da camada decorativa, em particular, da lajota de cerâmica, está livre de retrolavagem. A retrolavagem é um revestimento fino constituído basicamente por um engobe que é apli- cado na superfície inferior da lajota de cerâmica e tem a função de im- pedir que o material da lajota de cerâmica não queimada grude nos rolos do forno de cozimento. Uma vez que a retrolavagem compreende um engobe que é pelo menos parcialmente composto por uma compo- sição de vidro, durante a queima da lajota de cerâmica, ele derrete permeando os poros da lajota de cerâmica que estão abertos na su- perfície inferior do mesmo, de modo que a própria superfície inferior se torne impermeável. Assim, os inventores descobriram que uma cama- da decorativa formada de um lajota de cerâmica com uma superfície inferior livre de retrolavagem provê uma melhor permeabilidade de re- sina da superfície inferior da lajota de cerâmica. Também é possível que a retrolavagem cubra uma porção da superfície inferior da camada decorativa que é inferior a 20%, preferivelmente a 10% da dita superfí- cie inferior. Desta forma, a retrolavagem não impermeabiliza totalmen- te a superfície inferior, permitindo que a resina permeie a dita porosi- dade da camada decorativa, enquanto, por outro lado, auxilia a fabri- cação da camada decorativa, impedindo que o material da lajota de cerâmica não queimada seja aderida aos rolos do forno de cozimento.

[0081] A camada decorativa tem uma face superior que compre- ende uma decoração. A decoração pode ser provida com uma varie- dade de texturas, desenhos e cores. Em uma modalidade preferida, a decoração simula um produto natural, tal como pedra natural ou ma- deira. Preferivelmente, a decoração é pelo menos parcialmente forma- da por uma impressão. A impressão é realizada preferivelmente por meio de impressão digital, tal como impressão a jato de tinta, embora a impressão de tela, rotogravura, flexografia ou impressão offset não esteja excluída. De acordo com outra modalidade, a decoração é pelo menos parcialmente formada por material de base uniformemente co- lorido ou por uma mistura de materiais de base coloridos.

[0082] A camada decorativa pode compreender um revestimento de fundo que cobre, pelo menos parcialmente, sua superfície superior e adaptado para receber a decoração em seu topo, por exemplo, adaptado para receber a impressão em seu topo. O revestimento de fundo pode ser branco, bege, marrom ou em qualquer cor adequada para receber uma decoração em seu topo. No caso de a camada de- corativa ser formada de um material cerâmico, a camada de fundo compreende, preferivelmente, pelo menos um esmalte que cobre a superfície superior do corpo de cerâmica.

[0083] A camada decorativa também pode compreender um reves- timento protetor que cobre pelo menos parcialmente sua superfície su- perior e é adaptado para ser colocado acima da decoração. O revesti- mento protetor pode ser transparente ou translúcido. O revestimento protetor pode ser usado em combinação com o revestimento de fundo. No caso de a camada decorativa ser formada de um material cerâmi- co, a camada protetora será preferivelmente um esmalte.

[0084] Nota-se que a camada decorativa pode compreender uma densidade, tal como expressa pelo peso da superfície de pelo menos 10 kg/m², preferivelmente de 15 kg/m², por exemplo, superior a 19 kg/m². A alta densidade da camada decorativa pode aperfeiçoar a ins- talação do revestimento de piso e, em particular, um travamento verti- cal entre os elementos de piso, como será descrito abaixo em maiores detalhes. Também é preferido que a camada decorativa compreenda uma densidade, tal como expressa pelo peso da superfície, inferior a 35 kg/m², preferivelmente inferior a 30 kg/m², por exemplo, inferior a 25 kg/m². De fato, uma camada decorativa excessivamente pesada pode afetar a manobrabilidade do elemento de piso, bem como complicar o acondicionamento e o transporte do mesmo.

[0085] Preferivelmente, a camada decorativa tem uma espessura compreendida entre 4 e 15 mm, por exemplo, de mais de 6 mm, prefe- rivelmente de mais de 7 mm, por exemplo, de cerca de 8 ou de cerca de 10 mm. Assim, a espessura do elemento de piso é inferior a 20 mm, preferivelmente a 18 mm ou menos, mais preferivelmente a 13 mm ou menos. Desta forma, a espessura do elemento de piso resul- tante é relativamente fina, de modo que o impacto do piso no ambiente seja reduzido, especialmente no caso de restauração do piso existen- te. Além disso, desta forma, o peso da superfície do elemento de piso é limitado para que o acondicionamento, o transporte e a instalação sejam facilitados. Por exemplo, o peso da superfície do elemento de piso é de pelo menos 18 kg/m², preferivelmente de pelo menos 21 kg/m². Por exemplo, em uma modalidade preferida em que a camada decorativa é formada de porcelana e compreende uma espessura de 8,5 mm e em que a placa é formada de PVC e compreende uma es- pessura de 4 mm, o peso da superfície do elemento de piso é de apro- ximadamente 24 kg/m². Devido a isso, há um bom equilíbrio entre a economia de transporte e de acondicionamento e a facilidade de insta- lação. De fato, um peso acima dos ditos limites pode ajudar no aco- plamento entre dois elementos de piso, aperfeiçoando especialmente o travamento vertical entre eles.

[0086] A camada decorativa pode ter qualquer forma, por exemplo, uma forma quadrada, retangular ou hexagonal. Na modalidade preferi- da, os elementos de piso têm uma forma retangular e oblonga e são preferivelmente providos com um grão de madeira ou impressão de pedra representando linhas de grão de madeira ou veios de pedra que se estendem globalmente na direção longitudinal da camada decorati- va retangular.

[0087] Além disso, a camada decorativa, especialmente no caso de ser formada de um material cerâmico, pode ser ligeiramente arque- ada, podendo ocorrer os mesmos problemas devido às irregularidades do contrapiso. Quanto maior o lado da camada decorativa, maior será a dita curvatura, sendo, portanto, preferível que o elemento de piso e a camada decorativa compreendam uma área de superfície reduzida. O arqueamento da camada decorativa também se reflete no arqueamen- to de todo o elemento de piso e, como já foi introduzido, pode compli- car o acoplamento do elemento de piso. Portanto, de acordo com uma modalidade preferida, a camada decorativa compreende um desvio de planaridade inferior a 1,5 mm, preferivelmente inferior a 1 mm, ainda mais preferivelmente inferior a 0,8 mm. No contexto do presente pedi- do, o desvio de planaridade é definido como a diferença de altura ver- tical entre a porção externa e a porção central de uma borda da cama- da decorativa. Em particular, dentro do escopo da presente invenção, o desvio de planaridade é medido colocando os extremos de uma bor- da da camada decorativa em um plano horizontal e medindo a distân- cia entre o meio da borda desse plano horizontal. Além disso, no con- texto do presente pedido, o desvio de planaridade é preferivelmente medido considerando a superfície inferior da camada decorativa. De fato, a placa colada abaixo da camada decorativa adquire pelo menos o mesmo desvio de planaridade.

[0088] O elemento de piso pode compreender qualquer dimensão, embora seja preferido que compreenda uma área de superfície inferior a 1,5 m², preferivelmente inferior a 1 m², mais preferivelmente inferior a 0,4 m². Por exemplo, o elemento de piso, e, em particular, a camada decorativa, compreendem uma borda apresentando um comprimento máximo inferior a 1,5 m, preferivelmente inferior a 0,9 m. De fato, os elementos de piso destinam-se a ficar assentados em um contrapiso que pode apresentar irregularidades, tais como depressões ou saliên- cias, que podem afetar a instalação do revestimento de piso, a resis-

tência ao impacto e também a resistência à fadiga dos elementos de piso. Para elementos de piso com área reduzida, é reduzido o efeito das ditas irregularidades, bem como a probabilidade de encontrar as ditas irregularidades. Além disso, o desvio de planaridade é muitas ve- zes uma função do comprimento das bordas do elemento de piso, e, em particular, quanto mais longa a borda, possivelmente maior o des- vio de planaridade. Portanto, limitar o comprimento das bordas pode impedir um desvio de planaridade excessivo do elemento de piso que pode complicar o acoplamento.

[0089] Preferivelmente, a placa tem uma forma que corresponde basicamente à camada decorativa, preferivelmente, contudo, com uma ou mais porções que se estendem para além da camada decorativa. A placa também pode compreender um ou mais rebaixos que se esten- dem por baixo da camada decorativa. A placa é preferivelmente um elemento coerente, em que a placa cobre preferivelmente a maior par- te, isto é, pelo menos 50 por cento, da superfície inferior da dita cama- da decorativa. Preferivelmente, a placa cobre 80 por cento ou mais da superfície inferior da camada decorativa. De acordo com uma variante, a placa compreende uma pluralidade de porções de placa adjacentes separadas, em cujo caso a dita pluralidade de porções de placa prefe- rivelmente cobre pelo menos 50 por cento da superfície inferior, ou mesmo 80 por cento ou mais da mesma. Em uma condição acoplada de dois dos ditos elementos de piso, preferivelmente, uma distância intermediária está disponível entre as respectivas bordas superiores dos elementos de piso adjacentes. Preferivelmente, a camada decora- tiva é montada na placa de tal forma que, quando os elementos de pi- so estiverem em uma condição acoplada, a dita distância intermediária fique disponível entre as bordas das camadas decorativas adjacentes, enquanto as bordas da placa subjacente são acopladas entre si por meio dos elementos de acoplamento disponíveis. Devido a esta solu-

ção, podem ser toleradas ligeiras variações dimensionais da camada decorativa de lajotas adjacentes. Nos casos em que a camada decora- tiva é formada por uma ou mais lajotas de cerâmica, podem ser sele- cionadas tanto as lajotas não retificadas quanto as lajotas retificadas, sendo preferidas as lajotas não retificados por terem um custo mais baixo do que as retificadas. Mesmo quando as lajotas retificadas forem selecionadas, uma distância intermediária de pelo menos 1,5 milíme- tros, por exemplo, de cerca de 3 milímetros ou mais, é preferida no caso de lajotas não retificadas. Em geral, com camadas decorativas frágeis, o contato direto entre as bordas das camadas decorativas de elementos de piso adjacentes deve ser evitado, a fim de minimizar o risco de ruptura das porções da borda quando da instalação ou do uso do revestimento de piso. A prevenção do contato direto entre as bor- das das camadas decorativas também impede a geração de ruídos de rangidos quando o piso for pisado. Além disso, algumas camadas e/ou placas decorativas podem se expandir ou se contrair devido à variação térmica. A distância intermediária disponível impede que tal expansão e contração afetem a estabilidade do piso. Por exemplo, a camada de- corativa é montada na placa de tal maneira que fique centrada em uma superfície superior da placa, por exemplo, cada borda superior da placa se estende para além da borda da camada decorativa da mesma distância predeterminada. Por exemplo, a dita distância predetermina- da é a metade da distância intermediária entre as respectivas bordas superiores dos elementos de piso adjacentes na condição acoplada. Esta solução é especialmente preferida no caso de se usar lajotas não retificadas porque simplifica o posicionamento de lajotas que podem ter dimensões ligeiramente diferentes em placas com as mesmas di- mensões.

[0090] De acordo com um aspecto preferido da invenção, o ele- mento de piso compreende uma camada intermediária disposta entre a camada decorativa e a placa. A camada intermediária compreende preferivelmente um adesivo ou uma resina que une a camada decora- tiva e a placa entre si. De acordo com a modalidade preferida, a ca- mada decorativa compreende uma resina, por exemplo, uma resina termofixa ou resina termoplástica. Exemplos de resina termofixa são o epóxi, o poliuretano, o poliéster insaturado, o éster vinílico, o cianoacri- lato. Exemplos de resina termoplástica são adesivo fundido, poliéster termoplástico, resina acrílica, vinil, etc. Preferivelmente, a resina é uma resina rígida. De fato, os inventores descobriram que uma resina rígi- da, em vez de uma resina flexível, aperfeiçoa a transferência da ener- gia de impacto entre as camadas. Em particular, de acordo com a mo- dalidade preferida da invenção, a camada intermediária compreende uma resina epóxi. Também é preferido que o epóxi seja uma resina bicomponente, isto é, uma resina termofixa obtida por cura a baixa temperatura (por exemplo, à temperatura ambiente) de uma mistura de dois componentes, isto é, uma resina e um endurecedor. Quando os dois componentes da resina forem misturados entre si, a reação de cura será iniciada, não sendo necessário, portanto, ativar a cura com a provisão de energia externa, tal como calor, radiação UV ou EB. A dita energia externa pode ser provida opcionalmente para acelerar o pro- cesso de cura.

[0091] Além disso, de acordo com uma modalidade preferida, o material de resina permeia uma superfície inferior da camada decorati- va. Em outras palavras, o material de resina penetra na porosidade aberta da camada decorativa. Os inventores descobriram que, devido a esta solução, a resistência ao impacto do elemento de piso, mais particularmente da camada decorativa de cerâmica, é altamente au- mentada, de modo que, mesmo com o travamento mecânico entre tais elementos de piso, a resistência ao impacto atinge ou excede até mesmo a resistência ao impacto dos elementos tradicionais instalados por meio de adesivos. Além disso, é possível assim aperfeiçoar a re- sistência ao impacto do elemento de piso sem a necessidade de acrescentar outros elementos de reforço rígidos ou resilientes, tal co- mo uma amada de borracha, fibra de vidro ou placas de metal. De fa- to, a resina que permeia os poros da camada decorativa aperfeiçoa substancialmente a transmissão e a dissipação da tensão de impacto através do elemento de piso, sendo assim absorvida uma porção infe- rior da dita energia pela camada decorativa, aperfeiçoando sua resis- tência ao impacto. Uma vez que não é necessário acrescentar elemen- tos de reforço rígidos, o elemento de piso resultante é mais leve e mais fino. Ademais, a resina constitui um entrave à propagação de fis- suras na própria camada decorativa. Além disso, no caso de fissuras superficiais da camada decorativa, a camada intermédia mantém a própria camada decorativa coerente, preferivelmente compactada, dis- farçando assim o aspecto visual das fissuras superficiais.

[0092] De acordo com uma modalidade preferida, a resina com- preende resina epóxi. Os inventores descobriram que a resina epóxi mostra uma afinidade muito boa tanto com a camada decorativa quan- to com o PVC, onde o PVC é um material que forma a placa. De fato, os inventores descobriram que o PVC mostra uma boa afinidade com a resina epóxi, sendo assim possível formar uma ligação muito boa e interfase entre a placa e a camada intermediária. Esta interfase aper- feiçoa a transferência de energia de impacto entre as camadas do elemento de piso, aperfeiçoando assim sua resistência ao impacto. Além disso, os inventores descobriram que, devido à interação entre o PVC e a resina epóxi, é possível reduzir ou impedir qualquer efeito de delaminação entre a placa e a camada intermediária, e isso conse- quentemente aperfeiçoando a resistência à fadiga do elemento de pi- so. De fato, uma vez que a placa e a camada intermediária não estão separadas uma da outra por causa da delaminação, o elemento de piso pode manter suas propriedades mecânicas substancialmente inal- teradas, mesmo após solicitação prolongada, mostrando assim uma boa resistência à fadiga. Além disso, de acordo com a modalidade pre- ferida, a camada decorativa compreende um lajota de cerâmica que poderia ser um lajota de porcelana ou um lajota de cerâmica de corpo vermelho. De fato, um porcelanato como tal, ou seja, quando não uni- do a uma placa e sem a resina permeando a camada decorativa, mos- tra uma resistência ao impacto de 0,73 J, enquanto um elemento de piso compreendendo uma camada decorativa formada de porcelana unida acima de uma placa por meio de uma camada intermediária que compreende uma resina que permeia a superfície inferior da camada decorativa pode atingir uma resistência ao impacto de até 3,37J. Ge- ralmente, uma lajota de cerâmica de corpo vermelho como tal, ou seja, quando não unida a uma placa e sem a resina permeando a camada decorativa, mostra uma resistência ao impacto de 0,67 J, enquanto um elemento de piso compreendendo uma camada decorativa formada de cerâmica de corpo vermelho unida acima de uma placa por meio de uma camada intermediária composta por uma resina que permeia a superfície inferior da camada decorativa pode atingir uma resistência ao impacto de até 5,62J. Deve-se notar que um lajota de cerâmica de corpo vermelho como tal tem uma resistência ao impacto menor do que um porcelanato como tal, enquanto um elemento de piso de acor- do com a invenção e compreendendo cerâmica de corpo vermelho mostra uma resistência significativamente maior do que um elemento de piso compreendendo porcelana.

