BR112021004252A2

BR112021004252A2 - métodos, sistemas e dispositivos avançados para registar informação numa base de dados

Info

Publication number: BR112021004252A2
Application number: BR112021004252-0A
Authority: BR
Inventors: Philippe THEVOZ
Original assignee: Sicpa Holding Sa
Priority date: 2018-09-11
Filing date: 2019-08-09
Publication date: 2021-05-18
Also published as: US11763299B2; EP3850552A1; EA202190731A1; JP7419628B2; CN112714920A; US20210201307A1; WO2020052878A1; KR20210056405A; JP2021536639A

Abstract

MÉTODOS, SISTEMAS E DISPOSITIVOS AVANÇADOS PARA REGISTAR INFORMAÇÃO NUMA BASE DE DADOS. Esta invenção proporciona um método e um sistema para registar, numa base de dados, uma transação entre duas partes e para permitir que uma terceira parte origine a realização de uma ação relativamente à transação. O método compreende uma etapa de criação (s2) de um registo de transação, etapas de assinatura eletrónica (s4, s12) do registo de transação, etapas para registar (s6, s14) o registo de transação na base de dados, etapas para emitir uma notificação (s8, s16) de que o registo de transação foi registado na base de dados, etapas de verificação (s10) do registo de transação pela terceira parte, e uma etapa para originar (s18), pela terceira parte, a realização de uma ação com base na informação do conteúdo de transação.

Description

MÉTODOS, SISTEMAS E DISPOSITIVOS AVANÇADOS PARA REGISTAR INFORMAÇÃO NUMA BASE DE DADOS CAMPO DA TÉCNICA

[0001] A presente invenção refere-se ao campo técnico da ciência informática aplicada. Em particular, a informação refere-se ao registo, isto é, à gravação, de informação numa base de dados implementada por computador.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[0002] A tecnologia de cadeia de blocos é utilizada como um componente nuclear da agora bem conhecida da moeda digital bitcoin. No sistema de bitcoin, a cadeia de blocos funciona como um livro-razão público para todas as transações (veja-se Satoshi Nakamoto, "Bitcoin: A peer-to- peer electronic cash system." (2008), obtido em 2 de março de 2017 em https://bitcoin.org/bitcoin.pdf).

[0003] A tecnologia de cadeia de blocos inspirou a pesquisa na ciência informática aplicada, especialmente nos campos das bases de dados, da criptografia e das redes informáticas. Algumas destas atividades de investigação focaram-se na resolução de vários problemas técnicos relacionados com a implementação de métodos, sistemas e dispositivos implementados por computador eficientes, seguros e fiáveis, para registar, isto é, gravar, as transações numa base de dados implementada por computador.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[0004] Para abordar ou, pelo menos, abordar parcialmente os problemas mencionados anteriormente, são definidos métodos, sistemas e dispositivos eletrónicos de acordo com a invenção nas reivindicações independentes. As formas de realização particulares são definidas nas reivindicações dependentes.

[0005] Numa forma de realização, é proporcionado um método para registar, numa base de dados, uma transação entre uma primeira parte, doravante referida como “Alice”, e uma segunda parte, doravante referida como “Bob”, e para permitir que uma terceira parte, doravante referida como “Carol”, origine a realização de uma ação relativamente à transação. A Alice e a Carol têm individualmente um dispositivo eletrónico com a capacidade de comunicar com uma base de dados numa rede de comunicação e de assinar eletronicamente os dados a enviar pela rede de comunicação. O método compreende as seguintes etapas.

[0006] O dispositivo eletrónico da Alice origina a criação de um registo, doravante referido como um “registo de transação”. O registo de transação compreende: (i) um identificador, doravante referido como um “identificador de transação”, para identificar a transação, (ii) um identificador para identificar a Alice, e (iii) informação, doravante referida como “informação do conteúdo de transação”, relacionada com, pelo menos, um de: a natureza da transação e um valor que se considera que a transação tem. O dispositivo eletrónico da Alice depois assina eletronicamente o registo de transação. O registo de transação resultante será referido doravante como “TRkA”. O TRkA é então registado na base de dados.

[0007] O dispositivo eletrónico da Carol é então notificado que o TRkA foi registado na base de dados. Determina-se que o TRkA está de acordo com uma regra ou com um conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice. O dispositivo eletrónico da Alice depois assina eletronicamente o TRkA. O registo de transação resultante será referido doravante como “TRkA,kC1”. O TRkA,kC1 é então registado na base de dados.

[0008] O dispositivo eletrónico da Alice é então notificado de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados.

[0009] O dispositivo eletrónico da Carol origina a realização de uma ação, em que a ação é baseada na informação do conteúdo de transação compreendida em TRkA,kC1 e que está associada à cobrança de um imposto pela Carol.

[0010] Uma das vantagens do método é a redução da latência (isto é, o atraso) no processo de registo de uma transação. As vantagens adicionais do método tornar-se-ão notórias a partir da seguinte descrição detalhada.

[0011] Numa forma de realização, é proporcionado um sistema para registar, numa base de dados, uma transação entre uma primeira parte (“Alice”) e uma segunda parte (“Bob”) e para permitir a uma terceira parte (“Carol”) que origine a realização de uma ação relacionada com a transação, em que a Alice e a Carol têm um dispositivo eletrónico com capacidade de comunicar com a base de dados numa rede de comunicação e de assinar eletronicamente os dados a enviar pela rede de comunicação. O sistema está configurado para realizar as etapas descritas acima.

[0012] A invenção também se refere a outras formas de realização de métodos para a participação no registo, na base de dados, de uma transação assim e para a participação na permissão da terceira parte (“Carol”) para originar a realização de uma ação relacionada com a transação, em que os métodos são levados a cabo por qualquer um de: o dispositivo eletrónico da Alice e o dispositivo eletrónico da Carol.

[0013] A invenção também se refere a formas de realização adicionais para a participação dos dispositivos eletrónicos no registo, na base de dados, de uma transação assim e para a participação na permissão da terceira parte (“Carol”) para originar a realização de uma ação relacionada com a transação, em que os dispositivos eletrónicos são usáveis como qualquer um de: o dispositivo eletrónico da Alice e o dispositivo eletrónico da Carol.

[0014] A invenção também se refere a programas informáticos ou conjuntos de programas informáticos que compreendem instruções legíveis por computador configuradas, quando executadas num dispositivo eletrónico ou conjunto de dispositivos eletrónicos, para originar a realização pelo dispositivo eletrónico ou conjunto de dispositivos eletrónicos de qualquer um dos métodos descritos anteriormente.

[0015] Em algumas formas de realização, conforme definido, por exemplo, na reivindicação dependente 6, a transação refere-se a um objeto e o objeto é marcado com um código que representa, ou que corresponde a, o identificador da transação. O código marcado no objeto pode depois ser lido, por exemplo, quando o objeto for enviado pela Alice, e depois pode ser determinado, por consulta da base de dados, se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido. A natureza do objeto pode, por exemplo, ser determinada pela inspeção visual do objeto. Desta forma, em tempo real ou em tempo quase real, uma transação pode ser registada e posteriormente pode verificar-se se a transação registada corresponde corretamente a uma transação real.

