BR112020024703B1 - Método de construção de pneu e sistema de construção de pneu, em particular, para enrolamento de tira - Google Patents

Abstract

MÉTODO DE CONSTRUÇÃO DE PNEU E SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE PNEU, EM PARTICULAR, PARA ENROLAMENTO DE TIRA. A presente invenção se refere a um método de construção de pneu, em particular, para o enrolamento de tira, que compreende a etapa de: - prover uma escolha entre um modo de produção para a construção de um componente de pneu e um modo de teste para obter as medições do teste, em que a escolha é provida antes da execução do modo de teste; em que pelo menos um ou mais parâmetros de construção é definido antes da construção do componente de pneu com base em medições do teste realizado em uma tira de teste durante o modo de teste. A invenção se refere adicionalmente a um sistema de construção de pneu e a uma ferramenta de medição.

Description

ANTECEDENTES DA TÉCNICA

[001] A invenção se refere a um método de construção de pneu e a um sistema de construção de pneu, em particular, para o enrolamento de tira.

[002] JP 2004-299184 A revela que, convencionalmente, a medição de perfil do perfil, isto é, a forma externa, do pneu moldado era realizada depois da conclusão da moldagem do pneu. Entretanto, julgar a qualidade da moldagem toma tempo, e, em decorrência disto, o processo de moldagem é prolongado. Também, na convencional medição de perfil, era impossível saber a qualidade da moldagem durante o enrolamento. Em decorrência disto, o material e o tempo de trabalho são desperdiçados no caso em que for determinado, depois da conclusão da formação do pneu, que um problema de qualidade ocorreu.

[003] Para abordar os supramencionados problemas, JP 2004-299184 A revela um instrumento de medição de perfil com um sensor de deslocamento que é arranjado na vizinhança do bico de extrusão para medir imediatamente o perfil acumulado, à medida que a tira está sendo enrolada e o perfil está sendo construído pela laminação de camada sobre camada. Pela medição simultânea medição da posição de rotação do tambor e da posição de travessia do bico, uma unidade de cálculo pode calcular precisamente o perfil de acúmulo em tempo real desde o início da moldagem até a conclusão da moldagem. Portanto, quaisquer problemas de qualidade podem ser detectados durante a moldagem, em vez de depois da conclusão da moldagem.

[004] WO 2017/198465 A1 revela um sistema de manufatura de pneu para controlar um perfil de produto que tem uma ou mais camadas elastoméricas que são produzidas pela extrusão continuamente de uma tira. A tira é depositada em espiral ao redor de uma superfície de formação, de maneira tal que as bordas de tira adjacentes não se sobreponham. A circunferência de cada camada é medida durante a deposição desta camada e comparada com um valor limite previsto. O processo pode incluir terminar o ciclo de deposição em antecipação da subsequente deposição de uma outra camada mediante uma indicação de não equivalência durante a comparação do valor detectado com um valor circunferencial alvo. O parâmetro do processo é, então, ajustado e repetido durante sucessivos ciclos de deposição para garantir que a circunferência de qualquer perfil de produto realize o valor previsto.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[005] Uma desvantagem dos instrumentos de medição conhecidos de acordo com JP 2004-299184 A e WO 2017/198465 A1 é que os mesmos meramente proveem controle de qualidade em tempo real no perfil acumulado que está sendo formado durante a produção. Se um problema de qualidade ocorrer no ou próximo do fim da moldagem do pneu, o material e o tempo de trabalho são novamente desperdiçados e a solução é não melhor do que a medição de perfil convencional. Embora um ciclo de produção terminado como este possa ser qualificado como uma execução de teste, fica claro que a intenção inicial do ciclo de produção era obter um produto acabado. Portanto, os parâmetros e os valores que foram usados correspondem ao perfil que estava sendo construído. O operador pode realizar tentativa e erro pelo ajuste de parâmetros ligeiramente diferentes com base no ciclo de produção terminado, mas precisa esperar que a moldagem do pneu alcance o mesmo estágio em que o problema de qualidade ocorreu previamente para determinar se a qualidade, de fato, melhorou. Além do mais, durante a comutação para uma nova batelada de matéria-prima ou um tipo diferente de componente de pneu, novos problemas de qualidade podem ocorrer em diferentes áreas da moldagem do pneu e o processo de tentativa e erro inicia por completo.

[006] Portanto, as soluções reveladas em JP 2004-299184 A e WO 2017/198465 A1 deixam de prover a apropriada realimentação que permite que um operador preveja o comportamento da tira durante a subsequente moldagem do pneu e tome ação para impedir que os problemas de qualidade ocorram, em primeiro lugar.

[007] É um objetivo da presente invenção prover um sistema de construção de pneu e um método, em particular, para o enrolamento de tira, em que a qualidade da construção do pneu pode ser melhorada.

[008] De acordo com um primeiro aspecto, a invenção provê um método de construção de pneu que compreende a etapa de: - prover uma escolha entre um modo de produção para a construção de um componente de pneu e um modo de teste para obter as medições do teste, em que a escolha é provida antes da execução do modo de teste; em que o modo de teste compreende as etapas de: - prover uma superfície de medição cilíndrica que se estende concentricamente ao redor de um eixo geométrico central; - enrolar de forma helicoidal uma tira de teste contínua em uma pluralidade de enrolamentos ao redor do dito eixo geométrico central sobre a superfície de medição cilíndrica, em que um ou mais enrolamentos da pluralidade de enrolamentos da tira de teste têm uma arfagem em uma direção axial paralela ao eixo geométrico central que é maior do que uma largura da tira de teste na mesma direção axial nos ditos um ou mais enrolamentos; e - obter as medições do teste a partir de pelo menos um dos enrolamentos dos um ou mais enrolamentos da tira de teste; em que o modo de produção compreende a etapa de: - construir um componente de pneu a partir de uma tira de produção em uma superfície de produção usando um ou mais parâmetros de construção; em que o método compreende adicionalmente as etapas de, primeiro, executar o modo de teste e, então, executar o modo de produção, em que pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção é definido antes da construção do componente de pneu com base nas medições do teste da tira de teste.

[009] O enrolamento helicoidal dos um ou mais enrolamentos da tira de teste na arfagem especificada resulta nos ditos um ou mais enrolamentos sendo separados ou espaçados na direção axial dos enrolamentos diretamente consecutivos. Em outras palavras, os um ou mais enrolamentos podem ser aplicados de uma maneira não sobreposta sobre a superfície de medição cilíndrica. Portanto, as medições que são obtidas a partir dos um ou mais enrolamentos da tira de teste podem prover a precisa realimentação para o operador sobre as medições e/ou as características da dita tira de teste derivada a partir das ditas medições nos enrolamentos individuais. Escolher iniciar um modo de teste em vez de um modo de produção tem a vantagem de que o dito modo de teste não é restrito aos parâmetros e/ou aos valores usados no modo de produção. Em vez disto, uma grande variedade de parâmetros de construção e/ou uma grande faixa de valores para um ou mais parâmetros de construção podem ser testadas em enrolamentos individuais da mesma tira de teste para prover uma grande quantidade de medições. Esta grande quantidade de realimentação pode ser usada para prever precisamente o comportamento da tira de produção durante o modo de produção. As medições também podem ser usadas para prever o comportamento da tira de produção durante diferentes programas de produção, isto é, durante a comutação para um diferente tipo de componente de pneu. Em particular, com base em um único modo de teste, um operador pode determinar, calcular, verificar, calibrar e/ou ajustar os parâmetros de construção para a construção de um ou mais tipos de componentes de pneu. Com base nas medições, o operador pode, em última análise, programar ou definir os parâmetros de construção para melhorar a qualidade da construção de pneu.