[0093] De acordo com um aspecto preferido da invenção, a resina compreende uma viscosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferi- velmente abaixo de 800 mPas, mais preferivelmente abaixo de 600 mPas, por exemplo, aproximadamente a 400 mPas. Dentro do escopo da invenção, viscosidade significa a viscosidade da resina não curada,

por exemplo, a viscosidade da mistura dos dois componentes antes da conclusão da cura, isto é, durante o chamado tempo de vida da mistu- ra.

Os valores de viscosidade expressos no presente pedido referem- se à viscosidade dinâmica e podem ser medidos com um reômetro de torção como, por exemplo, aqueles da série Anton Paar Physica MCR.

De fato, os inventores descobriram que se a resina estiver suficiente- mente fluida, durante sua aplicação na parte de trás da camada deco- rativa, ela poderá permear os seus poros para aperfeiçoar extrema- mente a ligação entre a camada intermédia e a camada decorativa.

Na prática, quando a resina permear os poros da camada decorativa, ela irá formar substancialmente uma "camada composta de polímero- cerâmica" que pode aperfeiçoar significativamente a resistência ao im- pacto do elemento de piso.

Além disso, devido ao intermediário no presente documento descrito, é possível aperfeiçoar a resistência ao impacto e o comportamento à fadiga de uma camada decorativa relati- vamente fina.

Nota-se que, de acordo com uma solução preferida, a resina está em um estado substancialmente líquido durante o proces- so de fabricação do elemento de piso.

Também é possível que a resi- na possa estar no estado pastoso ou de gel durante o processo de fa- bricação, por exemplo, mostrando um comportamento tixotrópico a fim de alcançar uma fluidez suficiente para permear os poros da camada decorativa em condições de processo predeterminadas, por exemplo, durante uma etapa de prensagem.

De acordo com uma modalidade da invenção, a camada intermediária pode compreender duas ou mais resinas diferentes.

Por exemplo, a camada intermediária pode com- preender uma primeira resina para impregnar os poros da camada de- corativa e uma segunda resina para unir a camada decorativa e a pla- ca entre si.

De acordo com a dita modalidade, a primeira resina pode ser uma resina rígida para reforçar a camada decorativa e a segunda resina pode ser, por exemplo, uma resina macia ou elastomérica que provê um efeito de amortecimento em caso de impacto.

[0094] Preferivelmente, a resina também pode apresentar um en- colhimento, após a cura, compreendido entre 0,5 e 15%, por exemplo, entre 1 e 10%. Os inventores descobriram surpreendentemente que uma resina que mostra esta característica durante a sua cura é signifi- cativamente descartada. Uma vez que, durante a cura, a resina é o único componente do elemento de piso que encolhe, ela comprime a camada decorativa disposta acima, reforçando assim a própria cama- da decorativa. Este efeito pode ser ainda mais acentuado se a resina penetrar na superfície inferior da camada decorativa. De fato, se a re- sina da camada intermediária permear a superfície inferior da camada decorativa, a forte ligação dentro das duas camadas auxilia a ação compressiva da resina. Além disso, este mecanismo de reforço devido à ação de compressão da resina pode unir a ação de reforço devido ao preenchimento dos poros e o mecanismo de transferência de ten- são aperfeiçoado em direção à placa, caso presente.

[0095] Este efeito compressivo fica evidente com a medição do arqueamento do elemento de piso, ou seja, o desvio de planaridade do mesmo. Geralmente, o desvio de planaridade da camada decorativa é refletido no arqueamento de todo o elemento de piso e, como já foi in- troduzido, pode complicar o acoplamento do elemento de piso. Os in- ventores descobriram que, após a cura da resina, o elemento de piso mostra um desvio de planaridade que é maior do que o desvio de pla- naridade da única camada decorativa antes da aplicação da resina. Isso significa que a camada decorativa é comprimida e reforçada. Por- tanto, de acordo com a modalidade preferida, após a colagem, a placa compreende um desvio de planaridade abaixo de 1,5 mm, preferivel- mente abaixo de 1 mm, mais preferivelmente abaixo de 0,8 mm. No contexto do presente pedido, o desvio de planaridade é definido como a diferença de altura entre a porção externa e a porção central de uma borda da placa. Em particular, dentro do escopo da presente invenção, o desvio de planaridade é medido colocando os extremos de uma bor- da da camada decorativa em um plano horizontal e medindo a distân- cia entre o meio da borda desse plano horizontal. De acordo com uma modalidade da invenção, com este efeito de compressão, o desvio de planaridade do elemento de piso após a colagem é de pelo menos 1%, preferivelmente de pelo menos 5%, por exemplo, de pelo menos 10% maior do que o desvio de planaridade da camada decorativa antes da colagem.

[0096] Os inventores também descobriram que, preferivelmente, a resina pode estar livre de cargas, tais como cargas minerais. De fato, os inventores descobriram que a presença de cargas se, por um lado aperfeiçoa as propriedades mecânicas da resina como tal, por outro, aumenta a viscosidade da resina, formando assim um obstáculo à pe- netração da camada decorativa.

[0097] A resina compreende preferivelmente uma resistência à tração entre 50 e 90 MPa, mais preferivelmente entre 60 e 80 MPa, por exemplo, de 75 MPa. Nota-se que a resina compreende preferi- velmente uma resistência à compressão entre 90 e 130 MPa, mais preferivelmente entre 100 e 120 MPa, por exemplo, de 110 MPa. Os inventores descobriram que tal resistência é suficiente para fornecer uma matriz rígida para a camada composta de polímero-cerâmica que permite a dissipação da energia de impacto. Note-se também que a resina pode preferivelmente mostrar um valor de dureza de pelo me- sos 50 medido em uma escala de Shore D.

[0098] Preferivelmente, a resina cobre pelo menos uma porção da superfície inferior da camada decorativa, por exemplo, a maior parte, isto é, pelo menos 50 por cento, da superfície inferior da dita camada decorativa. Mais preferivelmente, a resina cobre 80 por cento ou mais da superfície inferior da camada decorativa, por exemplo, cobre 100 por cento da superfície inferior da camada decorativa de modo que o efeito de distribuição e de dissipação da energia de impacto seja obti- do para um impacto ocorrendo em qualquer ponto da camada decora- tiva.

[0099] A resina é preferivelmente provida na superfície inferior da camada decorativa em uma quantidade superior a 150 g/m², mais pre- ferivelmente superior a 200 g/m², por exemplo, de 220 g/m², de modo que a resina esteja em uma quantidade que é suficiente para totalmen- te permear os poros abertos da superfície inferior da camada decorati- va.

[00100] É também preferível que a resina seja fornecida em quanti- dade suficiente para transbordar da porosidade aberta da camada de- corativa para servir de cola para a placa. Em outras palavras, é prefe- rível que a resina permeie parcialmente a porosidade aberta da cama- da decorativa e revista parcialmente a superfície inferior da mesma para formar a camada intermediária e aperfeiçoar a transferência de energia. O dito efeito de transferência de energia será ainda aperfei- çoado se a placa for fixada diretamente na camada intermediária e, em particular, na dita porção da resina que reveste a superfície inferior da camada decorativa, de modo que a camada intermediária atue como uma camada adesiva que une a camada decorativa e a placa entre si.

[00101] Além disso, a camada intermediária pode compreender um elemento de reforço. O elemento de reforço pode ser embutido na ca- mada intermediária, por exemplo, embutido no material de resina, ou pode ser uma camada de reforço colocada entre a camada intermediá- ria e a placa. O elemento de reforço pode compreender fibras como fibras de vidro, fibras de carbono, fibras poliméricas, por exemplo, fi- bras de aramida ou de poliamida, ou fibras cerâmicas, por exemplo, fibras de boro ou de silicato. As fibras podem ser fibras tecidas ou não tecidas, por exemplo, com fibras dispostas em diferentes orientações,

e podem ter a forma de tapete, lã ou pano. O dito elemento de reforço pode ser usado para aperfeiçoar ainda mais a resistência ao impacto dos elementos de piso, especialmente no caso de instalação especial e peculiar como pisos elevados.

[00102] De acordo com uma modalidade alternativa, o elemento de reforço pode compreender uma placa de metal, por exemplo, uma pla- ca de aço ou de alumínio. Preferivelmente, a placa de metal é configu- rada para estabelecer um estado de compressão na camada decorati- va. Desta forma, como a camada decorativa está em um estado de compressão, a resistência ao impacto é fortemente aperfeiçoada, pois a compressão impede a propagação de fissuras e ajuda a disfarçar o efeito visual das fissuras superficiais. Para atingir este objetivo, a placa de metal é primeiramente estirada, por exemplo, por meio de um esti- ramento mecânico ou térmico, sendo então unida à camada decorativa enquanto a placa de metal está no estado estirado. Posteriormente, o estiramento é liberado, interrompendo a solicitação mecânica ou res- friando a própria placa de metal, estabelecendo assim um estado de compressão na camada decorativa. Por exemplo, nesta modalidade, a placa de metal tem um coeficiente de expansão térmica superior ao coeficiente de expansão térmica da camada decorativa. Devido a esta solução, o elemento de reforço é aquecido a um estado estirado e, em seguida, é unido à camada decorativa enquanto ainda está no estado estirado e, subsequentemente, é resfriado para retrair e colocar a ca- mada decorativa em compressão.

[00103] Como já foi afirmado acima, é preferido que, em uma con- dição acoplada, a superfície decorativa disponha os dois elementos de piso adjacentes separados por uma distância intermediária. A distância intermediária, ou lacuna, entre as camadas decorativas de elementos de piso adjacentes pode ter ainda um acabamento em diversas manei- ras possíveis.

[00104] De acordo com uma primeira possibilidade, a dita distância intermediária entre a camada decorativa pode ser preenchida por uma argamassa, provendo assim um revestimento de piso impermeável. A argamassa pode ser uma argamassa flexível ou rígida. A argamassa pode ser à base de polímero, à base de cimento ou ser baseada em uma mistura de polímero e cimento. Exemplos de argamassa à base de polímero são à base de epóxi, à base de acrílico, à base de uretano ou à base de silicone

[00105] Em uma segunda possibilidade, a camada decorativa pode ser pelo menos parcialmente, de preferência completamente, cercada por uma gaxeta de modo que, em uma condição acoplada de dois elementos de piso adjacentes, a dita gaxeta seja comprimida pela ca- mada decorativa de um elemento de piso adjacente de modo a formar uma conexão substancialmente estanque à água entre os elementos do piso.

[00106] Nota-se que a característica de que o elemento de piso compreende uma camada intermediária apresentando um material de resina que permeia uma superfície inferior da camada decorativa, for- ma uma ideia da invenção independentemente da presença de uma placa e, em particular, de uma placa compreendendo bordas com ele- mentos de acoplamento configurados para realizar um acoplamento mecânico com os elementos de acoplamento de um elemento de piso adjacente. Assim, a presente invenção, de acordo com o seu segundo aspecto independente, refere-se a um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que este elemento de piso compreende uma primeira camada decorativa formada de um material cerâmico e uma segunda camada disposta abaixo desta camada decorativa, em que a segunda camada compreende um material de resina que per- meia uma superfície inferior da camada decorativa.

[00107] Os inventores descobriram que pisos tradicionais, por exemplo, pisos formados de elementos de piso de porcelana com uma espessura de aproximadamente 10 mm, diretamente colados a um contrapiso, geralmente apresentam uma resistência ao impacto com- preendida entre 1,68 J e 2,25 J (correspondendo a uma bola que cai de uma altura compreendida entre 762 e 1016 mm), ao passo que os pavimentos flutuantes conhecidos apresentam uma resistência ao im- pacto geralmente inferior a 1,12 j (correspondendo a uma bola que cai de uma altura inferior a 508 mm). Os inventores descobriram que, gra- ças à segunda camada do segundo aspecto, pode ser obtida uma re- sistência ao impacto acima de 5,62 J (correspondendo a uma queda da bola de aço de uma altura acima de 2540 mm).

[00108] A resistência à fadiga para pisos é determinada por meio do chamado Teste de Robinson de acordo com o padrão ASTM C627. De acordo com este teste, um carrinho de três rodas gira em torno de seu centro no topo de uma seção de amostra de um piso de lajotas. Acima de cada roda há uma haste ao longo da qual podem ser empilhados pesos. Um motor elétrico aciona a montagem e o carrinho gira a uma taxa de 15 rotações por minuto. O teste é executado de acordo com um cronograma de carregamento com 14 ciclos diferentes. Para cada ciclo, o cronograma especifica um tipo de roda a ser usada (borracha macia, borracha dura ou aço), a quantidade de peso a ser empilhado acima de cada roda e o número total de voltas do carrinho a serem executadas. Após a conclusão de cada ciclo, a seção de piso de amostra é examinada visualmente. O resultado do teste qualifica o pi- so de acordo como número de ciclos passados sem falha e indica o seguinte nível de serviço para o qual se destina o piso:

[00109] Amostra que completa os ciclos de 1 a 3 sem falhas: Clas- sificação "Residencial";

[00110] Amostras que completam os ciclos 1 a 6: classificação co- mercial "Leve";

[00111] Amostras que completam os ciclos 1 a 10: classificação comercial "Moderado";

[00112] Amostras que completam os ciclos de 1 a 12: classificação comercial "Pesado";

[00113] As amostras que completam todos os 14 ciclos sem falhas são atribuídas na classificação comercial "Extra pesado.

[00114] Os inventores descobriram que, devido ao uso da segunda camada de acordo com o segundo aspecto da invenção, o Teste de Robinson pode resultar na aprovação de 6 ciclos (Comercial Leve), no mínimo.

[00115] De acordo com um segundo aspecto independente da in- venção, o elemento de piso pode opcionalmente compreender uma terceira placa colocada abaixo da segunda camada. Além disso, opci- onalmente, a dita terceira placa pode compreender uma ou mais das características da placa descritas acima em relação ao primeiro aspec- to independente. Além disso, a camada decorativa e a camada inter- mediária podem compreender uma ou mais das características descri- tas acima em relação ao primeiro aspecto independente.

[00116] Como um exemplo, um elemento de piso, de acordo com o dito segundo aspecto independente, pode ser instalado em um contra- piso por meio de uma camada adesiva sensível à pressão, uma cama- da de tecido de aderência rápida (por exemplo Velcro®). Por exemplo, o elemento de piso pode compreender uma camada adesiva sensível à pressão colocada abaixo da segunda camada, por exemplo, uma camada biadesiva coberta por uma folha de cobertura a ser removida antes da instalação do elemento de piso no contrapiso. Alternativa- mente, o elemento de piso também pode ser instalado em um under- layment adesivo sensível à pressão. Como outro exemplo, um elemen- to de piso, de acordo com o dito segundo aspecto independente, pode ser instalado em um contrapiso por meio de uma camada de tecido de aderência rápida (por exemplo Velcro®). Neste caso, o elemento de piso pode compreender uma terceira placa que compreende um tecido de velcro adaptado para ser intertravado com um underlayment do contrapiso. Além disso, por exemplo, o elemento de piso, de acordo com o dito segundo aspecto independente, pode ser instalado em um contrapiso por meio de um meio magnético. Neste caso, o elemento de piso pode compreender uma terceira placa que compreende um material magnético e/ou ferromagnético adequado para interagir com um underlayment magnético e/ou ferromagnético do contrapiso.

