BR112020011593A2 - Uma vacina para proteção contra streptococcus suis - Google Patents

Uma vacina para proteção contra streptococcus suis Download PDF

Info

Publication number
BR112020011593A2
BR112020011593A2 BR112020011593-2A BR112020011593A BR112020011593A2 BR 112020011593 A2 BR112020011593 A2 BR 112020011593A2 BR 112020011593 A BR112020011593 A BR 112020011593A BR 112020011593 A2 BR112020011593 A2 BR 112020011593A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
streptococcus suis
antigen
serotype
pigs
vaccine
Prior art date
Application number
BR112020011593-2A
Other languages
English (en)
Inventor
Antonius Arnoldus Christiaan Jacobs
Original Assignee
Intervet International B.V.
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Intervet International B.V. filed Critical Intervet International B.V.
Publication of BR112020011593A2 publication Critical patent/BR112020011593A2/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K39/02Bacterial antigens
    • A61K39/09Lactobacillales, e.g. aerococcus, enterococcus, lactobacillus, lactococcus, streptococcus
    • A61K39/092Streptococcus
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P31/00Antiinfectives, i.e. antibiotics, antiseptics, chemotherapeutics
    • A61P31/04Antibacterial agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K2039/545Medicinal preparations containing antigens or antibodies characterised by the dose, timing or administration schedule
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K2039/55Medicinal preparations containing antigens or antibodies characterised by the host/recipient, e.g. newborn with maternal antibodies
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K2039/55Medicinal preparations containing antigens or antibodies characterised by the host/recipient, e.g. newborn with maternal antibodies
    • A61K2039/552Veterinary vaccine
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K39/00Medicinal preparations containing antigens or antibodies
    • A61K2039/58Medicinal preparations containing antigens or antibodies raising an immune response against a target which is not the antigen used for immunisation
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C12BIOCHEMISTRY; BEER; SPIRITS; WINE; VINEGAR; MICROBIOLOGY; ENZYMOLOGY; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING
    • C12NMICROORGANISMS OR ENZYMES; COMPOSITIONS THEREOF; PROPAGATING, PRESERVING, OR MAINTAINING MICROORGANISMS; MUTATION OR GENETIC ENGINEERING; CULTURE MEDIA
    • C12N9/00Enzymes; Proenzymes; Compositions thereof; Processes for preparing, activating, inhibiting, separating or purifying enzymes
    • C12N9/14Hydrolases (3)
    • C12N9/48Hydrolases (3) acting on peptide bonds (3.4)
    • C12N9/50Proteinases, e.g. Endopeptidases (3.4.21-3.4.25)
    • C12N9/52Proteinases, e.g. Endopeptidases (3.4.21-3.4.25) derived from bacteria or Archaea

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Microbiology (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Mycology (AREA)
  • Immunology (AREA)
  • Communicable Diseases (AREA)
  • Oncology (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • General Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Nuclear Medicine, Radiotherapy & Molecular Imaging (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Medicines Containing Antibodies Or Antigens For Use As Internal Diagnostic Agents (AREA)
  • Enzymes And Modification Thereof (AREA)

Abstract

a presente invenção refere-se à uma vacina compreendendo um antígeno de protease de igm de streptococcus suis, para uso em um método para proteger porcos contra uma infecção por streptococcus suis de sorotipo 2 e contra uma infecção por streptococcus suis de sorotipo 9.

