BR112021003864A2 - extrato botânico anti-inflamatório - Google Patents

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Abstract

EXTRATO BOTÂNICO ANTI-INFLAMATÓRIO. A presente invenção refere-se a um extrato botânico que exibe atividade anti-inflamatória, em que o extrato botânico é pelo menos um extrato do gênero Anacardium.

Description

“EXTRATO BOTÂNICO ANTI-INFLAMATÓRIO” REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[001] O presente pedido reivindica o benefício do Pedido de Patente Norte- Americano Nº 62/725.461, depositado em 31 de agosto de 2018, cuja descrição é incorporada aqui em sua totalidade por referência.
HISTÓRICO DA INVENÇÃO CAMPO DA INVENÇÃO
[002] A presente invenção refere-se, em geral, a um extrato botânico que exibe atividade anti-inflamatória e composições compreendendo tal extrato. )
[003] O ácido araquidônico e seus metabólitos são importantes mediadores da inflamação. O ácido araquidônico (“AA”) é um componente dos fosfolipídeos da membrana onde a etapa de limitação de taxa na formação de seus metabólitos depende da sua liberação do pool de fosfolipídeos da membrana celular mediado por meio da ativação de fosfolipases. Depois disso, ele pode ser metabolizado por um dos dois caminhos – por ciclo-oxigenase ('COX’) para render eícosanoídes tais como prostaglandinas (‘PGE2'), prostaciclinas e tromboxanos, ou ele pode ser metabolizado por 5-lipoxigenase ('5-LOX') para resultar na produção de leucotrienos e lipoxinas. Estes eicosanoides servem como mensageiros intracelulares e desempenham papéis significativos na regulação da transdução de sinal nas respostas à dor e à inflamação. Uma ilustração do caminho do metabolismo do ácido araquidônico é provida na Figura 1.
[004] A ciclo-oxigenase – uma prostanoide sintase também conhecida como prostaglandina-endoperóxido sintase (PTGS, EC 1.14.99.1) – é uma enzima que é responsável pela formação de mediadores biológicos importantes denominados prostanoides, incluindo prostaglandinas, prostaciclina e tromboxano. COX é a enzima central no caminho biossintético para prostanoides de ácido araquidônico. Existem duas isoenzimas conhecidas - COX-1 e COX-2. COX-1 representa a isoforma constitutiva responsável pela produção de prostaglandinas envolvidas em funções fisiológicas tais como proteção da mucosa gástrica e manutenção da reperfusão renal. COX-2 não é expressa sob condições normais na maioria das células, mas níveis elevados são encontrados durante a inflamação. COX-2 é a isoenzima dominante em tecidos inflamados, onde sua indução pode ser facilitada por várias citocinas pró-inflamatórias, incluindo interleucina-1 (‘IL-1') e fator de necrose de tumor (‘TNF-α'). A inibição farmacológica de COX por fármacos anti- inflamatórios não esteroidais (NSAID) pode prover alívio dos sintomas de inflamação e dor.
[005] Portanto, para prevenir os efeitos colaterais indesejados, parece prático inibir COX-2 seletivamente para seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios sem afetar processos fisiológicos importantes controlados pelas prostaglandinas formadas por COX-1. Ainda, existem relatos que associam o efeito sinergístico de COX-2 como isoenzima constitutiva na manutenção do fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular sugerindo que sua inibição seletiva pode levar a alguns efeitos adversos. Estes efeitos foram experimentados por indivíduos em ensaios clínicos em que inibidores de COX-2 seletivos (por exemplo, celecoxib e rofocoxib) proveram eficácia similar àquela dos NSAIDs tradicionais na dor da osteoartrite e artrite reumatoide com melhor tolerabilidade gástrica e equivalente a NSAIDs em efeitos colaterais renais. Portanto, é razoável assumir e ter um composto forte o suficiente para causar a inibição destas isoenzimas ainda moderadas o suficiente para evitar as consequências adversas desnecessárias, em oposição a uma completa inibição seletiva de ambas as enzimas.
[006] Verificou-se que a expressão aumentada de COX-2 e, consequentemente, a síntese de seu produto PGE2, estão fortemente associados à indução de MMP-9, que é um protagonista fundamental no câncer, doença cardiovascular, e inflamação. Portanto, a inibição da enzima COX-2 pode resultar na regulação da expressão e atividade de MMP-9 que pode modular a invasão e migração de células cancerígenas, prevenir ou retardar o progresso da aterosclerose e estabilizar placas, regular a expressão da proteinase de macrófagos, prevenir periodontite crônica e gengivite e controlar a remodelação da doença hepática, dentre outras.
[007] O outro segmento do caminho do metabolismo do ácido araquidônico (‘AA') é através do caminho da 5-lipoxigenase ('5-LOX'), onde leucotrienos (LTB4, LTC4, LTD4 e LTE4) derivados de LTA4 são os metabólitos bioativos finais. LTC4 e seus produtos LTD4 e LTE4 atuam nas células musculares lisas dos brônquios e vasos sanguíneos, onde seus efeitos biológicos sugerem seu papel na reação alérgica e processos inflamatórios. Por exemplo, na asma eles causam broncoconstrição, vasoconstrição e permeabilidade vascular aumentada; assim, eles são conhecidos anteriormente como substâncias de reação lenta da anafilaxia. O outro componente deste caminho - LTB4 – é um fator quimiotático potente de neutrófilos. Embora o inibidor específico da enzima 5-LOX – Zileuton – proveja intervenção eficaz dos ataques de asma onde os efeitos anti-inflamatórios e antibroncoespásticos trabalham juntos, a modalidade terapêutica única para os moduladores de 5- LOX parece insuficiente.
[008] Preferivelmente, os produtos anti-inflamatórios abrangem a inibição de ambos caminhos metabólicos principais do metabolismo do ácido araquidônico ('AA'), possuindo uma ampla faixa de atividades anti-inflamatórias enquanto também tem um melhor perfil de segurança.
[009] Outro mediador da inflamação que atua como citocina e é secretado por células imunes são as proteínas da Caixa do Grupo de Alta Mobilidade 1 ('HMGB1'), também conhecidas como proteína do grupo de alta mobilidade 1 (‘HMG- 1’) e anfoterina. HMGB1 é uma proteína que em seres humanos é codificada pelo gene HMGB1. Como as histonas, HMGB1 está entre as proteínas de cromatina mais importantes. HMGB1 é uma proteína nuclerar e citosólica de 30 kDa e é um ativador imune autoderivado que tem funções múltiplas na regulação da imunidade e inflamação.