[00117] Também deve ser notado que o fato de que, após a cura da resina, o azulejo é comprimido e, portanto, reforçado, forma uma ideia da invenção, independentemente da presença de uma placa e do fato de que a resina permeia a superfície inferior da camada decorativa. Para tanto, a presente invenção, de acordo com um terceiro aspecto independente, refere-se a um elemento de piso para formar um reves- timento de piso, em que este elemento de piso compreende uma ca- mada decorativa formada de material cerâmico e uma placa disposta abaixo desta camada decorativa, em que o elemento de piso compre- ende uma camada apresentando um material de resina disposto abai- xo da camada decorativa, e em que a dita resina comprime a camada decorativa. De fato, os inventores descobriram surpreendentemente que se a resina durante sua cura comprimir a camada decorativa, a resistência ao impacto de todo o elemento de piso será aumentada.

[00118] Nota-se que o elemento de piso, de acordo com o terceiro aspecto, pode compreender uma ou mais das características descritas em relação ao primeiro e/ou segundo aspectos. De fato, embora não necessário, a presença de uma placa e/ou o fato de que a resina per- meia a superfície inferior da camada decorativa são características preferíveis da terceira camada.

[00119] Deve-se notar que o fato de que o material de resina pode ser usado para formar um revestimento de piso que compreende uma camada decorativa, por exemplo, formada de um material cerâmico, e em que a resina permeia a superfície inferior da camada decorativa e/ou comprime a camada decorativa, constitui uma ideia da invenção, independentemente da outra característica do elemento de piso como, por exemplo, a natureza da camada decorativa e a presença da placa. Portanto, por exemplo, de acordo com um quarto aspecto independen- te, a invenção refere-se ao uso de um material de resina para unir en- tre si uma camada decorativa formada de um material cerâmico e uma placa para formar um elemento de piso, em que o material de resina pode compreender uma ou mais das características da placa descritas acima em relação ao primeiro aspecto independente. Também, a ca- mada decorativa e a placa podem compreender uma ou mais caracte- rísticas descritas acima em relação ao primeiro aspecto independente.

[00120] De acordo com um quinto aspecto independente da inven- ção, é provido um revestimento de piso que compreende uma plurali- dade de elementos de piso adjacentes, em que um ou mais dos ele- mentos de piso são formados de acordo com o primeiro, o segundo ou o terceiro aspecto e em que o revestimento de piso compreende uma argamassa que preenche uma distância intermediária que separa as camadas decorativas dos elementos de piso. Preferivelmente, os ele- mentos de piso são separados de uma subsuperfície, por exemplo, do contrapiso, isto é, eles não são unidos à subsuperfície por meio de um meio adesivo ou mecânico. Devido a esta solução é provido um reves- timento para piso composto por elementos de piso instalados sem a utilização de adesivo, que mostra uma elevada resistência satisfatória ao impacto e à fadiga, e que é totalmente impermeável. Por meio do quinto aspecto, os inventores finalmente ofereceram uma solução para uma necessidade há muito sentida no mundo dos pisos de cerâmica. Eles proporcionam um piso de lajota de cerâmica de fácil instalação,

com uma boa resistência ao impacto e uma boa impermeabilidade.

[00121] De acordo com uma modalidade preferida da invenção, o revestimento de piso compreende uma camada inferior disposta por baixo dos elementos de piso que é configurada para funcionar como uma barreira à humidade. Graças a esta solução, é possível impedir a formação de bolor por baixo dos elementos de piso. Em combinação ou como uma alternativa a esta solução, a camada inferior pode ser configurada para atuar como uma barreira ao ruído, reduzindo assim o ruído gerado por passos no piso.

[00122] A invenção refere-se ainda a um método para fabricar um elemento de piso, por exemplo, o elemento de piso de acordo com o primeiro, o segundo e/ou terceiro aspectos da invenção. Portanto, de acordo com um sexto aspecto independente da invenção, é provido um método para fabricar um elemento de piso que compreende as etapas de: prover uma camada decorativa formada de um material ce- râmico; prover uma placa; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; e pressionar as camadas entre si para formar o elemento de piso de modo que o material de resina permeie a camada de cerâmica. Desta forma, é provido um método que permite a fabricação de elementos de piso a serem instalados em um contrapiso sem cola ou adesivo e que mostra uma resistência rele- vante ao impacto e à fadiga. Além disso, o dito método permite a fabri- cação de elementos de piso de alta resistência de uma forma simples e eficaz. De fato, uma vez que não é necessário o uso de elementos de reforço rígidos, o método compreende um número reduzido de eta- pas de modo que ele seja relativamente rápido, e pode ser realizado por meio de um equipamento relativamente simples. É claro que o elemento de piso obtido mostra preferivelmente a característica dos elementos de piso da invenção precedentemente descritos em qual- quer de seus aspectos.

[00123] A etapa de prover a camada decorativa pode compreender uma etapa de escovar e/ou desbastar a superfície inferior da camada decorativa. A dita etapa de escovar e/ou desbastar tem como objetivo preparar a superfície inferior da camada decorativa para ser permeada pelo material resinoso. Por exemplo, no caso de a camada decorativa ser de material cerâmico, a dita etapa de escovar e/ou desbastar visa remover a retrolavagem e/ou a estrutura da superfície inferior da ca- mada decorativa. Desta forma, qualquer camada decorativa pode ser usada para fabricar o elemento de piso sem ser necessário fabricar uma camada decorativa específica para o elemento de piso, por exemplo, sem ser necessário fabricar uma lajota de cerâmica sem a retrolavagem e sem a estrutura sobre a superfície inferior.

[00124] De acordo com uma modalidade da invenção, o método pode compreender ainda uma etapa de recozer a placa. A dita etapa é particularmente eficaz no caso de a placa compreender um material polimérico, mais preferivelmente um material termoplástico, por exem- plo, PVC. A etapa de recozimento remove tensões internas no material da placa, reduzindo assim o desvio de planaridade da própria placa. Durante a etapa de recozimento, a placa é aquecida até um procedi- mento de recozimento que está preferivelmente abaixo da temperatura de transição vítrea do material da placa. A etapa de recozimento pode ser realizada a qualquer momento antes da etapa de provisão da resi- na. Também é possível que o método compreenda a etapa de prover uma placa já recozida.

[00125] Conforme descrito acima, a placa pode compreender bor- das providas com elementos de acoplamento. Portanto, de acordo com uma modalidade preferida da invenção, a etapa de prover a placa pode compreender a etapa de prover uma placa que compreende bor- das providas com elementos de acoplamento, isto é, os elementos de acoplamento são providos na placa durante um processo separado.

Alternativamente, o método para fabricar o elemento de piso pode compreender uma etapa de prover os elementos de acoplamento nas bordas da placa. A dita etapa de prover os elementos de acoplamento pode compreender a fresagem, a moldagem ou outras técnicas. Além disso, a dita etapa de prover os elementos de acoplamento pode ser conduzida antes ou depois de uma etapa de colocar a camada decora- tiva acima da placa, por exemplo, antes da dita etapa de prover a resi- na ou após a dita etapa de prensagem.

[00126] De acordo com uma modalidade preferida, o método pode compreender uma etapa de tratar a superfície superior da placa. A dita etapa de tratar a superfície superior da placa pode compreender lixar, escovar, esmerilhar ou qualquer outra técnica adequada para desbas- tar a superfície superior da placa. Isso poderia melhorar a ligação en- tre a resina e a superfície superior da placa e também proveria atrito entre a camada decorativa e a placa a fim de evitar o deslizamento da camada decorativa sobre a placa que, de outro modo, poderá ocorrer quando a resina ainda não estiver curada. Em modalidades alternati- vas, o método pode compreender a etapa de prover uma placa com uma superfície desbastada.

[00127] A etapa de prover a resina compreende a etapa de aplicar uma resina não curada em pelo menos uma superfície da camada de- corativa e/ou da placa. O material de resina pode ser provido por meio de rolamento, ejeção de um bico (por exemplo, pulverização), cortina ou outras técnicas. De acordo com uma modalidade da invenção, o material de resina é aplicado sobre a superfície superior da placa. De acordo com uma modalidade alternativa, o material de resina é aplica- do durante várias etapas intermediárias, por exemplo, uma primeira quantidade de resina é aplicada sobre a superfície superior da placa em uma primeira etapa intermediária, e uma segunda quantidade de resina é aplicada sobre a superfície inferior da camada decorativa em uma segunda etapa intermediária. Esta solução é preferida especial- mente para fabricar elementos de piso em que a camada intermediária compreende um elemento de reforço, por exemplo, uma fibra. De fato, neste caso, uma quantidade maior de resina pode ser necessária, e múltiplas etapas para prover a resina podem ser ideais para garantir a correta colagem entre as camadas, a incorporação do elemento de reforço e a permeação da camada decorativa.

[00128] A etapa de prover a resina pode compreender a etapa de misturar os componentes da mesma, no caso de a resina ser uma re- sina bicomponente, por exemplo, um epóxi bicomponente. A dita etapa de mistura pode ser executada durante, ou seja, simultaneamente, ou um pouco antes da etapa de aplicar a resina não curada. De fato, mui- tas vezes a cura da resina é ativada pela mistura de seus componen- tes e, como consequência, a viscosidade da resina aumenta. Assim, é preferível atrasar o máximo possível o início da reação de cura para facilitar o espalhamento da resina sobre as superfícies das camadas e aperfeiçoar a permeação da camada decorativa. Por exemplo, de acordo com uma modalidade preferida da invenção, a resina é aplica- da por meio de ejeção a partir de um bico, por exemplo, pulverização, e os componentes são misturados durante a pulverização, por exem- plo, substancialmente em correspondência com um bico do equipa- mento.

[00129] Preferivelmente, durante a etapa de prensagem, é exercida sobre as camadas uma pressão de pelo menos 350 kg/m², mais prefe- rivelmente de pelo menos 370 kg/m². Os ditos valores foram conside- rados ideais para fazer com que a resina permeie a camada decorati- va. Além disso, estes valores foram considerados ideais para permitir que a resina alcance uma cobertura de 100% da superfície inferior da camada decorativa, porque, em certas modalidades, a resina é aplica- da de acordo com um padrão e então espalhada durante a dita etapa de prensagem. Além disso, os inventores descobriram que, mantendo a pressão por um tempo de prensagem prolongado, é possível aper- feiçoar a permeação da camada decorativa, por exemplo, é possível obter uma maior profundidade de penetração. Portanto, de acordo com um aspecto preferido da invenção, durante a etapa de prensagem, a pressão é mantida por um tempo de prensagem de mais de 1 segun- do, preferivelmente mais de 10 segundos, por exemplo, de 30 segun- dos. Este tempo de prensagem foi considerado ideal para permitir que a resina alcance uma cobertura de 100% da superfície inferior da ca- mada decorativa no caso de a resina ser aplicada de acordo com um padrão. Além disso, especialmente no caso da resina formada de epó- xi, o dito tempo de prensagem é suficiente para fazer com que a resina comece a curar de modo que a camada decorativa e a placa sejam pelo menos parcialmente aderidas entre si e seja impedido o desliza- mento entre elas durante o transporte dos elementos de piso após a prensagem.

[00130] A etapa de prensagem pode ser conduzida de qualquer forma adequada para aplicar uma pressão à camada decorativa e/ou à placa a fim de auxiliar na penetração da resina na camada decorativa. Portanto, de acordo com uma modalidade da invenção, a etapa de prensagem pode ser uma etapa de prensagem estática em que as camadas entram em um molde de uma prensa estática de modo a se- rem submetidas a uma pressão predeterminada por meio de um pun- ção da prensa. Desta forma, é possível manter a pressão durante o tempo de prensagem predeterminado para aperfeiçoar a penetração da camada decorativa. De acordo com uma modalidade alternativa, a etapa de prensagem pode ser uma etapa de laminação em que as camadas correm para um equipamento de laminação, por exemplo, sob um rolo ou uma correia de laminação, ou entre um par de rolos de laminação, de modo que sejam submetidas a uma pressão predeter-

minada. Uma vez que a laminação é um processo contínuo, é possível acelerar o método global de fabricação ao mesmo tempo que exerce uma pressão suficiente sobre as camadas para a permeação da ca- mada decorativa. Durante a laminação o tempo de prensagem é fun- ção da velocidade de avanço das camadas, podendo, portanto, a velo- cidade de avanço ser regulada de forma a acelerar o processo ao mesmo tempo em que é garantido um tempo de prensagem suficiente.

[00131] Preferivelmente, o método compreende uma etapa de esto- car os elementos de piso por um tempo de estocagem, a fim de permi- tir que a resina cure pelo menos parcialmente antes de ser embalada, transportada e/ou usada em um revestimento de piso. Preferivelmente, o tempo de estocagem é tal para permitir que a resina esteja pelo me- nos 70% curada, preferivelmente 85% curada, mais preferivelmente curada por completo. Por exemplo, o dito tempo de estocagem é de pelo menos 0,5 h, preferivelmente de mais de 1 h, por exemplo, de 2 h.

[00132] De acordo com uma modalidade da invenção, durante a etapa de estocagem dos elementos de piso, os elementos de piso são empilhados uns sobre os outros. Isso se dá para impedir a delamina- ção entre a camada decorativa e a placa quando a resina ainda não está suficientemente curada. De fato, desta forma, a camada decorati- va e a placa de um elemento de piso são mantidas em contato pelo peso dos elementos de piso dispostos acima. Este é especialmente o caso em que a camada decorativa compreende um desvio de planari- dade significativo, especialmente quando medido no lado de trás. Ou- tra possibilidade para prevenir a delaminação poderia ser uma etapa de aplicação de uma resina de cura rápida antes da etapa de prensa- gem. Esta resina de cura rápida pode ser, por exemplo, resina acrílica ou cianoacrilatos ou resina fundida a quente. A dita resina de cura rá- pida pode constituir a resina da camada intermediária ou ser aplicada além da resina da camada intermediária, por exemplo, em uma quan- tidade menor. Por exemplo, a dita resina de cura rápida pode ser pro- vida de acordo com um padrão ou em pontos, por exemplo, pelo me- nos um ponto em uma porção central ou periférica da camada decora- tiva, preferivelmente na forma de pontos em pelo menos dois cantos opostos da camada decorativa camada. Desta forma, a resina de cura rápida é imediatamente curada e gruda a camada decorativa e a placa entre si, impedindo assim a delaminação. A resina de cura rápida po- derá ainda impedir o deslizamento da camada decorativa acima da placa que, de outro modo, poderia ocorrer após a prensagem durante o movimento dos elementos de piso, por exemplo, que saem da pren- sa, se a resina da camada de reforço ainda não estiver curada.

[00133] De acordo com uma modalidade da invenção, o método compreende uma etapa de comprimir a camada decorativa. A dita eta- pa de compressão coincide preferivelmente de forma substancial com a cura da resina. Por exemplo, a etapa de compressão pode coincidir com a etapa de estocagem.

[00134] De fato, os inventores descobriram que, com resinas que mostram as características descritas com referência ao primeiro as- pecto da invenção, uma vez que, durante a cura, a resina é o único componente do elemento de piso que encolhe, ela comprime a cama- da decorativa disposta acima, reforçando assim a própria camada de- corativa. Este efeito poderá ser ainda mais acentuado se a resina pe- netrar na superfície inferior da camada decorativa. De fato, se a resina da camada intermediária permear a superfície inferior da camada de- corativa, a forte ligação dentro das duas camadas ajudará a ação compressiva da resina. Além disso, este mecanismo de reforço, devido à ação compressiva da resina, pode se juntar à ação de reforço devido ao preenchimento dos poros e ao mecanismo de transferência de ten- são aperfeiçoado em direção à placa, caso presente.