Description

UMA VACINA PARA PROTEÇÃO CONTRA STREPTOCOCCUS SUIS CAMPO GERAL DA INVENÇÃO
[001] A invenção refere-se à proteção de porcos contra uma infecção patogênica por bactérias Streptococcus suis de vários sorotipos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] O Streptococcus suis (S. suis) é um dos principais agentes etiológicos de doenças bacterianas contagiosas em porcos. O patógeno pode causar uma variedade de síndromes clínicas, incluindo meningite, artrite, pericardite, polisserosite, septicemia, pneumonia e morte súbita. S. suis é um coco facultativamente anaeróbico gram-positivo, originalmente definido como grupos Lancefield R, S, R/S ou T. Posteriormente, foi proposto um novo sistema de tipagem baseado nos antígenos polissacarídeos capsulares de tipo-específico, localizados na parede celular. Isso levou a um sistema compreendendo 35 sorotipos (Rasmussen e Andresen, 1998, "16S rDNA sequence variations of some Streptococcus suis serotypes ", Int. J. Syst. Bacteriol. 48, 1063-1065), dos quais sorotipos 2, 9, 1, 7 e 1/2 são os mais prevalentes. O controle de Streptococcus suis no rebanho suíno parece muito difícil. O Streptococcus suis é um comensal oportunista de suínos. Aparentemente, o sistema imunológico não é acionado em toda e qualquer ocasião de uma infecção. Junto a isto, o Streptococcus suis é um patógeno bem encapsulado e utiliza um arsenal de fatores de virulência para evitar o sistema imunológico do hospedeiro. Juntas, essas características desafiaram o desenvolvimento de vacinas eficazes para combater esse importante patógeno. Recentemente, foi publicado um artigo de visão geral sobre vacinas contra Streptococcus suis (Mariela Segura: “Streptococcus suis vaccines: candidate antigens and progress, em Expert Review of Vaccines, Volume 14, 2015, Issue 12, páginas 1587-1608). Nesta revisão, informações clínicas de campo e dados experimentais foram compilados e comparados para fornecer uma visão geral do status atual do desenvolvimento de vacina contra o Streptoccus suis, como descrito aqui abaixo.
[003] As vacinas atualmente usadas são principalmente bacterinas de células inteiras. No entanto, relatórios de campo descrevem dificuldades no controle e gerenciamento de doenças, e especialmente “falhas de vacina” são comuns. Os porcos portadores são a principal fonte de infecção, e ambas transmissão vertical e horizontal estão envolvidas na disseminação da doença dentro de um rebanho. A mistura de animais portadores com animais suscetíveis sob condições estressantes, como desmame e transporte, geralmente resulta em doença clínica. O desmame medicamentoso precoce e as práticas segregadas de desmame precoce não eliminam a infecção por Streptococcus suis. Portanto, medidas de controle efetivas para prevenir a doença dependem de procedimentos profiláticos/metafiláticos (quando permitidos) e de vacinação. Atualmente, os esforços de imunização em campo têm se concentrado no uso de bacterinas comerciais ou autógenas. Essas estratégias de vacina foram aplicadas a leitões ou porcas. A partir do desmame e em diante, os leitões são mais suscetíveis a infecções por Streptococcus suis, devido aos estresses associados ao desmame e também ao subsequente transporte comum. Portanto, a imunização pré-parto em porcas é frequentemente usada para tentar transmitir imunidade passiva aos leitões e prover proteção contra o Streptococcus suis sob estas circunstâncias estressantes no início da vida. Além disso, a vacinação de porcas é menos onerosa e trabalhosa, representando assim uma alternativa econômica à vacinação de leitões. Porém, os resultados disponíveis parecem indicar que a vacinação de porcas com bacterinas também é motivo de controvérsia. Em muitos casos, porcas vacinadas, mesmo quando vacinadas duas vezes antes do parto, respondem mal ou nada à vacinação, o que resulta em baixa imunidade materna transferida para as ninhadas. E mesmo que a imunidade materna seja transferida em um nível suficiente, em muitos casos, os anticorpos maternos são muito baixos para prover proteção no período mais crítico das 4 a 7 semanas de idade.
[004] Nos leitões, as bacterinas autógenas são frequentemente usadas no campo, especialmente na Europa. Elas são preparadas a partir da cepa virulenta isolada na fazenda com problemas clínicos e aplicada à mesma fazenda. Uma das desvantagens das bacterinas autógenas é a falta de dados de segurança de vacina e reações adversas severas que podem ocorrer. Erros de amostragem (devido ao uso de apenas um ou dois porcos ou amostras) podem resultar em falha na identificação de uma cepa ou sorotipo associado a um surto recente. Essa falha pode ser especialmente problemática em rebanhos endêmicos. Finalmente, o dilema mais importante das bacterinas autógenas é que sua eficácia real foi pouco estudada. Como a aplicação de vacinas autógenas é empírica, não surpreende que os resultados obtidos com essas vacinas sejam inconsistentes.