[010] A HMGB1 pode ser liberada ativamente por células imunes inatas tais como macrófagos, monócitos e células dendríticas no momento da inflamação ou lesão. Por exemplo, rnacrófagos e monócitos liberam ativamente HMGB1 de uma maneira dependente do tempo e da dose em resposta ao estímulo com endotoxina bacteriana exógena (por exemplo, lipopolissacarídeo, ou LPS), ou citocinas pró- inflamatórias endógenas tais como fator de necrose de tumor ('TNF-α'), interleucina- 1 beta ('IL-1β), e interferon gama ('IFN-γ).
[011] A HMGB1 também pode ser liberada passivamente por células necróticas ou danificadas e é capaz de induzir uma resposta inflamatória ao comunicar o dano às células imunes vizinhas, deixando as células imunes inatas tanto responderem ao dano quanto ainda induzirem a inflamação. As proteínas HMGB1 acionam a sinalização intracelular através do receptor para produtos finais de glicosilação avançada ('RAGE') e/ou receptores do tipo Toll (TLR-2/4), que por sua vez ativam vários caminhos de sinalização como caminhos de proteína cinase ativada por mitógeno ('MAPK') e subsequente fator nuclear capa-intensificador da cadeia leve de células B ativadas (‘NF-κB’) mediando inflamação, levando à expressão de várias moléculas de adesão de leucócitos, citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas.
[012] A HMGB1 desempenha papéis significativos na atividade inflamatória e está envolvida em uma ampla faixa de respostas imunes. A HMGB1 induz a maturação e migração de células dendríticas (‘DCs'), assim como a ativação destas células e monócitos para produzir citocinas pró-inflamatórias tais como TNF-α, IL-1β, IL-6 e proteína inflamatória de macrófagos 1 ('MIP-1’). A HMGB1 também serve como um fator quimiotático para monócitos, macrófagos, neutrófilos e DCs para manter a inflamação e provocar resposta imune inata.
[013] A HMGB1 é considerada um exemplo principal de um sinal de perigo que se origina do eu danificado em vez de invador patógenos. A HMGB1 medeia a ativação de receptores inatos resultando na amplificação de respostas inflamatórias através da liberação de citocinas, que, por sua vez, induzem a liberação de HMGB1 adicional, ainda promovendo a indução destes mediadores. Embora citocinas pró- inflamatórias tais como TNF-α, lL-1β e IFN-y sejam conhecidas por mediar as fases iniciais da inflamação, a HMGB1 é considerada o ditador de fase tardia em sepse e lesão do tecido.
[014] A HMGB1 de direcionamento pode ser uma abordagem pragmática para intervenções terapêuticas em doenças inflamatórias visto que ela foi identificada como um mediador crucial na patogênese de muitas doenças, incluindo sepse, artrite, câncer e diabetes. Por exemplo, verificou-se que o nível de HMGB1 é desviado em (1) fluido sinovial de pacientes com artrite reumatoide, (2) pacietes sépticos que não sobreviveram comparados àqueles que sobreviveram, (3) invasão e metástase de tumores sólidos e (4) diabetes e suas complicações.
[015] Como uma consequência, muitos agentes farmacológicos foram estudados quanto a seu potencial de inibir a liberação de HMGB1 ou a atividade de HMGB1 (vide a Figura 2). Estes incluem medicamentos fitoterápicos tradicionais tais como extratos aquosos de dong guai ou dang gui (“ginseng feminino" - Angelica sinensis), Chá verde (Camellia sisensis) e Sálvia ("sálvia vermelha" ou "Sálvia chinesa" - Saliva miltorrhiza), que se verificou inibir a liberação de HMGB1 induzida por endotoxina, assim como proteger os animais contra a sepse experimental.
[016] Consequentemente, a fitomedicina desempenha um papel importante no gerenciamento da maioria destas doenças, com as plantas sendo uma fonte potencial de antioxidantes naturais. Estudos mostraram que o consumo de compostos polifenólicos encontrados em chá, ervas, frutos, e vegetais está associado ao baixo risco destas doenças. Consequentemente, há um interesse de pesquisa crecente em plantas que exibem atividade anti-inflamatória e e fitoconstituintes promotores da saúde como agentes terapêuticos potenciais. As plantas medicinais podem prover uma alternativa ecológica, eficaz em custo e segura para antioxidantes químicos, que podem ser tóxicos mediante exposição prolongada.
[017] O cajueiro (Anacardium occidentale Linn) é originalmente da Amazônia e subsequentemente foi transplantado para Índia, África Oriental, e outros países para o cultivo. A árvore produz um pendúnculo ou fruto muito peculiar na forma de um pedúnculo inchado. Externamente no final deste pedúnculo, a castanha de caju cresce em sua própria casca dura em forma de rim de cor cinza. Esta casca tem uma pele externa de couro macia e uma pele interna dura fina denominada revestimento da semente ou testa, que circunda o núcleo. Entre estas duas peles está uma estrutura alveolar contendo o líquido da casca da castanha de caju. Este líquido compreende ácido anacárdico, cardanol e cardol, dentre outros ingredientes. O ácido anacárdico é um ácido salicílico, enquanto o cardanol e o cardol são fenóis substituídos.
[018] As várias partes do fruto foram estudadas por seus usos. Além de ser um alimento comestível, o suco do pedúnculo do caju é usado em bebidas, enquanto o extrato do fruto mostrou benefício no gerenciamento do peso. O líquido da casca da castanha de caju foi extraído para várias aplicações industriais e agrícolas, que incluem pastilhas de freio, tintas, resinas de laminação, resinas para a composição da borracha, sementes de caju, polímeros à base de poliuretano, tensoativos, resinas de epóxi, produtos químicos de fundição, intermediários químicos, inseticidas e fungicidas. Testa de caju foi usada em materiais de curtimento.
[019] Como observado acima, há uma necessidade de compostos naturais, não tóxicos, eficazes com atividade anti-inflamatória. A presente invenção provê uma tal solução.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[020] É provida aqui uma composição de extrato botânico compreendendo catequinas, em que o extrato foi padronizado até um teor de catequina de cerca de 15,0% em peso ou maior, com base no peso total do extrato. A composição do extrato botânico exibe atividade anti-inflamatória e compreende pelo menos um extrato do gênero Anacardium. Preferivelmente, o extrato botânico é pelo menos um extrato de Anacardium occidentale L. Mais preferivelmente, o extrato botânico é de pelo menos a testa do fruto de Anacardium occidentale L.
[021] Em uma modalidade, a presente invenção é direcionada a um extrato da testa do fruto de Anacardium ocddentale L compreendendo cerca de 15,0% em peso ou maior de catequinas, com base no peso total do extrato.
[022] Em uma modalidade adicional, a presente invenção provê uma composição compreendendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L, em que o extrato botânico exibe atividade anti-inflamatória. O extrato botânico pode estar presente na composição em uma quantidade de cerca de 4 μg/mL ou maior. Preferivelmente, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 4 μg/mL a cerca de 2000 μg/mL. Mais preferivelmente, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 15 µg/mL a cerca de 250 µg/mL.