[00135] Este efeito de compressão fica evidente com a medição do arqueamento do elemento de piso, ou seja, o desvio de planaridade do mesmo. Em geral, o desvio de planaridade da camada decorativa é refletido no arqueamento de todo o elemento de piso e, como já foi in- troduzido, pode complicar o acoplamento do elemento de piso. Os in- ventores descobriram que, após a cura da resina, o elemento de piso mostra um desvio de planaridade que é maior do que o desvio de pla- naridade da única camada decorativa antes da aplicação da resina. Isso significa que a camada decorativa é comprimida e reforçada. De acordo com uma modalidade da invenção, com este efeito de com- pressão, o desvio de planaridade do elemento de piso após a colagem é de pelo menos 1%, preferivelmente de pelo menos 5%, por exemplo, de pelo menos 10% maior do que o desvio de planaridade da camada decorativa antes da colagem.

[00136] Para isso, de acordo com um sétimo aspecto independente da invenção, é provido um método para fabricar um elemento de piso que compreende as etapas de: prover uma camada decorativa forma- da de um material cerâmico; prover uma placa; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; curar a resina; e promover o encolhimento da resina. Nota-se que o método pode compreender uma ou mais das características descritas em relação ao sexto aspecto, bem como a camada decorativa, a resina e a placa mostram uma ou mais das características descritas nos aspectos do primeiro ao quinto.

[00137] Deve-se notar que, a fim de simplificar a instalação do re- vestimento de piso compreendendo os elementos de piso de acordo com qualquer um do primeiro ao terceiro aspectos, podem ser usadas uma ou mais ferramentas.

[00138] Portanto, de acordo com um oitavo aspecto independente, é provida uma primeira ferramenta adequada para instalar um revesti-

mento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa e em que a placa apresenta bordas pro- vidas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que a primeira ferramenta compreen- de um corpo que apresenta uma primeira superfície de batimento adaptada para entrar em contato com uma superfície da camada deco- rativa e pelo menos uma segunda superfície de batimento adaptada para ser martelada. Desta forma, caso seja necessário forçar o aco- plamento entre os elementos de piso, é possível usar um martelo e exercer a força necessária sem romper a camada decorativa porque a dita força é amortecida e transferida para a camada decorativa pela primeira superfície de batimento.

[00139] Em uma modalidade, a primeira superfície de batimento é adaptada para entrar em contato com a superfície de uma borda da camada decorativa, por exemplo, a primeira superfície de batimento é adaptada para ser colocada vertical em uso e, preferivelmente, a dita primeira superfície de batimento tem uma dimensão vertical (em uso) substancialmente igual ou inferior à espessura da camada decorativa, por exemplo, a dita dimensão vertical é inferior a 15 mm, preferivel- mente inferior a 10 mm, por exemplo, de cerca de 8 mm. Desta forma, a primeira superfície de batimento pode transferir para a camada deco- rativa as forças horizontais exercidas para mover horizontalmente o elemento de piso e efetuar o acoplamento por meio de um movimento horizontal de translação. Por meio de exemplo, esta operação é reali- zada para acoplar as bordas transversais de dois elementos de piso em uma mesma fileira que é paralela às bordas longitudinais dos ele- mentos de piso, uma vez que a borda longitudinal dos elementos de piso a serem movidos já está acoplada com um terceiro elemento de piso em uma fileira paralela.

[00140] Em uma modalidade, a primeira superfície de batimento é adaptada para entrar em contato com a superfície superior da camada decorativa, por exemplo, a primeira superfície de batimento é adapta- da para ser colocada na vertical em uso. Desta forma, a primeira su- perfície de batimento pode transferir para a camada decorativa as for- ças verticais exercidas para mover horizontalmente o elemento de piso e efetuar o acoplamento por meio de um movimento vertical de trans- lação. Este é particularmente o caso em que os elementos de acopla- mento são adaptados para serem acoplados por meio de um movi- mento vertical de translação.

[00141] Em uma modalidade, a primeira ferramenta pode compre- ender uma pluralidade de ditas primeiras superfícies de batimento. Por exemplo, a primeira ferramenta pode compreender uma pluralidade de ditas primeiras superfícies de batimento adaptadas para entrar em contato com a superfície de uma borda da camada decorativa, por exemplo, um par de ditas primeiras superfícies de batimento adapta- das para entrar em contato com a superfície de uma borda da camada decorativa em que as ditas duas primeiras superfícies de batimento são ortogonais entre si, de modo que a primeira ferramenta possa ser disposta em contato com a porção angular da camada decorativa. Desta forma, ao martelar para empurrar o elemento de piso ao longo de uma direção que é perpendicular a uma primeira superfície de ba- timento ativa, a segunda das primeiras superfícies de batimento orto- gonal está substancialmente inativa, mas ajuda a manter alinhado o elemento de piso a ser movido. Alternativamente, a primeira ferramen- ta pode compreender uma ou mais das ditas primeiras superfícies de batimento adaptadas para entrar em contato com a superfície de uma borda da camada decorativa, e uma primeira superfície de batimento é adaptada para entrar em contato com a superfície superior da camada decorativa.

[00142] Em uma modalidade, a primeira superfície de batimento pode compreender um elemento de amortecimento adaptado para amortecer a força exercida pelo martelo para reduzir o risco de ruptura da camada decorativa. Por exemplo, o elemento de amortecimento pode compreender um revestimento macio da primeira superfície de batimento. Por exemplo, o dito revestimento macio pode ser formado de borracha ou de um feltro similar a um têxtil. Esta solução é particu- larmente eficaz no caso de a camada decorativa compreender uma lajota de cerâmica e, em particular, no caso de a lajota de cerâmica ser vitrificada. De fato, o esmalte, que é um material vítreo, é particu- larmente frágil e pode se quebrar ou rachar devido à força exercida pelo martelo.

[00143] A segunda superfície de batimento é preferivelmente, em- bora não necessariamente, paralela à primeira superfície de batimen- to. Além disso, a primeira ferramenta compreende pelo menos uma segunda superfície de batimento para cada primeira superfície de ba- timento. Em uma modalidade preferida, a segunda superfície de bati- mento é provida na mesma parte do corpo da primeira ferramenta e é oposta à primeira superfície de batimento. Dentro do escopo do pre- sente pedido, a locução "oposta na mesma porção de corpo" significa que existe uma linha reta que é ortogonal tanto à primeira superfície de batimento quanto à segunda superfície de batimento corresponden- te. De acordo com uma modalidade alternativa, a segunda superfície de batimento pode ser provida em uma porção de corpo diferente da primeira superfície de batimento correspondente, por exemplo, elas podem não ser opostas entre si. Dentro do escopo do presente pedido, a locução "não ser opostas em uma porção de corpo diferente" signifi- ca que não há uma linha reta que seja ortogonal à primeira superfície de batimento e à segunda superfície de batimento correspondente.

Esta solução será particularmente eficaz quando da necessidade de martelar um elemento de piso em uma posição do compartimento on- de a operação é difícil pelo espaço limitado, por exemplo, perto de uma parede.

[00144] A primeira ferramenta pode compreender ainda uma porção de cabo para simplificar seu manuseio.

[00145] Em uma modalidade preferida, a primeira ferramenta é for- mada de pelo menos um material polimérico, preferivelmente, um ma- terial termoplástico, por exemplo, policarbonato (PC), polimetilmetacri- lato (acrílico PMMA), polietileno (PVC), polipropileno (PP), PVC, PET, ABS, PA.

[00146] De acordo com um nono aspecto independente, é provida uma segunda ferramenta adequada para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma placa com bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamen- to de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que a segunda ferramenta compreende uma porção de cabo e uma porção plana provida com pelo menos uma borda e em que a dita borda é provida com um elemento de acoplamento a ser acoplado com pelo menos um elemento de acoplamento da placa . Esta ferra- menta é particularmente útil para acoplar as bordas transversais de dois elementos de piso em uma mesma fileira que é paralela às bor- das longitudinais dos elementos de piso. Neste caso, a segunda fer- ramenta pode ser acoplada às bordas longitudinais, por meio de seu elemento de acoplamento, de ambos os elementos de piso de modo que, durante o movimento horizontal de translação para acoplar as bordas transversais, ela guie o dito movimento de translação ao longo da direção horizontal.

[00147] Preferivelmente, a porção plana da segunda ferramenta compreende elementos de acoplamento em cada uma de suas bordas opostas, por exemplo, um elemento de acoplamento macho ao longo de uma primeira borda e um elemento de acoplamento fêmea ao longo de uma segunda borda de acoplamento.

[00148] Em uma modalidade preferida, a segunda ferramenta, e em particular, pelo menos o cabo da mesma, é formada de pelo menos um material polimérico, preferivelmente um material termoplástico, por exemplo, policarbonato (PC), polimetilmetacrilato (acrílico PMMA), po- lietileno (PVC), polipropileno (PP), PVC, PET, ABS, PA.

[00149] De acordo com uma modalidade da invenção, a porção plana pode ser formada do mesmo material da placa e pode ser fixada ao cabo.

[00150] Conforme descrito acima, pode ser usado um martelo para instalar os elementos de cobertura. Os inventores descobriram que, usando um martelo elétrico e/ou automático, a instalação se torna ex- cepcionalmente simples, rápida, e o risco de danos à camada decora- tiva é extremamente reduzido. De fato, um martelo automático e/ou elétrico provê um controle mais preciso do impulso a ser transferido para a camada decorativa. Este impulso pode ser ainda mais reduzido usando a primeira e/ou segunda ferramentas acima descritas. Além disso, com o uso do martelo automático e/ou elétrico, é possível subs- tituir um ou alguns impulsos de alta e irregular intensidade, com uma pluralidade de impulsos de baixa intensidade regular que são exerci- dos em alta frequência. Para este fim, o martelo pode compreender uma unidade de controle adaptada para controlar e/ou gerenciar a in- tensidade e/ou a frequência de um impulso a ser exercido no dito ele- mento de piso.

[00151] O martelo automático e/ou elétrico compreende um corpo adaptado para ser manuseado por pelo menos um operador, e um mo- tor ou um elemento de operação que são adaptados para ativar uma extremidade operativa do martelo. A dita extremidade operativa pode ser preferivelmente uma placa formada ou compreendendo uma su- perfície adaptada para cooperar com uma superfície do elemento de revestimento e/ou com a segunda superfície de batimento da primeira e/ou da segunda ferramenta. Também é possível que a primeira fer- ramenta e/ou a segunda ferramenta sejam mecanicamente conectá- veis, preferivelmente por meio de um elemento de travamento mecâni- co, ao martelo automático e/ou elétrico, a fim de formar uma ferramen- ta única para instalar o revestimento de piso. Neste caso, deve-se no- tar que o fato de o martelo automático e/ou elétrico compreender uma extremidade operativa, a dita extremidade operativa compreendendo uma superfície de batimento adaptada para entrar em contato com uma superfície da camada decorativa forma uma ideia da invenção independentemente de todos os outros aspectos independentes da invenção. Neste caso, a extremidade operativa do martelo é, de fato, substituída pela primeira e/ou segunda ferramentas e pode compreen- der uma ou mais das características descritas em conexão com o nono ou oitavo aspecto independente. Também deve ser notado que, neste caso, a segunda superfície de batimento da primeira ou da segunda ferramenta pode ser substancialmente substituída pelo dito elemento de travamento mecânico. Além disso, a extremidade operativa pode ser removivelmente travada mecanicamente no corpo do martelo de modo que ela possa ser substituída e o operador possa trocar uma extremidade operativa que apresenta as características da primeira ferramenta por uma extremidade operativa que apresenta a caracterís- tica da segunda ferramenta.

[00152] Deve-se notar que a invenção também se refere, de acordo com um décimo aspecto independente, a um kit que compreende uma ou mais primeiras ferramentas e/ou uma ou mais segundas ferramen- tas e/ou um ou mais martelos automáticos e/ou elétricos, em que a primeira ferramenta e a segunda ferramenta compreendem uma ou mais das características descritas com referência ao oitavo e ao nono aspectos independentes, respectivamente.

[00153] Também deve ser notado que o elemento de piso mencio- nado dentro dos ditos oitavo, nono e décimo aspectos independentes pode ter uma ou mais das características descritas no primeiro, no se- gundo e no terceiro aspectos independentes.

[00154] O fato de o elemento de piso compreender uma placa apre- sentando um elemento de acoplamento e de ser formado de um mate- rial à base de cimento ou de mineral e apresentando uma camada de- corativa provida na placa, é formado um conceito da invenção que é independente de outras características de o elemento de piso, em par- ticular dos elementos de acoplamento. Para tanto, um décimo primeiro aspecto independente da invenção provê ainda um elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende bordas providas com elementos de acoplamento adapta- dos para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o dito ele- mento de piso apresenta uma camada decorativa provida acima de uma placa, em que a dita camada decorativa compreende um material frágil, por exemplo, cerâmica, porcelana, pedra natural, concreto, vidro ou material vitrocerâmico, e em que a placa compreende um material à base de cimento ou um material à base de minerais, preferivelmente um material à base de minerais que compreende magnésio, mais pre- ferivelmente óxido de magnésio. Esta solução provê um elemento de piso com uma camada decorativa com um alto valor estético que pode ser facilmente instalado graças aos elementos de acoplamento e com uma placa que é rígida, termicamente estável, impermeável, que provê uma contribuição importante em toda a resistência ao impacto do re- vestimento de piso e com um peso relativamente baixo. Deve-se notar que a rigidez da placa aperfeiçoa ainda mais a resistência à fadiga do revestimento de piso. Além disso, esta solução provê um elemento de piso facilmente instalável que é totalmente à prova de fogo. O elemen- to de piso de acordo com o décimo primeiro aspecto pode compreen- der qualquer das características descritas em relação a qualquer dos aspectos do primeiro ao décimo. Um revestimento de piso compreen- dendo uma pluralidade de elementos de piso, de acordo com o décimo primeiro aspecto, pode formar uma solução independente em si.

[00155] Com a intenção de melhor mostrar as características da invenção, a seguir, como um exemplo sem qualquer caráter limitativo, várias formas preferidas de modalidades são descritas com referência aos desenhos anexos, em que:

[00156] a Figura 1 mostra uma vista superior de uma primeira mo- dalidade de um elemento de piso da invenção;

[00157] a Figura 2 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha II-II da Figura 1;

[00158] a Figura 3 mostra, em uma escala maior, uma vista sobre a área F3 indicada na Figura 2;

[00159] as Figuras 4a e 4b mostram, respectivamente, em uma es- cala maior, uma vista das áreas F4a e F4b indicada na Figura 2;

[00160] a Figura 5 mostra, em uma escala menor, uma vista plana superior de um revestimento de piso que compreende uma pluralidade dos elementos de piso da Figura 1;

[00161] a Figura 6 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha VI-VI da Figura 5;

[00162] a Figura 7 mostra, em uma escala maior, uma vista na área F7 indicada na Figura 6;

[00163] a Figura 8 mostra uma vista lateral esquemática de um elemento de piso da Figura 1;

[00164] a Figura 9 mostra, em uma escala menor, uma vista plana superior de um revestimento de piso que compreende uma pluralidade de elementos de piso de acordo com uma segunda modalidade da in- venção;

[00165] a Figura 10 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal ao longo da linha X-X da Figura 9;

[00166] a Figura 11 mostra, em uma escala maior, uma vista sobre a área F11 indicada na Figura 10;

[00167] a Figura 12 mostra algumas etapas de um método para fa- bricar um elemento de piso.

[00168] a Figura 13 mostra uma vista plana superior de um kit para instalar os elementos de piso para formar o revestimento de piso;

[00169] a Figura 14 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal de uma primeira modalidade de uma primeira ferramenta do kit ao longo da linha XIV -XIV da Figura 13;

[00170] a Figura 15 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal de uma modalidade alternativa da primeira ferramenta do kit ao longo da linha XV-XV da Figura 13; e

[00171] a Figura 16 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal da segunda ferramenta ao longo da linha XVI- XVI da Figu- ra 13.

[00172] A Figura 1 mostra uma vista superior de uma primeira mo- dalidade de um elemento de piso 1 de acordo com a invenção. O ele- mento de piso 1 compreende uma camada decorativa 2 disposta aci- ma de uma placa 3.