[010] Em uma modalidade preferida, a escolha é provida para um operador por meio de uma interface de usuário. Portanto, o operador pode escolher manualmente para selecionar o modo de teste ou o modo de produção antes da execução de um dos ditos modos.

[011] Em uma outra modalidade, a tira de produção é enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de produção de acordo com uma sequência de produção com base na posição da tira de produção no componente de pneu que está sendo construído, em que a tira de teste é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de teste de acordo com uma sequência de teste que é independente da sequência de produção. Em outras palavras, a sequência de teste não é restrita aos valores, parâmetros de construção, programas de construção e/ou à ordem dos ditos programas de construção. Portanto, uma tira de teste pode ser produzida com uma grande variedade de parâmetros de construção e/ou uma grande faixa de valores para os ditos parâmetros de construção, já que a dita tira de teste não é pretendida para a produção.

[012] Em uma outra modalidade, a tira de produção é enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com valores de produção que, todos, ficam em uma faixa de valor de produção, em que a tira de teste é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com pelo menos um valor de teste que fica fora da faixa de valor de produção. Portanto, comparado com o modo de produção, uma quantidade relativamente grande de medições pode ser obtida para os valores que ficam na, mas, também, fora da, faixa normal que é usada durante o modo de produção. Isto permite que as medições sejam usadas para definir os parâmetros de construção para programas de produção diferentes daquele que é atualmente selecionado. Portanto, o modo de teste não precisa ser realizado novamente para cada alteração para um novo tipo de componente de pneu.

[013] Em uma outra modalidade, um primeiro enrolamento dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos parcialmente enrolado usando um primeiro parâmetro de construção definido em um primeiro valor e um segundo enrolamento dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção definido em um segundo valor diferente do primeiro valor, em que o método compreende a etapa de interpolar ou extrapolar as medições do teste da tira de teste para os valores do primeiro parâmetro de construção em uma faixa entre o primeiro valor e o segundo valor ou fora de uma faixa definida pelo primeiro valor e pelo segundo valor, respectivamente. Pela interpolação ou extrapolação das medições do teste, as medições do teste podem ser previstas através de uma grande faixa sem realmente obter as medições para cada valor na faixa.

[014] Preferivelmente, a tira de teste obtida durante o modo de teste não é usada para a construção do componente de pneu ou de uma parte do mesmo no modo de produção. Novamente, em virtude de a tira de teste não ser usada no modo de produção, os parâmetros de construção e/ou os valores dos mesmos podem ser variados enormemente, independentemente do modo de produção.

[015] Em uma modalidade adicional, um primeiro enrolamento dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos parcialmente enrolado usando um primeiro parâmetro de construção definido em um primeiro valor e um segundo enrolamento dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção definido em um segundo valor diferente do primeiro valor, o primeiro enrolamento, o segundo enrolamento ou ambos são pelo menos parcialmente enrolados usando um segundo parâmetro de construção, diferente do primeiro parâmetro de construção, definido em um terceiro valor, em que um terceiro enrolamento dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos parcialmente enrolado usando o segundo parâmetro de construção definido em um quarto valor diferente do terceiro valor. Pela comparação das medições do primeiro enrolamento, do segundo enrolamento ou de ambos com as medições do terceiro enrolamento, o efeito da mudança do terceiro valor para o quarto valor pode ser avaliado e usado para prever o comportamento da tira de construção durante a definição do segundo parâmetro de construção.

[016] Alternativamente, os parâmetros de construção são mantidos constantes para todos os enrolamentos da pluralidade de enrolamentos da tira de teste, em que pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção é ajustado no modo de produção para compensar uma mudança nas medições do teste durante o tempo. A tira de teste pode começar a se comportar diferentemente durante o tempo, por exemplo, em virtude de a tira de teste começar a curar. As medições do teste podem prover realimentação para o operador sobre o efeito destas mudanças durante o tempo na tira de teste, para habilitar o operador a ajustar um ou mais dos parâmetros de construção a compensar desta maneira.

[017] Em uma outra modalidade, os um ou mais enrolamentos da tira de teste incluem o enrolamento da tira de teste inicial sobre a superfície de medição cilíndrica durante uma fase de começo do enrolamento helicoidal da tira de teste, em que as medições do teste incluem as medições de um começo do enrolamento inicial sobre a superfície de medição cilíndrica. Adicionalmente ou alternativamente, os um ou mais enrolamentos da tira de teste incluem o último enrolamento da tira de teste na superfície de medição cilíndrica durante uma fase final do enrolamento helicoidal da tira de teste, em que as medições do teste incluem as medições de um término do último enrolamento na superfície de medição cilíndrica. No início do enrolamento, a tira de teste pode se comportar diferentemente, por exemplo, em decorrência da inicialização de uma extrusora ou em decorrência da aplicação da extremidade principal da tira de teste sobre a superfície de medição. No final do último enrolamento, a tira de teste pode se comportar diferentemente, por exemplo, em decorrência de um corte ou uma ruptura da tira de teste. As medições do teste podem prover realimentação para o operador sobre o comportamento da tira de teste durante o início do enrolamento inicial ou durante o término no último enrolamento, realimentação esta que pode ser usada para ajustar um ou mais dos parâmetros de construção a compensar desta maneira.

[018] Em uma modalidade adicional, a pluralidade de enrolamentos são enrolados em uma única camada ao redor da superfície de medição cilíndrica, em que o modo de teste é terminado depois da conclusão da única camada. Pelo enrolamento da tira de teste em uma única camada, cada enrolamento é visível e pode ser medido a partir do exterior.

[019] Em uma modalidade adicional, a superfície de medição cilíndrica é a superfície de produção, em que o método compreende a etapa de remover a tira de teste da superfície de medição antes da construção do componente de pneu no modo de produção. Como a superfície de produção e a superfície de medição são a mesma, o comportamento da tira de teste na superfície de medição corresponde ao comportamento da tira de produção na superfície de produção. Portanto, as medições do teste da tira de teste podem ser usadas como realimentação confiável para prever o comportamento da tira de produção na superfície de produção.

[020] Alternativamente, a superfície de produção é uma superfície de produção cilíndrica, em que o método compreende as etapas de adaptar uma ferramenta de medição ao redor da superfície de produção cilíndrica antes do enrolamento helicoidal da tira de teste e remover a ferramenta de medição da superfície de produção depois da conclusão do enrolamento helicoidal da tira de teste e antes da construção do componente de pneu, em que a superfície de medição cilíndrica é formada pela ferramenta de medição e se estende concentricamente ao redor do eixo geométrico central quando a ferramenta de medição for adaptada ao redor da superfície de produção cilíndrica. A superfície de produção cilíndrica pode não ser otimizada para obter as medições. Por exemplo, o contraste pode ser muito baixo para permitir as medições ópticas, a superfície de produção pode não ser uniforme o suficiente ou pode não ser perfeitamente circular. Em algumas aplicações, a superfície de produção contém fendas ou vãos que permitem o ingresso do material da tira de teste. Para obter as medições do teste mais confiáveis e/ou mais consistentes, a superfície de medição pode ser provida na ferramenta de medição que se estende ao redor da superfície de produção. Preferivelmente, o diâmetro externo da superfície de medição na ferramenta de medição é tão próximo quanto possível do diâmetro externo da superfície de produção, de forma que o efeito do aumento do diâmetro na ferramenta de medição seja minimizado e/ou desprezível.