[023] No que diz respeito à atividade anti-inflamatória do extrato botânico da composição, em um aspecto, as composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L inibem a atividade de COX-1. Preferivelmente, para tais composições inibindo a atividade de COX-1, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 15 μg/mL a cerca de 250 μg/mL.
[024] Em outro aspecto, as composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L inibem a atividade de COX-2, Preferivelmente, para tais composições inibindo a atividade de COX-2, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 30 μg/mL a cerca de 250 μg/mL.
[025] Ainda em outro aspecto, as composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L. inibem a atividade de 5-LOX. Preferivelmente, para tais composições inibindo a atividade de 5-LOX, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 32 μg/mL a cerca de 250 μg/mL.
[026] Em um aspecto adicional, as composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L. inibem a atividade de HMGB1. Em uma modalidade, para tais composições inibindo a atividade de HMGB1, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 50 μg/mL.
[027] Em outro aspecto, as composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L inibem a atividade de COX-1, atividade de COX- 2, atividade de 5-LOX e a atividade de HMGB1.
[028] As composições contendo o extrato botânico da testa de Anacardiurn occidentale L podem compreender ainda um veículo farmaceuticamente aceitável. Os exemplos não limitantes de tais composições incluem suplementos dietéticos e composições tópicas.
BREVE DESCRIÇÃO DAS VÁRIAS VISTAS DOS DESENHOS
[029] A Figura 1 é uma ilustração geral do caminho do metabolismo do ácido araquidônico.
[030] A Figura 2 é uma ilustração geral das respostas pró-inflamatórias mediadas por HMGB1 em vários locais.
[031] A Figura 3 é um cromatograma de HPLC do extrato de testa de caju a 275 nm de comprimento de onda durante um tempo de retenção de 0 minutos (início) a 20 minutos.
[032] A Figura 4 são cromatogramas de LC/MS e LC/PDA (comprimentos de onda de 280 e 350 nm) de extrato de testa de caju.
[033] A Figura 5 é um gráfico que ilustra a porcentagem de inibição de COX- 1 usando extrato de testa de caju em várias concentrações.
[034] A Figura 6 é um gráfico que ilustra a porcentagem de inibição de COX- 2 usando extrato de testa de caju em várias concentrações.
[035] A Figura 7 é um gráfico que ilustra a porcentagem de inibição de 5- LOX usando extrato de testa de caju em várias concentrações.
[036] A Figura 8 é um gráfico de barras que ilustra a detecção de HMGB1 (% de liberação) em sobrenadante de cultura celular de macrófagos à temperatura ambiente (21% de O2) (‘RA'), 95% de O2 ('O2') sem extrato de testa de caju, DMSO ('Veículo'), salicilato de sódio de controle positivo ('SS 2 μM’) e 95% de O2 com extrato de testa de caju ('CT').
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[037] A presente invenção é baseada na descoberta surpreendente de que a testa do caju (Anacardium occidentale Linn) é substancialmente alta em certos flavonoides. Particularmente, verificou-se que o extrato de testa de caju compreende catequina e epícatequina como componentes principais, assim como procianidinas. Os dados observados aqui demonstram que o extrato de testa de caju pode ter aplicações anti-inflamatórias.
[038] Para a presente aplicação, o termo "composição'' se refere a um produto que trata, melhora, promove, aumenta, gerencia, controla, mantém, otimiza, modifica, reduz, inibe ou previne uma condição particular associada a um estado natural, processo ou doença ou distúrbio biológico. Po exemplo, uma composição melhora a inibição da oxidação e/ou reduz a inflamação e os similares em um indivíduo. O termo composição inclui, mas não é limitada a composições farmacêuticas (isto é, fármaco), de venda livre (OTC), cosméticas, alimentares, de ingredientes alimentares ou suplemento dietético que incluem uma quantidade eficaz de um extrato, pelo menos um componente dos mesmos ou uma mistura dos mesmos. As composições exemplares incluem creme, loção cosmética, compressa ou pó ou como uma emulsão, loção, espuma de linimento, comprimidos, emplastros, grânulos ou unguento. As composições também podem incluir bebidas, por exemplo, bebidas infundidas de uma quantidade eficaz de um extrato ou um sache de chá contendo uma quantidade eficaz de um extrato. Os exemplos não limitantes de composições alimentares contendo uma quantidade eficaz de um extrato incluem assados, proteína em pó, produtos de carne, laticínios e confeitaria.
[039] Como usado aqui, o termo "extrato" ou "extrato botânico" se refere a uma substância ou preparação sólida, pegajosa ou líquida que inclui um ou mais ingredientes ativos de uma substância de pelo menos a planta gênero Anacardium (por exemplo, Anacardium humile, Anacardium othonianum, Anacardium giganteum, Anacardium nanum, Anacardium negrense, e/ou Anacardiurn occidentale), preferivelmente Anacardium occidentale L. Preferivelmente, o ingrediente ativo é derivado do extrato da testa do caju. O extrato é preparado usando um solvente tal como água, álcoois inferiores de 1 a 4 átomos de carbono (por exemplo, metanol, etanol, butanol, etc,), etileno, acetona, hexano, éter, clorofórmio, etilacetato, butilacetato, díclorometano, N,N-dimetilformamida ('DMF'), dimetilsulfóxido ('DMSO’), 1,3-butilenoglicol, propilenoglicol e combinações dos mesmos, mas também uma fração do extrato bruto em tal solvente. Desde que garanta a extração e conservação do ingrediente(s) ativo, qualquer método de extração pode ser empregado.
[040] Como usado aqui, o termo "quantidade eficaz' ou “quantidade terapeuticamente eficaz” de um composto puro, composição, extrato, mistura do extrato, componente do extrato e/ou agente ou ingrediente ativo ou uma combinação dos mesmos se refere a uma quantidade eficaz em dosagens e por períodos de tempo suficientes para alcançar um resultado desejado. Por exemplo, a "quantidade eficaz" ou “quantidade terapeuticamente eficaz”' se refere àquela quantidade de um composto puro e composição, extrato, extrato botânico, mistura do extrato, mistura do extrato botânico, componente do extrato, e/ou agente ou ingrediente ativo ou uma combinação dos mesmos desta invenção que, quando administrada a um indivíduo (por exemplo, mamífero, tal como um ser humano), é suficiente para efetuar o tratamento, tam como melhoria da inibição de oxidação e/ou redução da inflamação e os similares em um indivíduo. A quantidade de uma composição, extrato, extrato botânico, mistura do extrato, mistura do extrato botânico, componente do extrato, e/ou agente ou ingrediente ativo desta revelação que constitui uma "quantidade eficaz” ou "tratamento terapeuticamente eficaz" variará dependendo do agente ativo ou do composto, a condição sendo tratada e sua gravidade, a maneira de administração, a duração do tratamento ou a idade do indivíduo a ser tratado, mas pode ser determinado rotineiramente por açlguém versado na na técnica tendo em conta seu próprio conhecimento e estav revelação.