[00173] Conforme ilustrado, o elemento de piso 1 compreende uma forma alongada retangular. Preferivelmente, o elemento de piso 1 compreende uma área de superfície de menos de 1,5 m², preferivel- mente de menos de 1 m², mais preferivelmente de menos de 0,4 m². Por exemplo, a camada decorativa 2 compreende bordas com um comprimento máximo L inferior a 1,5 m, preferivelmente inferior a 0,9 m.

[00174] A camada decorativa 2 apresenta uma face superior 4 que compreende uma decoração 5. A decoração 5 pode ser provida com uma variedade de texturas, designs e cores. No exemplo ilustrado, a decoração 5 simula um padrão de madeira compreendendo nervuras e flocos de madeira. Preferivelmente, a decoração 5 é pelo menos par- cialmente formada por uma impressão 6. A impressão 6 é preferivel- mente realizada por meio de impressão digital, tal como impressão a jato de tinta, embora a impressão em tela, a rotogravura, a flexografia ou a impressão offset não sejam excluídas.

[00175] A Figura 2 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha II-II da Figura 1. De acordo com o exemplo ilustrado, a camada decorativa 2 compreende um corpo 7 formado de um material cerâmico, por exemplo, cerâmica de corpo vermelho ou porcelana.

[00176] A camada decorativa 2 compreende um revestimento de fundo 8 que cobre pelo menos parcialmente a superfície superior do corpo 7, por exemplo, compreendendo pelo menos um esmalte. O re- vestimento de fundo 8 é adaptado para receber a decoração 5 em seu topo, por exemplo, adaptado para receber a impressão 6 em seu topo. O revestimento de fundo 8 pode ser branco, bege, marrom ou de qual- quer cor adequada para receber a decoração 5 em seu topo.

[00177] A camada decorativa 2 compreende ainda um revestimento protetor 9 que cobre pelo menos parcialmente a superfície superior do corpo 7, por exemplo, compreendendo pelo menos um esmalte. O re- vestimento protetor 9 é adaptado para ser colocado acima da decora- ção 5 e é transparente ou translúcido.

[00178] A Figura 2 também mostra que a camada decorativa 2 tem uma espessura T1 compreendida entre 4 e 15 mm, por exemplo, 6 mm, preferivelmente maior do que 7 mm, por exemplo, de 8 mm ou 10 mm.

[00179] A placa 3, de acordo com o exemplo, é formada de um ma- terial polimérico, preferivelmente um material termoplástico como o PVC. Em uma modalidade preferida, a placa é formada de PVC rígido. No contexto da presente descrição, "rígido" significa que a placa, con- siderada isoladamente, se dobra sob o seu próprio peso em menos de 10 cm por metro e ainda melhor em menos de 5 cm por metro. A placa 3 também pode compreender uma grande quantidade de materiais de enchimento, tal como giz, por exemplo, mais de 30% em peso ou mais de 60% em peso de tais materiais de enchimento.

[00180] Além disso, de acordo com uma modalidade preferida, a placa 3 é formada de um PVC rígido que pode compreender um módu- lo de flexão entre 1,5 e 3,5 GPa, por exemplo, aproximadamente 2,6 GPa. A placa 3 também pode compreender uma resistência à flexão entre 60 e 90 MPa, por exemplo, de aproximadamente 76 MPa. Além disso, a placa 3 pode compreender uma resistência à compressão en- tre 40 e 70 MPa, por exemplo, de aproximadamente 56 MPa.

[00181] Além disso, a placa 3 tem preferivelmente uma espessura T2 compreendida entre 2 mm e 7 mm, preferivelmente abaixo de 6 mm, por exemplo, de cerca de 4 mm.

[00182] A Figura 2 também mostra que a placa 3 compreende bor- das longitudinais 10 providas com primeiros elementos de acoplamen- to 11, 12 configurados para realizar um acoplamento mecânico com os elementos de acoplamento 11, 12 de um elemento de piso adjacente

1. Nos exemplos ilustrados, os elementos de acoplamento 11, 12 compreendem partes macho e fêmea dispostas em bordas longitudi- nais opostas 10.

[00183] Os primeiros elementos de acoplamento 11, 12 das bordas longitudinais 10 são configurados para serem acoplados entre si por meio de um movimento de angulação em torno de um eixo horizontal paralelo às bordas longitudinais 10. As partes macho e fêmea têm res- pectivamente uma forma de uma lingueta 11 e uma ranhura 12, em que a lingueta 11 se projeta para fora além de sua respectiva borda longitudinal 10 em uma direção horizontal X, e a ranhura 12 se projeta para dentro em relação à respectiva borda longitudinal 10 na dita dire- ção horizontal.

[00184] A placa 3 se estende além das bordas longitudinais 13 da camada decorativa 2. No exemplo, a placa 3 compreende bordas lon- gitudinais superiores 14 que se estendem além da borda longitudinal 13 da camada decorativa 2 de uma distância DI. A dita distância DI é igual em ambas as bordas longitudinais opostas 13 da camada deco- rativa 2.

[00185] A Figura 2 mostra ainda que o elemento de piso 1 compre- ende uma camada intermediária 15 disposta entre a camada decorati- va 2 e a placa 3. A camada intermediária 15 compreende um material de resina, por exemplo, uma resina termofixa ou resina termoplástica. Exemplos de resina termofixa são o epóxi, o poliuretano, o cianoacrila- to, o poliéster insaturado, o éster vinílico ou uma resina acrílica. Exemplos de resina termoplástica são adesivo fundido, termoplástico de poliéster, vinil, etc. Preferivelmente, a resina é uma resina rígida. Em particular, de acordo com uma modalidade preferida da invenção, a camada intermediária 15 compreende uma resina epóxi. É também preferido que o epóxi seja uma resina bicomponente, isto é, uma resi- na termofixa obtida por cura a baixa temperatura (por exemplo, à tem- peratura ambiente) de uma mistura de dois componentes, isto é, uma resina e um endurecedor.

[00186] A resina compreende preferivelmente uma resistência à tração entre 50 e 90 MPa, mais preferivelmente entre 60 e 80 MPa, por exemplo, de 75 MPa. Além disso, a resina compreende preferivel- mente uma resistência à compressão entre 90 e 130 MPa, mais prefe-

rivelmente entre 100 e 120 MPa, por exemplo, de 110 MPa. Também é preferível que a resina mostre um valor de dureza de pelo menos 50 medido em uma escala Shore D.

[00187] Conforme ilustrado, a camada intermediária 15 cobre 100 por cento da superfície inferior da camada decorativa 2. A resina é pre- ferivelmente provida sobre a superfície inferior da camada decorativa 2 em uma quantidade acima de 150 g/m2, mais preferivelmente acima de 200/m2, por exemplo de 220 g/m2.

[00188] Em um exemplo preferido ilustrado na Figura 2, a camada intermediária 15 está em contato direto com a superfície superior da placa 3, atuando assim como uma cola entre a camada decorativa 2 e a placa 3.

[00189] A Figura 3 mostra, em uma escala maior, uma vista sobre a área F3 indicada na Figura 2. Conforme ilustrado na Figura 3 a cama- da decorativa 2, mais detalhadamente o corpo 7 da mesma, compre- ende, pelo menos em correspondência com sua superfície inferior, uma porosidade aberta 16 adaptada para ser permeada pela resina da camada intermediária 15.

[00190] Assim, de acordo com uma modalidade preferida da inven- ção, a camada decorativa 2 compreende uma porosidade aparente entre 0,1% e 10% determinada de acordo com o padrão ASTM C373, mais preferivelmente entre 2% e 8%, por exemplo, de 6%. Além disso, a camada decorativa 2 pode preferivelmente ter um volume de poros abertos 16 compreendido entre 0,01 cc (centímetro cúbico) e 1 cc, mais preferivelmente entre 0,10 cc e 0,90 cc, por exemplo, de 0,60 cc.

[00191] Portanto, a fim de fluir adequadamente para os ditos poros abertos 16, a resina da camada intermediária 15 compreende uma vis- cosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferivelmente abaixo de 800 mPas, mais preferivelmente abaixo de 600 mPas, por exemplo, de aproximadamente 400 mPas. No âmbito da invenção, "viscosidade"

significa a viscosidade da resina não curada, por exemplo, a viscosi- dade da mistura d2 dois componentes antes da conclusão da cura, ou seja, durante o chamado tempo de vida.

[00192] As Figuras 4a e 4b mostram, em uma escala maior, uma vista sobre as áreas F4a e F4b indicadas na Figura 2.

[00193] A Figura 4a mostra, em maiores detalhes, a lingueta 11 que compreende um bordo que se estende horizontalmente 17 e uma pro- tuberância que se projeta para baixo 18. O bordo que se estende hori- zontalmente 17 se estende além da borda superior 14 da borda longi- tudinal 10. Além disso, o bordo que se estende horizontalmente 17 apresenta uma seção cônica em direção à sua ponta. De acordo com a modalidade preferida, o bordo que se estende horizontalmente 17 tem uma espessura máxima LT compreendida entre 0,20 e 0,4 vezes a espessura T2 da placa 3, sendo preferivelmente 0,33 vezes a es- pessura T2 da placa 3. Em outras palavras, a relação entre a espessu- ra máxima LT do bordo que se estende horizontalmente 17 e a espes- sura T2 da placa 3 está compreendida entre 0,25 e 0,4, sendo preferi- velmente de cerca de 0,33. Dentro do escopo do presente pedido, a espessura máxima LT é a espessura máxima da porção do bordo 17 que se estende além da borda superior 14, sendo, por exemplo, medi- da substancialmente em correspondência com um plano vertical, para- lelo à borda longitudinal 10, sobre o qual é situada a borda superior 14. De acordo com a modalidade preferida, a espessura máxima LT do bordo 17 é compreendida entre 1 e 1,6 mm, preferivelmente de 1,3 mm.

[00194] A Figura 4b mostra, em maiores detalhes, a ranhura 12 que apresenta um rebaixo horizontal 19, para receber o bordo 17 da lin- gueta 11, e uma porção oca orientada para cima 20, para receber a protuberância 18 da lingueta 11, de modo que a lingueta 11 possa ser encaixada na ranhura 12.

[00195] O rebaixo horizontal 19 compreende uma abertura de en- trada 21 que apresenta uma largura vertical VB que é pelo menos 0,4 vezes a espessura T2 da placa 3, preferivelmente mais de 0,45 vezes, mais preferivelmente mais de 0,5 vezes, ainda mais preferivelmente de cerca de 0,53 vezes. Em outras palavras, a relação entre a largura ver- tical VB e a espessura T2 da placa é superior a 0,4, preferivelmente superior a 0,45, mais preferivelmente superior a 0,5, ainda mais prefe- rivelmente de cerca de 0,53. Preferivelmente, a relação entre a largura vertical VB e a espessura da placa está compreendida entre 0,4 e 0,7, preferivelmente entre 0,5 e 0,6.

[00196] Deve-se notar que a largura vertical VB da dita abertura de entrada 21 é preferivelmente medida substancialmente no plano verti- cal sobre o qual está situada a borda superior 14 da borda longitudinal

10. Deve também ser notado que, preferivelmente, a largura vertical VB da abertura de entrada 21 pode corresponder à largura máxima do rebaixo 19 da ranhura 12. De acordo com a modalidade preferida da invenção, a largura vertical VB é superior a 1,6 mm, preferivelmente superior a 1,8 mm, mais preferivelmente superior a 2 mm.

[00197] Além disso, entre a borda superior da abertura de entrada 21 do rebaixo 19 e a borda superior 24 da borda longitudinal 10 é pro- vida uma distância de separação SD. A relação entre a dita distância de separação SD e a espessura T2 da placa 3 pode ser inferior a 0,2, preferivelmente inferior a 0,15. Por exemplo, a dita relação entre a dita distância de separação SD e a espessura T2 da placa 3 pode estar compreendida entre 0,2 e 0,1. Por exemplo, a dita distância de sepa- ração SD pode ser inferior a 0,9 mm, preferivelmente inferior a 0,6 mm. Por exemplo, a dita distância de separação pode ser compreen- dida entre 0,9 e 0,4 mm.

[00198] A Figura 4b também mostra que o rebaixo 19 pode com- preender uma primeira porção 22 perto da abertura de entrada 21 e uma segunda porção 23 perto do fundo do dito rebaixo 19. Preferivel- mente, a dita primeira porção 22 compreende uma superfície superior inclinada 24 que desce em direção ao fundo do rebaixo, isto é, que desce em direção à segunda porção.

A dita superfície superior inclina- da 24 é inclinada em relação à horizontal (preferivelmente em relação à superfície superior da placa 3) de um ângulo  compreendido entre 30° e 50°, por exemplo, de cerca de 45°. A transição entre a primeira e a segunda porções 22, 23 coincide substancialmente com uma mu- dança na inclinação da dita superfície superior inclinada 24, em parti- cular, quando o dito ângulo diminui.

Deve-se notar que a dita primeira porção 22 é maior do que a segunda porção 23, em que maior refere- se à dimensão vertical do rebaixo 19. A dita primeira porção 23 pode se estender em direção ao fundo do rebaixo 19 para uma profundidade DE que é pelo menos 0,3 vezes a profundidade máxima total do rebai- xo 19, ou seja, a soma da profundidade da primeira e da segunda por- ções 22, 23. Preferivelmente, a profundidade DE da primeira porção 22 é pelo menos 0,4 vezes, mais preferivelmente pelo menos 0,5 ve- zes (ou seja, pelo menos a metade) de toda a profundidade máxima do rebaixo 19. A dita profundidade deve ser medida a partir da abertu- ra de entrada 21, ou seja, substancialmente a partir de um plano verti- cal paralelo à borda longitudinal 10 e sobre o qual está situada a borda superior 14 da borda longitudinal 10. Portanto, a profundidade DE da primeiro porção 22 é medida a partir da abertura de entrada até a tran- sição entre a primeira e a segunda porções 22, 23, ao passo que toda a profundidade máxima do rebaixo é medida a partir da abertura de entrada 21 até o fundo do rebaixo 19. De acordo com uma modalidade preferida, a dita profundidade DE da primeira porção 22 é maior do que 0,5 mm, preferivelmente maior do que 0,75 mm, por exemplo, de mais de 1 mm.

Por exemplo, a dita profundidade DE da primeira por- ção 22 está compreendida entre 0,5 e 1,5 mm, preferivelmente entre

0,75 e 1,25 mm.

[00199] A Figura 5 é uma vista plana de topo de um revestimento de piso 25 que compreende uma pluralidade de elementos de piso 1 da Figura 1 acoplados por meio dos primeiros elementos de acopla- mento 11, 12 ao longo das bordas longitudinais 10 e por meio de se- gundos elementos de acoplamento 26, 27 ao longo transversal bordas 28 da placa 3. Deve-se notar que na modalidade preferencial mostrada nas Figuras 1 e 5, os segundos elementos de acoplamento 26, 27 são similares aos primeiros elementos de acoplamento 11, 12 descritos acima. Dentro do escopo da presente invenção, com "similar" deve ser entendido que os segundos elementos de acoplamento 26, 27 são configurados para serem acoplados entre si por meio de um movimen- to de angulação em torno de um eixo horizontal paralelo às bordas transversais 28. Além disso, "similar" significa que os segundos ele- mentos de acoplamento 26, 27 têm respectivamente a forma de uma lingueta 26 e uma ranhura 27. Também é preferível, embora não ne- cessário, que os segundos elementos de acoplamento 26, 27 compre- endam substancialmente as dimensões descritas para os primeiros elementos de acoplamento 11, 12. Portanto, eles não são mostrados nem descritos em maiores detalhes.

[00200] A Figura 6 mostra, em uma escala maior, uma seção trans- versal ao longo da linha VI-VI da Figura 5. O revestimento de piso 25 compreende uma argamassa 29 que preenche uma distância interme- diária I que separa as camadas decorativas 2 dos elementos de piso 1. De acordo com o exemplo ilustrado, a distância intermediária I é duas vezes a distância DI entre a borda superior 14 da placa 3 e a borda 13 da camada decorativa 2.