[021] Em uma outra modalidade alternativa, a superfície de produção é uma superfície de produção cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica e a superfície de produção cilíndrica são deslocadas uma em relação à outra na direção axial. Pela provisão da superfície de medição axialmente no lado da superfície de produção, a construção do componente de pneu é independente da e/ou não atrasada pela remoção da ferramenta de medição de acordo com a modalidade prévia ou pela remoção da tira de teste da superfície de produção na modalidade antes desta.

[022] Em cada uma das modalidades prévias que apresentam a superfície de produção cilíndrica, o componente de pneu pode ser construído pelo enrolamento helicoidal da tira de produção em uma pluralidade de enrolamentos sobre a superfície de produção. Como tanto a tira de teste quanto a tira de produção são enroladas, as medições do teste da tira de teste podem prover realimentação útil para prever o comportamento da tira de produção em enrolamentos similares.

[023] Preferivelmente, a pluralidade de enrolamentos da tira de produção tem uma arfagem na direção axial que é menor do que a largura da tira de produção na mesma direção axial. Consequentemente, ao contrário da tira de teste, os enrolamentos da tira de produção são arranjados de uma maneira sobreposta para construir o componente de pneu a partir dos enrolamentos da dita tira de produção.

[024] Mais preferivelmente, a arfagem dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos uma vez e meia ou duas vezes maior do que a maior arfagem dos enrolamentos helicoidais da tira de produção. Portanto, os enrolamentos da tira de teste podem ser suficientemente espaçados para permitir que as medições do teste sejam obtidas para cada enrolamento individual.

[025] Em uma outra modalidade, a arfagem dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é constante. Consequentemente, os enrolamentos podem ser igualmente espaçados e/ou os enrolamentos podem ficar posicionados em posições ou intervalos conhecidos.

[026] De acordo com um segundo aspecto, a invenção provê um sistema de construção de pneu que compreende um elemento de suprimento de tira para suprir uma tira de teste contínua, uma superfície de medição cilíndrica para receber a dita tira de teste a partir do elemento de suprimento de tira, um acionamento rotativo para rotar a superfície de medição cilíndrica ao redor de um eixo geométrico central concêntrico à dita superfície de medição cilíndrica e um acionamento de arfagem para prover um deslocamento relativo entre a superfície de medição cilíndrica e o elemento de suprimento em uma direção axial paralela ao eixo geométrico central, em que o sistema de construção de pneu compreende adicionalmente uma unidade de controle que é comutável entre um modo de teste em que o acionamento rotativo e o acionamento de arfagem são controlados, de maneira tal que a tira de teste seja enrolada de forma helicoidal sobre a superfície de medição cilíndrica em uma pluralidade de enrolamentos ao redor do eixo geométrico central com uma arfagem na direção axial e um modo de produção em que um componente de pneu é construído a partir de uma tira de produção em uma superfície de produção usando um ou mais parâmetros de construção, em que o elemento de suprimento compreende um molde com uma abertura do molde para modelar a tira de teste, em que a abertura do molde tem uma largura do molde que define a largura da tira de teste, em que a unidade de controle é arranjada para controlar o acionamento rotativo e o acionamento de arfagem, de maneira tal que a arfagem de um ou mais enrolamentos da pluralidade de enrolamentos da tira de teste na direção axial seja maior do que a largura do molde, em que o sistema de construção de pneu compreende adicionalmente um sensor para obter as medições do teste dos um ou mais enrolamentos da tira de teste na superfície de medição cilíndrica, em que a unidade de controle é arranjada para prover uma escolha entre o modo de teste e o modo de produção antes da execução do modo de teste e, depois da conclusão do modo de teste e antes da construção da construção de pneu, usando as medições do teste para definir pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção com base nas medições do teste da tira de teste.

[027] A unidade de controle do sistema de construção de pneu é arranjada para prover a mesma escolha do supramencionado método de acordo com o primeiro aspecto da invenção e, assim, ter as mesmas vantagens técnicas.

[028] Em uma modalidade preferida, o sistema de construção de pneu compreende uma interface de usuário que é operacionalmente conectada na unidade de controle, em que a unidade de controle é arranjada para controlar a interface de usuário para prover a escolha para um operador.

[029] Em uma outra modalidade preferida, o sistema de construção de pneu compreende uma memória que é operacionalmente conectada na unidade de controle, em que a memória é carregada com uma sequência de produção e uma sequência de teste, em que a tira de produção é enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de produção de acordo com a sequência de produção com base na posição da tira de produção no componente de pneu que está sendo construído, em que a tira de teste é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de teste de acordo com a sequência de teste que é independente da sequência de produção.

[030] Preferivelmente, a arfagem dos um ou mais enrolamentos da tira de teste é pelo menos uma vez e meia ou duas vezes maior do que a largura do molde. Preferivelmente, o sistema de construção de pneu compreende um tambor com um eixo do tambor e uma pluralidade de segmentos que são móveis em uma direção radial perpendicular ao eixo do tambor, em que a pluralidade de segmentos forma a superfície de produção. Em uma modalidade, a superfície de medição cilíndrica é a superfície de produção. Como a superfície de produção e a superfície de medição são a mesma, o comportamento da tira de teste na superfície de medição corresponde ao comportamento da tira de produção na superfície de produção.

[031] Em uma modalidade alternativa, a superfície de produção é uma superfície de produção cilíndrica, em que o sistema de construção de pneu compreende adicionalmente uma ferramenta de medição que é arranjada para adaptar ao redor da superfície de produção cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica é formada pela ferramenta de medição e se estende concentricamente ao redor da superfície de produção cilíndrica quando a ferramenta de medição for adaptada ao redor da superfície de produção cilíndrica.

[032] Preferivelmente, a superfície de medição cilíndrica é mais circular do que a superfície de produção cilíndrica, e, preferivelmente, se aproxima de ou forma um círculo perfeito. Em uma modalidade alternativa adicional, a superfície de produção é uma superfície de produção cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica e a superfície de produção cilíndrica são deslocadas uma em relação à outra na direção axial. Em uma outra modalidade, a unidade de controle é arranjada para controlar o acionamento rotativo e o acionamento de arfagem no modo de produção, de maneira tal que a tira de produção seja enrolada de forma helicoidal em uma pluralidade de enrolamentos com uma arfagem na direção axial sobre a superfície de produção, em que a pluralidade de enrolamentos da tira de produção tem uma arfagem na direção axial que é menor do que a largura do molde. Os vários aspectos e recursos descritos e mostrados na especificação podem ser aplicados, individualmente, sempre que possível. Estes aspectos individuais, em particular, os aspectos e os recursos descritos nas reivindicações dependentes anexas, podem ser feitos objetos de pedidos de patente divisionais.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[033] A invenção será elucidada com base em uma modalidade exemplar mostrada nos desenhos esquemáticos anexos, nos quais: a figura 1 mostra uma vista de topo de um sistema de construção de pneu de acordo com uma primeira modalidade da invenção durante um modo de teste; a figura 2 mostra uma vista de topo do sistema de construção de pneu da figura 1 durante um modo de produção; a figura 3 mostra uma vista lateral do sistema de construção de pneu de acordo com a figura 1; a figura 4 mostra um detalhe do sistema de construção de pneu de acordo com o círculo IV na figura 3; a figura 5 mostra uma vista de topo de um sistema de construção de pneu alternativo de acordo com uma segunda modalidade da invenção; a figura 6 mostra uma vista isométrica do sistema de construção de pneu alternativo de acordo com a figura 5; a figura 7 mostra uma vista lateral do sistema de construção de pneu alternativo de acordo com a figura 5; a figura 8 mostra um detalhe do sistema de construção de pneu alternativo de acordo com o círculo VIII na figura 7; a figura 9 mostra uma vista de topo de um sistema de construção de pneu alternativo adicional de acordo com uma terceira modalidade da invenção; a figura 10 mostra um detalhe de uma tira de teste formada em uma superfície de medição do sistema de construção de pneu de acordo com o círculo X na figura 1; e a figura 11 mostra um gráfico que representa as medições do teste tomadas da tira de teste da figura 10.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[034] As figuras 1-4 mostram um sistema de construção de pneu 1, em particular, para o enrolamento de tira, de acordo com uma primeira modalidade exemplar da invenção.