[041] O termo "farmaceuticamente aceitável" significa aqueles fármacos, medicamentos, extratos ou ingredientes inertes, que são adequados para o uso em contato com os tecidos de seres humanos e animais inferiores sem toxicidade indevida, incompatibilidade, instabilidade, irritação e os similares, proporcional a uma razão risco/benefício razoável.
[042] Os termos “administrar”, “administrado”, “administra” e “administrando” são definidos como provendo uma composição a um indivíduo por meio de uma via conhecida na técnica, incluindo mas não limitado a vias de administração intravenosa, intra-arterial, oral, parenteral, bucal, tópica, transdérmica, retal, intramuscular, subcutânea, intraóssea, transmucosal ou intraperitoneal. Em modalidades preferidas, as vias orais de administração de uma composição são adequadas.
[043] Como usado aqui, o termo "indivíduo" ou "individual" inclui mamíferos aos quais uma composição pode ser administrada. Exemplos não limitantes de mamíferos incluem seres humanos, primatas não humanos, caninos, felinos, eqüinos, bovinos, roedores (incluindo camundongos trangênicos e não transgênicos) ou os similares. Em açgumas modalidades, o indivíduo é um mamífero não humano e, em algumas modalidades, o indivíduo é ser humano.
[044] Como usado aqui, o termo "veículo" refere-se a uma composição que auxiliar na manutenção de um ou mais extratos de plantas em em um estado solúvel e homogêneo em uma forma adequada de administração, que é não tóxica e que não interage com outros componentes de uma maneira prejudicial.
[045] A menos que indicado o contrário, todas as proporções e porcentagensx recitados ao longo dets revelação são em peso.
[046] A presente invenção provê um extrato botânico que exibe atividade anti-inflamatória. Mais particularmente, a presente invenção é direcionada a um extrato botânico da testa de caju do gênero Anacardium. Verificou-se que tais extratos botânicos exibem atividade anti-inflamatória.
[047] Como determinado anteriormente, extratos botânicos anti-inflamatórios úteis de acordo com a presente invenção incluem extratos botânicos do gênero Anacardium. Mais particularmente, o extrato é um extrato botânico escolhido de uma ou mais espécies Anacardium humile, Anacardium othonianum, Anacardium giganteum, Anacardium nanurn, Anacardium negrense e/ou Anacardium occidentale. Preferivelmente, o extrato botânico é da espécie Anacardium occidentale L. Em uma modalidade, o extrato botânico é da testa da espécie Anacardium occidentale L.
[048] As composições anti-inflamatórias de acordo com a presente invenção podem incluir um ou mais compostos que podem funcionar como ingredientes ativos. O composto pode ser um componente do extrato botânico. Por exemplo, o composto pode ser um fitoterápico presente na planta da qual o extrato de planta é obtido. O composto pode ser pelo menos parcialmente responsável por exibir atividade anti- inflamatória, O composto pode ser qualquer composto capaz de inibir inflamação. Em uma modalidade, o composto é escolhido dos fitoterápicos catequinas, epicatequinas e/ou procianinidas (por exemplo, A, B, trímero, tetrâmero).
[049] Geralmente, uma ou mais partes de uma planta podem ser usadas para produzir um extrato de planta incluindo, mas não limitado à raiz, ao caule, à folha, à flor, ao fruto, à semente e à testa da semente. Na presente invenção, pelo menos a testa da semente é usada – sozinha ou com outras partes da planta – para produzir o extrato da planta. A testa da planta Anacardium pode ser comercialmente obtida de várias fontes. O extrato da testa de caju pode ser obtido usando qualquer técnica de extração adequada.
[050] A esse respeito, uma ou mais partes da planta, particularmente a testa da planta, podem ser coletadas e moídas. Dessa forma, o material moído pode ser extraído uusando um solvente adequado. O solvente pode ser removido em uma etapa de concentração. Por exemplo, o material extraído pode ser triado ou filtrado para criar um sobrenadante e uma torta. A torta pode ser prensada para remover uma porção substancial do líquido, que pode ser adicionado ao sobrenadante. A torta pode ser então desidratada e usada como uma fonte de fibra. O sobrenadante pode ser destilado para remover o solvente ou uma porção do mesmo, para formar um concentrado líquido do extrato de planta. O solvente removido pode ser reciclado. O concentrado pode ser seco (por exemplo, por secagem por atomização) para prover um extrato de planta seco. Este extrato de planta seco pode ser testado e/ou padronizado como descrito aqui. Preferivelmente, o extrato de planta seco é derivado de Anacardium occidentale, particularmente a testa da planta Anacardium occidentale L.
[051] Os solventes adequados para o processo de extração incluem água, álcool ou misturas dos mesmos. Os solventes alcoólicos exemplares incluem, mas não são limitados a álcoois C1-C7 (por exemplo, metanol, etanol, propanol, isopropanol e butanol), hidroálcoois ou misturas de álcool e água (por exemplo, hidroetanol), álcoois polihídricos (por exemplo, propilenoglicol e butilenoglicol), e álcoois graxos. Quaisquer destes solventes alcoólicos podem ser usados na forma de uma mistura. Em uma modalidade, o extrato de planta é extraído usando etanol, água ou uma cornbinação dos mesmos (por exemplo, uma mistura de cerca de 70% de etanol e cerca de 30% de água). Em outra modalidade, o extrato de planta é extraído usando somente água.
[052] Em uma modalidade, o extrato de planta pode ser obtido usando uma técnica de extração de solvente orgânico. Em outra modalidade, o fracionamento seqüencial do solvente pode ser usado para obter o extrato de planta. As técnicas de extração hidroetanólicas totais também podem ser usadas para obter o extrato da planta. Geralmente, esta é referida como uma extração or soma total.
[053] A extração de etanol total também pode ser usada. Esta técnica usa etanol como o solvente. Esta técnica de extração pode gerar um extrato de planta tendo compostos solúveis e/ou lipofílicos graxos em adição aos compostos solúveis em água.
[054] Outro exemplo de uma técnica de extração que pode ser usada para obter o extrato de planta é extração de dióxido de carbono por fluido supercrítico (‘SFE'). Neste procedimento de extração, o material a ser extraído não pode ser exposto a quaisquer solventes orgânicos. Em vez disso, o dióxido de carbono pode ser usado como o solvente de extração – com ou sem um modificador – em condições supercríticas (> 31,3ºC e >73,8 bar). Aqueles versados na técnica apreciarão o fato de que as condições de temperatura e pressão podem ser variadas para obter o melhor rendimento do extrato. Esta técnica pode gerar um extrato de compostos solúveis e/ou lipofílicos graxos similar a uma técnica de extração de hexano e etil acetato total.