[00201] A argamassa 29 pode ser uma argamassa flexível ou rígi- da. A argamassa 29 pode ser à base de polímero, à base de cimento ou ser baseada em uma mistura de polímero e cimento. Exemplos de argamassa à base de polímero são à base de epóxi, à base de acríli- co, à base de uretano e à base de silicone. Na modalidade preferida, a argamassa 19 é flexível e à base de acrílico.

[00202] A Figura 6 mostra ainda uma seção do acoplamento mecâ- nico entre os primeiros elementos de acoplamento 11, 12 ao longo de um plano transversal às bordas longitudinais 10. O dito acoplamento mecânico entre os primeiros elementos de acoplamento 11, 12 é des- crito em detalhes com o auxílio da Figura 7.

[00203] Na condição acoplada mostrada na Figura 7, as bordas su- periores 14 das placas 3 entram em contato mútuo, formando assim um primeiro conjunto de primeiras superfícies de travamento 30 que limitam o movimento mútuo dos ditos elementos de piso 1 em uma di- reção horizontal X perpendicular às bordas longitudinais acopladas 10.

[00204] A Figura 7 também mostra que, na dita condição acoplada, o bordo 17 é recebido pelo rebaixo 19. A superfície superior do bordo 17 entra em contato com uma parede superior do rebaixo 19, em parti- cular, da segunda porção 23 do mesmo, formando assim um primeiro conjunto de segundas superfícies de travamento 31 que limitam o mo- vimento mútuo dos ditos elementos de piso 1 em uma direção subs- tancialmente vertical Y. Nota-se que entre a ponta do bordo 17 e o fundo do rebaixo 19 é estabelecido um espaço horizontal inoperante SI. Além disso, entre a superfície inferior do bordo 17 e o rebaixo 19 é estabelecido um espaço inoperante vertical S2.

[00205] A protuberância que se projeta para baixo 18 da lingueta 11 é recebida pela porção oca 20 da ranhura 12. A superfície inferior da protuberância que se projeta para baixo 18 entra em contato com a dita porção oca 20 de modo que um segundo conjunto de segundas superfícies de travamento 31 seja formado. Em outras palavras, a su- perfície inferior da lingueta 11 entra em contato com a ranhura 12 ex- clusivamente em correspondência com a protuberância que se projeta para baixo 18.

[00206] Na condição acoplada da Figura 7, entre a saliência 18 e a porção oca 20, é formada uma folga horizontal P que permite o movi- mento horizontal minúsculo da lingueta 11 para a ranhura 12. A dita folga P e os ditos movimentos horizontais minúsculos são limitados por um conjunto da primeira superfície de contato que pode ser formado entre a saliência protuberante 18 e a porção oca 20.

[00207] Preferivelmente, a dita folga P é maior do que 0,01 mm e inferior a 0,15 mm, mais preferivelmente, a dita folga P está compre- endida entre 0,03 e 0,1 mm.

[00208] Nota-se que, na condição acoplada, a lingueta 11 e a ra- nhura 12 estão em uma condição não deformada. Além disso, todo o movimento de angulação que permite o acoplamento entre a lingueta 11 e a ranhura 12 ocorre sem deformação dos primeiros elementos de acoplamento 11, 12. De fato, devido à folga P e aos espaços inoperan- tes SI, S2, o acoplamento entre a lingueta 11 e a ranhura 12 é signifi- cativamente simplificado

[00209] Também é evidente que, devido à ampla largura vertical VB, a inserção do bordo 17 no rebaixo 19 é simplificada, mesmo no caso de o bordo 17 e a ranhura 20 não estarem perfeitamente alinha- dos ao longo das bordas longitudinais 10, em que com "alinhado" sig- nifica que eles não estão no mesmo plano. Este é, por exemplo, o ca- so mostrado na Figura 8, em que o elemento de piso 1, e, em particu- lar, a placa 3, mostram um desvio de planaridade PD acima de 0,1 mm, por exemplo, acima de 0,4 mm. De qualquer modo, é preferível que o desvio de planaridade PD seja inferior a 1,5 mm, mais preferi- velmente inferior a 1 mm, ainda mais preferivelmente inferior a 0,8 mm. Dentro do escopo da presente invenção, o desvio de planaridade PD é medido colocando os extremos de uma borda 10, 28 do elemen- to de piso 1, por exemplo, da placa 3, em um plano horizontal HP e medindo a distância entre o meio da borda 10, 28 desse plano horizon- tal HP. No caso de o elemento de piso 1 ser retangular e oblongo, o desvio de planaridade PD é maior ao longo das bordas longitudinais

10. A Figura 8 mostra um elemento de piso 1 em que o desvio de pla- naridade foi altamente realçado e não está em escala para ajudar na descrição e na explicação. Considerando um revestimento de piso 25 com uma instalação deslocada (Figura 5) que apresenta os elementos de piso 1 mostrados na Figura 8, é evidente que as bordas longitudi- nais 10 de dois elementos de piso adjacentes 1 a serem acoplados entre si não ficam no mesmo plano horizontal. Portanto, o rebaixo 19 com uma largura vertical VB, conforme descrito acima, aperfeiçoa a inserção do bordo 17 no rebaixo 19, mesmo no caso de desvio de pla- naridade PD.

[00210] A Figura 9 é uma vista plana superior de um revestimento de piso 25 que compreende uma pluralidade de elementos de piso de acordo com uma modalidade alternativa. Esta modalidade alternativa difere da primeira modalidade descrita acima apenas por compreender segundos elementos de acoplamento 32, 33 nas bordas transversais 28 diferentes dos primeiros elementos de acoplamento 11, 12 nas bor- das longitudinais.

[00211] A Figura 10 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal ao longo da linha X-X da Figura 9. A Figura 10 mostra uma seção do acoplamento mecânico entre os segundos elementos de acoplamento 32, 33 ao longo de um plano transversal às bordas trans- versais 28. O dito acoplamento mecânico entre os segundos elemen- tos de acoplamento 32, 33 é descrito em detalhes com o auxílio da Fi- gura 11.

[00212] Nesta segunda modalidade, os segundos elementos de acoplamento 32, 33 das bordas transversais 28 são configurados para serem acoplados entre si por meio de um movimento de translação ao longo de uma direção substancialmente vertical. Nos exemplos ilustra- dos, o dito segundo elemento de acoplamento 16, 17 é configurado para ser acoplado por meio de um movimento de translação em uma direção descendente, por exemplo, vertical Y.

[00213] A Figura 11 mostra, em uma escala maior, uma vista sobre a área FI 1 indicada na Figura 10.

[00214] Os segundos elementos de elemento de acoplamento 32, 33 compreendem parte superior em forma de gancho direcionada para baixo 32 que está situada em uma borda transversal 28, e uma parte inferior em forma de gancho direcionada para cima 33, que está situa- da na borda oposta 28. A parte inferior em forma de gancho 33 define uma cavidade direcionada para cima formando uma parte fêmea, en- quanto a parte superior em forma de gancho 32 define um bordo dire- cionado para baixo formando uma parte macho.

[00215] Uma vez em uma posição acoplada, as bordas superiores 14 das bordas transversais formam a primeira superfície de travamen- to 30 para limitar o movimento mútuo dos elementos de piso 1 em uma direção horizontal Z perpendicular à borda transversal 28.

[00216] Além disso, tanto a parte superior em forma de gancho 32 como a parte inferior em forma de gancho 33 compreendem porções recortadas 34 de modo que, na condição acoplada, as segundas su- perfícies de travamento 31 sejam formadas para limitar o movimento mútuo dos elementos de piso 1 na direção vertical Y. Mais particular- mente, dois conjuntos das ditas segundas superfícies de travamento 31 são formados, por exemplo, em lados opostos da parte superior em forma de gancho 32 e da parte inferior em forma de gancho 33.

[00217] Preferivelmente, a parte inferior em forma de gancho 33 compreende uma porção de alavanca flexível 35 configurada para ser deformada pelo acoplamento da parte superior em forma de gancho 32 com a parte inferior em forma de gancho 33 de modo que, por meio da dita deformação, seja possível o acoplamento do porções recorta- das 34.

[00218] Deve-se notar que abaixo da parte inferior 34 da parte infe- rior em forma de gancho 33 são definidos recessos apresentando uma abertura de entrada vertical 21 que poderia compreender uma largura vertical VB apresentando a dimensão descrita acima em relação ao primeiro elemento de acoplamento da primeira modalidade. Nesta se- gunda modalidade, os segundos elementos de acoplamento 32, 33 não mostram as ditas dimensões, uma vez que o desvio de planarida- de na borda transversal é geralmente desprezível em relação ao des- vio de planaridade PD da borda longitudinal 10.

[00219] A Figura 12 mostra algumas etapas de um método para fa- bricar um elemento de piso. O método compreende uma primeira eta- pa S1 de prover a camada decorativa 2. Na etapa S1, a camada deco- rativa 2 é provida em uma estação de aplicação de resina 40 em que é provido o material de resina não curado R, por exemplo, de acordo com um padrão, em uma superfície inferior da camada decorativa 2. A resina não curada R compreende preferivelmente uma viscosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferivelmente abaixo de 800 mPas, mais preferivelmente abaixo de 600 mPas, por exemplo, de aproxima- damente 400 mPas. Nota-se que, na estação de aplicação de resina 40, a camada decorativa é colocada com a superfície superior, com- preendendo a decoração 6, voltada para baixo.

[00220] Então, em uma etapa S2, a camada decorativa 2 é trans- portada para uma estação de colocação 41 onde a placa 3 é provida. A placa 2 é colocada por baixo da camada decorativa de superfície inferior 3 formando assim um sanduíche semiacabado 42. Preferivel- mente, na dita estação de colocação 41 a camada decorativa 2 e a placa 3 estão devidamente centradas uma em relação à outra.

[00221] Sucessivamente, em uma etapa S3, o sanduíche semiaca-

bado 42 é transportado para uma estação de prensagem 43 em que as camadas 2, 3 são prensadas entre para formar o elemento de piso 1 de tal modo que o material de resina permeie os poros do material cerâmico da camada decorativa 2 e forme a camada intermediária 15. Preferivelmente, a pressão é mantida por um tempo de prensagem de pelo menos 1 segundo, preferivelmente de 30 segundos, de modo que a resina R não curada possa fluir cobrindo, pelo menos 80%, preferi- velmente 100% da superfície inferior da camada decorativa 2. Além disso, o dito tempo de prensagem é necessário para permitir que a re- sina não curada R penetre na camada decorativa 2. Preferivelmente, durante a etapa S4, é exercida sobre as camadas uma pressão de pe- lo menos 350 kg/m².

[00222] Em seguida, na etapa S4, o elemento de piso prensado 1 é então transportado para uma estação de estocagem 44 em que, por um tempo de estocagem predeterminado, permite que a resina R con- tinue a curar antes de ser embalada, transportada e/ou usada em um revestimento de piso. Preferivelmente, o tempo de estocagem é tal de modo a permitir que a resina R esteja pelo menos 70% curada, prefe- rivelmente 85% curada, mais preferivelmente curada por completo. Por exemplo, o dito tempo de estocagem é de pelo menos 0,5 h, preferi- velmente maior do que 1 h, por exemplo, de 2 h.

[00223] De acordo com uma modalidade preferida da invenção, o método compreende uma etapa de compressão da camada decorativa

2. A dita etapa de compressão preferivelmente coincide substancial- mente com a cura da resina R e, no exemplo mostrado no desenho, com a etapa de estocagem. De fato, a camada decorativa 2 é preferi- velmente comprimida pelo encolhimento da resina durante a cura, a fim de ser reforçada contra impactos. Deve-se notar que, após esta compressão, o elemento de piso 1, após a cura, mostra um desvio de planaridade PD maior do que o desvio de planaridade PD da camada decorativa 2 antes da aplicação da resina R.

[00224] A Figura 13 mostra uma vista plana superior de um kit para instalar os elementos de piso 1 para formar o revestimento de piso 25, em que o kit compreende uma primeira e uma segunda primeiras fer- ramentas 50, 51 e uma segunda ferramenta 52. O kit compreende ain- da um martelo automático e/ou elétrico 60 que apresenta um corpo adaptado para ser manuseado por pelo menos um operador, o dito corpo alojando um motor ou um elemento operacional adaptado para ativar uma extremidade operativa 61, a dita extremidade sendo adap- tada para cooperar com uma borda da camada decorativa 2 e/ou com uma segunda superfície de batimento 55 entre as primeiras 50, 51 e a segunda ferramenta 52. O martelo 60 é apenas esquematicamente ilustrado nos desenhos.

[00225] A Figura 14 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal da primeira ferramenta 50 ao longo do plano XIV -XIV da Figura 13. A primeira ferramenta 50 compreende um corpo 53 apre- sentando uma primeira superfície de batimento 54 adaptada para en- trar em contato com uma superfície da camada decorativa 2, e uma segunda superfície de batimento 55 adaptada para ser martelada.

[00226] Na Figura 14 é mostrada uma primeira ferramenta 50 de acordo com uma modalidade preferida, em que a primeira superfície de batimento 54 é adaptada para entrar em contato com a superfície da borda 13 da camada decorativa 2 do elemento de piso 2. No exem- plo, a primeira superfície de batimento 54 é adaptada para ser coloca- da vertical em uso e, preferivelmente, a dita primeira superfície de ba- timento tem uma dimensão vertical TT (em uso) substancialmente igual ou inferior à espessura da camada decorativa, por exemplo, a dita dimensão vertical TT é inferior a 15 mm, preferivelmente inferior a 10 mm, por exemplo, de cerca de 8 mm. Desta forma, a primeira su- perfície de batimento 54 pode transferir para a camada decorativa 2 forças horizontais exercidas para mover horizontalmente o elemento de piso 1 ao longo da direção horizontal Z em direção ao elemento de piso adjacente 1 e efetuar o acoplamento através do dito movimento horizontal de translação.

[00227] Vantajosamente, a primeira superfície de batimento 54 compreende um revestimento macio para amortecer a força de marte- lamento. Por exemplo, o dito revestimento macio pode ser formado de borracha ou um feltro similar a um têxtil.

[00228] A segunda superfície de batimento 55 é paralela à primeira superfície de batimento 54. Na modalidade da Figura 14, a segunda superfície de batimento 55 é provida na mesma parte do corpo 53 da primeira ferramenta 50 e é oposta à primeira superfície de batimento

54. Dentro o escopo do presente pedido, a locução "oposta na mesma porção de corpo" significa que existe uma linha reta que é ortogonal à primeira superfície de batimento 54 e à segunda superfície de bati- mento correspondente 55.

[00229] Deve-se notar que, no exemplo mostrado nas figuras 13 e 14, a primeira ferramenta 50 compreende um par de primeiras superfí- cies ortogonais 54 e de segundas superfícies ortogonais correspon- dentes 55.

[00230] A primeira ferramenta 50 compreende ainda um cabo 56. Em uma modalidade preferencial, a primeira ferramenta 50 é formada de pelo menos um material polimérico, preferivelmente um material termoplástico, por exemplo, polietileno (PVC), polipropileno (PP), PVC, PET, ABS, PA.

[00231] A Figura 15 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal de uma modalidade alternativa da primeira ferramenta 51 ao longo do plano XV-XV da Figura 13. Na Figura 15 é mostrada uma primeira ferramenta 51 de acordo com uma modalidade alternativa, em que a primeira superfície de batimento 54 é substancialmente igual àquela da modalidade mostrada na Figura 14. Nesta modalidade alter- nativa, a segunda superfície de batimento 55 é provida em uma porção diferente do corpo da primeira superfície de batimento correspondente. Dentro do escopo do presente pedido, a locução "que não está oposta em uma porção diferente do corpo" significa que não há uma linha reta que seja ortogonal à primeira superfície de batimento e à segunda su- perfície de batimento correspondente. De fato, nesta modalidade, o corpo 53 da primeira ferramenta 51 é conformado substancialmente em uma forma de S e é provido com a primeira superfície de batimento 54 em uma porção externa do dito corpo 53 e com a segunda superfí- cie de batimento 56 na outra porção extrema do corpo 53. Esta solu- ção será particularmente eficaz quando da necessidade de martelar um elemento de piso em uma posição do compartimento em que a operação é difícil pelo espaço limitado, por exemplo, perto de uma pa- rede.