[005] Outras vacinas experimentais também são descritas no estado da técnica. Kai-Jen Hsueh et al. mostram (“Immunization with Streptococcus suis bacterin plus recombinant Sao protein in sows conveys passive immunity to their piglets”, em: BMC Veterinary Research, BMC series — open, inclusive and trusted, 13:15, 7 de janeiro de 2017) que uma bacterina mais subunidade pode ser uma base para a vacinação bem sucedida de porcas, conferindo imunidade protetora aos seus leitões.
[006] Vacinas vivas atenuadas também foram contempladas no estado da técnica. Demonstrou-se claramente que mutantes isogênicos não encapsulados de sorotipo 2 de Streptococcus suis se mostraram ser avirulentos. Porém, uma formulação de vacina viva baseada em um mutante de sorotipo 2 não encapsulado induziu apenas proteção parcial contra a mortalidade e falhou em prevenir o desenvolvimento de sinais clínicos em porcos desafiados com a cepa do tipo selvagem (Wisselink HJ, Stockhofe-Zurwieden N, Hilgers LA, et al. “Assessment of protective efficacy of live and killed vaccines based on a non- encapsulated mutant of Streptococcus suis serotype 2." em: Vet Microbiol. 2002, 84:155—168.)
[007] Nos últimos dois anos, foi relatada uma extensa lista de moléculas antigênicas ou imunogênicas de Streptococcus suis, e a maioria delas foi descoberta através de imunoproteômica usando soros convalescentes de porcos infectados ou humanos e/ou soros imunológicos produzidos em laboratório. O WO?2015/181356 (IDT Biologika GmbH) mostrou que os antígenos de protease de IgM (tanto a proteína inteira quanto o domínio Mac-1 altamente conservado que representa apenas cerca de 35% da proteína completa) podem provocar uma resposta imune protetora em leitões em um esquema de vacinação de administrar duas doses do antígeno de protease de IgM, opcionalmente em combinação com uma vacinação primária contendo uma bacterina. Nota-se que o WO2017/005913 (Intervacc AB) também descreve o uso de um antígeno de protease de IgM (em particular, um polipeptídeo de protease de IgM fundido a uma nucleotidase). No entanto, apenas a propriedade de ser capaz de provocar uma resposta sorológica foi demonstrada. Um efeito protetor para um antígeno de protease de IgM não é mostrado neste pedido de patente internacional.
[008] Outro fator que aumenta o problema de prover proteção adequada contra o Streptococcus suis é a falta de proteção heteróloga das vacinas existentes. Por exemplo, o Porcilis Strepsuisº é uma vacina registrada (disponível na MSD Animal Health e Coopers Animal Health) para proteger os suínos contra o Streptococcus suis sorotipo 2. Também protege passivamente a prole contra o sorotipo 2 através da ingestão do colostro. Também, como é conhecido através do documento WO 2010/108977, quando a vacina é administrada em porcas, a prole parece ter algum nível (muito baixo) de proteção contra desafios heterólogos. No entanto, tal proteção passiva tem vida muito curta. Junto a isto, a vacina nunca foi registrada para proteção de prole via ingestão de colostro contra bactérias Streptococcus suis de qualquer outro sorotipo, portanto, aparentemente o nível de proteção heteróloga era muito baixo para atender aos padrões de registro. Isso está de acordo com o conhecimento comum de que, para vacinas contra Streptococcus suis, a proteção contra bactérias de sorotipos não compreendidos na vacina não ocorre. Isto é confirmado, à revelia, na tese de doutorado de Hendrikus Jan Wisselink, intitulada “Streptococcus suis infection in pigs: Use of virulence-associated markers in diagnostics and vaccines”, publicado em 6 de dezembro de 2001. No resumo (página 129), afirma-se que uma “estratégia para prevenir doenças causadas por 5. suis é pelo uso de vacinas. As vacinas de células inteiras mortas parecem induzir proteção significativa contra o desafio com uma cepa de sorotipos homólogos, mas essa proteção é provavelmente sorotipo específica”.
[009] Esses achados estão de acordo com os achados por Smith (EUA
7.125.548; publicado em 24 de outubro de 2006). Ela afirma que “os anticorpos são sorotipo específicos, e frequentemente apenas conferem proteção contra apenas um dos muitos sorotipos conhecidos dentro de um grupo de Streptococci. Por exemplo, as vacinas de S. suis atualmente disponíveis comercialmente, que são geralmente baseadas em preparações bacterianas de células inteiras, ou em frações enriquecidas em cápsulas de S. suis, conferem apenas proteção limitada contra cepas heterólogas” (coluna 4, linhas 42 a 28 da patente dos EUA). Um estudo publicado em janeiro de 2008 (Medycyna Weterynaryjna, Volume 64, volume 1, páginas 113-116), descreve a proteção contra bactérias S. suis de sorotipos 2 e 1/2. Se houvesse algum nível esperado de proteção heteróloga entre diferentes sorotipos, seria entre esses sorotipos,
uma vez que eles estão imunologicamente intimamente relacionados. Ainda, ambos os sorotipos foram compreendidos na vacina para obter proteção adequada. O RUMA (Uso Responsável de Medicamentos na Aliança Agrícola), com sede no Reino Unido, publicou diretrizes sobre o uso de vacinas e vacinação na produção de porcos em novembro de 2006. No que diz respeito à doença causada por S. suis, estas diretrizes declaram (na página 19) que a proteção de porcos pode ser atingida pela vacinação de porcas, mas que é improvável que ocorra “a proteção contra doenças causadas por outros sorotipos de Strep. suis”.