[055] O extrato de planta gerado no processo inclui uma ampla variedade de fitoterápicos presentes no material extraído. Os fitoterápicos podem ser solúveis em gordura ou solúveis em água. Após a coleta da solução de extrato, o solvente pode ser evaporado, resultando no extrato. O extrato de planta pode ser padronizado até uma quantidade específica de um composto particular. Por exemplo, o extrato de planta pode ser padronizado até uma quantidade específica de um ingrediente ativo ou fitoterápico. Em uma modalidade, o extrato de planta é padronizado até um teor de catequina de cerca de 15,0% em peso ou maior, com base no peso total do extrato. ;
[056] A quantidade de extrato de planta presente na composição inibidora da inflamação pode depender de vários fatores, incluindo o nível desejado de inibição da inflamação, o nível de inibição da inflamação de um extrato de planta particular ou componente do mesmo e outros fatores. Preferivelmente, o extrato de planta está presentre em uma quantidade de cerca de 0,005% em peso ou maior, por exemplo, de cerca de 0,005% em peso a cerca de 50,00% em peso, com base no peso total da composição.
[057] A composição anti-inflamatória pode incluir um ou mais veículos aceitáveis. O veículo pode auxiliar a permitir a incorporação do extrato de planta em uma composição anti-inflamatória tendo uma forma adequada para a administração a um indivíduo. Um amplo número de veículos aceitáveis é conhecido na técnica, e o veículo pode ser qualquer veículo adequado. O veículo é preferivelmente adequado para a administração a animais, incluindo seres humanos, e pode ser capaz de agir como um veículo sem afetar substancialmente a atividade desejada do extrato de planta e/ou qualquer ingrediente ativo. O veículo pode ser escolhido com base na via de administração desejada e forma de dosagem da composição.
[058] As formas de dosagem adequadas incluem formas líquida e sólida. Em uma modalidade, a composição está na forma de um gel, um xarope, uma pasta fluida ou uma suspensão. Em outra modalidade, a composição está em uma forma de dosagem líquida tal como uma drink shot ou um concentrado líquido. Em uma modalidade adicional, a composição está presente em uma forma de dosagem sólida, tal como um comprimido, uma pílula, uma cápsula, uma drágea ou um pó. Quando na forma de dosagem líquida ou sólida, a composição pode estar em uma forma de distribuição alimentar adequada para a incorporação no alimento para a distribuição. Exemplos de veículos adequados para o uso nas formas sólidas (particularmente formas de comprimido e cápsula) incluem, mas não são limitados a, materiais de veículo inerte orgânico e inorgânico tais como gelatina, amido, estearato de magnésio, talco, gomas, dióxido de silício, ácido esteárico, celulose e os similares. O veículo pode ser substancialmente inerte.
[059] Como um exemplo, a celulose microcristalina silicificada pode ser usada como um veículo ou aglutinante. A celulose microcristalina silicificada é uma mistura física de celulose microcristalina e dióxido de silício coloidal. Uma tal forma adequada de celulose microcristalina silicificada é ProSolv SMCC® 90, disponível de Penwest Pharmaceutical Co., Patterson, N.J. O dióxido de silício, em adição àquele provido pela celulose microcristalina silicificada, pode ser adicionado à composição como um auxiliar de processamento. Por exemplo, o dióxido de silício pode ser incluído como um agente de deslizamento para melhorar o fluxo de pó durante a compressão na fabricação de unidades de dosagem sólida, tais como comprimido.
[060] Em outra modalidade, o veículo é pelo menos um veículo funcional tal como trigo sarraceno ou espelta. Pela adição de veículos funcionais na composição, benefícios adicionais podem ser providos tais como índice glicêmico inferior comparado aos veículos padrão tais como aqueles mencionados acima. Adicionalmente, os veículos funcionais podem ser livres de alérgeno (por exemplo, trigo sarraceno), e pela adição deles no processo de produção, os extratos botânicos da invenção se beneficiar dos flavonóides destes veículos funcionais, tais como rutina e quercetina. Além disso, o teor de fibra alto destes veículos funcionais também pode facilitar e regular o trânsito intestinal. Finalmente, o benefício mineral adicionado de selênio encontrado na espelta pode auxiliar no metabolismo.
[061] A composição anti-inflamatória pode incluir outros ingredientes inertes, tais como lubrificantes e/ou agentes de deslizamento. Os lubrificantes auxiliam no manuseio de comprimidos durante a fabricação, tal como durante a ejeção de corantes. Os agentes de deslizamento melhoram o fluxo de pó durante a compressão do comprimido. O ácido esteárico é um exemplo de um lubrificante/agente de deslizamento.
[062] A composição anti-inflamatória pode ser feita na forma de dosagem sólida, tal como comprimidos e cápsulas. Esta forma provê um produto que pode ser facilmente transportado por um inidivíduo para um lugar de comer, tal como um restaurante, e tomado antes de, durante ou após o consumo de um alimento. A composição pode ser formulada em unidades de dosagem contendo quantidades adequadas do extrato de planta e/ou ingrediente ativo que permitem que um inidivíduo determine um número apropriado de unidades a tomar com base em parâmetros apropriados, tais como peso corporal, tamanho do alimento ou teor de carboidrato (por exemplo, açúcar).
[063] Em uma modalidade, o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade terapeuticamente eficaz, tal como uma quantidade de cerca de 4,0 µg/rnL ou maior, preferivelmente de cerca de 4,0 μg/mL a cerca de 2000,0 µg/mL, mais preferivelmente de cerca de 20,0 µg/mL a cerca de 1000,0 μg/mL, ainda mais preferivelmente de cerca de 25,0 μg/mL a cerca de 750 μg/mL. A composição pode ser administrada, por exemplo, em uma dosagem de cerca de 4,0 µg/rnL a cerca de 2000,0 µg/mL por dia do extrato de planta. A composição pode ser administrada como uma dose única ou em múltiplas doses. Em um exemplo, o composto é administrado em até três doses por dia. Por exemplo, o composto pode ser administrado antes de uma refeição, durante uma refeição ou após uma refeição. Em uma modalidade, a composição é um suplemento dietético tendo propriedades anti-inflamatórias contendo extrato de testa de caju em uma quantidade terapeuticamente eficaz.
[064] A dosagem pode ser escolhida para prover um nível de efeito inibitório em uma unidade única que pode ser eficaz para alguns indivíduos e/ou alguns alimentos, enquanto também permite que dosagem relativamente simples aumente para prover outros níveis de efeitos inibitórios que podem ser eficazes para outros indivíduos e/ou outros alimentos.
[065] A composição inibidora pode estar em uma forma adaptada para ingestão oral. Esta forma pode ser configurada como uma forma de dosagem única para prover uma dose específica do extrato de planta. Por exemplo, a forma de dosagem única pode ser um pó, uma pílula, um comprimido, uma cápsula ou um drink shot. A forma de dosagem única pode incluir, por exemplo, de cerca de 4,0 µg/mL a cerca de 2000,0 μg/mL do extrato de planta.