[035] Da forma mostrada na figura 1, o sistema de construção de pneu 1 compreende um elemento de suprimento de tira 2 que é arranjado para suprir uma tira de teste contínua T em um modo de teste TM. Nesta modalidade exemplar, o elemento de suprimento de tira 2 compreende uma extrusora 21 e uma bomba de engrenagem 22. O elemento de suprimento de tira 2 compreende adicionalmente um molde 23 com uma abertura do molde 24 para modelar a tira de teste T. A dita abertura do molde 24 tem uma largura do molde D que define a largura de tira E da tira de teste T. O sistema de construção de pneu 1 compreende adicionalmente uma superfície de medição cilíndrica 30 para receber a dita tira de teste T a partir do elemento de suprimento de tira 2 no modo de teste TM.

[036] Da forma mostrada na figura 2, o elemento de suprimento de tira 2 é arranjado para suprir uma tira de produção contínua P em um modo de produção PM. O sistema de construção de pneu 1 é provido com um tambor 4, em particular, um tambor de enrolamento de tira, com uma superfície de produção cilíndrica 40 para receber a tira de produção contínua P a partir do elemento de suprimento de tira 2 no modo de produção PM. O tambor 4 é arranjado para ser montado em um eixo do tambor 41 que se estende ao longo do eixo geométrico central S na direção axial A. O tambor 4 compreende uma pluralidade de segmentos 42 que são móveis em uma direção radial perpendicular ao eixo do tambor 41 e/ou ao eixo geométrico central S para variar o diâmetro do tambor 4. Em cada diâmetro do tambor 4, os segmentos 42 formam uma superfície circunferencial que se aproxima de um cilindro. A dita superfície circunferencial forma a superfície de produção 40. Os segmentos 42 podem não ser capazes de formar uma superfície de produção perfeitamente cilíndrica ou circular 40 em cada diâmetro do tambor 4. Em particular, a superfície de produção 40 pode ser ligeiramente irregular e/ou poligonal. Além do mais, pode haver pequenas fendas ou vãos entre os segmentos 42 que permitem o ingresso do material da tira de produção P entre os segmentos 42, da forma esquematicamente mostrada na figura 4.

[037] Nesta modalidade exemplar, a superfície de produção cilíndrica 40 também forma a superfície de medição cilíndrica 30. Portanto, a tira de teste T e a tira de produção P são recebidas na mesma superfície cilíndrica 30, 40, ainda durante diferentes modos do sistema de construção de pneu 1.

[038] Da forma mostrada nas figuras 1 e 2, o sistema de construção de pneu 1 é provido com um acionamento rotativo 5 para rotar o tambor 4, e, assim, a superfície de produção cilíndrica 40 e a superfície de medição cilíndrica 30, ao redor de um eixo geométrico central S concêntrico à dita superfície de medição cilíndrica 4. O sistema de construção de pneu 1 é adicionalmente provido com um acionamento de arfagem 6 para prover um deslocamento relativo entre o tambor 4 e o elemento de suprimento 2 em uma direção axial A paralela ao eixo geométrico central S. O acionamento de arfagem 6 pode ser arranjado para mover o elemento de suprimento 2, o tambor 4 ou ambos.

[039] O sistema de construção de pneu 1 também compreende uma unidade de controle 7 que é arranjada para operar o sistema de construção de pneu 1 no modo de teste TM e no modo de produção PM. O sistema de construção de pneu 1 compreende adicionalmente uma interface de usuário UI que é operacionalmente conectada na unidade de controle 7. A unidade de controle 7 controla a interface de usuário UI para prover para o operador uma escolha entre o modo de teste TM e o de produção PM antes da execução de um dos ditos modos TM, PM. O sistema de construção de pneu 1 compreende adicionalmente uma memória 70 que é operacionalmente conectada na unidade de controle 7. A memória 70 é carregada com um programa de teste ou uma sequência de teste, isto é, uma série de instruções em uma ordem pré-determinada, para executar o modo de teste TM e um programa de produção ou uma sequência de produção, isto é, uma série de instruções em uma ordem pré-determinada, para executar o modo de produção. A sequência de teste é independente da ou não relacionada à sequência de produção. Em outras palavras, a ordem das instruções, o conteúdo das instruções e/ou o tipo das instruções na sequência de teste podem ser diferentes ou completamente diferentes daquelas usadas na sequência de produção.

[040] A unidade de controle 7 é operacionalmente e/ou eletronicamente conectada na unidade de rotação 5 e no acionamento de arfagem 6. Em particular, a unidade de controle 7 é arranjada para controlar o acionamento rotativo 5 e o acionamento de arfagem 6 no modo de teste TM, de maneira tal que a tira de teste T seja enrolada de forma helicoidal em uma pluralidade de enrolamentos W1 ao redor do eixo geométrico central S, da forma mostrada na figura 1. Mais em particular, a unidade de controle 7 é arranjada para controlar o acionamento rotativo 5 e o acionamento de arfagem 6 no modo de teste TM, de maneira tal que um ou mais dos enrolamentos W1 da tira de teste T sejam enrolados com uma arfagem K1 na direção axial A que é maior do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E. Preferivelmente, a arfagem K1 dos um ou mais enrolamentos W1 da tira de teste T é pelo menos uma vez e meia ou duas vezes maior do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E. A arfagem K1 é a altura de uma única volta, revolução ou enrolamento W1 da tira de teste S medida na ou paralelo à direção axial A. Três dos enrolamentos W1 são mostrados com mais detalhes na figura 10.

[041] Por ter uma arfagem K1 que é maior do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E, cada enrolamento dos um ou mais enrolamentos W1 é espaçado a partir dos enrolamentos W1 diretamente adjacentes na direção axial A. Em outras palavras, os um ou mais enrolamentos W1 da tira de teste T são depositados de uma maneira não sobreposta.

[042] Na figura 1, todos os enrolamentos W1 da tira de teste T têm uma arfagem K1 maior do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E. Preferivelmente, todos os enrolamentos W1 dos um ou mais enrolamentos W1 têm uma arfagem constante K1.

[043] A unidade de controle 7 é adicionalmente arranjada para controlar o acionamento rotativo 5 e o acionamento de arfagem 6, de maneira tal que os enrolamentos W1 da tira de teste T sejam dispostos em uma única camada apenas. Portanto, não há camadas de enrolamentos W1 da tira de teste T sobrepondo a dita única camada de enrolamentos W1.