OBJETIVO DA INVENÇÃO
[010] É um objetivo da invenção encontrar uma vacina que seja efetiva na proteção de porcos contra Streptococcus, em particular contra bactérias dos dois sorotipos mais prevalentes 2 e 9. Um objetivo adicional é alcançar um nível de proteção contra bactérias de ambos os sorotipos que corresponda (pelo menos) ao nível de proteção das vacinas de bacterina disponíveis no mercado.
RESUMO DA INVENÇÃO
[011] A fim de atender ao objetivo principal da invenção, verificou-se que um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis pode ser usado em um método para proteger porcos contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 9. O antígeno de protease de IgM é tipicamente compreendido em uma composição de vacina, isto é, uma composição segura para ser administrada aos porcos, na qual a composição do antígeno é misturada com um carreador farmaceuticamente aceitável para facilitar a administração. Ao administrar o antígeno aos porcos, verificou-se que os porcos estão protegidos contra uma infecção patogênica por bactérias Streptococcus suis de sorotipo 2 e sorotipo 9. Verificou-se até mesmo que o nível de proteção contra ambos os sorotipos corresponde ao nível de proteção homóloga alcançada quando se usa uma vacina de bacterina de sorotipo 2 convencional (cf Porcilis Strepsuis). Isso significa que a proteção heteróloga foi demonstrada para o antígeno de protease de IgM, pelo menos entre os sorotipos 2 e 9. Esta é a primeira vez que uma proteção ativa adequada contra bactérias Streptococus suis de pelo menos os sorotipos 2 e 9 foi demonstrada usando apenas um antígeno, em particular a primeira vez que isso foi demonstrado usando um antígeno de protease de IgM. Isso fornece a opção única de vacinar os próprios porcos e induzir proteção heteróloga ativa, em vez de depender da proteção passiva de curta duração que pode ser obtida via o colostro de animais-mãe imunizados, como é conhecido através do WO2010/108977. Junto a isto, o nível real de proteção, homóloga e heteróloga, parece ser significativamente melhor do que o obtido com a vacina do tipo bacterina conhecida.
[012] A invenção refere-se também ao uso de um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis para a fabricação de uma vacina para proteger porcos contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 9, e a um método para proteger porcos contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e contra uma infecção patogênica com Streptococcus suis de sorotipo 9, pela administração de uma vacina compreendendo um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis aos porcos.
[013] Como observado aqui acima, em uma vacina o antígeno é tipicamente combinado com um carreador farmaceuticamente aceitável, isto é, um meio biocompatível, nomeadamante um meio que após a administração não induz reações adversas significativas no animal em questão, capaz de apresentar o antígeno ao sistema imunológico do animal hospedeiro após a administração da vacina. Esse carreador farmaceuticamente aceitável pode, por exemplo, ser um líquido contendo água e/ou qualquer outro solvente biocompatível ou um carreador sólido, como normalmente usado para obter vacinas liofilizadas (com base em açúcares e/ou proteínas), opcionalmente compreendendo agentes imunoestimulantes (adjuvantes). Opcionalmente, outras substâncias como estabilizadores, modificadores de viscosidade ou outros componentes são adicionados, dependendo do uso pretendido ou das propriedades necessárias da vacina.
DEFINIÇÕES
[014] Um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis é uma enzima que degrada especificamente a IgM suína (e não a IgG suína ou IgA suína; Seele et al, em Journal of Bacteriology, 2013, 195 930-940; e na Vaccine 33: 2207-2212; de maio de 2015), uma proteína denotada como IdeSsuis, ou uma parte imunogênica da mesma (normalmente tendo um comprimento de pelo menos cerca de 30 a 35% do comprimento total da enzima). A enzima inteira tem um peso de cerca de 100 a 125 kDa, correspondendo a cerca de 1000 a 1150 aminoácidos, o tamanho dependendo de sorotipo de S. suis. No WO 2015/181356, várias sequências que representam um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis são fornecidas, nomeadamente SEQ ID NO:1, SEQ ID NO:2, SEQ ID NO:6, SEQ ID NO:7 e SEQ ID NO:5, sendo esta última uma parte imunogênica do comprimento total da enzima (denotada como o domínio Mac- 1, isto é, aminoácidos 80-414 de SED ID NO:7). Outros exemplos de partes imunogênicas do comprimento total da enzima são fornecidos no WO?2017/005913. Em particular, a protease de IgM pode ser a protease de acordo com a SEQ ID NO:1 do WO2015/1818356 ou uma proteína tendo pelo menos 90% ou até 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99% até 100% de identidade de sequência nas regiões sobrepostas. A identidade de sequência de aminoácidos pode ser estabelecida com o programa BLAST usando o algoritmo blastp com parâmetros padrão. Espera-se que a protease de IgM de Streptococcus suis de vários sorotipos tenha uma identidade de sequência maior que 90%, em particular é esperado que seja 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99% até 100%. Uma proteína artificial, por exemplo, feita para otimizar o rendimento em um sistema de produção recombinante do antígeno, pode levar a uma identidade de sequência de aminoácidos mais baixa, como 85%, 80%, 75%, 70% ou até 60% em comparação com a enzima inteira, mantendo a função imunogênica necessária e é entendida como um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis no sentido da presente invenção.