EXEMPLOS EXEMPLOS – PERFILAMENTO DE MATERIAIS E PRODUTOS QUÍMICOS EXEMPLO 1 – PREPARAÇÃO DE 70% DE EXTRATOS DE ETANOL DE
TESTA DE CAJU
[066] O pó de testa de caju seco (Anacardium occidentale L) (60 g) foi carregado em três tubos de aço inoxidável de 100 ml e extraído duas vezes usando um solvente de 70% de etanol e, água DI com um Extrator de Solvente Acelerado Thermo ScientificTM DionexTM ASE 350 em uma temperatura de 80ºC e pressão de
1500 psi. A solução do extrato foi filtrada e coletada. A solução do extrato de etanol combinada foi evaporada com um evaporador rotativo sob vácuo para dar um extrato de testa de caju bruto.
[067] Os resultados da extração são providos na Tabela 1 a seguir. TABELA 1 - EXTRAÇÃO DE TESTA DE CAJU Rendimento da Parte da planta Pó da planta (g) Peso do extrato (g) extração (% em peso) Testa 60 23,78 39,63% EXEMPLO 2 - QUANTIFICAÇÃO DE CATEQUINA DE EXTRATO DE
TESTA DE CAJU
[068] As catequinas livres presentes no extrato de testa de caju foram determinadas usando uma coluna de fase reversa C18 (Luna® 5 μm C18(2) 100 Å LC Coluna 250 x 4,6 mm, disponível de Phenomenex®, Torrance, Califórnia, US) juntamente com um cromatograma líquido de alto desempenho Hitachi com detector da matriz de fotodiodo (‘HPLC/PDA'). Para a fase móvel A, o solvente foi 0,10% de ácido fosfórico (‘H3PO4’) em água, e para a fase móvel B, o solvente B foi acetonitrila ('ACN’), que foi usada para a eluição em um fluxo com taxa de 1,0 ml/min com absorbância UV a 275 nm e uma temperatura da coluna de 35ºC. Os padrões de referência da catequina usados foram Sigma-Aldrich Co. Os padrões de referência foram dissolvidos em metanol (‘MeOH'):0,1% de H3PO4 (razão 1:1) com catequina (C1251) em uma concentração de 0,5 mg/ml e epicatequina (E1753) a 0,1 mg/ml. As amostras de teste foram preparadas a 2 mg/ml em 50% de MeOH em 0,1% de H3PO4 em um frasco volumétrico e sonicadas até serem dissolvidas (aproximadamente 10 minutos), e a seguir resfriadas até a temperatura ambiente, bem misturadas e filtradas através de um filtro de seringa de náilon de 0,45 µm. A análise de HPLC foi realizada pela injeção de uma amostra de 20 µl na HPLC. A Tabela 2 abaixo provê a tabela de gradientes do método analítico de HPLC. TABELA 2 – TABELA DE GRADIENTES DO MÉTODO ANALÍTICO DE
HPLC Tempo (min) Fase móvel A Fase móvel B 0,0 85,0 15,0 7,0 85,0 15,0 12,0 10,0 90,0 16,5 10,0 90,0 16,6 85,0 15,0 24,0 85,0 15,0
[069] Os resultados da quantificação da catequina de HPLC no extrato de testa de caju proveram um teor de catequina de 9,40% e um teor de epicatequina de 6,12%, para um teor de catequina total de 15,52% em peso, com base no peso total do extrato. Consequentemente, o extrato de testa de caju pode ser padronizado até um teor total de catequina de cerca de 15,00% ou maior em peso com base no peso total do extrato. O cromatograma de HPLC para extrato de testa de caju em comprimento de onda de 275 nm é provido na Figura 3. EXEMPLO 3 – PERFILAMENTO QUÍMICO DE EXTRATO DE TESTA DE
CAJU
[070] Os compostos de flavonoides presentes no extrato de testa de caju foram determinados usando cromatografia líquida de ultra-alta pressão ('HPLC’) e espectrometria de massa (ACQUITY® UPLC 1-Class e XEVO® GS-XT-QT do sistema, ambos disponíveis de Water Corporation, Milford, Massachusetts USA). A coluna usada foi uma ACQUITY® UPLC HSS T3 2.1x100 nm, 1,8 μm, com uma temperatura da coluna de 40ºC e uma temperatura da amostra de 15ºC. Para a fase móvel, o Solvente A foi 10% de acetonitrila ('ACN’) em água (0,1% de ácido fórmico)
e o Solvente B foi ACN. A faixa de aquisição foi de 100-1500 Daltons (‘Da'), e o modo de aquisição dói ionização por eletrospray ('ESI') (-). A Tabela 3 abaixo provê as condições de HPLC. TABELA 3 – CONDIÇÕES DE HPLC PARA A ANÁLISE DO EXTRATO DE
TESTA DE CAJU Tempo de funcionamento Volume de injeção (μL) Concentração (min) 20,00 2,00 1 mg/mL
[071] A identificação de pico foi baseada na massa precisa apenas. Digaloil catequina, catequina e epicatequina foram identificadas como os principais componentes para o extrato de testa de caju. As procianidinas também foram detectadas no extrato, incluindo procianidinas do tipo A e B, tetrâmero de procianidina e trímero de procianidina, com procianidinas do tipo B sendo o componente principal das procianidinas. Os compostos identificados, em adição àqueles recém-mencionados, incluiam digaloil catequina, vaccihein A, 6"-p- cumaroilprunina e dunalianosídeo B, dentre outros. Os cromatogramas de LC/MS e LC/PDA de extrato de testa de caju obtidos da análise são ilustrados na Figura 4. EXEMPLOS - BIOENSAIO
[072] Os extratos de testa de caju foram preparados com etanol de grau alimentar e a seguir filtrados e secos como descrito acima. Os reagentes de grau de pesquisa foram usados pelo resto das preparações do ensaio. Os extratos foram dissolvidos em dimetil sulfóxido ('DMSO’) até uma concentração final de 50 mg/mL, e a seguir diluídos em tampão apropriado para cada bioensaio até concentrações operacionais. EXEMPLO 4 – INIBIÇÃO DE COX-1 E COX-2
[073] O extrato de testa de caju foi testado quanto à inibição de COX-1 usando o Kit de Triagem Inibidor de ciclo-oxigenase-1 ('COX-1') (catálogo # K548)
de BioVision (Milpitas, Califórnia, US). Este kit de triagem mede a produção da prostaglandina G2 de peróxido orgânico, um produto gerado pela enzima COX, ao longo do tempo. Os extratos foram dissolvidos até concentrações operacionais em DMSO comTampão de Ensaio COX até uma concentração final de 5% de DMSO. O inibidor SC-560 COX-1 foi usado como um controle positivo. A enzima COX-1 foi reconstituída em água estéril e armazenada a -80ºC. O cofator de COX e as soluções de ácido araquidônico foram diluídos pouco antes do uso. A sonda de COX, o cofator de COX e a solução da enzima COX-1 foram adicionados às amostras e controles de teste antes que a solução de ácido araquidônico fosse rapidamente adicionada para iniciar a reação. A fluorescência foi medida acada minuto por 10 minutos nos seguintes comprimentos de onda: excitação -535 nm, emissão 590 nm. A inclinação da porção linear da curva (Figura 5) foi deduzida e a inibição percentual do controle não inibido foi calculada. Fazendo referência à figura 5, vários graus de inibição de COX-1 foram observados, dependendo da concentração do extrato de testa de caju. A inibição de COX-1 do extrato de testa de caju foi observada como sendo de cerca de 4 µg/mL a pelo menos cerca de 2000 μg/mL, mais particularmente de cerca de 15 μg/mL a cerca de 250 µg/mL com uma IC50 de 32 μg/mL.