[00232] A Figura 16 mostra, em uma escala maior, uma seção transversal da segunda ferramenta 52 ao longo do plano XVI-XVI da Figura 13. A segunda ferramenta 52 compreende uma porção de cabo 57 e uma porção plana 58. A porção plana 58 é provida em uma borda com um elemento de acoplamento 59 adaptado para ser acoplado com um elemento de acoplamento correspondente 11, 12 da placa 3. Esta segunda ferramenta 52 é particularmente útil para acoplar as bordas transversais 28 de dois elementos de piso 1 em uma mesma fileira que é paralela às bordas longitudinais 10 dos elementos de piso

1. Neste caso, a segunda ferramenta 52 é acoplada às bordas longitu- dinais 10, por meio de seu elemento de acoplamento 59, de ambos os elementos de piso 1 de modo que, durante o movimento horizontal de translação ao longo da direção Z para acoplar o bordas 28, ela guie o dito movimento de translação dos elementos de piso 1.

[00233] Preferivelmente, a porção plana 58 da segunda ferramenta

52 compreende elementos de acoplamento 59 em cada uma de suas bordas opostas, por exemplo, um elemento de acoplamento macho ao longo de uma primeira borda e um elemento de acoplamento fêmea ao longo de uma segunda borda de acoplamento.

[00234] A presente invenção não é, de forma alguma, limitada às modalidades descritas acima, mas tais elementos de piso podem ser realizados de acordo com diferentes variantes sem sair do escopo da presente invenção.

[00235] Além disso, como fica claro a partir do conteúdo da descri- ção, a presente invenção refere-se a um ou mais dos itens listados abaixo, numerados de 1 a 119:

[00236] 1. Elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que o elemento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para coo- perar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que os elementos de aco- plamento compreendem pelo menos um parte macho e pelo menos uma parte fêmea, a dita parte macho sendo posicionada ao longo de uma primeira borda e se projetando para fora além de uma borda su- perior na dita primeira borda, a dita parte fêmea sendo posicionada ao longo de uma segunda borda e se estendendo para dentro além de uma borda superior na dita segunda borda para formar assim um re- baixo para receber pelo menos parcialmente a parte macho, em que o dito rebaixo compreende uma abertura de entrada apresentando uma largura vertical, com a característica de que a relação entre a largura vertical e a espessura da placa é maior do que 0,4.

[00237] 2. Elemento de piso, de acordo com o item 1, em que a dita relação entre a largura vertical e a espessura é preferivelmente maior do que 0,45, mais preferivelmente maior do que 0,5, ainda mais prefe- rivelmente de cerca de 0,53.

[00238] 3. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens pre- cedentes, em que a relação entre a largura vertical e a espessura da placa está compreendida entre 0,4 e 0,7, preferivelmente entre 0,5 e 0,6.

[00239] 4. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens pre- cedentes, em que a largura vertical da abertura de entrada correspon- de à largura máxima do rebaixo da parte fêmea.

[00240] 5. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens pre- cedentes, em que a largura vertical é maior do que 1,6 mm, preferi- velmente maior do que 1,8 mm, mais preferivelmente maior do que 2 mm.

[00241] 6. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens pre- cedentes, em que, entre a borda superior da abertura de entrada do rebaixo e a borda superior da dita primeira borda, é provida uma dis- tância.

[00242] 7. Elemento de piso, de acordo com o item 6, em que a re- lação entre a dita distância e a espessura da placa é inferior a 0,2, pre- ferivelmente inferior a 0,15.

[00243] 8. Elemento de piso, de acordo com o item 6 ou 7, em que a relação entre a dita distância e a espessura da placa está compre- endida entre 0,2 e 0,1.

[00244] 9. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 6 a 8, em que a dita distância é inferior a 0,9 mm, preferivelmente inferi- or a 0,6 mm.

[00245] 10. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 6 a 9, em que a dita distância está compreendida entre 0,9 e 0,4 mm.

[00246] 11. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que o rebaixo compreende uma primeira porção per- to da abertura de entrada e uma segunda porção perto do fundo do dito rebaixo, em que a dita primeira porção é maior do que a segunda porção.

[00247] 12. Elemento de piso, de acordo com o item 11, em que a dita primeira porção se estende em direção ao fundo do rebaixo para uma profundidade que é pelo menos 0,3 vezes toda a profundidade máxima do rebaixo, preferivelmente pelo menos 0,4 vezes, mais prefe- rivelmente pelo menos 0,5 vezes toda a profundidade máxima do re- baixo.

[00248] 13. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 11 ou 12, em que a profundidade da primeira porção é superior a 0,5 mm, preferivelmente superior a 0,75 mm, por exemplo, superior a 1 mm.

[00249] 14. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 11 ou 13, em que a profundidade da primeira porção está compreendi- da entre 0,5 e 1,5 mm, preferivelmente entre 0,75 e 1,25 mm.

[00250] 15. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 11 ou 14, em que a dita primeira porção compreende uma superfície superior inclinada que desce em direção ao fundo do rebaixo.

[00251] 16. Elemento de piso, de acordo com o item 15, em que a dita superfície superior inclinada é inclinada em relação à horizontal de um ângulo compreendido entre 30° e 50°, por exemplo, de cerca de 45°.

[00252] 17. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que em uma condição acoplada de dois dos ditos elementos de piso adjacentes, os elementos de acoplamento coope- ram e preferivelmente formam superfícies de travamento que limitam o movimento mútuo dos ditos elementos de piso na vertical e/ou uma ou mais direções horizontais.

[00253] 18. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que a parte macho e a parte fêmea são dispostas substancialmente ao longo de todo o comprimento da borda relaciona- da.

[00254] 19. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que os elementos de acoplamento são configurados de forma que, na condição acoplada, o acoplamento esteja livre de pré-tensão.

[00255] 20. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que os elementos de acoplamento são configurados de modo que o movimento de acoplamento do elemento de acopla- mento ocorra sem deformação dos elementos de acoplamento.

[00256] 21. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que, na condição acoplada, é estabelecida uma folga entre os elementos de acoplamento.

[00257] 22. Elementos de piso de acordo com o item 21, em que a dita folga seja superior a 0,01 mm.

[00258] 23. Elementos de piso de acordo com o item 21 ou 22, em que a dita folga é inferior a 0,15 mm.

[00259] 24. Elementos de piso, de acordo com qualquer dos itens de 21 ou 22, em que a dita folga está compreendida entre 0,03 e 0,1 mm.

[00260] 25. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que os ditos elementos de acoplamento são configu- rados para serem acoplados entre si por meio de um movimento de angulação em torno de um eixo horizontal paralelo às bordas.

[00261] 26. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que os elementos de acoplamento são configurados para serem acoplados por meio de um movimento de translação na direção horizontal.

[00262] 27. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que as partes macho e fêmea têm respectivamente uma forma de lingueta e ranhura.

[00263] 28. Elemento de piso, de acordo com o item 27, em que a lingueta compreende um bordo que se estende horizontalmente e uma protuberância que se projeta para baixo.

[00264] 29. Elemento de piso, de acordo com o item 28, em que o bordo que se estende horizontalmente tem uma espessura máxima compreendida entre 0,20 e 0,4 vezes a espessura da placa, preferi- velmente 0,33 vezes a espessura da placa.

[00265] 30. Elemento de piso, de acordo com o item 28 ou 29, em que a espessura máxima do bordo está compreendida entre 1 mm e 1,6 mm, sendo preferivelmente de 1,3 mm.

[00266] 31. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 27 a 30, em que, em uma condição acoplada, a lingueta se encaixa na ranhura de tal forma que um espaço horizontal inoperante seja estabe- lecido entre a ponta da lingueta, em particular, do bordo da mesma, e o fundo da ranhura, em particular, do rebaixo da mesma.

[00267] 32. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 27 a 31, em que, em uma condição acoplada, a lingueta se encaixa na ranhura de tal forma que um espaço vertical inoperante seja estabele- cido entre a superfície inferior da lingueta, em particular, do bordo da mesma, e a ranhura, em particular, o rebaixo da mesma.

[00268] 33. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 1 a 24, em que os elementos de acoplamento são configurados para serem acoplados por meio de um movimento de translação na direção descendente, por exemplo, vertical.

[00269] 34. Elemento de piso, de acordo com o item 33, em que os elementos de acoplamento compreendem uma parte inferior em forma de gancho direcionada para cima que está situada em uma borda, bem como uma parte superior em forma de gancho direcionada para baixo que está situada no lado oposto borda.

[00270] 35. Elemento de piso, de acordo com o item 34, em que, em uma posição acoplada, o bordo direcionado para baixo e a cavida-

de direcionada para cima formam a primeira superfície de travamento para limitar o movimento mútuo em uma direção horizontal, e/ou a se- gunda superfície de travamento é formada para limitar o movimento mútuo dos elementos de piso na direção vertical.

[00271] 36. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que a placa é formada por um material polimérico, preferivelmente um material polimérico termoplástico.

[00272] 37. Elemento de piso, de acordo com o item 34, em que a placa é de PVC rígido ou flexível.

[00273] 38. Elemento de piso, de acordo com o item 34, em que a placa compreende mais de 30% em peso ou mais de 60% em peso de materiais de enchimento.

[00274] 39. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que a placa compreende entalhes transversais que separam porções adjacentes da placa.

[00275] 40. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que a placa tem preferivelmente uma espessura compreendida entre 3,2 mm e 6 mm, mais preferivelmente cerca de 4 mm.

[00276] 41. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, que compreende uma camada decorativa provida acima da placa.

[00277] 42. Elemento de piso, de acordo com o item 41, em que a camada decorativa é formada de um material diferente do material da placa.

[00278] 43. Elemento de piso, de acordo com o item 41 ou 42, em que os elementos de acoplamento são totalmente formados na dita placa.

[00279] 44. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 43, em que a camada decorativa compreende uma lajota de ce-

râmica.

[00280] 45. Elemento de piso, de acordo com o item 44, em que a lajota de cerâmica compreende um corpo formado de porcelana, ce- râmica de corpo vermelho, grés, faiança ou outro pó cerâmico sinteri- zado.

[00281] 46. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 45, em que a camada decorativa compreende uma porosidade aparente entre 0,1% e 10% determinada de acordo com o padrão ASTM C373, mais preferivelmente entre 2% e 8%, por exemplo, de 6%.

[00282] 47. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 46, em que a camada decorativa compreende uma porosidade aparente inferior a 15%, preferivelmente inferior a 10%, medida de acordo com o padrão ASTM C373.

[00283] 48. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 47, em que a camada decorativa apresenta um volume de poros abertos compreendido entre 0,01 cc (centímetro cúbico) e 1 cc, mais preferivelmente entre 0,10 cc e 0,90 cc, por exemplo, de 0,60 cc.

[00284] 49. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 48, em que a camada decorativa compreende uma superfície in- ferior que é substancialmente plana.

[00285] 50. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 49, em que a camada decorativa apresenta uma face superior que compreende uma decoração e em que a decoração é pelo menos parcialmente formada por uma impressão.

[00286] 51. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 50, em que a camada decorativa compreende uma densidade expressa em peso da superfície de pelo menos 10 kg/m², preferivel- mente de 15 kg/m², por exemplo, de mais de 19 kg/m².

[00287] 52. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de

41 a 51, em que a camada decorativa compreende uma densidade expressa pelo peso da superfície inferior a 35 kg/m², preferivelmente inferior a 30 kg/m², por exemplo, inferior a 25 kg/m2.

[00288] 53. Elemento de piso de acordo com qualquer dos itens 41 a 52, em que a camada decorativa tem uma espessura compreendida entre 4 mm e 15 mm.

[00289] 54. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 53, em que a camada decorativa tem uma espessura, por exem- plo, de mais de 6 mm, preferivelmente de mais de 7 mm, por exemplo, de cerca de 8 mm ou de cerca de 10 mm.

[00290] 55. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 54, em que a camada decorativa tem uma espessura menor que 20 mm, preferivelmente de 18 mm ou menos, mais preferivelmente de 13 mm ou menos.

[00291] 56. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 55, em que a camada decorativa compreende um desvio de pla- naridade inferior a 1,5 mm, preferivelmente inferior a 1 mm, ainda mais preferivelmente inferior a 0,8 mm.

[00292] 57. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 56, em que a placa tem uma ou mais porções que se estendem para além da camada decorativa.

[00293] 58. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 41 a 57, em que a camada decorativa é montada na placa de tal forma que, quando os elementos de piso estiverem em uma condição aco- plada, uma distância intermediária seja estabelecida entre as bordas de camadas decorativas adjacentes, enquanto as bordas da placa subjacente são acopladas entre si por meio dos elementos de acopla- mento disponíveis.

[00294] 59. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 41 a 58, em que o elemento de piso compreende uma camada intermedi-

ária disposta entre a camada decorativa e a placa.

[00295] 60. Elemento de piso, de acordo com o item 58, em que a camada intermediária compreende um adesivo ou uma resina que une a camada decorativa e a placa entre si.

[00296] 61. Elemento de piso, de acordo com o item 60, em que a camada intermediária compreende uma resina, por exemplo, uma re- sina termofixa ou resina termoplástica.

[00297] 62. Elemento de piso, de acordo com o item 61, em que a camada intermediária compreende uma resina epóxi.

[00298] 63. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 62, em que o material de resina permeia a superfície inferior da camada decorativa.

[00299] 64. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 63, em que a resina compreende uma viscosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferivelmente abaixo de 800 mPas, mais preferivel- mente abaixo de 600 mPas, por exemplo, de aproximadamente 400 mPas.

[00300] 65. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 64, em que a resina mostra um encolhimento, após a cura, com- preendida entre 0,5% e 4%, por exemplo, entre 1% e 2%.

[00301] 66. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 65, em que a resina compreende uma resistência à tração entre 50 e 90 MPa, mais preferivelmente entre 60 e 80 MPa, por exemplo, de 75 MPa.

[00302] 67. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 66, em que a resina compreende uma resistência à compressão entre 90 e 130 MPa, mais preferivelmente entre 100 e 120 MPa, por exemplo, de 110 MPa.

[00303] 68. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 67, em que a resina apresenta um valor de dureza de pelo menos

50 medido em uma escala Shore D.

[00304] 69. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 68, em que a resina cobre pelo menos uma porção da superfície inferior da camada decorativa, por exemplo, a maior parte, ou seja, pelo menos 50 por cento, da superfície inferior da dia camada decora- tiva, preferivelmente a resina cobre 80 por cento ou mais da superfície inferior da camada decorativa, por exemplo, cobre 100 por cento da superfície inferior da camada decorativa.

[00305] 70. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens 61 ou 69, em que a dita resina comprime a camada decorativa

[00306] 71. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que o elemento de piso tem uma forma retangular e oblonga.

[00307] 72. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que o elemento de piso compreende uma área de superfície inferior a 1,5 m2, preferivelmente inferior a 1 m2, mais prefe- rivelmente inferior a 0,4 m2.

[00308] 73. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens precedentes, em que o elemento de piso compreende bordas com um comprimento máximo inferior a 1,5 m, preferivelmente inferior a 0,9 m.

[00309] 74. Elemento de piso para formar um revestimento de piso, em que este elemento de piso compreende uma primeira camada de- corativa formada de um material cerâmico e uma segunda camada disposta abaixo desta camada decorativa, em que a segunda compre- ende um material de resina que permeia uma superfície inferior da camada decorativa.

[00310] 75. Elemento de piso, de acordo com o item 74, em que o elemento de piso compreende uma terceira camada colocada abaixo da segunda camada.

[00311] 76. Elemento de piso para formar um revestimento de piso,

em que este elemento de piso compreende uma camada decorativa formada de um material cerâmico e uma placa disposta abaixo desta camada decorativa, em que o elemento de piso compreende uma ca- mada apresentando um material de resina disposto abaixo da camada decorativa, e em que a dita resina comprime a camada decorativa.