[015] A proteção contra uma infecção patogênica por um microrganismo é o mesmo que alcançar a imunidade protetora, isto é, ajudando a prevenir, melhorar ou curar a infecção patogênica com esse microrganismo ou uma desordem decorrente dessa infecção, por exemplo, para prevenir ou reduzir a infecção real ou um ou mais sinais clínicos resultantes da infecção patogênica pelo patógeno.
[016] Um método compreendendo a administração de um antígeno apenas uma vez significa que a imunidade protetora é conferida após apenas uma única injeção do antígeno e, portanto, que uma vacinação de reforço é omitida para chegar à referida imunidade protetora. Em um regime de duas injeções, a primeira vacinação (primária) é tipicamente reforçada dentro de 6 semanas a partir da primeira administração, normalmente dentro de 3 ou até 2 semanas a partir da primeira administração e somente após a segunda (reforço) administração de imunidade protetora, isto é, uma proteção bem sucedida, como definido aqui acima, entende-se que seja obtida.
MODALIDADES DA INVENÇÃO
[017] EM uma primeira modalidade da presente invenção, o método compreende a administração do antígeno apenas uma vez aos porcos. Inesperadamente, apenas uma injeção do antígeno parece ser capaz de provocar imunidade protetora nos porcos. No estado da técnica, as vacinas não vivas de Streptococcus suis sempre foram administradas em um regime de reforço primário, e ainda, levaram a uma eficácia relativamente baixa. Em relação ao antígeno para uso na presente invenção, a técnica (ver WO2015/181356 e WO?2017/005913) tem consistentemente usado esse antígeno em uma abordagem de administração de duas injeções, opcionalmente usando uma vacina de múltiplas vias (isto é, mais do que apenas o antígeno da protease de IgM). Foi, portanto, altamente surpreendente descobrir que uma dose única com a protease de IgM é capaz de induzir imunidade protetora em porcos.
[018] EM uma segunda modalidade, o método compreende a administração do antígeno aos porcos com idade máxima de 28 dias. Como indicado aqui acima, o Streptococcus suis é um patógeno comensal e oportunista de suínos. Particularmente quando sob estresse, a bactéria pode provocar uma infecção patogênica e levar a doenças. Sob condições modernas de produção de porcos, um estresse maior é induzido aos 28 dias ou após os porcos atingirem esta idade, por exemplo, induzidos pelo desmame dos leitões (3 a 4 semanas) e transporte de jovens leitões logo em seguida. Para serem protegidos contra uma infecção patogênica pelo Streptococcus suis, os porcos precisam, portanto, receber sua vacina em uma idade muito jovem, tipicamente antes de atingir os 28 dias de idade. Verificou-se que, o uso de um antígeno de protease de IgM em porcos com idade máxima de 28 dias, isto é, qualquer idade de 1, 2, 3,4,5,6,7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 , 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27 ou 28 dias, possibilitou uma proteção (heteróloga) adequada. Como é conhecido a partir do estado da técnica, em particular a partir do WO2017/005913, uma resposta imune positiva contra um antígeno da protease de IgM pode ser obtida em porcos jovens a partir do dia do nascimento e em diante. Isto significa que, pela presente demonstração de proteção real em porcos com 25 dias de idade,
entende-se que a proteção pode ser obtida até em uma idade mais jovem.
[019] Em outra modalidade, o método compreende a administração do antígeno antes de uma idade na qual os porcos são desmamados. Em outras palavras, o antígeno é administrado antes que os leitões sejam de fato desmamados (tipicamente com 3 a 4 semanas de idade). Foi demonstrado que, usando o antígeno nessa idade precoce, pode-se obter proteção heteróloga contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis, induzida por estresse em uma janela curta de 2 a 3 semanas logo após o desmame. É reconhecido que o WO?2015/181356 mostra uma vacinação bem sucedida usando uma protease de IgM como antígeno. No entanto, além do fato de que a proteção heteróloga não foi demonstrada, a vacina foi usada em leitões tendo uma idade de 5 a 7 semanas e recebendo uma infecção de desafio com 9 semanas de idade, portanto, bem após o período de risco (isto é, o período de pico de incidência de infecções patogênicas por Streptococcus suis) de 2 a 3 semanas após oO desmame/transporte, isto é, 5 a 7 semanas de idade. Portanto, sem qualquer prova de efetividade em circunstâncias práticas (isto é, infecção de desafio na janela de 2 a 3 semanas após o estresse do desmame e do transporte), além da questão de saber se seria alcançada uma proteção heteróloga, a estratégia de combinação de vacinas de protease/bacterina IgM como descrito em WO 2015/181356 sob circunstâncias práticas ainda é questionável.