[074] O extrato de testa de caju foi testado quanto à inibição de COX-2 usando o Kit de Triagem Inibidor de ciclo-oxigenase-2 (‘COX-2’) (catálogo # K547) de BíoVision (Milpitas, Califórnia, US). Este kit de triagem mede a produção da prostaglandina G2 de peróxido orgânico, um produto gerado pela enzima COX ao longo do tempo. Os extratos foram dissolvidos até concentrações operacionais em DMSO com Tampão de Ensaio de COX até uma concentração final de 10% de DMSO. O fármaco anti-inflamatório não esteroidal Celecoxib (‘NSAID') foi usado como um controle positivo. A enzima COX-2 foi reconstituída em água estéril e armazenada a -80ºC. O cofator de COX e as soluções de ácido araquidônico foram diluídos pouco antes do uso. A sonda de COX, o cofator de COX e a solução de enzima COX-1 foram adicionados às amostras e controles de teste antes que a solução de ácido araquidônico fosse rapidamente adicionada para iniciar a reação. A fluorescência foi medida a cada minuto por 10 minutos nos seguintes comprimentos de onda: excitação -535 nm, emissão 590 nm. A inclinação da porção linear da curva (Figura 6) foi deduzida e a inibição percentual do controle não inibido foi calculada. Com referência à Figura 6, vários graus de inibição de COX-2 foram observados, dependendo da concentração do extrato de testa de caju. A inibição de COX-2 do extrato de testa de caju foi observada como sendo de cerca de 4 μg/mL a pelo menos cerca de 2000 μg/mL, mais particularmente de cerca de 30 μg/mL a cerca de 250 μg/mL, com uma IC50 de 86 µg/mL. Consequentemente, com base nos resultados apresentados aqui, o extrato de testa de caju pode ter atividades razoáveis na melhoria da atividade ou liberação de COX-1 e COX-2, sugerindo seu uso em doenças inflamatórias mediadas por COX-1 e COX-2. EXEMPLO 5 – INIBIÇÃO DE 5-LOX
[075] O extrato de testa de caju foi testado quanto à inibição de 5-LOX usando o Kit de Ensaio de Triagem Inibidor de Lipoxigenase (disponível de Cayman Chemical, Ann Arbor, Michigan, US) e enzima 5-Lipoxigenase da batata (disponível de Cayman Chemical). Este kit mede os hidroperóxidos produzidos na reação de lipoxigenação.
[076] Os extratos foram dissolvidos em metanol até concentrações operacionais finais. A enzima 5-LOX, Chromagen e as soluções de ácido linoleico foram preparadas imediatamente antes do uso. O ácido nordi-hidroguaiarético ('NDGA') foi usado como um controle positivo. A enzima 5-LOX foi adicionada às amostras e controles de teste e incubada por cinco minutos à temperatura ambiente para permitir a interação da enzima/inibidor. O substrato de ácido linoleico foi adicionado à placa para iniciar a reação, e a placa foi então agitada à temperatura ambiente por 10 miinutos. Chromagen foi adicionado para visualizar os hidroperóxidos formados durante a reação e a placa foi agitada à temperatura ambiente por outros cinco minutos. A absorbância foi a seguir lida a 492 nm. A inibição percentual da concentração do extrato foi calculada em comparação com as cavidades de controle não inibidas.
[077] O extrato de testa de caju foi testado quanto a sua atividade inibidora·de 5-LOX em 10 concentrações diferentes (0,7, 1,5, 3,0, 6,0, 11,9, 15,6, 31,2, 62,5, 125,0 e 250,0 μg/mL). O NDGA foi usado como um controle positivo a 100 μM com uma inibição da enzima 5-LOX de 100%). Com referência à Figura 7, a inibição de 5-LOX do extrato de testa de caju foi observada como sendo de cerca de 32 µg/mL a pelo menos cerca de 250 μg/mL, mais particularmente de cerca de 32 μg/mL a cerca de 125 µg/mL, com uma IC50 de 55 µg/rnL observada para o extrato de testa de caju. Consequentemente, com base nos resultados apresentados aqui, o extrato de testa de caju pode ter atividades razoáveis na melhoria da atividade ou liberação de 5-LOX, sugerindo seu uso nas doenças inflamatórias mediadas por 5- LOX. EXEMPLO 6 – INIBIÇÃO DE HMGB1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL DE HMGB1
[078] Cultura celular. As células do tipo macrófago de murino (disponíveis como RAW 264,7 (ATCC® TIB-71TM) de Coleção Americana de Cultura “Tipo” (ATCC), Manassas. Virgínia, US) foram cultivadas em Meio Eagle Modificado de Dulbecco ('DMEM') ((DMEM) (ATCC® 30-2002TM), da Coleção Americana de Cultura “Tipo” (ATCC), Manassas, Virgínia, US) suplementado com 10% de soro bovino fetal (de Atlanta Biologicals, Lawrenceville, Georgia, US). As células foram mantidas sob condições não tóxicas (5% de CO2/21% de O2), deixadas crescer até confluência de 70-80%, e subcultivadas a cada dois (2) dias.
[079] Extrato/Preparação do Fármaco. O extrato de testa de caju foi armazenado na forma em pó a -20ºC. Antes de tratar as células com extrato, um volume de solução estoque do extrato foi ajustado até uma concentração final de 50 mg/mL em dimetil sulfóxido (‘DMSO') (de AMRESCO, Inc., Solon, Ohio, US) e armazenado a -20ºC. O extrato foi diluído até uma concentração final de 0,25 mg/mL em meio Opti-MEMTM I livre de soro (de Gíbco-BRL, Gaithersburg, Maryland, US) e filtrado e esterilizado por filtro de seringa PES a 0,2 µm (de VWR, Radnor, Pennsylvania, US). O salicilato de sódio (de AMRESCO, lnc., Solon, Ohio, US) foi preparado a 2-20 μM como um controle positivo, que pode atenuar a liberação de HMGB1 induzida por hiperóxia de macrófagos.