[0016] A presente invenção será descrita mais completamente doravante no presente documento, com referência aos desenhos anexados, nos quais numerais semelhantes representam elementos semelhantes ao longo das diferentes figuras, e nos quais são ilustrados aspetos e atributos proeminentes da invenção.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0017] A Fig. 1 é um diagrama sequencial de mensagens de um método numa forma de realização da invenção.

[0018] As Fig. 2 a 5 são quatro fluxogramas de métodos em quatro formas de realização da invenção.

[0019] As Figs. 6a e 6b, que devem ser lidas em conjunto, constituem um diagrama sequencial de mensagens de métodos em formas de realização adicionais da invenção.

[0020] A Fig. 7 é um fluxograma de um método de acordo com uma forma de realização da invenção.

[0021] A Fig.8 é um diagrama esquemático de uma implementação exemplificativa de um dispositivo numa forma de realização eletrónico da invenção.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0022] A presente invenção será agora descrita em conjunção com formas de realização específicas. Estas formas de realização específicas servem para proporcionar ao perito na especialidade uma melhor compreensão, mas não pretendem restringir o âmbito da invenção, que é definido pelas reivindicações em anexo. A lista de abreviaturas e o seu significado é proporcionado no final da descrição detalhada por motivos de conveniência.

[0023] A Fig. 1 é um diagrama sequencial de mensagens de um método numa forma de realização da invenção. O objetivo do método é, em primeiro lugar, registar, isto é, gravar, numa base de dados a transação entre uma primeira parte e uma segunda parte e, em segundo lugar, permitir que uma terceira parte origine a realização de uma ação relacionada com a transação. A primeira, a segunda e terceira partes (ou, por outras palavras, os atores) são referidos como Alice, Bob e Carol, respetivamente, meramente por conveniência.

[0024] A base de dados é uma base de dados implementada por computador. Podem ser usadas muitas formas de bases de dados implementadas por computador. Numa forma de realização, a base de dados é uma base de dados distribuída. Numa forma de realização, a base de dados é um livro-razão distribuído (também denominado livro-razão partilhado). Numa forma de realização, a base de dados é um livro-razão autorizado partilhado. Numa forma de realização, a base de dados é uma base de dados estabelecida em cadeias de blocos, como, por exemplo, uma base de dados estabelecida em cadeia de blocos pública, ou uma base de dados estabelecida em cadeia de blocos privada (como, por exemplo, uma cadeia de blocos operada por um consórcio privado). Numa forma de realização, a base de dados é uma base de dados (ou livro-razão) assegurada por uma cadeia de blocos (como descrito, por exemplo, no documento US 2017/0033932 A1). Numa forma de realização, a base de dados é imutável até uma determinada medida. Isto significa que, após o conteúdo ter sido registado na base de dados, é muito complexo ou computacionalmente muito exigente alterar o referido conteúdo.

[0025] A Alice e a Carol têm individualmente um dispositivo eletrónico com a capacidade de comunicar com a base de dados numa rede de comunicação. Podem ser usadas muitas formas de dispositivos eletrónicos, como, por exemplo um computador pessoal, um computador portátil, um telemóvel, um smartphone, um computador tablet, um assistente digital pessoal, um computador usável, um dispositivo de jogo, um reprodutor de média portátil, um descodificador e/ou uma câmara. Numa forma de realização, os dispositivos eletrónicos da Alice e da Carol estão interligados por uma ou mais redes de comunicação. Muitas formas de redes de comunicação também podem ser usadas, como, por exemplo, mas sem limitação, a Internet e/ou qualquer tipo de redes de comunicação com ou sem fios.

[0026] Os dispositivos eletrónicos da Alice e da Carol individualmente têm a capacidade de assinar dados eletronicamente em nome da Alice e da Carol, respetivamente. Por exemplo, a Alice e a Carol têm uma chave, isto é, uma chave usável para assinar digitalmente dados. Numa forma de realização, a chave individual da Alice e da Carol é uma chave privada e a Alice e a Carol também têm individualmente uma chave pública, ambas usáveis em conjunto no quadro de um sistema de criptografia de chave pública, ou de criptografia assimétrica.

[0027] Numa forma de realização, assinar eletronicamente os dados compreende assiná-los digitalmente usando uma chave, como, por exemplo, uma chave privada conforme mencionado anteriormente.

[0028] Noutra forma de realização, assinar eletronicamente os dados não envolve a utilização de uma chave. Por exemplo, assinar eletronicamente os dados pode resultar da autenticação de um utilizador mediante a introdução de algum tipo de credenciais de utilizador, como, por exemplo, um nome de utilizador e uma palavra-chave correspondente, ou dados biométricos. A seguir à autenticação, os dados podem então ser anexados, como uma forma de assinatura eletrónica, com os dados da assinatura a indicarem que a autenticação ocorreu.

[0029] Numa forma de realização, a transação compreende uma venda de um produto ou de um serviço. Por exemplo, a Alice pode ser o vendedor, o Bob pode ser o comprador. Por exemplo, o Bob pode ser um consumidor que tem de pagar um imposto (p. ex., IVA ou GST) sobre o produto comprado da Alice e a Carol pode ser a autoridade tributária. O dispositivo eletrónico da Alice pode ser operável e configurado para entregar um recibo de compra, preferencialmente no qual o montante do imposto é listado separadamente, após a receção de um pagamento pelo Bob pelo produto ou serviço. Além disso, o dispositivo eletrónico da Alice pode adicionalmente ser operável para realizar a operação de pagamento pelo cartão bancário (isto é, pelo cartão bancário do Bob) como um leitor de cartão bancário (possivelmente sem contacto) ou para receber um pagamento de um equipamento portátil de transferência de dados sem fios do Bob, p. ex., mediante um protocolo NFC (“Comunicação em Campo Próximo”), como um smartphone, por exemplo.

[0030] O método compreende as seguintes etapas s2, s4, s6, s8, s10, s12, s14, s16 e s18, que podem ser descritas passo a passo seguidamente, com referência à Fig. 1. Em seguida, quando for descrito que um dispositivo eletrónico realiza uma etapa, a etapa pode ser executada automaticamente, por exemplo, por meio de um ou mais programas informáticos a executar no dispositivo eletrónico ou por meio de um ou mais circuitos integrados (ou semelhantes) compreendido no dispositivo eletrónico. Em algumas formas de realização, para uma ou mais etapas do método, um utilizador pode ter opcionalmente de proporcionar alguma entrada para completar uma etapa. Etapa s2

[0031] Na etapa s2, O dispositivo eletrónico da Alice origina a criação de um registo, na presente referido como um “registo de transação”. O registo é uma estrutura de dados que pode ser guardada na base de dados.

[0032] Numa forma de realização, o registo de transação é criado pelo dispositivo eletrónico da Alice.

[0033] Noutra forma de realização (não ilustrada na Fig. 1), o registo de transação não é criado pelo próprio dispositivo eletrónico da Alice. Nesta forma de realização, o dispositivo eletrónico da Alice pode, por exemplo, transmitir, para a base de dados, os parâmetros necessários para criar um registo de transação. A base de dados, ou um programa informático associado com ou a gerir a base de dados, então cria o registo de transação. Por exemplo, um programa informático que gere a base de dados pode conter um conjunto de instruções, isto é, um protocolo, para criar o registo da transação. O registo da transação, ou uma cópia do mesmo, é depois transmitido ao dispositivo eletrónico da Alice para a assinatura (de acordo com a etapa s4).