[020] EM novamente outra modalidade, o método compreende a administração do antígeno aos porcos tendo anticorpos anti-Streptococcus suis de origem materna. A vacinação ativa de animais jovens envolve a preocupação de uma possível interferência com anticorpos maternos, produzidos por infecção natural ou por imunização ativa de porcas (Baums CG, Bruggemann C, Kock C, et al. "Immunogenicity of an autogenous Streptococcus suis bacterin in preparturient sows and their piglets in relation to protection after weaning”, em:
Clin Vaccine Immunol. 2010; 17:1589-1597). De fato, tanto a vacinação de leitões de aleitamento quanto de desmame a partir de porcas imunizadas, foram associadas a uma proteção e resposta imune ativa proeminente com 8 semanas de idade. Esta falha foi associada a um forte efeito inibitório de anticorpos maternos ou outros componentes do colostro. A esse respeito, a interferência entre os anticorpos maternos e a produção ativa de anticorpos contra S. suis também pode ser demonstrada em um estudo de campo após a vacinação com uma formulação de vacina autógena de S. suis capsular tipo 1/2 (Lapointe L, D'Allaire S, Lebrun A, et al.: "Antibody response to an autogenous vaccine and serologic profile for Streptococcus suis capsular type 1/2." em: Can J Vet Res. 2002; 66: 8-14. Um estudo de campo com o objetivo de determinar a eficácia de um protocolo de bacterina de S. suis de sorotipo 14 em dose única, em leitões de aleitamento com 4 dias de idade, também falhou em proteger os leitões contra um desafio homólogo (Amass SF, Stevenson GW, Knox KE, et al. "Efficacy of an autogenous vaccine for preventing streptococcosis in piglets" em: Vet Med. 1999, 94, 480-484). Portanto, é surpreendente que com o antígeno da protease de IgM, uma proteção adequada poderia até mesmo ser obtida na presença de antígenos de Streptococcus suis de origem materna.
[021] Em ainda outra modalidade, o método é para conferir proteção contra a mortalidade associada a uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e sorotipo 9.
[022] Em ainda outra modalidade, o método é para conferir proteção contra sinais clínicos associados a uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e sorotipo 9. Os sinais clínicos típicos associados a uma infecção patogênica por Streptococcus suis são um aumento da temperatura retal, locomoção prejudicada (mancando, articulações inchadas), aumento da frequência respiratória e sinais neurológicos (por exemplo, tremores,
convulsões, torcicolo, ataxia). Prevenir, melhorar ou curar um ou mais desses sinais será benéfico para o porco, além de ser uma indicação de que a infecção patogênica está sendo suprimida.
[023] A invenção será agora adicionalmente explicada com base nos seguintes exemplos.
EXEMPLOS EXEMPLO 1
[024] O propósito do primeiro estudo foi testar se um antígeno de protease de IgM, neste caso o antígeno de protease de Streptococcus suis sorotipo 2, é capaz de prover proteção contra um desafio com Streptococcus suis de sorotipo 2 em comparação com uma vacina regular de bacterina contendo bactérias S. suis sorotipo 2 mortas (cf. Porcilis Strepsuis).
Projeto do estudo
[025] Foram utilizados trinta porcos desmamados. Os porcos foram alocados em três grupos (distribuídos uniformemente nas diferentes ninhadas) de 10 porcos cada. O grupo 1 foi vacinado duas vezes por via intramuscular entre e 7 semanas de idade com um antígeno de protease de IgM rideSsuis recombinante (Seele et al.: Vaccine 33: 2207-2212; 5 de maio de 2015, par. 2.2) a 230 ug por dose (conforme estabelecido por um ensaio de proteína de Bradford usando BSA como padrão) em adjuvante óleo em água. O grupo 2 foi vacinado duas vezes por via intramuscular entre 5 e 7 semanas de idade com uma bacterina de células inteiras de sorotipo 2 (cf Porcilis Strepsuis) em adjuvante de óleo em água (controle positivo). O grupo 3 foi deixado sem vacinação e serviu como controle de desafio. Às 9 semanas de idade, os porcos foram desafiados com uma cultura virulenta de S. suis de sorotipo 2. Em tempos regulares, antes e depois do desafio, foi coletada heparina do sangue para re- isolamento da cepa de desafio. Após o desafio, os porcos foram observados diariamente quanto a sinais clínicos de infecção por S. suis (como depressão, problemas locomotores e/ou sinais neurológicos) e pontuados usando um sistema de pontuação regular partindo de O (sem sinais) até 3 para casos severos. Animais severamente afetados foram sacrificados e examinados post-mortem. No final do estudo (7 dias após o desafio) todos os porcos sobreviventes foram sacrificados e examinados post-mortem.
Resultados