[080] Exposição à Hiperóxia. A exposição de células RAW 264.7 de macrófagos murinos à hiperóxia foi alcançada em câmaras Plexiglas umificadas, vedadas (de Billups-Rothenberg, Del Mar, Califórnia, US) lavadas com 95% de O2/5% de CO2 a 37°C por 24 horas.
[081] ELISA de HMGB1. Para determinar os níveis de HMGB1 extracelular, células RAW 264.7 foram cultivadas em meio Opti-MEMTM I livre de soro (de Gíbco- BRL, Gaithersburg, Maryland, US) em placas de 6 cavidades e foram mantidas em 21% de O2 (ar ambiente) ou expostas a 95% de O2 com ou sem o extrato de testa de caju por 24 horas. Após a exposição hiperóxica, os níveis de HMGB1 nos meios de cultura foram medidos por ELISA (ensaio imunossorvente ligado à enzima). Os meios de cultura celular foram coletados e peletizados a 500 g por 5 minutos a 4ºC. Volumes iguais de sobrenadante de cultura celular foram a seguir aproximadamente 6-x's concentrado usando unidades centrífugas Amicon Ultra-4 (de EMD Millipore, Burlington, Massachusetts, US). Pouco após a concentração, volumes iguais de concentrado de sobrenadante de cultura celular foram carregados sobre uma placa de 96 cavidades para a determinação de HMGB1 por ELISA de acordo com as instruções do fabricante (de Chondrex, Inc., Redmond, Washington, US). As absorbâncias de placa foram determinadas pela leitura do valor de densidade óptica ('OD’) a 450 nm (com 630 nm usado como uma referência) em um leitor de microplacas Thermo Multiscan Ex (de Thermo Scientific, Waltham, Massachusetts, US). Os níveis de HMGB1 foram determinados em sobrenadante de cultura celular de amostra por comparação com uma curva padrão e ainda corrigidos pela aplicação de fatores de concentração.
[082] Análise Estatística. Os dados foram apresentados como uma média ± erro padrão da média (SEM) de um dos três experimentos independentes. Os dados foram analisados pelo uso de uma análise de variância com um fator (ANOVA) usando a análise post-hoc da diferença mínima significativa de Fisher ('LSD') software GraphPad Prism versão 6 (de GraftPad Software, La Jolla, Califórnia, US). Um valor P de <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS EXPERIMENTAIS DE HMGB1
[083] com referência à Figura 8, parece) que a hiperóxia (‘O2’) resultou em um aumento significativo no nível de HMGB1 comparado às células tratadas com 21% de O2 ('RA'). Estes níveis elevados de HMGB1 foram reduzidos próximo aos níveis normais (células expostas ao ar ambiente (RA) com nenhum tratamento) como um resultado do tratamento com extrato de testa de caju ('CT’). Reduções similares foram observadas para o salicilato de sódio de controle positivo (‘SS’). As reduções para ambos os grupos de tratamento (SS e CT) foram estatisticamente significativas. Consequentemente, com base nos resultados apresentados aqui, o extrato de testa de caju pode ter atividades razoáveis nna melhoria da atividade ou liberação de HMGB1, sugerindo seu uso em doenças inflamatórias mediadas por HMGB1.
[084] Os dados acima ilustram que o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L. tem um ou mais compostos que exibem atividade anti- inflamatória. Mais particularmente, o extrato de testa de caju pode ter atividades razoáveis na melhoria da atividade ou liberação de COX-1, COX-2, 5-LOX e/ou HMGB1.
[085] A descrição acima revela vários métodos e materiais da presente invenção. Esta invenção é suscetível a modificações nos métodos e materiais, assim como alterações nos métodos de fabricação e equipamento. Tais modificações tornar-se-ão aparentes àqueles versados na técnica a partir de uma consideração desta revelação ou prática da invenção revelada aqui. Ainda, a menos que definido o contrário, todos os termos técnicos e científicos usados aqui têm o mesmo significado que comumente compreendido por alguém versado na técnica a qual esta invenção pertence. Consequentemente, não se espera que esta invenção seja limitada às modalidades específicas reveladas aqui, mas que ela cubra todas as modificações e alternativas que estejam dentro do escopo verdadeiro e espírito da invenção como incorporado nas reivindicações em anexo.

Claims (20)

REIVINDICAÇÕES
1. Composição, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L, em que o extrato botânico exibe atividade anti-inflamatória.
2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente em uma quantidade de cerca de 4,0 μg/mL ou maior.
3. Composição, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente em uma quantidade de cerca de 4,0 μg/mL a cerca de 2000,0 µg/mL.
4. Composição, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente em uma quantidade de cerca de 15,0 μg/mL a cerca de 250,0 μg/mL.
5. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição inibe a atividade de COX-1.
6. Composição, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 15,0 µg/mL a cerca de 250,0 µg/mL.
7. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição inibe a atividade de COX-2.
8. Composição, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 30,0 μg/mL a cerca de 250,0 µg/mL.
9. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição inibe a atividade de 5-LOX.
10. Composição, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADA pelo fato de que o extrato botânico está presente na composição em uma quantidade de cerca de 32,0 μg/mL a cerca de 250,0 μg/mL.
11. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição inibe a atividade de HMGB1.
12. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição inibe a atividade de COX-1, atividade de COX-2, e atividade de 5-LOX.
13. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende ainda um veículo farmaceuticamente aceitável.
14. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição é um suplemento dietético.
15. Composição, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição é uma composição tópica.
16. Extrato botânico, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende catequinas, em que o extrato foi padronizado até um teor de catequina de cerca de 15,0% p/p ou maior, com base no peso total do extato, em que o extrato botânico exibe atividade anti-inflamatória, e em que o extrato botânico é pelo menos um extrato do gênero Anacardium.
17. Extrato botânico, de acordo com a reivindicação 16, CARACTERIZADO pelo fato de que o extrato do gênero Anacardium é pelo menos um extrato de Anacardium occidentale L.
18. Extrato botânico, de acordo com a reivindicação 17, CARACTERIZADO pelo fato de que o extrato de Anacardium occidentale L. é de pelo menos a testa do fruto de Anacardiurn occidentale L.
19. Suplemento dietético tendo propriedades anti-inflamatórias, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende um extrato de testa de caju em uma quantidade terapeuticamente eficaz.
20. Método de inibição da inflamação em um indivíduo, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende a administração de uma composição compreendendo o extrato botânico da testa de Anacardium occidentale L. em uma concentração de cerca de 4,0 μg/mL a cerca de 2000,0 µg/mL.
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