[0034] O registo de transação é uma estrutura de dados que compreende: (i) um identificador, referido na presente como um “identificador de transação”, para identificar a transação, (ii) um identificador para identificar a Alice e (iii) informação, referida na presente como “informação do conteúdo de transação”, relativamente a, pelo menos, uma da natureza da transação e um valor que se considera que a transação tem. Os identificadores são identificadores únicos, pelo que permitem efetivamente, na prática, a identificação da transação e da Alice, respetivamente.

[0035] Numa forma de realização, o registo de transação pode ser referido como um denominado “contrato inteligente”, de forma que criar um registo de transação também pode ser referido como a iniciação de um contrato inteligente. Numa forma de realização, a informação do conteúdo de transação compreende uma descrição do produto ou do serviço, o seu preço e o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), também denominado como imposto sobre os bens e serviços (GST), aplicável à transação. Etapa s4

[0036] Na etapa s4, o dispositivo eletrónico da Alice assina eletronicamente o registo da transação, por exemplo, usando a chave da Alice. O registo de transação resultante, isto é, o registo de transação assinado eletronicamente, é referido na presente como “TRkA”. Quando um registo de transação for assinado eletronicamente, a estrutura de dados que constitui o registo de transação é expandida de forma que a estrutura de dados também compreende uma assinatura eletrónica. Por outras palavras, o TRkA compreende, pelo menos, o registo de transação original (TR) (cujo estado pode ter mudado entretanto) e a assinatura eletrónica do registo de transação pelo dispositivo eletrónico da Alice, por exemplo, usando a chave da Alice (kA). Etapa s6

[0037] Na etapa s6 (ilustrada pelas subetapas s6.1 e s6.2 na Fig.1), o TRkA é registado, isto é, gravado, na base de dados. Numa forma de realização, o dispositivo eletrónico da Alice origina o registo do TRkA na base de dados.

[0038] Numa forma de realização, o registo do TRkA na base de dados é realizado pelo dispositivo eletrónico da Alice, como, por exemplo, por um programa informático em execução no dispositivo eletrónico da Alice como uma consequência automática da etapa de assinatura s4.

[0039] Noutra forma de realização, o registo do TRkA na base de dados não é realizado pelo próprio dispositivo eletrónico da Alice, mas delegado a outro dispositivo eletrónico como uma consequência automática da operação de assinatura em s4. Por exemplo, o registo do TRkA na base de dados pode ser delegado a um programa informático associado à base de dados. Etapa s8

[0040] Na etapa s8, O dispositivo eletrónico da Carol é então notificado que o TRkA foi registado na base de dados.

[0041] Numa forma de realização (não ilustrada na Fig. 1), o TRkA é transmitido ao dispositivo eletrónico da Carol. O TRkA pode ser transmitido ao dispositivo eletrónico da Carol, por exemplo, pelo dispositivo eletrónico da Alice ou pela base de dados ou por um programa informático associado ou a gerir a base de dados. Por exemplo, um programa informático que gere a base de dados pode conter um conjunto de instruções, isto é, um protocolo, para transmitir o TRkA. No entanto, a invenção não está limitada a estas implementações. Por exemplo, em ainda outra implementação, o Bob pode ter de aprovar a transação antes de enviar o TRkA ao dispositivo eletrónico da Carol.

[0042] A transmissão do TRkA ao dispositivo eletrónico da Carol pode ser implementada por qualquer tipo de mensagem.

[0043] Noutra forma de realização, o próprio TRkA não é transmitido ao dispositivo eletrónico da Carol, mas apenas a informação que o TRkA está disponível, isto é, foi registado, na base de dados é transmitida ao dispositivo eletrónico da Carol. Deste modo, o dispositivo eletrónico da Carol é informado de que o registo de transação foi criado, que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice e que está preparado para ser assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico. A informação que o TRkA foi registado na base de dados pode ser transmitida ao dispositivo eletrónico da Carol, por exemplo, pelo dispositivo eletrónico da Alice (não ilustrado na Fig. 1), ou pela base de dados (como ilustrado na Fig. 1), ou por um programa informático associado ou a gerir a base de dados. Por exemplo, um programa informático que gere a base de dados pode conter um conjunto de instruções, isto é, um protocolo, para transmitir a referida informação.

[0044] A notificação para o dispositivo eletrónico da Carol que o TRkA foi registado na base de dados pode ser implementada por qualquer tipo de mensagem. Etapa s10

[0045] Na etapa s10, determina-se que o TRkA está de acordo com uma regra ou com um conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice.

[0046] A etapa s10 pode ser realizada pelo dispositivo eletrónico da Carol (por exemplo, depois de obter o TRkA da base de dados, se ainda não estiver disponível para o dispositivo eletrónico da Carol, ou pela base de dados, ou por um programa informático associado ou a gerir a base de dados. A realização da etapa s10 pode alternativamente ser delegada a ainda outro elemento da rede.

[0047] Numa forma de realização, a etapa s10 é realizada logo que o dispositivo eletrónico da Carol tenha sido notificado que o TRkA foi registado na base de dados.

[0048] Numa forma de realização, se for determinado que o TRkA não está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras e/ou que não foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice, todo o processo pode ser, por exemplo, interrompido. Etapa s12

[0049] Depois, na etapa s12, o TRkA é assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Carol, por exemplo, usando a chave da Carol. Isto é, o dispositivo eletrónico da Carol assina eletronicamente o TRkA. O registo de transação resultante, isto é, o registo de transação assinado adicionalmente de forma eletrónica, é referido na presente como “TRkA,kC1”.

[0050] O TRkA,kC1 compreende, pelo menos, o registo de transação original TRkA (cujo estado pode ter mudado entretanto) e a assinatura eletrónica do TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol, por exemplo, usando a chave da Carol (kC). Etapa s14

[0051] Na etapa s14 (ilustrada pelas subetapas s14.1 e s14.2 na Fig.1), o TRkA,kC1 é registado, isto é, gravado, na base de dados. Numa forma de realização, o dispositivo eletrónico da Carol origina o registo do TRkA,kC1 na base de dados.

[0052] Numa forma de realização, o registo do TRkA,kC1 na base de dados é realizado pelo dispositivo eletrónico da Carol, como, por exemplo, por um programa informático executado no dispositivo eletrónico da Carol como uma consequência automática da operação de assinatura em s12.

[0053] Noutra forma de realização, o registo do TRkA,kC1 na base de dados não é realizado pelo próprio dispositivo eletrónico da Carol, mas por outro dispositivo eletrónico como uma consequência automática da etapa de assinatura s12. Etapa s16

[0054] Na etapa s16, o dispositivo eletrónico da Alice é então notificado de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados.

[0055] Numa forma de realização (não ilustrada na Fig. 1), o TRkA,kC1 é transmitido ao dispositivo eletrónico da Alice. O TR kA,kC1 pode ser transmitido ao dispositivo eletrónico da Alice, por exemplo, pelo dispositivo eletrónico da Carol ou pela base de dados ou por um programa informático associado ou a gerir a base de dados. No entanto, a invenção não está limitada a estas implementações.

[0056] A transmissão do TRkA,kC1 ao dispositivo eletrónico da Alice pode ser implementada por qualquer tipo de mensagem.