[044] Da forma mostrada na figura 1, o sistema de construção de pneu 1 compreende adicionalmente um sensor 8 para obter as medições do teste M, da forma mostrada na figura 11, a partir de pelo menos um dos um ou mais enrolamentos W1 da tira de teste T na superfície de medição cilíndrica 30. Preferivelmente, o sensor 8 é arranjado para obter as medições a partir de diversos enrolamentos W1 da tira de teste T simultaneamente. Em particular, o sensor 8 pode ser parte de um sistema de triangulação óptico ou a laser com um campo de visão que se estende ao longo da largura de diversos enrolamentos W1 na superfície de medição 30. O sensor 8 é arranjado para obter as medições do teste M, incluindo os dados posicionais nos enrolamentos W1, tais como a altura ou a largura, da forma mostrada na figura 11.

[045] A unidade de controle 7 é operacionalmente e/ou eletronicamente conectada no sensor 8 para receber e/ou processar as medições do teste M a partir do sensor 8. A unidade de controle 7 pode, por exemplo, calcular o volume ou a área seccional transversal dos enrolamentos W a partir da altura e da largura medidas.

[046] A unidade de controle 7 é arranjada para a comutação do sistema de construção de pneu 1 do modo de teste TM para o modo de produção PM. No modo de produção PM, a unidade de controle 7 é arranjada para controlar o acionamento rotativo 5 e o acionamento de arfagem 6, de maneira tal que a tira de produção P seja enrolada de forma helicoidal em uma pluralidade de enrolamentos W2 ao redor do eixo geométrico central S, da forma mostrada na figura 2, para edificar ou construir um componente de pneu (não mostrado) pelo enrolamento de tira. Mais em particular, a unidade de controle 7 é arranjada para controlar o acionamento rotativo 5 e o acionamento de arfagem 6 no modo de produção PM, de maneira tal que um ou mais dos enrolamentos W2 da tira de produção P sejam enrolados com uma arfagem K2 na direção axial A que é menor do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E. Consequentemente, os enrolamentos W2 da tira de produção P são enrolados de uma maneira sobreposta, isto é, sem espaçamento entre os enrolamentos diretamente adjacentes W2. Além do mais, os enrolamentos W2 da tira de produção P são laminados em diversas camadas para construir um componente de pneu com uma espessura maior do que a espessura dos enrolamentos individuais W2.

[047] O componente de pneu é construído na superfície de produção 40 usando um ou mais parâmetros de construção. Os parâmetros de construção podem compreender os parâmetros do grupo que compreendem: uma velocidade, uma razão de velocidade, uma vazão, uma temperatura, uma pressão ou uma condição ambiental, tais como a umidade ou a temperatura ambiente. Neste exemplo em particular, em que a tira de produção P é extrudada por uma extrusora 21, um dos parâmetros de construção pode ser uma velocidade da extrusão, uma vazão da extrusão, uma temperatura da extrusão ou uma pressão da extrusão. Também neste exemplo em particular em que a tira de produção P é medida pela bomba de engrenagem 22, um dos parâmetros de construção pode ser uma velocidade da bomba de engrenagem, uma vazão da bomba de engrenagem ou uma pressão da bomba de engrenagem. Adicionalmente ou alternativamente, quando a tira de produção P for suprida na direção da superfície de produção 40 em uma velocidade de suprimento e a superfície de produção 40 for movida em uma velocidade de recepção, um dos parâmetros de construção pode ser a velocidade de suprimento, a velocidade de recepção ou uma razão de velocidade entre a velocidade de suprimento e a velocidade de recepção.

[048] Os um ou mais parâmetros de construção podem ser calculados pela unidade de controle 7 ou inseridos por um operador por meio de uma interface de usuário (não mostrada). A unidade de controle 7 também pode propor um ou mais parâmetros de construção que são, então, revisados, modificados e/ou aprovados pelo operador. A unidade de controle 7 é operacionalmente e/ou eletronicamente conectada em um ou mais do elemento de suprimento 2, da extrusora 21, da bomba de engrenagem 22, do acionamento rotativo 5 e do acionamento de arfagem 6 para controlar um ou mais dos ditos respectivos componentes do sistema de construção de pneu 1 com base nos um ou mais parâmetros de construção.

[049] Um método de construção de pneu para a construção de um componente de pneu (não mostrado) será descrito com mais detalhes a seguir, em relação às figuras 14, 10, 11.

[050] O método compreende inicialmente a etapa de prover a escolha entre o modo de teste TM e o modo de produção PM, da forma mostrada esquematicamente na interface de usuário UI. A escolha é provida antes da execução do modo de teste TM. Depois que o modo de teste TM tiver sido concluído, o modo de produção PM é iniciado.

[051] A figura 1 mostra o modo de teste TM do sistema de construção de pneu 1. No início do modo de teste TM, a superfície de medição cilíndrica 30 está vazia. Todas as tiras residuais P, T provenientes de um ciclo prévio do método foram removidas. O sistema de construção de pneu 1 está, agora, pronto para a iniciação do modo de teste TM.

[052] Na figura 1, um comprimento da tira de teste contínua T foi suprido pelo elemento de suprimento 2 usando um ou mais parâmetros de construção que também são usados para, em última análise, suprir a tira de produção P. O controle 7 controlou simultaneamente a unidade de rotação 5 e o acionamento de arfagem 6 para enrolar de forma helicoidal a tira de teste contínua T em uma pluralidade de enrolamentos W1 ao redor do eixo geométrico central S sobre a superfície de medição cilíndrica 30. A arfagem K1 de um ou mais enrolamentos W1 da pluralidade de enrolamentos W1 é maior do que a largura do molde D e/ou a largura da tira E na direção axial A. Durante o e/ou depois do enrolamento da tira de teste T, o sensor 8 obtém as medições do teste M a partir de pelo menos um dos enrolamentos W1 dos um ou mais enrolamentos W1 da tira de teste T, da forma mostrada na figura 11. As ditas medições do teste M podem prover realimentação útil sobre como os parâmetros de construção usados para enrolar a tira de teste T afetam as características dos enrolamentos W1 da dita tira de teste T.

[053] Em uma aplicação preferida, a tira de teste T é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com pelo menos um valor de teste que fica fora da faixa de valor de produção. Mais preferivelmente, os valores de teste são usados em uma faixa que é consideravelmente maior do que aqueles da faixa de valor de produção. Portanto, uma quantidade relativamente grande de medições M para uma grande variedade de cenários de produção pode ser gerada.

[054] Em algumas aplicações, pode ser útil enrolar um primeiro enrolamento W1 dos um ou mais enrolamentos W1 usando um primeiro parâmetro de construção definido em um primeiro valor e enrolar um segundo enrolamento W1 dos um ou mais enrolamentos W1 usando o primeiro parâmetro de construção definido em um segundo valor diferente do primeiro valor. Portanto, as medições do teste M irão prover a realimentação sobre como a mudança nos valores do primeiro parâmetro de construção afeta as características medidas da tira de teste T.

[055] Em uma aplicação adicional, tanto o primeiro enrolamento W1 quanto o segundo enrolamento W1, ou ambos, são pelo menos parcialmente enrolados usando um segundo parâmetro de construção definido em um terceiro valor. Então, pode ser vantajoso enrolar um terceiro enrolamento W1 dos um ou mais enrolamentos W1 usando o segundo parâmetro de construção definido em um quarto valor diferente do terceiro valor. Novamente, as medições do teste M irão prover a realimentação sobre como a mudança nos valores do primeiro parâmetro de construção afeta as características medidas da tira de teste T.