[00312] 77. Elemento de piso, de acordo com o item 76, em que o elemento de piso compreende uma terceira camada colocada abaixo da segunda camada.

[00313] 78. Revestimento de piso que compreende uma pluralidade de elementos de piso adjacentes, em que pelo menos um dos elemen- tos de piso está de acordo com qualquer dos itens de 41 a 77 e em que o revestimento de piso compreende uma argamassa que preen- che uma distância intermediária que separa as camadas decorativas dos elementos de piso.

[00314] 79. Revestimento de piso, de acordo com o item 78, em que a argamassa é à base de polímero.

[00315] 80. Revestimento de piso, de acordo com o item 79, em que a argamassa é à base de epóxi, à base de acrílico, à base de ure- tano ou à base de silicone.

[00316] 81. Uso de um material de resina para unir entre si uma camada decorativa formada de um material cerâmico e uma placa pa- ra formar um elemento de piso, em que o material de resina compre- ende uma viscosidade a 20°C abaixo de 1000 mPas, preferivelmente abaixo de 800 mPas, mais preferivelmente abaixo de 600 mPas, por exemplo, de aproximadamente 400 mPas.

[00317] 82. Uso, de acordo com o item 81, em que a resina é uma resina epóxi.

[00318] 83. Método para fabricar um elemento de piso que compre- ende as etapas de: prover uma camada decorativa formada de um ma- terial cerâmico; prover uma placa; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; e pressionar as camadas entre si para formar o elemento de piso de modo que o material de re- sina permeie a camada de cerâmica.

[00319] 84. Método, de acordo com o item 83, em que a etapa de prover a camada decorativa compreende uma etapa de escovar e/ou desbastar a superfície inferior da camada decorativa.

[00320] 85. Método, de acordo com o item 83 ou 84, em que o mé- todo compreende uma etapa de recozer a placa.

[00321] 86. Método, de acordo com qualquer dos itens de 83 a 85, em que o método compreende uma etapa de tratar a superfície supe- rior da placa.

[00322] 87. Método, de acordo com o item 86, em que a dita etapa de tratar a superfície superior da placa compreende a etapa de des- bastar a superfície superior da placa, por exemplo, uma etapa de envi- ar, uma etapa de escovar e/ou uma etapa de esmerilhar.

[00323] 88. Método, de acordo com qualquer dos itens de 83 a 87, em que a etapa de prover a resina compreende a etapa de aplicar uma resina não curada em pelo menos uma superfície da camada decorati- va e/ou da placa.

[00324] 89. Método, de acordo com qualquer dos itens de 83 a 88, em que, durante a etapa de prensagem, é exercida sobre as camadas uma pressão de pelo menos 350 kg/m², mais preferivelmente de pelo menos 370 kg/m²,

[00325] 90. Método, de acordo com qualquer dos itens de 83 a 89, em que, durante a etapa de prensagem, a pressão é mantida por um tempo de prensagem de mais de 1 segundo, preferivelmente mais de 10 segundos, por exemplo, de 30 segundos

[00326] 91. Método, de acordo com qualquer dos itens de 83 a 87, em que o método compreende uma etapa de estocar os elementos de piso por um tempo de estocagem a fim de permitir que a resina seja curada pelo menos parcialmente antes de ser, embalada, transportada e/ou usada em um revestimento de piso

[00327] 92. Método, de acordo com qualquer dos itens de 91, em que o dito tempo de estocagem é de pelo menos 0,5 h, preferivelmen- te de mais de 1 h, por exemplo, de 2 h.

[00328] 93. Método para a fabricação de um elemento de piso que compreende as etapas de: prover uma camada decorativa de material cerâmico; prover uma placa; prover um material de resina para unir a camada decorativa e a placa entre si; curar a resina; e promover o en- colhimento da resina.

[00329] 94. Ferramenta adequada para instalar um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com ele- mentos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que a primeira ferramenta compreende um corpo que apresenta uma primeira superfície de batimento adapta- da para entrar em contato com uma superfície da camada decorativa e pelo menos uma segunda superfície de batimento adaptada para ser martelada.

[00330] 95. Ferramenta, de acordo com o item 94, em que a primei- ra superfície de batimento é adaptada para entrar em contato com a superfície de uma borda da camada decorativa.

[00331] 96. Ferramenta, de acordo com o item 94 ou 95, em que a primeira superfície de batimento tem uma dimensão vertical substanci- almente igual ou inferior à espessura da camada decorativa, por exemplo, a dita dimensão vertical sendo inferior a 15 mm, preferivel- mente inferior a 10 mm, para exemplo, de cerca de 8 mm.

[00332] 97. Ferramenta, de acordo com qualquer dos itens de 94 a

96, em que a primeira superfície de batimento compreende um reves- timento macio, por exemplo, o dito revestimento macio sendo formado de borracha ou um feltro do tipo têxtil.

[00333] 98. Ferramenta, de acordo com qualquer dos itens de 94 a 97, em que a segunda superfície de batimento é provida na mesma porção de corpo da primeira ferramenta e é oposta à primeira superfí- cie de batimento.

[00334] 99. Ferramenta, de acordo com qualquer dos itens de 94 a 97, em que a segunda superfície de batimento é provida em uma por- ção de corpo diferente da primeira superfície de batimento correspon- dente.

[00335] 100. Ferramenta adequada para instalar um revestimento de piso, em que o revestimento de piso compreende uma placa que dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de pi- so similar adjacente no dito revestimento de piso, em que a segunda ferramenta compreende uma porção de cabo e uma porção plana pro- vida com pelo menos uma borda e em que a dita borda é provida com um elemento de acoplamento a ser acoplado com pelo menos um elemento de acoplamento da placa.

[00336] 101. Ferramenta, de acordo com o item 100, em que a por- ção plana da segunda ferramenta compreende elementos de acopla- mento em cada uma de suas bordas opostas, preferivelmente, um elemento de acoplamento macho ao longo de uma primeira borda e um elemento de acoplamento fêmea ao longo de uma segunda borda de acoplamento.

[00337] 102. Kit para instalar um revestimento de piso que apresen- ta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada de- corativa e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acopla- mento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o kit compreende pelo menos uma ferramenta de acordo com qualquer dos itens de 94 a 99 e/ou pelo menos uma fer- ramenta de acordo com qualquer dos itens de 100 a 101,

[00338] 103. Kit para instalar um revestimento de piso que apresen- ta elementos de piso, em que os elementos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada de- corativa e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acopla- mento de um elemento de piso similar adjacente no dito revestimento de piso, em que o kit compreende um martelo automático e/ou elétrico com um corpo adaptado para ser manuseado por pelo menos um ope- rador e um corpo que aloja um motor ou elemento operacional adapta- do para ativar uma extremidade operativa, a dita extremidade sendo adaptada cooperar com uma borda da camada decorativa e/ou com uma segunda superfície de batimento entre a primeira e a segunda ferramentas de acordo com qualquer dos itens de 94 a 101.

[00339] 104. Martelo automático e/ou elétrico para instalar um re- vestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os ele- mentos de piso compreendem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da camada decorativa, em que a placa dispõe de bor- das providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adja- cente no dito revestimento de piso, o dito martelo automático e/ou elé- trico apresentando um corpo adaptado para ser manuseado por pelo menos um operador e um corpo que aloja um motor ou elemento ope- racional adaptado para ativar uma extremidade operativa, a dita ex- tremidade sendo adaptada para cooperar com uma borda da camada decorativa e/ou com uma segunda superfície de batimento entre a primeira e a segunda ferramentas de acordo com qualquer dos itens de 94 a 101

[00340] 105. Martelo automático e/ou elétrico, de acordo com o item 104, em que o martelo compreende uma unidade de controle adaptada para controlar e/ou gerenciar a intensidade e/ou a frequência de um impulso a ser exercido sobre o dito elemento de piso,

[00341] 106. Martelo automático e/ou elétrico, de acordo com o item 104 ou 105, em que a dita extremidade operativa compreende qual- quer uma das características da primeira e/ou segunda ferramentas de acordo com qualquer dos itens de 94 a 101,

[00342] 107. Martelo automático e/ou elétrico, de acordo com o item 105, em que a dita extremidade operativa é travada no corpo por meio de um elemento de travamento removivelmente mecânico.

[00343] 108. Kit para instalação de um revestimento de piso que apresenta elementos de piso, em que os elementos de piso compre- endem uma camada decorativa e uma placa disposta abaixo da ca- mada decorativa e em que a placa dispõe de bordas providas com elementos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito re- vestimento de piso, em que o kit compreende um martelo automático e/ou elétrico de acordo com qualquer dos itens de 104 a 107 e pelo menos uma das ferramentas de acordo com qualquer dos itens de 94 a 101.

[00344] 109. Kit, de acordo com o item 108, em que a dita ferra- menta compreende um elemento de travamento mecânico adaptado para mecanicamente travar a própria ferramenta no martelo automáti- co e/ou elétrico, preferivelmente o dito elemento de travamento mecâ- nico substituindo a segunda superfície de batimento da própria ferra- menta

[00345] 110. Elemento de piso para formar um revestimento de pi-

so, em que o elemento de piso compreende bordas providas com ele- mentos de acoplamento adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso similar adjacente no dito reves- timento de piso, em que o dito elemento de piso tem uma camada de- corativa provida acima de uma placa, em que a dita camada decorati- va compreende um material frágil, por exemplo, cerâmica, porcelana, pedra natural, concreto, vidro ou material vitrocerâmico, e em que a placa compreende um material à base de cimento ou um material à base de minerais, preferivelmente um material à base de minerais compreendendo magnésio, mais preferivelmente óxido de magnésio

[00346] 111. Elemento de piso, de acordo com o item 110, em que a placa compreende uma placa mineral contendo fibra.

[00347] 112. Elemento de pavimentação, de acordo com o item 111, em que as fibras são fibras poliméricas ou fibras naturais, por exemplo, fibras de celulose ou de madeira e/ou fibras de vidro, preferi- velmente fibra de vidro não tecida.

[00348] 113. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 110 a 112, em que a placa compreende uma estrutura multicama- das, por exemplo, a placa compreende uma pluralidade de folhas ou camadas de material à base de minerais unidas entre si para formar a placa

[00349] 114. Elemento de piso, de acordo com o item 113, em que as ditas folhas têm a mesma composição ou, preferivelmente, as ditas folhas têm composições diferentes.

[00350] 115. Elemento de piso, de acordo com o item 114, em que a placa compreende uma folha superior, uma folha inferior e pelo me- nos uma folha intermediária, em que a dita folha superior e a dita folha inferior têm substancialmente a mesma composição que é diferente da composição do folha intermediária

[00351] 116. Elemento de piso, de acordo com o item 114, em que a pluralidade de folhas apresenta diferentes características físicas e/ou mecânicas, por exemplo, as ditas folhas podendo ter uma densidade e/ou uma porosidade diferente.

[00352] 117. O elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 110 a 116, em que exemplos de placas à base de óxido de magné- sio são, entre outras coisas, uma placa à base de oxicloreto de mag- nésio (cimento Sorel), uma placa à base de oxissulfato de magnésio e à base de sulfato de magnésio.

[00353] 118. Elemento de piso, de acordo com qualquer dos itens de 110 a 117, em que a placa mostra uma densidade, por exemplo, entre 0,85 g/cm3 e 2 g/cm3, por exemplo, entre 0,85 g/cm3 e 1,5 g/cm3.

[00354] 119. Revestimento de piso que compreende uma pluralida- de de elementos de piso de acordo com qualquer dos itens de 110 a

118.

[00355] Embora várias modalidades possíveis sejam descritas aci- ma, as modalidades da presente invenção não são tão limitadas. Estas modalidades exemplificativas não se destinam a ser exaustivas ou a limitar desnecessariamente o escopo da invenção, mas, em vez disso, foram escolhidas e descritas a fim de explicar os princípios da presen- te invenção de modo que outros versados na técnica possam praticar a invenção. De fato, várias modificações da invenção, além daquelas no presente documento descritas, ficarão evidentes para aqueles ver- sados na técnica a partir da descrição precedente. Tais modificações destinam-se a ser abarcadas pelo escopo das reivindicações anexas.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Elemento de piso (1) para formar um revestimento de piso, caracterizado pelo fato de o elemento de piso (1) compreender uma placa (3) que dispõe de bordas (10) providas com elementos de acoplamento (11, 12) adaptados para cooperar com elementos de acoplamento de um elemento de piso semelhante adjacente (1) no dito revestimento de piso, em que os elementos de acoplamento (11, 12) compreendem pelo menos uma parte macho (11) e pelo menos uma parte fêmea (12), a dita parte macho (11) sendo posicionada ao longo de uma primeira borda (10) e se projetando para fora além de uma borda superior (14) na dita primeira borda, a dita parte fêmea (12) sendo posicionada ao longo de uma segunda borda (110) e se esten- dendo para dentro além de uma borda superior (14) na dita segunda borda (10) para assim formar um rebaixo (19) para receber pelo me- nos parcialmente a parte macho (11), em que o dito rebaixo (19) com- preende uma abertura de entrada apresentando uma largura vertical (VB), com a característica de que a relação entre a largura vertical (VB) e a espessura (T2) da placa (3) é superior a 0,4.

2. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a dita relação entre a largura vertical (VB) e a espessura (T2) ser preferivelmente superior a 0,45, mais preferivel- mente superior a 0,5, ainda mais preferivelmente de cerca de 0,53.

3. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a relação entre a largura vertical (VB) e a espessura (T2) da placa estar compreendida entre 0,4 e 0,7, preferivelmente entre 0,5 e 0,6.

4. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a largura verti- cal (VB) da abertura de entrada corresponder à largura máxima do re- baixo (19) da parte fêmea (12).

5. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a largura verti- cal (VB) ser superior a 1,6 mm, preferivelmente superior a 1,8 mm, mais preferivelmente superior a 2 mm.

6. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de entre a borda superior da abertura de entrada (21) do rebaixo (19) e a borda superior (14) da dita primeira borda (10) ser provida uma distância (SD).

7. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de a relação entre a dita distância (SD) e a es- pessura (T2) da placa (3) ser inferior a 0,2, preferivelmente inferior a 0,15.

8. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado pelo fato de a relação entre a dita distância (SD) e a espessura (T2) da placa (3) estar compreendida entre 0,2 e 0,1.

9. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer das rei- vindicações de 6 a 8, caracterizado pelo fato de a dita distância (SD) ser inferior a 0,9 mm, preferivelmente inferior a 0,6 mm.

10. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 9, caracterizado pelo fato de a dita distância (SD) estar compreendida entre 0,9 e 0,4 mm.

11. Elemento de piso (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o rebaixo (19) compreender uma primeira porção (22) perto da abertura de entrada e uma segunda porção (23) perto do fundo do dito rebaixo (19), em que a dita primeira porção é maior do que a segunda porção.

12. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de a dita primeira porção (22) se estender em direção ao fundo do rebaixo (19) para uma profundidade (DE) que é pelo menos 0,3 vezes toda a profundidade máxima (DE) do rebaixo

(19), preferivelmente pelo menos 0,4 vezes, mais preferivelmente pelo menos 0,5 vezes toda a profundidade máxima do rebaixo (19).

13. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado pelo fato de a profundidade (DE) da primeira por- ção (22) ser maior do que 0,5 mm, preferivelmente maior do que 0,75 mm, por exemplo, maior do que 1 mm.

14. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 11 ou 13, caracterizado pelo fato de a profundidade (DE) da primeira por- ção (22) estar compreendida entre 0,5 e 1,5 mm, preferivelmente entre 0,75 e 1,25 mm.

15. Elemento de piso (1), de acordo com a reivindicação 11 ou 14, caracterizado pelo fato de a dita primeira porção (22) compre- ender uma superfície superior inclinada (24) que desce em direção ao fundo do rebaixo (19).