[0057] Noutra forma de realização, o próprio TRkA,kC1 não é transmitido ao dispositivo eletrónico da Alice, mas apenas a informação de que o TRkA,kC1 está disponível, isto é, foi registado, na base de dados é transmitida ao dispositivo eletrónico da Alice. Deste modo, o dispositivo eletrónico da Alice é informado de que o registo de transação foi criado. A informação que o TRkA,KC1 foi registado na base de dados pode ser transmitida ao dispositivo eletrónico da Alice, por exemplo, pelo dispositivo eletrónico da Carol (não ilustrado na Fig. 1) ou pela base de dados (como ilustrado na Fig. 1) ou por um programa informático associado ou a gerir a base de dados. No entanto, a invenção não está limitada a estas implementações.

[0058] A notificação para o dispositivo eletrónico da Alice de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados pode ser implementada por qualquer tipo de mensagem. Etapa s18

[0059] Na etapa s18, é originada a realização de uma ação pelo dispositivo eletrónico da Carol. A ação é baseada na informação do conteúdo de transação, isto é, a ação que é desencadeada depende da informação do conteúdo de transação. Além disso, a ação é associada à cobrança de um imposto pela Carol.

[0060] Portanto, o método reduz a latência (isto é, o atraso) no processo de registo da transação na base de dados (etapas s2 a s14), levando à realização da ação com base na informação do conteúdo de transação (etapa s18). Assim, o método proporciona uma solução técnica para monitorizar as transações em tempo real (isto é, com baixa latência) e numa base de transação por transação. A monitorização pode ser realizada por uma terceira parte, isto é, a Carol.

[0061] Numa forma de realização, assinar eletronicamente um registo de transação também envolve a validação cronológica no registo de transação, isto é, adicionar uma marcação horária à estrutura de dados do registo de transação.

[0062] Numa forma de realização, determinar em s10 que o TRkA está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras que compreende: a verificação, pelo dispositivo eletrónico da Carol, com base no identificador para identificar a Alice e a informação do conteúdo de transação, da conformidade da transação com a regra ou o conjunto de regras. Isto pode, por exemplo, envolver a verificação de que toda a informação necessária foi incluída no registo de transação, que a transação está autorizada e que a taxa de IVA selecionada está correta.

[0063] Numa forma de realização, o registo de transação compreende adicionalmente uma variável de estado que indica, pelo menos, um de: (a) que o registo de transação foi assinado eletronicamente (etapa s4) pelo dispositivo eletrónico da Alice; (b) que o TRkA foi registado (etapa s6) na base de dados; (c) que o dispositivo eletrónico da Carol foi notificado (etapa s8) que o TRkA foi registado na base de dados; (d) que foi determinado que o TRkA (etapa s10) está de acordo com a regra ou com conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice; (e) que o TRkA foi assinado eletronicamente (etapa s12) pelo dispositivo eletrónico da Carol; (f) que o TRkA,kC1 foi registado (etapa s14) na base de dados; (g) que o dispositivo eletrónico da Alice foi notificado (etapa s16) de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados; e (h) que foi originada a realização da ação (etapa s18). Numa forma de realização, a variável de estado indica se cada um de (a) a (h) é verdadeiro ou falso.

[0064] Portanto, a variável de estado permite que qualquer parte autorizada descubra, depois de receber ou consultar um registo de transação, qual das anteriores operações de (a) a (h) foi realizada. Por outras palavras, o estado do registo da transação é inscrito na base de dados como parte de um registo da transação.

[0065] Numa forma de realização, a transação refere-se a um objeto e o objeto é marcado com um código que representa, ou que corresponde a, o identificador da transação. O objeto pode, por exemplo, ser marcado com o código imediatamente ou pouco após a criação do registo de transação. O código pode ser marcado em qualquer parte do objeto, como, por exemplo, na embalagem que rodeia a parte central do objeto.

[0066] O objeto pode ser de qualquer tipo, como, por exemplo, sem estar limitado a, uma garrafa ou lata de cerveja, vinho, licor ou refrigerante, um maço, pacote ou caixa de cigarros ou charutos, uma caixa de medicamentos, um frasco de perfume ou qualquer outro bem tributável, um cartão, bilhete, etiqueta, bandeirola, folha de segurança, filete de segurança ou semelhante.

[0067] O código é um código legível por máquina, que pode, por exemplo, compreender, pelo menos, um entre um código de barras linear e um código de barras de matriz (p. ex., um código de matriz de dados ou um código QR). O código pode representar o identificador de transação ou pode corresponder ao identificador de transação. A correspondência entre o código e o identificador de transação pode ser uma relação matemática (correspondência derivável matematicamente) ou pode estar guardada na base de dados (correspondência registada).

[0068] Numa forma de realização em que a transação se refere a um objeto e em que o objeto está marcado com um código que representa, ou correspondente a, o identificador da transação, o método compreende adicionalmente as seguintes etapas, como ilustrado pelo fluxograma da Fig. 2. O código marcado no objeto é lido em s32a, por exemplo, por um leitor de código de barras ou semelhante. Então determina-se em s34a, por consulta da base de dados, pelo menos, um de: (i) se a ação (referida na etapa s18) foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido; e (ii) se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido.

[0069] Numa forma de realização, a transação refere-se a um serviço e um documento associado ao serviço é marcado com um código que representa, ou que corresponde a, o identificador da transação. O documento pode, por exemplo, ser marcado com o código após a criação do registo de transação, como imediatamente ou pouco após a criação do registo de transação.

[0070] Conforme mencionado acima, o código é um código legível por máquina, que pode, por exemplo, compreender, pelo menos, um entre um código de barras linear e um código de barras de matriz (p. ex., um código de matriz de dados ou um código QR).

[0071] Numa forma de realização em que a transação se refere a um serviço e em que um documento associado ao serviço é marcado com um código que representa, ou que corresponde a, o identificador da transação, o método compreende adicionalmente as seguintes etapas, como ilustrado pelo fluxograma da Fig. 3, por exemplo, por um leitor de código de barras ou semelhante. O código marcado no documento associado ao serviço é lido em s32b. Então determina-se em s34b, por consulta da base de dados, pelo menos, um de: (iii) se a ação (referida na etapa s18) foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido; e (iv) se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido.

[0072] Numa forma de realização, a transação refere-se a um objeto e o identificador de transação corresponde a uma assinatura, doravante referida como uma “assinatura de objeto”, gerada com base em, pelo menos, um de: uma propriedade do objeto e uma propriedade de um elemento de segurança baseado em material colocado em ou fixado num objeto.

[0073] As observações anteriores quanto à natureza exemplificativa do objeto também se aplicam à presente forma de realização.

[0074] Nesta forma de realização, o método pode compreender adicionalmente as seguintes etapas, como ilustrado pelo fluxograma da Fig.

4. A assinatura de objeto é obtida em s32c usando um leitor adequado. Então determina-se em s34c, por consulta da base de dados, pelo menos, um de: (v) se a ação (referida na etapa s18) foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de objeto obtida; e (vi) se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação da transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de objeto obtida.

[0075] Numa forma de realização, a transação refere-se a um serviço e o identificador de transação corresponde a uma assinatura, doravante referida como “assinatura de documento associada ao serviço”, gerada com base em, pelo menos, um de: uma propriedade de um documento associado ao serviço e uma propriedade de um elemento de segurança baseado em material colocado em ou fixado num documento associado ao serviço.

[0076] Nesta forma de realização, o método pode compreender adicionalmente as seguintes etapas, como ilustrado pelo fluxograma da Fig.