[056] Será aparente aos versados na técnica que muitos mais parâmetros de construção e valores para os ditos parâmetros de construção podem ser testados, limitados apenas pelo número de enrolamentos W1 da tira de teste T que podem adaptar na superfície de medição cilíndrica 30. Opcionalmente, diferentes valores para os parâmetros de construção podem ser testados em um único enrolamento W1. Por exemplo, um único enrolamento W1 pode ser parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção no primeiro valor e parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção no segundo valor.

[057] A unidade de controle 7 é arranjada para armazenar os parâmetros de construção e os valores usados para cada enrolamento ou parte do enrolamento e correlacionar os parâmetros e valores de construção armazenados com as medições do teste M obtidas pelo sensor 8. Para este propósito, o sistema de construção de pneu 1 pode ser provido com um ou mais sensores posicionais (não mostrado), por exemplo, codificadores e/ou sensores de deslocamento, para detectar precisamente as posições dos respectivos componentes do sistema de construção de pneu 1 e enviar os sinais representativos das ditas posições para a unidade de controle 7.

[058] Alternativamente, os parâmetros de construção podem ser mantidos constantes para todos os enrolamentos W1 da pluralidade de enrolamentos W1 da tira de teste T. Isto pode prover realimentação útil sobre como as características da tira de teste T mudam durante o tempo, por exemplo, em decorrência da cura do material.

[059] Preferivelmente, o enrolamento inicial W1 da tira de teste T sobre a superfície de medição cilíndrica 30 é enrolado usando a arfagem não sobreposta K1, de forma que a medição de teste M possa ser obtida durante uma fase de começo do enrolamento helicoidal da tira de teste T. Similarmente, é preferido que o último enrolamento W1 da tira de teste T na superfície de medição cilíndrica 30 seja enrolado usando a arfagem não sobreposta K1, de forma que as medições do teste T possam incluir o término do último enrolamento W1 na superfície de medição cilíndrica 30 durante uma fase final do enrolamento helicoidal.

[060] As medições do teste M são enviadas para a unidade de controle 7 para o processamento. A unidade de controle 7 pode converter os dados brutos provenientes das medições do teste M em uma representação gráfica, por exemplo, similar ao gráfico mostrado na figura 11, para prover a realimentação útil para o operador. Alternativamente, os dados brutos provenientes das medições do teste M podem ser providos diretamente para o operador. Em uma outra modalidade possível, a unidade de controle 7 pode realizar os cálculos nos dados provenientes das medições do teste M, por exemplo, para derivar uma área seccional transversal ou um volume da tira de teste T a partir da altura e da largura medidas. A unidade de controle 7 também pode ser arranjada para a interpolação das medições do teste M da tira de teste T para os valores do primeiro parâmetro de construção em uma faixa entre o primeiro valor e o segundo valor; ou a extrapolação das medições do teste M da tira de teste T para os valores do primeiro parâmetro de construção fora de uma faixa definida pelo primeiro valor e pelo segundo valor.

[061] A figura 2 mostra o modo de produção PM do sistema de construção de pneu 1. A tira de teste T é ou pode não ser usada no modo de produção PM em virtude da grande variedade de parâmetros e/ou valores de construção usados no modo de teste TM. Portanto, no modo de produção PM, a tira de teste T do modo de teste TM foi removida da superfície de medição cilíndrica 30, que, neste exemplo, também forma a superfície de produção 40. Subsequentemente, um componente de pneu (não mostrado) é construído usando um ou mais parâmetros de construção.

[062] Antes da comutação do modo de teste TM, da forma mostrada na figura 1, para o modo de produção PM, da forma mostrada na figura 2, a unidade de controle 7 e/ou o operador define um ou mais dos parâmetros de construção. No método de acordo com a presente invenção, pelo menos um do um ou mais parâmetros de construção de pneu é definido, ajustado, configurado, calibrado, validado e/ou verificado com base nas medições do teste M da tira de teste T. Em particular, a unidade de controle 7 e/ou o operador pode decidir, com base nas medições do teste M da tira de teste T, ajustar ou compensar uma diferença medida na tira de teste T entre os resultados esperados e os resultados medidos. Além do mais, um dos parâmetros de construção pode ser ajustado para compensar uma mudança nas medições do teste M durante o tempo, por exemplo, em decorrência de cura. As medições do teste M também podem ser usadas para prever os efeitos de inchaço do molde, isto é, a tendência de a tira de teste T expandir em seção transversal à jusante da abertura do molde 24. Em aplicações mais avançadas, as medições do teste M podem até mesmo ser capazes de sinalizar o excessivo desgaste da extrusora 21, da bomba de engrenagem 22 e/ou do molde 23 pela comparação das características esperadas da tira de teste T, por exemplo, volume ou seção transversal, com as reais características medidas da tira de teste T.

[063] Portanto, as medições do teste M podem ser efetivamente usadas para prever o comportamento da tira de produção P, com base nas características medidas da tira de teste T. A realimentação que é provida pelas medições do teste M da tira de teste T no modo de teste TM pode ser usada para definir ou ajustar um ou mais dos parâmetros de construção, desta maneira, e, desse modo, impedir problemas de qualidade durante a construção do componente de pneu e/ou melhorar a qualidade do componente de pneu durante o modo de produção PM. As medições podem ser usadas por um operador para definir um ou mais dos parâmetros de construção manualmente. Alternativamente, as medições podem ser usadas como conjunto de dados para um programa de aprendizado de máquina e/ou de inteligência artificial para ajustar e/ou controlar automaticamente os parâmetros de construção e/ou o modo de produção PM.

[064] O modo de teste TM pode ser repetido antes de cada ciclo de construção do modo de produção PM ou - para poupar tempo- pode ser iniciado apenas durante a comutação para uma nova batelada ou composto de matéria-prima. As medições do modo de teste TM podem ser usadas para definir os parâmetros de construção para produzir repetidamente um único tipo de componentes de pneu ou, se a quantidade de medições for suficiente para prever uma faixa relativamente grande de parâmetros de construção, as mesmas podem ser usadas para definir os parâmetros de construção de diferentes tipos de componentes de pneu sem a necessidade de reexecutar o modo de teste TM entre uma comutação para um novo tipo de componente de pneu.

[065] As figuras 5-8 mostram um sistema de construção de pneu alternativo 101 de acordo com uma segunda modalidade exemplar da invenção.

[066] O sistema de construção de pneu alternativo 101 difere do sistema de construção de pneu previamente discutido 1, em que o mesmo é provido com uma ferramenta de medição 103 separada ou separável do tambor 4. A ferramenta de medição 103 é arranjada para adaptar ao redor da superfície de produção cilíndrica 40 do tambor 4. A ferramenta de medição 103 se estende concentricamente ao redor da superfície de produção cilíndrica 40 quando a ferramenta de medição 103 for adaptada ao redor da superfície de produção cilíndrica 40. A ferramenta de medição 103 forma uma superfície de medição cilíndrica 130 no exterior da, ou em um diâmetro maior do que a, superfície de produção cilíndrica 40. Preferivelmente, o diâmetro externo da ferramenta de medição 103 é apenas ligeiramente maior do que o diâmetro externo da superfície de produção cilíndrica 40. A superfície de medição cilíndrica 130 é mais circular do que a superfície de produção cilíndrica 40. Em particular, a superfície de medição cilíndrica 130, diferentes da superfície de produção 40 subjacente, pode formar um círculo perfeito. Portanto, os efeitos negativos dos vãos ou fendas entre os segmentos 42 do tambor 4 podem ser impedidos e a consistência, a precisão e/ou a confiabilidade das medições do teste M obtidas a partir da dita superfície de medição cilíndrica perfeita 130 podem ser melhoradas. A superfície de medição cilíndrica 130 também pode ser otimizada para medição, por exemplo, pela provisão de um contraste maior.