[026] Nenhuma das vacinas induziu qualquer reação local ou sistêmica inaceitável e, portanto, podem ser consideradas seguras. Os dados pós desafio para o período antes da eutanásia (no dia 7) estão indicados na Tabela 1. Nota- se que no dia do desafio, um porco do Grupo 1 parecia ser raquítico e foi decidido não desafiar esse animal. As pontuações clínicas médias, o número de animais mortos após o desafio e o número de animais dos quais o patógeno poderia ser re-isolado a partir do sangue, pareceu melhorado para ambas as vacinas.
Tabela 1: Dados pós desafio do Estudo 1 média desafio sangue positivo Conclusão
[027] Como esperado, a vacina de células inteiras inativadas induziu proteção homóloga significativa. O antígeno de protease de IgM induziu uma proteção ainda melhor contra uma infecção com Streptococcus suis de sorotipo
2.
EXEMPLO 2
[028] O propósito do segundo estudo foi testar se o antígeno da protease de IgM é capaz de prover proteção contra um desafio com Streptococcus suis de sorotipo 9.
Projeto do estudo
[029] O projeto do estudo foi em essência o mesmo do primeiro estudo. Grupos de 10 porcos foram usados e vacinados duas vezes com 5 e 7 semanas de idade com o antígeno da protease de IgM (Grupo 1) ou foram deixados como animais de controle não vacinados (Grupo 2). Às 9 semanas de idade, os porcos foram desafiados com uma cultura virulenta de S. suis de sorotipo 9.
Resultados
[030] Também neste estudo, a vacina não induziu nenhuma reação local ou sistêmica inaceitável. Os dados pós desafio para o período antes da eutanásia (no dia 7) estão indicados na Tabela 2.
Tabela 2: Dados pós desafio do Estudo 2 média desafio sangue positivo Conclusão
[031] Os resultados demonstram que o antígeno de protease de IgM induz proteção contra um desafio com o 5. suis de sorotipo 9. Isso foi demonstrado por uma redução nas pontuações clínicas, no número de animais que atinge o ponto final humanitário, e no número de animais dos quais a bactéria de desafio pode ser re-isolada do sangue. Junto a isto, parece (dados não mostrados na Tabela 2) que o tempo médio de sobrevivência para os animais vacinados foi significativamente melhor, nomeadamente 5,1 contra 2,4 dias. Juntamente com os dados do primeiro estudo, pode se concluir que o antígeno da protease de IgM é capaz de prover proteção contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis com bactérias dos sorotipos 2 e 9. Isso significa, também levando em consideração a alta identidade entre a protease de IgM de sorotipo 2 ea protease de IgM de sorotipo 9, que a proteção cruzada entre esses sorotipos foi demonstrada (isto é, a protease de IgM de Streptococcus suis de sorotipo 2 protege contra um desafio com sorotipo 9 e vice-versa). Além disso, parece que o nível de proteção contra ambos os sorotipos corresponde a (ou é ainda melhor) do que o nível de proteção homóloga que pode ser obtido com uma vacina de bacterina de sorotipo 2 comumente disponível.
EXEMPLO 3
[032] Como a proteção contra o Streptococcus suis para porcos é preferencialmente obtida no período de risco (tipicamente 4 a 7 semanas de idade), foi avaliado se uma vacina contendo protease de IgM é eficaz como uma vacina de injeção única em porcos, positivos para anti-Streptococcus suis de origem materna, com 3 semanas de idade.
Projeto do estudo
[033] O projeto do estudo foi comparável ao dos dois primeiros estudos, com a principal diferença de que, em vez de animais de 5 semanas de idade, foram vacinados leitões positivos para MDA anti-Ssuiís com 3 semanas de idade (apenas 1 em cada 10 animais pareceu ter um nível de MDA abaixo do limite de detecção). O grupo 1 foi vacinado uma vez por via intramuscular com o antígeno de protease de IgM em um adjuvante óleo em água. O grupo 2 serviu como um grupo controle de desafio negativo. Com 4 semanas de idade, os leitões foram desmamados. Às 6 semanas de idade, os leitões foram transportados para a sala de d e desafiados imediatamente. Não houve período de aclimatação entre o transporte e o desafio para simular o estresse natural. Os leitões foram desafiados com uma cultura virulenta de sorotipo 2 de Streptococcus suis.
Resultados
[034] As vacinas não induziram nenhuma reação local ou sistêmica inaceitável. Os dados pós desafio para o período antes da eutanásia (no dia 7) estão indicados na Tabela 3. No dia do desafio, um porco no Grupo 2 parecia ser raquítico e foi decidido não desafiar esse animal.
Tabela 3: Dados pós desafio do Estudo 3 Pontuação clínica Mortos após Isolamento de Grupo sas ; as média desafio sangue positivo 3/10 | 3/10 Conclusão
[035] Em conclusão, os resultados demonstram que, ao administrar o antígeno de protease de IgM apenas uma vez, a proteção adequada pode ser induzida em leitões positivos para MDA com 3 semanas de idade contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis, mesmo quando desafiados 3 semanas após a vacinação, 2 semanas após o desmame e imediatamente após o transporte. Embora isso tenha sido demonstrado apenas com um desafio com sorotipo 2, uma vez que os exemplos 1 e 2 mostram que o antígeno é capaz de induzir proteção contra o sorotipo 9 também, entende-se que resultados comparáveis são obtidos quando se busca proteção contra uma infecção pelo sorotipo 9 neste tipo de porcos.