5. A assinatura de documento associado ao serviço é obtida em s32d usando um leitor adequado. Então determina-se em s34d, por consulta da base de dados, pelo menos, um de: (vii) se a ação (referida na etapa s18) foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de documento associado ao serviço obtida; e (viii) se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação da transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de documento associada ao serviço obtida.

[0077] As Figs. 6a e 6b, que devem ser lidas em conjunto, constituem um diagrama sequencial de mensagens de métodos em quatro formas de realização da invenção. Os métodos diferem do método ilustrado pela Fig. 1 na medida em que compreendem as seguintes etapas adicionais.

[0078] Numa primeira forma de realização (conforme discutido, por exemplo, em referência à Fig. 2), o objeto com o qual uma transação se relaciona é marcado em s7 com um código (veja-se a Fig. 6a, etapa s7), “marcação de código (i)”). Após esta etapa de marcação física do objeto com um código, o código do objeto pode posteriormente ser lido em s32 e uma determinação de localização e seguimento pode ser realizada s34 por consulta da base de dados (veja-se a Fig. 6b, etapas s32-s34, “leitura e verificação”).

[0079] Numa segunda forma de realização (conforme discutido, por exemplo, em referência à Fig. 3), um documento associado ao serviço com o qual uma transação se relaciona é marcado em s7 com um código (veja-se a Fig. 6a, etapa s7), “marcação de código (i)”). Após esta etapa de marcação física do documento com um código, o código do documento pode ser lido em s32 e uma determinação de localização e seguimento pode então ser realizada em s34 por consulta da base de dados (veja-se a Fig. 6b, etapas s32-s34, “leitura e verificação”).

[0080] Numa terceira forma de realização (conforme discutido, por exemplo, em referência à Fig. 4), uma assinatura de objeto do objeto ao qual uma transação se refere é gerada em s7 (veja-se Fig. 6a, etapa s7), “(ii) geração da “assinatura de objeto””). Após a geração da assinatura de objeto, isto é, uma assinatura física do objeto, a assinatura de objeto pode ser obtida em s32 e uma determinação de localização e seguimento pode então ser realizada em s34 por consulta da base de dados (veja-se a Fig. 6b, etapas s32-s34, “leitura e verificação”).

[0081] Numa quarta forma de realização (conforme discutido, por exemplo, em referência à Fig. 5), uma assinatura de documento associada ao serviço de um documento associado ao serviço a qual uma transação se refere é gerada em s7 (veja-se Fig. 6a, etapa s7), “(iii) geração da “assinatura de documento associada ao serviço””). Após a geração da referida assinatura de documento associado ao serviço, isto é, a assinatura física do documento, a assinatura de documento associado ao serviço pode então ser obtida em s32 e uma determinação de localização e seguimento pode então ser realizada em s34 por consulta da base de dados (veja-se a Fig. 6b, etapas s32-s34, “leitura e verificação”).

[0082] A etapa s7 é levada a cabo por ou, pelo menos, controlada pela Alice ou pelos operadores da Alice, conforme ilustrado pela seta pontilhada da Alice para a caixa que ilustra a etapa s7. A etapa s7 pode ser realizada em qualquer momento após a etapa s2. As etapas s32- s34 são levadas a cabo ou, pelo menos, controladas pela Carol ou pelas operadoras da Carol no campo, conforme ilustrado pela seta pontilhada da Carol para a caixa que ilustra as etapas s32-s34.

[0083] Numa forma de realização, qualquer uma da assinatura de objeto referida anteriormente e a assinatura de documento associada ao serviço referida anteriormente compreende um elemento de segurança baseado em material. Um elemento de segurança baseado e, material é um elemento que inclui um material cuja propriedade característica referente à sua natureza específica e proporção permite autenticar materialmente o item marcado, detetando meramente a referida propriedade característica. Esta propriedade característica do material constitui uma assinatura de material da marcação. Por exemplo, o elemento de segurança baseado em material pode ser proporcionado na forma de um material luminescente. A luminescência pode ser revelada sob uma luz não visível, como, p. ex., a luz ultravioleta ou a luz infravermelha. Em alternativa, a luminescência pode ser revelada após a aplicação da luz visível. O material luminescente pode ser um material luminescente de conversão ascendente ou um material luminescente de conversão descendente. O material luminescente pode ser um material fosforescente ou fluorescente, particularmente quando combinado com a semivida do decaimento ou outra característica material do tempo de decaimento. A marcação pode ser impressa com uma tinta que inclui o referido material luminescente (como pigmentos luminescentes). Um leitor específico pode ser necessário para detetar a assinatura de material de uma marcação que inclui um dado elemento de segurança baseado em material: por exemplo, em caso de tinta fluorescente, o leitor deve iluminar a tinta com uma luz de excitação apropriada e então detetar a luz de luminescência emitida pela tinta e, por exemplo, ter a capacidade de detetar e medir uma velocidade de tempo de decaimento (isto é, a característica física) desta luz de luminescência.

[0084] As formas de realização com referência às Figs. 2 a 6 permitem a implementação de uma solução de localização e seguimento eficiente, em combinação com o método de registo da transação na base de dados. Por outras palavras, uma marcação física nos objetos e/ou nos documentos associados aos serviços, ou na assinatura de material do mesmo, notavelmente permite encontrar o estado da transação por consulta da base de dados. Especialmente, se a ação que foi devidamente realizada pode ser identificada e/ou se a natureza do objeto que corresponde à natureza esperada do objeto de acordo com a informação na base de dados também pode ser identificada. Isto pode permitir a deteção de fraude.

[0085] A ação da etapa s18 descrita anteriormente está associada à cobrança de um imposto pela Carol, como, por exemplo, um IVA ou GST.

[0086] Conforme mencionado acima, o método ilustrado com referência à Fig. 1 reduz a latência no processo de gravação de uma transação na base de dados que leva à realização de uma ação com base na informação do conteúdo de transação. Portanto, o método proporciona uma solução técnica para monitorizar as transações em tempo real (isto é, com baixa latência) e numa base de transação por transação. Isto tem consideráveis vantagens colaterais quando a ação da etapa s18 está associada à cobrança de um imposto, como, por exemplo, um IVA ou GST. Isto pode ser explicado da seguinte forma.

[0087] No momento da redação, a cobrança do IVA na maior parte dos países é maioritariamente delegada em todos os agentes económicos, assumindo que cada agente cumprirá devidamente as regras aplicáveis. De forma a garantir que as regras são cumpridas, a autoridade tributária leva a cabo auditorias e são utilizadas multas e penalizações para dissuadir a fraude, mas com sucesso limitado. De facto, o processo de cobrança do IVA envolve muitos agentes, com milhões (se não milhares de milhões) de transações, pelo que é praticamente impossível para a autoridade tributária evitar a fraude. Além disso, A cobrança convencional do IVA é afetada por uma latência inerente causada pela acumulação das faturas impulsionada pela contabilidade e pelos requisitos legais segundo os quais alguns atores económicos devem emitir as declarações do IVA apenas periodicamente (p. ex., mensalmente, trimestralmente ou anualmente).