[067] A figura 9 mostra um sistema de construção de pneu alternativo adicional 201 de acordo com uma terceira modalidade exemplar da invenção. O sistema de construção de pneu alternativo adicional 201 difere dos sistemas de construção de pneu previamente discutidos 1, 101 apenas em que o mesmo é provido com uma superfície de medição cilíndrica alternativa 230 que é deslocada em relação à superfície de produção cilíndrica 40 na direção axial A. Em particular, a superfície de medição cilíndrica 230 pode ser provida em uma parte separada do tambor 4 ou em um tambor de medição de extensão ou adicional junto ao tambor 4 que forma a superfície de produção 40.

[068] Deve-se entender que a descrição exposta é incluída para ilustrar a operação das modalidades preferidas, e não pretende-se que limite o escopo da invenção. A partir da discussão exposta, muitas variações ficarão aparentes aos versados na técnica que ainda serão abrangidas pelo escopo da presente invenção.

[069] Embora não explicitamente mostrado, será claro aos versados na técnica que as medições do teste obtidas a partir dos enrolamentos W da tira de teste T também podem ser usadas para prever o comportamento da tira de produção P em uma superfície de produção não cilíndrica, por exemplo, uma superfície ou esteira de produção planas. LISTA DOS NÚMEROS DE REFERÊNCIA 1 sistema de construção de pneu 2 elemento de suprimento de tira 21 extrusora 22 bomba de engrenagem 23 molde 24 abertura do molde 30 superfície de medição cilíndrica 31 tambor 40 superfície de produção cilíndrica 41 eixo do tambor 42 segmentos 43 acionamento rotativo 44 acionamento de arfagem 45 unidade de controle 70 memória 8 sensor 101 sistema de construção de pneu alternativo 103 ferramenta de medição 130 superfície de medição cilíndrica 201 sistema de construção de pneu alternativo adicional 230 superfície de medição cilíndrica A direção axial D largura do molde E largura da tira M medições P tira de produção contínua PM modo de produção K1 arfagem da tira de teste K2 arfagem da tira de produção S eixo geométrico central T tira de teste contínua TM modo de teste UI interface de usuário W1 enrolamentos da tira de teste W2 enrolamentos da tira de produção

Claims (26)

1. Método de construção de pneu, caracterizado por compreender a etapa de: - prover uma escolha entre um modo de produção (PM) para a construção de um componente de pneu e um modo de teste (TM) para obter as medições do teste (M), em que a escolha é provida antes da execução do modo de teste (TM); em que o modo de teste (TM) compreende as etapas de: - prover uma superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) que se estende concentricamente ao redor de um eixo geométrico central (S); - enrolar de forma helicoidal uma tira de teste contínua (T) em uma pluralidade de enrolamentos (W1) ao redor do dito eixo geométrico central (S) sobre a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230), em que um ou mais enrolamentos (W1) da pluralidade de enrolamentos (W1) da tira de teste (T) têm uma arfagem (K1) em uma direção axial (A) paralela ao eixo geométrico central (S) que é maior do que uma largura (E) da tira de teste (T) na mesma direção axial (A) nos ditos um ou mais enrolamentos (W1); e - obter as medições do teste (M) a partir de pelo menos um dos enrolamentos (W1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T); em que o modo de produção (PM) compreende a etapa de: - construir um componente de pneu a partir de uma tira de produção (P) em uma superfície de produção (40) usando um ou mais parâmetros de construção; em que o método compreende adicionalmente as etapas de, primeiro, executar o modo de teste (TM) e, então, executar o modo de produção (PM), em que pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção é definido depois da conclusão do modo de teste e antes da construção do componente do pneu com base nas medições de teste (M) da tira de teste (T).

2. Método de construção de pneu, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a escolha ser provida para um operador por meio de uma interface de usuário (UI).

3. Método de construção de pneu, de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a tira de produção (P) ser enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de produção (P) de acordo com uma sequência de produção com base na posição da tira de produção (P) no componente de pneu que está sendo construído, em que a tira de teste (T) é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de teste (T) de acordo com uma sequência de teste que é independente da sequência de produção.

4. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-3, caracterizado por a tira de produção (P) ser enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com valores de produção que, todos, ficam em uma faixa de valor de produção, em que a tira de teste (T) é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com pelo menos um valor de teste que fica fora da faixa de valor de produção.

5. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-4, caracterizado por um primeiro enrolamento (W1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) ser pelo menos parcialmente enrolado usando um primeiro parâmetro de construção definido em um primeiro valor e um segundo enrolamento (W1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) ser pelo menos parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção definido em um segundo valor diferente do primeiro valor, em que o método compreende a etapa de interpolar ou extrapolar as medições do teste (M) da tira de teste (T) para os valores do primeiro parâmetro de construção em uma faixa entre o primeiro valor e o segundo valor ou fora de uma faixa definida pelo primeiro valor e pelo segundo valor, respectivamente.

6. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-5, caracterizado por a tira de teste (T) obtida durante o modo de teste (TM) não ser usada para a construção do componente de pneu ou de uma parte do mesmo no modo de produção (PM).

7. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-6, caracterizado por um primeiro enrolamento (W1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) ser pelo menos parcialmente enrolado usando um primeiro parâmetro de construção definido em um primeiro valor e um segundo enrolamento (W1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) ser pelo menos parcialmente enrolado usando o primeiro parâmetro de construção definido em um segundo valor, diferente do primeiro valor, em que o primeiro enrolamento (W1), o segundo enrolamento (W2) ou ambos são pelo menos parcialmente enrolados usando um segundo parâmetro de construção, diferente do primeiro parâmetro de construção, definido em um terceiro valor, em que um terceiro enrolamento (W10 dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) é pelo menos parcialmente enrolado usando o segundo parâmetro de construção definido em um quarto valor diferente do terceiro valor.

8. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizado por os parâmetros de construção serem mantidos constantes para todos os enrolamentos (W1) da pluralidade de enrolamentos (W1) da tira de teste(T) durante o modo de teste (TM), em que pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção é ajustado no modo de produção (PM) para compensar uma mudança nas medições do teste durante o tempo.

9. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-8, caracterizado por os um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) incluírem o enrolamento da tira de teste (T) inicial sobre a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) durante uma fase de começo do enrolamento helicoidal da tira de teste (T) ou o último enrolamento (W1) da tira de teste (T) na superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) durante uma fase final do enrolamento helicoidal da tira de teste (T), em que as medições do teste (M) incluem as medições de um começo do enrolamento inicial sobre a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) ou um término do último enrolamento (W1) na superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230), respectivamente.

10. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-9, caracterizado por a pluralidade de enrolamentos (W1) serem enrolados em uma única camada ao redor da superfície de medição cilíndrica 30, 130, 230), em que o modo de teste (TM) é terminado depois da conclusão da única camada.

11. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1-10, caracterizado por a superfície de medição cilíndrica (30) ser a superfície de produção (40), em que o método compreende a etapa de remover a tira de teste (T) da superfície de medição (30) antes da construção do componente de pneu no modo de produção (PM).

12. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-10, caracterizado por a superfície de produção (40) ser uma superfície de produção cilíndrica, em que o método compreende as etapas de adaptar uma ferramenta de medição (103) ao redor da superfície de produção (40) cilíndrica antes do enrolamento helicoidal da tira de teste (T) e remover a ferramenta de medição (103) da superfície de produção (40) depois da conclusão do enrolamento helicoidal da tira de teste e antes da construção do componente de pneu, em que a superfície de medição cilíndrica (130) é formada pela ferramenta de medição (103) e se estende concentricamente ao redor do eixo geométrico central (S) quando a ferramenta de medição (103) for adaptada ao redor da superfície de produção (40) cilíndrica.

13. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-10, caracterizado por a superfície de produção (40) ser uma superfície de produção cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica (230) e a superfície de produção (40) cilíndrica são deslocadas uma em relação à outra na direção axial (A).

14. Método de construção de pneu, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11-13, caracterizado por o componente de pneu ser construído pelo enrolamento helicoidal da tira de produção (P) em uma pluralidade de enrolamentos sobre a superfície de produção (40).

15. Método de construção de pneu, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a pluralidade de enrolamentos (W2) da tira de produção (P) ter uma arfagem (K2) na direção axial (A) que é menor do que a largura da tira de produção (P) na mesma direção axial (A).

16. Método de construção de pneu, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por a arfagem (K1) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) ser pelo menos uma vez e meia ou duas vezes maior do que a maior arfagem (K2) dos enrolamentos helicoidais da tira de produção (P).

17. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201) para realização do método definido na reivindicação 1, caracterizado por compreender um elemento de suprimento de tira (2) para suprir uma tira de teste contínua (T), uma superfície de medição cilíndrica 30, 130, 230) para receber a dita tira de teste (T) a partir do elemento de suprimento de tira (2), um acionamento rotativo (5) para rotar a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) ao redor de um eixo geométrico central (S) concêntrico à dita superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) e um acionamento de arfagem (6) para prover um deslocamento relativo entre a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) e o elemento de suprimento (2) em uma direção axial (A) paralela ao eixo geométrico central (S), em que o sistema de construção de pneu (1, 101, 201) compreende adicionalmente uma unidade de controle (7) que é comutável entre um modo de teste (TM) em que o acionamento rotativo (5) e o acionamento de arfagem (6) são controlados de maneira tal que a tira de teste (T) seja enrolada de forma helicoidal sobre a superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230) em uma pluralidade de enrolamentos (W1) ao redor do eixo geométrico central (S) com uma arfagem (K1) na direção axial (A) e um modo de produção (PM) em que um componente de pneu é construído a partir de uma tira de produção (P) em uma superfície de produção (40) usando um ou mais parâmetros de construção, em que o elemento de suprimento (2) compreende um molde (23) com uma abertura do molde (24) para modelar a tira de teste (T), em que a abertura do molde (24) tem uma largura do molde (D) que define a largura da tira de teste (T), em que a unidade de controle (7) é arranjada para controlar o acionamento rotativo (5) e o acionamento de arfagem (6) de maneira tal que a arfagem (K1) de um ou mais enrolamentos (W1) da pluralidade de enrolamentos (W1) da tira de teste (T) na direção axial (A) seja maior do que a largura do molde (D), em que o sistema de construção de pneu (1, 101, 201) compreende adicionalmente um sensor (8) para obter as medições do teste (M) dos um ou mais enrolamentos (W1) da tira de teste (T) na superfície de medição cilíndrica (30, 130, 230), em que a unidade de controle (7) é arranjada para prover uma escolha entre o modo de teste (TM) e o modo de produção (PM) antes da execução do modo de teste (TM) e, depois da conclusão do modo de teste (TM) e antes da construção da construção de pneu, usando as medições do teste (M) para definir pelo menos um dos um ou mais parâmetros de construção com base nas medições do teste (M) da tira de teste (T).

18. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201), de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por o Sistema de construção de pneu (1, 101, 201) compreender uma interface de usuário (UI) que é operacionalmente conectada na unidade de controle (7), em que a unidade de controle (7) é arranjada para controlar a interface de usuário (UI) para prover a escolha para um operador.

19. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201), de acordo com as reivindicações 17 ou 18, caracterizado por o Sistema de construção de pneu (1, 101, 201) compreender uma memória (70) que é operacionalmente conectada na unidade de controle (7), em que a memória (70) é carregada com uma sequência de produção e uma sequência de teste, em que a tira de produção (P) é enrolada usando um primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de produção (P) de acordo com a sequência de produção com base na posição da tira de produção (P) no componente de pneu que está sendo construído, em que a tira de teste (T) é enrolada usando o primeiro parâmetro de construção com um valor que é definido durante o enrolamento da tira de teste (T) de acordo com a sequência de teste que é independente da sequência de produção.

20. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-19, caracterizado por a arfagem (K1) dos um ou mais enrolamentos da tira de teste (T) ser pelo menos uma vez e meia ou duas vezes maior do que a largura do molde (D).

21. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-20, caracterizado por o sistema de construção de pneu (1, 101, 201) compreender um tambor (4) com um eixo do tambor (41) e uma pluralidade de segmentos (42) que são móveis em uma direção radial perpendicular ao eixo do tambor (41), em que a pluralidade de segmentos (42) forma a superfície de produção (40).

22. Sistema de construção de pneu (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-21, caracterizado por a superfície de medição cilíndrica (30) ser a superfície de produção (40).

23. Sistema de construção de pneu (101), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-21, caracterizado por a superfície de produção (40) ser uma superfície de produção cilíndrica, em que o sistema de construção de pneu (101) compreende adicionalmente uma ferramenta de medição (103) que é arranjada para adaptar ao redor da superfície de produção (40) cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica (130) é formada pela ferramenta de medição (103) e se estende concentricamente ao redor da superfície de produção (40) cilíndrica quando a ferramenta de medição (103) for adaptada ao redor da superfície de produção (40) cilíndrica.

24. Sistema de construção de pneu (101), de acordo com a reivindicação 23, caracterizado por a superfície de medição cilíndrica (130) ser mais circular do que a superfície de produção (40) cilíndrica.

25. Sistema de construção de pneu (201), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-21, caracterizado por a superfície de produção (40) ser uma superfície de produção (40) cilíndrica, em que a superfície de medição cilíndrica (230) e a superfície de produção (40) cilíndrica são deslocadas uma em relação à outra na direção axial (A).

26. Sistema de construção de pneu (1, 101, 201), de acordo com qualquer uma das reivindicações 17-25, caracterizado por a unidade de controle (7) ser arranjada para controlar o acionamento rotativo (5) e o acionamento de arfagem (6) no modo de produção (PM), de maneira tal que a tira de produção (P) seja enrolada de forma helicoidal em uma pluralidade de enrolamentos (W2) com uma arfagem (K2) na direção axial (A) sobre a superfície de produção (40), em que a pluralidade de enrolamentos (W2) da tira de produção (P) tem uma arfagem (K2) na direção axial (A) que é menor do que a largura do molde (D).