Claims (7)

REIVINDICAÇÕES
1. Um antígeno de protease de IgM de Streptococcus suis, para uso em um método para proteger porcos contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e contra uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 9.
2. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o método compreende administrar o antígeno apenas uma vez aos porcos.
3. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o método compreende administrar o antígeno aos porcos com idade de no máximo 28 dias.
4. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o método compreende administrar o antígeno antes de uma idade na qual os porcos são desmamados.
5. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o método compreende administrar o antígeno a porcos tendo anticorpos anti- Streptococcus suis de origem materna.
6. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o método é para conferir proteção contra a mortalidade associada a uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e sorotipo 9.
7. Um antígeno de protease de IgM para uso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o método é para conferir proteção contra sinais clínicos associados a uma infecção patogênica por Streptococcus suis de sorotipo 2 e sorotipo 9.
BR112020011593-2A 2017-12-15 2018-12-14 Uma vacina para proteção contra streptococcus suis BR112020011593A2 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
EP17207763 2017-12-15
EP17207763.8 2017-12-15
PCT/EP2018/084879 WO2019115741A1 (en) 2017-12-15 2018-12-14 A vaccine for protection against streptococcus suis

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BR112020011593A2 true BR112020011593A2 (pt) 2020-12-08

Family

ID=60781611

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112020011593-2A BR112020011593A2 (pt) 2017-12-15 2018-12-14 Uma vacina para proteção contra streptococcus suis

Country Status (7)

Country Link
US (1) US11103569B2 (pt)
EP (1) EP3723795A1 (pt)
JP (1) JP2021506782A (pt)
CN (1) CN111447945A (pt)
BR (1) BR112020011593A2 (pt)
RU (1) RU2020119271A (pt)
WO (1) WO2019115741A1 (pt)

Families Citing this family (10)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
RU2769573C2 (ru) 2017-08-03 2022-04-04 Интервет Интернэшнл Б.В. Вакцина для защиты от streptococcus suis
MX2020006061A (es) * 2017-12-15 2020-08-20 Intervet Int Bv Una vacuna para proteccion contra streptococcus suis.
US20220339276A1 (en) * 2017-12-15 2022-10-27 Intervet Inc. A vaccine for protection against streptococcus suis
EP3549600A1 (en) 2018-04-03 2019-10-09 Intervet International B.V. A vaccine for protection against streptococcus suis
WO2020104640A1 (en) 2018-11-23 2020-05-28 Intervet International B.V. A vaccine for protection against streptococcus suis
WO2021073778A1 (en) * 2019-10-14 2021-04-22 Ceva Sante Animale Compositions and methods for vaccinating piglets against streptococcus
BR112022017316A2 (pt) 2020-03-14 2022-10-11 Intervet Int Bv Vacina para proteção contra streptococcus suis de sorotipo 9, sequência tipo 16
WO2023011812A1 (en) 2021-08-03 2023-02-09 Intervet International B.V. A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes
WO2023011810A1 (en) 2021-08-03 2023-02-09 Intervet International B.V. A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes
WO2023011811A1 (en) 2021-08-03 2023-02-09 Intervet International B.V. A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes

Family Cites Families (5)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
PL204863B1 (pl) 1998-07-22 2010-02-26 Stichting Dienst Landbouwkundi Zastosowanie mutanta Streptococcus, szczepionka i sposoby kontrolowania lub eliminowania choroby paciorkowcowej w populacji
TW201043242A (en) 2009-03-26 2010-12-16 Intervet Int Bv Vaccine for protection against Streptococcus suis bacteria of various serotypes
CN104780935B (zh) * 2012-06-27 2018-01-02 梅里亚股份有限公司 减毒猪链球菌疫苗及其制造和使用方法
EP2949340A1 (en) * 2014-05-30 2015-12-02 IDT Biologika GmbH Vaccine composition against Streptococcus suis infection
US11155585B2 (en) 2015-07-09 2021-10-26 Intervacc Ab Vaccine against S. suis infection

Also Published As

Publication number Publication date
JP2021506782A (ja) 2021-02-22
US20210030862A1 (en) 2021-02-04
RU2020119271A3 (pt) 2022-01-17
CN111447945A (zh) 2020-07-24
EP3723795A1 (en) 2020-10-21
WO2019115741A1 (en) 2019-06-20
US11103569B2 (en) 2021-08-31
RU2020119271A (ru) 2022-01-17

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BR112020011593A2 (pt) Uma vacina para proteção contra streptococcus suis
US10751403B2 (en) Vaccine for protection against Streptococcus suis
US11696944B2 (en) Vaccine for protection against Streptococcus suis
US20230390376A1 (en) Vaccine for protection against streptococcus suis
US11167021B2 (en) Vaccine for protection against Streptococcus suis
WO2021185680A1 (en) A vaccine for protection against streptococcus suis serotype 9, sequence type 16
RU2802072C2 (ru) Вакцина для защиты от streptococcus suis
Dellagostin et al. TbpBY167A-based vaccine is safe in pregnant sows and induces high titers of maternal derived antibodies that reduce Glaesserella parasuis colonization in piglets
RU2777065C1 (ru) Комбинированная вакцина
US11154605B2 (en) Vaccine comprising Clostridium toxoids
US20220339276A1 (en) A vaccine for protection against streptococcus suis
WO2023011811A1 (en) A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes
WO2023011810A1 (en) A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes
WO2023011812A1 (en) A vaccine for protection against streptococcus suis of various serotypes
BR112021002900A2 (pt) vacina de combinação

Legal Events

Date Code Title Description
B350 Update of information on the portal [chapter 15.35 patent gazette]