[0088] Quando a ação da etapa s18 está associada à cobrança de um imposto, a solução descrita com referência à Fig. 1 proporciona meios técnicos para registar, localizar, relatar, liquidar e auditar as transações de IVA entre partes desleais, isto é, a Alice que pode ser o vendedor, o Bob que pode ser o comprador e a Carol que pode ser a autoridade tributária. Isto pode ser alcançado pela substituição das faturas de IVA convencionais pelos registos de transação na base de dados, de forma a registar automaticamente, seguir e liquidar as correspondentes transações de IVA numa base de transação por transação e com baixa latência. Uma transação de IVA pode, por exemplo, ser codificada num denominado contrato inteligente que executa automaticamente a liquidação do IVA entre diferentes partes numa base de dados baseada em cadeia de blocos.

[0089] Numa forma de realização, depois da assinatura eletrónica do TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol (etapa s12), por exemplo, usando a chave da Carol, uma conta associada à Alice é debitada por um montante que representa um imposto sobre o valor acrescentado considerado como o resultado da transação. Por outras palavras, nesta forma de realização, a assinatura da Carol desencadeia o débito da conta da Alice.

[0090] Esta forma de realização é vantajosa por o imposto, como o IVA, poder ser recolhido (ou contabilizado) numa base de transação por transação, de uma forma automática, e com baixa latência, de tal modo que as oportunidades para cometer fraude (como a denominada fraude do operador fictício) são reduzidas. Uma empresa (usualmente uma pequena) não será capaz de subitamente gerar uma quantidade totalmente anormal de transações (em relação ao seu tamanho e tipo de negócio) durante semanas ou meses, devendo assim um montante muito elevado de IVA à autoridade tributária (e depois desaparecer subitamente sem pagar as quantias devidas) antes do seguinte preenchimento automático da declaração de imposto. Com o método e o sistema anteriormente descrito com uma base de transação por transação, a autoridade tributária pode ver em tempo real o nível de IVA devido por cada empresa e também consegue detetar um potencial defraudador e intervir, antes de a empresa acumular dívidas de IVA anormais.

[0091] Noutra forma de realização, uma conta associada com a Alice é debitada num montante que representa um imposto sobre o valor acrescentado considerado como o resultado da transação apenas quando o TRkA,kC1 tiver sido notificado ao dispositivo eletrónico da Alice, não antes disso.

[0092] A Fig. 7 é um fluxograma de um método numa forma de realização adicional da invenção. O método compreende as seguintes etapas.

[0093] Com base no denominado modelo de contrato inteligente T200 (isto é, um modelo para criar um registo de transação) (veja-se a subetapa s2.1 na Fig. 7) e num identificador de contrato inteligente T390 (isto é, um identificador de transação) (veja-se a subetapa s2.2 na Fig. 7), é criado um contrato inteligente (isto é, um registo de transação) em T210. A Alice pode então introduzir os parâmetros T220 no contrato inteligente (veja-se subetapa s2.3 na Fig. 7). (Isto corresponde à etapa s2 discutida, por exemplo, com referência à Fig. 1).

[0094] O dispositivo eletrónico da Alice depois assina eletronicamente em T230 o contrato inteligente (que se torna o TRkA), antes de o submeter em T240 à base de dados T380, que pode, por exemplo, ser um livro-razão imutável. (Isto corresponde às etapas s4 e s6 discutidas, por exemplo, com referência à Fig. 1).

[0095] O registo do contrato inteligente na base de dados é então notificado em T250 ao dispositivo eletrónico da Carol. (Isto corresponde à etapa s8 discutida, por exemplo, com referência à Fig. 1).

[0096] O dispositivo eletrónico da Carol então realiza em T260 uma verificação de conformidade e verifica em T260 se o contrato inteligente foi devidamente assinado pelo dispositivo eletrónico da Alice. (Isto corresponde à etapa s10 discutida, por exemplo, com referência à Fig. 1). Se a determinação em T260 falhar, o processo pode, por exemplo, retornar à etapa T220. Se a determinação T260 for bem-sucedida, o dispositivo eletrónico da Carol então assina eletronicamente em T270 o contrato inteligente (que se torna o TRkA,kC1) e submete-o à base de dados em T380 (isto corresponde às etapas s12 e s14 discutidas, por exemplo, com referência à Fig. 1), o dispositivo eletrónico da Carol (a autoridade tributária) então debita em T280 a conta de imposto da Alice.

[0097] O registo do contrato inteligente na base de dados é então notificado em T290 ao dispositivo eletrónico da Alice. (Isto corresponde à etapa s16 discutida, por exemplo, com referência à Fig. 1). A transição é então considerada como concluída em T350/s18.

[0098] As etapas descritas anteriormente podem ser vistas como formando a “parte digital” T360 do método e do sistema. Em paralelo, uma parte de “marcação física” em T370 também é ilustrada no lado direito da Fig. 7. Nessa parte, um código T400/s7.1 (identificador de contrato inteligente) pode ser marcado no objeto em s7.2, na fatura em T410/s7.3 e até na embalagem que contém os objetos correspondentes em s7.4. (Isto corresponde à etapa s7 discutida, por exemplo, com referência à Fig. 6A). Posteriormente, uma verificação de localização e seguimento pode ser realizada em s32/s34 em nome da autoridade tributária, conforme discutido, por exemplo, com referência à Fig. 6b.

[0099] Graças ao método anterior, a autoridade tributária (isto é, a Carol) consegue monitorizar em tempo real (isto é, com baixa latência) o estado do crédito do imposto de qualquer contribuinte (Alice). Para fazer isso, a base de dados (p. ex., o livro-razão de cadeia de blocos) pode ser consultado, permitindo a concatenação de todas as operações de débito atribuídas à Alice, como o resultado de todas as transações prévias, bem como para os pagamentos efetivos da Alice. Para qualquer contribuinte para o qual exista uma suspeita de fraude, como, por exemplo, a Alice, a autoridade tributária pode definir limites máximos da dívida tributária (como um valor de limiar). Se a Alice atingir este limite e quiser criar novas transações (isto é, faturar novas vendas), a autoridade tributária pode realizar algumas ações antes de permitir transações adicionais. Estas ações podem, por exemplo, compreender o envio de um auditor às instalações da Alice, a solicitar garantias à Alice (p. ex., uma garantia bancária) para garantir uma dívida tributária superior, reduzir a dívida atual por um pagamento, etc. O bloqueio de qualquer transação adicional pode mesmo ser considerado.

[00100] Além disso, para cada transação, a existência do vendedor (Alice) no registo oficial de contribuintes pode ser verificada pela autoridade tributária (Carol). As autorizações de assinatura das pessoas que assinam eletronicamente em nome das suas entidades legais (Alice) também podem ser verificadas no registo oficial dos contribuintes e/ou no registo comercial.

[00101] Ainda adicionalmente, a relevância dos dados introduzidos pela Alice no contrato inteligente pode ser verificada. Isto pode, por exemplo, compreender: (i) se a classe de imposto (isto é, a taxa de imposto que será aplicada) corresponde aos bens que são descritos (p. ex., a taxa de imposto reduzida aplicável aos alimentos não é necessariamente válida para os bens de luxo); (ii) se a Alice está registada como contribuinte; e (iii) se o valor da transação é especificado.

[00102] Além disso, se a assinatura eletrónica for, de facto, válida, pode ser verificada (isto é, corresponde aos signatários autorizados da Alice).

[00103] Ainda adicionalmente, a análise dos dados incluídos na base de dados permite a deteção de potenciais comportamentos fraudulentos dos contribuintes (Alice). Isto pode ser feito mediante o reconhecimento de padrões específicos ou a combinação específica de padrões, como: a. Pequenas empresas b. Empresas adquiridas recentemente c. Alterações recentes na administração e/ou gestão da empresa d. Alteração frequente da pessoa que assina as transações (em relação ao tamanho da empresa)

e. Negócio fora do âmbito usual da empresa (p. ex. um restaurante que começa a vender bens eletrónicos) f. O volume de vendas torna-se subitamente muito significativo g. Compras num país diferente (importação) h. Pagamentos atrasados dos impostos devidos

[00104] Quando houver suspeita de fraude, a autoridade tributária pode desencadear diferentes tipos de ações: i. Pedido simples de explicações j. Inspeções físicas das instalações da empresa k. Auditoria física do pessoal da empresa, diretores e administração l. Inspeção física de bens, nas instalações da Alice

[00105] A Fig. 8 é um diagrama esquemático de uma implementação exemplificativa de um dispositivo eletrónico 800 que pode ser utilizado, por exemplo, como o dispositivo eletrónico da Alice ou da Carol, num método ou sistema de acordo com a invenção.

[00106] Conforme ilustrado pela Fig. 8, o dispositivo eletrónico 800 compreende uma unidade de computação que pode incluir um bus 805, uma unidade de processamento 803, uma memória principal 807, uma ROM 808, um dispositivo de armazenagem 809, um dispositivo de entrada 802, um dispositivo de saída 804 e uma interface de comunicação 806. O bus 805 pode incluir uma rota que permite a comunicação entre os componentes do dispositivo eletrónico 800.

[00107] A unidade de processamento 803 pode incluir um processador, um microprocessador ou uma lógica de processamento que pode interpretar e executar as instruções. A memória principal 807 pode incluir uma RAM ou outro tipo de dispositivo de armazenagem dinâmica que pode guardar informação e instruções para a execução pela unidade processamento 803. A ROM 808 pode incluir um dispositivo ROM ou outro tipo de dispositivo de armazenagem estática que pode guardar informação e instruções estáticas para a utilização pela unidade processamento 803. O dispositivo de armazenagem 809 pode incluir um meio de gravação ótica e/ou magnética e a sua correspondente drive.

[00108] O dispositivo de entrada 802 pode incluir um mecanismo que permite a um operador a introdução de informação na unidade de processamento 803, como um teclado numérico, um teclado completo, um rato, uma pen, reconhecimento de voz e/ou mecanismos biométricos, etc. O dispositivo de saída 804 pode incluir um mecanismo que emite a informação para o operador, incluindo um monitor, uma impressora, uma coluna, etc. A interface de comunicação 806 pode incluir um qualquer mecanismo como um transcetor que permite ao dispositivo eletrónico 800 comunicar com outros dispositivos e/ou sistemas (como uma estação de base, um ponto de acesso WLAN, etc.). Por exemplo, A interface de comunicação 806 pode incluir mecanismos para comunicar com outro dispositivo ou sistema por meio de uma rede.

[00109] O dispositivo eletrónico 800 pode desempenhar determinadas operações e processos descritos na presente. Estas operações podem ser realizadas em resposta à execução pela unidade de processamento 803 das instruções de software incluídas num meio legível por computador, como uma memória principal 807, ROM 808 e/ou dispositivo de armazenagem 809. Um meio legível por computador pode ser definido como um dispositivo de memória lógica ou física. Por exemplo, um dispositivo de memória lógica pode incluir espaço de memória no dispositivo de memória física única ou distribuído pelos múltiplos dispositivos de memória física. A memória principal 807, a ROM 808 e o dispositivo de armazenagem 809, individualmente, podem incluir um meio legível do computador. O meio de gravação magnética e/ou ótica (p. ex., CD ou DVD legíveis) do dispositivo de armazenagem 809 também podem incluir meios de leitura do computador. As instruções de software podem ser lidas na memória principal 807 de outro meio legível do computador,

como um dispositivo de armazenagem 809 ou de outro dispositivo através da interface de comunicação 806.

[00110] As instruções de software contidas na memória principal 809 podem fazer com que a unidade de processamento 803 realize operações e processos descritos na presente divulgação, como, por exemplo, a descodificação de um código legível por máquina. Em alternativa, podem ser usados circuitos cablados em vez ou em combinação com as instruções de software para implementar os processos e/ou as operações descritas na presente. Desta forma, as implementações descritas na presente não estão limitadas a qualquer combinação específica de hardware e software.

[00111] Qualquer um dos elementos referidos anteriormente podem ser implementados em hardware, software, rede de portas programáveis em campo (FPGA), circuitos integrados de aplicação específica (ASIC), firmware ou semelhantes.

[00112] Embora a presente invenção tenha sido descrita com base em exemplos detalhados, os referidos exemplos detalhados apenas servem para proporcionar a um perito na especialidade um melhor entendimento e não pretendem limitar o âmbito da invenção. O âmbito da invenção é antes definido pelas reivindicações apensas. Abreviaturas: ASIC: circuito integrado de aplicação específica FPGA: rede de portas programáveis em campo GST: imposto sobre bens e serviços kA: chave da Alice kC: chave da Carol TR: registo de transação IVA: imposto por valor acrescentado

[00113] A matéria acima divulgada deve ser considerada ilustrativa e não restritiva e serve para fornecer um melhor entendimento da invenção definida pelas reivindicações independentes.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Método para registar, numa base de dados, uma transação entre uma primeira parte, doravante referida como “Alice”, e uma segunda parte, doravante referida como “Bob”, e para permitir que uma terceira parte, doravante referida como “Carol”, origine a realização de uma ação relacionada com a transação, em que a Alice e a Carol individualmente têm um dispositivo eletrónico com a capacidade de comunicar com a base de dados numa rede de comunicação e de assinar eletronicamente os dados a enviar pela rede de comunicação, que compreende: originar, pelo dispositivo eletrónico da Alice, a criação de um registo, doravante referido como um “registo de transação”, que compreende um identificador, doravante referido como um “identificador de transação”, para identificar a transação, um identificador para identificar a Alice e informação, doravante referida como “informação do conteúdo de transação”, relacionada com, pelo menos, um entre a natureza da transação e um valor que se considera que a transação tem; assinar eletronicamente (s4), pelo dispositivo eletrónico da Alice, o registo de transação, com o registo de transação resultante a ser referido doravante como “TRkA”; registar (s6) o TRkA na base de dados; notificar (s8) o dispositivo eletrónico da Carol de que o TRkA foi registado na base de dados, e determinar (s10) que o TRkA está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice; depois, assinar eletronicamente (s12), pelo dispositivo eletrónico da Carol, o TRkA, com o registo de transação resultante a ser referido doravante como “TRkA,kC1”; registar (s14) o TRkA,kC1 na base de dados;

notificar (s16) o dispositivo eletrónico da Alice de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados; e originar, pelo dispositivo eletrónico da Carol, a realização de uma ação (s18), em que a ação é baseada na informação do conteúdo de transação compreendida no TRkA,kC1 e que está associada à cobrança de um imposto pela Carol, em que, depois da assinatura eletrónica (s12) do TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol, uma conta associada à Alice é debitada automaticamente por um montante que representa um imposto sobre o valor acrescentado considerado como o resultado da transação.

2. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a determinação (s10) de que o TRkA está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras compreende: a verificação, pelo dispositivo eletrónico da Carol, com base no identificador para identificar a Alice e a informação do conteúdo de transação, da conformidade da transação com a regra ou o conjunto de regras.

3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o registo de transação compreende adicionalmente uma variável de estado que indica pelo menos um de: que o registo de transação foi assinado eletronicamente (s4) pelo dispositivo eletrónico da Alice; que o TRkA foi registado (s6) na base de dados; que o dispositivo eletrónico da Carol foi notificado (s8) de que o TRkA foi registado na base de dados; que se determina (s10) que o TRkA está de acordo com a regra ou o conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice; que o TRkA foi assinado eletronicamente (s12) pelo dispositivo eletrónico da Carol;

que o TRkA,kC1 foi registado (s14) na base de dados; que o dispositivo eletrónico da Alice foi notificado (s16) de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados; e e que foi originada a realização da ação (s18).

4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a transação se refere a um objeto e o objeto está marcado com um código que representa, ou correspondente a, o identificador da transação.

5. Método de acordo com a reivindicação 4, que compreende ainda a marcação do objeto com o código depois de criar (s2) o registo de transação.

6. Método de acordo com a reivindicação 4 ou 5, que compreende ainda: ler (s32a) o código marcado no objeto; e determinar (s34a), por consulta da base de dados, pelo menos, um de: se a ação foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido; e se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido.

7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que a transação se refere a um serviço e em que um documento associado ao serviço é marcado com um código que representa, ou que corresponde a, o identificador da transação.

8. Método de acordo com a reivindicação 7, que compreende ainda a marcação do documento com o código depois da criação (s2) do registo de transação.

9. Método de acordo com a reivindicação 7 ou 8, que compreende ainda:

ler (s32b) o código marcado no documento associado ao serviço; e determinar (s34b), por consulta da base de dados, pelo menos, um de: se a ação foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido; e se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação identificada pelo identificador de transação representado por, ou correspondente a, o código lido.

10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que a transação se refere a um objeto e o identificador de transação corresponde a uma assinatura, doravante referida como uma “assinatura de objeto”, gerada com base em, pelo menos, um de: uma propriedade do objeto; e uma propriedade de um elemento de segurança baseado em material colocado ou fixado no objeto.

11. Método de acordo com a reivindicação 10, que compreende ainda: obter (s32c) a assinatura do objeto; e determinar (s34c), por consulta da base de dados, pelo menos, um de: se a ação foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de objeto obtida; e se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação da transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de objeto obtida.

12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que a transação se refere a um serviço e o identificador de transação corresponde a uma assinatura, doravante referida como “assinatura de documento associada ao serviço”, gerada com base em, pelo menos, um de: uma propriedade de um documento associado ao serviço; e uma propriedade de um elemento de segurança baseado em material colocado ou fixado no documento associado ao serviço.

13. Método de acordo com a reivindicação 12, que compreende ainda: obter (s32d) a assinatura do documento associado ao serviço; e determinar (s34d), por consulta da base de dados, pelo menos, um de: se a ação foi realizada para uma transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura do documento associado ao serviço obtido; e se a natureza do objeto coincide com a informação do conteúdo de transação da transação identificada pelo identificador de transação correspondente à assinatura de documento associada ao serviço obtida.

14. Sistema para registar, numa base de dados, uma transação entre uma primeira parte, doravante referida como “Alice”, e uma segunda parte, doravante referida como “Bob”, e para permitir que uma terceira parte, doravante referida como “Carol”, origine a realização de uma ação relacionada com a transação, em que a Alice e a Carol individualmente têm um dispositivo eletrónico com capacidade para comunicar com uma base de dados numa rede de comunicação e de assinar eletronicamente os dados enviados pela rede de comunicação, com o sistema a ser configurado para: originar, pelo dispositivo eletrónico da Alice, a criação (s2) de um registo, doravante referido como um “registo de transação”, que compreende um identificador, doravante referido como um “identificador de transação”, para identificar a transação, um identificador para identificar a Alice e informação, doravante referida como “informação do conteúdo de transação”, relacionada com, pelo menos, um entre a natureza da transação e um valor que se considera que a transação tem;

assinar eletronicamente (s4), pelo dispositivo eletrónico da Alice, o registo de transação, com o registo de transação resultante a ser referido doravante como “TRkA”; registar (s6) o TRkA na base de dados; notificar (s8) o dispositivo eletrónico da Carol de que o TRkA foi registado na base de dados, e determinar (s10) que o TRkA está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice; depois, assinar eletronicamente (s12), pelo dispositivo eletrónico da Carol, o TRkA, com o registo de transação resultante a ser referido doravante como “TRkA,kC1”; registar (s14) o TRkA,kC1 na base de dados; notificar (s16) o dispositivo eletrónico da Alice de que o TRkA,kC1 foi registado na base de dados; e originar, pelo dispositivo eletrónico da Carol, a realização de uma ação (s18), em que a ação é baseada na informação do conteúdo de transação compreendida no TRkA,kC1 e que está associada à cobrança de um imposto pela Carol, em que, depois da assinatura eletrónica (s12) do TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol, uma conta associada à Alice é debitada automaticamente por um montante que representa um imposto sobre o valor acrescentado considerado como o resultado da transação.

15. Dispositivo eletrónico para participar no registo de, numa base de dados, uma transação entre uma primeira parte, doravante referida como “Alice”, e uma segunda parte, doravante referida como “Bob”, e para participar na autorização a uma terceira parte para que, doravante referida como “Carol”, origine a realização de uma ação relacionada com a transação, em que o dispositivo eletrónico é utilizável como o dispositivo eletrónico da Carol, tem a capacidade de comunicar com uma base de dados numa rede de comunicação e de assinar eletronicamente os dados a enviar pela rede de comunicação, com o dispositivo eletrónico a ser configurado para: ser notificado (s8) de que um registo de transação, doravante referido como “TRkA”, foi registado na base de dados, em que TRkA compreende: um identificador, doravante referido como um “identificador de transação”, para identificar a transação, um identificador para identificar a Alice e informação, doravante referida como “informação do conteúdo de transação”, relacionada com, pelo menos, um entre a natureza da transação e um valor que se considera que a transação tem; determinar (s10) que o TRkA está de acordo com uma regra ou um conjunto de regras e que foi assinado eletronicamente pelo dispositivo eletrónico da Alice; assinar eletronicamente (s12) o TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol, com o registo de transação resultante a ser referido doravante como “TRkA,kC1”; originar o registo (s14) do TRkA,kC1 na base de dados; originar a notificação (s16) do dispositivo da Alice de que o TRkA, kC1 foi registado na base de dados; e originar a realização (s18) de uma ação, em que a ação é baseada na informação do conteúdo de transação compreendida no TRkA,kC1 e que está associada à cobrança de um imposto pela Carol, em que, depois da assinatura eletrónica (s12) do TRkA pelo dispositivo eletrónico da Carol, uma conta associada à Alice é debitada automaticamente por um montante que representa um imposto sobre o valor acrescentado considerado como o resultado da transação.

16. Produto de programa informático que compreende instruções legíveis por computador configuradas, quando executadas num dispositivo eletrónico ou conjunto de dispositivos eletrónicos, para originar a realização pelo dispositivo eletrónico ou pelo conjunto de dispositivos eletrónicos do método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13.